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11/03/2010

1. Introdução

Aerossol Farmacêutico

Sistema bifásico de partículas sólidas ou gotículas


líquidas dispersas no ar ou em uma fase gasosa, as
quais possuem um tamanho suficientemente pequeno
que lhes
lh proporcione
i uma estabilidade
bilid d considerável,
id á l
semelhante a uma suspensão.
AULTON, M.E.

Farmacotécnica II Aerossóis

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1. Introdução
Aerossol Farmacêutico

- similares a outras formas farmacêuticas (formulação


(formulação,
estabilidade e eficácia);
- diferem de outras formas farmacêuticas: dependência
da embalagem, válvula e adjuvante (propelente).

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1. Introdução
Embalagem Pressurizada
É utilizado em referência ao recipiente do aerossol ou
ao produto completo.
completo
A pressão é aplicada por meio do uso de um ou mais
propelentes gasosos ou liquefeitos.
Com a ativação da válvula, a pressão exercida pelo
propelente força o conteúdo da embalagem a passar
pela sua abertura.

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1. Introdução
Embalagem Pressurizada

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1. Introdução

A forma física atomizada depende da formulação do


produto e do tipo de válvula.

Aerossóis: fina neblina, dispersão grosseira úmida


ou seca, jato ou espuma estável ou que se desfaz
rapidamente.

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1. Introdução
Forma física: depende do uso – exs.: aerossol para
inalação (tratamento de asma)  partículas na forma de
uma neblina líquida fina ou partículas sólidas finamente
divididas.

Partículas:
< 6m: alcançam os bronquíolos respiratórios;
< 2m: alcançam os alvéolos e dutos alveolares

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1. Introdução
Esquema Trato Respiratório

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1. Introdução
Forma física:
exs.: spray dermatológico – destinado à deposição
na pele é mais grosseiro geralmente (tamanho não é
essencial para a eficácia terapêutica). Podem ser na
forma de pó, spray úmido, jato de líquido (anestésico
local).
Outros tipos de aerossóis farmacêuticos incluem
espumas vaginais e retais.

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1. Introdução
Sprays espaciais: aerossóis usados para
proporcionar uma mistura transportada pelo ar. Exs.:
desinfetantes desodorizantes de ambientes e
desinfetantes,
inseticidas. Tamanho da partícula: normalmente < 50m;
controlado com cuidado  as gotículas dispersas
devem permanecer no ar por um longo período. Produz
 120 milhões de partículas (um no. considerável
permanecerá disperso no ar por 1hora).

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1. Introdução
Sprays espaciais

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1. Introdução
Sprays de superfície (revestimento): aerossóis
destinados a transportar a substância ativa a uma
superfície Exs.:
superfície. Exs : aerossóis dermatológicos,
dermatológicos cosméticos,
cosméticos
desodorantes, sprays para cabelo, perfumes, espumas
de barbear, tintas em spray, produtos veterinários e etc.

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1. Introdução
Sprays de superfície

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1. Introdução
Vantagens dos Aerossóis
- administração do produto sem expor o conteúdo
remanescente;
- característica hermética da embalagem: protege o(s)
ativo(s) contra oxidação e umidade. Quando opaca, a
embalagem protege contra a luz. Se embalado em
condições assépticas, o produto pode se manter estéril
durante sua vida de prateleira.

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1. Introdução
Vantagens dos Aerossóis
- medicamentos tópicos: podem ser aplicados na pele
como uma fina camada e uniforme,
uniforme sem que a área
afetada seja tocada (evita irritação). Rápida
volatilização do propelente  efeito refrescante.
- uso de formulação e válvula adequadas: controle da
forma física e tamanho de partícula do produto
dispensado da embalagem   eficácia.

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1. Introdução
Vantagens dos Aerossóis
- válvulas dosadoras: controle da dose do medicamento.
- processo de aplicação simples e rápido
rápido, limpo e
higiênico.

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2. Formulação

Consiste de 2 componentes:
- Concentrado do produto: fármaco(s) + adjuvantes
( i id
(antioxidantes, tensoativos
i )  produto
e solventes)
l d eficaz
fi
e estável;
- Propelente: gás liquefeito ou mistura de gases
liquefeitos  propelente e solvente ou veículo para o
concentrado do produto. Em alguns aerossóis se utilizam
gases comprimidos: CO2; N2 e óxido nitroso (N2O).

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2. Formulação
Propelentes
Mais usados durante anos: CFCs (clorofluorocarbonos)
 estão sendo retirados e proibidos quando não forem
essenciais – reduzem a quantidade de ozônio da
atmosfera ( radiação UV).
De modo cada vez mais frequente tem-se usado os
HFAs (hidrofluoroalcanos).

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2. Formulação
Propelentes
Nos EUA, a FDA pode isentar da proibição do uso de
CFCs em produtos específicos:
- quando não há alternativas técnicas viáveis;
- o produto oferece um benefício considerável à saúde;
- o uso não envolve liberação significativa de CFCs.

Vários produtos farmacêuticos para inalação tem recebido tais isenções

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2. Formulação
Propelentes
CFCs usados na formulação de aerossóis farmacêuticos:
- triclorofluorometano (CFC-11);
(CFC 11);
- diclorofluorometano (CFC-12);
- diclorotetrafluoroetano (CFC-114)

Formulações:
o u ações misturas
stu as de C
CFC-11
C +C
CFC-12
C ou CFC-11
C C +C
CFC-12
C +C
CFC-114,
C ,
junto com um tensoativo (ex.: ésteres de sorbitano) + ác. oléico ou lecitina
(agentes suspensores e lubrificantes da válvula).

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2. Formulação
Características dos CFCs usados em aerossóis farmacêuticos

CFC e HFA são numerados por um sistema universal:


a) dígito da extrema direita: número de átomos de F;
b) 2º. dígito a partir da direita: número de átomos de H + 1;
c)) 3º. dígito
g a partir
p da direita: número de átomos de C – 1 ((omitido se resulta em 0).
)

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2. Formulação
Propelentes
Os hidrocarbonetos fluorados são gases à ToC ambiente.
Podem ser liquefeitos:
- por resfriamento abaixo do seu ponto de ebulição;
- por aumento da pressão à ToC ambiente.

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2. Formulação
Propelentes
Quando o propelente liquefeito ou uma mistura de
propelentes é colocada dentro de uma embalagem de
aerossol com o concentrado do produto, o equilíbrio é
rapidamente estabelecido entre a porção do propelente
que permanece liquefeita e aquela que vaporiza e ocupa
a parte superior da embalagem.

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2. Formulação
Propelentes
O vapor exerce pressão em todas as direções. Essa
pressão que,
p q , sob a atuação
ç da válvula,, força
ç a
passagem do líquido pelo tubo e pelo orifício da válvula
para a atmosfera.
Quando o propelente encontra o ar, se expande e
evapora, devido
d id à queda
d da
d pressão,
ã levando
l d à
formação de finas gotículas ou partículas sólidas do
concentrado do produto.
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2. Formulação
Propelentes
Para restabelecer o equilíbrio, é evaporado mais
propelente e,
e assim,
assim é produzido um sistema com
pressão constante.
Desse modo, durante a saída do produto da
embalagem, a pressão no interior permanece
praticamente constante, e o produto pode ser liberado
de forma contínua, na mesma velocidade.

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2. Formulação
Sistema aerossol bifásico típico

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2. Formulação
Propelentes
Alguns gases comprimidos (N2 e CO2) são usados em
alimentos Porém,
alimentos. Porém à medida que vão sendo usados,
usados os
gases comprimidos não sustentam uma pressão
constante dentro do recipiente, já que a pressão interna
é inversamente proporcional ao volume da câmara  a
eficácia varia com o tempo.

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2. Formulação
Propelentes
Por razões toxicológicas e de inflamabilidade,
hidrocarbonetos (exs.:
(exs : propano e butano) não são uma
alternativa viável aos CFCs, o que tem levado ao
desenvolvimento de novas alternativas para estes
propelentes.

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3. Sistemas Aerossóis
A pressão de um aerossol é essencial para o seu
desempenho. Ela pode ser controlada por:
- tipo e quantidade de propelente;
- natureza e quantidade do produto.
Cada formulação é única e uma quantidade específica
de propelente não pode ser firmemente estabelecida.

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3. Sistemas Aerossóis
Aspectos gerais que podem ser estabelecidos:
- sprays espaciais: geralmente contêm maior proporção
de propelente do que aerossóis de superfície
superfície. São
liberados com maior pressão e as partículas
resultantes saem com maior vigor da válvula.
Costuma operar entre 30 e 40 psig* a 21oC e podem
conter até 85% de propelente.

psig*: libra força por polegada quadrada manométrica

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3. Sistemas Aerossóis

- sprays superficiais: contêm entre 30 e 70% de


propelente, compressões entre 25 e 55 psig a 21oC.
- espumas: operam entre 35 e 55 psig a 21oC e podem
conter apenas 6 a 10% de propelente.

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3. Sistemas Aerossóis

Espumas: consideradas emulsões. O propelente


liquefeito está parcialmente emulsionado com o
concentrado do produto. Os hidrocarbonetos fluorados
são solventes orgânicos não polares (hidrofóbicos), o
propelente liquefeito não se dissolve na formulação
q
aquosa.
Emulsificantes  favorece a mistura dos 2 componentes
na emulsão.

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3. Sistemas Aerossóis

Espumas: a agitação da embalagem antes do uso


promove a mistura do propelente por todo o
concentrado do produto. Quando a válvula é acionada, a
mistura sai e as gotículas do propelente se vaporizam,
levando à formação de um espuma contendo o ativo.

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3. Sistemas Aerossóis

Misturas de vários propelentes gasosos liquefeitos são


usadas na prática para se obter a pressão de vapor
necessária e fornecer as características de solventes
apropriadas para um determinado produto.
O efeito fisiológico do propelente também deve ser
considerado ao formular um aerossol,, para
p garantir
g a
segurança do produto.

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4. Sistemas Bifásicos
Consistem de uma fase líquida (propelente liquefeito
+ concentrado do produto) e uma fase de vapor

Sistema aerossol bifásico típico

Fase de vapor

Fase líquida (propelente liquefeito


+ concentrado do produto)

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5. Sistemas Trifásicos
Consistem em uma fase de propelente líquido imiscível
em H2O, uma camada aquosa de concentrado do
produto
d t e a ffase d
de vapor.
Por geralmente possuírem maior densidade que a
H2O, o propelente liquefeito permanece no fundo da
embalagem, com a fase aquosa acima. Com a ativação
da válvula a pressão da fase de vapor faz com que o
líquido suba pelo tubo imerso e saia do recipiente.

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5. Sistemas Trifásicos
Para evitar a saída do propelente, o tubo deve
estender-se apenas até o interior da fase aquosa de
concentrado do produto.
A fase aquosa é transformada em spray pela ação
mecânica da válvula. Se a embalagem for agitada antes
do uso, alguma parcela do propelente liquefeito pode
ser misturada com a fase aquosa e ser expulsa pela
válvula para facilitar a dispersão do produto ou a
produção de espuma.
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5. Sistemas Trifásicos
Sistema aerossol trifásico

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6. Sistema de Gás Comprimido


A pressão do gás comprimido na porção superior da
embalagem força o concentrado do produto a passar
pelo
l tubo
b e sair
i pela
l válvula.
ál l Vantagem
V do
d uso do
d
nitrogênio: comportamento inerte em relação aos outros
componentes da formulação e sua ação protetora sobre
produtos susceptíveis à oxidação. É um gás inodoro e
insípido, não contribui para o gosto ou o odor de um
produto.

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6. Sistema de Gás Comprimido

O CO2 é levemente solúvel na fase líquida, podendo


ser empregado quando sua expulsão com o concentrado
d produto
do d é necessária
á i para se obter
b um spray ou
espuma.
Aerossóis contendo gases comprimidos não
apresentam um reservatório de propelente  necessária
uma maior pressão nesses sistemas (ela diminui à
medida que se usa o produto).

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7. Embalagem e Válvula do Aerossol


Eficácia do aerossol farmacêutico  combinação
correta de formulação, recipiente e válvula.
A formulação não deve interagir quimicamente com a
embalagem ou componentes da válvula, nem interferir
na estabilidade da formulação ou na integridade e
operação do sistema.
A embalagem e a válvula devem ser capazes de
resistir à pressão e resistir à corrosão.

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7.1. Recipientes
Os aerossóis farmacêuticos podem ser acondicionados
em recipientes constituídos de finas lâminas de aço, de
vidro revestido com plástico ou de alumínio.
alumínio
A seleção de um recipiente é baseada na sua
capacidade de adaptação aos métodos de produção,
compatibilidade com os componentes da formulação,
capacidade de sustentar a pressão exigida, no apelo
estético exigido pelo fabricante e no custo.

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7.1. Recipientes
O vidro apresenta menos problemas em relação à
compatibilidade química com a fórmula do que os
recipientes metálicos e não estão sujeitos à corrosão.
corrosão É
também o mais adaptável para criação estética.
Porém devem ser construídos de forma precisa para
propiciar o máximo de segurança e resistência ao impacto.
R
Revestimentos
ti t plásticos
lá ti são
ã comumente
t aplicados
li d na
superfície externa, para deixá-los mais resistentes à
quebra.
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7.1. Recipientes
Quando a pressão total de um sistema aerossol é
abaixo de 25 psig e não mais que 50% de propelente é
usado os recipientes de vidro são considerados seguros
usado, seguros.
Pode-se também revestir a face interna para tornar o
recipiente mais resistente quimicamente aos
componentes da formulação.

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7.1. Recipientes
Na prática, os recipientes utilizados são em geral de
alumínio, produzidos por extrusão, de forma a não
apresentarem emenda.
emenda O alumínio é relativamente inerte e
pode ser usado sem necessidade de revestimento nos
casos nos casos em que não exista instabilidade química
entre o recipiente e o conteúdo. Podem-se utilizar
recipientes
i i t de d alumínio
l í i com revestimento
ti t interno
i t com um
material orgânico e inerte (resinas epóxi).

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7.1. Recipientes
Tipos de Recipientes

Vidro (com Alumínio


revestimento plástico)

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7.2. Válvula

Função: permitir a aspersão do conteúdo do recipiente,


de forma necessária, na velocidade ideal e, no caso de
válvulas dosadoras, na quantidade ou dose necessária.
Materiais: devem ser inertes às formulações. Exs.:
plásticos, borrachas, alumínio e o aço inoxidável.

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7.2. Válvula

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7.2. Válvula
Partes
- Atuador: botão que se pressiona para ativar o conjunto.
O desenho da câmara interna e o tamanho do orifício
de emissão do atuador contribuem para a forma física
(dispersão fina, grosseira, sólida ou espuma). Orifícios
maiores (menos propelente): usados para produtos
que devem
d se aspergidos
id como espumas e partículas
tí l
sólidas.

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7.2. Válvula
Tipos de Atuador

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7.2. Válvula
Partes
- Haste: sustenta o atuador e libera a formulação de
maneira correta para a câmara do atuador.
- Gaxeta: colocada firmemente na haste para evitar o
vazamento da formulação quando a válvula estiver
fechada.
- Mola:
M l prende
d a gaxeta
t no llugar. Retrai
R t i o atuador
t d
(válvula retorna à posição fechada).

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7.2. Válvula
Partes
- Copo de montagem: ligado ao recipiente. Fixa a válvula
no lugar. Pode ser revestida internamente (resina epóxi o
vinil).
- Suporte: diretamente abaixo do copo de montagem. Liga
o tubo de imersão, a haste e o atuador.
- Tubo imerso: leva formulação
ç do recipiente
p p
para a
válvula.
Atuador, haste, suporte e o tubo: plástico. Copo de montagem, mola: metal.
Gaxeta: borracha ou plástico resistente.

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7.2. Válvula
Componentes da válvula
Atuador

Haste Copo de montagem

Gaxeta Suporte
M l
Mola

Tubo Imerso

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8. Inaladores Dosadores Pressurizados

Empregados quando a formulação é um medicamento


potente (ex.: inalação).
Nesses sistemas a quantidade de material aspergido é
regulada por uma câmara auxiliar da válvula. Uma única
pressão no atuador causa a saída da câmara, liberando
seu conteúdo. A câmara é controlada por um duplo
mecanismo da válvula.

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8. Inaladores Dosadores Pressurizados

Quando a válvula do atuador está fechada, a câmara


está vedada ao meio exterior. Nessa posição, a câmara é
preenchida com o conteúdo do recipiente (para o qual
está aberta).
O acionamento do atuador provoca uma inversão nas
posições: a câmara se torna aberta ao meio exterior
(libera seu conteúdo) e se torna fechada para o
conteúdo do recipiente.

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8. Inaladores Dosadores Pressurizados


Liberando o atuador, a câmara é novamente
preenchida para a liberação da próxima dose.
Válvula dosadora
Extremidade sem saída

Câmara dosadora

Abertura para esvaziamento


da câmara dosadora Haste da válvula

Abertura para a base do atuador


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8. Inaladores Dosadores Pressurizados


Válvulas dosadoras

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8. Inaladores Dosadores Pressurizados


MDIs (metered dose inhalers)

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9. Envase do Recipiente

Enchimento a Frio:
A substância ativa, os adjuvantes e o propelente são
esfriados
f i d e envasados
d a uma ToC em torno de
d -30
30oC.
C Na
mesma temperatura, adiciona-se uma quantidade de
propelente e o recipiente é selado com a válvula.
Em virtude das baixas temperaturas, os sitemas aquosos
não podem ser envasados por esse processo (água se
congela).

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9. Envase do Recipiente
Enchimento sob Pressão:
É preparado um concentrado de fármaco mais
propelente
p p para
p encher o recipiente
p à ToC ambiente e
pressão elevada (na prática, à temperaturas abaixo de
20oC).
A válvula é fixada sobre o recipiente e uma quantidade
adicional de propelente é fornecida por meio da válvula,
válvula
sobre pressão elevada (processo chamado de
gaseificação).

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9. Envase do Recipiente
Enchimento sob Pressão:
É o mais frequentemente usado para aerossóis de
inalação.
inalação
Vantagens sobre o enchimento a frio: menor risco de
contaminação pela umidade e menos propelente é
perdido nesse processo.

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9. Envase do Recipiente
Enchimento sob Pressão:
Para gases comprimidos como propelentes: antes do
enchimento,
e c e to, o co
concentrado
ce t ado do p
produto
oduto é co
colocado
ocado no
o
recipiente, o sistema de válvula é acoplado e o ar retirado de
recipiente por uma bomba a vácuo. O gás comprimido é
então passado ao recipiente através de uma válvula redutora
de pressão conectada ao cilindro de gás.
gás Quando a pressão
no interior do recipiente de aerossol for = à pressão liberada,
o fluxo de gás para.

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10. Teste dos Recipientes Cheios

Uma vez preenchidos, os recipientes são testados quanto


ao vazamento, sendo colocados em banho-de-água a
temperaturas elevadas (50 e 60 oC).
A velocidade de descarga da válvula é determinada
liberando uma porção do conteúdo de um aerossol
previamente pesado durante um período e calculando pela
diferença de peso, a massa de conteúdo descarregada por
unidade de tempo.

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10. Teste dos Recipientes Cheios

Podem ser testados quanto ao seu modelo de


aspersão distribuição de tamanho de partícula do spray,
aspersão,
bem como exatidão e reprodutibilidade de dose
(válvulas dosadoras).

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11. Acondicionamento, Rotulagem e Armazenamento

O produto é realmente acondicionado como parte do


processo de produção.
A maioria
i i possuii uma tampa
t protetora
t t que se encaixa
i
com firmeza sobra a válvula e o copo de montagem.
Isso protege a válvula contra poeira. Também tem
função decorativa.
Os rótulos são geralmente impressos e fixados sobre o
recipiente.

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11. Acondicionamento, Rotulagem e Armazenamento

Os rótulos devem advertir os usuários a não perfurar


as embalagens pressurizadas e nem deixá-las próximas
ao calor. Exposições acima de 49oC podem explodir uma
embalagem de aerossol.
Recomenda-se que esses produtos sejam
armazenados entre 15 e 30oC.
C

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11. Acondicionamento, Rotulagem e Armazenamento

Os rótulos devem apresentar orientações como “Agite


antes de usar” e manutenção
ç da distância correta do
alvo.
As tampas protetoras devem ser mantidas para evitar
a ativação acidental da válvula ou contaminação por
poeira.
i

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12. Administração e Uso dos Aerossóis Farmacêuticos

São efetivos somente quando administrados de forma


correta  papel de orientação do farmacêutico quanto
ao uso correto.
Para aerossóis dosadores: demonstrar como o
inalador é montado, armazenado e limpo. Deve informar
g ç antes do uso e de como
se necessita de agitação
segurá-lo entre o indicador e o polegar.

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12. Administração e Uso dos Aerossóis Farmacêuticos

Orientar para quando for prender a respiração por


alguns segundos ou o possível – obter o máximo efeito.
Alguns pacientes não conseguem usar corretamente
os MDIs – se utilizam de forma incorreta orientar quanto
ao uso de um espaçador (desenvolvidos para pacientes
que não conseguiam
q g coordenar a liberação
ç do
medicamento com a inalação).

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12. Administração e Uso dos Aerossóis Farmacêuticos

Espaçadores: considerados importantes atualmente


pois ajudam na administração do medicamento, apesar
da técnica errada de inalação. Outra vantagem é que a
velocidade do aerossol é reduzida e o tamanho da gota
é diminuído (HÁ TEMPO PARA QUE OCORRA A
Ç
EVAPORAÇÃO DO PROPELENTE).
)

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12. Administração e Uso dos Aerossóis Farmacêuticos


Espaçadores

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12. Administração e Uso dos Aerossóis Farmacêuticos


Espaçadores

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12. Administração e Uso dos Aerossóis Farmacêuticos


Espaçadores

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12. Administração e Uso dos Aerossóis Farmacêuticos


Espaçadores

InspirEase® (Schering)

MediSpacer® (AirLifeTM)

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12. Administração e Uso dos Aerossóis Farmacêuticos

Para aerossóis tópicos: orientar o paciente a limpar a


área afetada e secá-la de leve. Segurar o recipiente a uma
distância de 15 a 20 cm
cm, pressionar o botão e liberar o
medicamento em quantidade suficiente para cobrir a área.
Deve deixar o spray secar e não cobrir a área com
bandagem. (salvo por orientação médica). Deve tomar
cuidado com os olhos e a boca. Para utilização na face,
deve aplicar o produto nas palma da mão e aplicá-lo desse
modo.
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12. Administração e Uso dos Aerossóis Farmacêuticos

Os aerossóis de uso tópico incluem: agentes


infecciosos (exs.: Icaden®, povidona iodada, timerosal);
os esteróides (exs.: dipropionato e valerato de
betametasona, dexamentasona e acetonido de
triancinolona); anestésicos locais (cloridrato de
)
dibucaína).
Desvantagens (tópicos): dificuldade de aplicação em
uma área pequena e custo associado à embalagem.

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12. Administração e Uso dos Aerossóis Farmacêuticos

Os aerossóis vaginais e retais: espumas contendo


estrogênios, substâncias contraceptivas, são
comercializadas. São usadas da mesma forma que um
creme (possuem um aplicador que é preenchido com a
espuma e colocado na vagina por ativação de um
) Geralmente são emulsões O/A (miscíveis
êmbolo). ( em
água e não são gordurosas).

Farmacotécnica II Aerossóis

12. Administração e Uso dos Aerossóis Farmacêuticos

Espumas vaginais

Farmacotécnica II Aerossóis

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11/03/2010

12. Administração e Uso dos Aerossóis Farmacêuticos

Os aerossóis vaginais e retais: o produto


ProctFoam® (Reed & Carnrick) contém cloreto de
pramoxina para aliviar distúrbios inflamatórios
anorretais.

Farmacotécnica II Aerossóis

Referências

ALLEN Jr., L.V.; POPOVICH, N.G.; ANSEL, H.C. Ansel’s Pharmaceutical dosage
forms and drug delivery systems. 8th Ed. New York: Lippincott Williams & Wilkins,
2005.
2005

AULTON, M.E. Aulton’s Pharmaceutics – the design and manufacture of


medicines. 3rd Ed. London: Churchil Livingstone Elsevier, 2007.

JONES, D. Pharmaceutics – Dosage Form and Design. 1st Ed. London:


Pharmaceutical Press, 2008.

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