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Ainda segundo os mesmo autores, o microchip envia sinais para as antenas, que
capturam os dados e os retransmitem para leitoras especiais, passando em seguida por
uma filtragem de informações, comunicando-se com os diferentes sistemas da empresa,
tais como Sistema de Gestão, Sistema de Relacionamento com Clientes, Sistema de
Suprimentos, Sistema de Identificação Eletrônica de Animais, entre outros.
Quanto aos aspectos metodológicos, devido á amplitude do tema, a opção foi por
uma revisão de literatura, de caráter qualitativo, realizando uma pesquisa de cunho
bibliográfico em livros, revistas, internet, com o objetivo de buscar uma fundamentação
teórica para o assunto a ser desenvolvido, com leitura das obras de autores
reconhecidos, seguida de fichamento das idéias principais.
2 TECNOLOGIA RFID
Costa (2006 apud Heckel, 2007, p.5) “RFID é uma tecnologia usada para a
identificação automática, através de ondas de rádio, recuperando ou armazenando dados
remotamente através de etiquetas (tags) e bases transmissoras, chamadas de leitores”.
Quental Jr. (2006, p.27) diz que o “RFID vem sendo utilizada desde a segunda
guerra, quando o Reino Unido utilizou dispositivos para diferenciar aeronaves
retornando de batalhas de aviões inimigos”.
Algum tempo depois, o físico escocês Sir Robert Alexander Watson - Watt,
liderou um projeto onde foi desenvolvido o primeiro identificador ativo de amigo ou
inimigo. Era implantando um transmissor em cada avião britânico, e quando os
transmissores recebiam o sinal de sua base, era enviado um sinal de resposta que
identificava o avião como amigo (CUNHA, 2005; GOMES, 2007).
A primeira patente sobre o RFID foi requerida por Mario W. Cardullo que, criou
um sistema ativo que possuía memória regravável. Nesse mesmo ano Charles Walton,
recebeu a patente por um transponder passivo usado para destravar uma porta sem a
utilização de uma chave, onde era feita a leitura de um cartão com um transponder onde,
logo após a leitura ter sido efetuada, o leitor validava um número de identificação e a
porta era destravada através de um mecanismo (GOMES, 2007; CUNHA, 2005).
O tag passivo pode ser do tipo leitura ou leitura/escrita, opera sem bateria, sendo
que sua alimentação é fornecida através do leitor através das ondas eletromagnéticas.
Sua vida útil é praticamente ilimitada, é normalmente usado para curtas distâncias e
requerem um leitor com maior potência. O tag ativo é normalmente do tipo
leitura/escrita, significando que podem ser atribuídas novas informações ao tag. Tem
custo mais alto do que o tag passivo e sua vida limita-se aos 10 anos (FAHL, 2005).
2.2.2 Antena:
A antena é o componente que irá gerar o campo magnético e ativar o tag para
enviar/trocar informações no processo de leitura ou escrita. Existem antenas em
diversos tamanhos e formatos, sendo cada uma relacionada à aplicação em que estiver
sendo usada, possuindo configurações e características distintas (BERNARDO, 2004;
CUNHA, 2005; FAHL, 2005).
Normalmente a antena poderá estar acoplada tanto no tag (FIG. 2) quanto no
leitor, afinal é o componente que será necessário para o envio e recepção das
freqüências de rádio que conterão dados para leitura ou escrita.
Já Gomes (2007) diz que tanto as antenas quanto as aplicações de software, são
consideradas parte integrante do sistema, não havendo necessidade de separá-las num
bloco isolado.
FIGURA 2 – Antena acoplada em um tag RFID.
Fonte:http://www.baboo.com.br/absolutenm/templates/content.asp?articleid=5936&zoneid=24&resumo
É o dispositivo que irá fazer a leitura das informações contidas nos tags e
posteriormente essas informações poderão ser decodificadas e enviadas para um
software onde poderão ser armazenadas e visualizadas.
Quental Jr. (2006) afirma que o leitor transmite energia por meio de ondas
eletromagnéticas através de suas antenas e que, o tag que capturar as ondas e converte-
las em energia que servirá para retransmitir as informações armazenadas.
Costa (2006 apud HECKEL, 2007, p.5) RFID é uma tecnologia usada para
identificação automática através de suas ondas de rádio, podendo obter ou enviar
informações remotamente através de seus componentes.
Segundo Taylor (2005 apud Quental Jr., 2006 p.3) a idéia é que o RFID venha a
reduzir os custos em todas as áreas e padronizar os processos, visando a cadeia de
suprimentos como um dos segmentos como um desafio com maiores possibilidades de
retorno nos negócios.
“A globalização cada vez mais abre espaço para que as empresas possam
participar e concorrer por mercados até então pouco explorados, é o caso das empresas
especializadas em operações logísticas” (FAHL, 2005, p.12).
A previsão é que a cadeia de suprimentos seja uma das áreas mais promissoras
no que se trata do mercado RFID, afinal tratando-se de estoque, logística e atendimento,
são setores que irão afetar desde o empresário que investe em RFID até o consumidor
que compra seus produtos nos supermercados.
Bernardo (2004) ainda afirma que empresas como Wal-Mart, Gillete, Boeing e
Airbus já estão adotando o RFID partindo dos seus núcleos até seus fornecedores.
Para negócios, isto pode significar automação mais rápida, maior controle
sobre os processos e estoques contínuos e precisos. Parceiros de negócios
poderão finalmente compartilhar informações sobre bens do início ao fim da
cadeia de fornecimento e, tão importante quanto isto, identificar
instantaneamente a localização atual e situação dos itens (Glover & Bhatt,
2007, p. 4).
Ainda Bernardo (2004) diz que mesmo com a trajetória do RFID em foco, a
velocidade de sua adoção é totalmente imprevista devido ao valor do chip.
Segundo Fine (1999 apud Quental Jr., 2006 p.4), é comum encontrar empresas
onde não existe um responsável pela cadeia de suprimentos, fazendo com que cada área
de uma empresa trabalhe de maneira independente das outras e tenham objetivos
conflitantes, resultando num processo conhecido por “jogar por cima do muro”.
Santana (2005 apud Dresch Jr., Efrom, Grumovski, 2008, p.48) o RFID é uma
tecnologia que desencadeia uma revolução que servirá de base para a identificação de
produtos, com impacto nos processos logísticos da cadeia de abastecimento, na
fabricação, no controle de estoque e até mesmo na compra e venda.
Pode-se dizer que hoje uma das poucas tecnologias que estão emergindo é o
RFID, e por isso existem diversas soluções sendo implementadas em vários países além
de seminários e conferências para discutirem o futuro desta mesma (CUNHA, 2005).
Conforme Quental Jr. (2006, p.59) “Os mercados mudam cada vez mais
rapidamente a cada dia. As empresas continuamente são desafiadas a reduzirem o custo
da sua operação, o tempo que leva para conceber, produzir e entregar um produto”.
Depois de feitos estudos para conhecer a tecnologia com a qual vão trabalhar, dá
pra se ter uma noção de aplicação e reação das pessoas envolvidas. É possível chegar
por exemplo a um conhecimento prévio sobre a tecnologia em estudo e quais métodos
serão necessários para implantação.
Conforme Quental Jr. (2006) o que vai fazer a diferença no mercado serão os
resultados e não a implementação. Quem sobreviverá será aquele que conseguir oferecer
ao mercado melhor qualidade pelo menor preço, ou seja, a performance de uma empresa
dependerá da performance de outras das quais ela depende.
Como dito anteriormente para que a performance de uma empresa seja positiva,
é importante que tenha alguém responsável pela cadeia de suprimentos desta, afinal o
foco no sucesso da empresa depende de tal responsável que venha a oferecer
competência no trabalho realizado, para que os processos que cada um realizar não fuja
do objetivo.
O mercado vem observando com cautela a utilização da tecnologia e também é
sabido q há oportunidades promissoras que vão da logística até a segurança do
consumidor, porém só será possível obter grandes ganhos quando existirem normas
globais que regulem os diferentes aspectos dos equipamentos e sua usabilidade
(BERNARDO, 2004).
Bernardo (2004) ainda indaga que há grande interesse das empresas em conhecer
e utilizar o sistema, onde já existem iniciativas de testes para verificar e analisar a
aplicação e o seu impacto nos negócios, principalmente nas grandes redes de varejo.
“Uma estimativa feita pela empresa de consultoria Gartner atesta que em 2010 a
tecnologia de RFID tenha investimento de mais de 3 bilhões de dólares” (HECKEL,
2007, p.5).
Já podemos perceber que mega empresas já estão levando a sério suas iniciativas
de implantação de RFID. Os projetos experimentais são fundamentais para que possam
dar um passo adiante em seus investimentos e realmente saberem quais são os pontos
positivos e negativos que a tecnologia vem a oferecer.
Conforme Quental Jr. (2006 apud Prahalad, 2004, p.62) “as empresas devem
medir o futuro tanto quanto o presente e as informações tem de ser baseadas em
informações não apenas sobre consumidores, mas também sobre tendências e
mercados”.
Mesmo com funções parecidas com o código de barras e também por se tratar de
um avanço tecnológico, fica cada vez mais comprovado que o RFID venha a
complementar o código de barras e não apenas substituindo-o (FAHL, 2005).
Um dos maiores problemas sempre foi dissuadir os clientes de que RFID não
é uma nova forma de código de barras e sim uma tecnologia que possibilita
visibilidade e fomenta a integração de toda a cadeia de valor da empresa em
tempo real, pois vários clientes vinham com a proposta de substituir o atual
código de barras com RFID (Quental Jr., 2006, p.121).
“Até hoje, por mais que se vislumbre imensas oportunidades para o uso das
etiquetas inteligentes na cadeia de suprimento, o preço e o amadurecimento da
tecnologia sempre foram fatores limitantes para a adoção da mesma” (FAHL, 2005,
p.88).
“Devido ao alto custo dos tags em relação à identificação por código de barras,
apenas os objetos de alto valor e unidades de movimentação com grande quantidade de
itens como pallets serão inicialmente identificados” (QUENTAL JR., 2006, p.85).
5 PADRONIZAÇÃO DO RFID
“O RFID ainda não foi adotado amplamente devido aos altos custos de
implementação e a falta de padronização” (FAHL, 2005). Não há uma definição legal
quanto à padronização da tecnologia, e a EPCglobal é uma das entidades mundiais sem
fins lucrativos que defende sua padronização (LOES, 2006).
Quental Jr. (2006, p.31) diz que “a adoção do irá esbarrar em questões como
padronização, segurança e acordos comerciais além de diferenças no nível de
maturidade de TI das empresas”. O mesmo autor diz que analistas acreditam que com a
adoção em massa e padronização, os custos de produção do chip possam reduzir em até
80% que em contrapartida barateia a implantação da tecnologia na empresa.
Cada etiqueta eletrônica possui um número de série único que é conhecido como
EPC (Eletronic Product Code ou Código Eletrônico do Produto). O Auto ID juntamente
com o EAN e o UCC (Associação Internacional de Numeração de Artigos responsável
pela identificação e padronização do sistema de numeração e simbologia adotada no
mundo inteiro) foram os responsáveis por fundamentarem um padrão seguido
mundialmente, onde permite que cada etiqueta nunca se repita (FAHL, 2005).
6 RFID NO BRASIL
7 VANTAGENS X DESVANTAGENS
7.1 Vantagens
7.2 Desvantagens
Bernardo (2004) também mostra que por outro lado o RFID também apresenta
algumas desvantagens, tais como: o custo elevado em relação ao código de barras, que é
um dos principais obstáculos para o aumento da sua aplicação comercial, e também é
algo que implica no preço final dos produtos.
Fahl (2005) também ressalta que o custo de fabricar tanto as etiquetas quanto
leitores e antenas que trabalhem em uma freqüência mais alta é mais caro do que os
equipamentos de baixa freqüência, porém mais barato que os de freqüência ultra-altas.
Outra desvantagem desse tipo de freqüência é que ela não funciona bem em
todos os ambientes, tendo problemas em lugares com materiais metálicos e condutivos,
pois a operação é baseada em campos magnéticos, logo o metal interfere negativamente
no desempenho e a água possui uma propriedade de absorver as ondas eletromagnéticas.
No entanto o MIT já vem estudando formas para superar essas dificuldades
(BERNARDO, 2004; FAHL, 2005).
Questões como padronização das freqüências utilizadas e invasão de privacidade
dos consumidores são também outras duas desvantagens no mercado. No caso da
invasão de privacidade existem técnicas de desativamento da etiqueta RFID e também
de bloqueio automático no momento em que o tag sair da loja (BERNARDO, 2004).
9 TENDÊNCIA NO SUPERMERCADOS
Esse estudo teve por embasamento teórico as idéias de diversos autores, citando
os principais: Bernardo (2004); Cunha (2005); Fahl (2005); Scavarda, Filho, Kraemer
(2005); Quental Jr. (2006); Glover e Bhatt (2007); Gomes (2007); Heckel (2007);
Dresch Jr., Efrom, Grumovski (2008);