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Noções de Identificação

Tecido epitelial: camadas da pele e seus anexos. Os pelos e seus anexos. Função e composição
química
Impressões papiloscópicas: aspectos embrionários e genéticos
Conservação e reconstituição dos tecidos da pele

Prof. Rodrigo Montes


Quiroscopia: Região Palmar
Tenar: É a região situada na base do dedo polegar.

Hipotenar: É a região que se encontra do lado


externo da palma da mão, ou seja, do
prolongamento do dedo mínimo, ocupando uma
posição oposta à região tenar.

Superior ou Infra-Digital: É a região situada


imediatamente abaixo dos dedos indicadores,
médio, anular e mínimo.
PREGA
Região Palmar INTERFALANGEANA
Podoscopia: Região plantar

1- região do grande artelho (dedão);

2- região do segundo ao quinto artelho;

3- região fibular (fíbula), lado externo do pé;

4- região tibial, lado interno (arco do pé);

5- região do calcanhar.
Datiloscopia: Desenho digital vs Impressão digital

Termo derivado de palavras de origem grega (dermato = pele e glifos = desenhos


papilares), corresponde à camada mais fina da pele (epiderme), às cristas de fricção
presentes na pele glabra (pele sem pelo).
Quando as impressões digitais são formadas?
O momento em que se dá a completa formação
das impressões digitais é em torno dos 6 meses
de gestação.

Além dos movimentos na barriga, os sentimentos


da mãe e o que ela come interferem na formação
das impressões digitais. Nem as digitais de
gêmeos univitelinos, que têm o DNA idêntico,
são iguais.

Os desenhos digitais não são hereditários.


Pele
É o maior órgão do corpo humano. Oferece barreira protetora do organismo contra
perigos físicos, químicos, microbiológicos e promove a termorregulação. Ela é composta
por três camadas de tecidos:
• Epiderme (tecido epitelial): camada visível, formada por células mortas ou que estão
para morrer. É a camada mais externa da pele;
• Derme (tecido conjuntivo denso): localizada logo abaixo da epiderme. É onde se
encontram as raízes dos pelos, as terminações nervosas, os vasos sanguíneos e o
colágeno;
• Hipoderme (ou Tecido Subcutâneo – Tecido conjuntivo frouxo): camada mais interna
da pele. É onde ficam as gorduras, as veias e os músculos. É composto por células
repletas de gordura, participando diretamente do processo de isolamento térmico.
Pele
Noções de Identificação

Tecido epitelial: camadas da pele e seus anexos. Os pelos e seus anexos. Função e composição
química
Impressões papiloscópicas: aspectos embrionários e genéticos
Conservação e reconstituição dos tecidos da pele
(Parte II)

Prof. Rodrigo Montes


Pele

• Tecido epitelial → epiderme (avascular). Deriva da ectoderma.

As células da ectoderma se proliferam e geram a periderma, que passam por constantes


queratinizações (proteína impermeabilizante) e descamações e são substituídas por
células que surgem da camada basal.

• Tecido conjuntivo → derme. Deriva da mesoderma.


• Tecido conjuntivo → hipoderme. Deriva da mesoderma.
Pele

A pele constitui a primeira barreira imunológica, protegendo o indivíduo do ambiente


externo, além de controlar a temperatura corporal, como, por exemplo, após a
realização de exercícios intensos, quando há a secreção de suor, que refrigera a
superfície da pele de maneira que o excesso de calor passa das regiões mais internas do
organismo para o exterior.
A disposição das cristas e
sulcos papilares que
compõem os desenhos
papilares é formada na
camada da pele
denominada DERME.
Anatomia da pele

Na pele encontramos dois tipos de


glândulas: as sudoríparas, que
excretam o suor com a finalidade de
regulação térmica e as sebáceas, que
segregam substância gordurosa com
a finalidade de dar proteção,
elasticidade e maciez.

Os poros são aberturas dos canais


sudoríparos, que iniciam na derme e
terminam na superfície externa da
pele, a epiderme.
Glândulas sudoríparas écrinas e apócrinas
Glândulas sudoríparas - Elas são
glândulas exócrinas, responsáveis pela
eliminação do suor e consequentemente
pela termorregulação do organismo.
Écrinas. Essas glândulas liberam as suas
secreções diretamente na superfície da
pele.

Apócrinas. As glândulas
apócrinas liberam suas secreções nos
canais dos folículos pilosos
Papilas dérmicas

Os desenhos
papilares nascem na
derme e se
reproduzem na
epiderme.
O sistema tegumentar é
formado pela pele e seus
anexos (glândulas
sudoríparas e sebáceas,
unhas, cabelos, pelos e
receptores sensoriais).
Epiderme
A epiderme é a membrana superficial, fina e
transparente que recobre externamente a
derme. Ainda que não contenha vasos, possui
numerosas ramificações nervosas. É uma camada
subjacente de epitélio queratinizado e
pavimentoso.
Trata-se de uma camada impermeável à água,
por apresentar queratina, entretanto algumas
substâncias químicas podem atravessá-la, para
serem absorvidas pelo organismo.
Os ceratinócitos perdem o núcleo e morrem, na
superfície do corpo são eliminadas por
descamação.
Camadas da epiderme e os diferentes tipos celulares
• Camada Basal ou Germinativa: essa camada está sempre produzindo novas células, que se dividem por
mitose. Estão presentes os melanócitos, células especializadas em produzir a melanina, que é o pigmento que
dá cor à pele e aos pelos.

• Camada Espinhosa: possui células com desmossomos e prolongamentos que ajudam a mantê-las bem unidas,
o que lhes confere aparência espinhosa. As células de Langerhans se encontram espalhadas pela camada e
ajudam a detectar agentes invasores, enviando alerta ao sistema imunológico para defender o corpo.

• Camada Granulosa: à medida que sobem, os ceratinócitos vão sendo achatados. Na camada granulosa
possuem forma cúbica e estão cheios de grânulos de queratina, que passa a ocupar os espaços intercelulares;

• Camada Córnea: o estrato córneo fica na superfície do corpo. Formado por células mortas, sem núcleo,
achatadas e queratinizadas. A sua parte mais externa sofre descamação, sendo constantemente substituída
(em períodos de 1 a 3 meses).
Noções de Identificação

Tecido epitelial: camadas da pele e seus anexos. Os pelos e seus anexos. Função e composição
química
Impressões papiloscópicas: aspectos embrionários e genéticos
Conservação e reconstituição dos tecidos da pele
(Parte III)

Prof. Rodrigo Montes


Tecido epitelial
Constituem células justapostas ligadas intimamente por junções intracelulares ou proteínas
integrais da membrana. A principal função do tecido epitelial é revestir a superfície externa do
corpo, as cavidades corporais internas e os órgãos. Ele também apresenta função secretora. São
funções do tegumento:

• Envolve e protege os tecidos e órgãos do corpo;


• Protege contra a entrada de agentes infecciosos;
• Evita que o organismo desidrate;
• Controla a temperatura corporal, protegendo contra mudanças bruscas de temperatura;
• Participa da eliminação de resíduos, agindo como sistema excretor também;
• Atua na relação do corpo com o meio externo através dos sentidos, trabalhando em
conjunto com o sistema nervoso;
• Armazena água e gordura nas suas células.
Tecido epitelial
De acordo com a sua função, existem dois tipos de
tecido epitelial: de revestimento e glandular. No
entanto, pode haver células com função secretora
no epitélio de revestimento.

Revestimento. São aqueles que recobrem o corpo,


órgãos ou cavidades internas, dispostas em uma ou
mais camadas possuem lâmina basal, responsável
pela troca de nutrientes com pouco ou quase
nenhum fluido intersticial (substância entre as
células) e vasos entre elas. Função de proteção e
revestimento das superfícies e cavidades do corpo.
De acordo com as camadas celulares,
os epitélios podem ser classificados
em:

• Epitélio Simples: São formados


por uma única camada de células;

• Epitélio Estratificado: Possuem


Epitélio Pavimentoso: Possui células achatadas;
mais de uma camada de células;

• Epitélio Pseudo-Estratificado: São


formados por uma única camada
de células, mas possui células de
com alturas diferentes, dando a
impressão de ser estratificado.
Conservação e reconstituição da pele
A pele tem vários mecanismos de regeneração e reparação. A camada basal assegura
uma renovação constante da epiderme, através da divisão celular contínua:
• Se uma lesão é confinada na camada cutânea superior, dominante de pele, o
dano (conhecido como erosão) pode curar sem retração cicatricial.
• Se o dano alcança a derme e se a membrana basal está afetada (por exemplo
uma úlcera), daí normalmente ocorre retração cicatricial.

• O processo de reconstituição da pele pode ser arbitrariamente dividido em três


fases:
i) Inflamatória ii) proliferação iii) maturação
Fase inflamatória
A fase inicial do processo cicatricial, inflamatória, é iniciada no exato momento da lesão e dura
cerca de três dias.

O dano tissular é o evento inicial que desencadeia todo o processo de restauração.


Imediatamente, o corpo tenta fazer a hemostasia com a contração dos pequenos vasos
próximos. Nesse momento, há a agregação plaquetária, ativação da cascata de coagulação e
formação de uma matriz de fibrina (barreira para tentar impedir a contaminação).

Os sinais da inflamação – rubor, calor, edema, dor – são resultado da resposta celular e
bioquímica no local, principalmente pelo recrutamento celular e aumento da permeabilidade
vascular.
Fase proliferativa
A fase proliferativa inclui reepitelização, síntese da matriz e neovascularização.
Processos que iniciam em torno do terceiro dia após a lesão e dura algumas semanas.

Essa fase é caracterizada pela formação do tecido de granulação, e é o marco inicial da


formação da cicatriz.
Fase de maturação
A fase de maturação ou remodelamento é caracterizada pela deposição organizada de
colágeno.

Essa fase final se inicia após vinte e um dias da lesão, podendo perdurar até um ano.

Durante o período de remodelamento, o tecido de granulação termina de ser formado


para que inicie a maturação da ferida. Ocorre um aumento na resistência da ferida,
sem aumento na quantidade de colágeno, devido ao remodelamento das fibras da
proteína.

O resultado é o fechamento completo da ferida, com restauração (não completa) da


força mecânica e formação da cicatriz.
Conservação e reconstituição da pele
A cura de uma ferida passa por várias etapas consecutivas:

1. O sangue coagulado forma uma membrana com uma superfície dura que gruda na
ferida (crosta ou escara).
2. Células mortas e danificadas e seus tecidos conjuntivos se desintegram e são
dissolvidas pelas enzimas.
3. As células que protegem o corpo digerindo bactérias nocivas e células mortas
tornam-se ativas. Os fluidos linfáticos fluem para a ferida.
4. Novas células – inclusive brotos capilares, tecidos conjuntivos e fibras de colágeno –
formam num processo conhecido como epitelização.

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