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Resoluções das atividades BIOLOGIA 3

M
Ó 1 O método científico; A origem da vida » 1
D 2 Classificação dos seres vivos; Reino Plantae e grandes grupos vegetais » 3
U 3 Reprodução vegetal – Briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas » 5
L Atividades discursivas » 7
O
S

Como os modelos são interpretações/explicações de uma


MÓDULO 1 O método científico; A origem da vida teoria, e o experimento é um teste ou conjunto de testes
realizados com a finalidade de verificar uma hipótese, a
explicação apresentada por Galileu se caracteriza como
ATIVIDADES
PARA SALA uma hipótese.

04 B
01 C
Oparin e Haldane propuseram que as moléculas precur-
A análise da proposta de investigação do estudante é soras e os próprios seres vivos teriam surgido em uma
falha, pois, apesar de apresentar uma observação da sopa primordial, na atmosfera primitiva da Terra, que era
importância da vitamina na dieta de ratos, no momento rica em metano, amônia, hidrogênio, vapor-d’água e des-
em que elaborou a experimentação, criou apenas o grupo cargas elétricas. O Fixismo defende que os seres vivos,
experimental de ratos, ou seja, o grupo que teria a dieta extintos ou não, foram criados por uma entidade divina e
normal alterada com a falta da vitamina. O grupo que não não teriam sofrido mudanças ao longo do tempo; ou seja,
teria nenhuma alteração na dieta, caracterizando o grupo desde então, seriam imutáveis. A Geração Espontânea ou
de controle, ficou ausente, impedindo a confirmação da Abiogênese defendia que os seres vivos surgiam de forma
variável testada, a falta de vitamina. espontânea de matéria bruta ou não viva. Por fim, a ideia
cosmogênica ou panspermia cósmica defende que os
02 B seres vivos ou substâncias precursoras de vida são prove-
O método científico apresenta uma série de orientações nientes de outros locais do Universo.
de como um pesquisador deve proceder para produzir o
que se chama de conhecimento científico. O pesquisa- 05 A
dor pode tanto produzir um novo conceito quanto corri- O pesquisador conhecido como Redi desenvolveu o expe-
gir algum conceito já existente ou mesmo aprofundar as rimento da origem de larvas em cadáveres. Para isso, colo-
questões relacionadas a tal conceito. Portanto, o método cou pedaços de carne em frascos, tampando alguns com
científico é composto basicamente por algumas etapas: gaze, enquanto outros ficaram abertos. Passados alguns
1. observação (análise crítica de algum fato); dias, apenas nos frascos abertos havia larvas de moscas.
2. questionamento (elaboração de perguntas ou identifi- Dessa forma, concluiu que seres vivos eram originados
cação de problemas); de seres vivos já existentes (biogênese). Outro experi-
3. formulação de uma hipótese (possível resposta ou pos- mento famoso foi o de Needham, que, para comprovar
sível solução de um problema); a abiogênese, ferveu caldos nutritivos no interior de fras-
cos que, após fervura, eram fechados e observados após
4. experimentação (teste da dedução por meio de experi-
alguns dias. Passado esse tempo, observou o indicativo do
mentos, observações etc.);
desenvolvimento de microrganismos, tendo como explica-
5. conclusão (aceitação ou rejeição da hipótese testada);
ção para isso a geração espontânea.
6. divulgação (compartilhar todas as etapas anteriores por
meio de revistas científicas, congressos etc.). 06 E
O texto da questão fez referência (um cientista sugere uma A formação das células eucarióticas, supostamente, teria
explicação para o seu mecanismo) ao 3o momento citado, sido resultado de um processo de invaginações da mem-
ou seja, à formulação da hipótese. brana plasmática de células protoeucarióticas e, posterior-
mente, da endossimbiose de ancestrais das mitocôndrias
e dos cloroplastos. Essa hipótese de simbiose harmônica
03 D
foi defendida pela pesquisadora Lynn Margulis.
Uma lei pode ser definida como uma hipótese ou um

PROPOSTAS
conjunto de hipóteses que são apoiadas por um grande ATIVIDADES
número de experimentos ou evidências. Quando isso
ocorre, a hipótese em questão ganha a confiança da
comunidade científica. Pelo que foi exposto, Galileu, ao 01 D
fazer tal afirmação, ainda não havia realizado o experi- Apesar de Aristóteles ser considerado uma figura influente
mento, o que anula a correlação dessa afirmação com uma em assuntos como ética, filosofia, poesia, física, política, psi-
lei ou uma teoria, pois esta última abrange um conjunto cologia etc., ele não era um adepto da confirmação de suas
de leis e/ou hipóteses, formando um sistema mais amplo. afirmações por meio da adoção de experimentos, resultando,

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assim, em um método incerto, já que argumentos não podem 06 A


determinar se uma afirmação é verdadeira ou não. São
Define-se conhecimento científico como o embasamento
necessárias provas, e o melhor método para isso é a adoção
teórico-prático organizado, referente a um objeto ou fenô-
de experiências e a execução de observações cuidadosas.
meno, realizado por meio de observações sistematizadas,
Para demonstrar tal descuido, basta citar a afirmação
experimentações controladas, coleta e análise de dados,
de Aristóteles de que machos e fêmeas tinham números
diferentes de dentes, sem realizar a simples comprovação interpretações coerentes e conclusões operacionais.
disso. Na realidade, ele apresentava longos argumentos Segundo o método científico, ao se tentar explicar um fato
de como as coisas deveriam ser. ou resolver um problema, devem ser feitas suposições ou
o levantamento de hipóteses que possam ser testadas
02 B mediante experiências controladas. Para que isso ocorra
O trecho em destaque trata da formulação de hipóteses, de forma adequada, faz-se necessário o levantamento
pois apresenta a dedução para responder à pergunta da bibliográfico da área ou do tema de estudo em âmbito
causa da febre. Nesse caso, a hipótese aponta para o fato mundial para o posterior desenvolvimento do trabalho
de que, se a mulher der à luz deitada de costas, o risco científico, que pode ser desenvolvido em língua portu-
de contrair a febre puerperal aumentaria. A seguir, são guesa, entretanto, é comum a divulgação do trabalho em
indicados outros trechos que tratam de outras etapas do outras línguas, como a inglesa, em periódicos científicos
método científico. de diferentes países do mundo
A Observação: no século XIX, um médico observou que
nos partos realizados por estudantes e professores de 07 A
medicina a incidência de mulheres que contraíam a
A análise do gráfico indica que a atmosfera primitiva da
febre puerperal era maior do que quando o parto era
Terra não apresentava oxigênio (O2) livre; o gás só come-
realizado por enfermeiras.
çou a ser depositado na atmosfera após o surgimento do
A Desenvolvimento de experimentos controlados: para processo metabólico, há cerca de 2,7 bilhões de anos. Ao
testar sua ideia, convenceu alguns médicos a fazerem os longo de todo o período pré-cambriano (de 3,8 bilhões
partos com as mulheres deitadas de lado.
até cerca de 0,5 bilhão de anos), a concentração de tal gás
A Coleta e avaliação de dados: depois de algum tempo, permaneceu em ascensão.
percebeu que o procedimento não reduzia a incidên-
cia da doença.
08 E
A Conclusão: o experimento levou o médico a rejeitar
O surgimento da camada de ozônio permitiu a filtragem
sua ideia inicial.
da radiação ultravioleta do Sol, o que reduziu a tempe-
03 A ratura na Terra e garantiu a colonização do ambiente ter-
restre. Isso foi possível porque os seres fotossintetizantes
Os antibióticos consistem em fármacos de ação bac-
(autotróficos) surgiram na Terra a partir da evolução dos
tericida ou bacteriostática, não promovendo qualquer
ação sobre os vírus e outros microrganismos. Analisando seres vivos fermentadores que surgiram dos seres quimio-
o aspecto estatístico da pesquisa realizada, é possível litoautotróficos.
inferir que, em relação a europeus e brasileiros, os nor-
te-americanos são os que melhor compreendem o fato 09 A
científico da ação dos antibióticos. O experimento de Needham, fervura de caldos nutriti-
vos, tentou demonstrar que a abiogênese estava correta.
Jan Baptista van Helmont defendeu a abiogênese pro-
04 E
pondo a origem de roedores a partir de grãos de trigo
É descrito que os peixes estão ajustados às alterações sobre camisas sujas em um recinto. Já Lazzaro Spallanzani
ambientais (lagoa). Dessa forma, é possível imaginar que se contrapôs à abiogênese reformulando o experimento
apresentem uma adaptação compatível com a condição
de Needham. Felix Pouchet era defensor da abiogênese,
descrita (alternância chuva/seca); ou seja, eles podem ter
tentando comprová-la com um experimento que envolvia
um ciclo de vida curto, o que permite garantir a perpetua-
um frasco contendo água fervente, que era colocado de
ção da espécie nesse ambiente intermitente.
cabeça para baixo em uma bacia de mercúrio e, quando a
água estava quase fria, abria o frasco dentro do mercúrio
05 D e introduzia oxigênio puro e feno previamente exposto a
Analisando o gráfico, verificam-se várias dosagens de altas temperaturas, constatando, após alguns dias, a pre-
álcool sendo absorvidas no sangue até um valor máximo e sença de microrganismos. Louis Pasteur defendia a bio-
posterior diminuição pela metabolização. Quanto maior a gênese e comprovou esta por meio da fervura de caldos
dosagem, maior o tempo necessário para a sua eliminação nutritivos em frascos de vidro conhecidos como “pescoço
(metabolização). Sendo assim, um título adequado para de cisne”. Passados vários dias após a fervura, não ocorria
representar o gráfico seria “Estimativa de tempo necessá- o desenvolvimento de microrganismos, pois estes ficavam
rio para metabolizar diferentes dosagens de álcool”. retidos nas curvas dos gargalos.

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BI OLOGI A 3

10 B 03 B
A hipótese heterotrófica afirma que os primeiros seres Na nomenclatura científica binomial, o primeiro nome
vivos teriam sido formados a partir da organização de bio- indica o epíteto específico (gênero) a que pertence a espé-
moléculas. No ambiente aquático no qual tais seres hete- cie; este vem sempre em letra maiúscula. Já o segundo
nome designa o adjetivo específico que identifica a espé-
rotróficos teriam sido originados havia grande quantidade
cie, que vem sempre em letra minúscula.
de compostos orgânicos que lhes serviam de a ­ limento.
04 A
11 D Em todos os quatro grupos de plantas ocorre uma alter-
De acordo com o trecho da Ilíada, os gregos acredita- nância de gerações ou metagênese; isto é, um indivíduo
vam que as larvas resultavam da presença de moscas no apresenta fase gametofítica haploide (n) seguida de uma
corpo, no contexto citado. Assim, eles eram adeptos do fase esporofítica diploide (2n).
que hoje se entende por biogênese.
05 B
12 A Uma série de estruturas anatômicas e alterações fisiológi-
De acordo com a hipótese heterotrófica proposta por cas foram selecionadas ao longo da evolução das plantas
terrestres. Algumas delas são:
Oparin e Haldane, tem-se como sequência dos eventos
que levaram à origem da primeira forma de vida: A o desenvolvimento de vasos condutores de seiva;
A a presença de uma cutícula impermeável que protege
1. Na atmosfera primitiva, uma série de gases, perante
as superfícies vegetais, principalmente as folhas, da
a energia de descargas elétricas e intensa radiação
desidratação;
UV, promoveu a formação de compostos orgânicos
A ocorrência de estômatos, estruturas que abrem e
simples, como os aminoácidos, que são as unidades
fecham uma pequena região denominada ostíolo, pos-
básicas (monômeros) que permitem a formação das
sibilitando trocas gasosas.
proteínas.
2. Após o resfriamento da superfície terrestre, chuvas
06 C
arrastaram aminoácidos para os mares primitivos, que
Nas plantas terrestres, apenas um grupo é desprovido de
eram aquecidos.
vasos condutores, as briófitas (I). Tal característica surgiu
3. Nesses mares, outras substâncias orgânicas ainda
nas pteridófitas (IV), que não possuem sementes. Já no
mais complexas foram formadas, como proteínas, lipí-
grupo das gimnospermas (III), uma das novidades evolu-
dios, ácidos nucleicos etc.
tivas foi o surgimento de sementes, porém, estas apre-
4. Coacervatos, estruturas formadas de proteínas que
sentam-se protegidas por frutos apenas no grupo mais
interagem com a matéria orgânica no caldo primitivo,
recente de vegetais, o das a­ ngiospermas (II).
foram estruturados.
5. As primeiras células isoladas do meio por membrana
lipídica apresentando estrutura procariótica e meta- 07 A
bolismo anaeróbico foram originadas. Algumas espécies de musgos são adaptadas às baixas
temperaturas do Círculo Polar Ártico e outras suportam
altas temperaturas, como na superfície de rochas nuas.
MÓDULO 2 Classificação dos seres vivos; Reino Além disso, as briófitas fixam-se ao substrato por meio de
Plantae e grandes grupos vegetais rizoides, estruturas que também servem para absorção de
nutrientes e água. Essas plantas são avasculares; logo, os

PARA SALA
ATIVIDADES nutrientes passam célula a célula por difusão, o que jus-
tifica seu pequeno porte. O ciclo vital de briófitas inclui
uma fase gametofítica duradoura e haploide e uma fase
01 C esporofítica heterótrofa, transitória e diploide.
A classificação desenvolvida em 1990 por Woese tem
como base as relações filogenéticas entre os diferentes 08 D
seres vivos; ou seja, ela fundamenta-se nas relações de
No cladograma apresentado, A indica o ancestral das
parentesco evolutivo entre eles.
plantas terrestres, provavelmente uma alga verde; B é uma
briófita, que foi o primeiro grupo de vegetais a formar
02 C
embrião em seu ciclo de vida; C é uma pteridófita, o pri-
Ptiloris victoriae e Ptiloris magnificus possuem maior grau meiro grupo de plantas a apresentar sistema de vasos con-
de parentesco, pois, de acordo com a biologia evolutiva, dutores de seiva, ou seja, foram as primeiras traqueófitas;
seres que pertencem a um mesmo gênero apresentam D é uma traqueófita, primeiro grupo na escala evolutiva
maior grau de parentesco em relação a seres que perten- das plantas a produzir sementes; e E são plantas angios-
cem a outro gênero. permas porque formam flores e frutos.

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BIOLOGIA 3

09 D Reinos Animal e Vegetal são pluricelulares. Os organismos


que pertencem ao reino dos fungos apresentam as seguintes
Os musgos são vegetais do grupo das briófitas; logo, esses
características: são uni ou pluricelulares, heterótrofos e
organismos são desprovidos de tecidos de condução
eucariontes.
(xilema e floema), ou seja, são avasculares. Eles também
não apresentam órgãos verdadeiros (raiz, caule, folha, flor, 07 A
semente e fruto), além de possuírem sistema de produção As plantas que não possuem estruturas reprodutoras
de gametas pouco visível (criptógamas). Dessa forma, pelo ­evidentes são denominadas criptógamas, como é o caso
que foi apresentado, os musgos são considerados vege- das briófitas e pteridófitas. Já as plantas com estruturas
tais intermediários e criptógamas avasculares. reprodutoras bem evidentes são chamadas de faneróga-
mas, como é o caso das gimnospermas e angiospermas.

PROPOSTAS
Estas apresentam estróbilos e flores, respectivamente,
ATIVIDADES como estruturas reprodutoras visíveis.

01 C 08 C
O conceito biológico de espécie define que, se um con- Nem todas as algas são multicelulares e, dentre as plantas,
junto de organismos semelhantes é capaz de se reproduzir o grupo que apresenta vasos condutores de seiva, porém
de forma natural e gerar descendentes férteis, ele é classi- não possui sementes ou frutos, é o das pteridófitas.
ficado como tal.
09 A
02 C O grupo das pteridófitas foi o primeiro das plantas terres-
Levando em conta a classificação taxonômica para a citada tres a ter tecidos especializados no transporte de subs-
espécie, o correto é determinar, na sequência, Reino tâncias (xilema e floema) e sustentação do corpo (colên-
(Animalia); Filo (Chordata); Classe (Amphibia); Ordem quima e esclerênquima), assim como, em relação ao ciclo
(Anura); Subordem (Neobatrachia); Família (Dendrobati- de vida, dar início à diminuição do tempo de vida da fase
dae). A terminologia IDAE indica uma família de animais gametofítica. Com essa série de inovações, elas obtive-
(em plantas, o correspondente é ACEAE); o Gênero é ram um sucesso um pouco melhor no ambiente terrestre.
Phyllobates e a Espécie, Phyllobates terribilis. Apesar disso, da mesma forma que as briófitas, ainda con-
tinuam apresentando a necessidade de um meio líquido
03 B para a fecundação, por possuírem um gameta masculino
flagelado, o anterozoide.
Como os nomes científicos ocorrem na forma de um binô-
mio, o termo Ateles é o gênero de duas das espécies
10 A
citadas, Ateles paniscus e Ateles belzebuth. Segundo os
critérios da classificação dos seres vivos também pode ser As angiospermas formam o grupo de plantas terrestres mais
determinado que A. paniscus e A. belzebuth pertencem recente da escala evolutiva deste grupo de seres. Apesar
disso, é o que apresenta a maior quantidade de adaptações
ao mesmo nível de classificação anterior ao gênero; ou
que garantiram seu sucesso reprodutivo. Entre tais adap-
seja, pertencem a uma mesma família, a Atelidae.
tações, uma que é exclusiva desse grupo é a presença do
fruto, que protege a semente e contribui com sua dispersão.
04 D
A resposta do quarto aluno é correta, pois afirma que os 11 A
cogumelos da foto são organismos classificados como per- Dentre outras características, as plantas do grupo das brió-
tencentes ao reino Fungi, que é composto por o ­ rganismos fitas são avasculares, apresentam rizoide cauloide e filoide;
unicelulares ou pluricelulares, cujas células organizam-se as pteridófitas são vasculares, possuem órgãos verdadei-
de modo a formar filamentos denominados hifas, sendo ros, sendo desprovidas de sementes, flores ou frutos; as
todos eles heterótrofos. gimnospermas inovaram ao desenvolverem sementes,
mas foi somente no grupo das angiospermas que ocorreu
05 D o desenvolvimento de flores e frutos.
O esquema apresenta, além de reino, as seguintes cate- 12 D
gorias: A-filo, B-classe, C-ordem, D-família, E-gênero,
Nas plantas classificadas como briófitas (musgos, hepá-
­F-espécie. Portanto, em B, tem-se uma classe, que é formada
ticas e antóceros), tem-se como fase duradoura a de
pelo agrupamento de uma ou mais ordens ­semelhantes.
gametófito, indivíduo de coloração verde e com reprodu-
ção sexuada (gametas anterozoide e oosfera).
06 D Portanto, a fase de esporófito é reduzida, além de depen-
Seres vivos autotróficos podem ocorrer tanto no Reino der do ­gametófito feminino para sua nutrição. Nos outros
Monera quanto no Vegetal. Os seres do Reino Monera são grupos (pteridófitas, gimnospermas e angiospermas),
procariontes, enquanto os do Protista e dos outros grupos a fase dominante é a de esporófito. Dessa forma, pelo
(Fungi, Plantae e Animalia) são eucariontes. O único fato de todas as plantas apresentarem uma fase da vida
reino que apresenta seres unicelulares e pluricelulares como gametófito e outra como esporófito, ocorre o que
heterótrofos é o Reino Fungi. Todos os indivíduos dos é denominado alternância de gerações.

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BI OLOGI A 3

13 B
MÓDULO 3 Reprodução vegetal – Briófitas,
As briófitas são plantas avasculares, sem tecidos e órgãos pteridófitas, gimnospermas e
diferenciados, portanto não possuem óvulos, ovários, semen- angiospermas
tes nem frutos; as pteridófitas possuem tecido condutor, mas

PARA SALA
não possuem óvulo, ovário, semente nem fruto. Nas gimnos-
ATIVIDADES
permas, há vasos condutores, óvulo, ovário e semente, mas
sem formação de fruto. As angiospermas, como grupo mais
complexo, apresentam todas as estruturas, o que permitiu 01 C
seu total domínio e diversidade no meio terrestre. Pteridófitas são plantas com a fase de gametófito reduzida,
sendo a fase de esporófito mais duradoura. Os gametófitos
são responsáveis pela produção dos gametas masculinos
14 A (nos anterídios, são produzidos os anterozoides) e femi-
As charges apresentadas tratam de plantas do grupo das ninos (nos arquegônios, são produzidas as oosferas). Ao
angiospermas, pois, na charge I, ocorrem flores, e, na ocorrer a fecundação em um meio que apresenta água, o
charge II, fala-se em milho, trigo e uva, que apresentam zigoto é produzido, dando origem, por meio de sucessivas
sementes, flores e frutos. Plantas do grupo das briófitas mitoses, ao esporófito jovem. Este, ao se desenvolver, pro-
duz, em certas folhas, estruturas chamadas soros, nos quais
são avasculares e desprovidas de sementes, flores ou fru-
se encontram os esporângios, que liberam esporos no
tos. Plantas do grupo das pteridófitas, apesar de possuí- ambiente. Se caírem em um local com as condições ideais,
rem vasos condutores, não apresentam sementes, flores os esporos germinam e originam um novo gametófito.
e frutos. Por fim, as gimnospermas produzem sementes,
entretanto não possuem flores e frutos. 02 E
As pteridófitas foram as primeiras plantas a apresentarem
15 C vasos condutores de seiva e órgãos diferenciados como
raiz, caule e folhas. Apesar disso, ainda são dependentes
Pelas descrições do texto, pode-se perceber que a cavali-
da água em seu ciclo de vida, já que os anterozoides pre-
nha é uma pteridófita, porque apresenta raiz, caule subter-
cisam da água para nadar até a oosfera e realizar a fecun-
râneo (rizoma) e aéreo, apresenta folhas e não forma flores dação, originando o zigoto diploide. Após a fecundação, o
nem sementes. zigoto se desenvolve no esporófito, fase dominante. Este
passa a produzir esporos haploides, que germinam for-
16 C mando o gametófito (protalo), reiniciando o ciclo, quando
Os musgos são plantas do grupo das briófitas e, portanto, caem no solo.
são desprovidos de vasos condutores de seivas. Com isso,
03 B
a condução de água, sais minerais e compostos orgâni-
cos ocorre célula a célula, por difusão, sendo este um fator O corpo de uma samambaia (representante clássico do
grupo das pteridófitas) é o indivíduo na fase de esporó-
limitante com relação ao porte da planta.
fito ou fase esporofítica, que é diploide (2n). Nessa fase,
em certas folhas, encontram-se pontos marrons, que, na
17 E realidade, são estruturas denominadas soros (conjunto de
Entre os grupos vegetais, as briófitas (ex.: musgo) são as esporângios), no interior dos quais ocorrem meioses para
a formação de estruturas reprodutoras chamadas esporos,
únicas avasculares. As pteridófitas (ex.: samambaia) são vas-
que são haploides (n).
culares, porém são desprovidas de sementes, flores e frutos.
Na sequência evolutiva, as gimnospermas (ex.: pinheiro)
04 C
foram as primeiras a apresentar grão de pólen, tubo polí-
Todos os vegetais são dotados de cloroplastos para rea-
nico e sementes. Por fim, as angiospermas (ex.: arroz) são
lização da fotossíntese, pois são autótrofos. A meiose é a
as únicas plantas que possuem flores e frutos. As algas cia-
divisão que equilibra a quantidade de cromossomos nas
nofíceas (ex.: cianobactérias) são organismos procariontes,
células, permitindo a viabilidade do zigoto após a fecun-
enquanto todas as plantas são eucariontes. dação. Nas samambaias, a meiose ocorre na formação do
esporo, que germina e forma o gametófito haploide. Este,
18 A após a fecundação, forma o esporófito diploide, que ori-
gina os esporos haploides por meiose, reiniciando o ciclo.
As angiospermas monocotiledôneas são caracterizadas Nos pinheiros, a meiose origina o grão de pólen e a oos-
por possuírem sementes com apenas um cotilédone, fera, gametas que se unem formando o zigoto diploide.
folhas com nervuras paralelas, como o arroz, o trigo, o Dentro da semente, o embrião formado do zigoto fica
milho etc. As flores possuem peças florais organizadas em guardado até a germinação, momento que dará início à
número de 3 ou múltiplos, e vasos condutores se organi- formação de novo esporófito (a planta). O sistema vascular
zam em forma de anel ao redor do cilindro central nas raí- é uma característica que surge das pteridófitas em diante
zes e espalhados no caule. no quadro evolutivo.

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BIOLOGIA 3

05 C 04 B
As angiospermas apresentam uma diversidade de proces- Briófitas e pteridófitas têm em comum a alternância de
sos que podem garantir a polinização cruzada, que é fonte gerações, uma gametofítica e outra esporofítica, com dura-
de variabilidade genética. Entre esses processos, estão as ções diferentes em cada; ambas dependem da água para
diferentes formas de os grãos de pólen serem transpor-
que o anterozoide nade até a oosfera, e há meiose para for-
tados (água, insetos, pássaros, morcegos, macacos etc.),
além do fato de certos mecanismos impedirem que o pólen mação de esporos nos dois grupos. Além disso, ambas se
fecunde a planta na qual foi originado. Ademais, é possível reproduzem de forma assexuada, no entanto por diferentes
afirmar que o aparecimento dos frutos veio facilitar a dis- processos. No caso das briófitas, o esporófito cresce sobre
persão dos embriões protegidos no interior das sementes. o gametófito, sendo dependente dele para nutrição. Já nas
Uma vez isolados geograficamente, os embriões que ger- pteridófitas, o esporófito é independente e clorofilado.
minaram e originaram outra planta adulta podem originar
novas espécies de angiospermas, contribuindo ainda mais 05 B
para a diversificação genética do grupo.
A germinação dos esporos (n), que leva à formação do
06 B gametófito, ocorre por divisões mitóticas sucessivas, pois o
A dupla fecundação é um processo que ocorre exclusiva- gametófito também é (n), ou seja, o tipo de divisão celular
mente em angiospermas. Nele, acontece o encontro do 1o que permite que células-filhas originem células-filhas com o
núcleo espermático do tubo polínico com a oosfera do saco mesmo número de cromossomos (ploidia) é a mitose.
embrionário, formando um zigoto diploide (2n), enquanto
o 2o núcleo espermático se une com os dois núcleos pola- 06 A
res, formando um zigoto triploide (3n), o qual constitui um
tecido de reserva para o embrião, chamado endosperma. Os números da figura representam:
1. cápsula, estrutura presente na extremidade do esporó-
ATIVIDADES
PROPOSTAS fito (2n), no interior da qual ocorrem meioses para gerar
esporos haploides (n);
2. liberação de esporos (n), que podem germinar no solo,
01 B
desde que condições adequadas de umidade e tempe-
Tanto nas briófitas como nas pteridófitas, o gameta mascu-
ratura ocorram, originando gametófitos masculinos (n)
lino, o anterozoide, é flagelado e, dessa forma, depende
da presença de água para se deslocar e atingir o gameta e femininos (n);
feminino, a oosfera, possibilitando a realização da repro- 3. anterozoides (n), direcionando-se para o interior do arque-
dução sexuada. gônio, onde se encontra a oosfera (n); esses dois gametas
são formados por meio de mitose;
02 B 4. arquegônio, com embrião (2n) em seu interior;
De acordo com a imagem: 5. gametófito (n), que é a fase de vida predominante das
A: gametófito haploide (n), estrutura produtora de game- briófitas.
tas nas briófitas por meio de mitoses. O gametófito é Levando-se em conta essas descrições, conclui-se que ape-
originado pelo desenvolvimento do esporo liberado
nas a alternativa A apresenta consideração válida.
pelo esporófito;
B: esporófito diploide (2n) de briófita que foi originado
pela fecundação da oosfera (n) pelo anterozoide (n); 07 B
C: gametófito haploide (n) ou protalo, estrutura produtora As gimnospermas são plantas que possuem sementes,
de gametas nas pteridófitas por meio de mitoses. O mas não formam frutos. Logo, não têm estruturas atrativas
gametófito é originado pelo desenvolvimento do esporo; para polinizadores. Dessa forma, é necessária a produção
D: esporófito diploide (2n) de pteridófita que foi originado
de muito grão de pólen, para aumentar as chances de
pela fecundação da oosfera (n) pelo anterozoide (n).
polinização, que ocorre essencialmente pelo vento.
03 B
As briófitas possuem estruturas para fixação no solo e 08 E
absorção de nutrientes chamadas rizoides, também apre- No texto, a palavra semente indica o grupo das gimnos-
sentam um talo (cauloide), e, em algumas espécies, há permas, o primeiro grupo vegetal a formar essa estru-
pequenas estruturas clorofiladas: os filoides. A absorção tura. As sementes têm a função de proteção e nutrição
de água e nutrientes ocorre por meio da difusão célula a do embrião, além de atuarem na dispersão da espécie.
célula. Seu gametângio masculino é chamado de anterí- Ao cair em ambientes favoráveis, as sementes germinam
dio, e o feminino é chamado de arquegônio. Em VI, está
e as plantas sofrem pressões seletivas diferentes. Dessa
representada a liberação dos esporos quando há o rompi-
mento da cápsula do esporófito, correspondente ao espo- forma, apenas os fenótipos mais bem adaptados para
rângio. Nas briófitas, o anterozoide nada em gotículas de cada ambiente são selecionados, mantendo o ciclo repro-
água até a planta feminina, onde encontra a oosfera, ocor- dutivo, o que contribuiu para o surgimento de novas espé-
rendo a fecundação. cies, algumas delas vivendo até os dias atuais.

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BI OLOGI A 3

09 D 02 a) Os cientistas testaram a hipótese heterotrófica, segundo


Os frutos suculentos, coloridos e perfumados atraem a qual os gases da atmosfera primitiva poderiam formar,
agentes polinizadores animais como aves e mamíferos. Ao espontaneamente, os compostos orgânicos que origina-
comê-los, esses animais causam a dispersão das semen- ram as primeiras formas viventes no planeta Terra.
tes, pois alguns comem a parte suculenta e deixam as b) Aminoácidos.
sementes caírem no solo; enquanto outros ingerem as c) Organismos autótrofos fotossintetizantes, surgidos por
sementes e as eliminam com as fezes, em geral, longe da mutação, liberaram oxigênio livre, resultante da fotólise
planta-mãe, o que contribui para evitar a competição da água.
intraespecífica das plantas.
03 a) Período A: primeiros organismos fotossintetizantes.
10 D
Período B: primeiros organismos que fazem respiração
Nas gimnospermas, os ramos reprodutivos são chamados aeróbica. No período B, já havia O2, resultante da fotos-
cones ou estróbilos. Nestes, ocorre a formação dos espo-
síntese do período A.
ros masculinos e femininos, os micrósporos e megásporos,
b) Respiração aeróbica: mitocôndrias. Fotossíntese: cloro-
respectivamente. No pinheiro, o agente polinizador, que
leva o grão de pólen, é o vento. Um pássaro chamado de plastos.
grimpeiro (Leptasthenura setaria) também pode agir como c) Hipótese endossimbionte: essas organelas foram fago-
polinizador de A. angustifolia, transportando pólen de um citadas, fato comprovado pela presença de DNA circular,
pinheiro para outro, durante a procura por alimento entre RNA e ribossomos típicos de bactérias.
as folhas das árvores. A gralha-azul, na realidade, tem
papel de dispersão da semente dessa espécie. Módulo 2
01 a) O aluno deve escrever Cebus apella, o nome científico
11 E
da espécie.
A reprodução sexuada em angiospermas envolve uma
b) A utilização de qualquer outra categoria taxionômica
dupla fecundação com a formação de um zigoto 2n,
incluiria informações sobre outras espécies, além daquela
que originará o embrião e um zigoto 3n, que produzirá a
reserva nutritiva para o embrião, denominada endosperma escolhida.
secundário ou albúmen.
02 a) As briófitas são plantas de pequeno porte e que neces-
12 E sitam da água para reprodução.
Em gimnospermas e angiospermas, forma-se a semente b) Por não ter vasos condutores, seu tamanho é limi-
após a fecundação dos gametas. No interior dela, há uma tado, assim os nutrientes passam por difusão célula a
reserva nutritiva chamada endosperma, diploide nas gim- célula.
nospermas e triploide nas angiospermas. c) Possuem como fase não duradoura a esporofítica.
Nas samambaias, a fase gametofítica é chamada protalo e
ela é reduzida. 03 a) A
 ngiospermas dicotiledôneas: 1, 3 e 4. Angiosperma
As angiospermas possuem flores, que servem como órgãos monocotiledônea: 2.
reprodutores. O gineceu corresponde à porção feminina
desse órgão. b) Tipos de nervuras e número de pétalas, sépalas, esta-
A estrutura reprodutora é o estróbilo, onde ficam as semen- mes e pistilos.
tes após a fecundação das gimnospermas. c) Monocotiledôneas: 1 cotilédone na semente e raiz fas-
ciculada ou cabeleira. Dicotiledôneas: 2 cotilédones na
ATIVIDADES semente e raiz axial ou pivotante.
04 a) A
 granivoria surgiu antes da frugivoria, pois evolutiva-
mente as plantas com sementes apareceram antes dos
vegetais com sementes e flores.
Módulo 1 b) A granivoria é um tipo de predação porque, ao ingerir e
01 A hipótese de que ovos diploides surgem por divisões digerir a semente, o animal granívoro destrói o embrião
mitóticas de células precursoras diploides reforça a supo- contido na semente. A frugivoria contribui para a manu-
sição de que essa espécie de formiga apresenta desvan- tenção e a dispersão dos vegetais na Terra porque, ao
tagem por perda de variabilidade genética, pois a mitose comer os frutos, os animais eliminam as sementes nas
produz células cromossômicas e geneticamente idênticas. fezes, muitas vezes, longe da planta-mãe.
A hipótese de que os ovos diploides são resultantes da
fusão de células haploides pressupõe que essas células Módulo 3
haploides foram formadas por divisões meióticas, nas
quais ocorrem fenômenos que ampliam a variabilidade 01 a) A
 presença de grãos de pólen fósseis indica que a vege-
genética: o crossing-over (permutação), a segregação inde- tação dessa região pode ter sido formada por pinheiros e
pendente dos cromossomos homólogos e a união de célu- ipês. Isso porque, na escala evolutiva, os grãos de pólen
las recombinadas. Essa hipótese fragiliza a suposição de são produzidos apenas nas gimnospermas (pinheiros) e
perda de variabilidade genética na população de formigas. angiospermas (ipês).

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BIOLOGIA 3

b) Plantas como samambaias produzem esporos que ger-


minam formando prótalos, geralmente hermafroditas. Os
grãos de pólen germinam formando tubos polínicos.

02 a) I – Mitose; II – meiose espórica; III – mitose; IV – mitose;


V – fecundação.
b) Nas plantas terrestres, ocorreu involução do gametó-
fito e evolução do esporófito quando se comparam os
ciclos vitais desde briófitas até gimnospermas. Em brió-
fitas, a geração n (gametofítica) é dominante. O espo-
rófito 2n é temporário. Nos demais grupos vegetais
(pteridófitas, gimnospermas e angiospermas) o espo-
rófito 2n é dominante. Com a evolução dessas plantas,
a tendência é o aumento do esporófito e a redução do
tamanho e da duração do gametófito.

03 a) I – Vasos condutores;
II – Sementes;
III – Flores e frutos;
Os vasos condutores representados em I correspondem
ao xilema e ao floema. O xilema transporta a seiva bruta
enquanto que o floema transporta a seiva elaborada.
b) Dos dois núcleos espermáticos produzidos pelo tubo
polínico, um se funde ao núcleo da oosfera, formando
o zigoto que dará origem ao embrião. O outro núcleo
espermático funde-se aos dois núcleos polares da
célula central do saco embrionário, originando uma
célula triploide que, após sucessivas mitoses, originará
o endosperma que nutrirá o embrião.

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