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FATEB – Faculdade de Telêmaco Borba

Curso de Graduação em Engenharia Química


Laboratório de Engenharia Química

Classificação de Fibra Celulósica – Bauer McNett

1. OBJETIVOS GERAIS

Descrever o procedimento para determinar a comprimento médio


ponderado de fibras celulósicas.

2. CONSIDERAÇÕES GERAIS

Existem diversas maneiras de se medir o teor de finos de polpas e


massas celulósicas. Algumas se baseiam em classificadores de fibras com
malhas de aberturas distintas e especificadas (Bauer McNett, Clark, Bretch
Holl, vaso dinâmico de drenagem, etc.), enquanto outras em leituras óticas de
imagens (Fiber analysers).

Como os princípios de medição são bem diferentes, bem como existem


parâmetros nas metodologias não totalmente padronizados, os valores
encontrados para teores de finos variam bastante conforme o equipamento e o
método sendo utilizado.

Em geral, os valores encontrados pelos analisadores óticos de fibras são


numericamente mais baixos do que aqueles que usam uma tela para filtrar e
separar os finos (vasos dinâmicos de drenagem e Bauer McNett). Enquanto
que para as polpas de mercado de eucalipto se obtêm valores que variam entre
6 a 12% de finos primários quando se usam os vasos dinâmicos de drenagem,
para os analisadores óticos esses valores são bem menores (entre 3 a 7%).

Acontece que esses valores são percentuais calculados em bases


completamente diferentes. No caso dos classificadores de fibras estamos
falando em percentagens base peso seco de polpa. Para os analisadores
óticos de fibras esses percentuais podem ser calculados sobre três bases:

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- Contagem aritmética pura e simples, estabelecendo a relação percentual
entre o número de partículas medidas como finos pelo número total de
partículas (finos, fibras e vasos);

- Base ponderada em relação ao comprimento das partículas (percentual


entre o somatório dos comprimentos das partículas de finos em relação à soma
total dos comprimentos de todas as partículas);

- Base ponderada em relação à área lateral das partículas (percentual


entre o somatório das áreas laterais das partículas de finos em relação à soma
total das mesmas áreas de todas as partículas). Como as partículas de finos
são muito variáveis em forma e dimensões (ou mesmo de tipos), as diferenças
entre os métodos se acentuam, conforme estejamos medindo polpas ricas em
finos celulósicos ou massas ricas em finos minerais.

Mesmo para os classificadores de fibras existem diferenças, pois os


resultados são afetados pelas aberturas das peneiras, pela consistência da
suspensão de fibras, pela agitação, pela rapidez com que se processa a
filtração, pelos cuidados dos operadores, etc.

Quanto mais abertas forem as peneiras (100, 150, 200, 400 mesh), mais
finos são medidos, pois mais massa seca passa através da respectiva peneira.

3. MATERIAL E MÉTODOS

3.1 MATERIAL:

• Classificador de fibras Bauer-McNett -modelo 203C - provido de 5


tanques montados em cascata, nos quais são adaptados peneiras com área
aberta de 1,18; 0,595; 0,297; 0,149 e 0,074 mm;

• Conjunto de filtração composto de: Fonte de vácuo, kitazato e funil de


Büchner;
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• Balde plástico ou similar de 5000 mL;

• Cuba ou similar de 1000 mL;

• Ferro de engomar;

• Saquinhos de algodão específicos para este teste;

• Balança analítica com precisão de 0,1 mg;

• Proveta graduada de 1000 mL;

• Papel filtro qualitativo, diâmetro de 12 cm;

• Água;

• FIBRA Celulósica de folhosas e coníferas.

3.2 MÉTODOS

Formação da amostra e preparo dos corpos de prova:

Dispersar a amostra em água e diluir a suspensão até uma concentração


inferior a 10 g/L.

Após determinar o teor seco Medir um volume de suspensão que


contenha 10 g secas.

3.2.1 CLASSIFICAÇÃO DE FIBRAS:

Ligar o equipamento para acionar os motores de agitação.

Regular a pressão de alimentação do ar em 4,5 kgf/cm².

Abrir o registro ajustando o fluxo de água para manter uma vazão


constante nos tanques

Marcar 20 minutos com cronômetro ou relógio e colocar a massa úmida


equivalente a 10 g (base seca) no tanque da peneira com 14 Mesh.

Após decorrido o tempo pré determinado, desligar o equipamento, fechar


a alimentação de ar.

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Amarrar os saquinhos de algodão em cada saída dos tanques.

Retirar os tampões dos orifícios de drenagem, para permitir o escoamento


abrindo a válvula correspondente.

Lavar os tanques e as peneiras.

Após o fim do escoamento, retirar e lavar os saquinhos um a um dentro


de uma cuba ou Becker anotando em cada recipiente da água de lavagem com
fibras o tamanho da peneira.

Filtrar as suspensões separadamente em funil de büchner.

Utilizar papel filtro seco com massa conhecida, prensar, secar e pesar
para se obter a massa seca.

4. CALCULAR

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