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1|Planejamento Semestral do SCFV para a Pessoa Idosa

CARLOS, DIÓGENES

PLANEJAMENTO SEMESTRAL DO SERVIÇO DE CONVIVÊNCIA E


FORTALECIMENTO DE VÍNCULOS PARA A PESSOA IDOSA. /DIÓGENES
CARLOS --- 2019.

OBRA PERTECENTE AO GRUPO ASSESSORIA NO SUAS

1. CENTRO DE REFERÊNCIA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL; 2. SERVIÇO DE


CONVIVÊNCIA E FORTALECIMENTO DE VÍNCULOS; 3. SISTEMA ÚNICO DE
ASSISTÊNCIA SOCIAL

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Todo mundo deveria ser aplaudido de pé
pelo menos uma vez na vida, porque todos
nós vencemos o mundo.

August Pullman

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Introdução ....................................................................................................................................................... 06
O Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos.............................................................................. 07
O SCFV ........................................................................................................................................................ 07
Objetivos do SCFV ....................................................................................................................................... 08
Objetivos do SCFV para a Pessoa Idosa ..................................................................................................... 08
Público Prioritário ....................................................................................................................................... 08
Janeiro ............................................................................................................................................................. 10
A rede socioassistencial e a proteção social à pessoa idosa ...................................................................... 11
A Pessoa Idosa e o território........................................................................................................................ 14
Contando as nossas histórias ...................................................................................................................... 19
Criando uma rede de cuidado e proteção ................................................................................................... 23
Fevereiro.......................................................................................................................................................... 27
Sou idoso, sujeito em transformação e inserção ......................................................................................... 28
O idoso e o seu papel social, construindo espaços e oportunidades ........................................................... 32
Fortalecendo vínculos, criando raízes, forjando histórias ......................................................................... 36
Criando uma rede de cuidado e proteção .................................................................................................... 40
Março ............................................................................................................................................................... 45
Baile de Carnaval ........................................................................................................................................ 46
O Brasil é um lugar igualitário para homens e mulheres? ......................................................................... 50
Igualdade de gênero, ninguém é inferior a ninguém .................................................................................. 54
Uso abusivo do álcool pela pessoa idosa .................................................................................................... 59
Abril ................................................................................................................................................................. 64
Quando a memória não é mais a mesma: discutindo sobre doenças demenciais ....................................... 65
Os SUAS e as seguranças afiançadas: conversando sobre os benefícios socioassistenciais ..................... 70
Brasil um pais de igualdade? ...................................................................................................................... 73
Hipertensão, prevenir continua sendo o melhor remédio ........................................................................... 79

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Maio ................................................................................................................................................................. 83
Crianças e adolescentes protegidos – construindo uma rede de proteção e solidariedade ....................... 84
Abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes, uma morte em vida – Conversando sobre as
consequências biopsicossociais .................................................................................................................. 88
Uma rede de proteção à criança e ao adolescente ..................................................................................... 92
Prevenindo quedas na velhice ...................................................................................................................... 96
Junho ............................................................................................................................................................. 101
Dia mundial sem tabaco – os malefícios do uso do cigarro para a saúde do idoso ................................. 102
A Pessoa Idosa merece respeito, cuidado e proteção: Campanha de combate a violência contra a pessoa
idosa ........................................................................................................................................................... 107
Criando uma rede de cuidado – Identificando as violências contra a pessoa idosa. ............................... 111
O Sistema de Garantia de Direitos da Pessoa Idosa ................................................................................. 117

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Envelhecer...

Envelhecer é um processo inerente ao desenvolvimento humano, ele é a soma de estilo de vida e de


cuidados. Envelhecer, deve ser sinônimo de bem-estar e de qualidade de vida, precisamos envelhecer de
forma ativa, autônoma e saudável, onde podemos conviver, construir projetos de vida, pô-los em prática e
continuar contribuindo para o desenvolvimento econômico e social do nosso país.
Infelizmente a velhice tem sido pensada, quase sempre, como um processo degenerativo, oposto a
qualquer progresso, como se nessa etapa da vida deixasse de existir o potencial de desenvolvimento humano.
O estereótipo tradicional da velhice é o de pessoas doentes, incapazes, dependentes, demenciadas, rabugentas
impotentes, um problema e ônus para a sociedade. Tais concepções acabam acompanhando o imaginário do
nosso povo e com isso vamos construindo barreiras arquitetônicas, mas principalmente construímos de forma
solida as barreiras atitudinais.
Infelizmente, mesmo depois de tantos ganhos sociais e civis, tal garantia parece ainda ser utopia,
vivemos em um território permeado por vulnerabilidades e riscos sociais, que impõem a pessoa idosa uma
angustia e sofrimento que vai além do corpo, elas estão presentes na alma desses sujeitos, fragilizados por
tantas violências que afetam a autoestima e a vitalidade da pessoa idosa. É preciso ainda trilharmos um longo
caminho de inclusão, de cuidado e de proteção da pessoa idosa, caminho este que precisa ser assumido pela
família, pela sociedade e pelo estado. É verdade que nos últimos anos, tivemos avanços significativos, temos
um estatuto que veio garantir dignidade e vida, uma política voltada a pessoa humana que pretende incluir e
oferecer serviços que promovam este envelhecimento ativo, autônomo e saudável.
O Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para a Pessoa Idosa, surge de forma
participativa e descentralizada, como um espaço que além de promover a convivência e a socialização, a
elevação da autoestima, promove o acesso e usufruto a direitos garantidos nos dispositivos legais vigentes
no nosso país, podendo assim contribuir para uma mudança de paradigmas e de atitudes.
Ao apresentarmos este planejamento, pretendemos oferecer pistas de reflexão para a pessoa idosa
usuário do nosso serviço, para a sua família e a comunidade em geral, da necessidade de se garantir vida e
vida digna a esta parcela tão significativa da nossa sociedade. E quem sabe um dia, teremos realizado o
nosso sonho de um dia o velho ser considerado lindo e que viva em uma nação onde as pessoas não serão
julgadas pelas rugas da sua pele, e sim pela beleza do seu caráter. Livres! Livres, enfim!
Por fim, este planejamento representa o esforço para materializarmos a proteção integral dos nossos
idosos, através da família que acolhe e protege, da sociedade que contribua para o acolhimento, o respeito e
principalmente para a efetivação de direitos e do estado para que efetive e garanta proteção ao idoso e as
suas famílias e ainda para contribuir para a efetivação de um sistema de garantia de direitos efetivo.
A garantia de uma velhice feliz e protegida, começa na infância e perpassa por todos os ciclos de
vida! Avante!

Diógenes Carlos – Técnico de Referência.

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Trata-se de um serviço da Proteção Social Básica do SUAS, regulamentado pela Tipificação Nacional
de Serviços Socioassistenciais (Resolução CNAS nº 109/2009). Foi reordenado em 2013 por meio da
Resolução CNAS nº01/2013.
Esse serviço é ofertado de forma complementar ao trabalho social com famílias que é realizado por
meio do Serviço de Proteção e Atendimento Integral às Famílias (PAIF) e do Serviço de Proteção e
Atendimento Especializado às Famílias e Indivíduos (PAEFI).
O SCFV possui um caráter preventivo e proativo, pautado na defesa e afirmação de direitos e no
desenvolvimento de capacidades e potencialidades dos usuários, com vistas ao alcance de alternativas
emancipatórias para o enfrentamento das vulnerabilidades sociais. Deve ser ofertado de modo a garantir as
seguranças de acolhida e de convívio familiar e comunitário, além de estimular o desenvolvimento da
autonomia dos usuários.
Os usuários do SCFV são divididos em grupos a partir de faixas etárias, considerando as
especificidades dos ciclos de vida. O trabalho nos grupos é planejado de forma coletiva, contando com a
participação ativa do técnico de referência, dos orientadores sociais e dos usuários. O trabalho realizado
com os grupos é organizado em percursos (para mais informações sobre a organização dos grupos do SCFV
em percursos, conferir a pergunta nº 38), de forma a estimular as trocas culturais e o compartilhamento de
vivências; desenvolver junto aos usuários o sentimento de pertença e de identidade; e fortalecer os vínculos
familiares, sempre sob a perspectiva de incentivar a socialização e a convivência familiar e comunitária.

02- Objetivos do SCFV.


Os objetivos gerais do SCFV são:
a) Complementar o trabalho social com família, prevenindo a ocorrência de situações de risco
social e fortalecendo a convivência familiar e comunitária;
b) Prevenir a institucionalização e a segregação de crianças, adolescentes, jovens e idosos, em
especial, das pessoas com deficiência, assegurando o direito à convivência familiar e
comunitária;
c) Promover acessos a benefícios e serviços socioassistenciais, fortalecendo a rede de proteção
social de assistência social nos territórios;
d) Promover acessos a serviços setoriais, em especial das políticas de educação, saúde, cultura,
esporte e lazer existentes no território, contribuindo para o usufruto dos usuários aos demais
direitos;
e) Oportunizar o acesso às informações sobre direitos e sobre participação cidadã, estimulando o
desenvolvimento do protagonismo dos usuários;

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f) Possibilitar acessos a experiências e manifestações artísticas, culturais, esportivas e de lazer,
com vistas ao desenvolvimento de novas sociabilidades;
g) Favorecer o desenvolvimento de atividades intergeracionais, propiciando trocas de experiências
e vivências, fortalecendo o respeito, a solidariedade e os vínculos familiares e comunitários
(para mais informações sobre percurso intergeracional, conferir pergunta nº 42).

03- Objetivos específicos do SCFV.

a) Contribuir para um processo de envelhecimento ativo, saudável e autônomo;


b) Assegurar espaço de encontro para pessoas idosas e encontros intergeracionais, de modo a
promover a sua convivência familiar e comunitária;
c) Detectar suas necessidades e motivações, bem como desenvolver potencialidades e capacidades
para novos projetos de vida;
d) Propiciar vivências que valorizem as suas experiências e que estimulem e potencializem a
capacidade de escolher e decidir.

04- Público Prioritário.

a) Pessoas idosas beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC);


b) Pessoas idosas de famílias beneficiárias de programas de transferência de renda;
c) Pessoas idosas com vivências de isolamento (para mais informações sobre situação de
isolamento, ver pergunta nº 16) por ausência de acesso a serviços e oportunidades de convívio
familiar e comunitário e cujas necessidades, interesses e disponibilidade indiquem a inclusão no
serviço.
d) Em situação de isolamento;
e) Vivência de violência e/ou negligência;
f) Em situação de acolhimento;
g) Situação de abuso e/ou exploração sexual;
h) Vulnerabilidade que diz respeito às pessoas com deficiência.

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Janeiro
2019

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Tema A rede socioassistencial e a proteção social à pessoa idosa. Data ____/______/______
Objetivos 1- Apresentar a rede socioassistencial a pessoa idosa;
2- Apresentar o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos voltado a pessoa idosa, seus
objetivos e metodologias;
3- Apresentar aos participantes do SCFV para a pessoa idosa a proposta de trabalho para o ano de 2019;
4- Criar regras de convivência;
5- Propiciar ao idoso espaço de trocas afetivas e fortalecimento de vínculos comunitários;
6- Propor estratégias para o rompimento das situações de isolamento social vivenciado pela pessoa idosa.
Técnico
responsável
Profissional
Convidado
Material 1- Café com tapioca (lanche em formato de café para propiciar ao idoso um momento de convivência entre
necessário os seus pares;
2- Cartolina ou papel madeira;
3- Flipchart;
4- Pincel atômico;
5- Fita gomada;
6- Forró ou outros ritmos musicais para momentos de dança com a pessoa idosa;
7- Jogos de tabuleiro (dama, baralho, dominó);
8- Jogos de caça palavras; palavras cruzadas;
9-

1- Prepare alguns espaços para que o idoso ao chegar possa ficar um breve momento a vontade, conversando com os seus
pares, jogando, preenchendo caça palavras, palavras cruzadas, etc.;
2- Recepcione os idosos na porta da sala com bastante alegria e desenvoltura, seja ofertando um abraço, um aperto de mão.
O importante é ser afetivo neste momento de recepção para que eles se sintam acolhidos e principalmente acompanhados
e importantes naquele processo.
3- Peça aos idosos que assinem a ficha de frequência, ou, permita que um dos orientadores sociais anote a presença do idoso;
4- Forróterapia: Quando o idoso for adentrando a sala, já deixe um forró pé de serra ou outra música com o ritmo preferido
pelos idosos para que dancem, ou escolha outras atividades nos cantinhos para realizarem, ou simplesmente deixe-os
sentados (lembre-se que o idoso, mesmo aquele que aparentemente esteja apático a realização da atividade está participando
ativamente, motive-o a interagir, porém nunca os force a realizar uma atividade que não deseje);
5- Boas vindas: O orientador social, o técnico ou o coordenador do CRAS ou Centro de Convivência dá as boas-vindas aos
idosos, falando da alegria em recebe-los naquele espaço e de como toda a equipe de referência do CRAS e dos Serviços
estão disponíveis para acolher, orientar, informar, encaminhar os idosos e as demais pessoas da comunidade;

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6- Momento de espiritualidade/reflexão: A música “Te ofereço paz”, disponibilizada no drive, pode ser uma boa alternativa
para este momento inicial com o idoso, nele é possível refletir com o idoso a importância de reconhecer no outro a sua
importância e sabedoria. Oriente aos idosos a seguirem os comandos:
Parte da musica Comando
Te ofereço paz, Faz o sinal da paz (cruz as mãos unindo os polegares);
Te ofereço amor, Dá-se um abraço;
Te ofereço amizade; Dá-se um aperto de mãos;
Ouço tuas necessidades Mãos por traz da orelha, demonstrando que escuta as
necessidade do amigo;
Vejo tua beleza Leva-se aos mãos aos olhos;
Sinto os teus sentimentos Abraça a si mesmo;
Minha sabedoria flui de uma fonte superior; Olha-se para o alto e eleva os braços;
E reconheço essa fonte em ti... Olhando de frente para o colega, palma da mão na palma
da mão do colega;
Trabalhemos juntos; Dá-se as mãos.

7- Homenagem aos nossos companheiros que nos deixaram nos últimos anos: Prepare uma exposição com fotografias
grandes, emolduradas dos nossos colegas que nos últimos anos faleceram e deixaram suas marcas, memorias e laços no
grupo. Leia uma breve biografia de cada idoso, é um momento especial em que homenageamos a força, bravura de cada
um, mas que também introduzimos o tema da morte de forma simples, suave e serena como deve ser a morte. Enquanto é
feita a exposição e a leitura das bibliografias pode-se intercalar com uma música que retrate a emoção e a gratidão pela
vida de cada um deles.
8- Alongamento: é ideal um profissional de educação física para desenvolver a atividade, uma vez que será permeada pela
segurança de modo a prevenir lesões ou outros agravos que possa colar em risco a saúde do idoso, no entanto sabemos
que nem todos os equipamentos possuem na sua composição um educador físico, visando esta realidade, em anexo
disponibilizaremos algumas atividades que podem ser feitas orientadas pelo orientador social e que os riscos são quase
0% para a saúde da pessoa idosa. O mais importante é que seja realizado este momento, uma vez que, é reconhecida a
importância da realização de atividades físicas para o envelhecimento saudável do idoso e a realização da atividade é
uma deixa para que o idoso possa tornar tal prática uma realidade continua na sua vida.
9- Café com tapioca: O café com tapioca é uma interrupção breve, onde os idosos poderão degustar de um café da manhã
ou chá da tarde, nutrindo-se biologicamente e socialmente, uma vez que este momento deve ser de diálogo entre os pares,
confraternização e diversão. O orientador social põe uma música alegre em volume ambiente que permita aos idosos
conversarem, enquanto é servido o café que pode ser oferecido: tapioca, cuscuz, biscoitos, frutas, café, chá, leite, etc.
10- Apresentação da equipe: O coordenador do CRAS aproveita este primeiro momento para apresentar aos idosos a equipe
de referência que os acompanhará durante o ano de 2019, enfatizando o orientador social e o técnico da referência que
acompanhara o desenvolvimento do grupo e por algumas vezes realizará atendimento individualizado, coletivo e domiciliar
a eles;

11- Dinâmica de apresentação do idoso: Autoqualificação.


MATERIAL: crachás-gigantes preenchidos com os nomes dos participantes, como pode haver muitos idosos que não
sabem ler, o orientador social pode providenciar uma foto e junto ao nome coloca-la, ou pensar em um crachá que poderá
ser impresso com a foto e com um espaço para a qualidade escolhida pelo usuário, ou caso seja impossível, os orientadores
sociais podem ajudar os idosos no preenchimento.
DESENVOLVIMENTO: O orientador:

ETAPA 1
1) pede que façam uma roda, na posição de pé ou sentada;
2) fala sobre a importância do nome de cada pessoa, como, por exemplo: “O nome é a primeira palavra que a criança escuta
desde muito cedo e que a diferencia das outras crianças. Muitas vezes, antes mesmo de nascer, as crianças já têm um nome.
Quando dizemos o nome de uma pessoa, estamos também lhe dizendo, naquele momento, que ela é uma pessoa única”;
3) sugere que, cada participante descubra uma palavra iniciada pela primeira letra de seu nome, que designe uma qualidade
sua, tais como: Lucinha: lindinha, Magda: mimosa, Chico: criativo;
4) determina um tempo de dois a três minutos para que cada integrante identifique sua qualidade (nesta fase explique que
os demais orientadores ajudarão os idosos que possuírem dificuldade na leitura e escrita);
5) pergunta se todos já encontraram a palavra e se algum participante disser que não, sugere a ajuda de outros integrantes;
6) torna a perguntar e se houver participantes com iniciais de nomes que sejam difíceis de encontrar qualidades, sugere a
troca da inicial do nome pela do sobrenome;
7) sugere, caso alguns participantes ainda encontrem dificuldade de identificar uma qualidade com uma inicial do seu
nome/sobrenome, que outros integrantes os ajudem.

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ETAPA 2
1) pede que cada participante diga seu nome e a qualidade escolhida, e que o grupo todo o repita, dizendo, por exemplo:
Paolo-pacífico;
2) escreve a qualidade escolhida no crachá do participante e continua até que todos tenham se apresentado e os respectivos
nomes estejam escritos.

12- Dinâmica de quebra gelo.


Desenvolvimento: 1. Disponha o grupo em dois círculos (um dentro do outro) com igual número de participantes. Havendo
número ímpar, destaque um participante para coordenar a atividade;
2. O círculo interior deverá voltar-se para frente, para o exterior, ficando cada participante com outro à sua frente;
3. Informe que, ao seu sinal (ou do colega destacado para conduzir), o círculo exterior deverá mover-se para a esquerda e
o interior, para a direita;
4. Explique os códigos que usará como comandos e as respectivas ações a serem realizadas.
A=Cumprimento cerimonioso com aperto de mãos.
B=Sinal de "positivo" com o dedo polegar.
C= Abraço protocolar acompanhado de tapinhas nas costas.
D=Abraço forte.
5. Faça os círculos girarem conforme combinado. A cada comando, os movimentos dos círculos deverão cessar e a ação
deverá ser realizada pela dupla que ficar um a frente do outro.
6. Diga os comandos ora alternados, ora os repetindo a fim de dar mais dinamismo à atividade.
7. Verbalize a vivência com o grupo.

1- Para a realização desta atividade, onde será apresentado o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para
a pessoa idosa, suas metodologias, objetivos e nuances, seria importante que o técnico de referência do serviço o faça,
uma vez que tratará de uma exposição mais técnica e que deverá ser pautada pela simplicidade na exposição, linguagem
acessível ao idoso, de forma lúdica e breve. Para intermediar este primeiro momento sugiro algumas indagações que
podem ser feitas ao idoso e assim proporcionar uma rica roda de conversa:
 Nas comunidades em que vocês moram, vocês conhecem outros idosos? São muitos?
 O que os idosos costumam fazer nas suas comunidades? Sentam na calçada, nas praças, jogam dominó, baralho,
vão as igrejas?
 Vocês acham que as nossas comunidades são favoráveis para que o idoso tenha autonomia? Ou seja, consigam se
locomover sozinhos sem pôr em risco sua integridade física e mental? As calçadas e ruas são acessíveis ao idosos
que possui dificuldade de locomoção? As instituições, sejam elas públicas ou privadas (igrejas, postos de saúde,
CRAS, Escolas, clubes, etc.), oferecem acessibilidade ao idoso?
 Nas comunidades de vocês, existem espaços que congreguem idosos, sejam para a prática de atividades físicas,
dança, baile, grupos informativos, ou outras atividades informativas, culturais e esportivas para a pessoa idosa?
 Vocês acham que os jovens respeitam os idosos, tratando-os bem, de forma gentil e civilizada como deve ser?
 Vocês conhecem o Estatuto da Pessoa Idosa e a Lei Nacional do Idoso? Se sim, peça que falem algo que lá está
garantido, não precisa ser tal qual estar na Lei, mas trazer a essência.
 Vocês acham que as garantias previstas no Estatuto do Idoso e na Lei Nacional do Idoso são efetivadas?
 Alguém aqui já ouviu falar de Benefício da Prestação Continuada para a Pessoa Idosa? E a aposentadoria para o
segurado especial?
 Quando jovens o que mais vocês gostavam de fazer?
 Vocês conhecem idosos que não conseguem se locomover sozinhos e que passam a maior parte do tempo em
casa?
 Vocês conhecem idosos que são desrespeitados pelos seus filhos, amigos, vizinhos, cuidadores?
 Se você pudesse mudar uma coisa na sua comunidade para que o idoso fosse mais respeitado, o que você mudaria?

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Tome nota de todas as respostas trazidas pelo idoso, de modo que elas posteriormente contribuirão para o
aprimoramento do nosso planejamento, bem como, para a reformulação, adequação e atuação da equipe
técnica do SCFV e do PAIF.

2- Roda de conversa com exposição: O técnico de referência poderá preparar um esquete teatral, uma contação de história
ou uma roda de conversa sobre o SCFV para a pessoa idosa, considerando suas metodologias e objetivos, para tanto,
sugerimos o seguinte esquema:
 A Política Nacional de Assistência Social: Pode-se compartilhar o artigo 203 e 204 da Constituição Federal de
1988, que trata sobre a Assistência Social é importante fazer um link com as especificações na Política Nacional
de Assistência Social em garantia a pessoa idosa, como público prioritário e das atribuições da PNAS no que tange
a Lei Nacional da Pessoa Idosa e no Estatuto da Pessoa Idosa;
 O Sistema Único de Assistência Social: Considere os serviços, programas, projetos e benefícios à pessoa idosa,
sempre de forma objetiva, clara e suscita (em outros encontros falaremos em especifico de cada um), apresenta-
se a organização em Proteções (Básica, Especial de média e alta complexidade), e dentro de cada uma delas
pincela-se os serviços ofertados (PAIF, PAEFI, Abrigos, etc.);
 A Proteção Social Básica – O Serviço de Proteção e Atendimento Integral a Família – PAIF e o SCFV: Neste
tópico o técnico deverá tratar sobre o PAIF enquanto proteção, atendimento e acompanhamento das famílias que
vivenciam situações de vulnerabilidades sociais (pode-se tratar as situações relativas a forma como a sociedade
não inclui a pessoa idosa, a ausência de equipamentos/espaços em que os idosos compartilhem suas histórias, se
sentam valorizados e possam construir e fortalecer vínculos comunitários [ausência de praças públicas, academia
da saúde, clubes recreativos e esportivos, espaço para a pratica de caminhada/cooper, CRAS, CREAS, Centro
POP, Centro de Convivência, etc. voltadas a pessoa idosa], isolamento social, auto isolamento social, etc.) e os
riscos sociais (negligência, violência doméstica, violência institucional, autonegligência, violência patrimonial,
etc), e como esse atendimento ou acompanhamento é realizado. Apresenta o SCFV, seus objetivos e as
metodologias a serem adotadas neste ano.
3- Momento recreativo: O idoso possui um ritmo de aprendizagem, concentração, atenção, etc., um pouco diferenciado
dos demais ciclos de vida, por isso, é importante que os momentos de troca de informações sejam breves, objetivos e
lúdicos. Encontros com muita exposição, deixa o idoso entediado, cansado, por vezes você verá idosos balbuciando,
resmungando, cochilando, conversando de forma paralela ao que está sendo exposto, por isso, é importante que o
momento não ultrapasse 30 minutos, com alguns intervalos no qual possam cantar, seja exibido vídeos curtos.
Concluída a exposição dos temas, deixe um espaço para recreação, ofereça forróterapia, oficina ocupacional/manual,
espaços de jogos de tabuleiro, dominó, baralho, espaços de memória e atenção com atividades de caça palavras,
palavras cruzadas, etc., bem como cadeiras disponíveis para que aqueles que não quiserem participar de nenhuma
dessas atividades, possa conversar com os seus pares, com os trabalhadores do CRAS ou do Centro de Convivência,
lembre-se que aquele idoso que aparentemente é apático, não participa como esperado, possui o seu ritmo de
participação e socialização, respeite isso.

1- Avalie com o idoso o que acharam do encontro, se o encontro proporcionou a formação de novas amizades, se
sentiram-se acolhidos, respeitados e se os objetivos propostos foram alcançados;
2- Lanche ou almoço.

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