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Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Departamento de Relações Internacionais Professora: Ana Paula Tostes


2018.1 aptostes3@gmail.com
Curso: Relações Internacionais
Disciplina: Pensamento Político I Terça-feira: T3-T4 - 14:20-16:00
Quarta-feira: T5-T6 - 16:10-17:50

Objetivos e sinopse do Curso

A disciplina de Pensamento Político I tem por objetivo introduzir os(as) alunos(as) a autores e ideias políticas
fundantes do contratualismo. Para tanto, serão estudados clássicos do pensamento político do período pré-socrático e
socrático grego, medieval e renascentista. A tradição do pensamento filosófico e político de filósofos gregos e pré-
modernos perpassa transformações históricas, tanto no âmbito da organização da sociedade como da economia e dos
modelos institucionais existentes. Assim, o contexto histórico e a referência a acontecimentos relevantes nos períodos
da emergência dos pensamentos, conceitos e teorias estudados, serão absolutamente úteis e necessários `a boa
compreensão das teses políticas e filosóficas dos autores. Em suma, a introdução de uma reflexão crítica sobre a
sociedade, o papel do indivíduo, a concepção de razão e de natureza humana, bem como o debate sobre o papel das
instituições políticas e do Estado na emergência do pensamento político moderno ocidental servirão como matrizes
conceituais para o estudo das teorias contemporâneas das relações internacionais.

Metodologia e Procedimentos

As aulas serão presenciais em que a professora espera a leitura prévia dos textos na ordem do programa e para
que os debates em classe sejam proveitosos. Além das aulas expositivas poderão ser indicadas atividades a serem
realizadas tais como consultas a sites, podcasts, ou indicados vídeos e filmes a serem assistidos como atividades
complementares extraclasse e/ou atividades de reposição. Nesses casos os(as) alunos(as) devem seguir a orientação da
professora, caso seja uma atividade obrigatória ou apenas sugerida.
A presença e participação nas aulas é fundamental para o bom funcionamento do curso. Espera-se do(a)
aluno(a) uma atitude ativa e participativa, mas respeitosa tanto em relação aos colegas de classe quanto à professora.
Isso significa respeitar as diferenças e tolerar as divergências de opiniões. A Universidade é um lugar para o pensamento
e não para imposição de ideias ou verdades inequívocas. Temos por objetivo no nosso curso a troca da experiência de
aprendizado e principalmente a oportunidade de se ter dúvidas e trocar ideias.
O programa desse curso serve como um planejamento a ser seguido ao longo do semestre, mas pode
eventualmente sofrer mudanças. Espera-se que os(as) alunos(as) realizem as leituras obrigatórias, tanto dos clássicos
quanto de seus comentadores, indicados no programa. Não serão aceitos textos e traduções que não estejam na
bibliografia do curso, como referência para trabalhos e provas. O domínio público dos textos clássicos leva a
publicações não acuradas, traduções não profissionais e por vezes mesmo desonestas. A internet, fundamentalmente,
nos serve de fonte necessária e espetacular, porem nos resta a capacidade e o trabalho de estabelecer os critérios de
confiabilidade e de limites. Assim, só serão aceitos como referência conceitual e para fins de avaliação os textos e

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Disciplina: Pensamento Político I – 2018.1
Ana Paula Tostes
publicações indicados nesse programa de curso. Isto porque a seleção da professora segue critérios de confiabilidade
na tradução e publicações por editoras reconhecidos academicamente. Os textos dos clássicos utilizados nesse curso
são basicamente os da Coleção “Os Pensadores” da Editora Nova Cultural e dessa coleção podem ser utilizados textos
de edições diferentes, mas apenas dessa Coleção. Da mesma forma, os comentadores designados na bibliografia do
Programa são os que devem servir de referência para leitura de apoio aos debates do curso e para estudo.

Avaliação e política de presença e abonos

A avaliação será realizada através de três provas ao longo do semestre. Uma a ser realizada no meio do semestre
(PR1), outra ao final do semestre (PR2). Eventualmente a professora pode realizar uma atividade em classe e atribuir
algum ponto para complementação/arredondamento de nota final do(a) aluno(a), mas o tipo de atividade e datas serão
determinadas em sala de aula ao decorrer da execução do programa. O(A) aluno(a) que alcançar a nota 7 (sete), como
média nas duas primeiras avaliações é considerado(a) aprovado(a) imediatamente e dispensado(a) da Prova Final.
Aqueles(as) que não atingirem a média 7 (sete) após as duas primeiras avaliações, mas obtiverem uma média acima de
4 (quatro) farão a Prova Final da disciplina (PF). Aquele(a) que obtiver uma média abaixo de 4 (quatro) é imediatamente
considerado(a) reprovado(a) na disciplina. A média final de aprovação da Universidade para o(a) aluno(a) que realiza a
Prova Final é 5 (cinco), logo será feito o cálculo da média das duas primeiras provas (PR1 e PR2) para ser somada ao
resultado da nota da prova final e, finalmente, calculada a média final do(a) aluno(a). Será aprovado(a) o(a) aluno(a)
que, tendo ficado em prova final, obter a media final mínima de 5 (cinco). A política a ser adotada sobre presença em
classe, limite e eventual abono de faltas, será a da Universidade.

ESTRUTURA E ORGANOGRAMA DO CURSO

Introdução ao Curso
Liberdade antiga e liberdade moderna

1. Liberdade? Democracia? (All the same?)


CONSTANT, Benjamin. (1985) Da Liberdade dos Antigos Comparada à dos Modernos. Revista Filosofia
Política. n. 2. Cf. http://www.teatrodomundo.com.br/da-liberdade-dos-antigos-comparada-aquela-dos-
modernos/

Primeira Parte do Curso


Ascensão e queda da democracia ateniense

1. Introdução histórica: ascensão da democracia na Grécia

Filmes:
300 (2006) http://www.imdb.com/title/tt0416449/
300: A Ascenção do Império (2014) http://www.imdb.com/title/tt1253863/?ref_=tt_rec_tti

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Ana Paula Tostes
TUCÍDEDES (c.460-c.400 a. C.) História da Guerra de Peloponeso. Brasília, UnB, 2001, Prefácio de Hélio Jaguaribe: pp.
XXIII-XXXIX; pp. 107-114 (parágrafos 34 a 46). Cf.: http://funag.gov.br/loja/download/0041-
historia_da_guerra_do_peloponeso.pdf
CHEVALLIER, Jean Jacques. (1983), História do Pensamento Político. Rio de Janeiro, Ed. Guanabara Koogan S.A.,
TOMO 1 (Livro I, Introdução: pp. 21-34).

2. Pré-socráticos: ascensão da filosofia


BORNHEIM, Gerd A. (org.) (1993) Os Filósofos Pré-Socráticos. São Paulo, Ed. Cultrix, (Introdução: pp. 7-16).
CHEVALLIER, Jean Jacques. (1983), História do Pensamento Político. Rio de Janeiro, Ed. Guanabara Koogan S.A.,
TOMO 1 (Livro I, Introdução: pp. 34-46).

Segunda Parte do Curso


Pensamento político na Grécia ateniense: Sócrates, Platão e Aristóteles

1. Sócrates e Platão: idealismo grego e a crítica à democracia


PLATAO. (6a edição) A República. Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, (LIVRO VII: pp. 317-328)
STONE, I.F. O Julgamento de Sócrates. São Paulo. Companhia das Letras, 1988, pp.21-36.

Filme: Matrix (1999) <http://www.imdb.com/title/tt0133093/>

2. Aristóteles: do realismo grego à expansão do helenismo


CHEVALLIER, Jean Jacques. (1983), História do Pensamento Político. Rio de Janeiro, Ed. Guanabara Koogan S.A.,
TOMO 1 (livro I, cap. II: 90-95)
ARISTÓTELES.(1988) Política. Brasília, Ed. UnB, (pp. 5-16)

Filme: Alexandre (2004) http://www.imdb.com/title/tt0346491/

PRIMEIRA AVALIAÇAO (PR1) a marcar em sala de aula

Terceira Parte do Curso (salto para a modernidade)


O Pensamento Político moderno: Utopia e Realidade

1. Introdução: Pensamento Medieval de Santo Agostinho e São Tomas de Aquino

CHATELET, François (1990) História das Ideias Políticas. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Editor, Cap I (pp. 27-35)

Filmes:
Lutero (2003) Disponível dublado: <https://www.youtube.com/watch?v=PlP-Xt4LLNg>
A man for all seasons (1966) Disponível em ingles: < https://www.youtube.com/watch?v=Io8pDyalMps>

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2. Thomas More

CHEVALLIER, Jean Jacques. (1983), História do Pensamento Político . Rio de Janeiro, Ed. Guanabara Koogan S.A.,
TOMO 1 (livro III: cap. II; pp. 285-298)
MORE, Thomas. (1987) A Utopia. Fundação Alexandre Gusmão – FUNAG/IPRI, Brasília, Ed. Univ.de Brasília.

3. Maquiavel

BIGNOTTO, Newton (2003) Maquiavel, Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor (pp.7-38).
CHEVALLIER, Jean Jacques. (1989), As Grandes Obras Políticas de Maquiavel a nossos dias. Rio de Janeiro, ed. Agir
(Prefácio e Primeira Parte: cap. I; pp. 11-48).
MAQUIAVEL, N. (1987) O Príncipe. Coleção Os Pensadores, São Paulo, Nova Cultural.
PINZANI, Alessandro. (2004) Maquiavel & O Príncipe. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor (pp.7-25).
WEFFORT, Francisco (org.) (1991), Os Clássicos da Política. Rio de janeiro, ed. Ática. TOMO 1 (pp. 11-24)

Filme:
The Prince (documentário) Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=LUDOnaqziLo>

SEGUNDA AVALIAÇAO (PR2) e PROVA FINAL


a marcar em sala de aula

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