1) O texto descreve uma meditação simbólica sobre a purificação dos instintos e paixões humanos através da comparação com o crescimento puro e desapaixonado de uma planta.
2) É construído um símbolo de uma cruz negra com sete rosas vermelhas no centro para representar esse processo de purificação.
3) Ao meditar no símbolo após preparar a mente através da comparação com a planta, ele pode despertar sentimentos de bem-aventurança e libertação na alma.
1) O texto descreve uma meditação simbólica sobre a purificação dos instintos e paixões humanos através da comparação com o crescimento puro e desapaixonado de uma planta.
2) É construído um símbolo de uma cruz negra com sete rosas vermelhas no centro para representar esse processo de purificação.
3) Ao meditar no símbolo após preparar a mente através da comparação com a planta, ele pode despertar sentimentos de bem-aventurança e libertação na alma.
1) O texto descreve uma meditação simbólica sobre a purificação dos instintos e paixões humanos através da comparação com o crescimento puro e desapaixonado de uma planta.
2) É construído um símbolo de uma cruz negra com sete rosas vermelhas no centro para representar esse processo de purificação.
3) Ao meditar no símbolo após preparar a mente através da comparação com a planta, ele pode despertar sentimentos de bem-aventurança e libertação na alma.
(extraído do capítulo “O conhecimento dos mundos superiores” do livro –
A Ciência Oculta – esboço de uma cosmovisão supra sensorial) Imaginemos uma planta — como ela se enraíza no solo, como produz folha por folha, como desabrocha em flor. E agora imaginemos um homem postado ao lado dessa planta. Tornemos vivo em nossa alma o pensamento a respeito de como o homem possui qualidades e faculdades que, frente às da planta, podem ser chamadas de mais perfeitas. Consideremos como ele, de acordo com seus sentimentos e sua vontade, pode dirigir-se de um lugar a outro, enquanto a planta está presa ao solo. Mas também ponderemos o seguinte: sim, certamente o homem é mais perfeito do que a planta; mas em compensação me deparo, nele, com características que não observo na planta e por cuja ausência esta me pode parecer, em certo sentido, mais perfeita do que o homem. O homem está preenchido por desejos e paixões, que ele segue em sua conduta. Em seu caso, posso falar de erros por causa de seus impulsos e paixões. No caso da planta, vejo como ela segue as puras leis do crescimento folha por folha, e como abre impassivelmente suas flores aos castos raios do sol. Posso dizer a mim mesmo: o homem tem certa perfeição precedente à planta, mas pagou por essa perfeição ao permitir que às forças da planta em seu ser, as quais me parecem tão puras, se acrescentem instintos, apetites e paixões. Então imagino a seiva verde fluindo através da planta, sendo a expressão para as puras leis desapaixonadas do crescimento. Depois penso como o sangue vermelho circula pelas veias do homem, sendo expressão para os instintos, apetites e paixões. Deixo tudo isso surgir em minha alma como um pensamento vivo. A seguir considero como o homem é capaz de evoluir; como pode depurar e purificar seus instintos e paixões mediante suas faculdades anímicas superiores. Imagino como, dessa maneira, um elemento inferior é destruído nesses instintos e paixões, que renascem num nível superior. Então é possível imaginar o sangue como a expressão dos instintos e paixões depurados e purificados. Agora, por exemplo, dirijo o olhar espiritual à rosa e digo a mim mesmo: na seiva vermelha da rosa vejo a cor da seiva vegetal verde transmutada em vermelho; e a rosa vermelha segue, tanto quanto a folha verde, as puras e desapaixonadas leis do crescimento. O vermelho da rosa poderá ser, para mim, o símbolo de um sangue expressivo de instintos e paixões depurados, que se despojaram do elemento inferior e, em sua pureza, igualam-se às forças atuantes na rosa vermelha. Procuro agora não apenas elaborar tais pensamentos em meu intelecto, mas também torná-los vivos em meu sentimento. Posso experimentar uma sensação de bem-aventurança ao representar mentalmente a pureza e a ausência de paixão na planta em crescimento; posso produzir em mim o sentimento de como certas perfeições superiores devem ser obtidas à custa de instintos e paixões. Isso pode transformar a bem-aventurança, sentida por mim anteriormente, num sentimento grave; então se agita em mim um sentimento de alegria libertadora quando me entrego ao pensamento do sangue vermelho, que pode tornar-se o portador de puras vivências interiores, tal como a seiva vermelha da rosa. O importante é não ficar impassível diante dos pensamentos que servem à construção de uma representação mental simbólica. Depois de percorridos tais pensamentos e sentimentos, deve-se transformá-los na seguinte representação mental simbólica: Imagine-se uma cruz negra; seja ela símbolo para o elemento inferior dos instintos e paixões; e no ponto onde os eixos da cruz se tocam e se cruzam, imaginem-se sete rosas vermelhas resplandecentes, ordenadas em círculo. Sejam essas rosas o símbolo para um sangue que é a expressão para paixões e instintos progressivamente depurados e purificados. Uma representação simbólica como essa será evocada na alma do mesmo modo como no caso de uma representação mental recordativa. Tal representação mental tem uma força despertadora da alma quando nos entregamos a ela em profunda interiorização. Deve-se procurar excluir qualquer outra representação mental durante o aprofundamento. Simplesmente o símbolo caracterizado deve pairar espiritualmente diante da alma, de modo tão vivo quanto possível. Não é sem razão que esse símbolo foi indicado aqui não simplesmente como uma representação mental despertadora, mas tendo sido primeiro construído por meio de representações relativas a plantas e ao homem. É que o efeito de tal símbolo depende de este ter sido configurado da maneira descrita, antes de o empregarmos na interiorização. Se o imaginarmos sem primeiro termos percorrido essa elaboração na própria alma, ele permanecerá frio e muito menos eficaz do que se houvesse recebido sua força iluminadora da alma mediante preparo. Contudo, durante a interiorização não se deve evocar na alma todos os pensamentos preparatórios, mas apenas ter, em espírito, o símbolo pairando vivamente e, nesse caso, deixar vibrar também aquela sensação que se instalou como resultado dos pensamentos preparatórios. Assim o símbolo se torna um signo ao lado da vivência da sensação, e é na demora da alma nessa vivência que reside o aspecto atuante. Quanto mais ela se possa demorar sem que outra representação mental perturbadora venha imiscuir-se, mais eficaz será todo o processo.