Na história da humanidade, diversos conflitos entre culturas já foram travados, todos
baseados em dominação e superioridade. Várias civilizações foram extintas por disputas culturais, onde, um povo que considerava estar num patamar mais elevado que outro, lutava para provar sua superioridade. Na atualidade, a disputa continua viva e eminente. Vemos constantemente guerras sendo travadas por motivos de construir e firmar territórios, mostrar em quais mãos o poder está, rebaixar populações, seja de modo aparente ou por debaixo dos panos. Muitas culturas são desprezadas por não seguirem um padrão que lhe está pressuposto a ter. Se um país, um povo, vai contra o que é esperado dele como um país subdesenvolvido ou pobre, sempre irá haver um maior que colocará as coisas nos seus devidos lugares. Então, biologicamente, não deveriam haver culturas que fossem acima ou abaixo de outras, mas, sim, a certeza de que, conhecendo a diversidade que abrange o mundo ao nosso entorno, soubéssemos que as diferenças podem ser um acréscimo para cada ser humano como indivíduo. Conhecer culturas que não a nossa é o modo mais abrangente de ser inserir no mundo e suas peculiaridades, de conhecer como as coisas funcionam fora da realidade em que nos formamos primariamente, de entender a vida que pessoas completamente diferentes de nós levam, de obter novas possibilidades, novos modos de olhar o mundo. As culturas superiores são todas aquelas que não conhecemos ainda, todas aquelas que estão à nossa espera através da sua religião, do seu jeito de cumprimentar, no prato de comida, no modo de vestir, na diferença fonética, em suas festas. Essas culturas não poderiam ser inferiores pois não devem ser comparadas, elas são o que são porque assim foram formadas com o passar dos anos. Cada cultura envolve milhares e milhares de pessoas, animais, deuses, que envolveram aquela população e transformaram-na no que vemos atualmente. Todo esse processo nos faz chegar a palavra principal: respeito. Quando nos é ensinado respeito, a compreensão do diferente, podemos ver a vida com mais clareza e vivê-la com mais tranquilidade. Quando sabemos que o que é diferente não deve incomodar, passamos a respeitá-lo, a admirá-lo. Quando percebemos que a nossa cultura também é diferente aos olhares de outros povos, notamos a nossa insignificância em relação ao mundo: o nosso povo é só mais um entre vários que existem ou que já passaram por este planeta. Como poderíamos ser superiores? Ou como poderíamos ser inferiores? Quando vemos com outros olhares, nós sabemos que a vida é feita para ser assim, cheia de diferenças, e que são nessas diferenças onde nossa igualdade se baseada.