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Estudo 48 - O Arrebatamento da Igreja

1 – A DEFINIÇÃO DO ARREBATAMENTO
Apesar de a palavra Arrebatamento não constar na
Bíblia, sua ideia de “retirada da igreja da Terra” está
presente em 1Ts 4.17, derivando da palavra grega ἁρπάζω,
que significa “arrancar” (segundo o Léxico, de Strong,
significa pegar, levar pela força, arrebatar, agarrar,
reivindicar para si mesmo
ansiosamente[1]).
Ao dizer que “os mortos em Cristo ressuscitarão
primeiro” (1Ts 4.16), o texto parece se referir apenas à
igreja e não a todos os salvos de todas as eras.
Três passagens falam sobre o Arrebatamento: João 14.1-
3; 1Coríntios 15.50-58 e 1Tessalonicenses 4.13-18.
2 – A VISÃO PRÉ-TRIBULACIONISTA DO
ARREBATAMENTO
O Arrebatamento da igreja (tanto dos vivos como dos
mortos) ocorrerá antes do período de sete anos da
Tribulação, ou seja, antes da 70ª semana de Daniel ( Dn
9.24-27).
As razões para a crença nessa posição são:
a) A promessa de preservação “da hora da
provação” de Ap 3.10 , associada ao anúncio da
segunda
vinda de Jesus em no v. 11b , sugerindo, com
muita força, tratar-se do período da Tribulação.
O fato de Jesus não ter voltado na geração da igreja a
quem se dirigiu tal promessa demonstra que se trata de
uma esperança dirigida a toda a igreja (cf. Ap 3.13). Deve-
se notar que o texto de Ap 3.10 não diz que os crentes
serão guardados “na provação”, mas “da hora da provação”.
Não significa fortalecer durante o sofrimento, mas evitar
que se entre nele.
b) Em 1Ts 5.1-11 , Paulo afirma que apenas os
incrédulos serão alvos do “Dia do Senhor” (v. 2 ), e
não os
crentes.
Quanto a esses, “Deus não os destinou para a ira” (v. 9).
Apesar de esse texto poder ser compreendido, no âmbito
geral, como a perdição eterna, o contexto imediato trata do
juízo terreno chamado “Dia do Senhor”, o qual acometerá
de surpresa os perdidos. Esse “Dia do Senhor” é associado
ao período da Tribulação, para o qual, segundo o texto, os
crentes não foram destinados.
Além disso, o fato de esse texto ( 1Ts 5.11) ser
imediatamente posterior ao que fala do “Arrebatamento”
( 1Ts 4.13-18), torna mais clara ainda a ideia de que a
igreja, por meio do Arrebatamento, será poupada do
período da Tribulação para o qual não foi destinada.
c) A completa ausência de menções da igreja nos
relatos da Tribulação (Ap 4–19 ).
Para não basear esse argumento apenas no “silêncio” da
Bíblia, é notório o serviço prestado a Cristo naquele período,
por parte de judeus, diferente do que ocorre hoje por meio
da igreja ( Ap 7.4-8; 14.1-5).
d) A menção, em 2Ts 2.1-9 , da remoção daquele
“que agora o detém” antes do “Dia do Senhor” e da
revelação do “homem da iniquidade”.
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1 Strong, J. Léxico Hebraico, Aramaico e Grego de
Strong. Sociedade Bíblica do Brasil, 2005, #726

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