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Apresentação “Isto acaba aqui”

Hoje vou falar deste livro chamado, “Isto acaba aqui”, escrito pela
escrita americana Colleen Hoover. Este foi lançado a 2 de agosto
de 2016, nos Estados Unidos e a maio de 2017 em Portugal.
Os principais temas abordados no livro são a violência doméstica,
lealdade, coragem e as complexidades dos relacionamentos
humanos. Este é baseado numa história real, nomeadamente, a
história da mãe da autora.
A protagonista, Lily Bloom, é familiarizada com o conceito de
violência doméstica desde pequena. O seu pai maltratava a sua
mãe, muitas vezes à sua frente, e eszse é um trauma que a
acompanha durante toda a obra. Ainda assim, Lily cresce para se
tornar uma mulher forte e cheia de garra que jura a si mesma
que nunca irá ser vítima dos maus-tratos que viu a mãe sofrer.
Mas o destino tem outros planos para ela. No dia do funeral do
seu pai, Lily conhece Ryle, um homem misterioso e encantador
que a deixa arrebatada logo no primeiro encontro.
Talvez por já saber que teriam um relacionamento abusivo, não
consegui gostar nem de Ryle, nem do seu percurso como casal.
Desde o início que Ryle revela ser um homem violento,
controlador e extremamente invasivo. Quem realmente
conquistou o meu coração foi Atlas Corrigan, um sem-teto que
ela conheceu quando era adolescente, e enventualmente o
primeiro amor de Lily, que ficamos a conhecer através de um dos
seus antigos diários. Atlas conhece a história de Lily e faz de tudo
para a proteger, como um verdadeiro herói.
No entanto, o melhor desta história é que, no final, quando tudo
acontece, Lily acaba por não precisar de um herói que a salve…
Ela salva-se a si mesma.
«As pessoas passam tanto tempo a interrogar-se por que motivo
as mulheres não deixam os maridos. Onde estão as pessoas que
se questionam por que razão os homens são abusivos e
violentos? Não seria apenas a eles que a culpa devia ser
imputada?»
Esta história oferece uma perspectiva moderna sobre o que é a
violência conjugal. O molde do enredo é quase o mesmo: uma
mulher sonhadora e um homem rico e controlador com um
passado obscuro. No entanto, o passado de Riley não foi usado
como desculpa para o seu comportamento, o que para mim foi
um dos aspectos mais importantes desta história, o não ver o
abusador apenas como um monstro, mas ainda assim, não usar
os seus traumas como pretexto para as suas ações. Por outro
lado, Lily é a heroína que faz falta neste tipo de histórias.
Apesar de tudo o que lhe aconteceu, no final conseguiu
encontrar em si a força necessária para se afastar da situação e
quebrar o ciclo, em vez de se limitar a ser um eterno capacho na
mão de um homem que pouca ou nenhuma consideração tinha
por ela.
«Só porque alguém nos magoa, não quer dizer que se possa
simplesmente parar de amar essa pessoa. Não são as ações da
pessoa que magoam mais. É o amor que se sente. Se não
houvesse qualquer ligação amorosa presente na ação praticada,
a dor seria um pouco mais fácil de aguentar.»
Esta é uma história que recomendo a toda a gente. O conteúdo
ultrapassa o simples entretenimento, apesar de também ter
muito disso. É uma daquelas histórias que se vai tornando tão
intensa e envolvente que até custa deixar de lado. É um clichê,
sim, mas um muito bem conseguido, com personagens fortes e
cativantes e uma lição tremendamente importante sobre força e
superação.

Para quem quiser ler há um segundo livro da serie que se chama


“isto começa aqui” que é a continuação do primeiro. Neste
vamos ter o reencontro de Lily e Atlas.

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