Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
APRESENTAÇÃO
3
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
EDITAL CESPE
EDITAL ESQUEMATIZADO
4
TEORIA #CESPE
NO ESQUEMA!
Por Pedro Lima
5
LIÇÃO 1 – #MORFOLOGIA: classe de palavras (sin-
tagma nominal); concordância nominal; verbos (tempos e mo-
dos)
6
preposição, conserva-se o artigo: “No caso de Os Lusíadas.”): “Os Lusía-
das” / “A Tempestade”.
7
*Em designações geográficas, o conjunto todo o ou a palavra todo en-
trará como correta se a região pedir ou não artigo: “Todo o Brasil.” /
“Todo Portugal.”
*No plural, todos não dispensa artigo (salvo se vier se vier acompa-
nhado de palavra que exclua este determinante: “Todas as famílias.” /
“Todas estas pessoas.”
1.2 – PRONOMES
1.2.1 – INDEFINIDOS
Locução pronominal
Variáveis Invariáveis
indefinida
Algum (uns), alguma(s) Alguém Qualquer um
Nenhum(uns), nenhuma(s) Algo Cada um
Todo(s), toda(s) Cada Todo aquele que
Outro(s), outra(s) Nada Um ou outro
Muito(s), muita(s) Ninguém Todo mundo
Pouco(s), pouca(s) Tudo Seja quem for
Certo(s), certa(s) - -
Tanto(s), tanta(s) - -
Quanto(s), quanta(s) - -
Qualquer, quaisquer - -
8
1.2.1.1 – Emprego de alguns pronomes indefinidos (QUESTÃO DE
PROVA!)
a) Algum(uns), alguma(s)
Quando eles aparecem antes do substantivo, possuem sentido afirma-
tivo. Se aparecerem depois, ganham sentido negativo.
b) Certo(s), certa(s)
Dependendo da posição dessas palavras, a classe gramatical mudará.
Se alguma delas vier ANTES do substantivo, serão pronomes indefini-
dos; se vierem APÓS o substantivo, serão adjetivos.
c) Todo(s), toda(s)
Essas palavras possuem variações de sentido. Se forem empregadas no
plural, vão indicar a totalidade de um conjunto:
9
Assistiam desenhos pela manhã toda. (Assistiam desenhos pela manhã
inteira.)
1.2.2 – POSSESSIVOS
1.2.3 – DEMONSTRATIVOS
Variáveis Invariáveis
Este, esta, estes, estas Isto
Esse, essa, esses, essas Isso
Aquele, aquela, aqueles, aquelas Aquilo
10
b) No sentido de “exato, idêntico, em pessoa”, as palavras “mesmo” e
“próprio” atuam como pronomes demonstrativos:
Foi a própria professora quem nos deu a notícia. (Em pessoa)
Foi nesse mesmo lugar que nos encontramos pela primeira vez. (Exato)
d) AS PALAVRAS O, A, OS, AS
“A vida é uma tragédia para os que sentem e uma comédia para os que
pensam.”
A vida é uma tragédia para aqueles que sentem e uma comédia para aque-
les que pensam.
1.2.4 – RELATIVOS
11
Essas são as conclusões sobre as quais pairam muitas dúvidas? (Não se
poderia usar "que" depois de "sobre".)
12
1.3.1 – O QUE É ADJETIVO?
Os adjetivos são termos que atribuem características, qualidades ou esta-
dos a um substantivo.
a) Superlativo
Indica característica atribuída ao substantivo em máxima intensidade. É
dividido em absoluto e relativo.
13
b) Superlativo Relativo
Quando o superlativo é relativo, temos um adjetivo que atribui caracterís-
tica relacionando-o a outros seres com a mesma característica. Estes tam-
bém admitem duas divisões, sendo de superioridade:
Este prédio é o mais alto do mundo.
Ou de inferioridade:
Esta menina é a mais baixa de todas.
c) Comparativo
Indica comparação entre uma característica que dois seres possuem, es-
tabelecendo uma relação entre eles. Tem três tipos: comparativo de supe-
rioridade, de igualdade ou de inferioridade.
Exemplos:
Pedro é mais bom (do) que esforçado.
O garoto é mais mau (do) que esperto.
Aquele cão é mais pequeno (do) que bravo.
14
1.4 – CONCORDÂNCIA NOMINAL
Conceito: é a adequação dos termos da oração feita para que estes har-
monizem e concordem em número e gênero com o substantivo.
Exemplos:
Menino e menina gordos. (Lógica, pois “gordos” abrange “menino” e “menina”)
Menino e menina gorda. (Atrativa, pois “gorda” se refere somente a “menina”)
Exemplos:
A mãe e filha bonitas chegaram cedo.
Chegou atrasada a mãe e o pai. (Atrativa, pois “atrasada” se refere somente
a “mãe”)
Chegaram atrasados a mãe e o pai. (Lógica, pois “atrasados” se refere a
“mãe” e “pai”)
Exemplos:
Muito obrigada, disse e mulher. Os documentos seguem anexos.
A lista de preços inclusa foi aprovada pela diretoria. A petição segue apensa
ao processo.
Posso dizer que agora estamos quites. Ela mesma trocou a lâmpada quei-
mada.
O autor escreveu três possíveis finais para a história. As mães eram tais
quais as filhas.
Nenhuns carros passaram por aqui.
Não vi nenhuma motocicleta também.
15
A lista de preços em incluso foi aprovada pela diretoria.
A petição segue em apenso ao processo.
Menos é invariável:
Ela comprou menos roupas dessa vez. Também quis parcelar em menos
vezes.
Ela mesma (PRÓPRIA) fez o almoço. Mesmo (ATÉ MESMO) ela fez o al-
moço.
16
Já nas estruturas com OS MAIS – OS MENOS – OS MELHORES – OS PI-
ORES, o adjetivo POSSÍVEL virá no PLURAL.
DECORE!
17
4 - O adjetivo concorda em gênero e número com os pronomes pessoais
a que se refere.
6 – É PROIBIDO / É NECESSÁRIO
Essas expressões, formadas por um verbo mais um adjetivo, ficam inva-
riáveis se o substantivo a que se referem possuir sentido genérico (não
vier precedido de artigo).
MODOS VERBAIS
INDICATIVO = CERTEZA;
SUBJUNTIVO = INCERTEZA, HIPÓTESE, DESEJO;
IMPERATIVO = ORDEM, PEDIDO, DESEJO.
18
1.6 – TEMPOS VERBAIS
Tempos do Indicativo
19
Ele estudará as lições amanhã.
Futuro do Pretérito (simples) – Enuncia um fato que pode ocorrer pos-
teriormente a um determinado fato passado.
Se eu tivesse dinheiro, viajaria nas férias.
DECORE!
Pode veicular uma ideia de hipótese:
Não sei o que faria se não estivesses presente. (FUTURO CONDICIONAL)
Tempos do Subjuntivo
CUIDADO!
FUTURO DO SUBJUNTIVO OU INFINITIVO PESSOAL?
20
O infinitivo, por sua vez, pode ser regido por preposição:
“Ao soltar a minha voz, você me entenderá.”
“Para cantar agora, ela exige mil coisas absurdas.”
“Sem lutares, a vitória é improvável.”
“Chegou a hora de essa gente mostrar seu valor.”
FORMAS NOMINAIS
INFINITIVO – equivale ao valor de um substantivo;
GERÚNDIO – equivale ao valor de um adjetivo ou de um advérbio;
PARTICÍPIO – equivale ao valor de um adjetivo.
21
Comprado o presente, fomos para a festa.
A roupa foi confeccionada por um estilista.
a) PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO
Processo que ocorreu ANTES de outro processo passado.
Ele disse que tinha (havia) pegado o dinheiro pela manhã. (= pegara)
b) FUTURO DO PRESENTE
Expressa um fato ainda não realizado no momento presente, mas já
PASSADO em relação a OUTRO FATO FUTURO. Isso acontece por in-
fluência nominal particípio.
22
Tenho amado muito nestes últimos dias.
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
23
LIÇÃO 2 – #SINTAXE I: termos integrantes: transitividade
(complemento verbal; complemento nominal); função sintática
dos pronomes pessoais)
DICAS#CASCA!
24
V.T.I. (verbo transitivo indireto) /
QUEM PRECISA, PRECISA DE ALGUMA COISA;
Carmem morreu.
Jordana chegou.
25
• Andar. Exemplo: Desde aquele episódio, andamos sempre conten-
tes.
DICAS#CASCA!
26
2.2 – COMPLEMENTO NOMINAL VS. ADJUNTO ADNOMINAL
#TABELA DO PODER!
27
Como, na questão, QUEM PENSA, PENSA EM ALGUMA COISA, temos OB-
JETO INDIRETO.
Agora, veja:
A) CASO RETO
B) OBLÍQUO ÁTONO
DICAS#CASCA!
28
C) FUNÇÕES DO PRONOME LHE:
C.1) COMPLEMENTO VERBAL: objeto indireto.
Disse-lhe a verdade!
OBSERVE:
O CARRO QUE COMPREI É BONITO.
1 – O CARRO É BONITO;
2 – EU COMPREI O CARRO. (Objeto direto da oração subordinada adje-
tiva)
29
O PRONOME RELATIVO FUNCIONA COMO ADJUNTO ADNOMINAL DE
ALUNO E SUJEITO DA ORAÇÃO QUE ESTUDA.
30
9. O pronome relativo quanto, quantos e quantas são pronomes relati-
vos quando seguem os pronomes indefinidos tudo, todos ou todas.
Comprou tudo quanto viu.
10. O relativo onde deve ser usado para indicar lugar e tem sentido
aproximado de em que, no qual.
Este é o país onde habito.
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
31
LIÇÃO 3 – #SINTAXE II: termos essenciais: estudo do sujeito;
concordância verbal
32
SE = Partícula Apassivadora
Apartamentos / apartamento = Sujeito simples
O verbo DEVE CONCORDAR com o sujeito!
Veja:
Choveu muito no inverno passado.
Amanheceu antes do horário previsto.
D.2) Verbos ser, estar, fazer e haver, quando usados para indicar uma
ideia de tempo ou fenômenos meteorológicos:
D.2.1) Ser:
É noite. (Período do dia)
Eram duas horas da manhã. (Hora)
33
Obs.: Ao indicar data, o verbo ser poderá ficar no singular, suben-
tendendo-se a palavra dia, ou então irá para o plural, concordando
com o número de dias.
D.2.2) Estar:
Está tarde. (Tempo)
Está muito quente. (Temperatura)
D.2.3) Fazer:
Faz dois anos que não vejo meu pai. (Tempo decorrido)
Fez 39°C ontem. (Temperatura)
D.2.4) Haver:
Não a vejo há anos. (Tempo decorrido)
Havia muitos alunos naquela aula. (Verbo Haver significando existir)
Veja mais:
Há muitas pessoas interessadas na reunião.
Houve muitas pessoas interessadas na reunião.
Havia muitas pessoas interessadas na reunião.
Haverá muitas pessoas interessadas na reunião.
Deve ter havido muitas pessoas interessadas na reunião.
Pode ter havido muitas pessoas interessadas na reunião.
34
A) EXPRESSÕES PARTITIVAS: A MAIOR PARTE, BOA PARTE, GRANDE
PARTE, A MAIORIA, A MINORIA, PARTE DE, METADE DE, UMA PORÇÃO DE,
O GROSSO DE, O RESTO DE, etc.
Ex.:
Boa parte das pessoas ACREDITOU/ACREDITARAM no que ele disse.
A maioria os alunos OBTEVE/OBTIVERAM boas noitas.
Metade dos professores PARTICIPOU/PARTICIPARAM do congresso.
35
C) PALAVRAS SINÔNIMAS (A CONCORDÂNCIA COM A UNIDADE DE
SENTIDO DOS NÚCLEOS).
Ex.:
DESCASO e DESPREZO sempre MARCOU seu comportamento.
O verbo no SINGULAR ENFATIZA a UNIDADE DE SENTIDO DOS NÚCLEOS.
36
H) Quando o sujeito é formado por expressão que indica quantidade
aproximada (cerca de, mais de, menos de, perto de...), seguida de nu-
meral e substantivo, o verbo concorda com o substantivo.
Ex.:
Cerca de mil pessoas participaram da manifestação.
Perto de quinhentos alunos compareceram à solenidade.
Mais de um atleta estabeleceu novo recorde nas últimas Olimpíadas.
CUIDADO!
Nos casos em que o interrogativo ou indefinido estiver no singular, o
verbo ficará no singular.
Ex.:
Qual de nós é capaz?
Algum de vós fez isso.
37
L) PORCENTAGEM (Quando o sujeito é formado por uma expressão que
indica porcentagem seguida de substantivo, o verbo deve concordar
com o substantivo).
Ex.:
25% do orçamento do país deve destinar-se à Educação.
85% dos entrevistados não aprovam a administração do prefeito.
1% do eleitorado aceita a mudança.
1% dos alunos faltaram à prova.
O) Com a expressão “um dos que”, o verbo deve assumir a forma plural.
Ex.:
Ademir da Guia foi um dos jogadores que mais encantaram os poetas.
Se você é um dos que admiram o escritor, certamente lerá seu novo ro-
mance.
38
Já foi um dos candidatos que venceu a última eleição presidencial. (So-
mente José venceu.)
Q) VERBO PARECER
O verbo parecer, quando seguido de infinitivo, admite duas concordân-
cias:
– Ocorre variação do verbo parecer e não se flexiona o infinitivo.
Alguns colegas pareciam chorar naquele momento.
CUIDADO!
Se a oração infinitiva vier ANTES da principal, é mais frequente o INFI-
NITIVO FLEXIONADO:
Para CONVERSAREM com o presidente, os sindicalistas foram a Brasília.
39
R.3) INFINTIVO QUE É REGIDO POR PREPOSIÇÃO E FUNCIONA COMO
COMPLEMENTO DE SUBSTANTIVO, ADJETIVO OU VERBO. (NÃO SE FLE-
XIONA O INFINITIVO!)
Ex.:
Os jornalistas foram proibidos DE ENTRAR.
Eles não têm chance DE VENCER.
Foram incumbidos DE ABRIR a exposição.
Todos estão obrigados A COMPARECER.
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
40
LIÇÃO 4 – #SINTAXE III: Regência; Crase; Colocação prono-
minal
❖ CHEGAR - IR
Normalmente vêm acompanhados de adjuntos adverbiais de lugar. Na lín-
gua culta, as preposições usadas para indicar destino ou direção são: a,
para. Exemplos:
Fui ao teatro.
Adjunto Adverbial de Lugar
CUIDADO!
41
❖ COMPARECER
O adjunto adverbial de lugar pode ser introduzido por em ou a. Exemplo:
Comparecemos ao estádio (ou no estádio) para ver o último jogo.
❖ CONSISTIR
Tem complemento introduzido pela preposição “em”.
A modernidade verdadeira consiste em direitos iguais para todos.
❖ OBEDECER E DESOBEDECER
Possuem seus complementos introduzidos pela preposição “a”.
Devemos obedecer aos nossos princípios e ideais.
Eles desobedeceram às leis do trânsito.
❖ RESPONDER
Tem complemento introduzido pela preposição “a”. Esse verbo pede
objeto indireto para indicar “a quem” ou “ao que” se responde.
Respondi ao meu patrão.
Respondemos às perguntas.
Respondeu-lhe à altura.
❖ SIMPATIZAR E ANTIPATIZAR
Possuem seus complementos introduzidos pela preposição “com”.
Antipatizo com aquela apresentadora.
42
Simpatizo com os que condenam os políticos que governam para uma mi-
noria privilegiada.
❖ ABDICAR
Abdicou as vantagens do cargo. / Abdicou das vantagens do cargo.
❖ ACREDITAR
Não acreditava a própria força. / Não acreditava na própria força.
❖ ALMEJAR
Almejamos a paz entre as nações. / Almejamos pela paz entre as nações.
❖ ANSIAR
Anseia respostas objetivas. / Anseia por respostas objetivas.
❖ ANTECEDER
Sua partida antecedeu uma série de fatos estranhos. / Sua partida antece-
deu a uma série de fatos estranhos.
❖ ATENDER
Atendeu os meus pedidos. / Atendeu aos meus pedidos.
❖ ATENTAR
Atente esta forma de digitar. / Atente nesta forma de digitar. / Atente para
esta forma de digitar.
❖ COGITAR
Cogitávamos uma nova estratégia. / Cogitávamos em uma nova estratégia.
❖ CONSENTIR
Os deputados consentiram a adoção de novas medidas econômicas. / Os
deputados consentiram na adoção de novas medidas econômicas.
❖ DEPARAR
Deparamos uma bela paisagem em nossa trilha. / Deparamos com uma bela
paisagem em nossa trilha.
❖ GOZAR
Gozava boa saúde. / Gozava de boa saúde.
❖ NECESSITAR
Necessitamos algumas horas para preparar a apresentação. / Necessitamos
de algumas horas para preparar a apresentação.
43
❖ PRECEDER
Intensas manifestações precederam a mudança de regime. / Intensas ma-
nifestações precederam à mudança de regime.
❖ PRESIDIR
Ninguém presidia o encontro. / Ninguém presidia ao encontro.
❖ RENUNCIAR
Não renuncie o motivo de sua luta. / Não renuncie ao motivo de sua luta.
❖ SATISFAZER
Era difícil conseguir satisfazê-la. / Era difícil conseguir satisfazer-lhe.
❖ VERSAR
Sua palestra versou o estilo dos modernistas. / Sua palestra versou sobre o
estilo dos modernistas.
O uso dos pronomes oblíquos átonos deve ser feito com particular cui-
dado. Observe:
Agradeci o presente. / Agradeci-o.
Agradeço a você. / Agradeço-lhe.
Perdoei a ofensa. / Perdoei-a.
Perdoei ao agressor. / Perdoei-lhe.
Paguei minhas contas. / Paguei-as.
Paguei aos meus credores. / Paguei-lhes.
44
CUIDADO!
Com os verbos AGRADECER – PERDOAR - PAGAR a pessoa deve sempre
aparecer como OBJETO INDIRETO, mesmo que na frase não haja objeto
direto. Veja os exemplos:
A empresa não paga aos funcionários desde setembro.
Já perdoei aos que me acusaram.
Agradeço aos eleitores que confiaram em mim.
❖ INFORMAR
Apresenta objeto direto ao se referir a coisas e objeto indireto ao se
referir a pessoas, ou vice-versa.
Informe os novos preços aos clientes.
Informe os clientes dos novos preços. (Ou sobre os novos preços.)
❖ COMPARAR
Quando seguido de dois objetos, esse verbo admite as preposições “a”
ou “com” para introduzir o complemento indireto.
Comparei seu comportamento ao (ou com o) de uma criança.
❖ PEDIR
Esse verbo pede objeto direto de coisa (geralmente na forma de oração
subordinada substantiva) e indireto de pessoa.
Pedi-lhe favores.
Objeto Indireto Objeto Direto
45
Peço (licença) para ir entregar-lhe os catálogos em casa.
Observe que, nesse caso, a preposição "para" introduz uma oração subor-
dinada adverbial final reduzida de infinitivo (para ir entregar-lhe os catá-
logos em casa).
❖ PREFERIR
Na língua culta, esse verbo deve apresentar objeto indireto introduzido
pela preposição "a". Por Exemplo:
Prefiro qualquer coisa a abrir mão de meus ideais. / Prefiro trem a ônibus.
❖ AGRADAR
Agradar é transitivo direto no sentido de fazer carinhos, acariciar.
Sempre agrada o filho quando o revê. / Sempre o agrada quando o revê.
Cláudia não perde oportunidade de agradar o gato. / Cláudia não perde
oportunidade de agradá-lo.
❖ ASPIRAR
Aspirar é transitivo direto no sentido de sorver, inspirar (o ar), inalar.
Aspirava o suave aroma. (Aspirava-o.)
46
CUIDADO! (QUESTÃO CESPE!)
Como o objeto indireto do verbo “aspirar” não é pessoa, mas coisa, não
se usam as formas pronominais átonas “lhe” e “lhes” e sim as formas
tônicas “a ele (s)”, “a ela (s)”. Veja o exemplo:
Aspiravam a uma existência melhor. (= Aspiravam a ela.)
❖ ASSISTIR
Assistir é transitivo direto no sentido de ajudar, prestar assistência a,
auxiliar.
As empresas de saúde negam-se a assistir os idosos. As empresas de saúde
negam-se a assisti-los.
❖ CHAMAR
Chamar é transitivo direto no sentido de convocar, solicitar a atenção
ou a presença de.
Por gentileza, vá chamar sua prima. / Por favor, vá chamá-la. Chamei você
várias vezes. / Chamei-o várias vezes.
47
III - A torcida chamou o jogador de mercenário.
IV - A torcida chamou ao jogador de mercenário.
❖ CONSTAR
No sentido de ser composto ou constituído é V.T.I. e rege a preposição
“de” (objeto indireto).
Este processo consta de seis volumes.
❖ CUSTAR
Custar é intransitivo no sentido de ter determinado valor ou preço,
sendo acompanhado de adjunto adverbial.
Frutas e verduras não deveriam custar muito.
❖ IMPLICAR
Como transitivo direto, esse verbo tem dois sentidos:
48
Ter como consequência, trazer como consequência, acarretar, pro-
vocar.
Liberdade de escolha implica amadurecimento político de um povo. I
❖ PROCEDER
Proceder é V.I. no sentido de ter fundamento ou agir. Nessa segunda
acepção, vem sempre acompanhado de adjunto adverbial de modo.
As afirmações da testemunha procediam, não havia como refutá-las.
Você procede muito mal.
❖ QUERER
Querer é transitivo direto no sentido de desejar, ter vontade de, cobi-
çar.
Querem melhor atendimento.
Queremos um país melhor.
❖ VISAR
Como transitivo direto, apresenta os sentidos de mirar, fazer pontaria
e de pôr visto, rubricar.
O homem visou o alvo. / O gerente não quis visar o cheque.
49
No sentido de ter em vista, ter como meta, ter como objetivo, é transi-
tivo indireto e rege a preposição “a”.
O ensino deve sempre visar ao progresso social.
Prometeram tomar medidas que visassem ao bem-estar público.
❖ ATENDER
É V.T.D. no sentido de deferir um pedido, conceder.
O chefe atenderá sua solicitação. / O chefe a atenderá.
❖ LEMBRAR
Se não estiver acompanhado de pronome oblíquo átono é V.T.D., tem o
sentido de não esquecer e pede complemento sem preposição (objeto
direto):
Lembrei o tempo bom que vivemos juntos.
DICAS#CASCA!
– Os verbos ESQUECER, ADMIRAR E RECORDAR apresentam a mesma
regência de LEMBRAR;
– Há ainda uma construção em que a coisa lembrada, admirada, esque-
cida ou recordada passa a funcionar como SUJEITO, ficando o verbo na
3ª pessoa do singular, sofrendo alteração de sentido. Veja:
Lembrou-me o ocorrido nesta sala. (= o ocorrido nesta sala me veio à me-
mória).
Esqueceram-me os desenganos. (= os desenganos caíram-me no esqueci-
mento).
50
❖ PRECISAR
É V.T.D. com o sentido de marcar, indicar com precisão.
O relojoeiro precisou o defeito do cronômetro.
4.6 – CRASE
B) Cidades – Países
Fui à Bahia.
CUIDADO I!
À 0h do dia 1º de janeiro, começará a queima de fogos.
AO MEIO DIA do dia 1º de janeiro, começará a queima de fogos.
51
CUIDADO II!
Em cinco casos, porém, não há crase nesse “a” que acompanha horas:
Quando antes dele há as preposições "após", "desde", "entre" e "para".
Veja:
Os portões serão fechados após as 7h30.
O consumo de álcool está liberado desde a 0h de segunda-feira.
Há uma lei que proíbe a prática esportiva na praia entre as 8h e as 16h.
A sessão estava marcada para as 20h.
CUIDADO III!
A HORA, A CRASE E O PARALELISMO!
Observe:
I - A aula é de 8h às 10h. (Errado!)
II - A aula é das 8h às 10h. (Correto!)
DICAS#CASCA!
1 – ÀS VEZES vs. TODAS AS VEZES
“Iracema às vezes vai à praia, mas nem todas as vezes banha-se no MAR.”
52
2 – Nas expressões adverbiais a pé, a cavalo, a sangue-frio, a lápis, etc.,
o uso da crase não é permitido por uma questão óbvia, as palavras que
formam as expressões são masculinas. Logo, não há a ocorrência de
crase.
Prefiro ir a pé.
A prova não pode ser feita a lápis.
CUIDADO! A locução “ÀS CUSTAS DE” é usada APENAS com valor pro-
cessual, jurídico. Veja:
Ele foi condenado às custas do processo.
53
G) Locuções conjuntivas.
À medida que
À proporção que
A) Antes de masculino:
Andei a pé.
B) Antes de verbo:
Estou apto a discutir.
CUIDADO!
54
O doutor atendeu às poucas mulheres que hoje foram à sua clínica.
BC equipara crédito consignado às demais operações.
De uma geração à outra, tudo pode mudar.
DICAS#CASCA!
Nos casos em que o nome próprio vier especificado, determinado, ha-
verá o uso da crase:
Dirigi-me à bela Beatriz!
55
B) Antes dos pronomes possessivos femininos:
DECORE!
Àquela = a essa;
Àquele = a esse;
Àquilo = a isso.
56
(…) é a realocação da comunidade para uma área equivalente a aquela
que ela vive hoje. (Troca por “a aquela que”.)
4.7.1 – Próclise
57
B) Advérbios.
Nesta casa se fala alemão.
Naquele dia me falaram que a professora não veio.
C) Pronomes relativos.
A aluna que me mostrou a tarefa não veio hoje.
Não vou deixar de estudar os conteúdos que me falaram.
D) Pronomes indefinidos.
Quem me disse isso?
Todos se comoveram durante o discurso de despedida.
E) Pronomes demonstrativos.
Isso me deixa muito feliz!
Aquilo me incentivou a mudar de atitude!
4.7.2 – Ênclise
58
D) O verbo estiver no gerúndio.
Não quis saber o que aconteceu, fazendo-se de despreocupada.
Despediu-se, beijando-me a face.
4.7.3 – Mesóclise
59
A) QUANDO O VERBO PRINICIPAL FOR CONSTITUÍDO POR INFINITIVO
OU GERÚNDIO:
Alega que a vítima que fulano de tal, o agressor, seu ex-amásio, a tem
perseguido...
Alega que a vítima que fulano de tal, o agressor, seu ex-amásio, tem-na
perseguido...
60
APÊNDICE I: SEMÂNTICA
✓ AS COORDENADAS
✓ AS SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS (sintaxe)
✓ AS SUBORDINADAS ADJETIVAS
✓ AS SUBORDINADAS ADVERBIAIS
✓ SEMÂNTICA DAS PREPOSIÇÕES
✓ OS ADVÉRBIOS
✓ AS EXPRESSÕES DENOMINATIVAS
✓ VOZES DO VERBO
✓ A REESCRITURA DE SENTENÇA
61
LIÇÃO 5 – #SEMÂNTICA: significação de palavras; reorganiza-
ção da estrutura de orações e dos períodos do texto; substitui-
ção de palavras; reescrita de textos
1. ORAÇÕES COORDENADAS
❖ ADITIVAS
Expressam ideia de adição, acrescentamento. Normalmente indicam fatos,
acontecimentos ou pensamentos dispostos em sequência. As conjunções
coordenativas aditivas típicas são "e" e "nem" (= e + não). Introduzem as
orações coordenadas sindéticas aditivas.
Chico Buarque não só canta, mas também (ou como também) compõe
muito bem.
62
❖ ADVERSATIVAS
Exprimem fatos ou conceitos que se opõem ao que se declara na oração
coordenada anterior, estabelecendo contraste ou compensação. "Mas" é a
conjunção adversativa típica. Além dela, empregam- se: porém, contudo,
todavia, entretanto e as locuções: no entanto, não obstante, nada obs-
tante. Introduzem as orações coordenadas sindéticas adversativas.
"O amor é difícil, mas pode luzir em qualquer ponto da cidade." (Ferreira Gullar)
O país é extremamente rico; o povo, porém, vive em profunda miséria.
Tens razão, contudo controle-se.
Renata gostava de cantar, todavia não agradava.
O time jogou muito bem, entretanto não conseguiu a vitória.
DICAS#CASCA!
A) Algumas vezes, a adversidade pode ser introduzida pela conjunção
"e". Isso ocorre normalmente em orações coordenadas que possuem
sujeitos diferentes.
❖ ALTERNATIVAS
Expressam ideia de alternância de fatos ou escolha. Normalmente é usada
a conjunção "ou". Além dela, empregam-se também os pares: ora... ora,
já... já, quer... quer, seja... seja, etc. Introduzem as orações coordenadas
sindéticas alternativas.
63
Obs.: nesse último caso, o par "quer...quer" está coordenando entre si
duas orações que, na verdade, expressam concessão em relação a "Es-
tarei lá". É como se disséssemos: "Embora você não permita, estarei lá".
❖ CONCLUSIVAS
Exprimem conclusão ou consequência referentes à oração anterior. As
conjunções típicas são: logo, portanto e pois (posposto ao verbo). Usa-se
ainda: então, assim, por isso, por conseguinte, de modo que, em vista
disso, etc. Introduzem as orações coordenadas sindéticas conclusivas.
❖ EXPLICATIVAS
Indicam uma justificativa ou uma explicação referente ao fato expresso
na declaração anterior. As conjunções que merecem destaque são: que,
porque e pois (obrigatoriamente anteposto ao verbo). Introduzem as ora-
ções coordenadas sindéticas explicativas.
NATUREZA
Substantiva Adverbial
Adjetiva
64
2. ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS
a) SUBJETIVA
É subjetiva quando exerce a função sintática de SUJEITO do verbo da
oração principal. Observe:
Ex.: É necessário que você vá à reunião.
b) OBJETIVA DIRETA
É objetiva direta quando exerce a função sintática de OBJETO DIRETO
do verbo da oração principal.
Ex.: Eu juro que direi a verdade.
c) OBJETIVA INDIRETA
É objetiva indireta quando exerce a função sintática de OBJETO INDI-
RETO do verbo da oração principal.
Ex.: Eu preciso de que fale a verdade.
d) COMPLETIVA NOMINAL
É complemento nominal quando exerce a função sintática de COMPLE-
MENTO NOMINAL da oração principal.
Ex.: Roberto tem medo de que todos saiam da festa!
e) APOSITIVA
É apositiva quando exerce a função sintática de APOSTO da oração prin-
cipal.
Ex.: Nosso desejo era o mesmo: que ele fosse aprovado!
f) PREDICATIVA DO SUJEITO
É predicativa quando exerce a função de PREDICATIVO DO SUJEITO da
oração principal.
Ex.: Nosso desejo era que ele desistisse.
DICAS#CASCA!
A) As orações subordinas substantivas são iniciadas pelas CONJUN-
ÇÕES INTEGRANTES QUE ou SE.
65
C) ORAÇÕES SUBORDINADAS DESENVOLVIDAS VS. REDUZIDAS
(QUESTÃO DE PROVA!)
Exemplo 1:
Jamais teria chegado aqui, não fosse a gentileza de um homem que pas-
sava naquele momento. (Oração Subordinada Adjetiva Restritiva)
Exemplo 2:
O homem, que se considera racional, muitas vezes age animalescamente.
(Oração Subordinada Adjetiva Explicativa)
66
DICAS#CASCA! Ao redigir um período escrito por outrem, é necessário
levar em conta as diferenças de significado que as orações restritivas e as
explicativas implicam. Em muitos casos, a oração subordinada adjetiva
será explicativa ou restritiva de acordo com o que se pretende dizer.
Saiba que:
A oração subordinada adjetiva explicativa é separada da oração princi-
pal por uma pausa, que, na escrita, é representada pela vírgula. É co-
mum, por isso, que a pontuação seja indicada como forma de diferen-
ciar as orações explicativas das restritivas: de fato, as explicativas vêm
sempre isoladas por vírgulas; as restritivas, não.
Exemplo 1:
Mandei um telegrama para meu irmão que mora em Roma.
Exemplo 2:
Mandei um telegrama para meu irmão, que mora em Roma.
Nesse período, é possível afirmar com segurança que a pessoa que fala
ou escreve tem apenas um irmão, o qual mora em Roma. A informação
de que o irmão more em Roma não é uma particularidade, ou seja, não
é um elemento identificador, diferenciador, e sim um detalhe que se
quer realçar.
67
CUIDADO!
ORAÇÕES SUBORDINADAS DESENVOLVIDAS VS. REDUZIDAS (QUES-
TÃO DE PROVA!)
Não raro ocorre com as subordinadas adjetivas, haja vista que elas tam-
bém se classificam em desenvolvidas e reduzidas. Assim, para que você
possa demarcar tais diferenças, analise:
1) CAUSA
A ideia de causa está diretamente ligada àquilo que provoca um determi-
nado fato, ao motivo do que se declara na oração principal. É aquilo ou
aquele que determina um acontecimento.
Se não tinha competência para o cargo, não poderia ter aceitado a pro-
posta. (CAUSA)
68
Choveu, porque a rua estava molhada. (A rua ficou molhada após a chuva
– não pode ser causa, somente explicação.)
2) CONSEQUÊNCIA
As orações subordinadas adverbiais consecutivas exprimem um fato que
é consequência, que é efeito do que se declara na oração principal.
Principais conjunções: que, de forma que, de sorte que, tanto que, etc.,
e pelas estruturas tão... que, tanto... que, tamanho... que.
Ex.: Sua fome era tanta que comeu com casca e tudo.
3) CONDIÇÃO
Condição é aquilo que se impõe como necessário para a realização ou não
de um fato. As orações subordinadas adverbiais condicionais exprimem o
que deve ou não ocorrer para que se realize ou deixe de se realizar o fato
expresso na oração principal.
Principais conjunções: se, caso, contanto que, salvo se, a não ser que,
desde que, a menos que, sem que, etc.
4) CONCESSÃO
As orações subordinadas adverbiais concessivas indicam concessão às
ações do verbo da oração principal, isto é, admitem uma contradição ou
um fato inesperado. A ideia de concessão está diretamente ligada ao con-
traste, à quebra de expectativa.
69
Principais conjunções: ainda que, ainda quando, mesmo que, se bem
que, posto que, apesar de que, malgrado, a despeito de, apesar de, con-
quanto, embora, não obstante, etc.
Ex.: Embora fizesse calor, levei agasalho.
5) COMPARAÇÃO
As orações subordinadas adverbiais comparativas estabelecem uma com-
paração com a ação indicada pelo verbo da oração principal.
70
6) CONFORMATIVAS
As orações subordinadas adverbiais conformativas indicam ideia de con-
formidade, ou seja, exprimem uma regra, um modelo adotado para a exe-
cução do que se declara na oração principal.
7) FINALIDADE
As orações subordinadas adverbiais finais indicam a intenção, a finalidade
daquilo que se declara na oração principal.
8) PROPORÇÃO
As orações subordinadas adverbiais proporcionais exprimem ideia de pro-
porção, ou seja, um fato simultâneo ao expresso na oração principal.
9) TEMPO
As orações subordinadas adverbiais temporais acrescentam uma ideia de
tempo ao fato expresso na oração principal, podendo exprimir noções de
simultaneidade, anterioridade ou posterioridade.
Principais conjunções subordinativas temporais: enquanto, mal e locu-
ções conjuntivas: assim que, logo que, todas as vezes que, antes que,
depois que, sempre que, desde que, etc.
71
Quando você foi embora, chegaram outros convidados.
Sempre que ele vem, ocorrem problemas. Mal você saiu, ela chegou.
❖ PREPOSIÇÃO A
CONDIÇÃO: A persistirem os sintomas, o médico deverá ser consultado;
FIM: João estudou A passar no concurso.
LUGAR: Estávamos Ao portão do curso.
TEMPO: Ao encontrar a solução, fiquei aliviado.
MODO: Falar Aos berros.
72
❖ PREPOSIÇÃO COM (principalmente com valor de CAUSA)
CAUSA – Os japoneses ficaram aflitos COM o Tsunami.
INSTRUMENTO – Lavei a roupa COM sabão de coco.
TEMPO – COM seis meses de uso, as peças começaram a ficar ruins.
MEIO – Fui COM minha moto para os lugares mais remotos do Brasil.
❖ A PREPOSIÇÃO ENTRE
LUGAR – A moto estava entre os dois carros no trânsito.
TEMPO – Entre 1979 e 1985, foram vendidas três mil peças.
QUANTIDADE – O preço vai girar entre oito a dez dólares.
COMPANHIA – Vivia entre os mais pobres.
6. OS ADVÉRBIOS
Aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá, atrás, além, lá, de-
trás, aquém, cá, acima, onde, perto, aí, abaixo, aonde, longe,
Lugar debaixo, algures, defronte, nenhures, adentro, afora, alhures,
embaixo, externamente, a distância, à distância de, de longe,
de perto, em cima, à direita, à esquerda, ao lado, em volta.
73
provisoriamente, sucessivamente, às vezes, à tarde, à noite, de
manhã, de repente, de vez em quando, de quando em quando,
a qualquer momento, de
tempos em tempos, em breve, hoje em dia.
DICAS#CASCA!
A) Para se exprimir o limite de possibilidade, antepõe-se ao advérbio o
mais ou o menos.
74
Ficarei o mais longe que puder daquele garoto.
Voltarei o menos tarde possível.
B) Quando ocorrem dois ou mais advérbios em -mente, em geral sufixa-
mos apenas o último:
O aluno respondeu calma e respeitosamente.
7. AS EXPRESSÕES DENOTATIVAS
São palavras que, embora, em alguns aspectos (ser invariável, por exem-
plo), assemelhem-se a advérbios, não possuem, segundo a Nomenclatura
Gramatical Brasileira, classificação especial. Do ponto de vista sintático,
são expletivas, isto é, não assumem nenhuma função; do ponto de vista
morfológico, são invariáveis (muitas delas vindas de outras classes gra-
maticais); do ponto de vista semântico, são inegavelmente importantes no
contexto em que se encontram (daí seu nome). Classificam-se em função
da ideia que expressam:
Afastamento: embora
Foi embora daqui.
Aproximação: quase, lá por, bem, uns, cerca de, por volta de, etc.
Ela quase revelou o segredo.
75
Designação: eis
Eis nosso carro novo.
8. VOZES DO VERBO
76
2 – CLASSIFICAÇÃO DA PALAVRA “SE” (pronome apassivador; pro-
nome reflexivo; pronome recíproco). VEJA:
77
As capas dos cadernos foram enfeitadas pelas crianças.
Os pacientes serão atendidos pelo médico logo que possível.
78
DECORE, PELO AMOR DE DEUS!
79
Ele vem estudando muito para a prova. (Locução verbal)
Ele tem estudado muito para a prova. (Locução verbal)
C) ADVÉRBIO DE FINALIDADE
Ele estuda a fim de passar no concurso.
Ele estuda para passar no concurso.
SENTIDO ADITIVO
Pagou a conta, quitando a dívida.
Pagou a conta e quitou a dívida.
SENTIDO DE CAUSA
Acreditando nas palavras do amigo, estudou para a prova.
Já que acreditava nas palavras do amigo, estudou para a prova.
SENTIDO DE TEMPO
Chegando à casa dos seus pais, ligue-me.
Quando chegar à casa dos seus pais, ligue-me.
80
VALOR ADJETIVO
Leonardo não é homem de fazer grosserias.
Leonardo não é homem que faz grosserias.
VALOR DE TEMPO
Ao chegar à casa dos seus pais, ligue-me.
Quando chegar à casa dos seus pais, ligue-me.
81
APÊNDICE II
✓ PONTUAÇÃO
✓ ACENTUAÇÃO
82
1. PONTUAÇÃO
1.1 – VÍRGULA
ENTENDA A LÓGICA!
A estrutura da frase em Língua Portuguesa é formada por pares indisso-
ciáveis:
SUJEITO + VERBO; VERBO + COMPLEMENTO.
O professor = sujeito
devolveu = verbo
as provas corrigidas = complemento do verbo “devolveu”
83
D) Antes dos conectivos mas, porém, contudo, pois, logo:
Faça suas escolhas, mas seja responsável por elas.
Estudou muito durante o ano, logo deve conseguir uma vaga na faculdade.
ESTRUTURA DA ORAÇÃO
COMPLEMENTO
SUJEITO VERBO DO VERBO
84
CUIDADO! (PREFERÊNCIA CESPE!)
A correção dos testes, a professora ainda não a fez.
(A vírgula separa um elemento pleonástico que vem antes do verbo).
1.2 – DOIS-PONTOS
85
A) Dois-pontos na introdução do discurso direto:
Paulo se esticou o mais que pode e berrou:
— Já chega!
1.3 – ASPAS
86
D) Neologismo: quando uma palavra é criada dentro de um texto, por
exemplo, um conceito novo, ela aparece entre aspas, com o intuito de de-
mostrar que aquele termo foi criado, sendo, portanto, um vocábulo que
ainda é inexistente nos dicionários. Exemplo: Essa noite vamos “caetanear”
muito no show de Caetano Veloso.
Além disso, as vírgulas não são colocadas dentro das aspas, por exem-
plo: Ex.: “O discurso do Presidente”, Lula da Silva, enfatizou o tema do de-
senvolvimento sustentável.
O ponto e vírgula indica uma pausa maior que a vírgula e menor que o
ponto. Quanto à melodia da frase, indica um tom ligeiramente descen-
dente, mas capaz de assinalar que o período não terminou. Emprega-se
nos seguintes casos:
87
O resultado final foi o seguinte: dez professores votaram a favor do acordo;
nove, contra.
C) Para separar itens de uma enumeração.
No parque de diversões, as crianças encontram:
brinquedos;
balões;
pipoca.
2. ACENTUAÇÃO
2.1 – OXÍTONAS
Acentuam-se as oxítonas terminadas em:
A(s) – maracujá, Paraná;
E(s) – café, dendê;
O(s) – filó, rococó;
EM / ENS: Belém, parabéns.
CUIDADO!
Também acentuamos os MONOSSÍLABOS TÔNICOS terminados em A(S)
- E(S) – O(S): chá, pó, pé. E as FORMAS VERBAIS terminadas em A – E –
O tônico, seguidas de LA(S) – LO(S): apaziguá-las, amá-los, vencê-lo.
2.2 – PAROXÍTONAS
Acentuam-se as paroxítonas terminadas em:
Ã(s), ão(s): órfã, órfão;
I(s), us: táxi, bônus;
88
Um, uns: álbum, médiuns.
R: açúcar;
X: clímax;
N: pólen;
L: fácil;
Ps: bíceps.
DICAS#CASCA!
A) Fica abolido o acento circunflexo na terceira pessoa do plural dos
verbos CRER – DAR – LER – VER. Ex.: creem – deem – leem – veem.
89
B) As duas únicas palavras que permanecem com o acento diferencial
são: PÔDE (pretérito perfeito) e PODE (presente do indicativo); PÔR
(verbo) e POR (preposição).
– OBSERVAÇÃO 1:
90
– OBSERVAÇÃO 2:
– OBSERVAÇÃO 3:
O acento no hiato tem por objetivo assinalar que o “i” ou “u” não forma
ditongo com a vogal anterior. Como, porém, não existe ditongo “ii”, es-
crevem-se sem acento palavras como xiita, xiismo, mandriice.
– OBSERVAÇÃO 4:
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
91
APÊNDICE III
✓ INTERPRETAÇÃO TEXTUAL
✓ COMPREENSÃO TEXTUAL
✓ GÊNEROS TEXTUAIS
✓ TIPOLOGIA TEXTUAL
✓ REFERÊNCIA TEXTUAL
92
1. INTERPRETAR x COMPREENDER
A) Narração
Um tipo textual muito conhecido é a narração que geralmente é apresen-
tada em formato de livros e histórias que contam o que, onde, como,
quando e quem. A narração deve ser uma história que envolve persona-
gens e acontecimentos, além do clímax. O espaço, o tempo e o enredo fa-
zem parte da estrutura.
B) Descrição
Já a descrição pode ser um complemento de qualquer tipo de texto (e de
gênero), afinal, ela serve para situar o leitor, fazendo-o imaginar a cena
que está sendo retratada. Geralmente, ela acompanha muito a narração,
para descrever o lugar, os personagens. Na descrição, há recursos extras
que podem melhorar a qualidade do texto:
93
Enumeração: é quando você descrever a ação em ordem, como se fosse
retratar uma ação em movimento, por exemplo, para que o leitor compre-
enda o processo.
Quem descreve pode ser tanto objetivo quanto subjetivo, ou seja, pode
decidir se suas opiniões ficarão de fora ou não. Assim, o texto pode se
tornar imparcial ou íntimo, dependendo do objetivo. E em um texto des-
critivo há muita utilização de três classes gramaticais, os adjetivos, subs-
tantivos e locuções adjetivas, além de verbos no passado e no presente.
C) Dissertação
A dissertação é um tipo de texto muito conhecido, principalmente em ves-
tibulares. O objetivo da dissertação é debater e expor um tema com argu-
mentos fortes, apresentando a sua opinião de forma clara. É permitido que
você exponha seu ponto de vista. Na dissertação você deve conhecer o as-
sunto, de modo que o texto fique claro e que aparenta autoridade sobre o
tema.
D) Exposição
O texto expositivo é aquele totalmente imparcial e neutro, que serve ape-
nas para informar e não trazer a opinião do autor. É apenas uma exposição
94
sobre o assunto que será retratado. Um exemplo claro são as notícias vin-
culadas no jornal. Não deve ter interferência nenhuma da opinião do autor
e o objetivo é explicar.
E) Injunção
Já a tipologia textual da injunção diz respeito a instruções. Isso quer dizer
que são textos que nos guiam e nos instruem para completar uma tarefa,
seja por meio de um manual ou uma receita, por exemplo. Há duas formas:
o instrucional, que é apenas uma sugestão de como você pode fazer tal
coisa; e a prescrição, que enaltece uma norma, uma regra, como no caso
da bula de remédios ou uma receita.
95
descrições. O objetivo é sempre o mesmo: divulgar o produto/serviço e
influenciar a opinião do leitor para que ele “compre” a ideia. O texto é
claro e objetivo, e as mensagens costumam despertar sentimentos, emo-
ções e sensações no leitor: calma, tranquilidade, emoção, adrenalina, ca-
lor, frio, inquietação. Outro elemento importante é o uso das imagens.
96
PRINICPAIS PRONOMES ANAFÓRICOS:
RETOS: ELE, ELA / Ricardo chegou. Ele é o professor.
OBLÍQUOS: O, A, OS, AS, A ELE, A ELA / Comprei uma cadeira. Deixei-a
na casa de mamãe.
RELATIVOS: QUE, O QUAL, A QUAL, CUJO, ONDE, EM QUE, etc. / Com-
prei o carro que era do meu pai.
DEMONSTRATIVOS: ESSE, ESSA, ESSES, ESSAS, ISSO / Ele não conse-
gue entender nada. Isso se deve à falta de atenção.
Bons estudos!
97
ANOTAÇÕES
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
“Estuda, que a vida muda!”
(Melissa Rollemberg)
98