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Teorias

Geomorfológicas
Orientador: Prof. Dr. Daniel Almeida
O que é uma teoria?
A teoria é nada mais que uma hipótese, conjectura, especulação
ou suposição, mesmo abstrata, sobre fenômenos, buscando
organizá-los, descrevê-los e prevê-los.

Teoria Científica: é considerada uma explicação bem


fundamentada de um fenômeno natural, construída com base em
evidências, observações e experimentos.

Na Geografia física, a teoria é aplicada afim de fornecer


explicações conceituais sobre os objetos e processos da natureza.
O que é Geomorfologia?
A Geomorfologia é a ciência que estuda as formas de relevo da superfície
terrestre, bem como os processos que as moldam e as transformam ao longo
do tempo geológico e sua interação com os demais elementos no meio físico,
contribuindo para a compreensão da paisagem e suas transformações.

Sua origem data do século XIX, quando, através do positivismo evolucionista,


tentaram encontrar respostas para a origem da evolução da superfície
terrestre.

A Geomorfologia e a Geologia tem estreitos laços, já que a evolução do relevo


sofre influência das características geológicas de uma determinada região.
O que é algo cíclico e acíclico?
Algo cíclico é composto por algo que tem começo, meio e fim e
nesse fim pode haver um novo recomeço. O caráter cíclico
utilizado por Davis como modelo evolutivo, constitui, no
conceito científico geral, estágio embrionário de qualquer
natureza do conhecimento.

Algo acíclico que tem inicio, mas não tem um fim ou se estiver
não há um recomeço com configurações parecidas.
Primeira elaboração

O sistema de W.M Davis (1889), fundamentado


no conceito de nível de base de Powell, sugere
que o processo de denudação inicia-se a
partir de uma rápida emersão da massa
continental.
Mas quem foi Davis?
1850 a 1934

O norte americano Davis foi professor


de Geografia da Universidade de
Harvard, entre o final do século XIX e o
início do século XX. É considerado o
“pai” da geomorfologia e ficou
conhecido pela elaboração da teoria do
Ciclo de Erosão ou Ciclo Geográfico.
Ciclo Geográfico

Diante do elevado gradiente produzido pelo


soerguimento em relação ao nível de base geral,
o sistema fluvial produz forte entalhamento dos
talvegues originando verdadeiros canyons, que
caracterizam o estado antropomórfico
denominado de juventude.
Ciclo Geográfico
Após a manutenção prolongada da
estabilidade geológica os processos de erosão
estão suficientemente desenvolvidos para que
a drenagem seja perfeita e organizada,
transformando vales em forma de V em vales
com formato de calha, caracterizando a fase
de maturidade.
Ciclo Geográfico
O último estágio, a senilidade, é caracterizado
por um rebaixamento lento dos declives,
tornando-se uma área de sucessão de colinas
rebaixadas, coberta por um manto contínuo de
detritos intemperizados e separados e
separadas por vale com fundo aluvial de largura
considerável.
Ciclo Geográfico

Para Davis, o relevo, ao atingir o estágio de


senilidade, seria submetido a novo
soerguimento rápido, que implicaria nova
fase, denominada de rejuvenescimento,
dando sequência ao ciclo evolutivo da
morfologia.
Críticas a Davis

•Utilizar o idealismo anteriormente as observações.


•Utilizar apenas o sistema fluvial como agente de modificação do
relevo.
•Não utilizar das premissas climáticas global
•A impossibilidade de se admitir uma reativação tectônica no
meio do processo evolutivo.
Segunda Teoria

Um dos grandes críticos do sistema de Davis


foi W.Penck sobretudo ao afirmar que a
emersão e a denudação aconteciam ao
mesmo tempo.
Quem foi W.Penck?

Penck foi um geólogo e


geomorfólogo alemão, estudou
na Universidade de Heidelberg e
é conhecido por criticar o
modelo Davisiano e elaborar sua
teoria sobre a evolução da
paisagem.
Modelo da Pedimentação e Pediplanação
A principal diferença entre
o modelo de Penck para o
de Davis está na forma que
o relevo evoluía. Para Davis
o relevo evoluía de cima
para baixo, já para Penck,
há um recuo paralelo das
vertentes.
Modelo da Pedimentação e Pediplanação

No estágio de juventude os rios entalham


profundas ravinas e gargantas devido a força
do rio pela ação da gravidade com o relevo
soerguido. Até que o ângulo de declividade
das vertentes diminuam.
Modelo da Pedimentação e Pediplanação
No estádio de maturidade, os rios cessam de
entalhar leitos e agora começam a corroer a
lateral das vertentes. Se o perfil altimétrico for
baixo, a vertente adquire um perfil convexo e se
reduz a nada. Se o perfil for muito elevado,
subtende-se a formação de perfil côncavo e os
pedimentos tentem a se encontrar.
Modelo da Pedimentação e Pediplanação

No estágio final, as colinas são reduzidas a


pequenas saliências e os pedimentos estendem
por amplas áreas, tornando a paisagem
multicôncava. Essas saliências, geralmente de
forma dômica, são chamados de inselbergues,
formando o conjunto do pediplano.
Modelo da Pedimentação e Pediplanação
L.King

Lester Charles King foi geólogo e


geomorfólogo inglês da
universidade na da Nova Zelândia,
conhecido por usar a mesma
premissa do recuo paralelo das
vertentes de Penck, utilizando suas
teorias no contexto semiárido
Teoria do Equilíbrio Dinâmico
Ao contrário das outras anteriores, que
são teorias cíclicas, vamos abordar as
acíclicas e a primeira que vamos
abordar é a do Equilíbrio Dinâmico
formulada por John Hack, um norte
americano geólogo e geomorfológico
da Universidade de Harvard.
Teoria do Equilíbrio Dinâmico

O modelado terrestre é um sistema aberto


ou seja ele troca energia e matéria com os
demais sistemas do universo para que tudo
possa continuar em funcionamento, essa é
a teoria do equilíbrio dinâmico.
Teoria do Equilíbrio Dinâmico
Essa teoria trabalha bastante com a litologia e traz a
ideia de que se o curso fluvial passa por uma rocha
mais dura, vai levar mais tempo para a esculpir, porém
fará com que a declividade aumente. O estado de
equilíbrio é atingido quando o grau de erosão é mais
ou menos igual para todos os tipos de rocha daquele
local, mas ainda havendo variação tipográfica,
mostrando que o relevo não evolui necessariamente
para um aplainamento.
Teoria do Equilíbrio Dinâmico
1. O sistema aberto pode entrar em equilíbrio desde que receba a
mesma quantidade de energia que perde, isso é ajustado pelo
relevo, na comparação, uma pessoa que ganha pouco dinheiro
vai gastar pouco dinheiro para poder sobreviver.
2. Não são estáticos e podem mudar.
3. Quando o sistema atinge o equilíbrio dinâmico os traços das
paisagens anteriores são destruídos e as influências que
moldaram a paisagem também somem.
4. A declividade dos cursos fluviais diminuem com o
comprimento do rio.
5. Elementos independentes podem atuar em todos os outros.
Auto-regulação!
A Teoria Probabilística
A evolução do modelado ocorre em várias áreas e
torna o processo de entender cada constituinte,
como os rios as vertentes, em detalhe algo
impossível. Entendendo isso, em 1962 Luna B.
Leopold e W.B. Langbein foram os primeiros a
utilizar a concepção de modelos probabilisticos.
Por entender que inúmeros fatores afetavam a
evolução do modelado.
A Teoria Probabilística
As paisagens são compostas por interação,
interdependência e mecanismos de
retroalimentação. Essa teoria pode ser encarada
de forma determinista ou variável. Todas essas
variações mudam as respostas que surgiriam,
criando um processo que ocorre de maneira
aleatória.
A Teoria Probabilística
Exemplo: Embora possamos observar padrões
gerais na distribuição de pessoas em uma cidade,
a presença específica de certas comunidades em
áreas particulares pode ser imprevisível. Fatores
sociais e culturais únicos podem influenciar onde
as pessoas escolhem viver, criando nuances que
vão além das tendências estatísticas globais.
A Teoria Probabilística
1. Cenário de incertezas
2. Alguns fatores que explica as variáveis são a estrutura
geológica, litologia e vegetação.
3. A distribuição de energia na paisagem diminui o
trabalho mecânico.
4. Algumas áreas podem atuar a partir do estudo da
distribuição de energia como: impactos ambientais
(gestão ambiental), Engenharia Hidráulica (uso da água
de forma limpa e eficiente), Usinas hidrelétricas (usar
energia da água para fornecer energia elétrica.
Discentes
/ Bruno Bispo dos Santos
/ Daniele Oliveira dos Santos
/ Elis Keila Santos de Rezende
/ Felipe Santos Feitosa
/ Gabriel Nascimento Santos
/ Pedro Lucas Costa e Santos
Referência

CHRISTOFOLETTI, A. Geomorfologia. 2ª. Ed. São Paulo:


Blucher, 1980.

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