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“PAULO FREIRE”
SEGURANÇA DO TRABALHO
PROJETO AFROMEMÓRIAS
Anchieta - ES
2023
ALEXANDRE GRIFFO DE LIMA
JULIA GOMES DA COSTA
MARIA CLARA DA SILVA PRAZIM
MATHEUS DE CAMPOS MAGRO
PROJETO AFROMEMÓRIAS
Anchieta - ES
2023
INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objetivo trazer a tona para todos, a história de vida de uma
mulher guerreira que revolucionou o Brasil com suas habilidades e esforço,
conquistando seu próprio espaço em mundo cheio de desafios e dificuldades em seu
meio social, por isso é importante que por meio deste dossiê seja passado a frente,
com o objetivo de que o máximo de pessoas possam saber quem foi esta mulher e
sua incrível história de vida, repassando assim, sua lenda a frente para que ela
jamais seja esquecida. Esta pessoa é Benedita Ricardo de oliveira, ela foi a primeira
mulher brasileira a receber um diploma de chefe de cozinha em nosso país, no ano
de 1981 com apenas 38 anos, em plena época de ditadura, tempos onde ela
combateu o racismo e o sexismo para alcançar seu sonho, revolucionando para
sempre a história do país.
BIOGRAFIA
Sua longa batalha começa desde sua infância, ela nasceu em São José do Mato
Dentro, no povoado de Ouro Fino, no interior de Minas Gerais. Ela mal teve a
oportunidade de conhecer seu pai, que segundo fontes de pesquisa, agredia
frequentemente sua mãe, que por sua vez, ainda sim era muito severa com a própria
filha, entretanto não parou por aí sendo que com apenas 14 anos Benê
encontrava-se órfã, sendo “adotada” logo em seguida por uma família na cidade,
que assim como diversas outras garotas de sua idade, em situação parecidas não
eram de fato adotadas e sim levadas para trabalhos domésticos em troca de
moradia e alimentação. Ainda sim as condições de trabalho não eram fáceis, além
de que sua moradia era nos fundos da casa da família, onde dormia juntamente com
os cachorros, lugar este que sofria de desconforto constantemente, graças aos
banhos frios que ela não havia outra escolha, além de sua cama incômoda e fria por
não possuir cobertores.
Tudo repetiu-se por três longos anos, mudando apenas graças a uma vizinha de sua
casa, que com pena da qual a situação deplorável que a garota se encontrava,
acabou indicando a mesma para que pudesse trabalhar para uma família rica alemã,
na qual teve a oportunidade de acompanhá-los para uma viagem à Europa, tendo a
oportunidade de que pudesse trabalhar lá, ficando um total de 18 anos nesta
situação, voltando para o Brasil depois de tantos anos como uma verdadeira
especialista da culinária Alemã com base em tudo que havia aprendido, graças ao
tempo que passou na Europa. Logo em 1978 ainda sendo empregada, Benê não só
teve a oportunidade de participar do concurso de receitas da Cláudia, como também
o ganhou recebendo um grande destaque na área inspirando muitas outras
cozinheiras e futuras chefs pretas. Benê acabou sendo convidada para a cozinha
experimental da revista logo em seguida, sendo lá como uma ponte que à levou em
diversas oportunidades, para diversas cozinhas de diversas famílias, sendo um
grande marco em sua vida, o dia que serviu um jantar alemão para duas grandes
figuras do cenário brasileiro na época, ninguém mais ninguém menos que o
presidente militar Ernesto Geisel e o presidente da Federação do Comércio, José
Papa Jr, no qual os dois acabaram por surpreender-se com a qualidade da refeição
na qual os foi servida, sendo da curiosidade dos dois, por conhecer o responsável
pelo jantar no qual os havia agradado de tal forma.
Graças a este evento, Benê foi capaz de receber uma bolsa de estudos para realizar
o curso de 1º cozinheiro, sendo em 1981 aos seus 38 anos de idade, a primeira
mulher a formar-se em gastronomia no Brasil, no SENAC de águas de são pedro, a
primeira e única mulher da turma, no qual lutou contra o preconceito dentro de sua
universidade por ser mulher e negra, além do fato de que Benê era excluída pois o
dormitório era de uso exclusivamente masculino, obrigando-a viver de pensão,
trabalhando em uma casa na cidade, com faxina e cozinha em troca de moradia fixa
para que fosse capaz de realizar seu curso. Graças a sua formação ela tornou-se
professora em diversas universidades ao longo dos anos, incluindo o SENAC de
águas de são pedro, na qual a própria havia se formado em gastronomia alguns
anos antes, Benê Ricardo foi pioneira em diversas áreas lutando contra o racismo e
o sexismo, em uma época em que estes dois itens eram mais fortes do que jamais
foram em nossa atualidade, em parte devido a ditadura.
Benedita Ricardo de oliveira, faleceu em 31 de março de 2018 em decorrência de
câncer no pâncreas, esse foi o dia em que uma inspiração, uma luz que para tantas
pessoas serviu como inspiração, abrindo o pioneirismo em um cercado desafios e
impossibilidades acabou nos deixando, entretanto seu legado não será esquecido
seja pelas milhares de pessoas que às inspirou, desde este dossiê que busca
compartilhar sua incrível história, de forma que cada mais vez pessoas possam
compartilhar das experiências de vida de uma pessoa tão incrível como Benê,
fazendo que assim, seu legado jamais seja esquecido.
INFLUÊNCIA NA CULTURA AFRO
Neste trabalho venho apresentar e dizer o porquê a atleta Irene Maria Rodrigues,
para a quadra poliesportiva, mas quem foi Irene Maria Rodrigues, ela é a recordista
continental dos 800 metros, que em plena ditadura militar conseguiu vencer os
preconceitos e participar dos jogos Pan Americanos de Winnipeg, no Canadá e lá
estabeleceu o recorde sul americano.
Até mesmo organizou uma greve contra o comitê Olímpico do Brasil(ex-conselho
nacional de desportos), mas acabou sendo desligada das olimpíadas de 1968 e teve
seus registros esportivos eliminados.
BIOGRAFIA
Irene Maria Rodrigues foi uma corredora que enfrentou os preconceitos por ser
negra e por ser mulher, inspirando as futuras gerações por deter um recorde
continental mesmo sofrendo desde pequena pelo preconceito, contribuindo não só
com a diversidade e a representação na cultura esportiva global.
JUSTIFICATIVA
Foi uma mulher que lutou pela igualdade no esporte e na vida, detendo notáveis
recordes e atribuições para o mundo esportivo, sendo um marco de inspiração que
deveria dar mais reconhecimento.
REFERÊNCIAS
https://sp.abrasel.com.br/noticias/noticias/conheca-a-historia-de-bene-ricardo-a-chef-
das-chefs/
https://www.brasildefato.com.br/2018/04/23/mulher-negra-e-chef-de-cozinha-bene-ric
ardo-presente
https://www.encontro2018.rj.anpuh.org/resources/anais/8/1529788364_ARQUIVO_p
aperAnpuh2018.pdf
https://esporterio.blogspot.com/2020/07/a-historia-de-irenice-rodrigues.html?m=1