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20.

4 - Refrigeradores
Refrigerador: máquina térmica funcionando com um ciclo invertido
• Refrigerador: recebe calor QC de uma
fonte fria, recebe um trabalho |W| e
rejeita um calor |QH| em uma fonte
quente.
• Para o processo cíclico: ∆U = 0

• 1ª Lei Q = ∆U +W
Q–W=0 Q=W
• ∆U = 0
(W < 0 ; QH < 0 ; QC > 0)

• Em um ciclo: Q = QH + QC = -|QH| + |QC|


Q = W= -|W|

-|W| = -|QH| + |QC| ou


|W| = |QH| - |QC|
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(p/ Refrigerador e Máquina Térmica)
Refrigeradores
• Melhor ciclo de refrigeração: aquele que remove a maior quantidade de calor |QC| do
interior do refrigerador para o mesmo trabalho realizado |W|.

• Coeficiente de desempenho (K):


QC QC
K= = K é adimensional
W QH − QC

• Para um condicionador de ar (em termos de taxas):

H: taxa de transferência de calor da região que está sendo resfriada


H = |QC| /t
P: potência de entrada fornecida ao compressor
P = W/t

• Condicionador típico de uma sala: H: 1500W – 3000W


P: 600W – 1200W
Valores típicos de K: 2,5

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20.5 – Segunda Lei da Termodinâmica
Máquinas Térmicas
• Evidência experimental: é impossível para uma máquina térmica e = 100%
(conversão total de calor em trabalho)

• Enunciado da Máquina Térmica da Segunda Lei:


“É impossível para qualquer sistema sofrer um processo no qual ele
absorve calor de um reservatório a uma dada temperatura e converter o
calor completamente em trabalho mecânico, de modo que o sistema
termine em um estado idêntico ao inicial.”

Ou seja:
Nenhum processo cíclico pode converter completamente calor em
trabalho.

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2ª Lei da Termodinâmica
Movimento macroscópico coorde- Movimento aleatório das moléculas
nado das moléculas de um corpo de um corpo
que se move

Possibilidade:
Energia Cinética Conversão total Energia Interna: En.
de mov. do corpo Cinética e Potencial
Conversão parcial do mov. aleatório das
(2ª Lei) moléculas do corpo

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2ª Lei da Termodinâmica
Refrigeradores
• Evidência experimental: o calor flui espontaneamente de um corpo quente
para um corpo frio, porém nunca se observa o inverso.
É necessário realizar trabalho para transferir calor de um corpo frio para
um corpo quente.

• Enunciado do Refrigerador da Segunda Lei:


“É impossível a realização de qualquer processo que tenha como única
etapa a transferência de calor de um corpo frio para um corpo quente.”

Ou seja:
Nenhum processo cíclico pode transferir calor de um corpo frio para um
corpo quente sem que nenhum trabalho seja fornecido ao sistema.

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Equivalência entre os dois enunciados da Segunda Lei
a) Máquina composta: Refrigerador sem
usar trabalho (viola “enunciado
refrigerador) + Máquina Térmica

 Viola o enunciado da máquina térmica


convertendo integralmente uma
quantidade líquida de calor QH - |QC| do
reservatório quente em trabalho

b) Máquina composta: Máquina Térmica c/


e = 100% (viola “enunciado máq. térmica) +
Refrigerador

 Viola o enunciado do refrigerador retirando


calor QC de um reservatório frio e
transferindo-o para um reservatório quente
sem nenhum consumo de trabalho

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20.6 – O ciclo de Carnot
• Ciclo de Carnot: define a eficiência máxima de uma máquina térmica permitida pela 2ª Lei
(Sadi Carnot (1796-1832))

• Conversão trabalho (W) → energia(Q): processo irreversível

• Máquinas Térmicas: Conversão parcial energia (Q) → trabalho(W)

• Como obter uma eficiência máxima: devemos evitar todo processo irreversível
• O fluxo de calor através de uma diferença de temperatura finita é um processo irreversível

• Estratégia:
a) Toda etapa envolvendo trocas de calor, a uma temperatura TH ou TC deve ser um processo
isotérmico;
b) Qualquer processo no qual a temperatura T da substância de trabalho varia deve ser
adiabático;
c) O equilíbrio térmico e mecânico deve ser sempre mantido de modo que cada processo seja
completamente reversível.
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Ciclo de Carnot:
Duas isotermas reversíveis e dois processos adiabáticos
reversíveis

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Ciclo de Carnot
• Eficiência Térmica da máquina de Carnot utilizando um gás ideal
W QC QC
e= = 1+ = 1−
QH QH QH

• a → b : expansão isotérmica (TH)


∆Uab = 0; QH = ∆Uab +Wab

 Vb 
Vb
nRTH
QH = Wab ; Wab = ∫ PdV = ∫V V dV = nRTH ln  
a  Va 

 Vb 
QH = Wab = nRTH ln 
 Va 
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Ciclo de Carnot
• c → d : compressão isotérmica (TC)

• Analogamente:

 Vd   Vc 
QC = Wcd = nRTC ln  = − nRTC ln 
 Vc   Vd 

• Vd < Vc → QC < 0 (QC = -|QC|) ⇒ calor flui para fora

QC  TC  ln (Vc Vd )
= − 
QH  TH  ln (Vb Va )

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Ciclo de Carnot
γ −1
• b → c : expansão adiabática: TV = cte
γ −1 γ −1 Vbγ −1 Vcγ −1 Vb Vc
TH Vb = TCVc γ −1
= γ −1
⇒ =
Va Vd Va Vd
• d → a : compressão adiabática: TV γ −1 = cte
TH Vaγ −1 = TCVdγ −1

QC TC QC TC QC Q
• Logo:
QH
= −
TH
ou
QH
=
TH
; eCarnot = 1 + = 1− C
QH QH

TC TH − TC
= 1− =
• eCarnot depende apenas de TH e TC
eCarnot • eCarnot é grande p/ (TH-TC) grande
TH TH • eCarnot ≠ 1
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