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CÓDIGO:
230201053326
PRISCILLA PEIXOTO
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COMUNICAÇÃO SOCIAL
Comunicação e Sociedade
Priscilla Peixoto
SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Comunicação e Sociedade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1. Noções de Sociologia da Comunicação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2. Público, Massa e Audiência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
3. Opinião Pública. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
4. Cultura de Massa e os Meios de Comunicação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
5. Massificação X Segmentação dos Públicos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
6. Crítica da Mídia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
Questões de Concurso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
Gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
Gabarito Comentado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
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COMUNICAÇÃO SOCIAL
Comunicação e Sociedade
Priscilla Peixoto
APRESENTAÇÃO
Olá, meus queridos e minhas queridas! Como vocês estão? 😀
Espero que vocês tenham gostado da nossa aula e aprendido, de fato, a importância da
comunicação e todos os seus processos. Aposto que todo mundo gabaritou as questões,
não é? Se não, passaram perto disso. Confia! Hehehe
Bom, dando seguimento ao nosso material em pdf., vou abordar, nesta aula, a parte
sociológica da comunicação. Trarei algumas noções de sociologia da comunicação, as mais
cobradas nas últimas provas, o papel social da comunicação e as definições de crítica da mídia.
Veremos ainda os conceitos de público, massa e audiência, opinião pública, massificação
e segmentação do público.
Para fixar ainda mais o conteúdo, veremos como as bancas aplicam esses conceitos na
prática, com uma série de questões comentadas por tia Pri.
Vem comigo?!
Bons estudos e fiquem com Deus!
Beijos,
Priscilla Peixoto
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COMUNICAÇÃO SOCIAL
Comunicação e Sociedade
Priscilla Peixoto
COMUNICAÇÃO E SOCIEDADE
EXEMPLO
Pensem comigo! Hoje é inevitável não consumir os meios de comunicação, certo? Passamos
horas em frente à TV, mais horas navegando em nossos smartphones. E, cada vez mais, esse
contato tem influenciado o nosso comportamento e as nossas relações.
Bom, desde os primórdios, como vimos em nossa primeira aula, a comunicação já fazia
parte das relações humanas. Em uma linha do tempo, na qual destacamos o surgimento
da escrita, a prensa, criada por Gutenberg, a evolução dos meios de comunicação e a era
tecnológica, vimos a progressão e a presença da comunicação cada vez mais forte no
meio social.
Em cada um desses períodos, a comunicação era tida como um produto, concordam? A
linguagem utilizada, os processos de interação entre público e mídia. É claro que, atualmente,
os produtos que giram em torno da comunicação são mais percebidos, mas desde o século
XX teóricos estudam o efeito dos meios de comunicação na sociedade.
A Escola de Frankfurt, por exemplo, já falava na indústria cultural. Vamos contextualizar
um pouco...
O século XX trouxe consigo muita turbulência. O mundo havia presenciado a Primeira
Guerra Mundial, no início da década de 1920, pouco depois veio a grande crise econômica,
em 1929. Houve, portanto, uma grande mudança social e tecnológica.
Foi a partir daí que os teóricos da Escola de Frankfurt notaram que os ideais do iluminismo
e positivismo tinham falhado ao propor que o avanço científico aliado à ampliação do
conhecimento por meio da escolarização e disseminação da informação levariam ao avanço
moral da sociedade.
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as comunicações são organizadas de tal modo que há uma chance imediata e efetiva de responder
a qualquer opinião expressa em público”. E ainda que “opiniões formadas através de tal discussão
rapidamente encontram uma saída na ação efetiva, mesmo contra – quando necessário – o
sistema dominante de autoridade.
Dias (2001, p.337) afirma ainda que “o público pode aceitar líderes [...] mas não lhes
confere autoridade legítima para falar em seu nome”. O resultado das discussões e do
pensamento do público se configura na opinião pública, que pode ser influenciada através
da mídia. Veremos isso mais adiante.
O segundo conceito indispensável à compreensão da comunicação como ciência
sociológica é o de massa. No conceito clássico, pode-se dizer que há duas correntes sobre
o seu significado. A primeira considera que massa diz respeito a múltiplas coletividades em
oposição a um aglomerado único, e a existência de pessoas e grupos que não reagem de
forma homogênea aos estímulos da mídia. A segunda corrente teórica afirma que Massa é
o ocaso da sociedade, atualizando e ampliando as ideias de Frankfurt: “Não há sociedade,
há o socius, não há futuro nem ação lógica e sim o buraco negro da massa indiferente”
(Herculano, 1996, p.93-106).
A massa, vista teoricamente, é um grupo de indivíduos anônimos, com comportamento
homogêneo, de atitudes automatizadas. A coesão da massa é débil, e a interação, mínima.
Torquato (2015) afirma que foi por convenção do contexto que os jornais, rádio, televisão e
cinema passaram a ser chamados de “meios de comunicação de massa”. E essa categorização
decorreu pelo fato de esses meios atenderem às características que a maioria dos pensadores
entendem pelo termo “massa”.
Essa orientação, no entanto, não é unânime, segundo Torquato (2015). “Há quem não
considere o público dos jornais, do rádio, da televisão e do cinema como sendo “massa”, no
sentido sociológico do termo.”
Talvez o autor que mais tenha defendido a tese de que a audiência dos chamados “meios de
comunicação de massa” não se constitui realmente em “massa” seja o norte-americano Eliot
Freidson. Para desenvolver seu argumento, Freidson toma como padrão a definição de massa dada
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por H. Blumer, e bastante aceita nos meios da Sociologia: “A massa é destituída das características
de uma sociedade ou de uma comunidade. Não possui organização social, costumes, tradição, um
corpo estabelecido de regras ou rituais, um conjunto organizado de sentimentos, nem qualquer
estrutura de status-papéis ou liderança institucionalizadas. Na verdade, é constituída por um
agregado de indivíduos que se encontram separados, desligados e anônimos e, mesmo assim,
formando um grupo homogêneo em termos de comportamento de massa que, justamente
por não resultar de regras ou expectativas preestabelecidas é espontâneo, inato e elementar.”
(TORQUATO, 2015. p. 29)
Para Lakatos e Marconi (1999, p.114-115), massa é “uma coleção abstrata de indivíduos”,
“uma pluralidade indiferenciada de receptores”. E ela sofre uma grande influência dos
agentes institucionais.
A existência da massa implica em uma elite reduzida, pensante, ativa, governante. Ela é
provocada, orientada, por esses formadores de opinião. Não há, ou é mínima, a circulação de
informações, o que torna “reduzida a formação da opinião através da discussão” (Lakatos
e Marconi, 1999, p.115).
A audiência, terceiro termo fundamental na compreensão do processo de comunicação,
diz respeito aos receptores da mensagem – leitores, usuários, internautas, telespectadores -.
O conceito atual de audiência, que conhecemos hoje, surgiu no século XV, junto com
a invenção da imprensa. Segundo Briggs e Burke (2004, p. 72-74), a audiência pode ser
compreendida como “um público leitor, esparso e recluso, mas tomado como um conjunto de
indivíduos escolhendo um mesmo texto”. A leitura privada é outro fenômeno que acompanha
o desenvolvimento da indústria gráfica e que caracteriza a audiência.
A partir do século XIX, com a alta publicação de veículos impressos, as audiências começam
a ser diferenciadas segundo faixa etária, sexo, gênero. Em 1920 tem início a radiodifusão,
que identifica a audiência com líderes políticos. Na mesma época, surge o cinema, “primeira
audiência genuína de ‘massas’”, e que identifica a audiência consigo mesma.
A audiência moderna foge às regras ou à identidade. A composição está sempre se
transformando. Isso porque a interação entre membros da audiência e emissores das
mensagens é mínima.
Dito tudo isso, vamos praticar?!
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mas também é composta por pessoas que não se conhecem e estão separadas, sem
possibilidade de interagir.
3. OPINIÃO PÚBLICA
O conceito de opinião pública está relacionado às diferentes formas de expressão
manifestadas em sociedade a respeito de temas públicos, não privados. Tal conceito existe
há muito tempo, desde quando se falava em reação ou manifestação do povo frente a
acontecimentos sociais, políticos, culturais ou econômicos.
As discussões acerca da opinião pública, no entanto, ganharam força nas últimas décadas
com a chegada das novas tecnologias e o surgimento da internet que acabou facilitando e
ampliando as formas de expressão pública diante dos acontecimentos.
O conceito de opinião pública encontra uma infinidade de significados nas teorias e
diversos estudos se concentram em definir o que seria a tal opinião pública, mas muitas
são as dificuldades encontradas pelos pesquisadores.
As dificuldades enfrentadas por alguém que se aventure a conceituar o que seja a opinião
pública advém de quatro ordens de fatores mais relevantes. Em primeiro lugar, quando nos
referimos à opinião pública, agrupamos eventos e situações que se apresentam como objetos
de estudo de diferentes áreas das Ciências Humanas: Ciência Política, Sociologia, Antropologia,
Comunicação, Economia e Psicologia Social. Desse modo, uma conceitualização que se pretenda
universal deve utilizar os instrumentos dessas diversas ciências, ou seja, a abordagem teria
específico - a economia e suas expectativas racionais, por exemplo -, certamente pecará pelo
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Analisando essa tabela proposta por H. L. Childs, podemos ver que a opinião pública,
para este conjunto de autores, pode ser um julgamento social ou consciência comunitária,
sentimentos sobre quaisquer assuntos, ideias de um grande número de pessoas, opinião
majoritariamente aceita, entre outros. O que podemos afirmar, sem dúvidas, é de que não
existe um consenso, uma predefinição ou especificidades a partir de sua formação, mas
existe a certeza de que a opinião pública deve ser levada em conta.
E, ainda, que a opinião pública tem sua origem nos grupos, que se transformam em
públicos quando se organizam em torno dos temas de discussão e de interesse público.
Walter Lippman, por sua vez, é um dos autores que as bancas gostam de se concentrar
para trabalhar o termo opinião pública nas provas. E ele diferencia o conceito de opinião
em massa do de opinião das massas. Lippmann (2008) aborda a legitimidade da opinião
pública nas sociedades de massa pensando na impossibilidade de conhecimento direto
da realidade. Na obra Opinião Pública, Lippmann (2008) difere o “mundo exterior” e as
“imagens
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Aqueles aspectos do mundo que têm a ver com o comportamento de outros seres humanos, na
medida em que o comportamento cruza com o nosso, que é dependente do nosso, ou, que nos é
interessante, podemos chamar rudemente de opinião. As imagens na cabeça destes seres humanos,
a imagem de si próprios, dos outros, de suas necessidades, propósitos e relacionamentos, são
suas opiniões públicas” (LIPPMANN, 2008, p.40).
Nesse contexto, Lippman entende que os homens, apesar de suas experiências individuais,
não têm acesso direto à realidade. A partir daí o autor faz uma alusão à alegoria da Caverna,
de Platão, em que os homens veem apenas sombras e são incapazes de enxergar a realidade
em sua totalidade. Todavia, sobre a realidade observada, os homens são capazes de construir
opiniões mais fidedignas ao “mundo exterior” do que em situações em que a percepção
passa pelos mass media..
A opinião pública, então, seria o resultado da média das opiniões que circulam em
determinada sociedade, em um dado momento. E podemos inferir que a opinião pública
é o assunto do momento, o que está sendo dito em sociedade e que pode levar a ações
de um grupo.
Outro pensador importante nos estudos da opinião pública é Pierre Bourdieu. Em um
de seus textos, o autor defende a ideia de que a opinião pública, simplesmente, não existe.
E se apoia à associação da opinião pública às pesquisas, sob três argumentos principais.
O primeiro, de que os pesquisadores partem da premissa de que a produção de opinião
esteja ao alcance de qualquer indivíduo. Segundo, de que todas as opiniões têm o mesmo
valor. Por último, Bordieu duvida que os temas pesquisados sejam de real interesse de
todos os interessados. Ou seja, o autor acredita na imposição de assuntos que parecem
importantes, sem um real consenso a esse respeito.
A filósofa e política alemã Elisabeth Nöelle-Neumann criou o termo “espiral do silêncio”.
O objetivo era explicar a razão pela qual as pessoas permanecem, em muitos casos, em
silêncio quando sentem que estão em minoria com relação às suas opiniões e filosofias,
visão de mundo ou até mesmo o conjunto de intuições.
A teoria começou a ser estudada na década de 60, com base nas pesquisas sobre efeitos
dos meios de comunicação em massa sobre a população. O modelo do conceito de “espiral
do silêncio” de Noelle-Neumann baseia-se em três premissas:
• Os indivíduos têm uma intuição ou um sexto-sentido que lhes permite saber qual a
tendência da opinião pública, mesmo sem ter acesso a pesquisas;
• Os indivíduos têm medo de serem isolados socialmente, e sabem qual o tipo de
comportamento que poderá contribuir para esse isolamento social, tendendo a
evitá-lo;
• Os indivíduos apresentam reticências ou até medo em expressar as suas opiniões
minoritárias, por terem receio de sofrer o isolamento da sociedade ou do círculo social
próximo. Quanto mais uma pessoa acredita que a sua opinião sobre um determinado
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assunto está mais próxima da opinião pública julgada majoritária, maior probabilidade
existe que essa pessoa expresse a sua opinião em público. Então, e se a opinião
pública mudar, essa pessoa reconhecerá que a sua opinião não coincide com a opinião
da maioria, e por isso terá menos vontade de expressá-la publicamente. À medida
que a distância entre a opinião dessa pessoa e a opinião pública aumenta, aumenta
também a probabilidade de essa pessoa se calar e de se autocensurar. Os meios de
comunicação de massa são um fator essencial de estabelecimento da “espiral do
silêncio”, na medida em que formatam a opinião pública. Perante uma opinião pública
formatada, as pessoas que não concordam com a mundividência politicamente
correta, emanada da comunicação social, entram em “espiral do silêncio” muitas
vezes constituindo uma “maioria silenciosa”. Daí o termo.
O resultado disso é um processo em espiral que incita os indivíduos a perceberem
as mudanças de opinião e a segui-las até que uma opinião se estabeleça como atitude
prevalecente, enquanto as outras opiniões são rejeitadas ou evitadas por quase todos. Na
teoria, o importante são as opiniões dominantes, e estas tendem a se refletir nos meios.
Vamos também nos aprofundar nesses conceitos mais adiante, em outra aula.
A opinião pública foi também estudada por pensadores importantes como Kant, Burke,
Benthan, Benjamin e Constant. Deve-se ainda trazer à luz o fato de que a mídia acabou
popularizando a expressão “opinião pública”, caracterizando-a como um fenômeno que
fuja à normalidade. Temos como exemplo as campanhas das Diretas Já que “mobilizaram
a opinião pública”, a morte do piloto de fórmula 1, Ayrton Senna, que “consternou a opinião
pública” e as atitudes do ex-presidente Fernando Collor, “que afrontaram a opinião pública”.
Cervellini e Figueiredo (1995) avaliam que:
A ideia de opinião pública ficou muito contaminada com o surgimento das pesquisas de opinião,
na década de 1930 nos EUA. Como o conceito de opinião pública é anterior às pesquisas e como
as pesquisas retratam os aspectos mais visíveis, interessantes e discutidos da opinião pública,
é natural que a associação pesquisa-opinião pública seja feita, ainda que essa associação
certamente não ajude no esforço de se conceituar algo que, afinal, existe independentemente
das pesquisas. (CERVELLINI; FIGUEIREDO, 1995, p. 173)
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Produções artísticas, por exemplo, foram deixando de ser autorais e acabaram por seguir
a lógica industrial. O comércio e o lucro eram mais importantes.
Nessa lógica industrial, a arte passou a ser produzida em larga escala, seguindo os
padrões de consumo demandados pelo mercado ou para gerar uma sensação de necessidade
no consumidor ao desejar um produto cultural. A arte deixa de ser consumida de acordo
com o gosto e passa a ser consumida para garantir a diferenciação social ou para que os
indivíduos se sintam parte da sociedade homogeneizada pela padronização das coisas.
Mas foi somente após a Segunda Guerra Mundial que os conceitos Cultura de Massa e
Indústria Cultural ganharam significados dentro do meio intelectual. Na chamada Escola
de Frankfurt, os teóricos alemães Theodor Adorno e Max Horkheimer produziram inúmeras
reflexões sobre o advento da produção cultural para as massas.
Como já falamos, a Indústria Cultural é o principal conceito sociológico que dá sustentação
ao impacto dos meios de comunicação na produção de cultura de massa nas sociedades atuais.
Músicas, danças, filmes, moda, esportes e até hábitos alimentares podem ser considerados
elementos da cultura de massa. E todos, segundo os filósofos, apresentavam qualidade,
complexidade e nível técnico pouco desenvolvidos.
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EXEMPLO
Roupas e calçados seguem um mesmo padrão. Músicas são compostas com poucos acordes e
rimas simples, apenas com a função “chiclete” ativada. Vemos, portanto, uma homogeneização
dos gostos e daquilo que se consome.
Assim, podemos dizer que a cultura de massa é o meio e o fim pelo qual se submetem
as mais variadas expressões culturais a um ideal comum e homogêneo. Diante disso, vamos
destacar algumas características importantes da cultura de massa.
São elas: a consequente
consequente ampliação do acesso da população aos bens culturais; a
homogeneização da população, uma vez que são propagados modelos padronizados de
cultura que reproduzem formas de se vestir, de ser e estar no mundo e que não levam
em consideração as individualidades e subjetividades das pessoas. Aqui, os consumidores
são encarados como um corpo homogêneo (lembram do conceito de H. Blumer?), ou seja,
a “massa”.
Além disso, o alcance dos produtos consumidos é enorme, graças às tecnologias de
informação e de transporte disponíveis. Vendas e consumo são objetivos fundamentais
da cultura de massa e são realizados em larga escala, conforme os padrões do mercado
financeiro e industrial.
Os meios de comunicação, em geral, são peças fundamentais, uma vez que são eles os
responsáveis pelo processo de distribuição do consumo.
Outra característica importante desse processo é a alienação dos indivíduos, tendo em
vista que a busca por produtos e sensações de prazer, lazer e diversão é considerada “fuga
da realidade” que, segundo Adorno e Horkheimer, é responsável pela alienação e pacificação
das pessoas em relação à exploração capitalista a que estão submetidas.
Por fim, a cultura de massa apresenta uma audiência heterogênea, visto que atinge a
todos de forma diferenciada, anônima e muito grande. E sua mensagem, por consequência,
é pública, rápida e transitória.
Como vimos, a padronização dos produtos é provocada pela cultura de massas. Esse
processo acaba gerando o mesmo efeito nos consumidores, os quais são induzidos a desejos
e necessidades superficiais. O objetivo é muito simples: vendas, consumo e lucro!
Desse modo, substitui-se a vasta gama da cultura erudita, cultura popular e folclórica,
por simulações dessas culturas autênticas. Essas réplicas são produzidas para satisfazer
um denominador comum, para um consumidor comum.
É essa produção em larga escala que vai ao encontro do capitalismo industrial e financeiro.
Infere-se, portanto, que a cultura de massas agrada uma grande maioria anônima de
consumidores. Mas, no fundo, ela acaba mascarando interesses de lucro garantido para os
produtores. E isso explica o caráter mercantil, alienante e manipulador da Indústria Cultural,
como analisavam os filósofos Adorno e Horkheimer.
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Como falei anteriormente, eles foram fundamentais para a disseminação de tal cultura.
Foram os meios de comunicação, em especial a Internet, que aceleraram ainda mais o processo
de homogeneização cultural e alienação dos consumidores. Os mass media, portanto, são
os porta-vozes da Indústria Cultural e dominam o campo da comunicação.
Vale reforçar que a cultura de massa é muito distinta da “cultura erudita” e da “cultura
popular”. Entretanto, ela incorpora seus atributos, porém os banaliza e os esvazia de
seu conteúdo original. Isso porque a cultura de massa valoriza apenas os aspectos que
são de interesse comum da massa e possuem grande potencial de lucro. As bancas
ADORAM confundir as cabecinhas nesses conceitos.
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A grande crítica dos filósofos e sociólogos Adorno e Horkheimer era ao capitalismo e seu
efeito de produzir cultura de massa. Só daí, vocês podem excluir os itens D e E.
O item A foge ao conceito proposto pela Dialética do Esclarecimento porque quem se dedicou
ao estudo do feedback no processo comunicacional foi Schramm (lembram da Aula 1? Pois
é…). No item B, a banca te força a pensar no conceito de opinião pública que está até ok,
mas foge também à crítica ao capitalismo proposta por Adorno e Horkheimer que sequer
falam em opinião pública, ok? Portanto, item C é a opção correta.
Letra c.
EXEMPLO
Outro exemplo de tendência de massificação é o home office, o ensino à distância e as audiências
virtuais. Percebe-se um aumento desses formatos que estão em vias de massificação.
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Esses subgrupos podem ser baseados em dados demográficos, como localização geográfica,
identidade de gênero, idade, etnia, renda ou nível de educação formal. E ainda podem ser
baseados em comportamentos, como histórico de compras. Já os dados psicográficos estão
relacionados aos insights que determinada organização consegue acessar sobre os tipos
de personalidade, valores, atitudes e crenças do seu público. Uma forma de utilizar tais
insights é segmentar as pessoas baseando-se em valores de família e aspectos subjetivos
sobre suas personalidades, por exemplo, se ela é individualista, líder, caseira e por aí vai.
Especialistas em marketing afirmam que a segmentação do público é essencial, pois
a tentativa de agradar a todos, com a massificação, por exemplo, acaba não agradando
a ninguém. Quando se conhece o público, produzindo um conteúdo atraente, a coisa
muda de lugar.
Os profissionais de marketing segmentam os seus públicos de acordo com cinco fatores
principais: demográfica, psicográfica, comportamental, geográfica e firmográfica, que explica
as características do mercado-alvo empresarial. A estratégia, no entanto, vai depender do
produto ou serviço que é oferecido.
Vamos ver detalhadamente esses tipos de segmentação explorados no marketing::
1. Dados demográficos
Método mais comum de segmentação de público e, geralmente, o mais fácil. Exemplos:
categorização por idade, nível de renda, tipo de trabalho e localização geográfica.
2. Comportamento
Aqui é preciso verificar o que as pessoas compram, com que frequência adquirem um
novo produto e por que compram aquilo. Por exemplo, alguém que faz pequenas compras
regularmente necessita de mensagens diferentes de alguém que só faz uma compra
importante de vez em quando.
Com a segmentação comportamental, a mensagem é adaptada para alcançar os clientes
quando eles têm mais probabilidade de compra.
3. Interesses
Direcionar os clientes com base nos seus interesses pode ajudar na segmentação do
público e, consequentemente, no direcionamento para a compra.
4. Progresso da jornada do comprador
Nessa estratégia, as mensagens são personalizadas com base onde o cliente está
posicionado na jornada do comprador. Tal jornada é formada por: conscientização,
consideração e decisão.
A segmentação, portanto, auxilia no atendimento às diferentes necessidades de cada
comprador e às dúvidas que possam surgir.
5. Nível de envolvimento
Compradores que estão em contato regular com a marca exigem um marketing
diferenciado dos pouco frequentes. Mas não significa que os usuários com baixo nível de
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envolvimento devem ser ignorados, pelo contrário. A eles pode-se enviar campanhas com
mensagens personalizadas, como ofertas de retorno e vantagens para que o cliente volte
a comprar o produto.
6. Uso do dispositivo
Os clientes
clientes utilizam desktops e dispositivos móveis de forma diferente, e o site de uma
empresa precisa atender a ambos. Os usuários de dispositivos móveis são mais propensos a
visualizar seu site em qualquer lugar, o que significa que eles provavelmente só terão tempo
para ler postagens curtas. O conteúdo de formato longo fica para os usuários de desktop.
Entenderam a diferença de ambos os processos? Um é bem diverso do outro. Mas para
compreender a segmentação do público é indispensável saber como funciona o processo
da massificação e toda a configuração que o envolve. Dito isso, vamos praticar! 😛
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6. CRÍTICA DA MÍDIA
A capacidade crítica pertence a nós, seres humanos. Somos capazes de avaliar, julgar,
com base em argumentos válidos, qualquer tipo de produto seja ele artístico, midiático
ou cultural. Apesar de ser um movimento comum, a crítica nem sempre foi bem recebida
no campo midiático.
Bittencourt e Silva (2015) dizem que a crítica midiática — sobretudo, a crítica jornalística
— nunca foi bem aceita pelos profissionais da imprensa.
Grande parte dos veículos via a crítica de modo pejorativo e defendia que uma das
funções do jornalismo deveria ser a análise crítica da sua própria produção, sob uma
perspectiva interna.
Somente quando a sociedade compreendeu a importância da mídia nas representações
socioculturais, pauta de temas de interesse público e influência midiática na política e na
economia, esse pensamento começou a mudar e a CRÍTICA DA MÍDIA se estabeleceu.
Para definir os próximos conceitos, vou explicar o conceito de “Quarto poder”. Caso você
ainda não saiba, se liga! Hehe… “Quarto Poder” é uma expressão utilizada para expressar o
grau de importância dos meios de comunicação em um país democrático, tendo em vista
a sua influência em questões socioculturais e político-econômicas ao longo da história
moderna da humanidade. Por essa razão, a mídia foi colocada ao lado dos Três Poderes,
sendo o meio de produção do capital simbólico da credibilidade, o qual é necessário à
atuação eficaz de políticos e demais figuras públicas, por exemplo.
Dines (1965 apud MELO, 1994) afirma que a crítica da mídia foi a forma encontrada
pelo quarto poder — isto é, a própria mídia — para submeter-se ao julgamento público e,
assim, equiparar-se aos Três Poderes oficiais de todo e qualquer Estado democrático de
direito — ou seja, Executivo, Legislativo e Judiciário — por meio da vigilância e do equilíbrio
de poder pressupostos nos regimes democráticos.
O autor ainda afirma que “[...] o jornalismo não é arte para ser julgado, apenas pelos
aspectos estéticos. Dada a função social da imprensa os aspectos éticos e políticos são
mais relevantes [...]” (DINES, 1965 apud MELO,1994, p. 135).
A partir das definições de DINES, podemos trabalhar dois entendimentos importantes:
1) A CRÍTICA é uma estratégia de fiscalização da produção midiática, mas não de
cerceamento ou censura da mesma.
2) A MÍDIA exerce funções sociais de extrema relevância para a sociedade, uma vez que
informa, educa e apresenta fatos, acontecimentos e dados de interesse público que servem
de base para a construção da opinião pública.
Vejamos outra definição de crítica da mídia. Braga (2006) diz que: Os processos críticos
sobre a mídia:
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A Crítica da Mídia no Brasil começou com o jornalista Lima Barreto (1881–1922). Mais
tarde, houve iniciativas pontuais dos jornalistas Godin da Fonseca (1899–1977), Otávio
Malta (1902–1984) e Paulo Francis (1930–1997).
Contudo, a crítica da mídia tem início institucionalizado no nosso país apenas em meados
da década de 1970, com o jornalista Alberto Dines (1932–2018), por meio da sua coluna
intitulada Jornal dos Jornais, veiculada entre 1975 e 1977 no periódico Folha de S. Paulo.
Antes disso, entretanto, Dines já havia produzido cadernos de jornalismo e editoração
que circulavam, internamente, pela redação do Jornal do Brasil e continham indicações
sobre aspectos da produção jornalística.
Em terras brasileiras, o modelo de crítica midiática passou a ser mais ativo em meados
dos anos 1990, quando se instituiu a figura do Ombudsman e criou-se o Observatório
da Imprensa.
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c) Lançam vetores interpretativos e/ou de ação em direção aos outros dois subsistemas
(de produção e de recepção).
Braga (2006) argumenta que a articulação entre esses três modelos de crítica midiática
— isto é, acadêmica, jornalística e social — incentiva a mídia a exercer a função de
desenvolvimento da competência de interação social, principalmente no que diz respeito
aos materiais e aos processos da mídia que a sociedade produz, faz circular e utiliza com
os mais variados propósitos.
Algumas correntes teóricas estão presentes na crítica da mídia. Isso porque, a partir
do século XX, os meios de comunicação de massa passaram a alcançar grandes audiências,
impactando a sociedade de modo significativo. Esse processo logo interessou a academia.
A primeira e mais influente corrente teórica é a Escola de Chicago. Ela define que os
processos de interação entre as pessoas constituem-se de modo simbólico por meio da
comunicação.
A Escola de Chicago fomentou estudos que chamaram a atenção para o impacto
tecnológico dos meios de comunicação, de modo que se transformaram no principal meio
de difusão do conhecimento na sociedade moderna. O seu principal pensador foi Herbert
Blumer. Já falamos disso acima, mas é bom frisar.
E foi no cenário europeu que a crítica aos produtos midiáticos e também ao jornalismo
ocorreu de modo mais enfático. A Escola de Frankfurt entra no jogo. E, como parte dos
desdobramentos da teoria crítica, em meados da década de 1960, surgem os estudos culturais
A Escola de Frankfurt, que já citamos acima, critica a indústria cultural, o modo de
produção e o consumo dos produtos midiáticos pela sociedade. E também propõe a teoria
geral da ação comunicativa, a qual se fundamenta no entendimento de que o processo de
comunicação social pauta-se pelas premissas de veracidade, verdade e retidão. Os seus
pensadores, Walter Benjamin, Max Horkhmeimer, Herbert Marcuse, Theodor W. Adorno e
Jürgen Habermas inspiravam-se na teoria marxista.
Outra corrente importante relacionada à crítica da mídia foi a dos Estudos Culturais,
que ocorreu entre 1950 e 1960. Ela explorava as formas de produção de significados a partir
dos produtos culturais e midiáticos, bem como o processo de recepção dos mesmos pela
sociedade contemporânea. Os principais pensadores foram Richard Hoggart, Raymond
Williams, E.P. Thompson e Stuart Hall.
E, por último, mas não menos importante, temos o Sistema de Resposta Social, que se
concentra em entender o que o receptor faz com os produtos midiáticos após recebê-los por
meio de dispositivos sociais críticos. O pensador José Luiz Braga desenvolveu esta corrente.
Dito tuuudo isso, vamos à prática! 😀
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O item traz exatamente o objetivo da crítica da mídia que, por meio de seus observadores,
que podem estar presente no meio acadêmico, na própria mídia, nos receptores de produtos
midiáticos e na sociedade em geral, apontam os deslizes e falhas da mídia. Corretíssimo.
Certo.
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RESUMO
Para facilitar a fixação do conteúdo, vou resumir em tópicos o que aprendemos nesta
aula, ok? Vamos lá!
• Primeiramente, vimos conceitos importantes de sociologia da comunicação que
costumam ser cobrados em prova. Para entendermos o contexto, é necessário reforçar
que a comunicação está presente no processo de construção social, certo? E, ainda,
os meios de comunicação fazem parte de nossa rotina e acabam influenciando o
comportamento e as nossas relações.
A evolução da comunicação perpassa pela evolução da humanidade. Com o passar dos
anos, a linguagem foi se modificando e os processos de interação entre público e mídia
também se diversificaram. Tudo isso foi fruto de estudo de filósofos e sociólogos que
analisavam os efeitos da mídia na construção social.
No século XX, em meio à turbulência das transformações sociais, pensadores da Escola
de Frankfurt notaram que os ideais do iluminismo e positivismo tinham falhado, pois não
se sustentavam diante dos acontecimentos do século XX.
É nesse contexto que os pensadores se reúnem para construir teorias críticas contra o
capitalismo, reforçando as leituras sobre o marxismo, a fim de propor novas roupagens ao
socialismo marxista que estivessem de acordo com o contexto social do século XX.
E é nesse cenário da Escola de Frankfurt que acaba surgindo o conceito de indústria
cultural. O livro Dialética do Esclarecimento,, escrito pelos filósofos Theodor Adorno e Max
Horkheimer, reforça que a dominação capitalista se daria pela cultura.
Em resumo: a indústria cultural limitava-se a levar entretenimento como se fosse arte
ao consumidor, que se sentiria satisfeito com elementos agradáveis e de fácil consumo.
• O segundo ponto que destacamos foram os conceitos de público, massa e audiência.
O primeiro conceito, segundo Dias (2001, p.337), afirma que o público diz respeito ao
conjunto de pessoas, geralmente dispersas geograficamente, que compartilham do
mesmo interesse. O público nem sempre atua em conjunto, mas, individualmente,
pode tomar as mesmas decisões.
O autor ainda avalia que o resultado das discussões e do pensamento do público se
configura na opinião pública, que pode ser influenciada através da mídia. Veremos isso
mais adiante.
O segundo conceito indispensável à compreensão da comunicação como ciência sociológica
é o de massa. Para os teóricos o termo se refere a um grupo de indivíduos anônimos, com
comportamento homogêneo, de atitudes automatizadas. A coesão da massa é débil, e a
interação, mínima.
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Torquato (2015) afirma que a definição padrão de massa pode ser dada por H. Blumer
que diz que a massa é “constituída por um agregado de indivíduos que se encontram
separados, desligados e anônimos e, mesmo assim, formando um grupo homogêneo em
termos de comportamento”.
A audiência, terceiro termo fundamental na compreensão do processo de comunicação,
diz respeito aos receptores da mensagem – leitores, usuários, internautas, telespectadores -.
O conceito atual de audiência, que conhecemos hoje, surgiu no século XV, junto com
a invenção da imprensa. Segundo Briggs e Burke (2004, p. 72-74), a audiência pode ser
compreendida como “um público leitor, esparso e recluso, mas tomado como um conjunto
de indivíduos escolhendo um mesmo texto”.
• Nosso terceiro tema aprendido nesta aula diz respeito ao conceito de opinião pública,
que está relacionado às diferentes formas de expressão manifestadas em sociedade
a respeito de temas públicos, não privados.
A definição de opinião pública é repleta de significados nas teorias e diversos estudos que
se concentram em defini-la, mas muitas são as dificuldades encontradas pelos pesquisadores.
O que podemos dizer de consenso a respeito da opinião pública, é o de que ela seria
o resultado da média das opiniões que circulam em determinada sociedade, em um dado
momento. Ou ainda está relacionada ao que é assunto do momento, o que está sendo dito
em sociedade e que pode levar a ações de um grupo.
Dentre os principais pensadores neste tema, podemos destacar Walter Lippmann e
as definições relacionadas ao conceito de opinião em massa, Pierre Bourdieu que se apoia
à associação da opinião pública às pesquisas, acreditando na imposição de assuntos que
parecem importantes, sem um real consenso a esse respeito, e, por fim a filósofa e política
alemã Elisabeth Nöelle-Neumann, que criou o termo “espiral do silêncio”. O objetivo era
explicar a razão pela qual as pessoas permanecem, em muitos casos, em silêncio quando
sentem que estão em minoria com relação às suas opiniões e filosofias, visão de mundo
ou até mesmo o conjunto de intuições.
A opinião pública foi também estudada por pensadores importantes como Kant, Burke,
Benthan, Benjamin e Constant.
• Nosso quarto tema estudado foi a cultura de massa e a indústria cultural, que
começam a ganhar força a partir do século XIX. Com as grandes transformações na
rotina popular, as produções artísticas, por exemplo, foram deixando de ser autorais e
acabaram por seguir a lógica industrial. O comércio e o lucro eram mais importantes.
É nessa lógica industrial que a arte passa a ser produzida em larga escala, seguindo os
padrões de consumo demandados pelo mercado ou para gerar uma sensação de necessidade
no consumidor ao desejar um produto cultural.
Após a Segunda Guerra Mundial os conceitos Cultura de Massa e Indústria Cultural
ganharam
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teóricos alemães Theodor Adorno e Max Horkheimer produziram inúmeras reflexões sobre
o advento da produção cultural para as massas.
O termo cultura de massa se refere ao processo de produção manifestações artísticas
produzidas pela indústria de entretenimento ou indústria cultural. A finalidade, portanto,
é satisfazer as demandas capitalistas de arte e cultura.
Tanto a cultura de massa como a indústria cultural foram alvo dos estudos dos filósofos
e sociólogos Theodor Adorno e Max Horkheimer. Músicas, danças, filmes, moda, esportes
e até hábitos alimentares podem ser considerados elementos da cultura de massa. E
todos, segundo os filósofos, apresentavam qualidade, complexidade e nível técnico pouco
desenvolvidos.
Destaco aqui as características importantes da cultura de massa: ampliação do acesso da
população aos bens culturais; homogeneização da população, enorme alcance dos produtos
consumidos; vendas e consumo como objetivos fundamentais da cultura de massa e realizados
em larga escala; meios de comunicação são peças fundamentais; consequente alienação
dos indivíduos; audiência heterogênea, visto que atinge a todos de forma diferenciada,
anônima e muito grande. E sua mensagem, por consequência, é pública, rápida e transitória.
Os meios de comunicação, em especial a Internet, aceleraram ainda mais o processo de
homogeneização cultural e alienação dos consumidores. Os mass media, portanto, são os
porta-vozes da Indústria Cultural e dominam o campo da comunicação.
É importante reforçar que a cultura de massa é muito distinta da “cultura erudita” e da
“cultura popular”. Entretanto, ela incorpora seus atributos, porém os banaliza e os esvazia
de seu conteúdo original.
• O quinto ponto a ser destacado é a diferenciação de massificação e segmentação
de público. Apesar de distintos, ambos os conceitos estão interligados, pois é
impossível compreender o processo de segmentação se não entendermos os efeitos
da massificação.
A massificação está relacionada a um processo de padronização de gostos, opiniões e
hábitos de uma sociedade. Está relacionada ao conceito de indústria cultural e é promovida,
justamente, pela indústria cultural.
O termo ainda pode ser relacionado ao processo no qual valores e produtos restritos a
grupos de elite se tornam acessíveis a toda uma sociedade.
O outro tema, a segmentação do público, vai de encontro à massificação. Isso porque
a ideia não é atingir a massa, o todo, o pop, mas justamente conhecer o público, que deixa
de ser anônimo e passa a ter um relacionamento com quem faz o produto.
Especialistas em marketing afirmam que a segmentação do público é essencial, pois
a tentativa de agradar a todos, com a massificação, por exemplo, acaba não agradando
a ninguém. Quando se conhece o público, produzindo um conteúdo atraente, a coisa
muda de lugar.
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QUESTÕES DE CONCURSO
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a) objeto
b) crítico
c) protagonista
d) independente
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b) estudar um sistema organizado por signos, sendo que cada signo apresenta um aspecto
perceptível (significante) e um contido no precedente, trazido por ele (significado).
c) enfatizar a diferença e as variações, observando os contextos de recepção e atribuindo
um papel ativo ao receptor na construção do sentido das mensagens.
d) estudar a sociedade controlada pelo dispositivo televisual, capaz de organizar espaço,
controlar o tempo e vigiar continuamente o indivíduo.
e) observar a relação dialógica entre texto e leitor, liberando o potencial semântico e
artístico da mensagem.
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GABARITO
1. E 37. C
2. C 38. C
3. C 39. C
4. b 40. C
5. b 41. C
6. E 42. E
7. a 43. C
8. C 44. E
9. C 45. E
10. C 46. E
11. d 47. C
12. C 48. C
13. C 49. E
14. C 50. E
15. e
16. d
17. E
18. e
19. a
20. b
21. C
22. d
23. c
24. C
25. C
26. c
27. E
28. E
29. e
30. C
31. d
32. e
33. C
34. E
35. b
36. deste
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GABARITO COMENTADO
Nos estudos dos filósofos e sociólogos Adorno e Horkheimer o termo cultura de massa é
substituído por indústria cultural para dar ainda mais sentido à industrialização em massa
dos produtos culturais. Correto!
Certo.
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Nessa questão, a banca te obriga a saber quem foi o maior dos influenciadores dentre os
pensadores que conceituam a opinião pública. Lembram que, dentre os citados na aula,
Lippmann era o queridinho das bancas? Pois bem. Lippmann e opinião pública, tudo a ver! 😀
Letra b.
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Como vimos, a opinião pública tem sua origem nos grupos, que se transformam em públicos
quando se organizam em torno dos temas de discussão e de interesse público. O item reflete
justamente essa narrativa.
Certo.
De fato, como exploramos nesta aula, o conceito de opinião pública, além de ser muito amplo
e não possuir apenas um significado, foi se modificando ao longo do tempo. Com as novas
tecnologias, esse espaço se amplia ainda mais e a interação que provoca pensamentos de
um grupo, independentemente do seu tamanho, já é considerada opinião pública. Portanto,
item corretíssimo.
Certo.
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O item propõe justamente a reflexão a partir do principal conceito da opinião pública que
afirma que ela é o resultado da soma de opiniões entre as pessoas, que pode ter influência
da Internet, e que sugere a formação de líderes de opinião nesse meio.
Certo.
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Lembram quando eu disse na aula que a opinião pública teve papel fundamental a partir
do estabelecimento da democracia? É justamente essa reflexão proposta pelo item. A
opinião pública está diretamente relacionada, portanto, ao desenvolvimento do estado
democrático e geopolítico. Questão certíssima.
Certo.
Essa ideia de que a indústria cultural degrada a existência da cultura foi o principal objeto
de estudo dos filósofos Adorno e Horkheimer. Eles argumentavam que a produção industrial
de cultura de massa minimizava o objetivo mais profundo dos bens culturais. Certíssimo.
Certo.
Quando a gente pensa em cultura de massa devemos lembrar que o seu principal objetivo é
atingir um alto número de consumidores, certo? Pensando nisso, a primeira característica
diz respeito à sua heterogeneidade, formada por diversos públicos. Só daí já eliminamos
as alternativas a), b), c) segunda condição é que ela é anônima, visto que a produção em
larga escala não visa o conhecimento de personas. Aqui já matamos a questão, mas vamos
à terceira característica que diz respeito ao seu tamanho que é muito grande, tendo em
vista a grande massa atingida. Letra E, portanto, é a opção correta.
Letra e.
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Como falamos, a mensagem da cultura de massa é de origem pública, todos que forem
atingidos terão conhecimento. Ela é rápida, pois não há especificações e detalhes, mas
uma padronização. E ela é transitória visto que se transforma a partir do contexto social.
Letra d.
A indústria cultural era tida pelos filósofos como reproduções rápidas e improvisadas de
produtos culturais, porém não há improviso no que diz respeito aos seus efeitos. O objetivo
é claro: gerar consumo e lucro, no caso é necessário que haja interesse do público. Portanto,
item errado.
Errado.
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apresentado por Blumer (1971) sobre a definição de “massa”. Assinale a opção correta,
considerando as características dessa definição.
a) A massa possui características de uma sociedade ou de uma comunidade.
b) É constituída por um agregado de indivíduos que se encontram separados, desligados e
anônimos, e, mesmo assim, formando um grupo homogêneo, em termos de comportamento
de massa.
c) É constituída por um agregado de indivíduos que se encontram separados, desligados
e anônimos, formando um grupo heterogêneo, em termos de comportamento de massa.
d) A massa compreende indivíduos organizados, cujos status-papéis ou lideranças
institucionalizadas estão estruturados.
e) A massa possui organização social, costumes, tradição, um corpo estabelecido de regras
ou rituais.
A letra B traz exatamente o conceito proposto por Blumer a respeito de massa que a tia
Pri trouxe no bojo da nossa aula. Vamos aos erros dos demais itens.
a) Errada. Não podemos afirmar categoricamente que a massa possui características de
uma sociedade ou comunidade porque no conceito de massa os indivíduos estão separados.
c) Errada. Segundo H. Blumer, apesar de a massa ser formada por um grupo heterogêneo
de indivíduos, o comportamento dele é homogêneo.
d) Errada. Os indivíduos que integram a massa não possuem organização ou formas
estruturadas, segundo Blumer.
e) Errada. Não há regras, rituais ou organização no conceito de massa defendido por Blumer.
Letra b.
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de massa”. Mesmo após o surgimento das novas mídias, as características desse tipo de
comunicação não mudaram significativamente. Portanto, suas principais características são:
a) Possibilidade de conexão um a um; fluxo personalizado; emissor e receptor alternadamente;
relação de manipulação do público; financiamento de acordo com interesses do mercado;
regulação social do conteúdo.
b) Possibilidade de conexão de todos com todos; fluxo sistêmico; emissor e receptor
simultâneos; relação subjetiva com o usuário; política de mercado segmentada; regulação
estatal do conteúdo.
c) Distribuição e recepção de conteúdo segmentado; fluxo multidirecional; relação assimétrica
entre emissor e receptor; relação pessoal com o público; relação calculista com o consumidor;
autorregulação setorial.
d) Distribuição e recepção de conteúdo em grande escala; fluxo unidirecional; relação
assimétrica entre emissor e receptor; relação impessoal e anônima com o público; relação
calculista ou de mercado com o público; normalização e mercantilização de conteúdo.
A letra D traz o conceito fiel da comunicação de massa que expliquei durante nossa aula.
Vamos aos erros dos demais itens.
a) Errada. A possibilidade de conexão da comunicação de massa é unidirecional - um para
todos.
b) Errada. A conexão é do produtor aos consumidores, visando o lucro. Também não há
preocupação com a subjetividade do cliente ou segmentação de mercado.
c) Errada. O conteúdo não é segmentado, não há relação pessoal com o público, tampouco
autorregulação setorial.
Letra d.
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Questãozinha para te fazer ler o texto todo e perder algum tempinho, né? Mas quando
falar de Elizabeth, você já bata o olho e lembre da Espiral do Silêncio. A dica é associar o E
de Elizabeth à Espiral. 😛
Letra c.
O conceito de massa, como vimos, reúne indivíduos heterogêneos, que não interagem ou
se conhecem, mas que formam um grupo homogêneo, que age da mesma forma.
Certo.
A banca propõe uma reflexão histórica a respeito da sociedade de massa que surgiu após a
Revolução Industrial. À época houve uma quebra nos padrões, morais e costumes e o público
se aliena de modo que se submete aos meios de comunicação de massa. Item corretíssimo.
Certo.
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O erro do item está em afirmar que o indivíduo atingido pelos meios de comunicação não
agem socialmente. Pelo contrário, cada um é parte fundamental na construção da massa
que padroniza as coisas.
Errado.
O erro do item está na afirmação de que os efeitos não podem variar a partir dos estímulos
da mídia. Não só podem como, geralmente, se modificam a partir de cada estrutura social.
Errado.
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Falou em Adorno e Horkheimer, nem hesite, já saiba que a questão fala da Indústria Cultural
ou cultura de massa. Os demais itens fogem ao conceito proposto por esses pensadores.
Letra e.
Mais uma questão com contexto histórico inserido. O surgimento dos mass media emergiu
em meio à Revolução Industrial, que provocou todas essas mudanças citadas no item.
Portanto, corretíssimo.
Certo.
Questão de nível fácil apenas para testar sua atenção na hora da prova. A Escola de Frankfurt,
idealizada por Adorno e Horkheimer, dentre outros filósofos, nasceu na Alemanha e se
inspirou nos ideais marxistas.
Letra d.
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A letra E traz o conceito correto da indústria cultural. Vamos aos erros dos demais itens:
a) Errada. As práticas de mercado na indústria cultural são capitalistas, não socialistas
como propõe o item.
b) Errada. As produções culturais no contexto da indústria cultural não privilegia o autor
da obra, mas suas reproduções em massa.
c) Errada. O consumo massificado dos bens materiais está diretamente ligado ao conceito
de indústria cultural.
d) Errada. O erro do item está na afirmação de que a indústria cultural é popular. Esta última
é tida como uma cultura autêntica por Adorno e Horkheimer.
Letra e.
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no mercado, não importando seu valor estético, filosófico, literário etc. Nesse cenário,
é fundamental a participação dos meios de comunicação nos processos de produção e
divulgação da arte e da cultura. Sobre o conceito de Indústria Cultural, cunhado pela Escola
de Frankfurt, marque a opção CORRETA.
a) É um fenômeno analisado sob a ótica marxista por filósofos alemães a partir da década
de 1970.
b) Segundo as análises dos teóricos que criaram esse termo, a articulação mercadológica
entre cultura, arte e diversão criticava e contestava o modo de produção capitalista nos
momentos de lazer da classe trabalhadora.
c) Para Theodor Adorno e Max Horkheimer, responsáveis pela criação do conceito, uma das
características da indústria cultural é a neutralidade ideológica.
d) Segundo os filósofos que criaram o termo indústria cultural, ao desenvolver produtos
culturais com a finalidade do lucro, submetendo os consumidores à lógica industrial, a
classe dominante promove a alienação das classes dominadas.
e) No livro Cultura da Mídia (2001), Douglas Kellner lança a expressão “indústria cultural”.
A opção é a letra D que traz o conceito correto de indústria cultural. Vamos aos erros dos
demais itens:
a) Errada. O erro do item está no ano explorado pela banca que não foi em 1970, mas na
década de 1920, logo após a Revolução Industrial, lembram?
b) Errada. A articulação da indústria cultural ia ao encontro do capitalismo, não o criticando
como propõe o item.
c) Errada. A indústria cultural não é neutra, mas possui forte apelo ideológico.
e) Errada. A expressão indústria cultural foi lançada por Adorno e Horkheimer, não por
Kellner. Quem é Kellner no jogo do bicho, inclusive?! 😛
Letra d.
A Teoria dos Estudos Culturais, como vimos, analisava o processo de recepção dos produtos
culturais e midiáticos pela sociedade contemporânea. Portanto, inseria nessa lógica os
papéis do emissor e receptor.
Certo.
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A primeira e principal definição cunhada pela Escola de Frankfurt foi a da indústria cultural,
diferenciando seu significado do de cultura de massa.
Certo.
Para responder à questão, basta lembrar que tia Pri trouxe, nesta aula, a conceituação
de cada um desses itens: massa, multidão, público e audiência. Fikdik! Heheh 😛
Certo.
Nos Estudos Culturais o objeto de análise era a produção dos significados a partir dos
produtos culturais e midiáticos. E a cultura popular, diferentemente da cultura de massa,
permitia essa ressignificação da massificação e dominação dos produtos culturais.
Certo.
Você pode ser levado ao erro pela banca nessa questão, quando ela afirma que os estudos
da comunicação iniciaram a partir dos anos 40. Sabemos que desde a Revolução Industrial os
pensadores mais críticos começaram uma análise mais específica disso, certo? Mas, calma!
Aqui a banca trata, especificamente, dos estudos que analisavam os aspectos psicológicos e
efeitos da propaganda, quando vão surgindo as teorias da comunicação. Então, a definição
do item sobre a comunicação massificada está corretíssima.
Certo.
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É justamente o contrário. A empresa que opta pela segmentação do seu público busca uma
maior troca com o cliente, analisando as diferenças de mercado.
Errado.
Aqui temos uma misturinha de conceitos para te fazer pensar. O blog foi justamente o
desdobramento dos jornais impressos visando a segmentação do público.
Certo.
O erro do item está em um detalhe que, possivelmente, coube até recurso: o destaque não
é na mente do público consumidor, mas NO consumidor específico. Eu, Tia Pri, caracterizo
o item como certo. Mas a banca deu errado, paciência, rs.
Errado.
A formação do público não depende de grupos organizados ou atitudes comuns. Nem sempre
atua em conjunto, mas, individualmente, pode tomar as mesmas decisões e considera-se,
sim, controvérsia ou discussão.
Errado.
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As teorias que estudam o efeito da comunicação de massa vão no sentido contrário ao que
propõe o item: a reprodução em série minimiza a obra original.
Errado.
Foi justamente o jornalismo o fator propulsor da comunicação de massa, ainda com os jornais
impressos do século XIX. A notícia se torna um produto a ser consumido. Item corretíssimo.
Certo.
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REFERÊNCIAS
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Novos Olhares, São Paulo, v. 4, n. 2, p. 6–18, 2015. Disponível em: http://www.revistas.usp.
br/novosolhares/article/view/104107. Acesso em: 16 fev. 2023.
BRIGGS, Asa; BURKE, Peter. Uma História Social da Mídia: De Gutenberg à Internet. Rio
de Janeiro: Zahar, 2004.
CERVELLINI, Sílvia; FIGUEIREDO, Rubens. Contribuições para o conceito de opinião pública..
Opinião Pública,, Campinas, v. III, n. 3, p. 171-185, dez. 1995. Disponível em: https://edisciplinas.
usp.br/pluginfile.php/50629/mod_resource/content/1/figueredo_cevellini.pdf Acesso em:
15 fev. 2023.
DIAS, Reinaldo. Introdução à Sociologia. 2ª ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2001.
DINES, a) 85 anos de crítica de mídia. Observatório da Imprensa, São Paulo, ed. 205, 2003.
Disponível em: http://www.observatoriodaimprensa.com.br/primeiras-edicoes/85-anos-
de-crtica-da-mdia-2/. Acesso em: 16 fev. 2023.
HERCULANO, Selene. Crises, Massas e Sociologia. Rio de Janeiro: Cadernos do ICHF, n.2,
1996.
LAKATOS, Eva Maria. MARCONI, Marina de Andrade. Sociologia Geral. 7. ed. rev. e amp. São
Paulo: Atlas, 1999.
MILLS, C.W. The Power Elite. Nova Iorque: Oxford University Press, 2000.
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