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INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO UNIVERSIDADE CORPORATIVA

DA POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO


ESPECIALIZAÇÃO EM CIÊNCIAS POLICIAIS

Grupo 6

Bruno Salvador Lopes


Flávia Martins Oliveira Bonfim
Fabiano Cani Ferreira
Julianne Vilela

INSTRUMENTOS E DIRETRIZES PARA AÇÕES DE CORREIÇÃO

ATIVIDADE AVALIATIVA 1 - ATIVIDADE INTEGRADA

Em análise a Operação “Farinha Pouca, Meu Pirão Primeiro” buscou-se responder


às seguintes questões:

a) A negativa da Corregedoria-Geral da PRF viola a Lei n.º 12.527/2011 (Lei


de Acesso à Informação - LAI)?

Para responder a questão é necessário apontar que, apesar de a LAI (Lei


nº.12.527/2011) determinar como regra a transparência dos atos públicos de
interesse da sociedade, essa regra não é absoluta. Isso porque, segundo o art. 23
do mesmo dispositivo, há casos em que a imposição de sigilo se faz imprescindível
à segurança da sociedade ou do Estado, como é o caso trazido pelo inciso VIII:
“comprometer atividades de inteligência, bem como de investigação ou fiscalização
em andamento, relacionadas com a prevenção ou repressão de infrações”.

Ademais, segundo o art. 7º, §3º da LAI, os procedimentos disciplinares têm


acesso restrito para terceiros até o julgamento, o que também foi diversas vezes
tema de acórdãos judiciais. Com o encerramento do procedimento pela autoridade,
entende-se que o objetivo daquela atuação administrativa foi alcançado, passando a
ser do interesse do público em geral examinar a própria regularidade da atividade
administrativa.

Assim, a conduta da corregedoria não só é compatível com os ditames da


LAI como também visa garantir a devida responsabilização dos envolvidos, evitando
que as investigações sejam comprometidas por meio do acesso a informações em
andamento.
b) É possível a aplicação da Lei 13.709/2018 (Lei Geral de Proteção de
Dados - LGPD) no caso em questão?

Segundo seu artigo 4º, esta Lei não se aplica ao tratamento de dados
pessoais para fins exclusivos de segurança pública e atividades de investigação e
repressão de infrações penais. Assim, entende-se que durante as investigações não
há que alegar proteção a dados pessoais para impedir o avanço das investigações.

Há ainda o artigo 11 que fala do tratamento de dados pessoais sensíveis.


Indicando que mesmo sem o consentimento, eles podem ser tratados para fins de
processo judicial e administrativo.

Porém, após conclusão dos processos, tem-se que a publicação é a regra. E


assim qualquer pessoa poderia solicitar acesso a tais processos baseados na LAI.
Porém os Dados Pessoais protegidos pela LGPD ainda estariam sob sua tutela e
assim ao final dos processos esses dados passariam a estar sob a proteção da
referida lei.

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