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A partilha no caso contínuo ocorre sempre que os objetivos a dividir sejam divisíveis em qualquer número de partes, tais como:
O objeto da divisão é um bem cuja partilha se torna mais complexa quanto maior for o número de intervenientes, uma vez que é
cada vez mais difícil garantir a plena satisfação de todos os intervenientes com a parte que lhe foi atribuída.
• Quem deve proceder à divisão dos bens devem ser os próprios elementos (jogadores),
• Uma divisão justa deve ser livre de inveja, ou seja, cada jogador entende que recebeu a parte que considera justa e não a
trocaria por outra pertencente a outro jogador
• Uma divisão justa deve ser proporcional. Se, por exemplo, se pretende dividir por 4 pessoas, cada uma delas deve receber ¼
• Diz-se que foi feita uma divisão exata do bem quando cada jogador entende que recebeu a parte que considera justa.
Passo 1: Escolhe-se aleatoriamente um dos dois jogadores que, por sua vez, divide o bem em duas partes que considera serem
iguais.
Passo 2: O segundo jogador escolhe uma das duas partes. Note que o jogador que divide, como não é o primeiro a escolher a sua
parte, não tem qualquer vantagem em fazer uma divisão não proporcional. Seria o único prejudicado!
Exemplo 1:
Dois irmãos, Afonso e Bernardo, pretendem dividir um terreno, recebido em herança para que cada um construa a sua casa. Como
podem dividir o terreno para que ambos considerem que receberam a parte justa?
Resolução:
Recorrendo ao método do “divide e escolhe”.
• Afonso (escolhido à sorte) divide o terreno em duas partes, que considera que sejam iguais.
• Bernardo escolhe de entre as duas partes a que considera mais justa para si.
• Afonso fica com a outra parte.
1. Supões que quem corta a piza é o António. Em alguma das situações o João pode sentir-se prejudicado?
R.: Não. Como o António é que dividiu a piza o João é o primeiro a escolher a parte que mais valoriza.
2. Supõe que o João procede à divisão da piza. Do ponto de vista do João, qual das situações representa uma parte equilibrada?
R.: Do ponto de vista do João a divisão só pode ser considerada justa e livre de inveja na situação 1.
Este método foi abordado inicialmente por Hugo Steinhaus para 3 jogadores. Mais tarde, Harold Kuhn generalizou a aplicação deste
método a um número superior de jogadores.
Passo 1: Ordenam-se aleatoriamente os n jogadores, J1, J2, Jn….O jogador sorteado procede à divisão do bem em n partes.
Exemplo:
Na escola do Miguel existem 5 turmas do 12º Ano que vão representar os trabalhos desenvolvidos em Área de Projeto em
expositores no polivalente da escola. Recorrendo ao método do divisor único, como se pode fazer uma divisão justa da área do
polivalente?
Resolução
Uma das turmas divide o espaço da seguinte forma:
As restantes turmas analisam os espaços e selecionaram os que consideram aceitáveis. Na tabela seguinte estão registados os
resultados
J2 x x Turmas J1 J2 J3 J4
J3 x x Espaço Atribuído B2 B1 B3 ou B5 B4
J4 x
A turma J5 fica com a parte que sobrar, neste caso mas das áreas B3 ou B5
J2 x
J3 x
J4 x x
Neste método há um jogador que seleciona a sua parte e os restantes efetuam as divisões
Passo 2: Os divisores dividem o bem entre eles recorrendo a um dos métodos anteriores.
Passo 3: Cada divisor divide a sua parte num número de partes igual ao número de jogadores (divisores + selecionador).
Passo 4: O selecionador escolhe uma parte de cada divisor. Os divisores ficam com o que sobra da sua respetiva parte.
Exemplo:
3 amigas (Ana, Maria e Bruna)decidem comprar uma piza, para aplicar os conhecimentos adquiridos nas aulas de MACS. Decidem
aplicar o método de selecionador único. Como procedem para dividir a piza?
Resposta:
Passo 1: Escolhe-se uma ordem para o corte do bem. Por exemplo j1, j2, j3…onde j1 é o primeiro a cortar.
Passo 2: J1, parte o que considera ser a n-ésima parte do bem e passa a pate a j2.
Se não concorda por considerá-lo superior tira a parte, retira-lhe o excesso e passa-a a j3;
Passo4: O passo anterior repete-se até que todos os jogadores tenham feito a avaliação da parte cortada por j1;
Passo 5: Esta parte será atribuída ao último jogador a diminuí-la saindo de seguida do jogo.
Neste método o jogador selecionado para cortar divide o bem num número de partes superior ao número de jogadores. Exequível …
em situações de até 4 jogadores.
Passo 2: J2 faz uma apreciação das quatro partes podendo ajustar no máximo duas, retirando o que considera ser em excesso. O
excesso é colocado de parte.
Passo 4: J2 escolhe uma das três partes restantes. Caso nesse conjunto esteja alguma das partes que ajustou tem obrigatoriamente
de escolher essa.
Passo 5: J1 escolhe a parte que considera justa das duas partes. Uma vez que J2 ajusta, no máximo, duas partes, assegura-se que J1,
tem pelo menos uma das partes da divisão que efetuou.
Passo6: Com a fatia sobrante e os excessos retirados repete-se o processo até a parte sobrante ser suficiente insignificante para os
jogadores.