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OS “MAÇONS” INVENTADOS

Banquete maçônico - 26 de agosto de 2017 admin 0 comentários Martin Luther King, Ordem iniciática, Pesquisa

Recentemente li um texto, onde o autor proclamou ter sido Martin Luther King maçom. Sabendo que os maçons são
pródigos em “iniciar famosos à revelia” fui investigar o fato, fazendo contato com a “Masonic Research Society”
(Sociedade de Pesquisa Maçônica).

De lá, respondeu-me o Dr. Tom Lewis Jr, Past Master (lá não existe a figura do MI) da Loja Mariner nº 2, oriente de
Charleston – Carolina do Sul, e também membro da Loja Jackson nº 45 de Jackson – Tennessee.

Esclareceu-me o aclarado Irmão não existir na entidade qualquer registro pertinente à iniciação do Reverendo M. L.
King Jr. E aduziu que, havendo consultado seu Venerável Irmão Nelson e ao Grão Mestre da Grande Loja, irmão T.
A. Posey, também eles afirmaram não terem ouvido falar, nem visto documento algum que pudesse indicar eventual
iniciação do entelado Reverendo. Aguardo resposta do Memorial Rev. Martin Luther King Jr.

Como membro de uma Loja de Pesquisa que sou, fui atrás de outras fontes, havendo encontrado um texto do Dr.
Brock H. Winters onde, em sua escrita, a exemplo dos demais consultados, nega peremptóriamente a existência de
qualquer fonte a indicar a iniciação daquele líder. Por mais umas semanas, continuei a investigar em fontes diversas,
e descobri que após 32 anos de sua morte do Reverendo, numa ação totalmente absurda e sem precedentes , um Past
Master da Loja Prince Hall, da Georgia, fez Martin Luther King Jr. “Maçon at Sight” (Maçom de Vista). Uma
Ordem Iniciática, não pode prescindir do Batismo ritualístco.

Em face desse aloprado ato, que culmina desacreditar nossa Sublime Ordem, o PM “Most Worshipful Master” da
Loja Prince Hall, atual Grão Mestre da Grande Loja, da Georgia, Irmão B. Barksdale, sustou a prática então adotada,
pondo termo ao ato “post mortem”, por falta de coerência do ato com a iniciação, vez que admitida unicamente em
razão da fama e notoriedade do falecido. Muitos famosos são apontados como Maçons por detratores da maçonaria,
que acham estarem prejudicando os indicados e a Maçonaria, em suas listas.

Fica o alerta; se um mestre disser que o Saci Pererê é maçom; não acredite.

Conclusão: os Maçons (os mestres) gostam de dizer que vultos eméritos revelados no passado e no presente foram
Irmãos, talvez para se sentirem também famosos e importantes. Agindo dessa forma, parecem estar atribuindo à
Ordem uma sociedade estabilizada por homens mortos, com o que desdenham a importância da iniciação e elevações
e exaltações, atos que conduzem o espírito às alturas, autorizando serem reconhecidos como verdadeiros irmãos.

O reverendo Luther King é apenas um caso entre centenas, onde se inclui Disney, Chaplin, Fernando Pessoa, Louis
Armstrong, Mandela, Obama, Tiradentes, Aleijadinho e Castro Alves, nenhum deles com comprovação, por pífia que
seja.

Uma Ordem iniciática não pode prescindir da Cerimônia de Iniciação. Sem essa passagem não existe Maçom. Será
que o atual estado de “anemia” da Ordem, com desprezo dos cerimoniais de iniciação, não tem origem nas veleidades
desse tipo?

Por – Laurindo R. Gutierrez


*Loja de Pesquisas Maçônicas Brasil -Londrina –PR Loja Pesquisas Chico da Botica-Porto Alegre

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