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MÓDULO 911

Condução Defensiva – Nível 1

UNIDADE M911U8
Progressão e sinalização
em marcha de emergência

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SESSÃO 1

Progressão e sinalização em marcha de emergência

TEMAS

• Técnicas, aptidões e comportamentos;


• Os 5 pilares da condução;
• Velocidade;
• Velocidade de aproximação;
• Distância de segurança;
• Posicionamento;
• Análise de risco;
• Marcha de emergência;
• Dispositivos de sinalização;
• Reação dos outros utentes;
• Progressão com a VMER.
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Objetivos específicos

Após a conclusão da sessão, os formandos devem:

• Interpretar o conceito de “ver e ser visto”, como base de

comunicação no trânsito;

• Conhecer os princípios dos “5 PILARES” da condução.

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Técnicas, aptidões e comportamentos

Aptidão física e psíquica

A condução de um veículo é uma tarefa


complexa e exigente.

É necessário possuir condições físicas para efetuar todos os


movimentos exigíveis pelos comandos do veículo.

São necessárias condições de vigilância e concentração


constantes, que aumentam consoante a velocidade.

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Técnicas, aptidões e comportamentos

Experiência

A experiência de vida e de condução


são fatores importantes na previsão
dos acontecimentos.

A capacidade de “ver o invisível”,


prever aquilo que ainda não aconteceu,
mas que pode acontecer.

NÃO BASTA ESTAR ATENTO E CUMPRIR O C.E.

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Técnicas, aptidões e comportamentos

Atenção e concentração

A atenção é fundamental.

Um motorista deve identificar os potenciais perigos, analisar as


situações, definir estratégias e tomar decisões que conduzem à
resposta ou à reação correta.

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Técnicas, aptidões e comportamentos

Atitude

É imprescindível para se efetuar uma


condução segura, confortável e económica.

Manter uma atitude responsável e perceber os riscos que corre.

Estar consciente de que é dele próprio que provêm os maiores


perigos, da sua concentração, do seu estado físico, do seu
carácter e das suas emoções.

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Técnicas, aptidões e comportamentos

Atitude

Um bom motorista sabe que a probabilidade

de ocorrência de acidente pode ser minimizada

se conduzir com a velocidade e espaços adequados,

que está continuamente a aprender com os seus erros e com os

erros dos outros e acredita que é apenas um motorista comum.

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Técnicas, aptidões e comportamentos

Agressividade

“Road Range”.

A agressividade, latente em todos nós, pode

ser despoletada e levada até consequências

extremas, bastando pequenos pormenores

associados a uma situação de elevado stresse físico ou emocional.

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Técnicas, aptidões e comportamentos

Comportamento

“Comportamento gera comportamento”.

Quando um motorista é mal educado com outro, poderá receber


em troca um comportamento agressivo.

“Não provoque nem responda


a provocações.”

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Técnicas, aptidões e comportamentos

Álcool, medicamentos e substâncias psicotrópicas


Algumas substâncias e bebidas nunca devem ser tomados ou
ingeridos pois a sua utilização ou consumo é nocivo à tarefa de
conduzir.
Têm influencia:
• Na reação;
• Na perceção;
• Na decisão;
• Na condição emocional.

“Se conduzir, não beba;”


“Tenha atenção à condução depois de tomar medicação.”
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Técnicas, aptidões e comportamentos

Fadiga e vigilância

Cansaço, dores, picadas nos olhos, bocejos,

dificuldade de concentração, sono, comichão,

dores de cabeça, sensação de incómodo, etc…

A vigilância, é o grau de atenção do motorista em cada momento.

Pode variar entre vigilância extrema, estando perfeitamente

acordado e intervalos de vigilância durante o sono.

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Técnicas, aptidões e comportamentos

Alimentação

É primordial na manutenção da vigilância,


no controlo da fadiga e no estado físico e
emocional do motorista.

Deve evitar:
• Refeições pesadas;
• Bebidas com álcool;
• Manter-se muito tempo sem comer.

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Técnicas, aptidões e comportamentos

Visibilidade – Ver e ser visto

Princípio da comunicação.
Os acidentes ocorrem porque os intervenientes não se apercebem
da aproximação dos outros ou do que pretendem fazer.

Deverá fazer notar a sua presença, recorrendo aos sinais de luz ou


à buzina.

Na aproximação a “zonas de incerteza” o motorista deve tentar


estabelecer o contacto visual com os outros utentes.

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“Mostre-se e mostre o que quer fazer.”
Técnicas, aptidões e comportamentos

A perceção visual e a velocidade

Aumentando a velocidade, perde-se capacidade de aferir


distâncias, visão periférica, noção de espaço e de velocidade
relativa das coisas que se movem.

A visão periférica até 30 kms/h é de cerca de 180º.


A 100 kms/h é de cerca de 35º.
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Os 5 pilares da condução

Condução
Defensiva / Emergência

Velocidade Velocidade Distância


Posição Análise risco
aproximação segurança

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Os 5 pilares da condução

Velocidade

Deve ser adaptada às variáveis que com ela interagem: o veículo,


a via, condições atmosféricas, condições do motorista, etc.

Velocidade
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Os 5 pilares da condução

Velocidade de aproximação

É a velocidade no momento da aproximação a uma fila de trânsito


ou um cruzamento.
Diretamente relacionado está a distância de segurança.

Velocidade
18 | 54 aproximação
Os 5 pilares da condução

Distância de segurança

Distância necessária para imobilizar o veículo em segurança.


Em emergência, a velocidade é superior à dos outros veículos,
logo a aproximação ao veículo da frente deve prever um espaço
maior.

Distância
19 | 54 segurança
Os 5 pilares da condução

Posicionamento

Para sermos vistos temos de nos mostrar.


Quanto mais cedo nos mostrarmos, mais rapidamente os veículos
se “arrumam no trânsito” para nos deixar passar.

Posição
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Os 5 pilares da condução

Análise de risco

Transversal a qualquer uma das situações anteriormente descritas,


é a pedra basilar de toda a condução.
Avaliar, analisar, medir são tarefas inerentes ao ato de conduzir.

Análise risco
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Marcha de emergência

A condução de veículos em missão de socorro implica uma


elevada carga emocional, e preparação técnica, habilidade e
perceção do meio envolvente.

Em missão urgente de socorro, o que é mais importante ?

Chegar rápido !

Chegar em segurança !
Chegar !
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Marcha de emergência

Conduzir um veículo de socorro?


Ou em missão de socorro?
A caminho do local
Retorno sem socorro

A caminho do hospital

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Marcha de emergência

O serviço tem 3 fases distintas


1. Da unidade para o local do acidente:
• Veículo assinala marcha de emergência;

2. Do local do acidente para o hospital:


• Veículo assinala marcha de emergência;

3. Do hospital para a unidade:


• Veículo comum.

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Marcha de emergência

Dispositivos de sinalização

São utilizados os sinais sonoros e luminosos em


simultâneo para assinalar adequadamente a
marcha de urgência.
Em Portugal está definida a cor azul para os dispositivos de
sinalização luminosa de emergência.
Consoante as condições de luminosidade, a sinalização luminosa
pode revelar-se pouco eficaz.

“A cor branca é a mais eficaz por conter todas as cores do


espectro luminoso.”
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Marcha de emergência

Dispositivos de sinalização

A sinalização mais eficaz para


progressão na via pública é instalada
ao nível dos faróis médios e máximos.

Os strobs brancos ou azuis instalados


na grelha do veículo, são vistos a
grandes distâncias, quer sentido
contrário (de frente), quer através dos
espelhos retrovisores.

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Marcha de emergência

Dispositivos de sinalização

A sinalização deve ser considerada

na retaguarda do veículo para

quando este se encontra imobilizado

a prestar assistência.

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Marcha de emergência

Dispositivos de sinalização
Num veículo civil, como deve ser assinalada a marcha de
emergência?

Artigo 64 .º do CE – Trânsito de veículos em serviço de urgência


4. Caso os veículos não estejam equipados com os dispositivos
referidos, a marcha urgente pode ser assinalada:

a) Utilizando alternadamente os máximos com os médios, ou


b) Durante o dia, utilizando repetidamente os sinais sonoros.

“A utilização dos 4 piscas em simultâneo não constituem um dispositivo eficaz”

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Marcha de emergência

Dispositivos de sinalização

Utilizar os “balizadores”, apenas com o veículo imobilizado;


Utilizar médios / máximos alternados apenas de dia.
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Marcha de emergência

Dispositivos de sinalização

A sirene tem influência no comportamento do motorista:


Provoca uma descarga de adrenalina na corrente sanguínea do
motorista;
• O ritmo cardíaco aumenta;
• O campo de visão estreita;
• Os músculos ficam sob maior tensão.

“O motorista imprime maior velocidade ao veículo


sem que o tenha decidido conscientemente.”

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Marcha de emergência

Reação dos outros utentes


Todas as reações a estímulos ou sinais passam por 4 etapas;

• Deteção:
• Identificação da situação, perceção da presença;
• Atenção ou reconhecimento:
• Perceção da situação, opções possíveis;
• Interpretação:
• Perceção das causas e consequências;
• Reação:
• Execução da manobra.

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Marcha de emergência

Reação dos outros utentes

Os motoristas comuns não têm formação em emergência.


Se alguém tiver que se expor ao perigo é o motorista do veículo
de socorro.
Separe os sentidos de transito.

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Marcha de emergência

Reação dos outros utentes

Passagem por filas de trânsito.


Uma via de trânsito em cada sentido, sem separador central.

Os veículos encostam à direita e a ambulância passa entre as duas vias de trânsito


mantendo separados os veículos que circulam em direções opostas.

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Marcha de emergência

Reação dos outros utentes

Passagem por filas de trânsito.


Uma ou duas vias para cada sentido, sem separador central.

Os veículos encostam à direita e a ambulância passa sobre o traço contínuo,


mantendo separados os veículos que circulam em direções opostas.
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Marcha de emergência

Reação dos outros utentes

Passagem por filas de trânsito.


Uma ou duas vias para cada sentido, com separador central.

Os veículos que circulam no mesmo sentido encostam à direita e à esquerda e a


ambulância passa entre as duas vias de trânsito.
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Marcha de emergência

Reação dos outros utentes

Passagem por filas de trânsito.


Faixa lateral de segurança.

“Não circular na faixa lateral de segurança” PORQUÊ?


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Marcha de emergência

Reação dos outros utentes

Passagem por filas de trânsito.


Faixa lateral de segurança.

Os motoristas ouvem a sirene mas podem não conseguir ver o


veículo de socorro;

Para facilitar a passagem, desviam-se para esta faixa e o choque


pode ser inevitável.

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Marcha de emergência

Reação dos outros utentes

Passagem por filas de trânsito.


Faixa lateral de segurança.

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Marcha de emergência

Reação dos outros utentes

Passagem por filas de trânsito.


Faixa lateral de segurança.

Com o trânsito congestionado, se tiver que circular na faixa lateral


de segurança, faça-o apenas com sinalização luminosa;

Manter sempre uma velocidade reduzida para ter tempo de reagir


caso algum veículo desvie para essa faixa.

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Marcha de emergência

Reação dos outros utentes

Passagem por filas de trânsito.


Corredor BUS.

BUS

Não circular no corredor BUS PORQUÊ?


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Marcha de emergência

Reação dos outros utentes

Passagem por filas de trânsito.


Corredor BUS.

Os autocarros são veículos de grandes dimensões e têm maior


dificuldade em desviarem-se para facilitar a passagem.

O corredor BUS situa-se junto ao passeio onde circulam os


peões, desatentos ou incapacitados.

Atenção às crianças e idosos.

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Marcha de emergência

Reação dos outros utentes

Crianças:

• Menor estatura – menor campo de visão;


• Irrequietos;
• Dificuldade de concentração e localizar sons;
• Menor perceção do perigo;
• Fascínio pelos “Tinonis”.

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Marcha de emergência

Reação dos outros utentes

Passagem por filas de trânsito.


Corredor BUS.

BUS

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Marcha de emergência

Ultrapassagem

A manobra de ultrapassagem está na origem de graves


acidentes.

Se circular junto à traseira do veículo da frente, pressionar o outro


motorista para que ceda passagem e por outro lado, ficar mais
perto do veículo que pretende ultrapassar, a manobra decorre
mais rapidamente.

ERRADO
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Marcha de emergência

Ultrapassagem

Ambos circulam a 60 Km/h. Distância de segurança insuficiente.


A visibilidade para lá do veículo da frente é quase nula.
70 Km/h

ABSC
1138
00
60 Km/h 60 Km/h

Quando estiver ao lado do veículo a ultrapassar pode estar a


circular a cerca de 70 Km/h.
A manobra é mais demorada.
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Marcha de emergência

Ultrapassagem

Ambos circulam a 60 Km/h. A distância de segurança é maior.


Tem mais visibilidade para lá do veículo da frente.
80/90 Km/h

ABSC
1138
00
60 Km/h 60 Km/h

Quando estiver ao lado do veículo a ultrapassar pode estar a


circular a 80 / 90 Km/h.
A manobra é mais rápida.
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Marcha de emergência

Progressão com VMER

Um motorista cede a passagem a um veículo que assinala


marcha de emergência e retoma a sua posição.

Raramente coloca a possibilidade de um segundo veículo.

Se na VMER se encontra o médico e/ou enfermeiro, em caso de


paragem para assistência à vitima, deve circular à retaguarda da
ambulância.

Pode ser um processo de eficácia duvidosa.


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Marcha de emergência

Progressão com VMER

Vias de sentido único (autoestradas, vias rápidas) - VMER atrás


da ambulância.

30 metros

À noite, especialmente com chuva, os rotativos e strobs do


veículo da frente dificultam a visão do motorista da ambulância.

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Marcha de emergência

Progressão com VMER

Vias de dois sentidos / vias urbanas - VMER na frente da


ambulância.

Utilizar sinais sonoros diferentes.


Os motoristas podem acertar pormenores relativamente ao
acompanhamento.
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Marcha de emergência

Na passagem de uma intersecção, considere sempre a


possibilidade de encontrar outro veículo em emergência.

ATENÇÃO
“Condição particularmente perigosa.”

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Marcha de emergência

Nem sempre é visível a aproximação de outros veículos.

ATENÇÃO
“Condição particularmente perigosa.”

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Lembre-se

“Na curva de aprendizagem, o que é importante não é a


mensagem que é entregue mas a mensagem que é
recebida.”

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Revisões

• Técnicas, aptidões e comportamentos;


• Os 5 pilares da condução;
• Velocidade;
• Velocidade de aproximação;
• Distância de segurança;
• Posicionamento;
• Análise de risco;
• A marcha de urgência;
• Dispositivos de sinalização;
• Reação dos outros utentes;
• Progressão com a VMER.

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