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Universidade Federal do ABC

Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas


ESTO903-17 – Engenharia Unificada II

PRÉ-PROJETO (A3)

Equipe Executora: Awdrey T. Vasconcelos; Milena Machado; Victor Hugo Silva Oliveira; João Paulo Cruz
dos Reis; Luigi Nogueira Mancuso

1.1 Título do projeto

Sistema de monitoramento da seleção vegetal adequada para jardins verticais.

1.2 Justificativa

De acordo com as projeções do Banco Mundial, mais de 70% das emissões de carbono são atribuídas às
áreas urbanas, devido à sua alta demanda de energia, transporte e produção industrial (ENGELHARDT,
2021). Uma abordagem contemporânea para reduzir as emissões nessas áreas é a adoção de jardins
verticais, estruturas nas quais plantas são cultivadas em superfícies verticais, como paredes de prédios,
muros ou estruturas especialmente desenvolvidas para esse propósito. Ao invés de crescerem no solo, as
plantas são organizadas em bolsas, suportes ou sistemas modulares instalados verticalmente.
Em vez de crescerem no solo, as plantas são dispostas em bolsas, suportes ou sistemas modulares
instalados verticalmente. Os jardins verticais desempenham um papel importante na descarbonização das
cidades, por absorverem dióxido de carbono e liberam oxigênio, sendo ideais para áreas urbanas com espaço
limitado, permitindo o cultivo de plantas sem ocupar muita área horizontal. De acordo com MONTJOY (2022),
enquanto uma árvore absorve cerca de 5,5 kg de CO2 por ano, 1 m2 de parede verde pode absorver até 2 kg.
Assim, a capacidade de descarbonização do processo de urbanização, atrelada aos demais fatores
mencionados anteriormente, justificam a execução do projeto relacionado a jardins verticais.

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1.3 Objetivos (principal e específicos)

O grupo tem como propósito criar um sistema de monitoramento para jardins verticais. Para isso, planeja
conduzir um experimento com três tipos de plantas selecionadas a partir de informações literárias - sendo
elas babosa, cacto e suculenta sendo seus nomes científicos respectivamente Aloe vera, Opuntia Ficus indica
e Echeveria sp, com o objetivo de determinar qual delas é mais eficaz na absorção de carbono. Isso será
feito por meio de um sensor de CO2, ajudando a identificar a planta mais adequada para jardins verticais
internos. Além disso, o grupo planeja desenvolver o sistema de monitoramento do jardim utilizando sensores
de umidade do solo e de luz e análise química através do MEV/EDS. O MEV é um equipamento que permitirá
a visualização da morfologia das diferentes plantas para relacionarmos com suas respectivas absorções de
CO2. O EDS complementará realizando uma análise elementar das amostras preparadas, o elemento de
principal interesse é o carbono, sendo ele um indicativo para maior absorção de CO2 pela biomassa da
planta.

1.4 Materiais e métodos previstos

Materiais:

Arduino MEGA: Utilização do microcontrolador Arduino MEGA como componente central do experimento,
incumbido de processar os dados recebidos do sensor de temperatura e umidade.

Sensor de temperatura e umidade AM2302 com módulo DHT22: Utilização do sensor AM2302 para efetuar
medições de temperatura e umidade do ambiente de interesse. O módulo DHT22 é utilizado para a aquisição
e tratamento dos dados do sensor, viabilizando sua interpretação pelo Arduino.

Arduino IDE 2.2.1: Para a programação do Arduino e o subsequente carregamento do código no


microcontrolador, será necessário uso da plataforma de desenvolvimento integrado (IDE) denominada
Arduino IDE 2.2.1.

Método:

O sensor de temperatura e umidade AM2302 será posicionado no ambiente alvo, e os dados captados serão
transmitidos por meio de cabos apropriados ao módulo DHT22.

O módulo DHT22 desempenhará um papel fundamental no processo, visto que será incumbido da
interpretação dos dados provenientes do sensor AM2302, possibilitando a disponibilização dessas
informações de maneira compreensível para o Arduino MEGA. A conexão física entre o módulo e o Arduino
MEGA será estabelecida mediante a utilização de cabos jumper macho-fêmea.

O desenvolvimento de um algoritmo específico será efetuado no ambiente da Arduino IDE 2.2.1. Esse
algoritmo será então transferido para o Arduino MEGA, incumbindo-o de receber, processar e agir com base
nos dados obtidos do sensor.

O Arduino MEGA efetuará o processamento dos dados recebidos do sensor e procederá com a transmissão
desses dados para um terminal localizado em um computador conectado. Esse terminal terá a finalidade de
apresentar, em tempo real, as leituras da temperatura e umidade, facultando ao operador do sistema o
monitoramento contínuo das condições ambientais.

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MEDIÇÃO DA UMIDADE DO SOLO:

Materiais:

Arduino MEGA: O microcontrolador Arduino MEGA é o componente central do projeto, usado para receber,
processar e registrar os dados obtidos do sensor de umidade HL-69.

Sensor de umidade HL-69 com módulo LM393: Será empregado o sensor de umidade HL-69 em conjunto
com o módulo LM393 para efetuar as medições de umidade do ambiente. O módulo LM393 desempenha um
papel essencial no processamento e tratamento dos dados do sensor.

Arduino IDE 2.2.1: O ambiente de desenvolvimento integrado (IDE) Arduino IDE 2.2.1 foi utilizado para a
criação e programação do algoritmo que governa o Arduino MEGA, bem como para a transferência desse
algoritmo para o microcontrolador.

Método:

O sensor de umidade HL-69 será posicionado no ambiente de interesse para a coleta de dados relativos à
umidade. Os dados captados pelo sensor serão transmitidos a um módulo LM393 para subsequente
processamento.

O módulo LM393 desempenhará um papel crucial no tratamento dos dados do sensor HL-69 e na adaptação
dos resultados para a interpretação pelo Arduino MEGA. A conexão física entre o módulo e o Arduino MEGA
será estabelecida utilizando jumpers macho-fêmea.

Será desenvolvido um algoritmo específico no ambiente da Arduino IDE 2.2.1. Esse algoritmo será
posteriormente transferido para o Arduino MEGA, o qual será configurado para receber os dados do módulo
LM393 e processá-los de acordo com a lógica estabelecida no algoritmo.

O Arduino MEGA realizará o processamento dos dados de umidade e os transmitiu para um terminal de
computador, permitindo que as leituras da umidade sejam exibidas em tempo real. Isso facilitará o
monitoramento contínuo das condições de umidade no ambiente.

ANÁLISE DA CONCENTRAÇÃO DE CO2 ABORSVIDO POR MEV EDS:


A microscopia eletrônica de varredura (MEV) com espectroscopia de dispersão de energia (EDS) é uma
técnica para estudar a absorção de CO2 por folhas de plantas. Ela permite a visualização de estruturas
microscópicas da superfície da folha e a análise da composição elementar das amostras.
O preparo das amostras (2 folhas de cada planta, uma antes do experimento e uma após o experimento
com a vela) requer apenas lavagem e secagem das folhas para eliminar a umidade. A amostra de folha
seca deve ser montada em um suporte condutivo, usando fita adesiva condutora ou cola condutiva,
garantindo um contato elétrico eficaz.
Análise MEV:
 Colocar o suporte da amostra no MEV.
 Configurar as condições de vácuo na câmara do MEV.
 Capturar imagens de alta resolução da superfície da folha para observar a estrutura microscópica.
 Usar o EDS para analisar a composição elementar da folha. Isso permitirá a detecção de carbono
(C) e oxigênio (O), os constituintes do CO2.

É importante destacar que a técnica MEV EDS não mede diretamente o CO2 absorvido, mas fornece
indícios da presença de carbono na folha, que pode estar relacionado à absorção de CO2.

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1.5 Resultados esperados

Espera-se que este estudo forneça dados conclusivos sobre a capacidade de absorção de CO2 das plantas
testadas, determinando a mais eficiente para plantações em jardins verticais, através de quem absorve mais
CO2. Dessa forma, esperamos observar uma absorção de CO2 significativamente alta pelas amostras,
refletida em uma maior quantidade de biomassa numa futura análise elementar da planta que se destaca na
absorção de carbono. Além disso, a implementação de um sistema de monitoramento permitirá ajustes
precisos das condições ambientais para garantir o crescimento saudável e vigoroso das plantas em jardins
verticais. A automação do processo de rega no momento correto pode ser um fator crucial para aumentar a
absorção de CO2, visto que a disponibilidade adequada de água influencia diretamente a capacidade das
plantas de realizar a fotossíntese, e, portanto, absorver o carbono.

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