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Cartilha da
Igreja Legal
Mais que um livro,
uma comunidade!
Não precisa
se preocupar!
Criamos a cartilha feita sob
medida para você
A vida de quem se dedica à prosperidade de organizações
religiosas não é fácil.
QUERO ACESSAR
15
DIA S
JONATAS NASCIMENTO
Cartilha da
Igreja Legal
4ª Edição
CARTILHA DA IGREJA LEGAL – 4ª EDIÇÃO
Copyright © 2022 by Jonatas de Souza Nascimento
O conteúdo desta obra é de responsabilidade
do autor, proprietário do Direito Autoral.
Proibida a venda e a reprodução parcial ou total sem autorização.
Nascimento, Jonatas
Cartilha da igreja legal / Jonatas Nascimento. --
4. ed. -- São Paulo : All Print Editora, 2022.
ISBN.
1. Igreja - Administração 2. Igreja - Finanças
3. Igreja - Recursos - Arrecadação 4. Regulamentos
administrativos I. Título.
08-01531CDD-469
www.allprinteditora.com.br
info@allprinteditora.com.br
(11) 2478-3413
Dedicatória
Introdução...............................................................................17
6. Dicas aleatórias....................................................................61
Anexos......................................................................................87
14. Anexo I – Termo de Compromisso (FGTM/FAP).........88
15. Anexo II – Sugestão de Termo de Compromisso Mútuo:
Igreja X Pastor.....................................................................90
16. Anexo III – Sugestão de Plano de Contas para
Tesoureiros...........................................................................93
17. Anexo IV – Comprovante de caixa................................99
18. Anexo V – Comprovante de pagamento de proventos
pastorais.............................................................................100
19. Anexo VI – Modelo de ata de fundação de igreja
evangélica..........................................................................102
20. Anexo VII – Sugestão de Estatuto para Igrejas Batistas.104
21. Anexo VIII – Regras parlamentares.............................128
22. Anexo IX – Tabela de obrigações legais das
Organizações Religiosas....................................................139
Apêndice: Razões pelas quais toda igreja precisa
revisar os seus estatutos..................................................171
23. Anexo X – Os templos de qualquer culto e o Marco
Regulatório das Organizações da Sociedade Civil............141
24. Anexo XI – Teste os seus conhecimentos....................189
Glossário................................................................................196
17
tais qualificações. Também cabe frisar a grande responsabi-
lidade que pesa sobre os ombros do tesoureiro. Todos os ho-
lofotes estarão direcionados para a figura do tesoureiro. Os
críticos de plantão nunca dormem. Se não for transparente,
se não inspirar confiança, se não for dado a trabalho em
conjunto, se não for flexível em seus relacionamentos, toda
a comunidade sofrerá e alguns (in)fiéis chegarão ao extre-
mo de deixarem de entregar seus dízimos e ofertas, sob a
alegação de que não confiam no trabalho do tesoureiro.
Por outro lado, as igrejas devem ter o cuidado de es-
tabelecer alguns critérios para a escolha do seu tesoureiro.
Que seja alguém financeiramente equilibrado; que tenha vi-
vência eclesiástica (se a igreja resolver escolher um crente
novo, todo cuidado é pouco); que seja acessível; que goze
de boa reputação. Mas, acima de tudo, que encare tal tarefa
como ministério, porque de fato o é.
Finalmente, coloco-me à disposição para trocar e-
-mails, receber pedidos, convites para cursos e palestras,
como também críticas e sugestões através do e-mail: jona-
tasnascimento@hotmail.com. Se preferir, entre em contato
comigo: (21) 99247-1227.
18
1. A Igreja, sua legalidade,
seus direitos e obrigações:
Legislação aplicável
19
l. Decreto nº3.048/199; Decreto nº3.265/1999, arti-
go 214, § 16.
m. Leis estaduais (Variáveis);
n. Leis Municipais (Variáveis);
o. Conselho Federal de Contabilidade e Normas
Brasileiras de Contabilidade (NBC);
p. Regulamento do Imposto de Renda (Decreto
nº9.580/2018, de 22/11/2018);
q. Decreto-Lei nº5.844/1943, art. 31;
r. Resolução CFC Nº1.409/2012 – Interpretação
Técnica Geral-ITG 2002(R);
s. Lei nº 13.019, de 31 de julho de 2014;
t. Lei nº6.404/1976;
u. Direito Canônico; e
v. Acordo Brasil – Santa Sé (Decreto nº 7.107/2010)
20
desinformação de muitos sobre a visão do Estado para com
a igreja, mormente os dispositivos elencados na Constitui-
ção Federal, tem provocado inquietações desnecessárias
diante de assuntos polêmicos, tais como a celebração de
casamento de homossexuais e a admissão de pessoas cujas
práticas contrariam os ensinamentos da igreja à luz da Bí-
blia. A igreja precisa aprender, além do senhorio de Cristo,
um pouco sobre a seguridade garantida pela Constituição
Federal e leis adjacentes. O Estado, mais do que a imposi-
ção aparente de obrigações que venham a ferir ou macular
a igreja, garante-lhe uma couraça protetora para o exercício
da missão espiritual de restauração do homem perdido e
de guardiã dos bons costumes tão necessários à família e à
Sociedade.
A igreja, enquanto pessoa jurídica de direito privado,
é uma organização religiosa, conforme preceitua o Código
Civil em seu art. 44, inciso IV (Incluído pela Lei nº10.825,
de 22/12/2003).
Em não havendo mudanças no texto constitucio-
nal, a liberdade religiosa oferece à igreja duas vertentes
interessantes:
a. “A liberdade religiosa não significa insubordi-
nação às obrigações genericamente impostas à
sociedade, nem pode servir de justificativa à im-
punidade. Por força da soberania interna do Esta-
do, todos os homens devem observância às leis,
sujeitos a sanções por seu descumprimento. Des-
ta forma, a igreja está sujeita ao império estatal,
como sucedâneo da própria vida em sociedade,
devendo respeito às leis vigentes, bem como às
autoridades constituídas, das três esferas de po-
der, federal, estadual e municipal.”
21
b. “Por sua vez, o direito de autorregulamentação,
por meio de Estatuto próprio, assegura à igreja o
poder de ditar as regras internamente aplicáveis.
Em adição a isso, pelas decisões dos seus órgãos
constituídos, a igreja exerce o poder de traçar seu
próprio destino. No campo do direito privado,
com preponderância do interesse particular, o Es-
tatuto criado pela igreja é a lei que regerá as situ-
ações fáticas acontecidas no âmbito interno desta,
aplicando-se, apenas, supletivamente a legislação
civil vigente. Ou seja, a lei civil somente entrará
em cena, no que couber, caso haja lacuna no esta-
tuto ou no regimento interno.”
Por isso, a igreja que não tem Estatuto devidamente
registrado ou omisso se arrisca a submeter-se ao poder su-
pletivo do Estado para decidir questões que deveriam ser de
sua exclusiva competência.
Se a igreja for cuidadosa na formalização de seu di-
reito e nos procedimentos para sua aplicação, não ficará
vulnerável aos problemas que assustam a muitos – e tão em
voga atualmente –, tais como homossexualidade, realização
de casamento de pessoas do mesmo sexo, pedofilia etc. “A
igreja, no exercício de seu direito, pode não admitir pessoas
indesejáveis. A liberdade de filiar-se a uma igreja está con-
dicionada à obediência aos pressupostos de admissão insti-
tuídos pela própria igreja.
Uma vez estabelecidos no estatuto os requisitos para
a admissão no rol de membros, o indivíduo que não os sa-
tisfizer não poderá exigir sua filiação. É, portanto, constitu-
cionalmente garantido à igreja a não-admissão de pessoas
que não se enquadrem nos moldes previstos no seu Estatuto.
22
O que não se admite, a princípio, é vedar a adesão
do indivíduo que se enquadra em todos os requisitos legais
e estatutários, pois, nesse caso, a igreja estaria violando o
direito à igualdade, eis que o ingresso na instituição estaria
puramente condicionado ao seu capricho, podendo selecio-
nar uma pessoa e segregar outra, ambas em situação jurídi-
ca homogênea.”
23
1.4 Legalização como pessoa jurídica
24
atenção dobrada para um artigo que julgava muito impor-
tante. Curioso, folheei o documento até encontrar o artigo
que defendia a sua condição de presidente vitalício. Previa
que em caso de seu falecimento, a viúva ficaria com um
percentual do seu sustento ministerial até contrair novo ma-
trimônio; mas, em caso de seu falecimento, os filhos me-
nores seriam beneficiados com um percentual menor até
atingirem a maioridade. Em poucas palavras eu o convenci
do seu engano.
25
1.6 Responsabilidade da igreja enquanto local
de aglomeração de pessoas
26
1.8 Controvérsias acerca do IPTU
27
da organização religiosa, mediante condição óbvia: “Ain-
da quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU
o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas
pelo art. 150, VI, “c”, da constituição, desde que o valor
dos aluguéis seja aplicado nas atividades essenciais de tais
entidades”.
28
1.10 Implantação do e-Social
29
1.11 Principais obrigações fiscais
30
dispensadas de apresentar a ECD as entidades imunes e
isentas que auferirem, no ano-calendário, receitas, doações,
incentivos, subvenções, contribuições, auxílios, convênios
e ingressos assemelhados cuja soma seja inferior a R$ 4,8
milhões. O limite anterior era de R$ 1,2 milhão.
Escrituração Fiscal Digital (EFD): Desde o ano calendá-
rio 2015 todas as organizações religiosas estão obrigadas a
entregar a ECF, independentemente do montante de receita,
ausência de empregados, remunerações ao seu ministro re-
ligioso. A EFD-Contribuições será transmitida mensalmen-
te ao SPED até o 10º (décimo) dia útil do 2º (segundo) mês
subsequente ao que se refira a escrituração.
Assinatura do Livro Digital: O livro digital deve ser as-
sinado obrigatoriamente pelo presidente da organização re-
ligiosa e por profissional contábil, devidamente habilitado
junto ao Conselho Regional de Contabilidade. Para tanto, é
indispensável que ela possua o certificado digital. Eventu-
almente, pode-se utilizar procuração eletrônica da Receita
Federal.
Importante: A organização religiosa deve manter atualiza-
do o seu estatuto e as suas atas. Ambos devem ser levados
a registro público em Cartório, sob pena de nulidade. Em
caso de falta de atualização, a organização não obterá o seu
Certificado Digital.
CAGED – Cadastro Geral de Empregados e Desempre-
gados Mensal: Até o dia 7 (sete) do mês subsequente ao da
admissão ou demissão.
Observação: A legislação prevê, ainda, a obrigatoriedade de
entrega do CAGED diário, quando se tratar de admissão de
empregado em gozo de benefício de seguro-desemprego.
31
PIS sobre Folha de Pagamento: É uma obrigação tributá-
ria devida pelas organizações religiosas, inclusive, à base de
1% sobre a folha de pagamento de salários, mensalmente.
DIRF – Declaração do Imposto Sobre a Renda Retido na
Fonte: No que diz respeito a organização religiosa, trata-se
de uma declaração anual prestada à Secretaria da Receita
Federal, dela constando basicamente os valores recolhidos
na fonte, bem como recolhimentos de PIS sobre a folha de
pagamento. O prazo vai até o último dia útil do mês de fe-
vereiro de cada ano.
GFIP/SEFIP: Ainda que negativa, deve ser apresentada
em janeiro e dezembro de cada ano.
Alvará de Localização: Esta exigência varia de município
para município, por isso é importante consultar a legislação
municipal. Veja tópico 1.3.
INSS-Guia: Recolhimento através de guia própria, inci-
dente sobre folha de pagamento de funcionários, pagamen-
tos efetuados a autônomos e outros prestadores de serviços
e serviços tomados de pessoas jurídicas, até o dia 20 de
cada mês seguinte ao vencido.
INSS-Carnê: Recolhimento através de carnê até o dia 15
de cada mês seguinte ao vencido.
FGTS: Recolhimento através de guia própria até o dia 7 de
cada mês seguinte ao vencido.
Contribuição Sindical dos empregados: Recolhimento
através de guia própria de acordo com dispositivos legais.
32
2. O INSS e o Imposto de Renda
dos ministros e autônomos
33
x 20% = R$1.417,70) de salário-de-contribuição. Desta
forma, caso este valor seja pago para a sua subsistência,
não incidirão os referidos recolhimentos, pois nesse caso o
próprio contribuinte fará seu recolhimento através de car-
nê, aplicando a alíquota de 20% sobre sua remuneração,
utilizando o código 1007. Ainda que aposentado por tempo
de contribuição, o ministro religioso em atividade continua
sendo contribuinte obrigatório, mas neste caso poderá optar
pela contribuição simplificada à alíquota de 11% sobre o
salário mínimo, utilizando-se o código 1163.
Caso o Ministro Religioso receba remuneração pe-
los serviços prestados de forma diferenciada, conforme a
quantidade de serviços prestados, incidirão por parte da
Organização Religiosa, sobre esta remuneração, tanto a
importância correspondente a 20% a título de renda ecle-
siástica sobre o valor pago mensalmente ao seu ministro
religioso em questão, quanto o recolhimento de 11% a títu-
lo de contribuição previdenciária do contribuinte individual
que lhe presta serviços.
O texto da Lei 13.137/2015, se não interpretado
cuidadosamente, pode trazer sérios problemas tanto para
igrejas como para ministros religiosos, pois profissionais
da contabilidade e operadores de Direito têm dividido opi-
nião quanto à sua aplicabilidade. Salvo melhor juízo, en-
tendo que não somente os proventos devem ser oferecidos
à tributação do imposto de renda, mas também eventuais
benefícios que a igreja venha a conceder ao ministro reli-
gioso contratado. Veja Solução de Consulta SRF nº63, de
25/09/2009.
34
Possibilidades de recolhimento de INSS em 2022:
35
2.2 Como e onde informar os recolhimentos
do INSS na declaração anual de IRPF do
ministro religioso:
36
fonte pagadora e que o beneficiário lhe forneça o
original do comprovante de pagamento.
(...)”
37
3. Os “direitos” do pastor e
demais ministros religiosos
38
Obs.2: Este valor deverá ser pago até três dias antes do
início do gozo das férias.
Obs.3: É certo que sobre esse valor será estabelecida a base
de cálculo para fins de recolhimento do IRFON (Imposto
de Renda Retido na Fonte).
39
CONSULTA sobre a isenção do Imposto
sobre a Renda em relação aos rendimen-
tos recebidos por Ministros de Confissão
Religiosa.
2. Cita a Lei nº 13.137, de 2015, que, em seu
art. 7º, incluiu o § 14 no art. 22 da Lei nº 8.212,
de 1991, afirmando que o § 13 desta lei dispõe
que os rendimentos dos ministros religiosos
não configuram remuneração direta ou indireta,
concluindo que a renda de ministros religiosos,
padres e pastores estariam isentos do imposto
sobre a renda.
3. Assim, indaga sobre a correta interpretação da
Lei nº 13.137, de 2015, questionando se as enti-
dades religiosas, às quais estão vinculados tais
ministros de confissão religiosa, estão desobri-
gadas à retenção e ao recolhimento do imposto
sobre a renda.
4. Inicialmente, da análise da Lei nº 8.212, de
1991, citada pela consulente, depreende-se que
o art. 22, em seu § 13, define que não se con-
sidera remuneração direta ou indireta, para os
efeitos dessa Lei, os valores despendidos pelas
entidades religiosas com ministro de confissão
religiosa, em face do seu mister religioso ou para
sua subsistência, desde que não dependam da
natureza e da quantidade de trabalho executado.
Observe-se que o disposto no referido parágra-
fo possui efeitos para essa Lei, ou seja, para os
dispositivos nela contidos, relacionados à Segu-
ridade Social.
5. Assim, em relação ao INSS, sobre este tipo
de pagamento não incide nenhuma contribuição,
40
pois não se trata de remuneração, direta ou indi-
reta. No entanto, cumpre salientar que o ministro
religioso é considerado segurado obrigatório da
Previdência Social na qualidade de contribuin-
te individual (Decreto nº 3.048, de 1999). Desta
forma, do valor recebido, caberá ao próprio mi-
nistro, como contribuinte individual, o recolhi-
mento da sua contribuição, que corresponderá a
20 % sobre o valor por ele declarado, observa-
dos os limites mínimo e máximo de salário de
contribuição.
6. A Lei nº 13.137, de 2015, alterou a redação do
art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991, acrescentando,
no § 14, dois incisos para efeito de interpreta-
ção do § 13, com o intuito apenas de esclarecer
melhor o assunto. Mas, conforme já exposto, o
§ 13, e consequentemente o § 14, trazem defini-
ções para os efeitos da Lei nº 8.212, 1991, que
trata da Seguridade Social, e, portanto, não trata
do imposto sobre a renda.
7. Desta forma, não há como se extrair do conti-
do na Lei nº 13.137, de 2015, a conclusão sobre
a obrigatoriedade ou não da retenção do imposto
de renda sobre os rendimentos pagos aos minis-
tros religiosos.
8. Observe-se que os ministros religiosos não
têm vínculo empregatício com a pessoa jurídica
pagadora (igreja etc.), pois inexiste contrato de
trabalho com a organização religiosa, sendo os
valores por eles recebidos caracterizados como
rendimentos do trabalho não assalariado.
9. O disposto no art. 167 c/c o art. 628, ambos do
Decreto nº 3.000, de 1999, Regulamento do Im-
posto de Renda (RIR/99), determina a retenção
41
do Imposto de Renda na Fonte para os rendimen-
tos do trabalho não assalariado, pagos por essas
entidades, como se observa a seguir:
“Art. 167. As imunidades, isenções e não inci-
dências de que trata este Capítulo não eximem
as pessoas jurídicas das demais obrigações pre-
vistas neste Decreto, especialmente as relativas à
retenção e recolhimento de impostos sobre ren-
dimentos pagos ou creditados e à prestação de
informações (Lei nº 4.506, de 1964, art. 33).
Parágrafo único. A imunidade, isenção ou não
incidência concedida às pessoas jurídicas não
aproveita aos que delas percebem rendimen-
tos sob qualquer título e forma (Decreto-Lei nº
5.844, de 1943, art. 31).
(...)
Art. 628. Estão sujeitos à incidência do impos-
to na fonte, calculado na forma do art. 620, os
rendimentos do trabalho não-assalariado, pagos
por pessoas jurídicas, inclusive por cooperativas
e pessoas jurídicas de direito público, a pessoas
físicas (Lei nº 7.713, de 1988, art. 7º, inciso II).
(grifos acrescidos)
10. Portanto, os valores recebidos pelos minis-
tros religiosos estão sujeitos à incidência do Im-
posto sobre a Renda na Fonte e na Declaração de
Rendimentos das pessoas físicas beneficiárias,
visto que não gozam de imunidade ou isenção
(exceção feita, obviamente, aos valores pagos
dentro do limite de isenção da tabela progressiva
do IRRF).
Conclusão
42
11. À vista do exposto, responde-se à consulen-
te que, sobre a importância paga aos ministros
de confissão religiosa, incide o Imposto de Ren-
da na Fonte, conforme a tabela progressiva do
IRRF, devendo a consulente aplicar a tabela e
reter o valor correspondente, o qual deverá ser
recolhido por meio de guia própria (DARF).
43
Nesta obra, apresentamos um modelo de Termo de
Compromisso ditando normas sobre o FGTM, elaborado
pelo experiente Dr. Genésio Pereira, que poderá ser adapta-
do à realidade da igreja.
Importante ressaltar que outras igrejas adotam bene-
fício similar, dando-lhe diferente nomenclatura, como por
exemplo, Fundo de Assistência Pastoral (FAP), mas o obje-
tivo é o mesmo.
44
3.7 Pastor Pessoa Jurídica? O que é isto?
45
Há, contudo, outras implicações que prefiro não as
mencionar aqui.
46
incapacitado para qualquer atividade laboral (leia-se ativi-
dade remunerada).
Neste caso, estando ele aposentado por invalidez, e
movido por sua vocação sacerdotal, que se traduz pelo afã
de propagar o Evangelho, poderá fazê-lo, porém não poderá
receber da fonte pagadora, que é a igreja ou organização
similar que o tenha contratado na condição de ministro de
confissão religiosa, sem vínculo de emprego, sob pena de
ter cassada a sua aposentadoria. Esta é a dura verdade.
Diante deste cenário, não se vislumbra outra possi-
bilidade, já que os recursos recebidos pela organização re-
ligiosa em forma de dízimos, ofertas e outros devem ser
contabilizados de acordo com o rigor das Normas Brasilei-
ras de Contabilidade, bem como com a legislação do Im-
posto de Renda.
Argumentos contrários a este entendimento, porém
sem muita consistência, apontam para as particularidades
da atividade do ministro de confissão religiosa, afirman-
do que não se trata de atividade profissional, que não há
caracterizada a contrapartida pelo exercício do ministério
pastoral e por aí vai. É preciso muito cuidado. Aconselho
àqueles que porventura se encontrem nessa situação que se
preparem para uma eventual demanda judicial, pois a ten-
dência do INSS será cassar tal benefício, retroativamente à
data da concessão do mesmo.
47
função remunerada de pastor evangélico, e em tal condição
passará a receber sustento ministerial na qualidade de Mi-
nistro Religioso.
Parecer:
A aposentadoria em questão foi concedida, em tese,
pelo INSS após a constatação pericial de que o segurado é
portador de doença grave que o incapacita totalmente para
o trabalho.
A incapacidade funcional pode ser decorrente de
doença profissional ou de acidente de trabalho, mas, em
qualquer das modalidades deve ser considerada “grave” o
suficiente a ponto de incapacitar o segurado para o traba-
lho. Tal modalidade de benefício previdenciário está regu-
lamentada pelos artigos 42/47 da Lei 8.213 de 1991 e pelo
Decreto Lei nº3048 de 1999 em seus artigos 43/50.
Em resumo, a aposentadoria por invalidez, pode ser
até definitiva, entretanto, a princípio é provisória. Defini-
tiva será se o segurado jamais se recuperar da doença; e
provisória, na medida em que se o segurado for curado e re-
cuperar sua capacidade laborativa, a aposentadoria poderá
ser cancelada pelo órgão previdenciário.
Dispõe o Artigo 48 do Decreto 3048/99 que
“O aposentado por invalidez que retornar volun-
tariamente à atividade terá sua aposentadoria,
automaticamente cassada, a partir da data do
retorno”.
48
A Autoridade Previdenciária, logo que tomar conhe-
cimento do retorno do segurado à atividade laborativa, seja
ela qual for, ainda que em atividade diversa daquela na qual
trabalhava anteriormente o segurado, cancelará automatica-
mente a aposentadoria por invalidez.
Deste modo, sem maiores justificativas, o próprio
nome iuris já diz, que a aposentadoria é por invalidez, e
logicamente, ao retornar à atividade laborativa o segurado
estaria dando prova irrefutável de que a “invalidez” não
existiria mais!
Decidindo voltar ao mercado de trabalho o aposen-
tado por invalidez deverá comunicar à Autoridade Previ-
denciária o restabelecimento de sua saúde e a decisão de
tornar-se novamente trabalhador ativo. Tal comunicação,
entretanto, poderá se dar de modo tácito, ou seja: quando
de volta ao trabalho, a empresa empregadora ou o segura-
do individual fizer o primeiro recolhimento previdenciário
vinculado ao CPF do “aposentado por invalidez”, a aposen-
tadoria será automaticamente cancelada.
É fato que muitos cidadãos “aposentados por invali-
dez”, em caso de necessidade, passam a exercer atividades
remuneradas no chamado “mercado informal” para com-
plementação de renda mensal.
Tais atividades não oficializadas e sem qualquer tipo
de registro não são, em regra, “descobertas” pela Previdên-
cia Social. Entretanto se o “aposentado por invalidez” tiver
a Carteira de Trabalho assinada; se fizer um cadastro de
Microempreendedor Individual; se constituir qualquer tipo
de sociedade; se assumir a direção de qualquer associação;
se cadastrar-se como profissional autônomo; se expedir al-
gum Recibo de Pagamento Autônomo, ou de qualquer for-
ma oficial passar a exercer qualquer outra atividade que se
49
enquadre na condição de contribuinte obrigatório da Previ-
dência Social, perderá automaticamente o direto à aposen-
tadoria por invalidez.
Evidentemente que não será esta a hipótese do caso
objeto da consulta, pois se trata de um Pastor, Ministro Re-
ligioso, para o qual além de se aplicar a “lei dos homens”,
aplica-se acima de tudo, A Lei de Deus, e com base nesta,
que exige do ser humano um comportamento ainda mais
ético e moral, deve o aposentado permanecer aposen-
tado apenas no caso de efetivamente ostentar o perfil de
incapacitado!
Conclusão
Diante da legislação previdenciária vigente, sou de
parecer que, na hipótese do beneficiário de aposentadoria
por invalidez ser contratado como Ministro Religioso, tal
função obrigará à Igreja a cadastrá-lo perante a Previdência
Social como contribuinte obrigatório, na forma do Artigo
11, inciso V, Alínea c da Lei 8.213/91 que dispõe: “Art.11
São segurados obrigatórios da Previdência Social as se-
guintes pessoas físicas:
V – como contribuinte individual:
......................................................................
50
Diante de tudo que aqui se expôs, ainda que de forma
objetiva e resumida, é de se concluir que o pastor que está
aposentado por invalidez está impedido de exercer qualquer
atividade laborativa enquanto perdurar tal invalidez; e que
ao assumir o pastorado de Igreja estará de fato, optando
em abrir mão da aposentadoria para retornar às atividades
profissionais.
51
4. Dicas para o tesoureiro
52
7. Mantenha a contabilidade da igreja em dia, uti-
lizando documentos idôneos, que de fato com-
provem os lançamentos contábeis e que sejam
aceitos pelo fisco. Repasse em tempo hábil ao
profissional da contabilidade os livros e docu-
mentos necessários aos apontamentos para efeitos
legais (inclusive para elaboração e apresentação
da declaração anual de imposto de Renda). Em
caso de dúvida, consulte o seu contador.
53
5. A Igreja e suas relações
trabalhistas
54
Anote: Há outros custos para a igreja empregadora,
dentre os quais destacamos: a) Exames médicos (admissio-
nal, periódicos e demissional); b) Normas Regulamentares;
c) Vale Alimentação ou Vale-Refeição, d) Vale-transporte;
e) benefícios previstos em Acordos ou Convenções Coleti-
vas de Trabalho etc.
55
a) Carteira de trabalho assinada desde o primeiro dia
de serviço; b) Exames médicos de admissão, periódicos e
demissional; c) Repouso semanal remunerado (1 folga por
semana, sendo pelo menos uma num domingo, se emprega-
do do sexo masculino; e pelo menos duas, se do sexo femi-
nino); d) Salário pago até o 5º dia útil do mês subsequente;
e) Primeira parcela do 13º salário paga até 30 de novembro;
segunda parcela até 20 de dezembro; f) Férias de 30 dias
com acréscimo de 1/3 do salário; g) Vale-transporte com
desconto máximo de 6% do salário; h) Licença maternida-
de de 120 dias (tramita no Congresso Nacional projeto que
altera para 180 dias), com garantia de emprego até 5 meses
depois do parto; i) Licença paternidade de 5 dias corridos;
j) FGTS: depósito de 8% do salário em conta bancária a fa-
vor do empregado; l) Horas-extras pagas com acréscimo de
50% no mínimo do valor da hora normal; m) Estabilidade
de 12 meses em casos de acidente; n) Adicional noturno de
20% para quem trabalha das 22h às 5h; o) Faltas ao trabalho
nos casos de casamento (3 dias), doação de sangue (1 dia/
ano), alistamento eleitoral (2 dias), morte de parente pró-
ximo (2 dias), testemunho na Justiça do Trabalho (no dia),
doença comprovada por atestado médico; p) Aviso prévio
de 30 dias, em caso de demissão; q) Seguro-desemprego.
56
Proporcionais: As férias proporcionais também
serão devidas, na fração de 1/12 avos período trabalhado
igual ou superior a 15 dias, na forma do art. 146 da CLT. As
faltas injustificadas poderão afetar o direito do empregado
às férias proporcionais, na forma da tabela abaixo:
Obs: Acima de 32 faltas injustificadas no período
aquisitivo, o empregado perde o direito às férias correspon-
dentes ao período aquisitivo.
5.5 Atrasos
57
5.7 Principais ausências justificadas
58
Exames vestibulares: nos dias em que estiver comprova-
damente realizando provas de exames vestibulares para in-
gresso em estabelecimento de ensino superior;
59
5.9 Indenização adicional
60
6. Dicas aleatórias
61
5. Sempre que os valores pagos a pastores, ministros
e outros prestadores de serviços, autônomos ou
não, ultrapassarem a importância de R$1.903,00
por mês, deverá ser feito o recolhimento de Im-
posto de Renda na Fonte através de DARF (Códi-
go 0588), até o dia 20 (vinte) do mês subsequente,
conforme tabela publicada pela Secretaria da Re-
ceita Federal.
6. Sobre serviços tomados de trabalhadores autôno-
mos em geral (pedreiro, eletricista, pintor, enge-
nheiro, arquiteto, jardineiro, paisagista etc.) há
incidência de INSS, que deverá ser recolhido até
o dia 20 do mês seguinte ao do fato gerador, junta-
mente com os encargos previdenciários de traba-
lhadores eventualmente regidos pela CLT.
7. Como equiparados a autônomos que são os minis-
tros religiosos recolherão, até o dia 15 de cada mês
subsequente ao do fato gerador, a título de contri-
buição previdenciária, através de carnê ou guia de
GPS emitida no site da Previdência, o equivalente
a 20% (vinte por cento) dos seus proventos men-
sais, observados os limites mínimo (R$1.100,00 x
20% = R$220,00) e máximo (R$6.433,57 x 20%
= R$1.286,71), ou outro valor por ele declarado.
Observação 1: Esses valores serão alterados sempre que o
Salário Mínimo Nacional for reajustado, normalmente em
janeiro de cada ano.
Observação 2: É facultado ao ministro religioso recolher
o INSS sobre valor por ele declarado (maior ou menor), e
não necessariamente à base de 20% (vinte por cento) sobre
o valor por ele percebido mensalmente.
62
Exemplo:
Se o ministro religioso recebe de determinada igre-
ja proventos de R$3.000,00 (três mil reais) por mês
e quiser recolher com base no teto R$7.088,51ou no
piso (R$1.212,00), ele poderá fazê-lo. É isto que se
entende por valor declarado.
8. Apesar de haver controvérsia quanto à obrigato-
riedade ou não de a igreja adequar seu estatuto
ao Código Civil de 2002, recomendamos fazê-lo,
a fim de quem sejam resguardados seus direitos.
Operadores do Direito especialistas nesse tema
são concordes nessa orientação.
9. De modo geral, quase que historicamente as igre-
jas preferem contratar zeladores membros da
casa, isto é, membros da própria igreja. Alegam
que assim agem por questão de justiça e, equivo-
cadamente, invocam até a Bíblia que recomenda
a atenção primeiramente para “os domésticos da
fé”. E os argumentos não param por aí. Alegam
que “o irmão fulano está precisando”, “passan-
do necessidades”, “é muito bonzinho” e mais
uma série de argumentos condenados pelos pro-
fissionais de RH (Recursos Humanos), pois, afi-
nal, definitivamente não são esses os princípios
que devem nortear uma organização na hora de
contratar seus funcionários. Em muitos casos, a
igreja que age assim em pouco tempo colherá os
merecidos frutos, a saber: insubordinação, faltas
e atrasos, corpo mole, serviço mal feito, reclama-
ções, animosidade... Por tudo que tenho visto, a
igreja deverá redobrar os cuidados e até evitar a
63
contratação de membros da igreja, para não sofrer
problemas de relacionamentos.
10. Finalmente, lembramos que a igreja que deixar de
cumprir os preceitos legais a ela pertinentes po-
derá até mesmo perder ou ter suspensa a sua
imunidade tributária garantida pela Constitui-
ção Federal.
11. Sobre nomenclaturas e designações: Há de certa
forma um vocabulário particular no mundo eclesi-
ástico. Muito tenho insistido em ensinar que pas-
tor e demais ministros religiosos que atuam em
ambiente eclesiástico não ganham salário. Para
melhor assimilação, fiz uma tabelinha, que pode
ser útil para quem ainda tem dúvidas, inclusive em
relação às Normas Brasileiras de Contabilidade:
Designação Categoria
Pró-labore Empresários
64
Designação no segundosetor Designação no terceiro setor
Lucro Superávit
Prejuízo Déficit
65
(com restrições a homônimos), desde que, no pri-
meiro registro, haja citação nominal completa. No
caso de se repetir referência a pessoa jurídica na
mesma ata, o segundo registro poderá ser efetua-
do apenas com o nome principal ou “sigla”, des-
de que no primeiro registro haja citação nominal
completa.
4. As rasuras ou entrelinhas porventura existentes
no corpo das atas serão ressalvadas expressamen-
te pelo secretário, antes de assiná-las.
5. O registro das atas não conterá espaços em branco
e os que se verificarem, por inadvertência, serão
inutilizados por traço indelével, pelo secretário.
6. As atas registrarão apenas as súmulas das deli-
berações, sem se referirem às propostas, a menos
que envolvam fatos relevantes para a vida e para a
história da Igreja, podendo, entretanto, consignar
os votos contrários, quando o requerer o interessa-
do, fundamentadamente e em termos adequados.
7. As homenagens que forem aprovadas, porém, se-
rão acompanhadas das razões que as justificaram
e de resumo histórico ou biográfico, se proposto.
8. Os livros de atas serão guardados em lugar segu-
ro, sob a responsabilidade do secretário, e somen-
te sairão do arquivo para o seu exame pelo órgão
competente.
9. A igreja poderá entregar cópias das atas ou de par-
te delas aos interessados que o requererem, justi-
ficando devidamente o seu interesse.
66
7. O lado empresa da igreja
67
devem ser tomadas. E mais: uma vez legalizada junto aos
órgãos competentes, outros procedimentos devem ser ado-
tados, tais como: escrituração dos livros Caixa e Diário, de
conformidade com a lei; guarda da documentação idônea
comprobatória das despesas pelo período mínimo de cin-
co anos; apresentação anual da RAIS, ainda que negativa;
apresentação anual da declaração de Imposto de Renda da
igreja e dos membros da diretoria estatutária. Verdade é que
há muito o que se falar sobre relação de trabalho com zela-
dor, pintor, pedreiro etc., como também a figura do pastor
perante a Previdência Social, porém, por questão de espaço,
falaremos aos poucos. Enfim, há uma gama de obrigações
que, se não observadas, redundam em multas altíssimas, o
que ninguém deseja que aconteça em nossos arraiais.
Portanto, se porventura a sua igreja ainda se encon-
tra em situação vulnerável, vale a pena correr para fazer os
acertos enquanto há tempo.
Em tempos da boa ditadura do princípio da excelên-
cia, as organizações religiosas devem primar pelas melhores
práticas de governança, no que couber, valendo inclusive
lançar mão do Código das Melhores Práticas de Governan-
ça Corporativa, editado pelo Instituto Brasileiro de Gover-
nança Corporativa (IBGC).
68
8. O que toda igreja precisa saber
69
d. Conservar em boa ordem, pelo prazo de cinco
anos, contado da data de emissão, os documen-
tos que comprovem a origem de suas receitas e
a efetivação de suas despesas, bem assim a reali-
zação de quaisquer outros atos ou operações que
venham a modificar a sua situação patrimonial;
e. Apresentar, anualmente, até 30 de julho, Declara-
ção denominada (ECF), em conformidade com o
disposto em ato da Secretaria da Receita Federal
do Brasil;
f. Assegurar a destinação de seu patrimônio a outra
instituição que atenda as condições para gozo da
imunidade ou isenção, conforme o caso, na hipó-
tese de incorporação, fusão, cisão ou de encerra-
mento de suas atividades, ou a órgão público.
g. Recolher os tributos retidos sobre os rendimen-
tos por elas pagos ou creditados e a contribuição
para a seguridade social relativa aos empregados,
bem assim cumprir as obrigações acessórias daí
decorrentes;
h. Outros requisitos, estabelecidos em lei específica,
relacionados com o funcionamento das entidades
citadas.
70
infração a dispositivo da legislação tributária, especialmen-
te no caso de informar ou declarar falsamente, omitir ou
simular o recebimento de doações em bens ou em dinheiro,
ou de qualquer forma cooperar para que terceiro sonegue
tributos ou pratique ilícitos fiscais.
“A imunidade dos templos é só de impostos, não
abrangendo as contribuições sociais. Com isso, estão imu-
nes do imposto de renda e do IPTU mas estão sujeitos à
CPMF A decisão n°39 da Receita Federal (DOU de 29-10-
98) esclarece que as igrejas podem remunerar seus dirigen-
tes e religiosos, bem como enviar ajuda a seus missionários
a serviço no exterior, sem perder a condição de entidade
imune.
Os templos de qualquer culto não estão impedidos
de remunerar seus dirigentes porque a sua imunidade não
depende de atendimento dos requisitos de lei. O problema
é o desvinuarnento da finalidade dos templos. Atualmente
há grande número de templos familiares, até pelo sistema
de franquias, que sugam até o último níquel dos seguidores
do culto, transformando os proprietários” em empresários
do ramo.” (Hiromi Higuchi, Fábio Hiroshi Higuchi e Celso
Hiroyuki Higuchi, Ir Publicações Ltda, 33ª Edição, 2008,
S. Paulo).
71
9. A igreja e suas práticas comerciais
72
A Secretaria da Receita Federal emitiu Parecer Nor-
mativo analisando diversos casos relativos a perda ou não
de imunidade em face de eventuais lucros obtidos em ativi-
dades como as citadas acima, esclarecendo que a igreja que
mantém, anexa ao templo, livraria para a venda de livros
religiosos, didáticos, discos com temas religiosos e artigos
de papelaria, visando à divulgação do Evangelho, não perde
a imunidade (Livro Imposto de Renda das Empresas, Edito-
ra Atlas, 26ª edição).
73
10. Não é só a Receita Federal
que fiscaliza as igrejas
74
Toda igreja está sujeita a fiscalização do MTE (Mi-
nistério do Trabalho e Emprego), podendo ser notificada,
autuada e/ou multada por infrações a legislação específica.
Toda igreja deverá apresentar anualmente a RAIS
(Relação Anual de Informações Sociais) ao Ministério do
Trabalho e Emprego, ainda que negativa, ou seja, mesmo
que não tenha empregados em determinado período, sob
pena de multa.
Toda igreja deverá apresentar anualmente a DIRF
(Declaração de Imposto de Renda Retido na Fonte) à Secre-
taria da Receita Federal do Brasil, sempre que houver reten-
ção de imposto de renda sobre salários, aluguéis, proventos
ministeriais ou de qualquer evento, sob pena de pagamento
de multa.
Toda igreja deverá apresentar anualmente a ECF (Es-
crituração Contábil Fiscal) à Secretaria da Receita Federal
do Brasil, ainda que negativa, sob pena de pagamento de
multa.
Toda igreja deverá apresentar regularmente, de acor-
do com instruções, a DCTF (Declaração de Contribuições
de Tributos Federais) à Secretaria da Receita Federal do
Brasil, sempre que houver retenção de imposto de renda
sobre salários, PIS sobre a folha de pagamento, aluguéis,
proventos ministeriais ou de qualquer evento, sob pena de
pagamento de multa.
Toda igreja deverá apresentar mensalmente, ou de
acordo com instruções pertinentes, a GFIP (Guia de Reco-
lhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social),
ainda que sem movimento, à Caixa Econômica Federal,
sob pena de pagamento de multa.
75
11. Igrejas têm zelador
ou faxineiro?
76
os trabalhos de limpeza, remoção ou incineração de resídu-
os, para manter o prédio nas condições de asseio requeri-
das; executa ou providencia serviços de manutenção geral,
trocando lâmpadas ou fusíveis, efetuando pequenos repa-
ros e requisitando pessoas habilitadas para os reparos de
fornos, bombas, caixa-d’água, extintores e elevadores, para
assegurar as condições de funcionamento e segurança das
instalações; zela pelo cumprimento das normas e procedi-
mentos do edifício, evitando ruídos em horas impróprias e
o uso indevido das instalações e levando à administração
os problemas surgidos, para manter a ordem e o bem-estar
dos inquilinos ou usuários; encarrega-se da aquisição, re-
cepção, conferência, controle e distribuição do material de
consumo e de limpeza, tomando como base os serviços a
serem executados, para evitar a descontinuidade do proces-
so de higienização e de manutenção do prédio e de suas
instalações; pode desempenhar algumas atividades próprias
de porteiro de edifício.
Faxineiro: Executa limpeza dos prédios, salão, salas
de escritório, de aulas, de reunião, sanitários, vestiários e
demais instalações das instituições, varrendo, espanando,
lavando, encerando, etc; retira lixo dos cestos, acondicio-
nando-o em sacos próprios e depositando-o na lixeira; cuida
da reposição de produtos de limpeza (sabonete, papel-toa-
lha, etc.) nos sanitários; utiliza aspirador de pó, vassoura,
vassourão, pano, espanador e outros materiais de limpeza;
realiza todo o processo diário de limpeza e conservação nas
dependências da instituição; limpa vidros, divisórias, mó-
veis, aparelhos de telefone, corredores, escadarias e demais
atividades relacionadas com sua atividade; assume o com-
promisso de usar todo o equipamento de proteção indivi-
dual ou coletivo, como luvas, botas especiais, roupas, etc,
para preservação de sua saúde.
77
12. Sua igreja precisa cumprir a lei
78
pastoral, e não por sua condição de presidente da igreja.
Fica claro que não se cogita qualquer remuneração aos de-
mais componentes da diretoria executiva (vice-presidente,
secretários, tesoureiros).
A igreja deve “aplicar seus recursos integralmente no
País, na manutenção de seus objetivos institucionais”. Igre-
ja não é instituição financeira ou exploradora de atividades
mercantis e, portanto, não deve usar seus recursos para con-
correr com o mercado.
A igreja deve “manter escrituração contábil completa
de suas receitas e despesas em livros revestidos de forma-
lidades capazes de assegurar sua exatidão”. Nada deve ser
ignorado ou omitido. Aliás, igreja não tem motivos para tal
prática.
A igreja deve “conservar em boa ordem, pelo prazo
de cinco anos, contado da data da emissão, os documentos
que comprovem a origem de suas receitas e a efetivação de
suas despesas, bem assim a realização de quaisquer outros
atos ou operações que venham a modificar sua situação pa-
trimonial”. Em caso de ação fiscal, a falta de apenas um
elemento caracterizará infração fiscal.
A igreja deve “apresentar, anualmente, a Escrituração
Contábil Fiscal – ECF”. Para que o profissional contábil
apresente essa declaração, ele necessita de elementos para
a elaboração dos livros Diário e Razão, que são produzidos
com base em peças contábeis. Lembro aqui que o pobre
contador não tem a capacidade de inventar dados para cum-
prir determinada obrigação, mas somente poderá fazê-la
com documentos que recebe de seus tomadores de serviços.
Destaque-se, finalmente, que a igreja deve fornecer
ao seu contador, extratos consolidados mensais e sucessivos
79
de toda a sua movimentação bancária, bem como, em tem-
pos em que igrejas adotaram outras formas de recebimento
de dízimos e ofertas, extratos das operações realizadas atra-
vés de cartão de crédito.
80
13. Pelo marco regulatório das
organizações religiosas
81
dessas organizações precisam estar sempre vigilantes, pois
sistematicamente as cobranças chegam, com ou sem base
legal. Como se não bastasse, os Estados acham respaldo na
lei que lhes permitem cobrar ICMS sobre contas de consu-
mo, tais como energia elétrica, água e telefone, o que obri-
ga parlamentares envolvidos em causas religiosas a lutarem
por um direito garantido.
Aqui no Estado do Rio de Janeiro o problema já foi
resolvido com a edição da Lei Complementar que levou o
número 188, de 7 de janeiro de 2020: “Art. 1º Para fins
previstos na alínea “b”, do inciso VI, do art. 196 da Consti-
tuição do Estado do Rio de Janeiro, fica vedado ao governo
do Estado do Rio de Janeiro e aos seus Municípios instituir
impostos sobre templos de qualquer culto religioso.
Art. 2º As despesas com a execução desta Lei corre-
rão por conta das dotações orçamentárias próprias, suple-
mentadas se necessário”.
Diante disso, sugiro a possibilidade da instituição de
uma espécie de Marco Regulatório para as Organizações
Religiosas.
Não estou exagerando. Assim como temos os diplo-
mas legais que integram o nosso ordenamento jurídico, e
mais recentemente surgiu o Marco Regulatório das Organi-
zações da Sociedade Civil, a esta altura uma norma regula-
dora para as organizações religiosas seria muito bem-vinda.
Entendo que já é hora de se consolidar a legislação perti-
nente a este crescente segmento no Brasil, mormente agora
que é possível a inserção em seus estatutos de atividades
sociais de educação, saúde e de assistência social, sem o
risco de perda da sua imunidade tributária, garantida pela
Constituição Federal.
82
O que justificaria esta atenção das autoridades legis-
lativas é o crescimento das organizações religiosas em solo
brasileiro. Se a imprensa estiver certa, atualmente nasce a
cada hora uma nova igreja ou outra organização religiosa
nesta terra de Cabral (o descobridor).
Apesar de tão lidas e debatidas, ainda há pontos cinzen-
tos que precisam ser melhor conceituados e interpretados.
A guisa de exemplos, cito a Lei nº13.137/2015, que
divide opiniões no tocante à incidência de imposto de renda
na fonte sobre os proventos recebidos pelo ministro de con-
fissão religiosa. Outro exemplo: embora eu tenha aprendido
nos bancos da faculdade que o artigo 150 da Constituição
Federal é cláusula pétrea, de vez em quando vem alguém
querendo botar caraminholas em minha cabeça, pois que
até mesmo profissionais do Direito não são concordes neste
ponto.
Está erguida a bandeira.
83
público e de cunho social distintas das destinadas a fins ex-
clusivamente religiosos, fazem jus aos benefícios da lei que
ficou conhecida como Marco Regulatório das Organizações
da Sociedade Civil. Trocando em miúdos, isso significa que
as igrejas, desde que insiram em seus estatutos atividades
secundárias nas áreas de saúde, educação e de assistência
social, poderão celebrar termos de fomento ou acordos de
cooperação com Municípios, Estados, Distrito Federal ou
com a União.
As igrejas continuarão focadas na sua missão precí-
pua, que se resume na sigla PESCA, a saber: Proclamação
da Palavra; Ensino; Serviço; Comunhão e Adoração.
É aconselhável que as organizações religiosas, ainda
que não pretendam ampliar as suas atividades a curto prazo,
promovam a adequação imediata dos seus estatutos à lei
que as possibilitam habilitarem-se para desempenhar com
muito mais recursos humanos e financeiros a sua vocação
social. Para tanto, é importante que a sua contabilidade es-
teja regular e que obtenha junto ao Poder Público Munici-
pal ou Estadual a sua inscrição no Cadastro Nacional das
Entidades de Assistência Social para ter acesso a parcerias
com o poder público.
Sem dúvida, esta é uma notícia de grande valor para
as igrejas que se preocupam não só com o lado espiritual
dos fiéis, mas também com aspectos sociais.
Agora vamos à grande novidade: O Dr. Fernando
Gammino, experiente operador do Direito com especiali-
zação em Direito Religioso me achou e juntos produzimos
uma série de orientações em forma de podcast, que intitula-
mos “O Segredo das Igrejas Mais Prósperas”.
Este trabalho tem despertado rapidamente as consci-
ências para práticas de gestão eclesiástica que possibilitam:
84
a) receber dinheiro público para obras sociais e edu-
cacionais desenvolvidas pela igreja;
b) importações de equipamentos de som e ilumina-
ção, instrumentos musicais e computadores sem
impostos;
c) financiar automóveis em nome da igreja e assim
deixar de pagar o IPVA;
d) legalizar e obter todos os benefícios tributários
para as filiais e pontos de pregação da sua igreja
sem a necessidade de criar um CNPJ para cada
local;
e) e muito mais...
85
Anexos
87
14. Anexo I
88
do ministro, independentemente da modalidade
ou motivo; b) construção ou aquisição de imóvel
ou veículo c) caso de doença grave na família;
d) aposentadoria, ainda que continue no mesmo
ministério; e) falecimento do ministro (através de
herdeiros).
3) Fica esclarecido que o benefício em tela é um di-
reito do beneficiário, independentemente do mo-
tivo da sua exoneração; o direito ao saldo passa
aos herdeiros; o recolhimento incide sobre o 13º
salário ou outras gratificações que representem,
de alguma forma, proventos pastorais; deverá
ser efetuado mensalmente entre os dias 1º e 15
de cada mês subsequente ao do recebimento, e se
houver atraso no recolhimento, o mesmo deve ser
corrigido pelo índice da caderneta de poupança.
4) Poderá o beneficiário conferir saldos e retirar ex-
tratos sempre que desejar, bem como deverá exi-
bir extratos à Igreja sempre que solicitado.
5) Os casos omissos serão resolvidos pela Igreja,
reunida em assembleia geral.
Local e data,
_______________________________________________
Igreja...
_______________________________________________
Pastor...
TESTEMUNHAS:
_______________________________________________
_______________________________________________
89
15. Anexo II
Cláusulas e Condições:
90
cumprimento de jornada de trabalho, salário ou remunera-
ção e habitualidade.
Cláusula 3ª: A título de proventos pastorais (ou outras ru-
bricas normalmente aceitas: proventos ministeriais, sustento
pastoral, sustento ministerial, renda ou rendimento eclesi-
ástico, prebendas, côngruas ministeriais ou múnus eclesiás-
tico), a Igreja pagará ao ministro a quantia mensal de R$.....
(valor por extenso), mediante documento, no máximo até o
dia (por extenso) de cada mês seguinte ao vencido.
Parágrafo §: Os proventos (ou outras rubricas normal-
mente aceitas: proventos pastorais, proventos ministeriais,
sustento pastoral, sustento ministerial, renda ou rendimen-
to eclesiástico, prebendas, côngruas ministeriais ou múnus
eclesiástico) previstos nesta cláusula deverão ser reajusta-
dos anualmente (ou em período inferior) no mês de ,
tomando-se por base. (especificar de forma clara e inequí-
voca esse critério)
Cláusula 4ª: Além dos proventos previstos na cláusula an-
terior, a Igreja concederá, na medida das suas possibilida-
des e ou liberalidade, os seguintes benefícios análogos ao
de trabalhador, que poderão ser ampliados ou restritos, de-
pendendo da capacidade e ou liberalidade da Igreja:
a. Gratificação natalina em dezembro de cada ano, equi-
valente a 100% (cem por cento) ou fração dos proven-
tos, em parcela única ou em vezes;
b. Férias anuais (acrescidas ou não do terço constitucional);
c. Concessão de plano de saúde para o ministro religioso
(especificar se vai estender à esposa e filhos menores);
d. Concessão de Fundo de Garantia por Tempo Ministerial
(FGTM) ou Fundo de Apoio Pastoral (FAP), à razão de
... % (escrever por extenso) por mês, o qual deverá ser
91
depositado em conta poupança em nome do ministro
religioso e disciplinada de comum acordo;
e. Auxílio moradia até o valor mensal de R$... (por
extenso);
f. Veículo para uso do ministro religioso no exercício das
suas atividades ministeriais;
g. Auxílio combustível;
h. Auxílio previdenciário (INSS e ou previdência privada).
Cláusula 5ª: Fica o ministro religioso ciente de que sobre
tais valores será aplicada a tabela mensal vigente do Impos-
to de Renda para fins de retenção de Imposto na Fonte.
Cláusula 6ª: Fica o ministro religioso ciente de que, por sua
condição de contribuinte obrigatório equiparado a autôno-
mo, o recolhimento do seu INSS será efetuado com base no
valor por si declarado e não necessariamente pelo valor por
ele percebido mensalmente, e que esse ônus é tão somente
seu e não da igreja.
Cláusula 7ª: O tempo de ministério do ministro religioso
será o previsto no estatuto da igreja.
Cláusula 8ª: Assim, justos e acertados, firmam o presente
instrumento em 2 (duas) vias de igual teor.
_______________________________________________
Local e data
_______________________________________________
Assinatura do representante legal da Igreja
_______________________________________________
Assinatura do ministro religioso
92
16. Anexo III
1. Receitas
1.1. Ordinárias ou Regular
1.1.1. Dízimos, ofertas e contribuições
1.1.2. Outras ofertas regulares
1.1.3. Contribuições das Congregações/Missões
2. Despesas
2.1. Despesas com pessoal
2.1.1. Salários e Ordenados
2.1.2. 13º Salários
2.1.3. Férias
93
2.1.4. Assistência médica e social
2.1.5. FGTS
2.1.6. Indenizações e Aviso Prévio
2.1.7. Despesas com Sindicato
2.1.8. Vale-transporte
2.1.9. Salário-família
2.1.20. Pensão Alimentícia
2.1.21. INSS
2.1.22. Prêmios e gratificações
2.1.23. Cestas básicas
2.1.24. Salário maternidade
2.1.25. Despesas com alimentação
94
2.2.19. Despesas com transportes
2.2.20. Despesas com veículos
95
2.5.2. Despesas destinadas
2.5.2.1. Plano cooperativo
2.5.2.2. Evangelismo – folhetos, literaturas e ofertas
2.5.2.3. Pontos de pregação, convenção, missões
2.5.2.4. Despesas diversas com evangelismo e missões
2.5.2.5. Despesas c/conferencistas/pregadores/cantores
2.5.2.6. Contribuição para asilos e orfanatos
2.5.2.7. Despesas com ação social e beneficência
2.5.2.8. Multiministério (ajuda para comunidade)
2.5.2.9. Causas presbiteriais
2.5.2.10. Assistência funeral
2.5.2.11. Despesas com estagiários e seminaristas
2.5.2.12. Despesas com educação religiosa
2.5.2.13. Despesas com departamento/ministério de música
2.5.2.14. Despesas com ministério de música – ministro/
regente
96
2.5.5.2. Juros e multas
2.5.5.3. Juros passivos
3. Patrimônio
3.1. Bens patrimoniais
3.1.1. Terrenos
3.1.2. Imóveis
3.1.3. Móveis e utensílios
3.1.4. Computadores e periféricos
3.1.5. Veículos
3.1.6. Consórcios de veículos
3.1.7. Móveis e utensílios, equipamentos e instrumentos
musicais
3.1.8. Máquinas, equipamentos e instalações
3.1.9. Biblioteca
3.1.10. Construções em andamento
3.1.11. Benfeitorias em propriedade de terceiros
3.1.12. Equipamentos de sonorização
3.1.13. Equipamentos esportivos
3.1.14. Tapetes
3.1.15. Instrumentos musicais
97
O procedimento a ser adotado por aquelas igrejas que por
costume levantam ofertas ou outras verbas em seus diver-
sos departamentos (Senhoras, Homens, Jovens, Adolescen-
tes, Crianças, Beneficência, Cantina etc.) e administram
tais valores, devem repassar, ou no mínimo informar, ao
tesoureiro o total arrecadado mensalmente. E mais, devem
comprovar todas as saídas, mediante documentos idôneos,
repassando-os ao tesoureiro
98
17. Anexo IV
Comprovante de caixa
Nome da Igreja
Endereço da Igreja
CNPJ
COMPROVANTE DE CAIXA Nº
RECIBO – R$
99
18. Anexo V
NOME DA IGREJA
Endereço completo
CNPJ: 00.000.000/0001-00
TOTAIS
Valores expressos em moeda nacional (R$ – Real)
Local e data: , / /
________________________________________________________
Assinatura
Vistos:
________________________________________________________
________________________________________________________
Tesouraria Comissão de Finanças (ou similar)
100
Controle de pagamentos (anexar comprovantes)
INSS – CARNÊ
PLANO DE SAÚDE
OUTROS
101
19. Anexo VI
102
nº10.406, artigo 1.011, parágrafo 1°, o presidente e a dire-
toria eleita e empossada nesta data declaram, sob pena da
lei, que não estão impedidos de exercerem a administração
da Igreja, por lei especial ou em virtude de condenação cri-
minal”. Cumpridas as formalidades legais, o presidente de-
clarou definitivamente constituída a organização religiosa
denominada ........, com sede na Rua ....., que tem duração
por tempo indeterminado, com o objetivo de reunir-se re-
gularmente para cultuar a Deus e proclamar o Evangelho
de Jesus Cristo, estudar a Bíblia Sagrada, cultivar a comu-
nhão entre os crentes, promover a educação cristã, praticar
a beneficência e tratar dos demais assuntos relativos às suas
finalidades. E, para constar, eu, ............, eleito secretário
“ad hoc”, lavrei e assinei a presente ata, junta-mente com
o presidente, após lida e aprovada em plenário, seguindo-
-se a relação dos membros fundadores, sendo obedecido o
número mínimo exigido por lei.
103
20. Anexo VII
ESTATUTO ORGANIZACIONAL DA
IGREJA BATISTA ________________
CAPÍTULO I
DA DENOMINAÇÃO, SEDE, FILIAIS E
FINALIDADES
104
de seu Estatuto Organizacional, Regimento Interno, e/ou
decisões da Assembleia Geral, conforme lhe autoriza o §1º
do artigo 44 do Código Civil Brasileiro.
§ 2º São membros fundadores aqueles cujos nomes cons-
tam na ata de sua fundação, realizada em __ de _________
de _________.
§ 3º São Filiais da IGREJA5:
a) Nome da Filial: Rua _______, nº _______, Bairro
__________, na Cidade _______, Estado ______ – CEP
___;
b) Nome da Filial: Rua _______, nº _______, Bairro
__________, na Cidade _______, Estado ______ – CEP
___;
c) Nome da Filial: Rua _______, nº _______, Bairro
__________, na Cidade _______, Estado ______ – CEP
___.
§ 4º As filiais da Igreja não possuem autonomia administra-
tiva e não são gestoras de orçamento, de modo que ficam
dispensadas da inscrição no CNPJ, conforme previsão do §
9º do art 4º da Instrução Normativa RFB nº 1.863, de 27 de
dezembro de 2018, conforme alterada pela Instrução Nor-
mativa RFB nº 1.897, de 27 de junho de 2019.
5 Inserir como Filiais todos os imóveis utilizados de forma contínua pela igre-
ja a qualquer título, sejam eles próprios, alugados, em situação de posse, em-
prestados (comodato), ou cedidos mediante acordo de outra natureza. Podem
ser incluídos, por exemplo, a residência do pastor presidente, o escritório,
o estacionamento, o endereço do salão de festas, da quadra poliesportiva e
assim por diante. A ideia é facilitar trâmites burocráticos que potencializem
os benefícios inerentes às imunidades e isenções tributárias da organização
religiosa. Não é nosso propósito criar qualquer tipo de inovação à tradição
das Igrejas Batistas filiadas à CBB de não possuírem filiais, congregações e
pontos de pregação para além da igreja matriz.
105
§ 5º Todo o patrimônio alocado nas Filiais, pertence, de fato
e de direito, à Igreja.
Art. 2º - A IGREJA tem por finalidade reunir-se regular-
mente para cultuar a Deus e proclamar o Evangelho de
Jesus Cristo; estudar a Bíblia Sagrada adotada ou indica-
da pela Convenção Batista Brasileira; cultivar a comunhão
entre os crentes; promover a educação religiosa, praticar a
beneficência e tratar dos demais assuntos relativos às suas
finalidades.
§ 1º Nos termos da Lei nº13.019/2014, a IGREJA desenvol-
verá atividades de saúde, educação e de assistência social
de forma autônoma ou através de parcerias com o Poder
Público, especialmente no sentido de ______________.
§ 2º Com relação às finalidades complementares, em espe-
cial atividades de interesse público e de cunho social distin-
tas das destinadas a fins exclusivamente religiosos, a Igreja
poderá atuar como uma Organização da Sociedade Civil na
forma da Lei nº 13.019/2014, inclusive por meio de parce-
rias e convênios com o Poder Público.
§ 3º Para fins de atendimento dos seus objetivos principais e
complementares, a Igreja poderá estabelecer parcerias com
outras organizações religiosas e/ou outras Organizações da
Sociedade Civil.
§ 4º A Igreja poderá desenvolver as seguintes atividades
complementares, desde que os seus resultados econômicos
sejam prioritariamente vertidos para o custeio das finalida-
des principais da Igreja6:
6 Esse parágrafo somente será necessário quando essas atividades (i) gera-
rem renda compatível e/ou superior aos tradicionais dízimos, ofertas e do-
ações; e (ii) competirem com empresas no livre mercado que não possam
fazer uso de serviço voluntário, imunidades tributárias e outras vantagens
106
a) Cantina (serviço de alimentação privativo) – Exploração
Própria (CNAE 5260-1/03)7;
b) Estacionamento de automóveis (CNAE 5223-1/00);
c) Comércio varejista de outros artigos usados (CNAE
4785-7/99)6;
d) Comércio varejista de mercadorias em geral, sem predo-
minância de produtos alimentícios (CNAE 4713-0); e
e) Lojas de variedades, exceto lojas de departamentos ou
magazines (CNAE 4713-0/02).
§ 5º A Igreja poderá deter participação em empresas, como
acionista ou quotista, mas não exercerá a administração de
nenhuma empresa, exceto de forma transitória quando o
exercício da administração se fizer necessário para evitar
uma situação de acefalia.8
Art. 3º - A Igreja é autônoma e soberana em suas decisões,
não estando, por esta razão, sujeita a qualquer outra igreja
ou autoridade eclesiástica, reconhecendo apenas a autorida-
de de nosso Senhor Jesus Cristo por sua vontade expressa
nas Sagradas Escrituras no sentido espiritual, e também re-
conhece e respeita as autoridades constituídas na forma da
Lei do Estado, conforme orienta a própria Bíblia adotada ou
indicada pela Convenção Batista Brasileira.
107
Parágrafo único – A Igreja aceita e se sujeita ao documento
denominado “Declaração Doutrinária da Convenção Batis-
ta Brasileira”.
Art. 4º - A Igreja relaciona-se, para fins de cooperação, com
as demais igrejas filiadas à Convenção Batista Brasileira.
Art. 5º - A Igreja poderá criar instituições a ela vinculadas,
com personalidades jurídicas próprias, para desenvolver
atividades específicas, dentro do seu programa de trabalho.
CAPÍTULO II
DA ADMISSÃO E DESLIGAMENTO DE MEMBROS
108
§ 3º À Igreja se reserva o direito de não promover casamen-
tos de pessoas que tenham civilmente alterado seu gênero.
§ 4º - Casos especiais não constantes deste artigo, tais como
os relacionados a questões de ordem ética, moral e ideoló-
gica, serão tratados prévia e privativamente pelo Conselho
Administrativo da Igreja, sob a orientação do seu líder espi-
ritual, ad referendum da assembleia geral. 11
§ 5º - A Igreja contemplará as seguintes categorias de
membros:
a) Membros ativos (ou plenos): Aqueles que participam
assiduamente das atividades desenvolvidas pela Igreja e vo-
luntariamente se comprometem a participar dos processos
decisórios da Igreja através das assembleias gerais e/ou reu-
niões administrativas, observados os ditames do Código Ci-
vil em questões que envolvam capacidade civil do membro.
b) Membros inativos (ou semiplenos): Aqueles que par-
ticipam eventualmente das atividades desenvolvidas pela
igreja e abrem mão de participar dos seus processos decisó-
rios através das assembleias gerais e/ou reuniões adminis-
trativas, não sendo por isso computados para votar, serem
votados ou ocuparem cargos.
c) Membros virtuais12: Aqueles que acompanham os cul-
tos e recebem assistência espiritual pelos mais diversos
meios de telecomunicação, em especial por meio da inter-
net, abrindo mão de participar dos seus processos decisórios
11 Pode-se acrescentar aqui outros temas de caráter social, ético ou moral, tais
como: aborto, pena de morte, eutanásia, porte de arma, jogos de azar, separa-
ção do Estado da igreja (política x igreja), ideologia de gênero, ecumenismo,
divórcio e novo casamento, teologia inclusiva etc.).
12 Tem crescido o número de igrejas que contemplam uma terceira categoria de
membros: os virtuais, desde que compatíveis com a cosmovisão da igreja.
109
através das assembleias gerais, não sendo por isso computa-
dos para votar, serem votados ou ocuparem cargos. A Igreja
deverá estimular os membros virtuais a tornarem-se mem-
bros ativos. Poderão ser admitidos como membros virtuais
aqueles que residem em outra cidade, estado ou país, ou
que comprovarem restrições à sua locomoção por questões
de enfermidade ou segurança. A aplicação para membros
virtuais é iniciada por meio do preenchimento de um for-
mulário padronizado, que deverá ser datado e assinado pelo
requerente.
§ 6º - Compreendem a categoria de inativos os idosos e
enfermos e esses não estão sujeitos ao previsto no inciso III
do artigo 10 deste estatuto.
§ 7º - A mudança de categoria se dará através de pedido à
mesa diretora pelo interessado, obedecido o prazo mínimo
de 30 (trinta) dias.
Art. 7º - O ingresso de membros na Igreja obedecerá a um
dos seguintes processos:
a) pública profissão de fé seguida de batismo;
b) carta de transferência ou reconciliação de outra igreja
batista da mesma fé, ordem e disciplina;
c) reconciliação; e
d) aclamação ou declaração, mesmo para membros de ou-
tras denominações, desde que batizados por imersão, e que
participem da classe de novos membros, e que tenham pelo
menos, 3 (três) meses de frequência à Igreja, precedida de
testemunho e compromisso.
Parágrafo único – Também poderão ser recebidos por acla-
mação ou declaração os membros cujas cartas de transfe-
rência não puderem ser requeridas ou não forem expedidas
110
por motivo alheio à vontade da Igreja e que seu testemunho
seja conhecido da Igreja, após o prazo mínimo de 3 (três)
meses de frequência.
Art. 8º - A saída de qualquer membro da igreja obedecerá a
um dos seguintes motivos:
a) falecimento;
b) concessão de carta de transferência para outra igreja da
mesma fé, ordem e disciplina; e
c) desligamento, por solicitação do interessado, por abando-
no ou por justa causa, conforme preceituado neste estatuto.
Art. 9º - A Igreja, através da assembleia geral, reserva para
si o direito de desligar, por justa causa, qualquer membro
que, a juízo dela, deixe de observar os deveres preceituados
no Art. 10 deste Estatuto.
Art. 10. Perderá a condição de membro da Igreja, indepen-
dentemente da categoria, aquele que for desligado, por de-
cisão da assembleia geral, nas seguintes hipóteses:
I – infringir os princípios éticos, morais e da boa condu-
ta, defendidos pela Igreja, com fundamento nas Sagradas
Escrituras;
II – defender e/ou professar doutrinas ou práticas que con-
trariem a Declaração Doutrinária da Convenção Batista
Brasileira;
III – ausentar-se da Igreja e deixar de participar das ativi-
dades eclesiásticas, por mais de 180 (cento e oitenta) dias;
IV – solicitar desligamento; e
V – transferir-se para outra igreja.
111
§ 1º - Quando, de qualquer modo, o membro se julgar injus-
tiçado, terá amplo direito de defesa na forma deste Estatuto
e do Regimento Interno.13
§ 2º - A disseminação de mensagens, imagens, vídeos, áu-
dios e/ou quaisquer suportes de mídia com conteúdo con-
trário ou atentatório aos mandamentos bíblicos segundo
a doutrina professada pela Igreja, ou que possa promover
dissidência manifesta ou rebelião contra a autoridade da
Igreja, também será considerada uma falta grave passível
de desligamento, sobretudo quando divulgada por qualquer
tecnologia de telecomunicação (v.g. web, telefonia, rádio,
etc.), e/ou nos perfis, mídias sociais, grupos e comunidades
do membro da Igreja.14
CAPÍTULO III
DOS DIREITOS E DEVERES DOS MEMBROS
112
IV – participar do programa de crescimento espiritual pro-
movido pela Igreja;
V – receber assistência e orientação espiritual;
VI – defender-se de qualquer acusação que lhe seja feita;
VII – obter cópia deste Estatuto e/ou Regimento Interno,
bem como extrato de seus dízimos e contribuições;
VIII – optar por uma das categorias de membros descritas
neste Estatuto.
§ 1º - A qualidade de membro da Igreja é intransferível, sob
qualquer alegação.
§ 2º - Nenhum direito poderá ser reivindicado por aquele
que deixar de ser membro da Igreja.
§3º - Toda e qualquer atividade desenvolvida pelos mem-
bros no âmbito da Igreja, tais como diaconia, ensino, lide-
rança, ministério, departamento ou comissão, atuação em
bazares, cantinas, estacionamentos, músico e motorista de
veículos da Igreja, sem embargo de outras atividades, terão
caráter voluntário e, portanto, não configurarão relações de
emprego ou de trabalho remunerado.15
§ 4º - Serão computados apenas os votos exercidos pelos
membros ativos civilmente capazes quando a decisão for
capaz de gerar implicações legais.
§ 5º - O inciso II do presente artigo é prerrogativa apenas
dos membros ativos da IGREJA.
Art. 12. São deveres do membro da Igreja:
113
I - manter sua disciplina cristã pessoal e acatar a disci-
plina da Igreja, bem como os princípios bíblicos por ela
ensinados;
II - desempenhar a contento os cargos para os quais for elei-
to, indicado ou aclamado pela Igreja;
III - contribuir regularmente com seus dízimos e ofertas
para o sustento das finalidades da Igreja;
IV - evitar e combater todos os vícios;
V - ser correto em suas transações, fiel em seus compromis-
sos e exemplar na sua conduta;
VI - evitar a detração, a difamação, a calúnia e a injúria;
VII - comunicar à igreja, justificando, sua ausência aos cul-
tos regulares por mais de 180 (cento e oitenta) dias; e
VIII – aceitar e observar as doutrinas da Igreja conforme
preceitua a Declaração Doutrinária da Convenção Batista
Brasileira.
§ 1º - O inciso II do presente artigo somente se aplica aos
membros ativos.
§ 2º - O membro que infringir o inciso VII passará automa-
ticamente à condição de membro inativo.
CAPÍTULO IV
DAS FONTES DE RECURSOS PARA MANUTENÇÃO
DA IGREJA
114
pessoas físicas ou jurídicas e será aplicada exclusivamente
na consecução de seus fins.
Art. 14. O patrimônio da Igreja será constituído de doa-
ções, legados, bens móveis e imóveis que possua ou venha
a possuir, e que serão registrados em seu nome e utilizados
tão somente na consecução dos seus fins, nos termos deste
Estatuto.
§ 1º - Os membros da Igreja, em virtude dos objetivos da
mesma, não participam de seu patrimônio.
§ 2º - Aquele que, por qualquer motivo, desfrutar do uso de
bens da Igreja, cedidos em locação, comodato ou similar,
ainda que tácita e informalmente, fica obrigado a devolvê-
-los quando solicitado e no prazo estabelecido pela dire-
toria, nas mesmas proporções e condições de quando lhes
foram cedidos.
CAPÍTULO V
DA CONSTITUIÇÃO E FUNCIONAMENTO
DOS ÓRGÃOS ADMINISTRATIVOS E
DELIBERATIVOS
115
em virtude de ato regular de gestão, respondendo, porém,
civil, penal e administrativamente, quando for o caso, por
violação da lei, deste Estatuto e de outros normativos da
Igreja.
§ 2º - Compete ao presidente:
I - convocar e dirigir todas as assembleias gerais da Igreja;
II - representar a Igreja judicial e extrajudicialmente;
III – assinar, com o secretário, escrituras de compra e ven-
da, de hipoteca e de alienação de bens imóveis, sempre me-
diante autorização prévia e nos termos deste Estatuto;
IV - assinar as atas das assembleias gerais da Igreja, depois
de aprovadas; e
V – em conjunto com o secretário, assinar cheques, abrir,
movimentar e encerrar contas bancárias.
§ 3º - Compete aos vice-presidentes, na ordem de eleição,
substituir o presidente nos seus impedimentos e ausências.
§ 4º - Compete ao 1º secretário:
I - redigir, lavrar em livro próprio e assinar as atas das as-
sembleias gerais da Igreja;
II - receber e despachar correspondência administrativa;
III - manter em ordem a documentação administrativa, in-
clusive fichário, livro de atas e de presença dos membros;
IV – assinar, com o presidente, escrituras de compra e ven-
da, hipoteca e alienação de bens imóveis, sempre mediante
autorização prévia, nos termos deste Estatuto.
V – em conjunto com o presidente, assinar cheques, abrir,
movimentar e encerrar contas bancárias.
§ 5º - Compete ao 2º secretário, sem prejuízo de outras atri-
buições que lhe forem conferidas, substituir o 1º secretário
nos seus impedimentos e eventuais ausências.
116
§ 6º - O pastor titular, se também for eleito pela assembleia
geral como presidente da Igreja17, poderá servir por tempo
indeterminado; os demais membros da diretoria serão elei-
tos quadrienalmente em assembleia geral, para exercício de
suas respectivas funções nos 4 (quatro) anos eclesiásticos
subsequentes, sendo permitida a reeleição para qualquer
cargo.
17 Apesar da tradição, não existe regra rígida para que o pastor seja o pre-
sidente da Igreja. Vejamos uma alternativa trazida pelo Estatuto da Igreja
Memorial Batista de Brasília-DF:
Art. _: O presidente é o pastor titular, com a atribuição de presidir as sessões
da assembleia geral e as reuniões do Conselho da Igreja, podendo proferir
voto de qualidade e participar das reuniões de quaisquer órgãos.
Como líder espiritual da Igreja, ele tem as seguintes atribuições:
I - planejar, organizar, orientar, promover e dirigir as atividades e reuniões
do Conselho Pastoral;
II - organizar, dirigir e orientar a execução dos cultos, estabelecendo-lhes o
conteúdo e a forma;
III - autorizar a participação de oficiantes, oradores e palestrantes em cultos
e outros eventos programados pela Igreja ou em nome desta pelos ministé-
rios e demais órgãos;
IV - representar institucionalmente a Igreja.
Art. _: O primeiro vice-presidente tem as seguintes atribuições:
I - dirigir as reuniões da Diretoria;
II - outorgar mandato, assinar escritura de compra e venda, alienação, hipo-
teca, financiamento, doação, comodato, locação e outros instrumentos jurí-
dicos de qualquer natureza, previamente autorizados pela Assembleia Geral;
III - substituir o Presidente nas suas ausências, impedimentos ou vacâncias
nas sessões da Assembleia Geral e nas reuniões do Conselho da Igreja, na
forma do Regimento interno,
IV - dirigir e coordenar a gestão administrativa da Igreja, superintender e
supervisionar sua administração, no tocante aos assuntos relativos a pessoal,
serviços e patrimônio, inclusive as atividades do Gerente Executivo;
V - abrir, movimentar e encerrar contas, bem como efetuar quaisquer ope-
rações e serviços bancários necessários à gestão financeira, conjuntamente
com o Primeiro-Diretor Financeiro.
§ 1º O Primeiro-vice-presidente representará a Igreja, ativa e passivamente,
nos assuntos relativos às suas atribuições.
117
§ 7º - A igreja poderá ter pastores e/ou ministros de con-
fissão religiosa auxiliares, a convite do pastor titular, ad
referendum da assembleia geral, para atuarem por tempo
indeterminado em ministérios específicos, sob a orientação
do pastor titular, que poderão receber auxílio financeiro.
§ 8º - Pastores auxiliares somente poderão concorrer ao mi-
nistério pastoral titular da Igreja se a saída do pastor titular
tiver ocorrido de forma espontânea.
§ 9º - Em caso de vacância de qualquer um dos cargos da di-
retoria, a eleição do substituto se dará em assembleia geral.
§ 10º - Sendo o pastor titular o presidente da Igreja, poderá
ele delegar ao 1º vice-presidente algumas de suas atribui-
ções de cunho administrativo, a fim de ficar mais livre para
tratar de assuntos espirituais.
§ 11º - A eleição da diretoria estatutária dar-se-á no último
trimestre do ano que antecede o início do mandato e a posse
dar-se-á em 1º de janeiro do ano seguinte em assembleia
solene nesse mesmo dia ou no decorrer do mês de janeiro.
Art. 16. Para a gerência de seus negócios em geral, a Igreja
se reunirá em assembleia geral ordinária ou extraordinária,
presencial ou virtual, sob a direção do seu presidente ou,
na sua ausência, por seu substituto legal, e serão válidas as
decisões que estejam de conformidade com o disposto neste
Estatuto.
Art. 17. A orientação espiritual da Igreja caberá ao pastor,
que poderá receber sustento financeiro pelo exercício deste
ministério.
§ 1º - As assembleias gerais ordinárias serão realizadas em
dias e horários definidos pela Igreja, quando da aprovação
da agenda eclesiástica anual, que necessariamente deverá
118
prever a realização de uma assembleia geral ordinária para
aprovação das contas da gestão antes do final do primeiro
quadrimestre de cada ano, tendo em mente que o ano-calen-
dário da Igreja inicia no dia 1º de janeiro e finda no dia 31
de dezembro.
§ 2º - As assembleias gerais extraordinárias serão convoca-
das de púlpito pelo presidente, com antecedência mínima
de 15 (quinze) dias, e através de edital afixado em lugar
bem visível na sede da Igreja e em suas congregações, bem
como por todos os demais meios de publicidade, constan-
do da convocação a ordem do dia, exceto para a aceitação
de membros18, que poderão ser realizadas sem convocação
prévia e sem exigência de quorum.
§ 3º - A Igreja poderá decidir, em assembleia geral ordiná-
ria, realizar uma assembleia geral extraordinária, aprovan-
do nessa ocasião a ordem do dia.
§ 4º - O quorum para as assembleias extraordinárias será de
2/3 (dois terços) dos membros ativos da Igreja, em primei-
ra convocação, ou 1/5 (um quinto) dos membros ativos da
Igreja, 15 (quinze) minutos depois da primeira convocação.
119
que não seja exigido quorum qualificado, conforme previ-
são do Regimento Interno.
Artigo __. Observadas as prescrições legais que garantam a
sua validade, as Assembleias Gerais poderão ser realizadas,
de forma presencial, virtual, ou híbrida, mediante sistema,
plataforma ou outro meio eletrônico.
Parágrafo único. Esta faculdade também se estende e se apli-
ca às reuniões da Diretoria, dos Ministérios, dos grupos de
trabalho, do Conselho Fiscal e do Conselho Administrativo.
Artigo __. O sistema, plataforma ou outro meio eletrônico
em que se dará a assembleia virtual ou híbrida contará com
direção, controle, coordenação e fiscalização centralizados
na sede, ou em outro local previamente designado, e pode-
rá ser acompanhado por membros em pleno gozo dos seus
direitos.
Artigo __. Os membros presentes virtualmente à Assem-
bleia Geral poderão dar seu voto por correio eletrônico
(e-mail ou similar), ou através de sistema, plataforma ou
outro meio eletrônico, para fins de comprovação de partici-
pação e presença.
Parágrafo único. Esta faculdade também se estende e se apli-
ca às reuniões da Diretoria, dos Ministérios, dos grupos de
trabalho, do Conselho Fiscal e do Conselho Administrativo.
Artigo __. Na hipótese de votação por correio eletrônico
(e-mail ou similar), com presença “virtual” de membro, a
mensagem eletrônica deverá ser impressa e obrigatoria-
mente deverá acompanhar a ata da Assembleia, valendo
também como comprovação de participação e presença,
para todos os fins e efeitos.
120
Artigo __. Fica esclarecido que a palavra “presentes”, utili-
zada especialmente para fixação do quorum de instalação e
deliberação das Assembleias Gerais e das demais reuniões
dos órgãos sociais, envolve tanto a presença física quanto a
presença virtual.
121
que os diretores assumem responsabilidades legais ao
assiná-lo20.
§2º. O Extrato da Ata deverá ser levado a registro perante
a serventia do Registro Civil das Pessoas Jurídicas na
primeira oportunidade.
CAPÍTULO VI
DO CONSELHO ADMINISTRATIVO
122
CAPÍTULO VII
DO CONSELHO FISCAL
123
que julgar necessárias ou úteis à deliberação da assembleia
geral;
III – opinar a respeito das propostas dos órgãos da adminis-
tração a serem submetidas à assembleia geral, sempre que
as propostas possam representar algum risco de desequilí-
brio financeiro;
IV – denunciar, por qualquer de seus membros, aos órgãos
de administração, e, se estes não tomarem as providências
necessárias para a proteção dos interesses da Igreja, à as-
sembleia geral, erros, fraudes ou crimes que descobrir, além
de sugerir providências úteis à organização;
V – analisar, ao menos trimestralmente (de preferência
mensalmente), o balancete e demais demonstrações finan-
ceiras elaboradas periodicamente pela Igreja; e
VI – examinar as demonstrações financeiras do exercício
social e opinar sobre elas.
§ 1º - O Conselho Fiscal será composto por três membros da
Igreja, preferencialmente com formação e/ou experiência
técnica nas áreas contábil, fiscal ou de auditoria, a menos
que a assembleia geral decida que um dos três conselheiros
deverá exercer a função de Conselheiro Auditor e Fiscal.
§ 2º - O Conselheiro Auditor e Fiscal deverá ser um profis-
sional com experiência e/ou formação nas áreas contábil,
financeira, de auditoria e jurídica, a ser remunerado em pa-
tamares compatíveis com o mercado, e que, além de exercer
as atribuições do Conselho Fiscal, deverá dar suporte ao
Conselho Administrativo nas seguintes atividades:
I – monitoramento da efetividade e da qualidade dos con-
troles internos da Igreja;
II – monitoramento do cumprimento das leis, regulamentos
e sistemas de conformidade pela Igreja;
124
III – supervisão da estrutura e das atividades de gerencia-
mento de riscos pela gestão da Igreja, incluindo os riscos
contratuais, financeiros e de imagem, em linha com as dire-
trizes estabelecidas;
IV – monitoramento dos aspectos de ética e conduta, in-
cluindo a efetividade do canal de denúncias e eventual exis-
tência de fraude; e
V – avaliação e monitoramento dos controles existentes
para as transações da Igreja com partes relacionadas, con-
forme a definição abaixo.
§ 3º - O Conselheiro Auditor e Fiscal precisa ser externo
(não membro) e independente, ou seja, sem relações com
partes relacionados como familiares até o 3º grau, de ne-
gócio, ou de qualquer outro tipo com membros influentes,
gestores, prestadores de serviços ou entidades que influen-
ciem ou possam influenciar, de forma significativa, seus
julgamentos, opiniões, decisões ou mesmo comprometer
suas ações no melhor interesse da Igreja.
§ 4º - É vedada a reeleição de Conselheiro Auditor e Fiscal
para mandatos consecutivos.
§ 5º - Ainda que o Conselho Administrativo demita o Con-
selheiro Auditor e Fiscal das funções que lhe foram atri-
buídas no § 2º acima, ao exclusivo critério do Conselheiro
Auditor e Fiscal demitido, ele poderá permanecer sem re-
muneração com tais atribuições até a próxima assembleia
geral, quando poderá expor o seu relatório individual.23
125
CAPÍTULO VIII
DAS CONDIÇÕES PARA ALTERAÇÃO
DESTE ESTATUTO E DISSOLUÇÃO DA IGREJA
126
congregações quantas forem necessárias, de acordo com o
presente Estatuto.
Art. 26. Este Estatuto só poderá ser reformado em assem-
bleia geral especialmente convocada para tal finalidade,
sendo irreformável o caput dos artigos 2º e 3º, e do artigo
2224, que serão consideradas cláusulas pétreas.
Art. 27. Os casos omissos no presente Estatuto serão resol-
vidos pela Igreja, em assembleia geral.
______________________________
Primeiro (a) secretário (a)
_____________________________
Presidente
Visto de advogado:
_________________
Nome do Advogado
OAB/___________
127
21. Anexo IX
Regras parlamentares
128
21.1 Debates
129
Por voto do plenário, pode ser limitado o tempo dos
oradores.
Feita uma proposta, apoiada e posta em discussão,
qualquer membro pode apresentar uma proposta substitu-
tiva, isto é, uma proposta baseada na que originalmente foi
feita, mas modificando seus termos ou alcance.
Uma proposta substitutiva não pode contrariar funda-
mentalmente a proposta original.
Uma vez proposto e apoiado um substitutivo, a dis-
cussão passará a ser feita em torno dele.
Encerrada a discussão e posta a votos a proposta
substitutiva, se ela vencer, desaparece a proposta original;
se não vencer, voltará à discussão a proposta original.
Feita uma proposta e posta em discussão, qualquer
membro pode propor emenda a ela para acrescentar pala-
vras ou frases (emenda aditiva), para suprimir palavras ou
frases (emenda supressiva), ou para suprimir palavras ou
acrescentar outras.
Apresentada e apoiada a emenda, a discussão passará
a ser travada em torno dela.
Encerrada a discussão sobre a emenda, o presidente
pô-la-á a votos; se vencer, será acrescentada à proposta ori-
ginal, que depois será posta a votos com a emenda.
Para facilitar a discussão ou a votação, o presidente
poderá dividir uma proposta que conste de vários pontos,
submetendo à votação cada ponto separadamente.
Uma proposta poderá ser retirada da discussão por
solicitação expressa do seu autor, com aquiescência do
plenário.
130
21.2 Propostas especiais
21.2.1 Para encerramento da discussão
21.2.3 Reconsideração
131
Vencedora a proposta de reconsideração, o assun-
to anteriormente aprovado volta à discussão, podendo ser
confirmada, alterada ou anulada a decisão anteriormente
votada.
132
Concluída a discussão, o presidente anunciará com
clareza a proposta que vai ser votada, podendo determinar a
sua leitura, se julgar necessário, e então declarará a propos-
ta em votação, utilizando a expressão “Está em votação”,
ou equivalente.
Após a declaração, pelo presidente, de que a proposta
está em votação, a nenhum membro poderá ser concedida
a palavra sob nenhum pretexto, antes que os votos sejam
contados.
Uma vez anunciado que a proposta está em votação,
o presidente deve pedir os votos a favor.
A seguir, o presidente pedirá que se manifestem aque-
les que são contra a proposta e anunciará o resultado da
votação.
Quando houver necessidade, a critério da mesa, os
votos podem ser contados.
Podem ser usadas as seguintes formas de votação:
• levantando-se uma das mãos;
• colocando-se de pé;
• permanecendo sentados os favoráveis e levantan-
do-se os contrários;
• permanecendo em silêncio os favoráveis ou
• dizendo “sim” os favoráveis e “não” os contrários.
As deliberações da igreja só terão validade quando
aprovadas em assembleias e pela maioria dos membros pre-
sentes, exceto os assuntos para os quais o Estatuto prevê
quorum especial
133
Em certas votações é conveniente o uso do escrutínio
(secreto).
Qualquer membro que julgar que houve erro ou omis-
são na contagem ou soma dos votos poderá requerer à mesa
a recontagem, que será feita imediatamente, sem discussão,
a critério da mesa.
Qualquer membro que o desejar, tendo sido vencido
na votação, poderá solicitar a inserção em ata justificação
de seu voto, que apresentará sucintamente.
134
21.4 Apartes
21.5 Pareceres
135
“Está aprovada como lida”. Mas, se houver correção a fa-
zer, serão feitas, e o presidente declara: “A ata fica aprovada
com tais emendas”.
21.7 Quorum
136
Exemplo: Num universo de 100 votantes, a opção A obtém
44 votos favoráveis; a opção B obtém 28 votos favoráveis;
a opção C obtém 15 votos favoráveis; há 10 votos em bran-
co e 3 votos nulos. Nesse caso, venceu a opção A que obte-
ve a maior votação.
Absoluta: É o número mínimo da metade mais um de votos
favoráveis para que haja aprovação de determinada matéria.
Exemplo: Num universo de 200 votantes, vence a opção
que obtiver, no mínimo, 101 votos favoráveis.
Qualificada: É o número mínimo de votos favoráveis ne-
cessários, numa proporção pré-fixada nos estatutos sobre
o total dos votantes possíveis, para que haja aprovação da
matéria (número sempre maior de votos do que na maioria
absoluta).
Exemplo: Num universo de 600 votantes, serão necessários
400 votos favoráveis, na hipótese de o estatuto exigir a mar-
ca de 2/3 dos votos para aprovação de determinada matéria.
21.8 Credenciais
137
21.9 Assembleias
138
22. Anexo X
139
140
23. Anexo XI
141
cooperação, para a consecução de finalidades de interesse
público e recíproco, mediante a execução de atividades ou
de projetos previamente estabelecidos em planos de traba-
lho inseridos em termos de colaboração, em termos de fo-
mento ou em acordos de cooperação; define diretrizes para
a política de fomento, de colaboração e de cooperação com
organizações da sociedade civil.
Este novo arcabouço legal, também conhecido como
o Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil
– MROSC, foi sancionada em 31 de julho de 2014, e publi-
cada no Diário Oficial da União em 1º de agosto de 2014,
prevendo o prazo de 90 dias contados da publicação para o
início de sua vigência, que seria em 30 de outubro de 2014.
No entanto, a Medida Provisória nº 658/2014, de 29
de outubro de 2014, ampliou o prazo de 90 para 360 dias,
estipulando a nova data de 27 de julho de 2015 para que a
Lei nº 13.019/14 entrasse em vigor. Posteriormente, essa
MP foi convertida na Lei nº 13.102/2015.
Após várias solicitações de adiamento, a Medida
Provisória nº 684/2015, de 21 de julho de 2015, prorrogou,
mais uma vez, a entrada em vigor da lei para 540 dias após
sua publicação. Essa MP foi convertida na Lei nº 13.204, de
14 de dezembro de 2015.
Finalmente, em 23 de janeiro de 2016, a Lei nº
13.019/14 entrou em vigor, estabelecendo o regime jurídico
das parcerias voluntárias, envolvendo ou não transferên-
cias de recursos financeiros, tendo entre partícipes de um
lado a administração pública, e de outro as Organizações da
Sociedade Civil – OSC, em regime de mútua cooperação,
visando à consecução de finalidades de interesse público.
142
Em síntese, podemos assim entender a Lei
nº13.019/2014:
Aplicação: Administração Pública e OSC.
Finalidade: Uniformizar procedimentos com foco no
resultado.
Objeto: Resultado da parceria observando o programa de
trabalho e sua finalidade no interesse público.
Instrumentos jurídicos: a) Termo de Colaboração;
b) Termo de Fomento; e c) Termo de Acordo de Cooperação.
143
Entidade sem finalidade de lucro
Sociedade Cooperativa
Organização Religiosa
144
Para celebrar as parcerias previstas na Lei 13.019/2014
as Organizações Religiosas deverão ser regidas por normas
de organização interna que prevejam, expressamente:
1. Escrituração de acordo com os princípios funda-
mentais de contabilidade e com as Normas Brasileiras de
Contabilidade;
2. Possuir:
a) no mínimo, um, dois ou três anos de existência,
com cadastro ativo, comprovados por meio de
documentação emitida pela Secretaria da Receita
Federal do Brasil, com base no Cadastro Nacional
da Pessoa Jurídica – CNPJ, conforme, respecti-
vamente, a parceria seja celebrada no âmbito dos
Municípios, do Distrito Federal ou dos Estados e
da União, admitida a redução desses prazos por
ato específico de cada ente na hipótese de nenhu-
ma organização atingi-los;
b) experiência prévia na realização, com efetividade,
do objeto da parceria ou de natureza semelhante;
e
c) instalações, condições materiais e capacidade téc-
nica e operacional para o desenvolvimento das
atividades ou projetos previstos na parceria e o
cumprimento das metas estabelecidas.
145
Instrumentos Jurídicos
146
Imunidades e Isenções
Imunidade
147
“Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias assegu-
radas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios:
(...)
VI – instituir impostos sobre:
(...)
b) templos de qualquer culto;
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políti-
cos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos
trabalhadores, das instituições de educação e de assistência
social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei”.
148
Lei 5.172/66 Código Tributário Nacional atendendo a
regra Constitucional estabelece:
“Art. 14. O disposto na alínea e do inciso IV do art. 9º
é subordinado à observância dos seguintes requisitos pelas
entidades nele referidas:
I – não distribuírem qualquer parcela de seu patrimô-
nio ou de suas rendas, a qualquer título;
II – aplicarem integralmente, no País, os seus recur-
sos na manutenção dos seus objetivos institucionais;
III – manterem escrituração de suas receitas e despe-
sas em livros revestidos de formalidades capazes de asse-
gurar sua exatidão.”
149
Isenções tributárias
150
5. Obrigações acessórias das Entidades do 3º Setor
– Igrejas
Obrigações acessórias são procedimentos fiscais que
servirão de base para se estabelecer o pagamento, ou a imu-
nidade ou isenção dos tributos. As entidades devem cum-
prir, sob pena de pagamento de multas.
As entidades do terceiro setor, sobretudo as OSC,
devem aumentar ainda mais o controle sobre as obriga-
ções acessórias, prevenindo-se contra multas e prejuízos
de projetos em andamento. Nas Instruções Normativas ex-
pedidas pela Receita Federal as entidades do terceiro setor
são identificadas como imunes e isentas, portanto, ao con-
sultar esses diplomas legais, devemos nos atentar para esta
nomenclatura.
Abaixo algumas Obrigações que o Contador deve es-
tar atento.
151
5.2 Escrituração Fiscal Digital Contribuições
(EFD-Contribuições)
Somente estão dispensadas da apresentação da EFD-
-Contribuições as Pessoas Jurídicas imunes e isentas de
imposto de renda (IRPJ), cuja soma dos valores mensais
das contribuições apuradas, objeto de escrituração nos ter-
mos desta Instrução Normativa, seja igual ou inferior a R$
10.000,00 (dez mil reais).
As pessoas jurídicas imunes ou isentas do IRPJ fica-
rão obrigadas à apresentação da EFD-Contribuições a partir
do mês em que o limite fixado no inciso II do caput for
ultrapassado, permanecendo sujeitas a essa obrigação em
relação ao restante dos meses do ano-calendário em curso.
152
Retido na Fonte, dos rendimentos pagos ou creditados para
seus beneficiários, criada pela Instrução Normativa SRF 65
de 05 de dezembro de 1996.
153
através da rede mundial de computadores (internet), me-
diante utilização de certificação digital, as quais ficarão dis-
poníveis num mesmo banco de dados, para acesso por parte
dos órgãos de controle e fiscalização.
Aspectos Contábeis
154
2. A entidade sem finalidade de lucros pode exer-
cer atividades, tais como as de assistência social,
saúde, educação, técnico-científica, esportiva,
religiosa, política, cultural, beneficente, social
e outras, administrando pessoas, coisas, fatos e
interesses coexistentes, e coordenados em tor-
no de um patrimônio com finalidade comum ou
comunitária.
3. Aplicam-se à entidade sem finalidade de lucros
os Princípios de Contabilidade e esta Interpreta-
ção. Aplica-se também a NBC TG 1000 – Con-
tabilidade para Pequenas e Médias Empresas ou
as normas completas (IFRS completas) naqueles
aspectos não abordados por esta Interpretação.
155
CONTAS PATRIMONIAS
1. Ativo 2. Passivo
1.1 Circulante 2.1 Circulante
1.1.1 Disponível 2.1.1 Contas a pagar
1.1.1.01 Caixa 2.1.1.01 Obrigações com Instituição Financeira
1.1.1.01.01 Caixa 2.1.1.01.03 Créditos Rotativos
1.1.1.01.02 Fundo de Caixa 2.1.1.01.04 Outras Operações de créditos
1.1.1.02 Bcos Conta Movimento 2.1.1.02 Obrig. vinculadas a forn de material
1.1.1.02.01 Bco conta movimento –
2.1.1.02.01 Fornecedores
Rec. Livres
1.1.1.02.02 Bco conta movimento –
2.1.1.03 Consignações vinculadas a Folha
Rec terceiros
1.1.1.02.03 Bco cta movimento –Rec.
2.1.1.03.01 Imposto Renda Fonte – Empregado
com restrição
1.1.1.03 Aplicações Fin de liqimedia-
2.1.1.03.02 Previdência social –Empregado
ta recurso livres
1.1.1.03.01 Bco. conta poupança –
2.1.1.04 Obrigações tributárias próprias
Recursos livres
1.1.1.04 Aplicações Fin. Liq.
2.1.1.04.01 Previdência Social – Folha
Imediata Rec. c/restrição
1.1.1.04.01 Bco conta poupança –
2.1.1.04.02 Pis – Folha
Rec. com restrição
1.1.2 Créditos 2.1.1.05 Obrigações com Empregados
1.1.2.01 Aplicações Financeiras a prazo 2.1.1.05.01 Salários a pagar
1.1.2.01.01 Apli Finan a prazo –
2.1.1.05.02 13º a pagar
Recursos Livres
1.1.2.01.02 Apl Fin a prazo – Recursos de
2.1.1.05.03 Férias a pagar
terceiros
1.1.2.01.03 Apl. Fin. a prazo – Recursos
2.1.1.05.04 FGTS a pagar
C/restrição
156
1.1.2.02.05 Outras contas a receber 2.1.2.01 Provisões Cíveis
1.1.2.02 Despesas antecipadas 2.1.2.01.01 Glosa de Prestação de contas
1.1.2.02.01 Prêmios de seguros a vencer 2.1.3 Recursos de projetos
1.1.2.02.02 Assinaturas e publicações 2.1.3.01 Recursos de Entidade Pública Nacional
1.1.2.02.03 Alugueis passivos a receber 2.1.3.01.01 Entrada de Recursos
1.1.3 Estoques 2.1.3.01.02 (-) Recursos Aplicados
1.1.3.01 Uso próprio 2.1.3.02 Recursos de Entidade Privada Nacional
1.1.3.01.01 Material de manutenção 2.1.3.02.01 Entrada de Recursos
1.1.3.01.02 Revenda 2.1.3.02.02 (-) Recursos Aplicados
1.1.3.01.03 Produção própria 2.1.3.04 Recursos de Entidade Internacional
1.1.3.01.04 Material de higiene pessoal 2.1.3.04.01 Entrada de Recursos
1.1.3.01.05 Material de limpeza 2.1.3.04.02 (-) Recursos Aplicados
1.1.3.01.06 Material de escritório 2.1.3.04 Recursos de Entidade Internacional
1.1.3.01.07 Instrumentos musicais 2.1.3.04.01 Entrada de Recursos
1.1.3.03 Gratuidades 2.1.3.04.02 (-) Recursos Aplicados
1.1.3.03.01 Cobertores e agasalhos 2.1.3.05 Recursos Pendentes de Proj. Encerrados
1.1.3.03.02 Higiene pessoal 2.1.3.05.01 Recursos Entidades Publica nacional
1.1.3.03.02 Alimentos não perecíveis 2.1.3.05.02 Recursos Entidades Privada nacional
1.1.3.03.03 Fornecimento de serviços 2.1.3.05.03 Recursos Entidade Internacional
1.2 Ativo Não Circulante 2.2 Passivo Não circulante
1.2.2 Realizável a longo prazo 2.2.1 Obrigações Financeiras
1.1.2.01 Créditos 2.2.1.01 Obrigações Financeiras
1.1.2.01.01 Outros créditos 2.2.1.01.01 Empréstimos e Financiamentos
1.1.2.01.02 Participação em sociedades 2.2.1.01.02 (-) Perda de Emp. Exig. Curto prazo
1.1.2.03 Imobilizado 2.2.1.02 Obrigações Tributárias
1.1.2.03.04 Computadores e periféricos 2.2.1.02.01 Ouras obrigações tributárias
1.1.2.03.04.01 Computadores 2.2.1.03 Obrigações trabalhistas
1.1.2.03.04.02 Periféricos 2.2.1.03.01 Outras obrigações trabalhistas
1.1.2.03.04.03 Aparelhos de som 2.3. Patrimônio Líquido
1.1.2.03.04 04 Instrumentos musicais 2.3 Patrimônio Social
1.1.2.02.04 Veículos de uso 2.3.1.01 Patrimônio Social
1.1.2.02.04.01 Veículos 2.3.1.02 Outras reservas
1.1.2.02.04 Imóveis 2.3.1.03 Ajuste de Avaliação Patrimonial
157
1.1.2.02.04.01 Construção em andamento 2.3.1.04 Superávit ou Déficit
1.1.2.02.04.02 Edifícios 2.3.1.05 Superávit acumulado
1.1.2.02.04.03 Terrenos 2.3.1.05 Superávit acumulado
CONTAS DE RESULTADO
3. Despesas 4. Receitas
3.1 Despesa Operacionais 4.1 Receitas Operacionais
3.1.1 Recursos Humanos 4.1.1. Ordinárias
3.1.1.01 Remuneração Pessoal com
4.1.1.01 Custeio
Vinculo Empregatício
158
3.1.1.04.04 Seguro de vida 4.1.1.01 Rendimentos Financeiros
3.1.2 Despesas Ordinárias 4.1.1.01.01 Renda de aplicações financeiras
3.1.2.01 Manutenção de infraestrutura 4.2 Receita de projeto
3.2.1.01.01 Conservação de imóveis 4.1.2 Assistência social
3.1.1.01.01 Conservação de equipamentos 4.1.2.01 Atendimento a população de rua
3.1.1.01.02 Conservação de
4.1.2.01.01 subvenções
instrumentosmusicais
3.1.1.01.03 Conservação de veículos 4.1.2.01.02 Trabalho voluntário
3.1.3 Administrativas
3.1.3.01 Despesas Gerais
3.1.3.01.01 Alugueis e condomínio
3.1.3.01.02 Luz e força
3.1.3.01.03 Água e esgoto
3.1.3.01.04 Telefone
3.1.3.01.05 Internet
3.1.3.01.06 Material de escritório
3.1.3.01.07 Material de higiene pessoal
3.1.3.01.08 Material de limpeza
3.1.3.01.09 Manutenção e reparo
3.1.3.01.10 Fretes e carretos
3.1.3.02 Eventos
3.1.03.02.01 Despesa com EBD
3.1.03.02.02 Ceia do SENHOR
3.1.03.02.03 Decoração e ornamentação
3.1.03.02.04 Homenagens e comemorações
3.1.3.03 Gratuidade
3.1.3.03.01 Alimentos não perecíveis
3.1.3.03.02 Higiene pessoal
3.1.3.03.03 Serviços
159
5. CONTAS DE ENCERRAMENTO DO EXERCICIO
5.1 Apuração do Resultado do exercício
5.1.1 Resultado do exercício
5.1.2 Superávit do exercício
5.1.3 Déficit do exercício
160
da entidade. As doações podem ser classificadas, quanto
à restrição em: sem restrição, com restrição permanente e
temporariamente restrita.
As doações podem ser recebidas para custeio ou in-
vestimento. Em quaisquer das formas as doações podem ser
in natura ou em espécie. Quando in natura, os bens doados
podem ter valor declarado ou não. Se o doador preferir não
declarar o valor do bem doado, é necessário que a Entidade
estime o valor com base nos preços cobrados pelo mercado.
Assim, se a entidade recebe arroz, feijão, óleo comestível e
farinha, por exemplo, deve valorar as quantidades recebidas
pelo valor que esta desembolsaria se fizesse a aquisição no
mercado. O modo natural de obter os preços é pesquisar em
supermercado o bem recebido ou gênero semelhante e pro-
duzir documento apto para registro, conforme demonstrado
no Quadro 1.
161
Quadro 2: Reconhecimento contábil da despesa e receita
162
Considerando a mesma data fictícia acima, vamos
mensurar materiais e serviços doados na construção de um
abrigo.
Para tanto o Quadro 3 mostra o valor dos materiais de
construção recebidos e o trabalho voluntário profissionais
envolvidos nesta construção.
163
da instituição. Assim, considerando que a transação tenha
ocorrido no dia 10 de julho de 2018, os registros contábeis
ficariam conforme demonstrado no quadro 4.
164
Quadro 5: Mensuração do trabalho profissional
voluntário
165
Quadro 6: Reconhecimento contábil de trabalho volun-
tário aplicado no custeio
166
“Os benefícios concedidos pela entidade sem fi-
nalidade de lucros a título de gratuidade devem ser reco-
nhecidos de forma segregada, destacando-se aqueles que
devem ser utilizados em prestações de contas nos órgãos
governamentais”.
A título de exemplo o Quadro 11 demonstra como a
entidade deve proceder no reconhecimento da gratuidade.
167
TERMO DE ADESÃO DE VOLUNTÁRIO COM
BASE NA LEI DO VOLUNTÁRIO
(LEI Nº 9.608/98)
Anexo XII
(NOME DA ENTIDADE),
entidade beneficente sem fins lucrativos situada na
(endereço), inscrita no CNPJ sob nº , neste ato re-
presentada por seu (cargo),
(nome), doravante denominada ENTIDADE, vem cele-
brar com (NOME DO VOLUNTÁRIO),
(nacionalidade), (estado civil), RG nº
, CPF nº residente na
(endereço), denominado/a VOLUNTÁRIO
neste instrumento particular, o presente TERMO DE ADE-
SÃO, com as seguintes condições e condições abaixo:
168
Parágrafo Único – O horário acima estabelecido de pleno
acordo entre as partes poderá ser revisto e alterado a qual-
quer momento, por iniciativa de qualquer das partes, desde
que conte com o expresso consentimento da outra.
Cláusula 4ª – Poderá o voluntário ser aproveitado em ou-
tras atividades da entidade durante a vigência deste instru-
mento particular, desde que conte com o seu consentimento
expresso e sejam os horários compatíveis com a atividade
mencionada neste termo de adesão, em sua cláusula 2ª.
Cláusula 5ª – As despesas expressamente autorizadas pela
entidade e realizadas em benefício desta poderão ser re-
embolsadas ao voluntário se este assim o desejar. O reem-
bolso será feito mediante assinatura de recibo por parte do
voluntário.
Parágrafo único – Caso o voluntário não desejar o reem-
bolso, deverá esta manifestação de vontade ser expressa,
mediante termo escrito.
Cláusula 6ª – O presente instrumento particular tem pra-
zo de duração de meses, tendo início em
e término em , podendo, no entanto, ser res-
cindido antes do prazo mediante comunicação escrita de
uma das partes a outra, com antecedência mínima de
( ) dias, motivando a decisão.
Cláusula 7ª – Fica eleito de comum acordo o foro da Co-
marca de com exceção de qualquer
outro, por mais especial que seja, para dirimir qualquer
dúvida ou litígio decorrente do cumprimento deste instru-
mento particular. Por fim, consciente está o voluntário que
o serviço voluntário, conforme Lei Federal nº 9.608, que
segue junto a este Termo, “não gera vínculo empregatício,
169
nem obrigação de natureza trabalhista, previdenciária ou
afim”. Estando as partes plenamente de acordo com o aci-
ma exposto, subscrevem o presente em ( ) vias
de igual teor e forma na presença das testemunhas abaixo.
, de de
(ENTIDADE)
(VOLUNTÁRIO)
TESTEMUNHAS:
170
APÊNDICE: RAZÕES PELAS QUAIS TODA
IGREJA PRECISA REVISAR OS
SEUS ESTATUTOS
171
6. Versão bíblica recomendada;
7. Possibilidade de o pastor não ser o presidente da igreja;
8. Cuidados na elaboração de dispositivo que trate de
questões de ordem ética, moral ou ideológica;
9. Possibilidade de aceitação de membros de outras deno-
minações; e
10. Ampliação do mandato da diretoria estatutária.
172
favorecidas. Na medida das suas possibilidades, ou melhor,
conforme o seu potencial financeiro, ela promove as suas
ações sociais, que vão de fornecimento de cestas básicas,
inclusão ou reinclusão social, recuperação de dependentes
químicos, alcoólatras, reforço escolar, encaminhamento
para o mercado de trabalho etc.
Com que recursos? Unicamente com os dízimos e ofertas
de seus membros e eventualmente uma ou outra doação ex-
terna vinda de pessoas físicas ou jurídicas.
A boa notícia é que, por força da lei que instituiu o Marco Re-
gulatório das Organizações da Sociedade Civil (MROSC),
as igrejas e demais organizações religiosas foram por ela
contempladas de forma a poderem inserir em seus estatutos
atividades típicas das OSCs, como saúde, educação e assis-
tência social, sem o risco da perda da imunidade tributária
prevista em nossa Constituição Federal. Uma vez habili-
tadas, poderão firmar fomentos com o poder público para
alavancar os seus projetos sociais.
É claro que isto exige cautela, mas com o auxílio de pro-
fissionais com expertise na área do terceiro setor, as nossas
igrejas poderão ir muito além em seu ideal de servir e, ao
mesmo tempo, proclamar as boas novas de salvação.
Muito importante frisar que caso a igreja opte por inserir
tais atividades em seu estatuto não significa que ela esta-
rá obrigada a implementá-las imediatamente. Por ora, o
importante é a igreja definir a área que pretende atuar e
quando as condições permitirem não haverá necessidade de
mexer no estatuto novamente. Afinal, isso envolve despe-
sas e burocracia.
173
2. CATEGORIAS DIFERENCIADAS DE MEMBROS
174
como por exemplo: a) eleição e destituição do pastor e de-
mais ministros da igreja; b) aquisição venda alienação ou
oneração de bens imóveis; c) reforma estatutária; d) trans-
ferência da sede da Igreja; e) mudança do nome da Igreja; f)
eleição, posse e exoneração dos membros da diretoria esta-
tutária; g) dissolução da Igreja; e h) instituição ou alteração
do Regimento Interno ou Manual Eclesiástico.
O problema é que cada vez mais as assembleias gerais vêm
sendo esvaziadas e é de se supor que muitas decisões este-
jam sendo tomadas sem o quorum correspondente, o que
caracteriza uma irregularidade. Parece que os crentes desta
geração não têm interesse em participar de processos deci-
sórios e não querem participar de eventuais polêmicas que
surgem vez ou outra em ambiente de assembleia, quando
muitas decisões são tomadas em clima não amistoso.
Sendo assim, o ideal é que cada igreja reveja os seus quóruns,
minimizando-os de forma a não impedir a igreja de avançar
em suas ações. Exemplo: se uma igreja prevê quorum de
2/3 dos membros para tratar de assuntos mais simples, que
reduza esse quorum para 1/5 dos membros presentes. Se de-
terminado estatuto prevê a realização de duas assembleias
gerais extraordinárias, com quorum de 90%, para dissolu-
ção da igreja, lamento dizer que essa igreja criou um emba-
raço para si, porque nunca conseguirá quorum.
Por outro lado, sem prejuízo do seu sistema de governo,
pode a igreja estabelecer categorias diferenciadas de mem-
bros, algo mais ou menos assim: a) membro votante (ou ou-
tro nome que se queira dar): aquele que ao se tornar membro
da igreja opta por participar dos seus processos decisórios;
e b) membro não votante: aquele que abre mão do seu di-
reito de participar das assembleias, votando e sendo votado.
175
3. Verificação da necessidade de o estatuto contemplar
aspectos da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), do
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), do Estatu-
to da Cidade, do Estatuto do Idoso (EI) e ECAD Direi-
tos Autorais
176
fiéis, quer dando publicidade do seu estatuto, quer colocan-
do avisos em locais de fácil visibilidade em suas dependên-
cias, informando que a Igreja possui mídias.
Em certos casos, será de bom alvitre que a Igreja obtenha
autorização por escrito daqueles que vão se apresentar can-
tando, testemunhando, pregando ou apresentando peças te-
atrais, por exemplo. O importante é que a Igreja se blinde
contra eventuais ações judiciais.
Recentemente, em uma das minhas palestras eu consultei
aos presentes sobre a possibilidade de filmar o auditório
para colocar em minhas mídias sociais. Pedi que ficassem
de pé quem concordasse. Num universo de quase duas cen-
tenas de pessoas, apenas duas permaneceram sentadas. Re-
sultado: fiquei frustrado, mas não filmei nem divulguei.
Sugiro que as Igrejas que utilizam mídias sociais insiram
em seus estatutos dispositivo que afirmam que respeitam a
Lei Geral de Proteção de Dados; que deem publicidade ao
seu estatuto a todos os fiéis; e que afixe em suas dependên-
cias e projeções informação com os seguintes dizeres:
“Em observância à Lei Geral de Proteção de Dados
(LGPD), informamos que esta igreja utiliza mídias so-
ciais para transmissão de seus cultos” (Lei nº 13.709, de
14 de agosto de 2018).
177
estatutos, ante às novidades que têm preocupado sobrema-
neira a sociedade religiosa no Brasil, e muito particular-
mente as igrejas evangélicas.
Você sabia que a falta de conhecimento das leis e normas
aplicadas aos templos de qualquer culto têm levado pas-
tores e ovelhas que atuam em ambiente eclesiástico ao
cometimento de verdadeiros equívocos? Sim, isto aconte-
ce quando eles pleiteiam direitos trabalhistas em âmbito
extrajudicial (na igreja) ou até mesmo no âmbito judicial,
quando recorrem à Justiça do Trabalho em busca de direitos
que supõem ter, mas não os têm, por força na natureza dos
serviços que prestam.
Abro parêntese para dizer que os seminários deveriam
orientar os seus seminaristas acerca das suas relações con-
tratuais quando assumirem o pastorado de uma igreja local.
O seminarista deveria saber, desde o primeiro dia de aula,
que ele não tem direitos trabalhistas. Caso a igreja contra-
tante resolva conceder-lhe direitos análogos aos dos traba-
lhadores celetistas, será por mera liberalidade. Via de regra,
o ministro religioso não reúne os requisitos contidos no ar-
tigo 3º da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), que
assim diz: “Considera-se empregada toda pessoa física que
prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob
a dependência deste e mediante salário”.
Peguei o meu anzol e fui ao Dr. Google pescar um con-
ceito prático e encontrei o Dr. Ives Gandra Martins Filho,
que assim se expressa: “As pessoas que se dedicam às ati-
vidades de natureza espiritual a fazem com o sentido de
missão, atendendo a um chamado divino e nunca por uma
remuneração terrena”. Destarte, entendemos de acordo com
o entendimento majoritário atual que de início já se exclui
178
o quesito “mediante salário” tão bem lecionado no Art. 3º
da CLT.
Não é de hoje que os Tribunais têm julgado improcedentes
ações trabalhistas movidas por pastores contra igrejas. Se-
não vejamos:
“Inexiste vínculo de emprego entre o ministro de culto pro-
testante – pastor – e a igreja, pois o mesmo como órgão se
confunde com a própria igreja. (RO. 14322 – TRT 1ª Re-
gião – 4ª Turma – Relator Juiz Raymundo Soares de Matos
– Publicado no DORJ 08/10/02).
“Não gera vínculo de emprego entre as partes a prestação
de serviços na qualidade de pastor, sem qualquer interesse
econômico. Nesta hipótese, a entrega de valores mensais
não constitui salário, mas mera ajuda de custo para a subsis-
tência do religioso e de sua família, de modo a possibilitar
maior dedicação ao seu ofício de difusão e fortalecimento
da fé que professa. Recurso Ordinário que se nega provi-
mento. (RO. 17973/98 – TRT 3ª Região – 2ª Turma – Re-
lator Juiz Eduardo Augusto Lobato – Publicado no DJMG
em 02/07/1999)”.
“O exercício de atividade religiosa diretamente vinculada
aos fins da Igreja não dá ensejo ao reconhecimento de vín-
culo de emprego, nos termos do artigo 3º da CLT. Recurso
do reclamante a que se nega provimento. (RO 01139-2004-
101-04-00-5 – TRT 4ª Região – Relator Juiz João Alfredo B.
A. De Miranda – Publicado no DORGS em 02/06/2006)”.
O que ouvi de mais emblemático, não sei se fato ou boato,
teria acontecido em algum estado da federação, quando em
audiência de julgamento o juiz perguntou ao pastor recla-
mante quem era o seu patrão, ao que o pastor respondeu:
179
“O meu patrão é Deus”. Sendo assim, vá pleitear os seus
direitos com Deus” – disse o magistrado.
Ainda que em igrejas históricas os casos desta natureza se-
jam bem mais raros, tem sido cada vez mais comum o pro-
tocolamento de processos trabalhistas movidos por pastores
e membros contra as igrejas. Membros da igreja local que
eventualmente ocupam cargos ou funções como diaconia,
ministério de adoração, professores de Escola Bíblica, can-
tina, livrarias nas dependências da igreja etc. Enquanto o
pastor atua em nome de uma vocação divina, os voluntários
precisam saber que atividades como as acima mencionadas
não ensejam reconhecimento de vínculo de emprego. Pen-
sam ou são induzidos a pensar que têm direitos trabalhistas,
mas não os têm, uma vez que não estão presentes os requi-
sitos da lei.
Neste caso, o melhor que cada igreja pode fazer é inserir
artigo em seu estatuto de forma clara e objetiva quando das
tratativas com o pastor no momento em que ele é investido
na função, ressaltando-se que ele – pastor – não tem patrão,
não é subordinado a ninguém, o seu ofício não exige pes-
soalidade e ele não recebe salário (recebe sustento ou pro-
vento ministerial, prebenda, côngrua, múnus eclesiástico ou
outro nome que se queira dar, mas nunca salário).
Já com relação aos membros, que se faça constar um artigo
com redação mais ou menos assim: “Toda e qualquer ativi-
dade desenvolvida pelos membros no âmbito da igreja, tais
como diaconia, ensino, liderança ou composição ministe-
rial ou departamental, atuação em bazares, cantinas, esta-
cionamentos, motorista de veículos da igreja, terão caráter
voluntário e por isso jamais serão objeto de reclamação tra-
balhista ou qualquer outro direito.
180
É certo que haverá casos em que a igreja terá que contratar
trabalhadores de acordo com os ditames da CLT, como é o
caso de zeladores, auxiliares de serviços gerais, secretárias
etc. Eventualmente contratará prestadores de serviços au-
tônomos, mediante pagamento através de RPA (Recibo de
Pagamento de Autônomo).
Encerro dizendo que em caso de atividades laborais si-
multâneas ou paralelas no seu espaço eclesiástico, o pastor
deverá ser devidamente recompensado em todos os seus
direitos, sem a necessidade de se provocar a Justiça, pois
a Bíblia nos ensina que a nossa justiça deve exceder a dos
escribas e fariseus.
181
Mas não é só por isso. Recentemente determinada igreja
recebeu uma notificação de um órgão fiscalizador, pedindo
a presença do pastor-presidente no prazo designado. Não
sabendo do que se tratava, perdeu noites de sono, o coração
apertou e no dia determinado a caminho do órgão fiscaliza-
dor, aquele pastor passou mal, tendo que ser atendido em
um pronto socorro.
Há ainda outra razão para que o pastor abra mão desse “pri-
vilégio” de se tornar presidente da igreja. De modo geral, os
cargos estatutários são preenchidos em assembleia geral. É
claro que não é oportuno consultar o CPF de cada indicado
e eventualmente eleito, mas é importante que a igreja sai-
ba que se um dos atores sociais eleitos estiver com alguma
pendência junto ao SPC (Serviço de Proteção ao Crédito)
ou Serasa, ele não poderá ocupar o cargo.
182
Até então, por força de previsão estatutária, as igrejas só po-
diam realizar assembleias gerais em sua sede, sob pena de
nulidade das decisões tomadas. Quando em junho de 2020
o Brasil e o mundo viviam o chamado isolamento social,
uma lei federal temporária criada para vigorar até 30 de ou-
tubro do mesmo ano possibilitou às igrejas a realização de
assembleias virtuais, inclusive para eleger a nova diretoria,
já que muitas delas estavam com o mandato vencido e em
consequência disso com o certificado digital vencido. Ora,
sem certificado digital, sem possibilidade de emitir folha
de pagamento, sem possibilidade de apresentar declarações
ao fisco, sem possibilidade de movimentar conta bancária.
Algumas igrejas aproveitaram a oportunidade e outras la-
mentavelmente sequer tomaram conhecimento.
Atualmente, com o abrandamento da pandemia, já é pos-
sível às igrejas realizar assembleias gerais e, neste caso, é
importante que o estatuto conste previsão de assembleias
presenciais sim, mas também virtuais ou híbridas. Afinal,
os tempos mudaram, os fiéis adotaram um novo compor-
tamento e a igreja de Cristo precisa se contextualizar sem,
contudo, se secularizar.
183
de atividades sociais. Isso mesmo! Está provado que igrejas
que desenvolvem atividades sociais gozam de maior credi-
bilidade junto à comunidade em que se encontram inseridas.
Hoje eu quero falar sobre o tempo de mandato da direto-
ria estatutária. Como se sabe, por tradição e em nome do
valorizado sistema de governo congregacional democrático
defendido e praticado pelos batistas e outras denominações,
ainda hoje em dia prevalece o tempo de mandato da direto-
ria estatutária de um ano, apenas. Acontece que esse costu-
me vem de um tempo longínquo quando praticamente não
havia exigências paralelas. Explico: No passado não havia
necessidade de se registrar em cartório as atas de renovação
de diretoria, tampouco os bancos exigiram que essas atas
fossem levadas a registro cartorial. Não havia Certificado
Digital nem e-Social. Com o passar do tempo surgiu a exi-
gência de publicação do extrato da ata de fundação e tam-
bém do estatuto primitivo e eventuais alterações dele em
dois jornais de grande circulação.
Com o passar do tempo exigências se multiplicaram, de
formas que sem ata da diretoria devidamente atualizada e
registrada em cartório, a igreja não consegue dar um passo
sequer. Diga-se de passagem, algumas instituições finan-
ceiras costumam rejeitar estatutos não reformados ou não
adequados ao Código Civil em vigor desde 2003.
Uma das primeiras alterações que Código Civil de 2003
sofreu só veio beneficiar as organizações religiosas, cujo
dispositivo áureo diz o seguinte, em seu art. 44, § 1º: “São
livres a criação, a organização, a estruturação interna e o
funcionamento das organizações religiosas, sendo vedado
ao poder público negar-lhes reconhecimento ou registro dos
atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento”. E
184
foi isso que nos levou a refletir sobre a possibilidade de
elaborarmos um estatuto mais prático, mais funcional, mais
enxuto e menos burocrático, inclusive no tocante ao tempo
de mandato.
Feita esta introdução, apresento a seguinte sugestão:
Considerando que para toda eleição é necessário reconhe-
cimento de firmas do presidente e da secretária e o registro
da ata em cartório e, com isso gera despesas, burocracia
e tempo, o mandato de um ano para a diretoria deve ser
descartado.
Sendo assim, o ideal é que a igreja amplie o tempo de man-
dato para essa diretoria para dois, três ou até quatro anos.
Mas atenção: os cartórios costumam divergir quanto às exi-
gências e pode ser que um ou outro negue o registro para
mandatos muitos longos.
185
direta com o princípio do direito de autorregulamentação,
estampado no Código Civil, em seu artigo 44, § 1º, que diz:
“São livres a criação, a organização, a estruturação interna e
o funcionamento das organizações religiosas, sendo vedado
ao poder público negar-lhes reconhecimento ou registro dos
atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento”.
Procedendo de acordo com primeiro parágrafo acima, anu-
almente a igreja deve reunir-se em assembleia geral para a
realização da nova diretoria e, ato contínuo, deve levar a ata
de eleição a registro junto ao cartório competente, o que im-
plica despesas e burocracia – tempo e dinheiro. Já vi casos
em que a eleição ocorreu no mês de dezembro para posse
em 1º de janeiro e a igreja só conseguiu o registro efetivo
da ata e a alteração cadastral do CNPJ no mês de junho, ou
seja, a apenas um semestre do fim do mandato da diretoria.
Diante desta dificuldade reinante, a minha orientação às
igrejas tem sido no sentido de alterar os seus estatutos, vi-
sando à ampliação do mandato da diretoria estatutária para
2 (dois), 3 (três), 4 (quatro) ou até 5 (cinco anos). Isto não
traz qualquer embaraço para a igreja, já que se houver ne-
cessidade de substituição de um dos membros, não haverá
quaisquer prejuízos, tais como impossibilidade do cumpri-
mento de obrigações acessórias, recolhimentos de impostos
e contribuições vinculados ao e-Social, à Receita Federal
ou mesmo atualizações cadastrais junto a instituições finan-
ceiras, autárquicas, governamentais ou de qualquer outra
natureza.
E, para reforçar as informações que tenho prestado aqui, já
que a igreja vai promover assembleia geral extraordinária
para dilatar o prazo de mandato da diretoria, sugiro acres-
centar pelo menos mais dois pontos, a saber: a) previsão de
realização de assembleia geral por meio virtual, ou seja, não
186
presencial, através de plataformas tais como WhatsApp,
Zoom, Webx ou outra; e b) inserção de atividades previstas
no Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil
para contemplar atividades de assistência social, educação
e saúde, tudo de acordo com a visão social da igreja.
Nota final: Se a sua igreja ainda incorre no erro de não dia-
logar com o profissional contábil contratado, não fornecen-
do-lhe as informações mensais necessárias para a realização
da contabilidade regular, é melhor substituir o tesoureiro
antes que seja tarde demais.
187
Afirma tal documento que através dos tempos, um dos
princípios basilares é a “aceitação da Bíblia Sagrada como
única regra de fé e conduta”. Sendo assim, nos estatutos
das Igrejas filiadas à Convenção Batista Brasileira neces-
sariamente constam esse preceito, até mesmo como forma
de autoproteção da instituição contra eventuais ataques de
lobos que se infiltram no meio das ovelhas. Acontece que
há uma fragilidade na expressão Bíblia Sagrada, pois até
as pedras sabem que atualmente há versões falsificadas do
Livro Santo circulando por aí.
Não vai aqui qualquer crítica aos métodos tradicionais de
tradução da Bíblia, quais sejam; a) por equivalência formal
(tradução de palavra por palavra); ou b) por equivalência
dinâmica ou funcional (interpretação do original por pará-
frase, onde o texto não é adulterado). O problema é quan-
do segmentos ideológicos resolvem subtrair ou acrescentar
palavras ou expressões a seu bel-prazer. Neste caso, a capa
continuará a mesma (Bíblia Sagrada), mas o conteúdo certa-
mente será a ponte que conduzirá muitos à perdição eterna.
À primeira vista pode parecer uma preocupação exagerada,
mas se eu fosse você tratava logo de promover a adequa-
ção do estatuto da sua Igreja e no artigo que versa sobre a
“aceitação da Bíblia Sagrada como única regra de fé e con-
duta”, que seja a Bíblia Sagrada adotada por sua respectiva
Convenção.
188
24. Anexo XII
189
3. Se a resposta à pergunta anterior for afirmativa, como de-
vem ser reconhecidas contabilmente as receitas e despesas?
Resposta:...............................................................................
190
8. Qual é o número mínimo de pessoas para se fundar uma
igreja?
( ) 7 pessoas; ( ) 15 pessoas;
( ) Acima de 20 pessoas;
( ) 35 pessoas maiores;
( ) Acima de 50 pessoas;
( ) Não há previsão legal;
( ) Mínimo de 100 e máximo de 2000 pessoas.
Resposta: ..............................................................................
191
11. Pastor de igreja local é regido pela CLT (Consolidação
das Leis do Trabalho)?
Resposta: ..............................................................................
192
17. Pode a igreja manter cantina, livraria, bazar, bem como
receber aluguel de imóvel?
Resposta: ..............................................................................
193
25. Caso a igreja adote o Conselho Fiscal, quais são as suas
atribuições?
Resposta:...............................................................................
194
30. Qual deve ser o tempo de mandato dos ministérios auxi-
liares, comissões, departamentos e outras atribuições?
Resposta:...............................................................................
33. Faça aqui a sua pergunta e envie para o autor (vide con-
tatos acima): .........................................................................
..............................................................................................
195
Glossário
196
EFD: Escrituração Fiscal Digital (EFD)
EIRELI: Empresa Individual de Responsabilidade Limitada
E-SOCIAL: Folha de Pagamento Digital
FAP: Fundo de Amparo Pastoral
FGTM: Fundo de Garantia por Tempo de Ministério
GFIP: Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à
Previdência Social)
IBGC: Instituto Brasileiro de Governança Corporativa
INSS: Instituto Nacional do Seguro Social
IRFON: Imposto de Renda Retido na Fonte
IRPJ: Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ)
MROSC: Marco Regulatório das Organizações da Socie-
dade Civil
MTE: Ministério do Trabalho e Emprego NBC: Normas
Brasileiras de Contabilidade PIS: Programa de Integração
Social
OSC: Organizações da Sociedade Civis
RFB: Receita Federal do Brasil RH: Recursos Humanos
RIR: Regulamento do Imposto de Renda
197
Fontes de referências e
ou indicações de leitura
198
assistência social; regula os procedimentos de isenção de
contribuições e para a seguridade social; altera a Lei 8.742,
de 7 de dezembro de 1993; revoga dispositivo das Leis
8.212, de 24 de julho de 1991, 9.429, de 26 de dezembro de
1998, 10.684 de 30 de maio de 2003, e a Medida Provisória
2.187/13, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências.
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menta a Lei 12.101 de 27 de novembro de 2009, para dispor
sobre o processo de certificação das entidades beneficentes
de assistência social e sobre o procedimento de isenção das
contribuições para a seguridade social.
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