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Diferença Entre Maquina

Térmicas Reais e Maquina


Térmicas de Carnot
Pedro Henrique da Silva Roque Ra: 730992
Maquinas Térmicas
• Máquinas térmicas são máquinas capazes de realizar trabalho a partir
da variação de temperatura entre uma fonte fria e uma fonte quente.
Parte desse calor realiza trabalho e a outra parte é jogada para a
fonte fria, definindo, a eficiência da máquina. Uma máquina térmica
tem maior eficiência quando ela transforma mais calor em trabalho,
rejeitando menos calor para a fonte fria.
• No século passado, os cientistas estabeleceram de forma definitiva que o
calor é uma forma de energia. No entanto, na Antiguidade já se sabia que
o calor pode ser utilizado para produzir vapor e que este, por sua vez,
poderia ser utilizado para realizar trabalho mecânico. Foi essa ideia que o
inventor grego Heron teve no século I d.C. Heron construiu um dispositivo
que era constituído por uma esfera de metal com dois furos, dos quais
escapava ar quente (vapor) que era proveniente do aquecimento da água.
• Hoje, em linguagem moderna, o dispositivo criado por Heron é uma
máquina térmica, ou seja, um dispositivo que transforma calor em
trabalho mecânico. Contudo, o dispositivo criado por Heron não foi
utilizado para produzir grandes quantidades de energia mecânica.
Somente no século XVIII foram construídas as primeiras máquinas capazes
de realizar trabalhos em grandes escalas, ou seja, trabalhos industriais.
• Máquinas térmicas operam em ciclos ,retirando
uma quantidade calor (Qq) de uma fonte quente,
convertendo parte desse calor em trabalho
mecânico (τ) e rejeitando outra quantidade de
calor para uma fonte fria (Qf)

• o seu rendimento (η), que define a quantidade de


calor fornecida pela fonte quente convertida em
trabalho pela máquina:
η = τ/Qq
• Ao usarmos a primeira lei da Termodinâmica, que nos permite
calcular o trabalho realizado em função das quantidades de calor das
duas fontes:
τ=Qf-Qq
• E substituir na equação de rendimento, temos:
η = Qf-Qq/Qq
Máquinas de Carnot
• Até 1824 acreditava-se que as máquinas térmicas construídas
poderiam submeter-se a um funcionamento perfeito, ou seja,
pensava-se que elas podiam atingir o rendimento de 100%, ou algo
próximo a esse valor.
• O físico e engenheiro militar Nicolas Léonard Sadi Carnot foi o
responsável, na época, por fazer demonstrações nas quais era
impossível obter 100% de rendimento. Carnot propôs que uma
máquina térmica teórica, ideal, funcionaria percorrendo um ciclo
particular, hoje designado Ciclo de Carnot.
• Ele conseguiu demonstrar que qualquer máquina térmica que opere
entre duas fontes com temperaturas absolutas (ou seja, na escala
Kelvin de temperatura) atingirá seu rendimento máximo se seu
funcionamento ocorrer a partir de processos reversíveis ,
denominam-se processos reversíveis os que, após terem ocorrido em
um sentido, também podem ocorrer em sentido oposto e voltar ao
estado inicial.
Postulados de Carnot
• Em sua demonstração, Carnot conceituou dois postulados, que foram
propostos antes mesmo de enunciada a primeira lei da
termodinâmica.
• 1° postulado : Nenhuma máquina operando entre duas temperaturas
fixadas pode ter rendimento maior que a máquina ideal de Carnot,
operando entre essas mesmas temperaturas.
• 2° postulado : Ao operar entre duas temperaturas, a máquina ideal de
Carnot tem o mesmo rendimento, qualquer que seja o fluido
operante, e é completamente reversível, sem adição de energia.
• De acordo com os postulados enunciados por Carnot, podemos ver a
garantia de que o rendimento de uma máquina térmica é função das
temperaturas das fontes quente e fria. Entretanto, fixando-se as
temperaturas dessas fontes, a máquina teórica de Carnot é aquela
que consegue ter o maior rendimento.

• O ciclo de Carnot é um ciclo idealizado, reversível, no qual o fluido


operante é um gás perfeito, que corresponde a duas transformações
isotérmicas e duas adiabáticas, intercaladas.
Transformação Isotérmica
• É a transformação gasosa em que a temperatura
do sistema permanece constante, ocorrendo
variações apenas na pressão e no volume do gás,
essa transformação também recebe o nome de
Lei de Boyle-Mariotte.
• Matematicamente, a Lei de Boyle-Mariotte pode
ser descrita pela expressão: P.v = constante
• Como o produto entre a pressão e o volume é
constante, podemos concluir que:
p1 . V1 = p2 . V2
Transformação Adiabática
• São aquelas transformações gasosas onde não há troca de calor com o
meio externo. Sendo assim, na transformação adiabática o calor é zero (Q
= 0).São explicadas pela 2º lei da termodinâmica (∆U = Q- τ)
• Nesse tipo de transformação a variação de temperatura é proporcional a
variação de energia interna, esta é convertida em trabalho (∆U= - τ)
• Mesmo assim podem haver variação de temperatura. Geralmente são
com preções ou expansões muito rápidas, não havendo tempo para
trocas de calor
• Na expansão adiabática, a
temperatura e a pressão diminuem;
• Na compressão adiabática, tanto a
temperatura como a pressão
aumentam

• As transformações adiabáticas são obtidas fazendo uso de recipientes


termicamente isolados, ou também através de uma compressão, ou
de uma expansão muito rápida.
• Dessa forma, podemos concluir que quando um gás troca calor com o
meio externo, demora algum tempo para que o calor se propague
pela massa gasosa e para que esta entre em equilíbrio. Portanto,
quando se efetua tanto uma expansão como uma compressão rápida,
praticamente não há troca de calor com o meio externo.
Gráfico das etapa do ciclo de Carnot

• 1.°) expansão isotérmica DA, durante a qual o gás está


em contato com o sistema de temperatura constante TA
(fonte quente), recebendo dele uma quantidade de
calor QA.

• 2.°) expansão adiabática AB, durante a qual não


ocorrem trocas de calor com o ambiente. O sistema
realiza trabalho com diminuição de energia interna e,
portanto, de temperatura.

• 3.°) contração isotérmica BC, durante a qual o gás está


em contato com o sistema de temperatura constante TB
(fonte fria), cedendo a ele uma quantidade de calor QB.

• 4.°) contração adiabática CD, durante a qual o gás não


troca calor com o ambiente. O sistema recebe trabalho,
que serve para aumentar sua energia interna e,
portanto, sua temperatura.
Teorema de Canot
• Além disso, Carnot também mostrou matematicamente a relação de
proporcionalidade entre as quantidades de calor da fonte fria e da
fonte quente, com as suas respectivas temperaturas:
(QF/Qq) = (TF/Tq)
• Se substituirmos os termos na equação do rendimento, poderemos
obtê-lo em função das temperaturas:
• η = 1 – (TF/Tq)
• Considerando a temperatura da fonte fria (TF) igual a zero kelvin (zero
absoluto), temos η = 1 ou η = 100%. Entretanto, esse fato contraria a
segunda lei da termodinâmica, que garante ser impossível um
rendimento de 100%, o que nos leva a concluir que nenhum sistema
físico pode se apresentar com temperatura igual a zero absoluto.
Considerações Finais
• Mesmo que Carnot tenha comprovado que a construção de maquinas
térmicas ideais não é possível, devido a necessidade de trocas de
calor sem perdas, em grande velocidade, a temperaturas
extremamente baixas, zero absoluto, mesmo após o avanço
tecnológico desde 1824, ainda não foi possível cria-las. Entretanto seu
Teorema é usado até hoje como parâmetro de eficiência.
• Embora não tenhamos criado uma maquina térmica ideal,
conseguimos desenvolver equipamentos muito mais eficientes.

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