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1 Tessalonicenses 4.13-18.
13 - Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos
entristeçais, como os demais, que não têm esperança.
14 - Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem Deus os
tornará a trazer com ele.
15 - Dizemo-vos, pois, isto pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor,
não precederemos os que dormem.
16 - Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus;
e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro;
17 - depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o
Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.
18 - Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras.
Sob a influência do racionalismo e da Teologia da Prosperidade, muitos crentes são tentados a viver
confortavelmente nesta terra. Outros, já nem mais creem nas revelações bíblicas acerca da vida futura. Você
já refletiu sobre isso? Percebeu o quanto o ensino escatológico está cada vez mais ausente dos púlpitos?
Nesta lição, temos a responsabilidade de despertar nossos alunos para os eventos dos últimos dias,
principalmente, o Arrebatamento da Igreja. Você crê no Arrebatamento? Tem esperança na vida futura?
Pode dizer “Maranata”? Ore ao Senhor para que Ele desperte em seus alunos o anelo pelo triunfo glorioso da
Igreja.
O Arrebatamento da Igreja é comumente chamado de “a vinda ou a volta do Senhor”. No entanto, é
necessário distinguirmos os eventos e os tempos proféticos que se relacionam a essa expressão. Nos estudos
proféticos, a vinda do Senhor é uma só, porém, manifesta em duas fases distintas, envolvendo três tipos
religiosos de povos (1 Co 10.32). Para a “Igreja”, o Senhor Jesus virá nos ares, invisível, quando ocorrerá a
ressurreição dos mortos em Cristo e a transformação de nossos corpos mortais em gloriosos. Para Israel, virá
à Terra e de forma visível, ocasião em que acontecerá a conversão nacional dos judeus e a destruição de seus
inimigos. Para as Nações, também virá à Terra, de forma visível, quando os sistemas políticos serão julgados
e governados por Cristo. Em suma, para a Igreja, Jesus virá como Noivo; para os Judeus, como Messias; e
para os Gentios, como Juiz. O Arrebatamento da Igreja, que corresponde a primeira fase da volta do Senhor,
será repentino. A segunda fase só se dará sete anos depois da primeira, época em que Jesus virá para libertar
Israel e julgar as nações.
Na igreja de minha infância, havia uma inscrição acima do púlpito que, desenhada num estilo sóbrio, mas
vívido, trazia uma advertência grave e urgente: “Jesus Breve Virá”. Não foram poucas as vezes que, sob a
atmosfera de um daqueles cultos que relembravam o cenáculo, cheguei a pensar que o arrebatamento da
Igreja de Cristo dar-se-ia naquele instante.
Dia desses voltei àquela igreja para rever alguns amigos e irmãos, e lá estava a velha inscrição: “Jesus Breve
Virá”. Apesar dos mais de trinta anos já decorridos, tornei a sentir a mesma alegria, e não pude evitar a
pergunta: “O que mais falta para Jesus vir buscar a sua Igreja?”. Conforme vimos nas lições anteriores, a
maioria dos sinais, que prenunciam a volta de Nosso Senhor, já se cumpriu, ou estão cumprindo-se neste
momento. Preparemo-nos! Jesus breve virá!
Não são poucos os que confundem o pré-milenismo com o pré-tribulacionismo. Vejamos as diferenças entre
ambas as posições.
1. Pré-milenismo. Como o próprio nome o indica, o pré-milenismo ensina que a Igreja passará pela Grande
Tribulação, mas será arrebatada antes do estabelecimento do Milênio.
1. Sentido etimológico. A palavra arrebatamento, no contexto da escatologia bíblica significa tirar com
rapidez e de forma inesperada. Quando o Novo Testamento foi traduzido para o latim, optou-se pelo
vocábulo raptus que, originando-se do verboraptare, comporta os seguintes significados: tirar, arrancar,
tomar das mãos alguma coisa de forma violenta.
Embora o arrebatamento esteja mui próximo, ninguém sabe, nem pode afirmar, quando ele se dará. Aliás, a
Bíblia adverte para ninguém especular quanto à data do arrebatamento. Tudo o que sabemos é que Jesus está
às portas.
1. O tempo do arrebatamento. O arrebatamento dar-se-á a qualquer instante. Jesus Cristo virá como o
ladrão (1 Ts 5.4; 2 Pe 3.10). Vigiemos para que este dia não nos surpreenda. A exortação é do próprio
Cristo: “Eis que venho como ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia e guarda as suas vestes, para que não
ande nu, e não se vejam as suas vergonhas” (Ap 16.15).
2. Prenúncios do arrebatamento. A maioria dos sinais e das profecias, prenunciando o retorno de Cristo, já
é uma realidade. O que dizer da criação do Estado de Israel? E as guerras e rumores de guerra? E as fomes?
E as pestes? E as sucessivas catástrofes? Permaneceremos indiferentes à imoralidade que vai enlameando os
lares? Não reagiremos à apostasia que ameaça a Igreja de Cristo? Leia com atenção todo o capítulo 24 de
Mateus. É impossível não ver os sinais da vinda de Cristo.
As advertências aí estão; não podemos brincar de crentes; temos de levar a sério nossa vida espiritual.
O apóstolo Paulo assim descreve o arrebatamento da Igreja de Cristo aos irmãos de Tessalônica:
1. Ressoada a trombeta de Deus, descerá o Senhor Jesus dos céus com alarido e voz de arcanjo (1 Ts 4.16).
2. Ato contínuo, os que dormem em Cristo ressuscitarão e, imediatamente, serão trasladados às regiões
celestes para encontrar o Senhor nos ares (1 Ts 4.16).
3. Quanto aos que estiverem vivos, seremos transformados, arrebatados e levados ao encontro do Senhor (1
Ts 4.17).
A glorificação dos santos, quer vivos quer mortos, ocorrerá num momento (1 Co 15.52). A palavra no
original grego, para “momento”, é mui expressiva: atomō. Trata-se de uma fração de tempo tão ínfima que
não comporta nenhuma divisão. Ao exemplificar tal fração, Paulo traz à tona uma imagem comum a todos
nós: o abrir e fechar de olhos; um instante pequeno demais para ser mesurado segundo a noção de tempo do
ser humano.
Afinal, o que temos aqui? Um ato ou um processo? Sem dúvida, um ato repentino; um milagre. É algo que
desafia as leis da física.
A qualquer momento, virá o Senhor Jesus arrebatar a sua Igreja. Esta é a nossa bendita esperança (Tt 2.13).
Não fora este lenitivo, nossa vida seria insuportável. Como, porém, nossa existência não se acha circunscrita
a este mundo, em breve, ante o estrugir da última trombeta, seremos tomados pelo Senhor e, com o Cordeiro
de Deus, estaremos para sempre.
Está você preparado para o arrebatamento? Como está a sua vida espiritual? Tem orado regularmente? Tem
guardado o seu coração do mal? Que o Senhor não nos encontre despercebidos.
MENZIES, W. W.; HORTON, S. M. Doutrinas bíblicas: Os fundamentos da nossa fé. RJ: CPAD, 2005.
“O Arrebatamento
A definição da ‘segunda vinda de Cristo’ é bastante ampla; é vista pelo menos de duas maneiras diferentes.
É localizada, às vezes, para indicar o drama dos tempos do fim, abrangendo tanto o arrebatamento da Igreja
quanto a revelação de Cristo em glória no monte das Oliveiras (Zc 14.4). Outras vezes, é enfocada
especificamente para diferençar a revelação de Cristo do arrebatamento da Igreja que a antecederá.
A primeira fase da segunda vinda de Cristo, tomada em sentido mais amplo, refere-se ao arrebatamento da
Igreja. Abruptamente, e sem aviso prévio, Jesus levará os que se acharem preparados à sua vinda (1 Ts 4.16-
18; 2 Ts 2.1). Os que estiverem ‘em Cristo’, tanto os ressuscitados quanto os que se encontram vivos, serão
conjuntamente ‘arrebatados’. O vocábulo grego harpagesometha significa ‘arrebatados poderosamente’ às
nuvens (possivelmente nuvens de glória) para se encontrarem com Ele nos ares.
Em harpazo, há um tempo verbal futuro passivo usado para descrever a ação dos ladrões e das águias:
ambos, furtivamente, apropriam-se de seus despojos. É o caso de Paulo que foi levado de repente e com
grande poder ao terceiro céu (2 Co 12.2). O latim traduziu esse termo por raptus, que é a raiz da palavra
portuguesa ‘arrebatamento’, mostrando que essa palavra torna-se um termo legítimo para designar este tão
maravilhoso evento previsto tantas vezes pela Bíblia”. (MENZIES, W. W.; HORTON, S. M. Doutrinas
bíblicas: Os fundamentos da nossa fé. RJ: CPAD, 2005, p.179.)
I. ESCOLAS DE INTERPRETAÇÃO
Existem três escolas distintas de interpretação a respeito do arrebatamento da Igreja. Elas abrem espaço para
entendermos como e quando ocorrerá esse grandioso evento.
1. Pós-tribulacionista. Essa escola interpreta que a Igreja remida por Cristo passará pela Grande Tribulação.
2. Midi-tríbulacionista. Ensina que a Igreja entrará no período da Grande Tribulação até a sua metade. Seus
intérpretes se baseiam numa interpretação isolada de Dn 9.27, cujo texto fala que depois do opressor firmar
um concerto com Israel por uma semana, “na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de
manjares”.
3. Pré-tribulacionista. Podemos começar entendendo essa escola de interpretação com as palavras de Paulo
aos tessalonicenses, quando escreveu: “Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da
salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo”, 1 Ts 5.9. Ensina que o arrebatamento da Igreja ocorrerá antes que
se inicie o período da Grande Tribulação. É uma interpretação que honra as Sagradas Escrituras e ajusta-se
devidamente à esperança cristã da volta do Senhor nos ares.
II. DUAS PALAVRAS GREGAS RELATIVAS AO ARREBATAMENTO
Encontramos várias palavras no grego do Novo Testamento relativas ao arrebatamento que podem aclarar
nosso entendimento acerca do arrebatamento. Destacaremos duas palavras principais:
1. Parousia. Literalmente quer dizer “presença”, “chegada rápida”, “visita”. É a palavra mais freqüentemente
usada nas Escrituras para descrever o retorno de Cristo, pois ocorre 24 vezes. Seu sentido é abrangente
porque não define apenas a volta de Cristo até ou sobre as nuvens, mas em outras vezes se refere à Sua volta
pessoal à Terra (1 Co 15.23; 1 Ts 2.19; 1 Ts 4.15; 5.23; 2 Ts 2.1; Tg 5.7,8; 2 Pe 3.4). Portanto, o sentido é
geral e não específico. A ênfase maior é dada à vinda corporal e visível de Cristo.
2. Epiphanéia. Literalmente significa “manifestação”, “vir à luz”, “resplandecer” ou “brilhar”. O sentido é
mais específico, porque se refere especialmente à vinda sobre as nuvens. É a volta pessoal de Cristo à Terra
que acontecerá com uma manifestação visível e gloriosa (2 Ts 2.8; 1 Tm 6.14; 2 Tm 4.6-8). Parousia é
abrangente e pode referir-se tanto à vinda de Cristo para a Igreja como para o mundo. Entretanto, epiphanéia
é um termo que especifica a volta de Cristo à Terra de modo mais direto, porque diz respeito à Sua
manifestação pessoal ao mundo.
3. A diferença entre as duas etapas. Referente ao arrebatamento, Cristo virá até ou sobre as nuvens (1 Ts
4.17). Será de modo invisível para a Terra, porque virá para os Seus santos nos ares. Em relação à
manifestação pessoal de Cristo na Terra, Ele virá sobre as nuvens, de modo visível e com os seus santos (Cl
3.4).
No primeiro evento, Cristo, pelo poder da Sua Palavra e com voz de arcanjo, arrebatará, num abrir e fechar
de olhos, a Igreja remida pelo Seu sangue (1 Co 15.52). Esse arrebatamento acontecerá antes que venha o
Anticristo e instale o seu domínio sobre a terra por sete anos.
O segundo evento da volta de Cristo acontecerá no final dos sete anos da Grande Tribulação, quando Ele irá
destruir o domínio do Anticristo e instalar seu reino de mil anos (Ap 19.11; 20.1-60).