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DOMI
NA CONCURSOS
CONCURSO
APOSTI
LA
NÍ
VELMÉDI
O
W W W.
DOMI
NACONCURSOS.
COM.
BR
QUEM SOMOS
MISSÃO
VISÃO
VALORES
Filtração
• Um componente no estado sólido e um no estado líquido. Um exemplo de mistura com essa carac-
terística é a água com areia.
• Um componente no estado sólido e outro no estado gasoso. Um exemplo desse tipo de mistura é o
ar com poeira.
• Preparo do café;
Para realizar o método de filtração em um laboratório, geralmente são utilizados os seguintes equi-
pamentos:
• Papel de filtro: realiza a filtração porque consegue reter o material sólido presente na mistura.
• Funil de vidro: equipamento de vidro preso ao suporte universal pela garra em que é posicionado o
papel de filtro.
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• Baqueta: é um instrumento de vidro utilizado para direcionar a queda do líquido no papel de filtro;
Outra alternativa para se realizar uma filtração é simplesmente acoplar o funil de vidro, com o papel
de filtro adaptado nele, no erlenmeyer, como pode ser observado na ilustração abaixo:
Para compreendermos como se processa uma filtração, vamos utilizar como exemplo uma mistura
composta por água e areia. Normalmente há as seguintes etapas:
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Etapa 1: com o auxílio da baqueta, despejamos a mistura sobre o papel de filtro posicionado no inte-
rior do funil de vidro;
Etapa 2: imediatamente a água começa a atravessar o papel de filtro e cai no interior do béquer;
Etapa 3: Por fim, toda a areia fica retida no papel de filtro, e a água, no béquer.
Tamisação
Através da movimentação do sólido sobre a malha da tamise (peneira), os grânulos menores que os
vãos da malha penetram por entre os mesmos, atravessando a peneira e os grânulos que possuem
tamanhos iguais ou maiores que os vãos da malha ficam retidos. Este processo é repetido diversas
vezes, utilizando peneiras que possuem malhas com diferentes granulometrias, até obter-se a sepa-
ração da granulometria do sólido desejada.
Existem cálculos e fórmulas específicas para definir o dimensionamento das tamises de uso indus-
trial, baseada no tempo de operação das mesmas. Tanto nos processos industriais quanto nos pro-
cessos manuais, pode-se utilizar apenas uma ou diversas tamises (cada uma com um mesh ou malha
de granulometrias distintas) para efetuar o peneiramento e separação dos sólidos, isso depende do
tamanho de partículas que se deseja, quanto mais fina a partícula, maior o número de tamises por
onde o sólido irá passar.
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Existem equipamentos que realizam ensaios de granulometria de sólidos, conhecidas como tamisa-
doras, que fazem a operação de peneiramento em escala laboratorial, possibilitando analisar a menor
e maior partícula do sólido em questão, possibilitando realizar diversos peneiramentos de uma única
vez. As tamises são padronizadas, e se encaixam umas sobre as outras, formando um kit chamado
coluna de peneiração, que contém uma tamise fechada chamada de panela na base da coluna, onde
as menores partículas ficarão acondicionadas.
Os vãos das malhas das tamises são definidos de acordo com as séries supracitadas, e são quadra-
das e identificadas pela unidade mesh/in. Por exemplo: Tamise de 200 mesh/in (refere-se a uma pe-
neira com malha de 200 mesh, ou seja, 200 aberturas na malha por polegada linear).
No Brasil, a série mais utilizada para definir as tamises é a série Tyler, constituída de 14 peneiras,
com a menor malha de 3 mesh e a maior de 200 mesh.
Industrialmente temos três tipos de equipamentos para o processo de tamisação: Grelhas, Crivos ou
Telas.
• Grelhas: São barras metálicas acondicionadas em paralelo, formando espaços entre si. São utiliza-
das para peneiramento de sólidos com granulometrias elevadas.
• Crivos: São chapas metálicas planas ou com curvatura que possuem furações em sua extensão.
Também são utilizadas para partículas maiores.
• Telas: São compostas pelo entrelaçamento de fios metálicos, que formam uma malha que possui os
vãos e espaçamentos padronizados e definidos (de acordo com as séries supracitadas).
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A tamisação é comumente utilizada nas áreas de mineração, agricultura, farmacêutica, química entre
outras. Pode ser utilizada para separação de diversos tamanhos de partículas, desde pedregulhos
(indústria mineradora) como sólidos extremamente finos (indústria farmacêutica).
Princípios ativos de origem vegetal ou animal raramente são administrados diretamente na forma
bruta, normalmente, eles são administrados na forma de extratos. A utilização de extratos permite ter
um princípio ativo em quantidade e qualidade definida, além de ser, obviamente, muito mais fácil e
agradável sua ingestão.
1. a maceração ou extração em batelada, onde a droga é colocada em contato com o solvente por
um tempo e temperatura determinados. Neste caso através da difusão ou osmose dos constituintes
solúveis obtém-se no final o extrato ou macerado;
Na etapa de extração dos constituintes das drogas a maior parte fica a dissolver. Diversos fatores in-
fluenciam a eficácia do método de extração:
· o aumento da superfície de contato das drogas (drogas contundidas, cortadas ou reduzidas a pó)
aumenta a capacidade de extração, entretanto, pode aumentar também o teor de impurezas presen-
tes no extrato obtido;
· o aumento da temperatura pode facilitar a extração do princípio ativo desejado, porém, pode tam-
bém aumentar o teor de impurezas no extrato obtido;
Normalmente os extratos obtidos possuem uma composição complexa. Neles estão constituintes com
atividade farmacológica (alcalóides, heterosídeos, taninos, flavonas, essências, etc) e constituintes
sem atividade farmacológica (açúcares, amido, gomas, mucilagens, proteínas).
Por isto, a legislação não permite que eles sejam feitos na farmácia sem que haja uma padronização
(controle de qualidade).
O usual é comprar extratos de firmas estabelecidas que possuem um controle de qualidade dos extra-
tos produzidos e a partir destes fazer os "pseudo-extratos":
Os "pseudo-extratos" permitem ainda suprir a ausência de plantas no mercado e facilitam muito o tra-
balho técnico.
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Processo de Ex-
tração
Extrato obtido Síntese do procedimento
As tinturas são medicamentos líquidos resultantes da extração de drogas vegetais e animais. Elas
são preparadas à temperatura ambiente por percolação ou maceração. Os líquidos extratores são ál-
cool, álcool/água, éter alcoolizado ou acetona.
Os extratos fluídos são preparações oficinais líquidas obtidas de drogas vegetais e manipuladas de
maneira que cada 1 mL contenha os princípios ativos solúveis de 1 g da droga respectiva, devida-
mente dessecada ao ar livre. Eles são preparados, em sua maioria, por um dos quatro processos ge-
rais de percolação designados pelas letras A, B, C e D na Farm.Bras.II.
Os espíritos simples que substituem os antigos alcoolatos devem ser preparados, salvo indicação
contrária, com essência da respectiva planta e álcool, de acordo com a seguinte fórmula geral.
Observação: Quando se menciona apenas álcool, refere-se ao produto que contém cerca de 95% de
etanol. É o álcool simples.
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II.5 Infusos
Os infusos são usados como veículos de preparações farmacêuticas ou como forma farmacêutica de
preparação extemporânea. Salvo indicação contrária do médico eles são preparados pelo seguinte
processo geral:
II.6 Decoctos
Os decoctos, assim como os infusos, são usados como veículos de preparações farmacêuticas ou
como forma farmacêutica de preparação extemporânea. Salvo indicação contrária do médico eles são
preparados pelo seguinte processo geral:
NOTA: Para os decoctos preparados com drogas muito ativas, seguir as instruções dadas para infu-
sos.
Os pseudo-infusos (ou pseudo-decoctos) podem ser preparados na prática farmacêutica com extrato
fluído e água destilada ou deionizada na proporção de 5% v/v, sendo feita neste caso simplesmente
uma diluição do extrato fluído.
Este processo se justifica pela facilidade de trabalho técnico já que os extratos fluídos contêm pratica-
mente todos os princípios ativos das drogas, ou seja, 5 mL de Ext.Fl. correspondem a 5 g da droga
pulverizada. Uma outra vantagem está relacionada a falta de plantas no mercado nacional de drogas.
1) Calcular a quantidade de matéria prima para preparar 100 g de uma solução com:
- Ureia 2,5 g
* Ureia:
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50 - 2,5
100 - x
Precisará de 5 g de ureia.
* Óleo de amêndoas:
Em 50 g tem - 8 ml
Então 100g vai ter - x
50 - 8
100 - x
* Creme base:
16 + 5 = já se tem 21 g da solução, precisa-se então adicionar mais 79 g do creme base para formar
as 100g da formulação como desejado.
Porcentagem
É o número de mililitros que existe de um constituinte líquido, misturado em 100 ml de outro (normal-
mente o solvente) em uma preparação.
Exemplo: 10% v/v = 10 ml em 100 ml.
* F.S.T. 60,0 g (Isso quer dizer = Faça Segundo a Técnica para obter 60 g dessa preparação).
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Fármaco X:
0,15 g - 100 g
x - 60 g
Estearato de Magnésio:
0,25 g - 100g
x - 60 g
Aerosil:
Talco farmacêutico:
18 g.
1,2 g.
Preparar 60 cápsulas.
Solução de T3:
1:100 quer dizer: Que a cada 100 partes dessa mistura, uma dessas partes é T 3 (hormônio tireoidi-
ano) e 99 são de solvente (excipiente).
Então em 100 mg dessa mistura 1 mg é T3. Como se irá precisar somente de 0,02:
100 mg = 1 mg
X mg = 0,02 mg
Será utilizado então 2 mg da mistura de T3 para conseguir a quantidade da substância ativa que se
precisa, que é 0,02 mg.
Essa quantidade de 2 mg é para preparar uma cápsula. Para preparar 60 precisará de 120 mg da so-
lução de T3 diluída dessa forma (1 por 100).
Excipiente:
Para preparar uma cápsula com 100 mg, utilizando 2 mg da solução do hormônio, a quantidade de
excipiente necessária para completar a cápsula com 100 mg será de 98 mg, isso uma cápsula.
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1 = 98
60 = X
Sendo assim para preparar 60 cápsulas dessa formulação é necessário separar 0,12 g de T3 e 5,88 g
de excipiente.
4) Calcule a quantidade de matéria prima necessária para preparar 20 cápsulas dessa formulação:
Sendo assim se colocar 0,1 mg dessa solução de digoxina, não terá 0,1 mg de digoxina como se es-
pera que seja em cada dose.
10 mg = 1 mg
X mg = 0,1 mg
Descobri-se então que em 1 mg da solução em cada cápsula se terá a quantidade de princípio ativo
requerido.
Sendo assim precisará de mais 99 mg para completar a cápsula com 100 mg.
Então cada cápsula terá 99 mg de excipiente.
Para a pesagem de todas as substâncias para todas as cápsulas, faz uma regra de três, multipli-
cando essas quantidades que é para uma cápsula por 20 (quantidade de cápsulas que será dividido
essa mistura de excipiente e solução de digoxina).
A resposta então será: tem que pesar 0,02 g de digoxina e 1,98 g de excipiente para se preparar es-
sas 20 cápsulas.
* Fator de Correção:
Permite corrigir substâncias originalmente comercializadas na forma diluída. Essas diluições são for-
necidas pelo fabricante.
Fc = 100%/50% = 2
Então você descobre quantas vezes mais você precisa usar esse material para conseguir a quanti-
dade desejada.
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Permite intercambiar uma substância na sua forma salina, éster ou hidratada com sua molécula base
ou anidra, em relação a qual forma farmacêutica de referência estaria dosificada (em relação à subs-
tância que se deseja usar).
Pode-se então ver quanto que uma forma salina de um composto por exemplo, quantas vezes tem
que usá-lo para equivaler à quantidade da substância farmacêutica na sua forma "pura" sem se ligar
a nenhum sal.
Exemplo:
- Hidrocortisona - 0,1 g
Descobre-se assim a quantidade de vezes que tem que aumentar o valor de hidrocortisona quando
se tiver utilizando seu sal (acetato de hidrocortisona).
0,1 X 1,12 = 0,112 g (Passará a ter que ser utilizado para ter a mesma quantidade de hidrocortisona -
ter o mesmo efeito- do que se fosse utilizado sua forma pura).
Então corrigindo o valor a ser pesado para a formulação com 0,1 g de hidrocortisona, se usar
acetato de hidrocortisona terá que pesar 0,112 g para ter a mesma quantidade de hidrocorti-
sona.
5) Calcule o fator de equivalência e a quantidade de matéria prima para o preparo das formulações:
a) Betacaroteno 10 mg / cápsula.
11 g - 100 g
0,01 g - x
Então multiplica-se esse fator a quantidade que se espera utilizar de betacaroteno, para ver quanto a
mais terá que ser usado já que esse betacaroteno está diluído.
9,09 x 10 = 90,9 mg
Ou 0,09 g.
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Fc = 70 %/ 30% = 2,33.
Tem-se então que usar 0,233 g do extrato de 30% para fazer uma cápsula de Kawa Kawa.
Umidade de 8% que dizer que 8% da matéria era água, pois tinha absorvido.
Sendo assim essa matéria prima só é metrotexato em 92% dela.
d) Para a formulação:
Então:
Se o xarope total terá 100 ml, quanto de cloridrato de L-lisina colocará para ficar 125 mg dele em
cada 5 ml da preparação?
100 ml = X
5 ml = 125 mg
1. Medidas de comprimento
No sistema métrico decimal, a unidade fundamental para medir comprimentos é o metro, cuja abrevi-
ação é m. Existem os múltiplos e os submúltiplos do metro, veja na tabela:
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km hm dam m Dm cm mm
Existem outras unidades de medida mas que não pertencem ao sistema métrico decimal. Vejamos as
relações entre algumas dessas unidades e as do sistema métrico decimal:
Observando o quadro das unidades de comprimento, podemos dizer que cada unidade de compri-
mento é 10 vezes maior que a unidade imediatamente inferior, isto é, as sucessivas unidades variam
de 10 em 10.
Concluí-se então que para transformar uma unidade para um submúltiplo, basta multiplicar por
10n onde n é o número de colunas à direita do número na tabela. Já para passar para um múltiplo,
basta dividir por 10n onde n é o número de colunas à esquerda do número na tabela.
2. Medidas de superfície
No sistema métrico decimal, a unidade fundamental para medir superfícies é o metro quadrado, cuja
representação é m2 . O metro quadrado é a medida da superfície de um quadrado de um metro de
lado. Como na medida de comprimento, na área também temos os múltiplos e os submúltiplos:
obs. Quando queremos medir grandes porções de terra (como sítios, fazendas etc.) usamos
uma unidade agrária chamada hectare (ha).
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Em alguns estados do Brasil, utiliza-se também uma unidade não legal chamada alqueire.
4. Medidas de volume
No sistema métrico decimal, a unidade fundamental para medir volume é o metro cúbico, cuja abre-
viatura é m3 . O metro cúbico (m3) é o volume ocupado por um cubo de 1 m de aresta. Como nas
medidas de comprimento e de área, no volume também temos os múltiplos e os submúltiplos:
As mais utilizadas, além do metro cúbico, são o decímetro cúbico e o centímetro cúbico.
5. Medidas de capacidade
1 litro = 1 dm3
Veja os exemplos:
1) Na leitura do hidrômetro de uma casa, verificou-se que o consumo do último mês foi de 36 m3.
Quantos litros de água foram consumidos?
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2) Uma indústria farmacêutica fabrica 1 400 litros de uma vacina que devem ser colocados em ampo-
las de 35 cm3 cada uma. Quantas ampolas serão obtidas com essa quantidade de vacina?
São também utilizadas outras unidades para medir capacidade, que são múltiplos e submúltiplos do
litro:
hl dal l dl cl ml
Obs. 2) Além do litro, a unidade mais usada é o mililitro (ml), principalmente para medir pequenos vo-
lumes, como a quantidade de líquido de uma garrafa, de uma lata ou de uma ampola de injeção.
Observando o quadro das unidades de capacidade, podemos verificar que cada unidade de capaci-
dade é 10 vezes maior que a unidade imediatamente inferior, isto é, as sucessivas unidades variam
de 10 em 10.
Veja os exemplos:
1) Expressar 15 l em ml.
À medida que as unidades seguem a orientação da direita, os valores são multiplicados por 10. E à
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medida que seguem a orientação da esquerda, os valores são divididos por 10. Essa tabela de con-
versão existe para que as valores estejam sempre na mesma unidade. Vamos realizar as seguintes
transformações:
7 hm em dam → 7 * 10 = 70 decâmetros
5 m em cm → 5 * 10 * 10 = 500 centímetros
10 cm em m → 10 : 10 : 10 = 0,1 metros
1 m em hm → 1 : 10 : 10 = 0,01 hectômetro
5 mm em m → 5 : 10 : 10 : 10 = 0,005 metros
Exemplo
Algumas medidas foram fornecidas à empresa responsável pela construção de casas populares. As
informações trazem as dimensões das casas em várias unidades de comprimento diferenciadas.
Faça a transformação das unidades de forma que as unidades fiquem padronizadas. Observe as di-
mensões das casas populares:
Casa 1
Comprimento: 120 dm
Largura: 700 cm
Casa 2
Casa 3
Comprimento: 10 000 mm
Largura: 0,009 km
Casa 4
Comprimento: 7 000 mm
Largura: 11 dm
Casa 1
Casa 2
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Casa 3
Casa 4
As medidas de superfície estão diretamente ligadas ao nosso cotidiano, ao comprar um lote, pintar
uma parede, ladrilhar um piso ou azulejar uma parede, o primeiro fato que precisamos saber é a me-
dida da área das superfícies. Pelo SI (Sistema Internacional de Medidas), a unidade padrão usada
para expressar uma medida de área é o metro quadrado (m²). A área de uma superfície é calculada
através do produto entre o comprimento e a largura. Os múltiplos e submúltiplos do metro quadrado
(m²) são:
Múltiplos: quilômetro quadrado (km²), hectômetro quadrado (hm²), decâmetro quadrado (dam²).
Submúltiplos: decímetro quadrado (dm²), centímetro quadrado (cm²), milímetro quadrado (mm²).
As unidades de medidas de superfície podem aparecer em qualquer uma das unidades citadas, de
modo que podem ser transformadas de uma unidade para outra. Isso deverá ocorrer com base na ta-
bela de transformações demonstradas a seguir:
Medidas Agrárias
As medidas agrárias estão relacionadas às áreas de terras e a unidade padrão é o hectare, que cor-
responde a 10 000 m². O alqueire também é muito utilizado, mas sua medida varia de acordo com
cada estado, observe:
Unidades de Medida
As unidades de medida são modelos estabelecidos para medir diferentes grandezas, tais como com-
primento, capacidade, massa, tempo e volume.
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O Sistema Internacional de Unidades (SI) define a unidade padrão de cada grandeza. Baseado no
sistema métrico decimal, o SI surgiu da necessidade de uniformizar as unidades que são utilizadas na
maior parte dos países.
Medidas de Comprimento
Existem várias medidas de comprimento, como por exemplo a jarda, a polegada e o pé.
No SI a unidade padrão de comprimento é o metro (m). Atualmente ele é definido como o compri-
mento da distância percorrida pela luz no vácuo durante um intervalo de tempo de 1/299.792.458 de
um segundo.
Os múltiplos e submúltiplos do metro são: quilômetro (km), hectômetro (hm), decâmetro (dam), decí-
metro (dm), centímetro (cm) e milímetro (mm).
Medidas de Capacidade
A unidade de medida de capacidade mais utilizada é o litro (l). São ainda usadas o galão, o barril, o
quarto, entre outras.
Os múltiplos e submúltiplos do litro são: quilolitro (kl), hectolitro (hl), decalitro (dal), decilitro (dl), centi-
litro (cl), mililitro (ml).
Medidas de Massa
As unidades de massa são: quilograma (kg), hectograma (hg), decagrama (dag), grama (g), deci-
grama (dg), centigrama (cg) e miligrama (mg).
São ainda exemplos de medidas de massa a arroba, a libra, a onça e a tonelada. Sendo 1 tonelada
equivalente a 1000 kg.
Medidas de Volume
Podemos transformar uma medida de capacidade em volume, pois os líquidos assumem a forma do
recipiente que os contém. Para isso usamos a seguinte relação:
1 l = 1 dm3
Primeiro, vamos desenhar uma tabela e colocar no seu centro as unidades de medidas bases das
grandezas que queremos converter, por exemplo:
Tudo o que estiver do lado direito da medida base são chamados submúltiplos. Os prefixos deci, centi
e mili correspondem respectivamente à décima, centésima e milésima parte da unidade fundamental.
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Do lado esquerdo estão os múltiplos. Os prefixos deca, hecto e quilo correspondem respectivamente
a dez, cem e mil vezes a unidade fundamental.
Medida
Múltiplos Submúltiplos
Base
quilo (k) hecto (h) deca (da) deci (d) centi (c) mili (m)
Exemplos
Para fazer a transformação pedida, vamos escrever o número na tabela das medidas de capacidade.
Lembrando que a medida pode ser escrita como 35,0 litros . A virgula e o algarismo que está antes
dela devem ficar na casa da unidade de medida dada, que neste caso é o litro.
kl hl dal l dl cl ml
3 5, 0
Depois completamos as demais caixas com zeros até chegar na unidade pedida. A vírgula ficará
sempre atrás do algarismos que estiver na caixa da unidade pedida, que neste caso é o ml.
kl hl dal l dl cl ml
3 5 0 0 0,
Lembrando que podemos escrever 700,0 g. Colocamos a vírgula e o 0 antes dela na unidade dada,
neste caso g e os demais algarismos nas casas anteriores
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kg hg dag g dg cg mg
7 0 0, 0
Depois completamos com zeros até chegar na casa da unidade pedida, que neste caso é o quilo-
grama. A vírgula passa então para atrás do algarismo que está na casa do quilograma.
kg hg dag g dg cg mg
0, 7 0 0
Nas transformações de volume (m3), iremos proceder da mesma maneira dos exemplos anteriores.
Contudo, devemos colocar 3 algarismos em cada casa.
4 500, 0
Agora completamos com 3 algarismos cada casa até chegar a unidade pedida.
E o Tempo?
A unidade de medida base do tempo no SI é o segundo (s). Atualmente o segundo é definido como o
tempo de duração de 9.192.631.770 vibrações da radiação emitida pela transição eletrônica entre os
níveis hiperfinos do estado fundamental do átomo de césio 133.
Os múltiplos do segundo são o minuto, a hora e o dia. Essas medidas não são decimais, por isso
usa-se as seguintes relações:
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OPERAÇÕES FARMACEUTICAS
Um dia é um intervalo de tempo relativamente longo, neste período você pode dormir, se alimentar,
estudar, se divertir e muitas outras coisas.
Muitas pessoas se divertem assistindo um bom filme, porém se os filmes tivessem a duração de um
dia, eles não seriam uma diversão, mas sim uma tortura.
Se dividirmos em 24 partes iguais o intervalo de tempo relativo a um dia, cada uma destas frações de
tempo corresponderá a exatamente uma hora, portanto concluímos que um dia equivale a 24 horas e
que 1/24 do dia equivale a uma hora.
Uma ou duas horas é um bom tempo para se assistir um filme, mas para se tomar um banho é um
tempo demasiadamente grande.
Se dividirmos em 60 partes iguais o intervalo de tempo correspondente a uma hora, cada uma destas
60 partes terá a duração exata de um minuto, o que nos leva a concluir que uma hora equivale a 60
minutos, assim como 1/60 da hora equivale a um minuto.
Dez ou quinze minutos é um tempo mais do que suficiente para tomarmos um bom banho, mas para
atravessarmos a rua este tempo é um verdadeiro convite a um atropelamento.
Se dividirmos em 60 partes iguais o intervalo de tempo relativo a um minuto, cada uma destas partes
terá a duração exata de um segundo, com isto concluímos que um minuto equivale a 60 segundos e
que 1/60 do minuto equivale a um segundo.
O texto acima foi escrito por pura formalidade, pois todo mundo está cansado de saber que um dia
possui 24 horas e que um minuto possui 60 segundos, mas muitos se confundem quando querem
passar de uma unidade para outra, não sabem se dividem ou se multiplicam. Vamos raciocinar um
pouco em cima disto.
Como nós sabemos um dia é maior que uma hora, que é maior que um minuto, que é maior que um
segundo. Para realizarmos a conversão de uma unidade de tempo maior para uma unidade de tempo
menor, devemos realizar uma multiplicação.
Obviamente para transformarmos de uma unidade menor para uma unidade maior, devemos realizar
a operação inversa, ou seja, devemos realizar uma divisão.
Se você preferir apenas multiplicar, também pode seguir as instruções da tabela abaixo:
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OPERAÇÕES FARMACEUTICAS
A unidade de tempo minuto é maior que a unidade segundo, já que 1 minuto contém 60 segundos,
portanto, de acordo com o explicado acima, devemos realizar uma multiplicação, mas devemos multi-
plicar por quanto?
Ora, devemos multiplicar por 60, pois cada minuto equivale a 60 segundos:
Visto que:
Então:
O sistema monetário brasileiro é composto por regras e bancos comerciais e estatais responsáveis
pela circulação da moeda. Os sistemas monetários costumam ser de responsabilidade de cada país e
administrados como parte da política econômica nacional. No Brasil, a moeda vigente é o Real e o
banco responsável pela administração e produção de cédulas e notas é o Banco Central. Na Europa,
por exemplo, é diferente: existe um sistema transnacional que atende pelo nome de zona do euro,
pois vários países da mesma região compartilham da mesma moeda.
O sistema monetário brasileiro, tal como os demais em todo o mundo, é organizado em torno de dois
componentes: moeda de conta e moeda de pagamento ou real/ideal. O sistema de moeda de conta
não existe materialmente, isto é, serve apenas como unidade de cálculo, por meio do qual é anunci-
ado o valor dos produtos ou serviços. Quando se diz que um sorvete custa R$ 2 estamos fazendo
uso da moeda enquanto conta. Já a moeda de pagamento ou real/ideal é a que serve como interme-
diária nas operações, de fato, e é composta por espécies metálicas e notas. Ou seja, no exemplo
acima, uma nota de R$ 2, ou duas moedas de R$ 1, oito de R$ ,025 e assim por diante.
Parte desse sistema bancário, os bancos comerciais e estatais têm a capacidade de criar a chamada
moeda escritural (saldo em conta corrente com depósitos à vista), o que permite a realização de tran-
sações sem necessidade da utilização de moeda em espécie. A moeda escritural só existe mediante
a autorização do Banco Central.
Para o funcionamento da economia, os bancos têm um papel dos mais importantes. O Banco Central
é responsável por emitir o papel-moeda e controlar a liquidez, ou seja, controlar a velocidade e facili-
dade com as quais um ativo (bens, valores, etc.) pode ser convertido em caixa. Já os banqueiros “sal-
vam” instituições bancárias em última instância, quando estão a correr perigo e quebrar. Foi o que
aconteceu em algumas delas durante a crise econômica de 2008.
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OPERAÇÕES FARMACEUTICAS
Para se ter uma ideia sobre a importância de um sistema monetário, a Grécia, por exemplo, que
passa por uma grave crise financeira, manteve seus bancos fechados por vários dias. O motivo era
um só: se todos os correntistas decidissem sacar seus recursos de uma vez, as instituições não te-
riam dinheiro suficiente para pagá-los. O Banco Central grego não possui dinheiro para salvar todos
os bancos comerciais de lá. Ou seja, a tal da liquidez.
Os perímetros de figuras planas indicam o valor da medida do contorno da figura. Ou seja, o con-
ceito de perímetro corresponde à soma de todos os lados de uma figura geométrica plana.
Triângulo: figura plana formada por três lados e ângulos internos. De acordo com a medida dos la-
dos eles podem ser:
Triângulo Obtusângulo: dois ângulos agudos internos (menor que 90°), e um ângulo obtuso interno
(maior que 90°);
Quadrado: figura plana formada por quatro lados congruentes (mesma medida). Possui quatro ângu-
los internos de 90° (ângulos retos).
Retângulo: figura plana formada por quatro lados, donde dois deles são menores. Também possui
quatro ângulos internos de 90°.
Círculo: figura plana que também é chamada de disco. É formado pelo raio (distância entre o centro
e a extremidade da figura) e o diâmetro (segmento de reta que passa pelo centro e vai de um lado ao
outro da figura.
Trapézio: figura plana formada por quatro lados. Apresenta dois lados e bases paralelas, sendo uma
menor e outra maior. De acordo com a medida dos lados e ângulos eles são classificados em:
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OPERAÇÕES FARMACEUTICAS
Losango: figura plana formada por quatro lados iguais. Possui lados e ângulos opostos congruentes
e paralelos.
É comum haver confusão entre o conceito de área e perímetro. No entanto, a área é a medida da su-
perfície de uma figura plana. Já o perímetro é soma das medidas dos lados da figura.
Para calcular cada uma das figuras planas apresentadas acima, utilizam-se as seguintes fórmulas:
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FARMACOTÉCNICA
Farmacotécnica
trata-se de uma parte da farmacologia que cuida das drogas, transformando-se nas várias formas far-
macêuticas utilizadas na prevenção, diagnóstico e cura das doenças. Esta transformação visa a ad-
ministração, assegurando uma perfeita eficácia terapêutica e conservação.
Formas Farmacêuticas
são também designadas por formas galênicas ou formas medicamentosas. Exemplos: pós, comprimi-
dos, xaropes, pomadas, colírios, supositórios, etc.
Atualmente a farmacotécnica é subsidiada por outras ciências fundamentais, como a física, a quí-
mica, e a botânica; e de ciências de aplicação como a farmacognosia e a farmacodinâmica. Sendo
assim, ela própria se constitui em uma ciência de aplicação, libertando-se cada vez mais do empi-
rismo que a caracterizou no passado.
Após um período de tempo mais ou menos longo, dependente do processo de conservação, o medi-
camento passa a perder progressivamente a sua atividade. Na prática, considera-se que um medica-
mento perdeu a sua validade quando foram destruídos mais de 10 ou 15% dos seus princípios ativos.
O período durante o qual a destruição se processou até aquele limite é conhecido com prazo de vali-
dade.
Por este motivo os medicamentos devem ser verificados de modo a garantir a sua potência inicial e a
determinar-se qual o grau de destruição dos seus princípios ativos com o passar do tempo.
Compete à farmacotécnica estudar a forma farmacêutica mais adequada e o melhor meio de se con-
servar os medicamentos, de modo a prolongar, na medida do possível, o seu período de utilização.
farmácia galênica: termo introduzido no século xvi, que significava a “farmácia dos medicamentos
complexos”, que pretendia se opor ao termo “farmácia química” ou ”ramo farmacêutico” que se ocu-
pava da preparação de medicamentos contendo substâncias quimicamente definidas.
Razões de ordem econômica e a facilidade de preparação têm levado à substituição quase que siste-
mática das antigas fórmulas pelos seus componentes principais isolados ou por síntese.
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FARMACOTÉCNICA
Farmácia clínica: com o aparecimento de novos fármacos, cada vez mais potentes, obriga a cuidados
particulares no que diz respeito às incompatibilidades físicas, químicas e biológicas a que podem dar
origem.
Observa-se assim a evolução natural da farmácia galênica, que, de arte servindo-se do empirismo,
passou a ciência complexa e multifacetada, começando a ser encarada e orientada em bases com-
pletamente novas, em que a preparação do medicamento nunca pode ser apreciada independente-
mente do fim a que se pretende.
Medicamento e Remédio
a palavra remédio é empregada num sentido amplo e geral, sendo aplicada a todos os meios utiliza-
dos com o fim de prevenir ou de curar as doenças. Deste modo, são remédios não só os medicamen-
tos, mas também os agentes de natureza física ou psíquica a que se recorre na terapêutica.
Observação: medicamentos utilizados com fins diagnósticos não podem ser considerados remédios,
já que esta palavra implica as ideias de profilaxia ou de cura.
como se sabe a palavra medicamento indica uma droga ou uma preparação com drogas de ação far-
macológica benéfica, quando utilizada de acordo com suas indicações e propriedades.
Medicamento simples - aqueles preparados a partir de 1 único fármaco. Ex.: xarope de vitamina c,
pomada de cânfora.
Medicamento composto - são aqueles preparados a partir de vários fármacos. Ex.: a) injetável de pe-
nicilina g + estreptomicina. Ex.: b) comprimido de ácido salicílico + cafeína.
Medicamento de uso externo - são aqueles aplicáveis na superfície do corpo ou nas mucosas facil-
mente acessíveis ao exterior. Ex.: cremes de calêndula, shampoo de piritionato de zinco.
Medicamentos de uso interno - são aqueles que se destinam à administração no interior do orga-
nismo por via bucal e pelas cavidades naturais (vagina, nariz, ânus, ouvido, olhos, etc.).
Medicamentos oficiais - são aqueles oficializados nas monografias presentes nas farmacopéias.
Medicamentos oficinais - são aqueles preparados na própria farmácia, de acordo com normas e do-
ses estabelecidas por farmacopéias ou formulários e com uma designação uniforme. Ex.: tintura de
iodo, elixir paregórico.
Medicamento magistral - são aqueles medicamentos prescritos pelo médico e preparados para cada
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FARMACOTÉCNICA
Medicamento placebo - são substâncias ou preparações inativas administradas para satisfazer a ne-
cessidade psicológica do paciente de tomar drogas.
Medicamentos alopáticos - são aqueles que tratam as doenças produzindo uma condição de antago-
nistas; incompatíveis com o estado patológico a ser tratado. “cura provocando uma ação diferente no
corpo”.
Medicamentos homeopáticos - são aqueles que promovem uma condição semelhante com o estado
patológico a ser tratado. “tratam o indivíduo, e não a doença em primeiro lugar.”
Fórmula ou formulação
representa o conjunto dos componentes de uma receita prescrita pelo médico, ou então a composi-
ção de uma especialidade farmacêutica.
em uma fórmula complexa o médico pode indicar além dos componentes ativos, os componentes
inertes que devem entrar na formulação (adjuvantes).
Adjuvantes - fármacos auxiliares. Pode exercer um efeito solubilizante, conservante, edulcorante, aro-
matizante. Em regra geral, não modificam o efeito farmacológico dos princípios ativos.
Veículo ou excipiente - são destituídos de atividade e têm como função dar corpo aos fármacos, dilu-
indo-os à concentração conveniente ou proporcionando maior facilidade de administração. Obs.:
veículo (líquido)
excipiente (sólido).
Farmacopeias
código farmacêutico oficial inscrito com a finalidade de regulamentar e impri9mir rigor científico e uni-
formidade às práticas farmacêuticas, selecionando técnicas e métodos que sirvam de norma legal à
preparação, caracterização, ensaio e doseamento das matérias primas empregadas e dos produtos
acabados.
Histórico
• adotou a farmacopéia francesa até que a brasileira fosse publicada farmacopeias brasileiras
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FARMACOTÉCNICA
Formulários
ao lado das farmacopéias existem os formulários de índole galênica, oficializados em muitos países e
dotados de caráter nacional, ou restritos a determinados serviços.
Nos e.u.a têm sido publicados, regularmente diversos formulários nacionais. O último national formu-
lary xxii, foi oficializado juntamente com a revisão da usp xxii.
No brasil também têm sido publicados alguns formulários, com exemplo o formulário homeopático
brasileiro.
Droga - produto simples ou complexo que poderá ser utilizado como matéria prima para o uso farma-
cêutico, podendo este ser de origem vegetal, mineral ou animal. Ex.: mel, cera de abelha, fenol, sul-
fato de cobre, beladona.
Fármaco - todas as drogas utilizadas em farmácia e dotadas de ação farmacológica ou, pelo menos
de interesse médico. Poderíamos dizer então, que o conceito de droga abrange o de fármaco ou que
o fármaco é um tipo especial de droga.
“qualquer substância simples ou complexa que aplicada no interior ou no exterior do corpo do homem
ou do animal possa produzir efeito curativo ou preventivo”.
Remédio - são todos os meios utilizados com o fim de prevenir ou de curar as doenças.
Receita Médica
recipe (latim) - conjunto de indicações escritas pelo médico ou veterinário ao farmacêutico, para a
preparação e entrega de um medicamento. Usualmente comporta também instruções para o paciente
quanto ao modo de administração ou uso do medicamento prescrito.
nome do paciente, fármacos utilizados e suas quantidades, forma farmacêutica pretendida, indicação
quanto à administração do medicamento, nome, endereço e assinatura do médico.
O médico deverá indicar de forma explícita, qual o fármaco ou os fármacos constituintes e qual a sua
quantidade. Se em um ou mais casos ultrapassar as doses consideradas máximas, deverá demons-
trar que têm plena consciência de fato, escrevendo por extenso e sublinhando as quantidades preten-
didas.
Depois de indicar a composição pretendida, o médico menciona a forma farmacêutica desejada. Algu-
mas vezes as quantidades indicadas referem-se a várias unidades galênicas. Ex.: 12 papéis, 5 supo-
sitórios, 6 comprimidos.
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FARMACOTÉCNICA
Outras vezes menciona-se o quantitativo para uma unidade indicando-se depois, o número de unida-
des pretendidas. Ex.: 1 cápsula.
Em certos casos, o médico inclui, nesta parte da receita, a abreviatura f.s.a. (faça segundo a arte).
Ao farmacêutico competente incluir no rótulo do medicamento que dispensa, algumas indicações au-
xiliares. Ex.: colheres de sopa, café, sobremesa, para gargarejo; uso ocular; para inalação; para fric-
ção; agite antes de usar.
O nome, endereço e assinatura do médico devem constar na receita, de modo a garantirem-lhe sua
autenticidade.
Administração de medicamentos
de uso tópico - são aqueles que se aplicam externamente, sobre uma região limitada do corpo, não
proporcionando absorção sistêmica dos seus constituintes. Ex.: pomada de ácido salicílico, colírio de
sulfato de zinco.
De uso local - são aqueles que desempenham sua ação em uma zona específica do organismo. Ex.:
subnitrato de bismuto em pó (uso oral). Não é absorvido, atua localmente, protege a mucosa gástrica
e duodenal. Ex.2: antibióticos, anti-helmínticos; atuam localmente no intestino. Atividade antibacteri-
ana ou vermicida.
Tópica
Efeito local.
A substância é administrada exatamente no local onde ela fará aação esperada.
Algumas formas farmacêuticas mais comumente usadas para efeito local são:
- pomadas (utiliza-se base oleosa).
- gel (utiliza-se base à álcool, pois o álcool evapora e o fármaco pode penetrar ainda mais inteiro).
- spray.
Enteral
Via oral:
Aceita pela população por não ser invasiva. Comodidade por poder ser feita a administração sozinho.
Também por essas vantagens, acaba sendo a via com mais erros de administração de todas, como
erros de horários.
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FARMACOTÉCNICA
É considerada uma via segura, já que tem possibilidade de reversão caso ocorra excesso de inges-
tão, pois há a possibilidade de lavagem gástrica.
É uma via em que ocorre a biotransformação de primeira passagem (ou efeito de primeira passa-
gem). Logo quando absorvido o fármaco para o sangue, ele não entra na circulação sistêmica, mas
sim na circulação portal.
É então levado diretamente ao fígado que biotransforma parte dele, antes dessa dose poder chegar
ao local de ação e exercer o efeito.
O fígado é considerado o principal local de metabolização (órgão com maior quantidade de enzimas),
depois que o fármaco passa por ele, a parte metabolizada (transformada em outra substância) e a
parte de fármaco ainda que não foi metabolizado, caem na circulação sistêmica.
Dessa vez na corrente sanguínea, a parte do fármaco que fará ação desejada irá ser levada por todo
o corpo, podendo chegar até o local onde fará o efeito pretendido.
Alguns fármacos podem ser absorvidos no estômago, mas o principal local de absorção é no duo-
deno, devido a maior superfície (microvilosidades que as células do intestino apresentam).
Fármacos como a penicilina são mais instáveis em meios ácidos sendo facilmente degradados. O re-
vestimento entérico do fármaco é um alternativa para que ele suporte a passagem pelo estômago,
além de poder evitar irritação gástrica.
- drágeas: comprimido revestido com sacarose (tira o gosto ruim e protege o fármaco).
- cápsula: o envoltório protege o fármaco do suco gástrico.
- solução oral: fármaco dissolvido em líquido/solvente, normalmente água. Gotas orais, fracos meno-
res.
- emulsão: partículas líquidas dispersas num líquido que não se misturam (forma-se fases). Como
óleo na água.
Via retal:
É considerada a substituta da via oral. Para caso de vômito, paciente desacordado, entre outros.
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FARMACOTÉCNICA
- supositório.
- enemas (líquido).
Via sublingual:
Não é invasiva.
Não ocorre efeito de primeira passagem, sabendo-se então com mais precisão a dosagem de fár-
maco.
Têm rápido acesso a veia cava do coração (onde vários fármacos de administração sublingual agem).
Exemplo a nitroglicerina quando administrada por via onde ocorreefeito de primeira passagem, é mais
de 90% depurada, por isso é administrada por via sublingual.
Parenteral
Via intravascular:
É a via mais rápida, pois não ocorre absorção. A substância é administrada diretamente na corrente
sanguínea.
Possibilita saber exatamente a quantidade de fármaco na corrente sanguínea, sua total biodisponibili-
dade.
Evita o efeito de primeira passagem, mas o fármaco administrado não pode ser retirado por carvão
ativado ou êmese em caso de administração de altas doses, pode causar hemólise em caso de inje-
ção muito rápida e pode haver introdução de micro-organismos junto.
- injetável: é a forma de administração mais perigosa por ser um procedimento invasivo, e nesse caso
ainda, agir na hora e haver menor possibilidade de reversão.
A via intramuscular é a administração da substância em uma camada mais funda, mas onde ainda
teria que haver absorção para a corrente sanguínea, mas por ser em uma camada mais profunda, a
intramuscular, essa absorção ocorre mais rápida.
Normalmente é utilizado solução aquosa onde a absorção é maisrápida, pois a medida que o veí-
culo se difunde para fora do músculo o fármaco que estava suspenso precipita e se dissolve entrando
nas células. Mas para difusões lentas com efeitos prolongados usa-se veículos não aquosos.
A subcutânea além de uma administração, injeção da substância em uma camada intermediária tem
velocidade de absorção também mediana em comparação as outras duas.
É utilizada muitas vezes para administração de fármacos como alidocaína que é um anestésico e
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FARMACOTÉCNICA
junto se aplica doses de mínimas de adrenalina, visando seu efeito vasoconstritor, dificultando a ab-
sorção e mantendo a lidocaína mais tempo fazendo seu efeito deanestésico local.
- injetável.
Via pulmonar:
É a via onde ocorre a absorção mais rápida. Essa absorção ocorre pela mucosa respiratória.
O início de efeito por essa via também ocorre bastante rápido, devido a sua rápida absorção, só não
é a via de efeito mais rápido porque perde para a via intravascular (endovenosa).
Pode ocorrer administração de fármacos por inalação considerados de uso tópico, pois o local da
ação desse fármaco seria o próprio pulmão. Como em medicamentos para asma.
Via transdérmica:
* formas farmacêuticas:
- pomada anticoncepcional.
Sabendo que todo produto médico contém uma perspectiva de resolução de grande parte dos proble-
mas de saúde, sua preservação deve ser garantida desde o início de sua produção até o momento de
aplicação no paciente. Sendo assim, as condições de estoque tais como temperatura, armazena-
mento em ambientes controlados e por fim transporte, devem ser adequados garantindo a qualidade
dos medicamentos dentro de seus padrões ideais.
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FARMACOTÉCNICA
Atividades de armazenamento
• Segurança: proteção do medicamento armazenado, em especial contra danos físicos, furtos e rou-
bos.
É sabido que, infelizmente, todo medicamento sofre alterações. Também sabemos que essas altera-
ções podem levar a perda total ou parcial das propriedades medicamentosas, podendo chegar até ao
estágio de toxicidade maior que a do produto original. Portanto, entende-se que estabilidade é o perí-
odo no qual o medicamento mantém suas características físicas, químicas e farmacológicas. Esse
período de “vida útil” inicia-se na fabricação do mesmo e deve vir detalhado na embalagem. A estabi-
lidade dos medicamentos pode ser classificada em:
• Física: entende-se por propriedade física a aparência, cor, sabor, odor, ph, viscosidade, dureza, uni-
formidade, etc. E essas deverão permanecer inalteradas.
• Microbiológica: medicamentos deverão continuar com a sua eficácia original, tornando-os esté-
reis ou resistentes ao crescimento de microrganismos sem afetar sua função.
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FARMACOTÉCNICA
Os principais fatores que afetam a estabilidade dos medicamentos podem ser divididos em duas
grandes áreas. São fatores intrínsecos e extrínsecos.
Mas esses fatores cabem à indústria farmacêutica geri-los, por isso a anvisa constantemente analisa,
avalia e estuda as boas práticas (bpx) das mais diversas situações, como por exemplo a bpl, ou me-
lhor, as boas práticas de laboratório. A perda dessa bpl pode causar diversos danos à indústria, inclu-
sive o seu fechamento quando não atendidas as considerações.
Já os fatores extrínsecos estão todos relacionados às condições ambientais e que dentro de um ar-
mazém podem ser controlados e principalmente, monitorados. Abaixo há uma descrição completa so-
bre cada um deles, que são:
• Temperatura: é a responsável direta pelo maior número de alterações e/ou deteriorações nos medi-
camentos. Temperaturas fora do padrão pré-estabelecido não são indicadas, porque aceleram a indu-
ção de reações químicas e a decomposição dos medicamentos, alterando sua eficácia.
• Umidade: o alto índice de umidade no ambiente pode afetar a estabilidade dos medicamentos (de-
pendendo da sua forma), favorecendo também o crescimento de fungos e bactérias no produto, cau-
sando possíveis reações químicas.
• Manuseio: fator crítico dos medicamentos, pois uma vez que seu manuseio seja inadequado. Aqui
incluí-se também o transporte dos mesmos (nós já levantamos dicas sobre o transporte de vacinas).
Toda a equipe, incluindo os motoristas, deve ser consciente dos itens que transportam, devem
ter treinamento adequado quanto ao manuseio e transporte adequado dos medicamentos.
• Ventilação: a circulação do ar no ambiente de armazenagem deve ser mantida para conservar bem
os produtos. Em caso de temperaturas naturais, a estocagem deve ter espaçamento adequado entre
os produtos e o local deve ter janelas ou elementos vazados que facilitem a ventilação natural. Já os
ambientes com temperaturas abaixo ou acima da ambiente (câmaras e estufas) faz-se necessário
uma boa distribuição dos medicamentos nesses espaços para que ocorra a circulação correta do ar
(quente ou frio).
Pensando nesses fatores extrínsecos e nas consequências (em caso de um armazenamento não
qualificado) que eles podem ocasionar aos medicamentos é que pesquisamos algumas formas ou
métodos simples para se levar em conta na hora de armazenar os medicamentos.
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FARMACOTÉCNICA
Estrados/pallets
São plataformas horizontais de tamanhos variados e de fácil manuseio, são ideias para movimenta-
ção de grandes volumes. Podem ser de inúmeros tipos de materiais, tais como madeira, plástico, bor-
racha e alumínio. Os de madeira são os mais utilizados, porém estes absorvem bastante umidade e
poeira (itens prejudiciais, como já falamos acima), por isso, algumas empresas tem trocado pelos es-
trados de borracha. Além disso os de borracha são mais fáceis de limpar e podem possuir uma diver-
sidade de cores criando “setores mais fáceis” de serem identificados.
Prateleiras
É meio de armazenamento mais econômico e simples também. Sua utilização é direcionada para pro-
dutos leves e estoques reduzidos. As prateleiras devem manter determinada distância das paredes e
do teto, a fim de evitar zonas de calor e facilitar a circulação interna do ar. Outro detalhe importante é
sobre o empilhamento dos medicamentos, deve-se obedecer as recomendações dos fabricantes
quanto ao limite de peso e quantidade de volumes a serem empilhados (normalmente essa informa-
ção consta na caixa). Os produtos empilhados devem ser amarrados conforme orientação da em-
presa e também devem ter uma distância entre eles, as paredes e o teto. Tudo para manter a estabili-
dade do medicamento.
Armários
Como armazená-los?
Para que o armazenamento seja eficiente, os medicamentos devem ser distribuídos de maneira facili-
tadora a seu acesso, identificação, manuseio e controle. Além disso tudo, a distribuição deles deverá
ser clara para que operações como inventário e balanços possam ocorrem com maior facilidades. As
possíveis formas de armazenamento são:
Ordem Alfabética
Baseia-se no nome genérico do produto, é muito útil, pois permite ao operador estabelecer uma se-
quência na tomada de pedidos e também no trabalho de contagem.
Forma Farmacêutica
Baseia-se na organização conforme a forma farmacológica do produto. Além de contribuir com a raci-
onalização do espaço, evita erros na contabilização e no despacho do produto.
Grupo Terapêutico
Esse modelo organiza os medicamentos por seus grupos terapêuticos. É muito utilizada e auxilia no
controle de inventários, pois cobre um amplo número de produtos de uma mesma classe.
Alfanumérico
Utiliza um sistema de sinalizações nas áreas, prateleiras e estrados. É indicado para grandes quanti-
dades, galpões por exemplo. Usar esse modelo de armazenamento exige muita atenção nos registros
para que cada item seja colocado no seu devido local.
O armazenamento é uma parte do ciclo da cadeia farmacêutica, onde a finalidade é garantir a quali-
dade dos medicamentos por meio de uma estocagem adequada. A boa conservação dos medica-
mentos gera credibilidade das indústrias farmacêuticas com seu consumidor final, o paciente. Um erro
de armazenamento pode causar danos sérios à indústria, distribuidora ou até ao hospital (em sua far-
mácia central).
Os medicamentos quando vão para os galpões, podem ficar por tempo indeterminado ali e para que
os mesmos fiquem estáveis, faz-se necessário analisar todo o ambiente a qual ele ficará. Se todo o
processo de produção e transporte ocorrerem de maneira eficiente, caberá então ao armazenamento
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FARMACOTÉCNICA
manter todo o controle de qualidade para que pacientes recebam os medicamentos dentro de sua es-
tabilidade e funcionalidade ideais.
Cálculo de medicamentos
• Saber as vias;
• Saber as doses;
• Saber calcular;
• Saber as incompatibilidades;
• Saber cuidar.
Cabe destacar que, a dose adequada é uma das partes mais delicadas da administração de medica-
mentos e envolve responsabilidade, perícia e competência técnico-científica. Logo, é necessário que
a enfermeira entenda alguns conceitos:
- Dose máxima: maior quantidade de medicamento capaz de produzir ação terapêutica sem ser
acompanhada de sintomas tóxicos.
- Dose tóxica: quantidade que ultrapassa a dose máxima e pode causar conseqüências graves; a
morte é evitada se a pessoa for socorrida a tempo.
Unidades de medida:
- Grama: unidade de medida de peso; sua milésima parte é o miligrama (mg), logo 1g corresponde a
1000mg e 1000g correspondem a 1 kg.
- Litro: unidade de volume; sua milésima parte corresponde ao ml, logo, 1000ml é igual a 1l; depen-
dendo do diâmetro do conta-gotas, 1ml corresponde a 20 gotas e 1 gota corresponde a 3 microgotas.
- Centímetro cúbico (cc ou cm³): é similar ao ml, logo 1cc equivale a 1ml.
Noções elementares:
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FARMACOTÉCNICA
Suspensão é também composta por duas partes, mas difere da solução por ser heterogênea, o que
significa que após centrifugação ou repouso, é possível separar os componentes, o que não ocorre
na solução.
A concentração de uma mistura é determinada pela quantidade de soluto numa proporção definida de
solvente, e poderá ser expressa em porcentagem (%) ou em g/l.. Como exemplo temos que uma so-
lução de glicose com 5g de glicose (soluto) dissolvida em 100 ml de água (solvente) é uma solução
com concentração de 5%. Isso significa que a concentração é obtida pela divisão da massa (g) pelo
volume, e é expressa em % ou g/l.
100 ml – 5 g
500 ml – x
Segundo passo – verifica-se quanto foi prescrito, isto é, quanto contem um frasco a 10%
100ml – 10g
500 ml – x
Terceiro passo – encontra-se a diferença procurando supri-la usando ampolas de glicose hipertônica
100 ml – 50g
20 ml – x
X = 20 x 50 / 100 = 10g
20 ml – 10g
X – 25g
X = 20 x 25 / 10 = 50 ml
Temos seringa de 1 ml graduada em 40 ui, o frasco de insulina é de 80 ui por mililitro. A dose pres-
crita foi de 25 ui.
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FARMACOTÉCNICA
80 u – 25 u
40 u – x
Prescrição --------x
Seringa -------- 80 ui
40 ---------- 80 ui
20 ---------- x
X = 40 ui
2 ml - 80 mg
X – 60 mg
X = 1,5 ml
Formas farmacêuticas
Além disso, a forma farmacêutica se relaciona à via de administração que vai ser utilizada, isto é, a
porta de entrada do medicamento no corpo da pessoa, que pode ser, por via oral, retal, intravenosa,
tópica, vaginal, nasal, entre outras.
Dcada via de administração é indicada para uma situação específica, e apresenta vantagens e des-
vantagens. Sabemos, por exemplo, que uma injeção é sempre incômoda e muitas vezes dolorosa. No
entanto, seu efeito é mais rápido. Lembre-se que não é apenas a forma do medicamento que é im-
portante, a sua via de administração também deverá ser escolhida pelo médico, no ato da prescrição.
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FARMACOTÉCNICA
Via oral (boca) Comprimido, cápsula, pastilhas, drágeas, pós para reconstituição,
gotas, xarope, solução oral, suspensão.
Via cutânea (pele) Soluções tópicas, pomadas, cremes, loção, gel, adesivos.
Cápsulas
É o armazenamento de uma ou mais substâncias químicas em recipientes de gelatina que pode ser
mole (armazenando líquidos, semi-sólidos e sólidos) ou duro (armazenando sólidos). Há casos espe-
cíficos em que a cápsula pode ser aberta e ser administrada na forma de pó, porém, isto só poderá
ser feito com indicação médica e orientação do farmacêutico.
Em geral, não se pode abrir, quebrar ou triturar as cápsulas, pois o medicamento pode perder seu
efeito. Pode ser usada para mascarar sabor desagradável.
Comprimidos
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FARMACOTÉCNICA
♦ comprimidos de revestimento entérico » os comprimidos prontos são revestidos por um produto que
garante sua passagem integra pelo estômago e chegando perfeito ao intestino onde irá se dissolver e
iniciar sua ação.
O revestimento é necessário para os casos em que os medicamentos, quando em contato com o lí-
quido ácido do estômago são destruídos e perdem imediatamente sua ação terapêutica. Pode ser uti-
lizado também em casos de medicamentos que agridem a parede do estômago.
♦ comprimidos efervescentes » são comprimidos preparados com uma ou mais substâncias químicas
associadas a alguns sais que liberam gases quando em contato com a água. Este mecanismo facilita
o comprimido a desintegrar e a dissolver para ser absorvido.
♦ comprimidos mastigáveis » são comprimidos preparados para terem a sua desintegração facilitada
pela mastigação. Depois de mastigados, eles são engolidos, para aí serem dissolvidos e absorvidos.
São utilizados, geralmente, para doenças crônicas, podendo aumentar o intervalo entre as tomadas
dos medicamentos em pacientes que precisam de altas doses por dia.
→um tipo de comprimido de ação lenta/prolongada é o chamado de “oros”, esse comprimido permite
a liberação lenta da substância ativa no organismo, o que garante a ação durante 24 horas. Uma vez
concluído este processo, o comprimido vazio é eliminado pelo organismo através das fezes. Ex: ada-
lat® oros.
• drágeas
São comprimidos revestidos com açucares. Melhora a deglutição, aparência física e mascara o sabor
do medicamento.
• preparação extemporânea
São pós liofilizados ou grânulos, podem ser solúveis, resultando em soluções, ou insolúveis, resul-
tando em suspensões.
São preparações para substâncias que não são estáveis na presença da água (se degradam facil-
mente depois de um curto tempo de contato). Assim, é necessário que as substâncias sejam acres-
centadas à água filtrada ou fervida somente no momento da administração, para se fazer a solução
ou suspensão.
Geralmente, esses produtos devem ser utilizados por um período máximo de 14 dias após sua prepa-
ração, quando armazenado em geladeira. Se armazenado em temperatura ambiente esse período cai
para 7 dias. Se não utilizado por completo dentro desses períodos e nessas condições, o que restar
no frasco deve ser descartado. Ter atenção, pois há produtos com especificações diferentes.
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As preparações tópicas semi-sólidas são para aplicação na pele ou em certas mucosas, para ação
local ou penetração percutânea dos medicamentos, ou ainda por sua ação emoliente ou protetora.
• pomadas ou unguentos
São preparações semi-sólidas para aplicação externa que amolecem ou derretem à temperatura cor-
pórea. A substância química sólida é geralmente inserida em uma base oleosa.
São usadas em regiões menores, com menos pêlos por serem muito oleosas, não é aconselhável
aplicá-las em feridas abertas.
• pastas
Para aplicação externa na pele. Contém maior porcentagem de material sólido, por isso são mais fir-
mes e espessas. Apresentam consistência macia e firme pela quantidade de sólidos, são pouco gor-
durosas e têm grande poder de absorção de água ou de exsudados.
• emulsões ou cremes
Preparações com parte de água e parte de óleo. Em comparação com as pomadas, são bem menos
oleosas e se espalham facilmente. Portanto, são mais aplicadas para áreas extensas do corpo e tam-
bém em regiões com pêlos.
As emulsões também são usadas por via oral para mascarar o sabor de medicamentos quando usa-
das por via oral, evitando o contato do óleo com as papilas gustativas.
• géis
São preparações a base de água, portanto, não contém óleo. São utilizadas em regiões muito úmi-
das. Também são utilizados para reduzir a oleosidade da pele.
São utilizadas em medicamentos e cosméticos. Geralmente são soluções associadas a gases. Anti-
gamente o gás mais utilizado era o cfc (clorofluorcarbono), pois ele não é inflamável, em contrapar-
tida causam grande estrago para a natureza (uma pequena quantidade dele no ar é capaz destruir
grande parte da camada de ozônio). Foi substituído atualmente pelos hidrocarbonetos (n-butano, pro-
pano, iso-butano), que são inflamáveis, mas pouco tóxicos e mais baratos. É importante alertar que
as embalagens não devem ser descartadas fora do lixo, e não podem ser reutilizadas e abertas.
• supositórios
São formas farmacêuticas da consistência firme, de forma cônica ou ogival, destinadas a serem inse-
ridas no reto, onde devem desintegrar-se ou derretem-se a temperatura do corpo, liberando a subs-
tância química.
Pode ser para ação sistêmica devendo ser aplicado mais profundamente possível, ou local não sendo
necessário aplicação profunda. Para ação local são utilizados em casos de dor, constipação, irritação,
coceira e inflamação. Para ação sistêmica são utilizados em casos de pacientes com vômitos e que
não engolem o medicamento, ou mesmo para cortar o vômito, e para medicamentos que se degra-
dam no líquido ácido do estômago.
• óvulos
• velas
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FARMACOTÉCNICA
Soluções
são preparações em que há uma ou mais substâncias químicas dissolvidas em uma pequena quanti-
dade de solvente (a substância que dissolve).
Podem ser divididas em soluções orais e soluções estéreis.
Soluções Orais
As soluções orais, necessitam de componentes que dêem cor e sabor ao líquido para tornar o medi-
camento mais agradável ao gosto. Podem ser administradas em gotas, ou com um volume bem defi-
nido, como, por exemplo, 5 ml (uma colher de chá). Elas podem ter cor, mas devem ser transparen-
tes.
São preparações líquidas estéreis, ou seja, sem a presença de microorganismos. São colírios e medi-
camentos injetáveis. Não devem conter nenhum tipo de substância estranha e nem estarem turvas.
Tinturas
São medicamentos líquidos resultantes da extração princípios ativos de drogas vegetais e animais.
Elas são preparadas à temperatura ambiente por percolação (droga vegetal na forma íntegra em con-
tato com o solvente) ou maceração (droga macerada ou triturada em contato com o solvente). Os lí-
quidos extratores ou “solventes” são: álcool, álcool/água, éter alcoolizado ou acetona.
Extratos Fluidos
São preparações oficinais líquidas obtidas de drogas vegetais e manipuladas de maneira que cada 1
ml contenha os princípios ativos solúveis de 1 g da droga respectiva, devidamente dessecada ao ar
livre. Eles são preparados, em sua maioria, por um dos quatro processos gerais de percolação desig-
nados pelas letras a, b, c e d na farm.bras.ii.
Espíritos
São preparações líquidas com a essência da respectiva planta e álcool, de acordo com a seguinte
fórmula geral.
Xaropes: São preparações a base de água, concentradas de açúcar, que contêm uma ou mais subs-
tâncias químicas. São usadas principalmente para substâncias com sabor muito desagradável e tam-
bém para pacientes que têm dificuldade de ingerir comprimidos (crianças e idosos, por exemplo).
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FARMACOTÉCNICA
Elixires
São preparações líquidas à base de água e álcool e com sabor levemente adocicado, que contêm
uma ou mais substâncias químicas.
São menos viscosos e, devido à presença de certa quantidade de álcool, são menos utilizadas atual-
mente.
Suspensões
As suspensões são preparações em que as substâncias químicas não estão totalmente dissolvidas
no meio líquido. Geralmente têm baixa capacidade de dissolução, por isso depositam-se no fundo do
recipiente.
É essencial informar ao paciente que ele deve agitar o frasco antes de usar.
•ceratos → são um tipo de pomada, em que o excipente é constituído por uma mistura de cera e óleo.
•alcolatos → são preparações farmacêuticas que se obtém pela maceração olcoólica de plantas fres-
cas, seguidas de destilação
•colutórios → são preparações magistrais destinadas a serem depostas na mucosa bocal ou orofarín-
dea. São soluções viscosas devido à presença de mel ou glicerina. As substâncias ativas empregues
são anti-sépticos.
•enemas ou clister (phosfo enema) → são formas farmacêuticas destinadas a serem introduzidas na
porção terminal do intestino.
•aerossois → se caracterizam por constituírem um “nevoeiro não molhante” formado por micro gotas
(diâmetro compreendido entre 0,05 e 0,2 micrômetro). Formam uma suspensão coloidal, em que a
fase contínua é o gás e a fase dispersa é o líquido.
•sprays → são semelhantes aos aerossóis, mas o diâmetro da partícula é maior (0,5 micrômetro), po-
dem ser considerados “nevoeiros molhantes”.
•vaporizações → são formas farmacêuticas magistrais resultantes da libertação de vapor de água por
si só, ou contendo anti-sépticos, e que se destinam a ser inalados
•ampolas → são tubos de vidro ou plástico, colorido ou incolor, estirados nos dois topos, ou pequenas
“garrafas” seladas, podem conter líquido ou pó.
Farmácia
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FARMACOTÉCNICA
Existem riscos de infecção em vários procedimentos que ocorrem na farmácia, incluindo o preparo, o
armazenamento e a dispensação do fármaco. Especificamente, patógenos perigosos, como bacté-
rias, fungos ou vírus, podem contaminar medicamentos nas seguintes situações:2
Para evitar a contaminação, o farmacêutico e todos os funcionários da farmácia devem implantar vá-
rias estratégias ao preparar medicamentos estéreis e não estéreis. Embora o escopo deste livro não
permita uma discussão mais profunda sobre os processos de preparo e manipulação de fármacos, as
seções a seguir fazem uma análise rápida desse tópico. O capítulo 797 do united states pharmaco-
peia (usp) traz mais informações sobre as exigências específicas associadas com a manipulação de
fármacos.
Um medicamento não estéril é um medicamento que não exige condições estéreis durante sua mani-
pulação. Ao preparar um medicamento desse tipo, é importante seguir algumas etapas básicas para
evitar erros e reduzir o risco de contaminação:4
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FARMACOTÉCNICA
Usar os equipamentos de proteção individual (epis), incluindo luvas. Ver destaque 11.1.
Manipular uma prescrição de uma vez só. Isso evita não apenas a contaminação, mas também outros
erros médicos, como mistura de medicamentos.
Reunir todos os materiais necessários para manipulação. Como os manipuladores já avaliaram os in-
gredientes e equipamentos necessários, esse processo de separação do material é bem rápido.
Avaliar as variações, como aquelas relacionadas a peso, mistura, limpidez, odor, cor, ph, etc.
Rotular o medicamento, incluindo nome, número de identificação, data de validade, rubrica do mani-
pulador, exigências de armazenamento e outras informações exigidas pela lei estadual.
Destaque 11.1
O tipo de epi e a sequência correta de uso desse traje ainda são assuntos de debate entre organiza-
ções profissionais de farmacêuticos. O capítulo 797 do united states pharmacopeia recomenda,
nessa ordem, os seguintes tipos de epi:5
Colocar propés.
Usar máscara.
As áreas de manipulação devem ter espaço adequado para equipamentos e materiais, de modo a
evitar misturas entre ingredientes, rótulos e produtos acabados. Para evitar a contaminação, elas de-
vem ser bem iluminadas e ventiladas e projetadas para minimizar a contaminação cruzada.
Além disso, esses locais devem ser fisicamente separados das áreas de preparação estéril. Todas as
áreas de manipulação não estéril devem estar limpas e sanitizadas. As instalações para lavagem das
mãos e lixeiras – incluindo lixeiras para lixo hospitalar e não hospitalar – devem ser de fácil acesso, e
deve ser realizada uma limpeza diária desses locais.
Para evitar a contaminação dos medicamentos pelos farmacêuticos e por outros profissionais de as-
sistência à saúde (pass) que estejam doentes, as atividades devem ser limitadas para funcionários
que apresentem sintomas de resfriado, gripe ou outras condições gastrintestinais ou infecciosas. Isso
se aplica particularmente a todos os pas com exantemas, pele ferida ou outras doenças cutâneas.
Diferentemente das soluções e dos medicamentos não estéreis, as soluções e os medicamentos es-
téreis devem ser preparados em ambiente estéril e com o uso de técnicas estéreis. Um ambiente es-
téril – ou sala limpa – é uma sala onde o número de partículas por metro cúbico de ar é controlado. A
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FARMACOTÉCNICA
international organization for standardization (iso) classifica as salas limpas de acordo com o número
de partículas permitidas por volume de ar. As salas limpas para manipulação estéril costumam ser iso
classe 5, classe que tem menos de 100.000 partículas por metro cúbico de ar.
O ar nas salas limpas é filtrado para excluir a poeira e constantemente recirculado através de filtros
de particulado de ar de alta eficiência (hepa) e/ou ultrafiltro de penetração de ar (ulpa). Os pass en-
tram e deixam a sala através de airlocks e usam epis, como aventais, máscaras, gorros, luvas e pro-
pés, para manter rigorosa esterilidade. Equipamentos, produtos de limpeza e mobília dentro de uma
sala limpa também são projetados para produzir um número mínimo de partículas.
Com relação ao preparo de medicamento estéril, a usp define cinco níveis de risco, descritos a se-
guir, os quais relacionam o grau de risco de contaminação envolvido no processo de manipulação:1,5
Categoria de uso imediato. Os medicamentos nessa categoria são preparados para uso em situações
de emergência ou em situações nas quais a manipulação de baixo risco é perigosa para o paciente
devido a atrasos. Esses tipos de medicamentos devem ser administrados dentro de 1h após o pre-
paro ou descartados, não sendo permitido seu armazenamento ou manipulação em batelada. Eles
devem ser preparados usando técnicas assépticas.
Nível de baixo risco. Esses medicamentos são preparados a partir de ingredientes comerciais,
usando equipamentos estéreis. Eles não incluem mais do que três ingredientes comercialmente dis-
poníveis. Eles devem ser preparados em ambientes iso classe 5 e com áreas buffer iso classe 7 e an-
tessalas iso classe 8.
Nível de baixo risco com 12 horas além da data de uso. Esse tipo de medicamento deve ser prepa-
rado em um ambiente iso classe 5, em uma área de manipulação que seja separada e tenha ar ambi-
ente.
Nível de médio risco. Esses medicamentos incluem as preparações manipuladas a partir de produtos
comerciais estéreis múltiplos para uso em vários pacientes ou várias vezes em um paciente. Eles
também incluem preparações que exigem transferências múltiplas ou que consomem muito tempo.
Eles devem ser preparados em ambientes iso classe 5 e com áreas buffer iso classe 7 e antessalas
iso classe 8.
Nível de alto risco. São medicamentos que estão contaminados ou que possuem elevado risco de
contaminação. Eles podem incluir preparações estéreis a partir de ingredientes estéreis, preparações
usando ingredientes estéreis em um ambiente que não seja iso classe 5 ou preparações nas quais
exista um prazo maior entre a manipulação e a esterilização.
Todas as cinco categorias de risco exigem que os manipuladores executem o teste de media fill para
técnica asséptica. O grau de complexidade envolvido nesse teste varia com o nível de risco.
Existem várias outras questões com relação à manipulação de medicamentos estéreis sobre as quais
a equipe de farmácia deve estar ciente, incluindo as seguintes (os leitores devem consultar o capítulo
797 da usp para uma discussão completa sobre esses tópicos):7
Produtos não estéreis com água devem ser esterilizados dentro de 6h.
O ambiente de manipulação mantém a esterilidade ou a pureza dos itens. Como já foi mencionado,
tal ambiente deve ter uma indicação de iso classe 5 e incluir a mobília adequada. As bancadas de
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fluxo laminar, as cabines de segurança biológica (csbs) e os isoladores de retenção asséptica para
manipulação são comuns nesses ambientes.
As datas para uso posterior estão adequadas e são baseadas em critérios científicos válidos.
É importante que os farmacêuticos façam a higiene das mãos e usem epis ao preparar medicamentos
estéreis. Eles também devem lavar mãos e antebraços imediatamente antes e após preparar os me-
dicamentos e usar luvas estéreis e aventais ou macacões.2,8
Para evitar a contaminação cruzada, a área de manipulação estéril deve ser separada das atividades
não essenciais para essa atividade. Qualquer sala de separação (buffer) ou antessala deve estar fisi-
camente separada da área de manipulação e incluir um diferencial de pressão positiva. Se não hou-
ver separação física, devem ser usados os princípios de deslocamento de fluxo de ar – como veloci-
dade elevada do ar ou diferenciais de baixa pressão.7
Como ocorre com as áreas de preparação não estéril, as áreas de preparação estéril devem ser lim-
pas e sanitizadas. Esses procedimentos devem ser adequados para as áreas iso classe 5. Balcões,
superfícies de trabalho e chão devem ser limpos todos os dias, e qualquer área de separação ou an-
tessala deve ser higienizada todo mês.
Deve ser feita observação visual das técnicas de limpeza e desinfecção de todos que trabalham ou
não no setor de manipulação em intervalos específicos.7 os pass que trabalham na manipulação esté-
ril da farmácia devem evitar trabalhar nessa área ou abreviar suas atividades se estiverem doentes.
Para garantir que sejam mantidas as condições adequadas na área de manipulação estéril, o monito-
ramento ambiental deve ser feito rotineiramente. A contagem de partículas totais deve ser feita pelo
menos a cada seis meses para todas as partes das áreas de manipulação estéril. A contagem deve
ser realizada caso a área seja realocada ou se forem feitas alterações físicas.
Além disso, os hospitais devem fazer amostragem regular da superfície para testar a conformidade
com os procedimentos de limpeza e desinfecção. As ações corretivas devem se basear nos níveis de
contaminação microbiana e identificação dos micro-organismos.
A educação e o treinamento das pessoas que trabalham na farmácia são essenciais para a preven-
ção e o controle de contaminação dos medicamentos estéreis. Esse treinamento deve incluir os pro-
cedimentos de preparo assépticos, as técnicas adequadas para a colocação de avental e luvas, os
procedimentos de garantia da qualidade, os fatores de contaminação das áreas críticas e a conduta
geral na área controlada.8 esses esforços de educação devem ser documentados (ver destaque
11.2).
Destaque 11.2
A american society of health-system pharmacists declara que as informações sobre o preparo de me-
dicamento estéril a seguir devem ser documentadas e mantidas no arquivo por um período, de
acordo com as exigências estaduais e as políticas e os procedimentos do hospital:8
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Antes de guardar medicamentos ou materiais para manipulação, a equipe da farmácia deve verificar
os recipientes de armazenamento para garantir que não estejam rachados nem quebrados. Caso es-
tejam, devem ser descartados.
outra fonte de contaminação que pode surgir na farmácia é a introdução de patógenos nos medica-
mentos ao acessar os frascos usando uma seringa. Devem ser usadas agulha e seringa para acessar
os frascos dos medicamentos.
Elas devem ser descartadas após o uso e não devem ser usadas para acessar o mesmo ou outro
frasco. Os centers for disease control and prevention (cdcs) recomendam o uso de frascos de dose
única, sempre que possível.
1. Objetivo
Caso a farmácia pretenda manipular soluções parenterais de grande volume (spgv) e estéreis a partir
de matérias-primas estéreis deverá seguir regulamentação de boas práticas de fabricação, aplicada à
indústria farmacêutica, no que couber.
2. Condições gerais.
2.1. A farmácia é responsável pela qualidade das preparações estéreis em todas as etapas.
2.3. Para a manipulação de produtos utilizados em terapia de nutrição parenteral devem ser obedeci-
das as disposições da portaria svs/ms n° 272, de 08 de abril de 1998 ou qualquer outra que venha
complementá-la, alterá-la ou substituí-la.
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2.4. Para a manipulação de produtos usados em terapia antineoplásica devem ser obedecidas as dis-
posições da rdc no 220 de setembro de 2004, contempladas neste anexo, ou qualquer outra que ve-
nha alterá-la ou substituí-la.
2.5. A manipulação de antineoplásicos e outras substâncias com reconhecido risco químico deve se-
guir critérios rígidos de utilização de equipamentos de proteção coletiva (cabine de segurança bioló-
gica) e individual, procedimentos de conservação e transporte, prevenção e tratamento em caso de
acidentes, de acordo com legislação específica.
3. Organização e pessoal.
3.1. Treinamento.
Além de atender aos requisitos descritos no item 3.2 do anexo i, todo pessoal deve conhecer os prin-
cípios das bpmpe.
3.2.1. O acesso de pessoas às áreas de preparação de formulações estéreis deve ser restrito aos
operadores diretamente envolvidos.
3.2.2. Os manipuladores de produtos estéreis devem atender a um alto nível de higiene e particular-
mente devem ser instruídos a lavar corretamente às mãos e antebraços, com escovação das unhas,
utilizando anti-séptico padronizado, antes de entrar na área de manipulação.
3.2.3. Os operadores que fazem a inspeção visual devem ser submetidos a exames oftalmológicos
periódicos e ter intervalos de descanso freqüentes no período de trabalho.
3.3. Vestuário
3.3.2. A colocação dos uniformes e calçados, bem como a higiene preparatória para entrada nas
áreas classificadas, devem ser realizadas em sala especificamente destinada para paramentação e
seguir procedimento estabelecido para evitar contaminação microbiana e por partículas.
3.3.3. Os uniformes e calçados utilizados nas áreas classificadas devem cobrir completamente o
corpo, constituindo barreira à liberação de partículas provenientes da respiração, tosse, espirro, suor,
pele e cabelo.
3.3.4. O tecido dos uniformes utilizados nas áreas classificadas não deve liberar partículas ou fibras e
deve proteger quanto à liberação de partículas naturais do corpo.
3.3.5. Os uniformes usados na sala de manipulação, inclusive máscaras e luvas, devem ser estéreis
e substituídos a cada sessão de manipulação.
3.3.6. Deve ser assegurado que as luvas estéreis sejam trocadas a cada duas horas de trabalho de
manipulação, e sempre que sua integridade estiver comprometida.
3.3.7. Os uniformes reutilizáveis devem ser mantidos separados, em ambiente fechado, até que se-
jam apropriadamente lavados e esterilizados, sob a responsabilidade da empresa.
3.3.7.1. A lavagem e esterilização dos uniformes podem ser realizadas por empresa terceirizada, por
meio de contrato formal.
3.3.8. O processo de lavagem e esterilização dos uniformes deve ser validado e seguir procedimen-
tos escritos.
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4. Infra-estrutura física.
4.1. A farmácia destinada à manipulação de preparações estéreis deve ser localizada, projetada e
construída ou adaptada segundo padrões técnicos, contando com uma infra-estrutura adequada às
operações desenvolvidas, para assegurar a qualidade das preparações.
4.2. A farmácia deve possuir, além das áreas comuns referidas no anexo i, no mínimo, as seguintes
áreas/salas:
4.4. Nas salas de pesagem, manipulação e envase, todas as superfícies devem ser revestidas de ma-
terial resistente aos agentes sanitizantes, lisas e impermeáveis para evitar acúmulo de partículas e
microorganismos, possuindo cantos arredondados.
4.5. As salas de pesagem, manipulação e envase devem ser projetadas de modo a evitar superfícies
de difícil limpeza e não podem ser usadas portas corrediças.
4.6. Os tetos rebaixados devem ser completamente vedados para evitar a contaminação proveniente
do espaço entre o teto original e o teto de rebaixamento.
4.7. As tubulações instaladas nas salas de pesagem, manipulação e envase devem ser embutidas na
parede.
4.9. A sanitização das áreas classificadas constitui aspecto particularmente importante e por isso de-
vem ser utilizados mais de um tipo de desinfetante, com alternância periódica.
4.10. Deve ser procedido monitoramento periódico, através de parâmetros estabelecidos, do pro-
cesso de sanitização para detectar o surgimento de microorganismos persistentes ou resistentes.
4.11. Na sala de pesagem, e sala de manipulação e envase não é permitido o uso de pia e ralo,
mesmo sifonados.
4.13.1. A sala destinada à lavagem, esterilização e despirogenização dos recipientes vazios deve ser
separada e possuir classificação iso 8 (100.000 partículas/ pé cúbico ar).
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4.13.3. A sala deve ser contígua à área de manipulação e dotada de passagem de dupla porta para a
entrada de material em condição de segurança.
4.13.4. Deve dispor de meios e equipamentos para limpeza e esterilização dos materiais antes de sua
entrada na sala de manipulação.
4.13.5. No caso do produto manipulado necessitar de esterilização final por calor, o processo de este-
rilização poderá ser realizado nesta sala, desde que obedecidos procedimentos previamente estabe-
lecidos e em horário distinto das demais atividades realizadas nesta sala.
4.14.1. A sala onde é realizada a pesagem deve possuir classe iso 7 (10.000 partículas/ pé cúbico de
ar) para garantir baixa contagem microbiana e de partículas.
4.15.1. A sala destinada à manipulação e envase de preparações estéreis deve ser independente e
exclusiva, dotada de filtros de ar para retenção de partículas e microorganismos, garantindo os níveis
recomendados - classe iso 5 (100 partículas/ pé cúbico de ar) ou sob fluxo laminar, classe iso 5 (100
partículas/ pé cúbico de ar), em área classe iso 7 e possuir pressão positiva em relação às salas adja-
centes.
4.16.1. Deve existir área específica para revisão, com condições de iluminação e contraste adequa-
das à realização da inspeção dos produtos envasados.
4.17.1. A área destinada à quarentena, rotulagem e embalagem das preparações deve ser suficiente
para garantir as operações de forma racional e ordenada.
4.18.1. A sala de paramentação deve possuir câmaras fechadas, preferencialmente com dois ambien-
tes (barreira sujo/limpo) para troca de roupa.
4.18.2. As portas de acesso à sala de paramentação e salas classificadas devem possuir dispositivos
de segurança que impeçam a abertura simultânea das mesmas.
4.18.3. A sala de paramentação deve ser ventilada, com ar filtrado, com pressão inferior à da sala de
manipulação e superior à área externa.
4.18.4. O lavatório deve possuir torneira ou comando que dispense o contato das mãos para o fecha-
mento. Junto ao lavatório deve existir provisão de sabonete líquido ou anti-séptico e recurso para se-
cagem das mãos.
5.1. Os equipamentos devem ser localizados, projetados, instalados, adaptados e mantidos de forma
a estarem adequados às operações a serem realizadas.
5.2. A estrutura dos equipamentos deve visar a minimização dos riscos de erro e permitir que os mes-
mos sejam efetivamente limpos e assim mantidos para que seja evitada a contaminação cruzada, o
acúmulo de poeiras e sujeira e, de modo geral, qualquer efeito negativo sobre a qualidade da manipu-
lação.
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forma que possam ser efetivamente esterilizados por vapor, por aquecimento a seco ou outro mé-
todo.
5.4. Os equipamentos de lavagem e limpeza devem ser escolhidos e utilizados de forma que não
constituam fontes de contaminação.
5.5. Os produtos usados na limpeza e desinfecção não devem contaminar os equipamentos de mani-
pulação com substâncias tóxicas, químicas, voláteis e corrosivas.
5.7. Após o término do trabalho de manipulação, os equipamentos devem ser limpos, desinfetados e
identificados quanto à sua condição, efetuando-se os registros desses procedimentos.
5.8. É recomendável que o sistema de filtração de ar do fluxo laminar não seja desligado ao término
do trabalho, a menos que, após a sua parada, seja providenciada a limpeza e desinfecção do gabi-
nete.
5.9. O sistema de ar filtrado deve assegurar que o fluxo de ar não espalhe partículas no ambiente.
5.10. O ar injetado nas áreas classificadas deve ser filtrado por filtros hepa.
5.11. Quando a manutenção dos equipamentos for executada dentro das áreas classificadas, devem
ser utilizados instrumentos e ferramentas também limpos.
5.12. Todos os equipamentos devem ser submetidos à manutenção preventiva, de acordo com um
programa formal, e corretiva, quando necessário, obedecendo a procedimentos operacionais escritos
com base nas especificações dos manuais dos fabricantes.
5.13. O equipamento utilizado no tratamento de água deve ser projetado e mantido de forma a asse-
gurar a produção da água com a especificação exigida.
5.14. Deve ser realizada a sanitização do sistema de produção de água, de acordo com procedimen-
tos escritos, mantendo-se os devidos registros.
5.15. O sistema de distribuição da água deve garantir que não haja contaminação microbiana.
5.16. Sendo necessário o armazenamento da água, devem ser usados recipientes de aço inoxidável,
herméticos e munidos de filtro de ar esterilizante.
5.17. O mobiliário deve ser construído de material liso, impermeável, facilmente lavável e que não li-
bere partículas, e que seja passível de desinfecção pelos agentes normalmente utilizados.
6. Materiais.
6.1.1. As matérias primas adquiridas devem ser analisadas para a verificação do cumprimento de to-
das as especificações estabelecidas nos compêndios oficiais incluindo a determinação da biocarga.
6.1.2. Especialidades farmacêuticas e produtos para a saúde utilizados no preparo de estéreis devem
seguir especificação técnica detalhada pelo farmacêutico e estar regularizados junto à anvisa/ms,
conforme legislação vigente.
6.1.3. Cada lote deve estar acompanhado do certificado de análise emitido pelo fabricante, garantindo
a sua pureza físico-química e microbiológica, bem como o atendimento às especificações estabeleci-
das.
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7. Água.
7.1. A água de abastecimento, o sistema de tratamento de água e a água tratada devem ser monito-
rados regularmente e mantidos os registros desses resultados.
7.2.1. A água utilizada na preparação de estéreis deve ser obtida no próprio estabelecimento, por
destilação ou por osmose reversa, obedecendo às características farmacopéicas de água para injetá-
veis.
7.2.2. Em casos excepcionais, quando o consumo de água não justificar a instalação de sistema de
produção de água para injetáveis, a farmácia pode utilizar-se de água para injetáveis produzida por
indústria farmacêutica, sendo neste caso desnecessária a realização dos testes previstos nos itens
7.2.6. E 7.2.7 deste anexo.
7.2.3. A água para enxágüe de ampolas e recipientes de envase, deve ter qualidade de água para
injetáveis.
7.2.4. O armazenamento da água não é recomendado, a não ser que ela seja mantida em recircula-
ção a uma temperatura igual ou superior a 80º c. Caso contrário, ela deve ser descartada a cada 24
(vinte e quatro) horas.
7.2.5. Deve haver procedimentos escritos para a limpeza e manutenção do sistema de obtenção de
água para injetáveis, com os devidos registros.
7.2.6. Devem ser feitos os testes físico-químicos e microbiológicos previstos para água purificada,
além de teste de endotoxinas bacterianas, com o objetivo de monitorar o processo de obtenção da
água para injetáveis, com base em procedimentos escritos.
7.2.7. A farmácia deve monitorar a água para preparação de estéreis, quanto à condutividade e pre-
sença de endotoxinas bacterianas imediatamente antes de ser usada na manipulação.
7.2.7.1. No caso da água se destinar a produtos oftálmicos, não será requerido o teste de endotoxi-
nas bacterianas.
7.2.8. Devem ser estabelecidas e registradas as medidas corretivas e preventivas que serão adota-
das em caso de laudo insatisfatório da água. Deve ser avaliada a efetividade das medidas adotadas,
por meio de uma nova análise.
7.2.9. O processo de obtenção da água utilizada na preparação de estéreis deve ser validado.
8.1. Devem ser tomadas precauções no sentido de minimizar a contaminação durante todos os está-
gios da manipulação.
8.2. A manipulação deve ser realizada com técnica asséptica, seguindo procedimentos escritos e vali-
dados.
8.3. Deve existir um programa de monitoramento ambiental, para garantir a qualidade microbiológica
da sala de manipulação, com seus respectivos registros.
8.4. Deve ser verificado, sistematicamente, o cumprimento do procedimento de lavagem das mãos e
antebraços dos manipuladores.
8.5. Deve ser verificado o cumprimento dos procedimentos de limpeza e desinfecção das áreas, ins-
talações, equipamentos e materiais empregados na manipulação das preparações estéreis.
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FARMACOTÉCNICA
8.6. Especialidades farmacêuticas, produtos para a saúde e recipientes devem ser limpos e desinfeta-
dos antes da entrada na área de manipulação.
8.7. Especialidades farmacêuticas utilizadas para preparação de estéreis devem ser previamente tra-
tadas para garantir a sua assepsia externa e inspecionadas visualmente quanto à presença de partí-
culas.
8.8. Deve ser efetuado, na ordem de manipulação, o registro do número de lote de cada uma das es-
pecialidades farmacêuticas e produtos para a saúde, ou de cada matéria-prima, utilizados na manipu-
lação de preparações estéreis, indicando inclusive os seus fabricantes / fornecedores.
8.9. As embalagens primárias estéreis devem ser transportadas de modo a garantir a manutenção da
sua esterilidade até o envase.
8.10. Todas as superfícies de trabalho, inclusive as internas da capela de fluxo laminar, devem ser
limpas e desinfetadas antes e depois de cada sessão de manipulação efetuando os respectivos regis-
tros.
8.11. Devem existir registros das operações de limpeza e desinfecção dos equipamentos emprega-
dos na manipulação.
8.12. O envase das preparações estéreis deve ser feito em recipiente que atenda aos requisitos deste
regulamento e garanta a estabilidade físico-química e microbiológica dessas preparações.
8.12.1. O recipiente deve manter a esterilidade e apirogenicidade do seu conteúdo durante a conser-
vação, transporte e administração.
8.12.3. O envase de preparações esterilizadas por filtração deve ser procedido sob fluxo laminar
classe iso 5, em sala classe iso 7.
8.13. Deve ser efetuado teste de integridade no filtro esterilizante antes e após o processo de filtra-
ção.
8.14. Todas as soluções devem passar por filtração em membrana compatível com o método de este-
rilização final utilizado. Deverão ser efetuados testes para verificação da integridade da membrana
filtrante antes e após a filtração.
8.15. Todos os processos de esterilização devem ser validados e sistematicamente monitorados com
base em procedimentos escritos. Os resultados devem ser registrados e arquivados.
8.15.1. Devem ser definidos procedimentos claros para diferenciação das preparações esterilizadas,
das não esterilizadas.
8.16. Os indicadores biológicos devem ser considerados somente como método adicional para moni-
toramento da esterilização.
8.17. No caso de injetáveis, deve ser realizado o monitoramento dos produtos intermediários quanto à
presença de endotoxinas.
8.18. O tempo entre o início da manipulação de determinada solução e sua esterilização ou filtração
esterilizante deve ser o menor possível e estabelecido para cada produto, levando-se em conta a sua
composição.
8.19. A eficácia de qualquer procedimento novo deve ser validada em intervalos regulares ou quando
forem feitas modificações significativas no processo ou nos equipamentos.
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FARMACOTÉCNICA
8.21. Deve ser efetuado teste para verificação da hermeticidade dos produtos estéreis.
8.22. Deve existir um sistema de identificação que garanta a segurança da separação das prepara-
ções antes e depois da revisão.
8.23. Todo produto estéril, obtido por reconstituição, transferência, incorporação ou fracionamento de
especialidades farmacêuticas estéreis destinado à utilização em serviços de saúde, deve conter ró-
tulo com as seguintes informações: nome completo do paciente, quarto/leito e registro hospitalar (se
for o caso), composição qualitativa e quantitativa dos produtos e ou nomes das especialidades farma-
cêuticas que compõem a manipulação, volume total, velocidade da infusão, via de acesso, data e
hora da manipulação, número seqüencial de controle e condições de temperatura para conservação e
transporte, nome e crf do farmacêutico responsável e identificação de quem preparou a manipulação.
9. Controle de qualidade.
9.1. As matérias-primas utilizadas na preparação de estéreis devem ser submetidas aos ensaios far-
macopéicos completos, incluindo identificação, quantificação (teor), impurezas e determinação da bio-
carga.
9.2. Os testes de quantificação (teor), impurezas e determinação da biocarga podem ser executados
por laboratórios de controle de qualidade terceirizados.
9.3. O produto estéril pronto para o uso deve ser submetido, além dos previstos no anexo i, aos se-
guintes controles:
a) inspeção visual de 100% das amostras, para verificar a integridade física da embalagem, ausência
de partículas estranhas, precipitações e separações de fases;
c) teste de esterilidade;
9.3.1. As amostras para o teste de esterilidade devem ser retiradas, segundo técnicas de amostra-
gem que assegurem a representatividade da amostra, a cada ciclo de esterilização.
9.5. Ficam dispensadas dos testes de esterilidade e de endotoxinas bacterianas toda preparação es-
téril, obtida por reconstituição, transferência, incorporação ou fracionamento de especialidades farma-
cêuticas estéreis, com prazo de utilização de 48 horas e nos casos de administração prolongada (dis-
positivos de infusão portáteis), desde que a infusão inicie até 30 horas após o preparo, em serviços
de saúde.
10.garantia da qualidade.
10.1. Validação.
10.1.2. O procedimento de preparações estéreis deve ser validado para garantir a obtenção do medi-
camento estéril.
10.1.2.1. A validação deve seguir protocolo escrito que inclua a avaliação da técnica adotada, por
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FARMACOTÉCNICA
10.1.2.3. A validação do procedimento de manipulação deve ser realizada antes do efetivo início das
atividades da farmácia.
10.1.3. Devem ser realizadas revalidações periódicas, no mínimo uma vez ao ano.
10.1.4. Sempre que houver qualquer alteração nas condições validadas, o procedimento deve ser re-
validado.
10.1.5. As validações e revalidações devem ser documentadas e os documentos arquivados por dois
anos.
10.2. Documentação.
10.2.1. A documentação e o registro de preparações estéreis devem ser arquivados durante dois
anos a partir da data da manipulação.
11.1. Todos os medicamentos citostáticos devem ser armazenados em local exclusivo, sob condições
apropriadas, de modo a preservar a identidade e integridade dos mesmos.
11.2. A farmácia deve possuir sala exclusiva para manipulação e fracionamento de citostáticos.
11.3. A pressurização da sala de manipulação deve ser negativa em relação ao ambiente adjacente.
11.4. Todas as operações devem ser realizadas em cabine de segurança biológica (csb) classe ii b2,
que deve ser instalada seguindo orientações contidas em legislação específica.
11.5. A csb deve ser validada com periodicidade semestral e sempre que houver deslocamento e/ou
reparos, por pessoal treinado, mantendo-se os registros.
11.6. Qualquer interrupção do funcionamento da csb implica na paralisação imediata das atividades
de manipulação dos medicamentos citostáticos.
a) dois pares de luvas (tipo cirúrgica) de látex estéreis com punho longo e sem talco, trocados a cada
hora ou sempre que sua integridade estiver comprometida;
b) avental longo ou macacão de uso restrito à sala de manipulação, com baixa permeabilidade, frente
fechada, com mangas longas e punho elástico.
11.7.2. A paramentação, quando reutilizável, deve ser guardada separadamente, em ambiente fe-
chado, até que seja lavada. O processo de lavagem deve ser exclusivo a este vestuário.
11.7.3. Deve ser feita a inspeção visual do produto final, observando a existência de perfurações e/ou
vazamentos, corpos estranhos ou precipitações na solução.
11.8.1. O transporte do medicamento citostático deve ser feito em recipientes isotérmicos exclusivos,
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FARMACOTÉCNICA
11.8.2. O responsável pelo transporte de medicamentos citostáticos deve receber treinamento espe-
cífico de biossegurança em caso de acidentes e emergências.
11.9. Biossegurança.
11.9.2. A farmácia deve manter um “kit” de derramamento identificado e disponível em todas as áreas
onde são realizadas atividades de manipulação, armazenamento e transporte.
11.9.2.1. O kit de derramamento deve conter, no mínimo, luvas de procedimentos, avental de baixa
permeabilidade, compressas absorventes, proteção respiratória, proteção ocular, sabão, descrição do
procedimento, formulário para o registro do acidente e recipiente identificado para recolhimento dos
resíduos de acordo com rdc/anvisa nº 306, de 07/12/2004, suas atualizações ou outro instrumento
legal que venha substituí-la.
11.9.3. Devem existir normas e rotinas escritas, revisadas anualmente, para a utilização da cabine de
segurança biológica e dos equipamentos de proteção individual.
11.9.4.1. Pessoal.
11.9.4.1.2. As áreas da pele atingidas devem ser lavadas com água e sabão.
11.9.4.1.3. Quando da contaminação dos olhos ou outras mucosas, lavar com água ou solução isotô-
nica em abundância e providenciar acompanhamento médico.
11.9.4.2. Na cabine.
11.9.4.2.2. Em caso de contaminação direta da superfície do filtro hepa, a cabine deverá ser isolada
até a substituição do filtro.
11.9.4.3. Ambiental.
11.9.4.3.2. A área do derramamento, após identificação e restrição de acesso, deve ser limitada com
compressas absorventes.
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FARMACOTÉCNICA
11.9.4.3.6. Quando da existência de fragmentos, estes devem ser recolhidos e descartados conforme
rdc/anvisa nº. 306, de 07/12/2004, suas atualizações ou outro instrumento que venha substituí-la.
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ERGONOMIA NO TRABALHO
O cenário contemporâneo do mundo do trabalho, marcadamente em ebulição, tem seu ponto de infle-
xão histórica no final da década de sessenta do século passado. É naquele período que se iniciava
um processo de reestruturação produtiva, ora em curso, como forma de superar a crise vigente no
sistema produtivo dos países ocidentais, de feição taylorista- fordista (Braverman, 1975). Os aspectos
históricos e os traços que foram sendo produzidos pela reestruturação produtiva marcam esse cená-
rio de mudanças.
(...) um processo de reestruturação capitalista que inclui formas diferenciadas de se produzir e organi-
zar o trabalho num contexto de fragmentação e fragilização do movimento sindical. Registram-se a
redução do emprego assalariado, especialmente na indústria, a proliferação de atividades em servi-
ços, a expansão de formas atípicas de inserção laboral em frente do padrão assalariado anterior e,
principalmente, a ampliação do desemprego e sua manutenção em patamar elevado (p. 127).
O fenômeno da reestruturação produtiva e industrial pode ser definido como uma busca por harmoni-
zar (compatibilizar) mudanças, principalmente, nos âmbitos do perfil das organizações produtivas,
das relações de produção, do modelo dominante de gestão do trabalho, da tecnologia com a introdu-
ção de instrumentos de trabalhos baseados na microeletrônica, do papel dos Estados nacionais e do
quadro jurídico internacional com medidas voltadas para o fim de barreiras comerciais. O processo de
transição para um novo paradigma produtivo tem sido marcado por diferentes experiências, medidas
e enfoques (Mattoso, 1995). A reestruturação da economia mundial, que toma impulso nas décadas
de 80 e 90 do século passado, vai paulatinamente dando forma e conteúdo à reestruturação produ-
tiva propriamente dita (Castel, 2003; Leite, 2003; Mattoso & Baltar, 1996). Nesse sentido, merecem
destaque três características principais:
- O segundo traço, o principal deles, situa-se na esfera da gestão organizacional e do trabalho. A in-
trodução de ferramentas informatizadas é um dos facilitadores do enfoque de gestão flexível da pro-
dução (fabricação com base na demanda) e do trabalho (gerenciamento mais eficaz do tempo e das
performances dos trabalhadores). Sem abandonar os pressupostos da organização científica do tra-
balho (OCT) de Taylor (radicalizada por Henry Ford), a revolução informacional, com base nos avan-
ços produzidos pela microeletrônica, tem produzido estilos gerenciais diferenciados que, no funda-
mental, reiteram o papel de co- adjuvantes dos trabalhadores nos processos produtivos.
- O terceiro traço importante reside nas iniciativas de mudanças do aparato jurídico que normatiza as
relações de trabalho e o próprio processo produtivo. Neste caso, tais iniciativas manifestam-se em
dois níveis. O primeiro nível é macro, ou seja, no âmbito dos Estados nacionais e das relações eco-
nômicas internacionais. Nesse âmbito trata-se das medidas voltadas para o estabelecimento de ba-
ses mais livres para as relações de compra e venda de mercadorias, geração de tecnologias e inten-
sificação do processo de comunicação. O segundo nível é micro, ocorre no interior das próprias orga-
nizações por meio do estabelecimento de novas normas, papéis e atribuições aos seus membros,
buscando-se acelerar o processo de reestruturação produtiva (como o controvertido banco de horas
na gestão da jornada de trabalho).
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ERGONOMIA NO TRABALHO
Nesse cenário de metamorfoses, o paradigma da flexibilização vai se afirmando como um dos pressu-
postos centrais da chamada reestruturação produtiva (Leite, 1994). A flexibilização pode ser conceitu-
ada como uma diretriz de gestão de processos produtivos que busca forjar organizações e trabalha-
dores resilientes às exigências, cada vez mais complexas (como instabilidade, imprevisibilidade), que
resultam das relações de produção e de troca do mundo trabalho. Nessa perspectiva, a tradição do
controle normativo das relações de trabalho constitui – parafraseando Drummond – uma “pedra no
meio do caminho” da reestruturação produtiva. Entretanto, têm crescido, cada vez mais, os contratos
por tempo determinado (causal-workers ou temporary-workers) e os trabalhadores em tempo parcial
(part-time-workers). A aplicação do paradigma da flexibilidade vem acompanhada da necessidade de
um novo perfil dos trabalhadores (destaque para a polivalência funcional) e da delegação da ativi-
dade-meio para fora da empresa (prática da terceirização).
A palavra “flexibilidade” entrou na língua inglesa no século quinze. Seu sentido derivou originalmente
da simples observação de que, embora a árvore se dobrasse ao vento, seus galhos sempre voltavam
à posição normal. “Flexibilidade” designa essa capacidade de ceder e recuperar-se da árvore, o teste
e restauração de sua forma. Em termos ideais, o comportamento humano flexível deve ter a mesma
força tênsil: ser adaptável às circunstâncias variáveis, mas não quebrado por elas. A sociedade hoje
busca meios de destruir os males da rotina com a criação de instituições mais flexíveis. As práticas de
flexibilidade, porém, concentram-se mais nas forças que dobram as pessoas (p. 53).
Essa crítica de Richard Sennett guarda fina sintonia com a crítica, de longa data, da ergonomia da
atividade sobre os sistemas produtivos que têm, entre seus pilares de gestão, o pressuposto do tra-
balhador como variável de ajuste.
É com base nesse cenário que um conjunto de indicadores críticos tem sido produzido e que coloca
em primeiro plano a importância e o papel: (a) do resgate da qualidade de vida no trabalho no âmbito
das organizações; e (b) da intervenção dos profissionais que atuam no campo das ciências do traba-
lho.
O processo de reestruturação produtiva, até onde se sabe, não tem conseguido sanar efeitos já bem
conhecidos do mundo do trabalho os quais já existiam antes mesmo de sua inauguração a partir da
década de setenta. Ademais, é preciso registrar que em grande parte das organizações públicas e
privadas em países periféricos – como é o caso do Brasil – tal processo ainda permanece marcada-
mente ausente (Baumgarten, 2006). O velho e carcomido taylorismo-fordismo ainda prevalece como
modelo de gestão organizacional e do trabalho.
Não obstante a falta de dados estatísticos mais globais confiáveis sobre indicadores críticos na esfera
da produção – o que forneceria uma base de análise com maior grau de confiabilidade – o exame de
estudos, pesquisas, relatórios e artigos diversos (inclusive em revistas não especializadas) mostra
uma gama de indicadores que aparecem sob a forma de (Pastore, 2001):
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ERGONOMIA NO TRABALHO
sua vez, repercutem no preço final das mercadorias (caso do setor privado) e comprometem a quali-
dade dos serviços públicos prestados aos usuários-contribuintes (caso do setor público);
De modo global, tais indicadores críticos são ilustrativos dos dilemas contemporâneos da produção
que inquietam dirigentes e gestores de instituições públicas e privadas. Cabe salientar que esses indi-
cadores se constituem numa espécie de ponta do iceberg, posto que as causas mais profundas e os
efeitos em cascata que produzem permanecem pouco conhecidos e estudados.
- Absenteísmo crônico que invade o cotidiano de trabalho, superando taxas administráveis e agra-
vando as condições daqueles que permanecem trabalhando em virtude, sobretudo, do aumento da
carga de trabalho; paradoxalmente, em muitos casos ausentar-se sistematicamente do trabalho ter-
mina funcionando para alguns trabalhadores como estratégia de preservar a própria saúde mental e
física;
- Acidentes que crescem sem cessar nas organizações e que produzem uma gama de efeitos noci-
vos: mutilação de vidas, geração de incapacidades temporárias e permanentes, afastamentos das ati-
vidades laborais, aposentadorias precoces; o custo individual, coletivo, social, empresarial e estatal
dos acidentes é no caso brasileiro colossal, embora, sua avaliação e medidas necessitem ser aprimo-
radas;
Esse grupo de indicadores críticos reforça uma tese central que nasceu de estudos e pesquisas em
ergonomia da atividade (Daniellou, 2004): o paradigma de tratar cada trabalhador como variável de
ajuste, sem promover mudanças importantes em diversas esferas do contexto de trabalho (condi-
ções, organização, relações socioprofissionais) para regular e implementar estratégias econômicas e
empresariais tem limites, pois quando ultrapassam as capacidades humanas geram doenças men-
tais, físicas e inúmeros casos de suicídios (Valy, 2007). Nesse cenário, o custo humano do trabalho
transforma-se predominantemente em produtor de mal-estar, potencializando acidentes e doenças
entre trabalhadores.
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ERGONOMIA NO TRABALHO
Corolário dos dois grupos anteriores, este grupo de indicadores críticos termina funcionando como
uma espécie de desaguadouro dos problemas relativos à produção e aos efeitos nocivos sobre os
trabalhadores de ambientes organizacionais igualmente nocivos. Na linguagem popular, são os usuá-
rios dos serviços públicos e os clientes/consumidores de mercadorias e serviços privados que aca-
bam por “pagar o pato”. Não é demais lembrar que, neste caso, os trabalhadores podem ser dupla-
mente vítimas, pois fora das organizações são eles também usuários e consumidores. Nesse caso,
os indicadores críticos mais recorrentes têm se manifestado sobre a forma de:
- Queixas e reclamações da qualidade de serviços e produtos, de cláusulas não cumpridas, dos mo-
dos de tratamento recebidos em contextos de atendimento, da falta sequer de acessibilidade aos ser-
viços, em tese, oferecidos. Dois dados empíricos são eloqüentes de tais indicadores críticos: a diver-
sidade de reclamações de usuários e consumidores que aparecem na mídia, estabelecendo rankings
de empresas/instituições campeãs de reclamações e a criação de órgãos de defesa dos consumido-
res que passaram a ter destaque bastante positivo na luta por direitos nas relações de consumo (Al-
ves Júnior, 2005; Freire, 2002; Gonçalves, 2002; Hostensky, 2004);
- Insatisfação de usuários e consumidores quanto à qualidade dos serviços prestados pelo setor pú-
blico e dos produtos/serviços disponibilizados pelas empresas privadas que prejudica o próprio
acesso aos produtos e serviços para satisfazerem suas necessidades individuais e sociais (Menezes,
2003).
Esse conjunto de indicadores globais desenha a criticidade dos problemas mais recorrentes vivencia-
dos em organizações públicas e privadas. No setor privado, ele coloca em risco a tão desejada com-
petitividade, o crescimento sustentável e a fidelização de clientes/consumidores. No setor público, tais
indicadores colocam em risco o exercício efetivo da cidadania e, em conseqüência, fragilizam os valo-
res sociais (como a descrença nos dirigentes) e políticos nos regimes democráticos.
Em síntese, buscou-se até aqui esboçar a fundamentação empírica, mais global, que dá sustentação
à necessidade de intervenção no campo da qualidade de vida no trabalho. No tópico a seguir são
apresentados também fundamentos empíricos, mais específicos, com base nos resultados de pesqui-
sas e estudos em ergonomia da atividade e ciências afins que convocam os profissionais para a ur-
gência de intervenções no campo da qualidade de vida no trabalho. Todavia, a ênfase é na análise
dos traços característicos principais da ergonomia da atividade, buscando fornecer os fundamentos
teóricos que a habilitam para a tarefa da promoção de QVT.
Para responder a segunda questão deste texto, o percurso analítico seguirá por aspectos históricos,
conceitos de ergonomia, objetos de estudo, alguns dos principais resultados de estudos e pesquisas
e elementos teóricos centrais.
A ergonomia, embora relativamente desconhecida do grande público, tem cerca de meio século de
existência. Ela surgiu oficialmente na Inglaterra, ao final da Segunda Guerra Mundial, em 1948, na
criação da Research Ergonomics Society. O fato que, segundo os manuais de ergonomia (Iida, 2005;
Moraes & Mont’Alvão, 1998) está na origem da disciplina foi a conseqüência da atuação conjunta de
engenheiros, psicólogos e fisiologistas para remodelarem o cockpit dos aviões de caça ingleses. O
êxito dessa experiência de natureza interdisciplinar a credenciou para ser exportada para o mundo
industrial no pós-guerra.
Assim, surgiu formalmente a ergonomia – “filha da guerra” como assevera Teiger (1993) – cujo este-
reótipo de “ciência do posto de trabalho” ou, pejorativamente “cadeirologia”, permanece forte no ima-
ginário social de leigos. Ocorre que, de início, a preocupação da ergonomia estava centrada, segundo
Abrahão e Pinho (2002), na “(...) a compreensão das exigências do trabalho, especialmente entre os
autores da língua francesa, estava centrada basicamente: a) no gestual; b) no agrupamento das infor-
mações; c) nos procedimentos adotados no sistema de produção; e d) nos processos de pensa-
mento” (p. 47). Passado mais de meio século de existência a ergonomia desenvolveu-se teórica e
metodologicamente e, hoje, os postos de trabalho são tão-somente um dos objetos de análise da er-
gonomia.
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ERGONOMIA NO TRABALHO
Ao longo dos anos, a diversidade de práticas em ergonomia deu origem a campos distintos de inter-
venção (projetos e correção) e de abordagens ou escolas igualmente distintas (human factor enginee-
ring e ergonomie de l’activité). Essa distinção não é objeto de consenso na literatura (Iida, 2005). En-
tretanto, uma análise mais detida coloca em primeiro plano diferenças importantes entre as duas
abordagens, em particular no que concerne aos modelos de ser humano e de trabalho que se encon-
tram velados ou explícitos nos diferentes usos que se faz da ergonomia. Nos textos de alguns autores
(Sanders & McCormick, 1987; Tichauer, 1978), o objetivo da ergonomia centra-se primordialmente
nos resultados, na produtividade. Nesse sentido, assinala, com justeza, Rozestraten (2005):
É interessante ver como há certa diferença entre a visão européia e a visão norte-americana. En-
quanto a primeira coloca em tudo o homem trabalhador em primeiro lugar, a segunda apesar de dizer
que “a ênfase é no ser humano” coloca como primeiro objetivo a efetividade e a eficiência do trabalho
e o aumento da produtividade. Somente em segundo lugar vêm os “valores humanos” (p. 3).
O enfoque adotado neste texto, conforme assinalado na introdução situa-se, portanto, no campo da
ergonomia da atividade. Essa abordagem, de filiação teórico- metodológica na produção científica
franco-belga (Guérin, Laville, Daniellou, Duraffourg & Kerguelen, 2001), tem características que, se
ampliadas, podem credenciá-la para o enfrentamento da temática qualidade de vida no trabalho no
sentido amplo e preventivo dessa noção.
A ergonomia da atividade surgiu na França e na Bélgica na mesma época. Sua história é marcada
por forte preocupação social de pesquisadores que habitavam o mundo acadêmico na Europa no sé-
culo XX. Desde o início, a ergonomia da atividade esteve claramente articulada com o movimento
operário, buscando transformar as situações de trabalho e, em conseqüência, atender às demandas
sindicais na perspectiva de promover a melhoria das condições de trabalho e garantir a saúde dos
trabalhadores.
O fato é que a ergonomia da atividade foi se construindo com base na constatação dos efeitos noci-
vos produzidos pela administração científica do trabalho, cuja versão mais acabada ao final dos anos
40 tinha a face do taylorismo-fordismo. A jovem ciência propunha uma inversão no paradigma taylo-
rista vigente “one best way” (Bonnardel, 1946): ao invés da adaptação do homem ao trabalho, ela
sustenta a necessidade de adaptar, isto sim, o trabalho (sentido largo do termo) a quem trabalha.
Nesse sentido, o distanciamento entre as duas perspectivas toma forma e conteúdo (Ferreira, 2004):
Eis, portanto, alguns vestígios, de natureza histórica, sobre a origem e o papel da ergonomia da ativi-
dade na melhoria do bem-estar dos trabalhadores que apontam na direção de qualidade de vida no
trabalho.
A revisão de textos clássicos em ergonomia (Daniellou, 2004) mostra que a identidade científica
dessa disciplina está em construção. Isso não é por acaso, pois com apenas meio século de existên-
cia formal, ela pode ser considerada uma jovem ciência se comparada, por exemplo, com a física. Al-
gumas de suas definições mais recorrentes na literatura colocam em evidência aspectos que interes-
sam aos objetivos deste texto.
A definição pioneira do engenheiro inglês Murrel (1969), um dos fundadores da ergonomia na Europa,
começa a desenhar a identidade científica da disciplina (grifos nossos):
Estudo científico da relação entre o homem e seu ambiente de trabalho. Nesse sentido, o termo ambi-
ente não se refere apenas ao contorno ambiental, no qual o homem trabalha, mas também a suas
ferramentas, seus métodos de trabalho e à organização deste, considerando-se este homem, tanto
como indivíduo quanto como participante de um grupo de trabalho (...). Na periferia da ergonomia (...)
estão as relações do homem com seus companheiros de trabalho, seus supervisores, gerente e com
sua família (p. 13).
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ERGONOMIA NO TRABALHO
Entretanto, as definições aprovadas em congressos científicos têm sido as mais adotadas na litera-
tura. A definição mais recente, adotada em agosto de 2000, pela Associação Internacional de ergono-
mia (IEA) é a seguinte (grifos nossos):
A ergonomia (ou o estudo dos fatores humanos) tem por objetivo a compreensão fundamental das
interações entre os seres humanos e os outros componentes de um sistema. Ela busca agregar ao
processo de concepção teorias, princípios, métodos e informações pertinentes para a melhoria do
bem-estar do humano e a eficácia global dos sistemas.
A análise da evolução das definições de ergonomia coloca em evidência algumas de suas caracterís-
ticas, que autorizam inferir sua importância para uma abordagem de qualidade de vida no trabalho
preventiva. Nesse sentido, cabe destacar: (a) o caráter multidisciplinar e aplicado, convocando outros
saberes e profissionais para produção de conhecimento sobre um mesmo objeto; (b) o foco no bem-
estar dos trabalhadores e na eficácia dos processos produtivos; (c) a adaptação do contexto de traba-
lho a quem nele trabalha; (d) a transformação dos ambientes de trabalho, buscando conforto e pre-
venção de agravos à saúde dos trabalhadores. O mais importante: o objeto de estudo, análise e inter-
venção da ergonomia da atividade é a interação entre os indivíduos e um determinado contexto de
trabalho.
Tais características habilitam a ergonomia como uma área científica, mesmo uma “ferramenta”, para
atuar na temática de qualidade de vida no trabalho. Pode-se depreender que a razão de ser da ergo-
nomia é compreender os problemas (contradições) que obstaculizam a interação (mediação) dos tra-
balhadores com o ambiente de trabalho, cuja perspectiva é promover o bem-estar de quem trabalha e
o alcance dos objetivos organizacionais. Tal horizonte pode ser interpretado como a busca também
por qualidade de vida no trabalho.
Um balanço analítico de estudos e de pesquisas em ergonomia, cuja âncora bibliográfica principal en-
contra-se nos manuais dessa disciplina (Grandjean, 1998; Guérin et al., 2001), permite identificar um
conjunto de resultados de análises ergonômicas do trabalho que dão origem ou subsidiam recomen-
dações da disciplina para a melhoria do bem-estar no trabalho e a garantia da eficiência e eficácia do
processo produtivo. Tais resultados confirmam ou guardam semelhanças com outras descobertas
das ciências do trabalho (por exemplo, psicologia, administração, sociologia, psicodinâmica). Entre
tais resultados, objeto de relativo consenso entre especialistas, merecem destaque:
- Impõe controle temporal por parte de chefias, clientes, colegas e, principalmente, de máquinas;
- Desenha tarefas com base no pressuposto de “trabalhador médio” que, em conseqüência, não res-
peita a variabilidade (intra e inter) individual dos trabalhadores, padronizando performances sem con-
siderar adequadamente as capacidades (fisiológicas e psicológicas) e limites de funcionamento do
ser humano;
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ERGONOMIA NO TRABALHO
- Projeta situações de trabalho que: (a) não explicitam de modo inequívoco o que se espera do com-
portamento dos trabalhadores; (b) não avaliam corretamente o estado de saúde dos trabalhadores;
(c) não estabelecem, previamente, as atividades de formação e treinamento necessárias; e (d) des-
consideram os fatores motivacionais que influenciam a conduta humana;
- Não adéqua os contextos de trabalho ao processo natural de envelhecimento de uma dada popula-
ção de trabalhadores, dificultando os mecanismos de compensação que nascem – por “efeito idade”
– da evolução de competências;
- Dificulta ou impede a cooperação coletiva dos trabalhadores para gestão das exigências sociotécni-
cas das tarefas e, sobretudo, a construção e operacionalização de estratégias coletivas de superação
e compensação dos limites e problemas presentes nas situações de trabalho;
- Coloca obstáculos à atividade humana de adaptação à situação real de trabalho, dificultando a me-
diação entre o que está formalmente estabelecido (prescrito) e as características e exigências concre-
tas de cada situação de trabalho.
Os postos de trabalho aumentam os riscos de acidentes e doenças ocupacionais quando não propor-
cionam, de forma adequada e personalizada, a compatibilidade entre as características psicofisiológi-
cas dos usuários, o ambiente físico e social no qual está inserido e as exigências sociotécnicas das
tarefas.
b) O contexto de trabalho (com todos seus componentes: físicos, instrumentais, sociais, normativos
e, em especial, as tarefas prescritas) aumenta consideravelmente o custo humano do trabalho e os
riscos de acidentes, doenças, erros e retrabalho quando não incorpora adequadamente e de modo
integrado as características singulares de um grupo de trabalhadores em termos de exigências:
- Físicas: estrutura e funcionamento do corpo humano e seus limites em termos de posturas, gestos,
deslocamentos, desgaste energético, ciclos circadianos;
- Afetivas: produção ininterrupta de significação psíquica e sentimentos de mal e bem- estar proveni-
entes da atividade trabalho.
Ao longo de sua história, a produção científica em ergonomia da atividade tem, insistentemente, mos-
trado que a distância entre o trabalho prescrito e o trabalho real constitui uma descontinuidade funda-
mental, fundadora de um conflito de duas lógicas: (a) do modelo da realidade em geral e da (b) ativi-
dade em particular (Hubault, 1995, 2006). Como distância a ser identificada e analisada, ela é uma
fonte produtora de conhecimento em ergonomia. Nesse sentido, estudos e pesquisas (Weill-Fassina,
Rabardel & Dubois, 1993) colocam em evidência o caráter de imprevisibilidade da atividade, pois ela
requer a cada instante a inteligência criadora dos trabalhadores.
A atividade não pode, portanto, ser interpretada automaticamente como sinônimo de interesse ou de
satisfação no trabalho, posto que os sentimentos de fadiga, monotonia e insatisfação podem estar
presentes num mesmo posto de trabalho. Em conseqüência, o foco na análise da atividade em situa-
ções reais de trabalho evidenciou o papel estratégico do conhecimento sob a forma de savoir-faire
dos trabalhadores, que é construído no dia-a-dia de trabalho para garantir os clássicos imperativos
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Assim, cabe destacar que o foco do olhar teórico-metodológico da ergonomia da atividade está vol-
tado para a singularidade do ato de trabalhar de cada ser humano em contextos assemelhados ou
diferentes. Tal singularidade tem múltiplas faces, uma delas – talvez a mais relevante – diz respeito à
linguagem conforme salienta Motta (1997):
Os seres humanos vivem em um universo de significações. Eles decodificam sem cessar, não apenas
as palavras de seus semelhantes, mas também suas expressões, suas posturas, suas ações dos
mais variados tipos, sempre lhes atribuindo um sentido. Ocorre da mesma forma com os sentidos que
vão assumir suas próprias ações. Essa significação está muito longe de ser universal e está sempre
relacionada a uma espécie de linguagem particular (p. 26).
A análise da literatura em ergonomia da atividade, para além dos aspectos mencionados anterior-
mente, permite identificar alguns de seus principais traços teóricos que marcam sua identidade cientí-
fica no campo das ciências do trabalho. Tais traços se reportam às dimensões analíticas centrais da
ergonomia da atividade e que são conformadores do próprio objeto de investigação sobre o qual re-
pousa sua produção de conhecimentos. Assim, um esforço de síntese aponta para as seguintes di-
mensões conceituais (Ferreira & Mendes, 2003):
- Contexto de trabalho: designa o meio físico, instrumental e social onde se realiza a atividade de tra-
balho. Ele pode ser designado genericamente como um contexto de produção de Bens ou serviços
(CPBS), no qual se encontram os parâmetros estruturadores da ação humana. Esses parâmetros ma-
nifestam-se, principalmente, sob a forma de informações econômicas ou institucionais, política de
pessoal, determinações jurídicas externas, localização espacial, condições de trabalho, organização
do processo de trabalho, tarefas prescritas. A compreensão da performance humana é inseparável do
diagnóstico dos elementos do CPBS que podem estar na origem, por exemplo, de erros ou acidentes
de trabalho.
- Trabalho: comporta dois eixos, cujos sentidos são complementares. Em primeiro lugar, o trabalho
assume um sentido macro em função de seu caráter histórico e antropogenético como traço distintivo
da espécie humana. Em poucas palavras, o trabalho é, historicamente, o “modo de ser” que possibili-
tou a espécie a sua acepção humana stricto sensu. Em segundo lugar, o trabalho é ação humana de
mediação adaptativa (regulação) por meio do qual os trabalhadores respondem às contradições (pro-
blemas, dificuldades, limites, indicadores críticos) existentes nos contextos de trabalho com o objetivo
(finalismo) de cumprir as tarefas prescritas e, ao mesmo tempo, garantir o próprio bem-estar. O traba-
lho-atividade ocupa lugar epistemológico fundamental no diagnóstico da interação indivíduo-ambi-
ente.
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ERGONOMIA NO TRABALHO
Eis, portanto, as três dimensões fundamentais que caracterizam o “olhar” da ergonomia da atividade
sobre o indivíduo em seu contexto de trabalho. Daqui nascem as três questões básicas que, regra ge-
ral, norteiam a investigação dessa disciplina na busca de construir quadros elucidativos das mazelas
que habitam o mundo do trabalho: Como se caracteriza um dado contexto de trabalho? Como se ca-
racteriza o perfil (demográfico e profissiográfico) dos trabalhadores? Como se caracterizam suas res-
pectivas atividades mediadoras de trabalho?
Desse modo, a distinção conceitual “contexto de trabalho”, “indivíduo” e “atividade” (trabalho) é, antes
de tudo, recurso didático de distinção teórica para melhor compreender os elementos básicos que
são constitutivos e constituidores do mundo do trabalho.
Desenhar cenários explicativos dos problemas encontrados requer fazer, metaforicamente, dois movi-
mentos: um de zoom-in, para examinar exaustivamente cada dimensão analítica e outro de zoom-out,
para compreender suas interações e nexo causal com base em uma perspectiva mais holística. É
nessa ótica que o título de uma obra de referência clássica em ergonomia da atividade (Guérin et al.,
2001) é bastante elucidativo da missão da ergonomia: Compreender o trabalho para transformá-lo: a
prática da ergonomia.
Por fim, cabe salientar dois aspectos que permeiam os traços teóricos da ergonomia da atividade e
que são essenciais para a interlocução com o campo da qualidade de vida no trabalho.
O primeiro diz respeito à centralidade do enfoque preventivo como diretriz estruturante do diagnóstico
ergonômico. A ergonomia da atividade não se ocupa das doenças do trabalho em si mesmas; elas
são, a rigor, um “ponto de partida” para a análise ergonômica que é, de fato, seu “ponto de chegada”.
Seu foco de preocupação, ao diagnosticar as causas dos problemas, é a sua prevenção (por exem-
plo, acidentes, doenças, erros, retrabalho) nas organizações que colocam em risco o bem-estar dos
trabalhadores e a eficiência e eficácia dos processos produtivos.
O segundo se reporta ao seu caráter multidisciplinar que, por natureza, convoca outras ciências e ci-
entistas do trabalho para a parceria na produção de conhecimentos. O bem-estar no trabalho e o al-
cance dos objetivos organizacionais, regra geral, não são obras somente de uma ciência ou um cien-
tista isolado, mas fruto de distintas contribuições para elucidar os enigmas que habitam a interação
“indivíduo-atividade-contexto de trabalho”.
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