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O Homem Criado À semelhança de Deus

O primeiro homem criado a imagem e semelhança de Deus era puro em excelência e bom em
sua natureza inocente. Ao forjar o homem Deus tinha todo o poder para fazer-lo como a sua
obra-prima e por conhecer também toda sua vida antes mesmo de criá-lo, poderia alterar nele
o que quisesse para que o homem não tivesse qualquer falha de caráter ou física.
Então o que a onipotência forjou temos uma onisciência para ratificar.
Deus colocou no homem vida, mas havia nele também um espírito humano onde o próprio
Deus como espírito pudesse habitar com ele e nele.
A complexidade desse ser criado é comparada à criação de um mundo inteiro onde há a união
de vários Mundos; o mundo espiritual Místico e divino, o mundo psicológico a residência da
alma e o mundo da matéria a dimensão tridimensional.
O homem ao ser moldado a imagem e semelhança de um Deus tão maravilhoso não poderia
deixar de ter assinatura do seu artífice em beleza e perfeição que pudessem espalhá-lo ao seu
criador.

A perfeição da alma do primeiro homem inocente

Ao criar o homem, Deus espelhou-o em si mesmo, mesclando a sua natureza divina com uma
natureza humana.
Tudo no homem foi criado para conter as virtudes elevadas do seu caráter e nele foram unidas
todas as perfeições difundidas da criatura, todas as graças e ornamentos todos os aspectos e
características, foram resumidas neste pequeno ser humano.

Ele possuía todas as características da natureza divina, do grande artífice, que ao faze-lo iria
mais que normalmente exigir, desenhar o seu próprio retrato na mente do primeiro homem.
Ele seria cheio de aspirações Serenas sem a pressão das coisas negativas e pensamentos
opressivos.
Uma faculdade líder da alma sem nada para persuadi-la em suas aspirações, um raciocínio
rápido e firme tanto no propósito quanto na realização do mesmo. Bastava a sua imaginação
perceber algo e imediatamente vinha à mente o mapa completo para que a imaginação
pudesse dar Vazão a criação do mesmo.
Não havia espaço para dúvidas pois o entendimento logo aparecia para solucionar e clarear a
mente e o intelecto do primeiro homem.
A imaginação e o entendimento eram práticos nos quais a imagem de Deus era aparente.
Essa era a felicidade de Adão no seu estado de Inocência ter todas as funções Claras e limpas.
Adão não era ignorante em nada até a sua queda.
Nada mais que o pecado era a sua ignorância.
Adão descansava apenas com a noção sem contudo provar os efeitos do Pecado.
Não havia qualquer esforço por tentar lembrar de algo, pois a memória era instantânea e
perfeita não havia esforço para criar alguma coisa a resolução para qualquer problema vinha
de imediato prodigiosamente em sua mente.
O primeiro homem gozava da perfeição intelectual. Nada lhe era ignorado,sem que
positivamente reagisse ao menor sinal de resposta das suas habilidades da razão.
Os seus sentidos coletivos expressavam a perfeição de Deus na criação.
Nesse ser tão perfeito e belo, tudo que hoje nossos cientistas, ou as mentes mais brilhantes de
nosso tempo conquistam na ciência, em comparação não passam de relíquias de um intelecto
deformado pelo pecado, não há comparação entre criação inicial e a criação pós pecado.
Imagina se tivéssemos ainda o intelecto do primeiro homem sem o pecado, aonde já teríamos
chegado, na tecnologia e na evolução humana? caso não tivesse sucumbido à tentação, e
causado a queda do homem ele estaria em outro nível da evolução intelectual e espiritual.
Não há nenhuma comparação possível para fazermos que possamos entender como seria
estar sem a restrição do pecado em nosso intelecto.
Essa frase descreve bem o que é a nossa melhor mente comparada com Adão antes da
queda; “Aristóteles era apenas o lixo de um Adão e a cidade de Atenas apenas os entulhos do
Paraíso”.
No que se refere às noções imaculadas das ações do inocente Adão, noções como; Justiça da
Lei e da santidade de Deus, que deveria trazer em seu coração no paraíso. A sua consciência
de Deus era o que o mantinha, com tais faculdades da Alma sobre a tutela da Obediência.

Ele não foi ensinado por alguém sobre Deus, mas tinha a reverência e o amor em atos a razão
seu entendimento o auxiliaram. Sua percepção do funcionamento das coisas criadas por Deus,
bem como o respeito pela vida e a sua preservação, pode-se dizer que todas as leis éticas de
justiça que conhecemos são apenas uma cópia, um xerox daquilo que originalmente Adão
percebeu com seus sentidos aguçados. Até mesmo os elevados estatutos de Salomão ou as
10 leis de Moisés são apenas uma cópia, um rabisco do original dados a Adão no paraíso.
A justiça quando para discernir algo não inclinava para nenhuma das duas vertentes principais,
mantendo o equilíbrio para os dois lados da balança.
Sempre havia o equilíbrio entre o discernir o juízo, e ao Executar a sentença não havia dois
pesos e Duas Medidas pois não havia ainda o bem e o mal para posicionar qualquer um dos
lados para uma vantagem ou desvantagem.

Adão na ignorância do pecado agia com retidão em sua justiça, e as suas faculdades inferiores
da alma, as emoções junto com a parte volitiva, transmitiam suas sugestões com clareza.
A mente ordenava com poder, pois tinha as paixões em sujeição perfeita, e ainda que seu
comando sobre elas fosse persuadido num instante tinha uma força da coação de um déspota.
A consciência não tinha a influência da ciência do bem e do mal, sua função cognata de legislar
com toda firmeza a tornava forte e atuante. Infelizmente hoje a voz da Consciência é baixa e
fraca, anulada pelas paixões desenfreadas pelas concupiscências do engano.
Porem em Adão ela falava como legislador, sua fala era lei para a alma, quando proferia algo,
não havia disparidade entre as ordens práticas dadas ao entendimento.
Todas as ordens de Deus transmitidas na mente do homem pela consciencia eram muito
diferentes com as que se executam hoje por ela.
A ordem da consciência não era interpretada como opinião na mente, ou um pensamento
desordenado. Era acatada pelo intelecto obedecida de imediato, sem qualquer questionamento
das paixões, não havia refutação nas obrigações em segui-la à risca.
No entanto, em comparação a hoje racionalizamos tudo que nos vem à mente a fim de
obtermos as respostas que queremos, e quase sempre ainda ficamos sem obter-las.
Hoje ainda surgem dúvidas e confusões entre as nossas paixões da alma, distintas da
perfeição em todas as nossas faculdades e sentidos do corpo.
Antes de pecar não havia qualquer desbalance de medida no projeto de construção que forjou
o primeiro homem.
Ele era perfeito até que o pecado chegasse em toda sua estrutura e o danificasse
completamente. O homem se quer conhecia suas fraquezas humanas do pecado latentes na
desobediência. Sua vontade elástica, se diz da nossa condição de aceitação ou não dos
estímulos recebidos de outras paixões da alma, que ao passar pelo crivo da consciência pura e
razão justa da vontade eram passiva, certas de que nosso entendimento era perfeito em seu
julgamento da Razão.
A sentença a ela apresentada não havia contradições não discordam nem de teor e nem de
conteúdo a serem compartilhados entre os elementos da alma. E é realmente da natureza
desta faculdade seguir um guia superior traída pelo intelecto. Outrora as faculdades eram
subordinadas ao conhecimento, e o entendimento não era escravo das demais faculdades da
emoção e vontade.
A natureza da nossa parte volitiva é agir quando é estimulada a natureza que seja maior que a
sua designação no caso a mente. Nossa mente tende a dominar sobre a nossa vontade e
emoção.
Mas após a queda o pecado tornou as três partes da alma, quase que independentes
da razão. Com a emoção desenfreada e uma vontade obstinada há uma confusão
generalizada na alma do velho homem com crises profundas de compreensão de si mesmo.
Desse modo, deixando na alma do homem um vazio existencial e falta de objetividade para
com a vontade executar, surgindo assim vários outros problemas de uma alma doente.
A psicologia tenta explicar os desmandos da nossa alma enquanto a filosofia ri-se dela, dessa
condição ineficaz e faz poesia e frases de impacto com a compreensão do nosso entendimento
superficial da alma .
O homem tripartido sendo corpo alma e espírito, onde as três partes foram unidas com um só
gesto de Deus ao enviar seu hálito de vida naquele boneco de barro ainda inanimado.
Neste gesto Deus foi capaz de unir as três partes,criando e unindo três dimensões, três
naturezas, espiritual, psicológica e física. A natureza divina, e a natureza humana e biológica
foram unidas em um só recipiente, para conter a majestade do criador nela.
Muitos eruditos classificam o amor como sendo só um sentimento, um afeto profundo, um laço
entre os corações envoltos em emanações das faculdades da alma. Nada é tão superficial
como essa classificação do amor de Deus que é tão profundo. Ele é o elemento que mais
indica a presença do nosso criador em todo universo, pois ele representa a natureza e o
caráter divino e superior de Deus como sendo o próprio amor (gr. Zoe) que é o elemento do
próprio Deus e representa a sua natureza, que então é o domicílio de todas as faculdades da
alma e do espírito.
O efeito no estado de Inocência não tinha o ardor impuro da queimação da Alma, quase uma
Volúpia pelo desejo de pecar, odiar, de rancor e desconfiança de tudo.
Cremos que se houvesse lugar para uma paixão negativa contrária ao seu estado inocente,
seria algo controlado, dentro de seus limites, sem qualquer exagero de Fúria e descontrole
cego das emoções.
Seria como uma planta medicinal que é amarga ao sabor mais saudável. Seria só um
sentimento passageiro sem efeitos colaterais para a alma, do mesmo gênero da inocência pura
de Adão.

O efeito do pecado do primeiro homem sobre nossa alma, nossas emoções e nossa vontade
foram devastadores. A cada arroubo da razão, há o descontrole dos pensamentos, e sem o
equilíbrio das emoções, sem os conselhos da consciência, tudo fica incontrolável na alma.
Outrora se expressavam pelas medidas da razão não ouviam as coisas sem o consentimento
da consciência pura e não havia tal coisas como os enganos da Malícia ou os efeitos da
maldade e violência.

A fúria despoja nossa honra hoje e nosso caráter fica desfigurado pelos atos perniciosos das
nossas faculdades contagiadas,e degradantes do Pecado mais o vício das concupiscências
que corroem nossa carne.

Nesse estado de torpor pelo sentido de independência o pecado aflora os instintos mais
primitivos do velho homem sem esperança ele aguarda o veredito final para o seu receptáculo
terreno e o fim de toda a ignorância do mundo espiritual onde foram criados.
Como poderiam ser diferentes os homens hoje de acordo com a criação primordial de Deus
sem a concessão e a ruína do pecado mortal.

A alegria era algo robusto e simples de se obter, a qualquer momento era o resultado de estar
plenamente satisfeito com os cuidados de Deus, entregando-se despreocupadamente aos seus braços
e silenciosamente receber seus carinhos repletos de amor.

No primeiro Homem inocente todas as suas ações e os ardores do coração eram ímpetos
sendo uma atividade inocente, de uma paixão jovial cheio de alegria.
A alegria era robusta e simples, a recreação do julgamento era o Jubileu da razão obtida como
o resultado de um bem real, apropriadamente aplicado na solidificação da Verdade e na
substância do gozo.

Os vícios eram só erupções indecentes das paixões da carne, não se comparando com o
encher sua alma com Deus que fez o universo, refrescando-se na sua presença e gozando de
todos os seus favores.
A tristeza não era apenas um sentimento contrário à alegria, mas estava acima de todas as
demais virtudes. Como base da felicidade, ultrapassar a linha da Prudência com a ignorância
do conhecimento do bem e do mal era certamente uma virtude da Inocência.
Mas por trás do ato Consumado do pecado reside um vazio nas emoções que jamais seriam
supridas com algo tangível.
Apesar das lágrimas demonstrarem seu estado de tristeza interior e sua aflição sufocante
arrebatarem sua imagem de alegria, já perdidos nas lembranças de um tempo passado, não
haveria mais consolo para suas emoções.
As lágrimas roladas silenciosamente pelo rosto podiam lavar os olhos mas não lavavam a alma
com suas aflições nem continham seu suspiros.
Podiam até esvaziar o homem, mas jamais ejetar o fardo da tristeza que pressionam seu peito.
A esperança não podia negociar as perdas, pois uma vez fora do jardim das maiores delícias
nada se equiparava as Sensações inebriantes alcançadas ao nível do viver no paraíso.

Que mais poderia ele experimentar fora do Jardim que lhe consolaria ou que lhe desse
qualquer esperança de espólios adquiridos no paraíso.
Mas hoje Deus deixou uma esperança para o homem de um dia provar aquilo que o primeiro
homem tinha em grande medida. A esperança de fato é âncora da alma por isso ninguém
espera o que vê muito menos podia Adão esperar por coisas que ele havia experimentado
completamente no jardim, fora dele.
Havia ainda a inclinação ao medo, que era na verdade uma ferramenta para frear o ímpeto do
homem em fazer aquilo que podia machucá-lo, ou ferir seus sentimentos trazendo a
insegurança.
O medo hoje é a doença da alma que o aflige com desesperança, angústia, eA incerteza
provocando a ansiedade e agitação das emoções.
A alma está enferma, foi danificada pelo pecado, todas as suas partes foram desorganizadas e
necessitam da restauração de Deus nelas.
Todas as paixões no tempo de Adão, achavam-se sem seus atuais efeitos desagradáveis, sem
os combates ou repugnância, tudo se movendo com a beleza da uniformidade e Quietude da
compostura como um exercíto bem governado onde havia dignidade e Ordem.
Essas são as virtudes atribuídas na Bíblia ao primeiro homem Adão, como Deus tendo o
criado reto sendo ele possuidor da perfeição.
Não havia quaisquer imperfeições no primeiro Adão antes da queda.
Se Deus fez o homem reto em seu caráter e pleno da boa consciência, podemos dizer então
que a serpente colocou a sinuosidade na alma do homem para enganá-lo e curva-lo diante do
Pecado.
O primeiro homem gozava da perfeição do artífice do universo que tudo quanto faz é belo,
pleno e perfeito.
A onisciência impede Deus de errar e de fazer algo imperfeito daquilo que ele pode mudar,
isso pode ser atestado também nas suas onipotência e onipresença.

A boa consciência goza do privilégio de uma vida virtuosa. Quando todas as partes do corpo
funcionam bem, gozamos de saúde. O mesmo se diz quando todas as partes da alma estão
harmônicas e plenas em suas funções, em suas faculdades a alma goza de alegria.
Também é aplicável a consciência boa, que pode se expressar através da alma sem Barreiras
sem as fortalezas da mente dizemos que há uma boa consciência ou uma consciência
funcional que governa sobre a alma e a direciona para uma vida virtuosa.

Deus desenhou também alguns traços de sua imagem e expressão quando moldou o corpo do
homem. Deu ao homem uma aparência exterior muito bela, com as características da
Majestade que Deus imprimiu no corpo do homem. Desenhou alguns traços de sua imagem na
alma tanto quanto em sua substância espiritual corpórea.
Adão era glorioso em sua aparência exterior. Ele tinha um corpo perfeito, seu rosto
resplandecia a glória do criador, deixando transparecer os atributos de sua alma imortal nele.
A combinação e a harmonia da construção de sua parte física era notória pela beleza e dotada
de muita força e resistência.
Adão nem mesmo se cansava na execução das suas atividades no paraíso. Conclui-se que o
homem foi muito bem forjado, certamente com o melhor material existente, que é baseado na
substância do próprio Deus. O homem era revestido de uma grande força, abrigando em seu
corpo uma grande alma, o que era belo por fora, era sagrado por dentro.

A estrutura do corpo desafiava qualquer cientista a achar qualquer partícula aparente, que
tirasse o brilho e a beleza criados no primeiro Adão.
No Jardim do Éden a natureza era sua médica e a inocência a substância que o teria mantido
são, até a imortalidade, caso preservasse sua alma do Pecado.
O pecado de Adão não só tragou a sua imortalidade e vitalidade como trouxe a decadência
para sua alma e para sua parte espiritual.
Todas as suas faculdades foram usurpadas pelo governo da carne.
Toda luz se converteu em Trevas e seu entendimento ficou obscurecido como também suas
faculdades foram afetadas profundamente em suas estruturas mais primitivas e se moldam de
acordo com a natureza do Pecado. Juntos com as inconveniências do Pecado o resultado final
seria a companhia da morte, que o conduziria até o seu destino final que é, voltar ao pó.
Esse seria o destino do homem após a decisão de não cumprir os preceitos do altíssimo.
O pecado e a morte acompanhariam o homem em sua jornada finita de tristeza cercada de
toda maldição.

Qual a estupidez da criatura em desejar ser como o criador, conhecendo algo que o levou há
uma ruína além da nossa imaginação. Com esse conhecimento veio também os efeitos dele e
todo tipo de perversidade tomaram conta da alma do homem, todas as paixões se afloraram
nela. O homem foi inundado com sentimentos de tristeza e aflições que jamais teria conhecido
se tão somente tivesse mantido seu coração puro no jardim.
Inicialmente Adão fora criado perfeito, mas ainda assim foi acometido pela soberba da alma,
que o conduziu a um abismo. A expressão sereis como Deus conhecedor do bem e do mal
mostrou ser a face do interlocutor que o inseriu nesse contexto, mostrou também que o desejo
latente por ser como a divindade era o desejo primordial do anjo de luz rebelde, transferido
agora para o homem pecador.

Tal desejo incorreto no coração do homem rompeu também a sua alma, tornando-o
independente para decidir sua vontade e incliná-la para o enlace de satanás de ser como a
divindade. Algo perturbador mas o inimigo logrou êxito em sua investida, fazendo com que
Adão sucumbisse ao intento do pensamento maligno sendo então enganado por Ele.
Adão foi seduzido por uma proposta lisonjeira de uma sagaz e fatal serpente, e ele caiu em
uma tragédia anunciada pelo criador que a asseverou da gravidade se o fizesse.
Tal deslize de nosso antepassado se estende até nossos dias e para toda a humanidade.
Tudo que foi plantado por Adão fora do jardim, toda humanidade colhe os frutos de
perversidade e decadência da corrupção no ser tripartido.
O pecado da natureza serpentina vem se desenvolvendo em todas as eras na natureza
humana, e a colheita será a manifestação do juizo de Deus que se aplacará com o sangue dos
perversos na punição eterna.
A Bíblia nos adverte que a busca desenfreada por sermos como Deus resultou na dissolução
irreversível da harmonia primordial do ser do homem tripartido.
Uma escolha que transcende seus próprios limites trouxe a ruína ao homem e a toda a
humanidade.
O pecado continua dando seus frutos e o homem continua se alimentando deles, afundando-se
cada vez mais no abismo do vazio interior.

A cada passo em direção ao abismo o homem se sente cada vez mais longe do seu criador
mais longe da perfeição do primeiro homem criado por Deus.
Assim caminha a humanidade em direção oposta à esperança sem Deus trilhando o caminho
largo que conduz a um destino já pronunciado nas escrituras e proclamado nos evangelhos.
Caso o homem não volte sua alma para o criador não haverá qualquer migalha de esperança
para sua Redenção.

Deus preparou um caminho estreito que hoje conduz o homem sedento ao rio da água da vida,
para saciá-lo e mostrar-lhe o novo e vivo caminho que está aberto agora novamente para a
árvore da vida.
Todos quantos dela se alimentarem receberão os privilégios que o primeiro Adão tinha e
gozava da perfeição no ambiente do paraíso e ainda mais aquele que distraidamente deixou de
se alimentar do fruto da árvore da vida eterna.

O último Adão Cristo veio para redimir toda a humanidade para oferecer a ela a oportunidade
de obter novamente a perfeição e a presença do Criador amoroso juntos na eternidade.
O primeiro Adão nos introduziu na morte, o último Adão porém nos redimiu para a vida.

Hoje podemos ter intimidade com o nosso senhor e criador, podemos descansar em seus
braços novamente.
Confiar nele hoje nos coloca no seu descanso e por nele toda nossa esperança, no futuro nos
dará acesso ao seu Reino eterno de Glória.

Precisamos almejar algo mais sublime, que vai até mesmo além do que o próprio Adão anelava
reconquistar após pecar. Ele só podia desejar voltar para o Jardim, e ver o senhor na viração
do dia.
Nós, porém, devemos almejar ter o Senhor expandindo e habitando todos os recantos do
nosso ser. Almejamos também reinar com o Senhor no Reino Milenar e sermos parte da Nova
Jerusalém celestial.
Isso é muito mais que Adão obteve no Jardim do Édem antes de pecar e ser expulso.
A melhor proposta de Satanás para Adão era de ele ser como Deus, e a melhor proposta de
Deus é sermos um com Ele, é ser um espírito com Ele.Gozar da sua aprovação, do seu amor e
descansar no seu cuidado amoroso.
Deus está dando muito mais que aquilo que satanás quis tomar a força, e que Adão desejou
obter por meios ilícitos e contrários ao desejo de Deus.
Ele nos dá gratuitamente o dom da vida eterna, algo muito mais duradouro que a sabedoria e o
conhecimento oferecidos pela árvore desvirtuadora.
O conhecimento de outrora nos conduzia a um estado de degradação da alma, mas o que se
nos é oferecido nas páginas do livro sagrado das promessas são os tesouros ocultos da
sabedoria de Deus.
Nossa inclinação natural sempre vai pender para o material, fazendo com que nossos ouvidos
desejem a sabedoria humana inspirada pela antiga serpente. Assim devemos ter o cuidado que
Adão não teve de ver da onde procedem as fontes do conhecimento que chega aos nossos
ouvidos. As escrituras nos advertem a examinar todas as coisas mas reter apenas o que é
bom. Mas o que é bom? tudo aquilo que procede e cuja fonte é o próprio Deus.

Precisamos aprender as muitas lições que obtivemos com nossos pais da antiguidade. Evitar
seus erros, aceitar suas advertências e seguir caminhos diferentes dos deles.

Não temos mais a inocência de Adão, mas muitos ainda são fascinados pelas mesmas
propostas feitas a Ele no princípio pela serpente sagaz e astuta.
Todos os dias somos tentados com algum pecado diferente na forma, mas igual em natureza.
A proposta é diferente mas o meio de fazer e obter os seus feitos é sempre o mesmo,
transgredir algumas leis do altíssimo.
Satanás não mudou o seu modus operandis,não alterou o cardápio do pecado, apenas
aumentou as opções do menu das tentações.
O conhecimento oferecido por satanás, não tornou o homem mais sábio, pelo contrário o fez
tolo, a ponto dele achar que poderia ser como Deus.

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