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CENTRO ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO EM TEMPO INTEGRAL

“PAULO FREIRE”
SEGURANÇA DO TRABALHO

ALEXANDRE GRIFFO DE LIMA


JULIA GOMES DA COSTA
MARIA CLARA DA SILVA PRAZIM
MATHEUS DE CAMPOS MAGRO

PROJETO AFROMEMÓRIAS

Anchieta - ES
2023
ALEXANDRE GRIFFO DE LIMA
JULIA GOMES DA COSTA
MARIA CLARA DA SILVA PRAZIM
MATHEUS DE CAMPOS MAGRO

PROJETO AFROMEMÓRIAS

Trabalho apresentado com o objetivo para


obtenção de nota na matéria de História,
no Centro Estadual de Ensino Médio em
Tempo Integral “Paulo Freire”, sob
orientação do(a) professor(a) Robert Dias.

Anchieta - ES
2023
INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como objetivo trazer a tona para todos, a história de vida de uma
mulher guerreira que revolucionou o Brasil com suas habilidades e esforço,
conquistando seu próprio espaço em mundo cheio de desafios e dificuldades em seu
meio social, por isso é importante que por meio deste dossiê seja passado a frente,
com o objetivo de que o máximo de pessoas possam saber quem foi esta mulher e
sua incrível história de vida, repassando assim, sua lenda a frente para que ela
jamais seja esquecida. Esta pessoa é Benedita Ricardo de oliveira, ela foi a primeira
mulher brasileira a receber um diploma de chefe de cozinha em nosso país, no ano
de 1981 com apenas 38 anos, em plena época de ditadura, tempos onde ela
combateu o racismo e o sexismo para alcançar seu sonho, revolucionando para
sempre a história do país.
BIOGRAFIA

Sua longa batalha começa desde sua infância, ela nasceu em São José do Mato
Dentro, no povoado de Ouro Fino, no interior de Minas Gerais. Ela mal teve a
oportunidade de conhecer seu pai, que segundo fontes de pesquisa, agredia
frequentemente sua mãe, que por sua vez, ainda sim era muito severa com a própria
filha, entretanto não parou por aí sendo que com apenas 14 anos Benê
encontrava-se órfã, sendo “adotada” logo em seguida por uma família na cidade,
que assim como diversas outras garotas de sua idade, em situação parecidas não
eram de fato adotadas e sim levadas para trabalhos domésticos em troca de
moradia e alimentação. Ainda sim as condições de trabalho não eram fáceis, além
de que sua moradia era nos fundos da casa da família, onde dormia juntamente com
os cachorros, lugar este que sofria de desconforto constantemente, graças aos
banhos frios que ela não havia outra escolha, além de sua cama incômoda e fria por
não possuir cobertores.
Tudo repetiu-se por três longos anos, mudando apenas graças a uma vizinha de sua
casa, que com pena da qual a situação deplorável que a garota se encontrava,
acabou indicando a mesma para que pudesse trabalhar para uma família rica alemã,
na qual teve a oportunidade de acompanhá-los para uma viagem à Europa, tendo a
oportunidade de que pudesse trabalhar lá, ficando um total de 18 anos nesta
situação, voltando para o Brasil depois de tantos anos como uma verdadeira
especialista da culinária Alemã com base em tudo que havia aprendido, graças ao
tempo que passou na Europa. Logo em 1978 ainda sendo empregada, Benê não só
teve a oportunidade de participar do concurso de receitas da Cláudia, como também
o ganhou recebendo um grande destaque na área inspirando muitas outras
cozinheiras e futuras chefs pretas. Benê acabou sendo convidada para a cozinha
experimental da revista logo em seguida, sendo lá como uma ponte que à levou em
diversas oportunidades, para diversas cozinhas de diversas famílias, sendo um
grande marco em sua vida, o dia que serviu um jantar alemão para duas grandes
figuras do cenário brasileiro na época, ninguém mais ninguém menos que o
presidente militar Ernesto Geisel e o presidente da Federação do Comércio, José
Papa Jr, no qual os dois acabaram por surpreender-se com a qualidade da refeição
na qual os foi servida, sendo da curiosidade dos dois, por conhecer o responsável
pelo jantar no qual os havia agradado de tal forma.
Graças a este evento, Benê foi capaz de receber uma bolsa de estudos para realizar
o curso de 1º cozinheiro, sendo em 1981 aos seus 38 anos de idade, a primeira
mulher a formar-se em gastronomia no Brasil, no SENAC de águas de são pedro, a
primeira e única mulher da turma, no qual lutou contra o preconceito dentro de sua
universidade por ser mulher e negra, além do fato de que Benê era excluída pois o
dormitório era de uso exclusivamente masculino, obrigando-a viver de pensão,
trabalhando em uma casa na cidade, com faxina e cozinha em troca de moradia fixa
para que fosse capaz de realizar seu curso. Graças a sua formação ela tornou-se
professora em diversas universidades ao longo dos anos, incluindo o SENAC de
águas de são pedro, na qual a própria havia se formado em gastronomia alguns
anos antes, Benê Ricardo foi pioneira em diversas áreas lutando contra o racismo e
o sexismo, em uma época em que estes dois itens eram mais fortes do que jamais
foram em nossa atualidade, em parte devido a ditadura.
Benedita Ricardo de oliveira, faleceu em 31 de março de 2018 em decorrência de
câncer no pâncreas, esse foi o dia em que uma inspiração, uma luz que para tantas
pessoas serviu como inspiração, abrindo o pioneirismo em um cercado desafios e
impossibilidades acabou nos deixando, entretanto seu legado não será esquecido
seja pelas milhares de pessoas que às inspirou, desde este dossiê que busca
compartilhar sua incrível história, de forma que cada mais vez pessoas possam
compartilhar das experiências de vida de uma pessoa tão incrível como Benê,
fazendo que assim, seu legado jamais seja esquecido.
INFLUÊNCIA NA CULTURA AFRO

Benê Ricardo foi a primeira mulher e negra a conseguir formar-se em gastronomia


no Brasil, com isso abrindo um caminho para diversas outras pessoas que
sonhavam da mesma forma, inspirando gerações de pessoas, lutando contra o
racismo e o sexismo, com um enorme orgulho sempre mostrando suas raízes de
forma com que seu reconhecimento fosse tão grande na área gastronômica, que
abriu possibilidades para as mulheres, que mesmo vindo da pobreza, e sofrendo
diversos preconceitos ao longo de sua carreira, que ainda sim, apesar de tudo ela
conseguiu tudo que almejava, as suas próprias custas, sem pisar ou humilhar
ninguém. Ela sem dúvidas foi fundamental na luta contra o racismo em nosso país,
sua história abriu caminhos dos quais ninguém havia feito antes, seu talento foi
capaz de mostrar que se é capaz de chegar em quaisquer lugares que desejar,
bastando apenas esforço e determinação, independente de suas origens,
características, gêneros ou condições sociais.
JUSTIFICATIVA

O lugar escolhido em homenagem à grande Benedita Ricardo de oliveira foi a


cantina escolar devido à representar um lugar onde alimenta tantas pessoas, lugar
que proporciona alimento a todos de forma indiscriminada, assim como Benedita
Ricardo de oliveira que buscava agradar a todos com seus incríveis pratos e talentos
culinários, talentos estes frutos de muito esforço e luta que resultaram em seu
sucesso.
INTRODUÇÃO

Neste trabalho venho apresentar e dizer o porquê a atleta Irene Maria Rodrigues,
para a quadra poliesportiva, mas quem foi Irene Maria Rodrigues, ela é a recordista
continental dos 800 metros, que em plena ditadura militar conseguiu vencer os
preconceitos e participar dos jogos Pan Americanos de Winnipeg, no Canadá e lá
estabeleceu o recorde sul americano.
Até mesmo organizou uma greve contra o comitê Olímpico do Brasil(ex-conselho
nacional de desportos), mas acabou sendo desligada das olimpíadas de 1968 e teve
seus registros esportivos eliminados.
BIOGRAFIA

Nascida em Itabirito, em Minas, filha de Deodato Rodrigues e da Amazilis Brida,


sendo considerada uma mulher à frente do seu tempo, mesmo sendo pobre e negra
ela lutava todos os dias pela igualdade, sendo uma das líderes da greve contra o
comitê olímpico brasileiro. Enfrentando dificuldades dentro e fora das pistas, viveu
durante a ditadura militar, onde o Brasil era controlado pelo Conselho Nacional de
Desportivos, restringia muito as mulheres. Mesmo sendo a recordista de 400 e 800
metros, a atleta arriscava ser proibida de disputar os Jogos Pan-Americanos de
1967, em Winnipeg.
Na época a categoria dos 800m era considerada uma prova masculina por ser muito
desgastante para as mulheres. Ela integrou um movimento de protesto que reuniu
vários atletas contra o autoritarismo do CND e, afinal, conseguiu ser inscrita no Pan,
completando a prova em 2min08s5.
No ano seguinte, chegou a integrar a delegação brasileira nos Jogos Olímpicos de
1968, na Cidade do México. Mas, acusada de indisciplina e agressão por brigar com
a colega Maria da Conceição Cipriano, foi desligada e teve que voltar para o Brasil
sem realizar o sonho de competir numa prova olímpica.
Morreu em 1981 de um suposto acidente de moto, na cidade do Rio de Janeiro. Foi
sepultada em 27 de abril daquele ano em sua cidade natal, Itabirito/MG, onde até
hoje residem seus familiares e parentes.
INFLUÊNCIA NA CULTURA AFRO

Irene Maria Rodrigues foi uma corredora que enfrentou os preconceitos por ser
negra e por ser mulher, inspirando as futuras gerações por deter um recorde
continental mesmo sofrendo desde pequena pelo preconceito, contribuindo não só
com a diversidade e a representação na cultura esportiva global.
JUSTIFICATIVA

Foi uma mulher que lutou pela igualdade no esporte e na vida, detendo notáveis
recordes e atribuições para o mundo esportivo, sendo um marco de inspiração que
deveria dar mais reconhecimento.
REFERÊNCIAS

https://sp.abrasel.com.br/noticias/noticias/conheca-a-historia-de-bene-ricardo-a-chef-
das-chefs/

https://www.brasildefato.com.br/2018/04/23/mulher-negra-e-chef-de-cozinha-bene-ric
ardo-presente

https://www.encontro2018.rj.anpuh.org/resources/anais/8/1529788364_ARQUIVO_p
aperAnpuh2018.pdf

https://esporterio.blogspot.com/2020/07/a-historia-de-irenice-rodrigues.html?m=1

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