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1. Introdução
Aerossol Farmacêutico
Farmacotécnica II Aerossóis
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1. Introdução
Aerossol Farmacêutico
Farmacotécnica II Aerossóis
1. Introdução
Embalagem Pressurizada
É utilizado em referência ao recipiente do aerossol ou
ao produto completo.
completo
A pressão é aplicada por meio do uso de um ou mais
propelentes gasosos ou liquefeitos.
Com a ativação da válvula, a pressão exercida pelo
propelente força o conteúdo da embalagem a passar
pela sua abertura.
Farmacotécnica II Aerossóis
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1. Introdução
Embalagem Pressurizada
Farmacotécnica II Aerossóis
1. Introdução
Farmacotécnica II Aerossóis
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1. Introdução
Forma física: depende do uso – exs.: aerossol para
inalação (tratamento de asma) partículas na forma de
uma neblina líquida fina ou partículas sólidas finamente
divididas.
Partículas:
< 6m: alcançam os bronquíolos respiratórios;
< 2m: alcançam os alvéolos e dutos alveolares
Farmacotécnica II Aerossóis
1. Introdução
Esquema Trato Respiratório
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1. Introdução
Forma física:
exs.: spray dermatológico – destinado à deposição
na pele é mais grosseiro geralmente (tamanho não é
essencial para a eficácia terapêutica). Podem ser na
forma de pó, spray úmido, jato de líquido (anestésico
local).
Outros tipos de aerossóis farmacêuticos incluem
espumas vaginais e retais.
Farmacotécnica II Aerossóis
1. Introdução
Sprays espaciais: aerossóis usados para
proporcionar uma mistura transportada pelo ar. Exs.:
desinfetantes desodorizantes de ambientes e
desinfetantes,
inseticidas. Tamanho da partícula: normalmente < 50m;
controlado com cuidado as gotículas dispersas
devem permanecer no ar por um longo período. Produz
120 milhões de partículas (um no. considerável
permanecerá disperso no ar por 1hora).
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1. Introdução
Sprays espaciais
Farmacotécnica II Aerossóis
1. Introdução
Sprays de superfície (revestimento): aerossóis
destinados a transportar a substância ativa a uma
superfície Exs.:
superfície. Exs : aerossóis dermatológicos,
dermatológicos cosméticos,
cosméticos
desodorantes, sprays para cabelo, perfumes, espumas
de barbear, tintas em spray, produtos veterinários e etc.
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1. Introdução
Sprays de superfície
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1. Introdução
Vantagens dos Aerossóis
- administração do produto sem expor o conteúdo
remanescente;
- característica hermética da embalagem: protege o(s)
ativo(s) contra oxidação e umidade. Quando opaca, a
embalagem protege contra a luz. Se embalado em
condições assépticas, o produto pode se manter estéril
durante sua vida de prateleira.
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1. Introdução
Vantagens dos Aerossóis
- medicamentos tópicos: podem ser aplicados na pele
como uma fina camada e uniforme,
uniforme sem que a área
afetada seja tocada (evita irritação). Rápida
volatilização do propelente efeito refrescante.
- uso de formulação e válvula adequadas: controle da
forma física e tamanho de partícula do produto
dispensado da embalagem eficácia.
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1. Introdução
Vantagens dos Aerossóis
- válvulas dosadoras: controle da dose do medicamento.
- processo de aplicação simples e rápido
rápido, limpo e
higiênico.
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2. Formulação
Consiste de 2 componentes:
- Concentrado do produto: fármaco(s) + adjuvantes
( i id
(antioxidantes, tensoativos
i ) produto
e solventes)
l d eficaz
fi
e estável;
- Propelente: gás liquefeito ou mistura de gases
liquefeitos propelente e solvente ou veículo para o
concentrado do produto. Em alguns aerossóis se utilizam
gases comprimidos: CO2; N2 e óxido nitroso (N2O).
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2. Formulação
Propelentes
Mais usados durante anos: CFCs (clorofluorocarbonos)
estão sendo retirados e proibidos quando não forem
essenciais – reduzem a quantidade de ozônio da
atmosfera ( radiação UV).
De modo cada vez mais frequente tem-se usado os
HFAs (hidrofluoroalcanos).
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2. Formulação
Propelentes
Nos EUA, a FDA pode isentar da proibição do uso de
CFCs em produtos específicos:
- quando não há alternativas técnicas viáveis;
- o produto oferece um benefício considerável à saúde;
- o uso não envolve liberação significativa de CFCs.
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2. Formulação
Propelentes
CFCs usados na formulação de aerossóis farmacêuticos:
- triclorofluorometano (CFC-11);
(CFC 11);
- diclorofluorometano (CFC-12);
- diclorotetrafluoroetano (CFC-114)
Formulações:
o u ações misturas
stu as de C
CFC-11
C +C
CFC-12
C ou CFC-11
C C +C
CFC-12
C +C
CFC-114,
C ,
junto com um tensoativo (ex.: ésteres de sorbitano) + ác. oléico ou lecitina
(agentes suspensores e lubrificantes da válvula).
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2. Formulação
Características dos CFCs usados em aerossóis farmacêuticos
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2. Formulação
Propelentes
Os hidrocarbonetos fluorados são gases à ToC ambiente.
Podem ser liquefeitos:
- por resfriamento abaixo do seu ponto de ebulição;
- por aumento da pressão à ToC ambiente.
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2. Formulação
Propelentes
Quando o propelente liquefeito ou uma mistura de
propelentes é colocada dentro de uma embalagem de
aerossol com o concentrado do produto, o equilíbrio é
rapidamente estabelecido entre a porção do propelente
que permanece liquefeita e aquela que vaporiza e ocupa
a parte superior da embalagem.
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2. Formulação
Propelentes
O vapor exerce pressão em todas as direções. Essa
pressão que,
p q , sob a atuação
ç da válvula,, força
ç a
passagem do líquido pelo tubo e pelo orifício da válvula
para a atmosfera.
Quando o propelente encontra o ar, se expande e
evapora, devido
d id à queda
d da
d pressão,
ã levando
l d à
formação de finas gotículas ou partículas sólidas do
concentrado do produto.
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2. Formulação
Propelentes
Para restabelecer o equilíbrio, é evaporado mais
propelente e,
e assim,
assim é produzido um sistema com
pressão constante.
Desse modo, durante a saída do produto da
embalagem, a pressão no interior permanece
praticamente constante, e o produto pode ser liberado
de forma contínua, na mesma velocidade.
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2. Formulação
Sistema aerossol bifásico típico
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2. Formulação
Propelentes
Alguns gases comprimidos (N2 e CO2) são usados em
alimentos Porém,
alimentos. Porém à medida que vão sendo usados,
usados os
gases comprimidos não sustentam uma pressão
constante dentro do recipiente, já que a pressão interna
é inversamente proporcional ao volume da câmara a
eficácia varia com o tempo.
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2. Formulação
Propelentes
Por razões toxicológicas e de inflamabilidade,
hidrocarbonetos (exs.:
(exs : propano e butano) não são uma
alternativa viável aos CFCs, o que tem levado ao
desenvolvimento de novas alternativas para estes
propelentes.
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3. Sistemas Aerossóis
A pressão de um aerossol é essencial para o seu
desempenho. Ela pode ser controlada por:
- tipo e quantidade de propelente;
- natureza e quantidade do produto.
Cada formulação é única e uma quantidade específica
de propelente não pode ser firmemente estabelecida.
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3. Sistemas Aerossóis
Aspectos gerais que podem ser estabelecidos:
- sprays espaciais: geralmente contêm maior proporção
de propelente do que aerossóis de superfície
superfície. São
liberados com maior pressão e as partículas
resultantes saem com maior vigor da válvula.
Costuma operar entre 30 e 40 psig* a 21oC e podem
conter até 85% de propelente.
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3. Sistemas Aerossóis
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3. Sistemas Aerossóis
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3. Sistemas Aerossóis
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3. Sistemas Aerossóis
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4. Sistemas Bifásicos
Consistem de uma fase líquida (propelente liquefeito
+ concentrado do produto) e uma fase de vapor
Fase de vapor
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5. Sistemas Trifásicos
Consistem em uma fase de propelente líquido imiscível
em H2O, uma camada aquosa de concentrado do
produto
d t e a ffase d
de vapor.
Por geralmente possuírem maior densidade que a
H2O, o propelente liquefeito permanece no fundo da
embalagem, com a fase aquosa acima. Com a ativação
da válvula a pressão da fase de vapor faz com que o
líquido suba pelo tubo imerso e saia do recipiente.
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5. Sistemas Trifásicos
Para evitar a saída do propelente, o tubo deve
estender-se apenas até o interior da fase aquosa de
concentrado do produto.
A fase aquosa é transformada em spray pela ação
mecânica da válvula. Se a embalagem for agitada antes
do uso, alguma parcela do propelente liquefeito pode
ser misturada com a fase aquosa e ser expulsa pela
válvula para facilitar a dispersão do produto ou a
produção de espuma.
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5. Sistemas Trifásicos
Sistema aerossol trifásico
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7.1. Recipientes
Os aerossóis farmacêuticos podem ser acondicionados
em recipientes constituídos de finas lâminas de aço, de
vidro revestido com plástico ou de alumínio.
alumínio
A seleção de um recipiente é baseada na sua
capacidade de adaptação aos métodos de produção,
compatibilidade com os componentes da formulação,
capacidade de sustentar a pressão exigida, no apelo
estético exigido pelo fabricante e no custo.
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7.1. Recipientes
O vidro apresenta menos problemas em relação à
compatibilidade química com a fórmula do que os
recipientes metálicos e não estão sujeitos à corrosão.
corrosão É
também o mais adaptável para criação estética.
Porém devem ser construídos de forma precisa para
propiciar o máximo de segurança e resistência ao impacto.
R
Revestimentos
ti t plásticos
lá ti são
ã comumente
t aplicados
li d na
superfície externa, para deixá-los mais resistentes à
quebra.
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7.1. Recipientes
Quando a pressão total de um sistema aerossol é
abaixo de 25 psig e não mais que 50% de propelente é
usado os recipientes de vidro são considerados seguros
usado, seguros.
Pode-se também revestir a face interna para tornar o
recipiente mais resistente quimicamente aos
componentes da formulação.
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7.1. Recipientes
Na prática, os recipientes utilizados são em geral de
alumínio, produzidos por extrusão, de forma a não
apresentarem emenda.
emenda O alumínio é relativamente inerte e
pode ser usado sem necessidade de revestimento nos
casos nos casos em que não exista instabilidade química
entre o recipiente e o conteúdo. Podem-se utilizar
recipientes
i i t de d alumínio
l í i com revestimento
ti t interno
i t com um
material orgânico e inerte (resinas epóxi).
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7.1. Recipientes
Tipos de Recipientes
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7.2. Válvula
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7.2. Válvula
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7.2. Válvula
Partes
- Atuador: botão que se pressiona para ativar o conjunto.
O desenho da câmara interna e o tamanho do orifício
de emissão do atuador contribuem para a forma física
(dispersão fina, grosseira, sólida ou espuma). Orifícios
maiores (menos propelente): usados para produtos
que devem
d se aspergidos
id como espumas e partículas
tí l
sólidas.
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7.2. Válvula
Tipos de Atuador
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7.2. Válvula
Partes
- Haste: sustenta o atuador e libera a formulação de
maneira correta para a câmara do atuador.
- Gaxeta: colocada firmemente na haste para evitar o
vazamento da formulação quando a válvula estiver
fechada.
- Mola:
M l prende
d a gaxeta
t no llugar. Retrai
R t i o atuador
t d
(válvula retorna à posição fechada).
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7.2. Válvula
Partes
- Copo de montagem: ligado ao recipiente. Fixa a válvula
no lugar. Pode ser revestida internamente (resina epóxi o
vinil).
- Suporte: diretamente abaixo do copo de montagem. Liga
o tubo de imersão, a haste e o atuador.
- Tubo imerso: leva formulação
ç do recipiente
p p
para a
válvula.
Atuador, haste, suporte e o tubo: plástico. Copo de montagem, mola: metal.
Gaxeta: borracha ou plástico resistente.
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7.2. Válvula
Componentes da válvula
Atuador
Gaxeta Suporte
M l
Mola
Tubo Imerso
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Câmara dosadora
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9. Envase do Recipiente
Enchimento a Frio:
A substância ativa, os adjuvantes e o propelente são
esfriados
f i d e envasados
d a uma ToC em torno de
d -30
30oC.
C Na
mesma temperatura, adiciona-se uma quantidade de
propelente e o recipiente é selado com a válvula.
Em virtude das baixas temperaturas, os sitemas aquosos
não podem ser envasados por esse processo (água se
congela).
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9. Envase do Recipiente
Enchimento sob Pressão:
É preparado um concentrado de fármaco mais
propelente
p p para
p encher o recipiente
p à ToC ambiente e
pressão elevada (na prática, à temperaturas abaixo de
20oC).
A válvula é fixada sobre o recipiente e uma quantidade
adicional de propelente é fornecida por meio da válvula,
válvula
sobre pressão elevada (processo chamado de
gaseificação).
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9. Envase do Recipiente
Enchimento sob Pressão:
É o mais frequentemente usado para aerossóis de
inalação.
inalação
Vantagens sobre o enchimento a frio: menor risco de
contaminação pela umidade e menos propelente é
perdido nesse processo.
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9. Envase do Recipiente
Enchimento sob Pressão:
Para gases comprimidos como propelentes: antes do
enchimento,
e c e to, o co
concentrado
ce t ado do p
produto
oduto é co
colocado
ocado no
o
recipiente, o sistema de válvula é acoplado e o ar retirado de
recipiente por uma bomba a vácuo. O gás comprimido é
então passado ao recipiente através de uma válvula redutora
de pressão conectada ao cilindro de gás.
gás Quando a pressão
no interior do recipiente de aerossol for = à pressão liberada,
o fluxo de gás para.
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Farmacotécnica II Aerossóis
InspirEase® (Schering)
MediSpacer® (AirLifeTM)
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Espumas vaginais
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Referências
ALLEN Jr., L.V.; POPOVICH, N.G.; ANSEL, H.C. Ansel’s Pharmaceutical dosage
forms and drug delivery systems. 8th Ed. New York: Lippincott Williams & Wilkins,
2005.
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