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Universidade Federal de Pernambuco

Departamento de Engenharia Química


Centro de Tecnologia e Geociências
Laboratório de Controle de Qualidade
Química Industrial
Química Analítica Aplicada

ENSAIOS EM TECIDO

Aluna: Sonydelane Oliveira de Santana


Professora: Silvana Calado
Técnico: Romário Silva da Costa

Recife, Outubro de 2017.


Sumário
Universidade Federal de Pernambuco ...................................................................................................................... 1
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................................... 3
2. MATERIAIS E EQUIPAMENTOS ..................................................................................................................... 4
3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL................................................................................................................ 4
- Determinação do peso ................................................................................................................................................ 4
- Determinação do número de fios de trama e de urdidura ........................................................................................... 4
- Determinação do encolhimento .................................................................................................................................. 4
- Retirada do apresto ou carga ...................................................................................................................................... 4
- Resistência ao corante ................................................................................................................................................ 5
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................................................................................ 5
- Determinação do peso ................................................................................................................................................ 5
- Determinação do número de fios de trama e de urdidura ........................................................................................... 6
- Determinação do encolhimento .................................................................................................................................. 6
- Retirada do apresto ou carga ...................................................................................................................................... 6
- Resistência ao corante ................................................................................................................................................ 6
5. CONCLUSÃO ...................................................................................................................................................... 7
6. REFERÊNCIAS ................................................................................................................................................... 7

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1. INTRODUÇÃO
A qualidade de um tecido pode ser quantificada de varias formas, com a finalidade manter a
qualidade na indústria têxtil. Os três elementos que mais podem influenciar na qualidade é o
maquinário, a matéria prima e a mão de obra.
A manutenção pode ser realizada de três diferentes maneiras: como preventiva, preditiva e
corretiva. A preventiva consiste em toda a ação sistemática de controle e monitoramento, com o
objetivo de reduzir ou impedir falhas no desempenho de equipamentos; a preditiva é aquela que
indica as condições reais de funcionamento das máquinas com base em dados que informam o
seu desgaste ou processo de degradação; e a manutenção corretiva é a que espera o problema
acontecer para ser analisado e corrigido. [1]
O tecido plano é uma estrutura produzida pelo entrelaçamento de um conjunto de fios de
urdidura outro conjunto de fios de trama, formando ângulo de (ou próximo) a 90º, onde a trama é
o conjunto de fios dipostos na direção da largura do tecido e urdidura é o conjunto de fios na
direção do comprimento do tecido. As análises nesses tipos de tecidos são todas normatizadas, a
NBR 10591 por exemplo, normatiza o ensaio de gramatura em tecidos planos e malhas, que é
um ensaio que visa determinar o peso do tecido em g/m2 por meio de corpos de prova
padronizados, utilizando apenas a balança. [2][3]
A não execução correta da produção do tecido representa custos adicionais em reprocessos,
retalhos e atrasos na entrega, afetando diretamente o atendimento aos clientes. Entre todas as
características determinantes da qualidade do tecido plano acabado, a resistência ao rasgo
apresenta-se como importante requisito para a liberação do produto para o cliente final, uma vez
que o mercado exige tecidos diferenciados, resistentes e com altos valores agregados. O rasgo no
tecido plano acontece por vários fatores, como tipo de utilização do material têxtil, tipo de
esforços a que o material fica exposto e atrito. Diante das várias formas de utilização do tecido,
há que se planejar um produto com resistência ao rasgo capaz de garantir segurança e
durabilidade. Os tecidos planos podem ser produzidos com variadas padronagens como sarja,
seda, cetim e gorgorão e com gramaturas diferenciadas (variando a densidade dos fios de trama e
de urdume), o que interfere diretamente na resistência ao rasgo. Além disso, o tipo de
acabamento a que o tecido é submetido influência, de forma significativa, nos valores de
resistência.
O objetivo deste experimento é realizar analises em tecido com meio metro de tecido branco
e um metro de tecido chita colorida.

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2. MATERIAIS E EQUIPAMENTOS

 1 metro de chita estampada;  Estufa;


 1⁄
2 metro de tecido branco;  Cloreto de sódio;
 Tesoura;  Ácido acético glacial;
 Régua;  Ortofosfato di-sódico anidro;
 Balança semi-analítica;  Carbonato de amônio;
 Cronômetro;  Hipoclorito alcalino;
 Capela  Água destilada;
 Caneta para tecido;

3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

- Determinação do peso

Para este ensaio foram necessários dois corpos de prova coletados da seguinte maneira:
desprezando-se 10% da largura do tecido junto às ourelas, foram cortados 2 (dois) quadrado de
10cm e pesados individualmente em um balança semi analítica.
1. Peso a umidade natural – Onde o peso foi determinado com o tecido original.
2. Peso à seco – os corpos de prova foi colocado a estufa à 105°C por 24 horas.

- Determinação do número de fios de trama e de urdidura

Para esta análise foram utilizados quatro corpos de prova, quadrados de lado 2 cm. Ambos
foram cortados em dois lugares não contendo os mesmos fios na direção que está sendo
examinada (trama ou urdidura), e distantes das ourelas de 10% da largura do tecido e pelo menos
1 metro das extremidades da peça.
Com auxílio de uma piça de sobrancelha, foram contados os fios de trama e de urdidura para
os dois corpos de prova. No final foi tirado a média dos valores e essas as medias foram
divididas por 2, pois foi o tamanho de lado das amostras.

- Determinação do encolhimento

Em um corpo de prova de 60x60 cm marcou-se com traços de referência, 3 distâncias de 500


mm paralelos aos fios de trama e outras 3 paralelas à urdiduras. E então essa amostra foi
colocada em uma bacia com água por 24 h, depois o mesmo foi secado numa mesa na sombra e
passado com ferro no sentido da trama e da urdidura. E por fim foi medido os traços de
referência para saber se era o mesmo.

- Retirada do apresto ou carga

O tecido foi recortado para que se tenha área de 400 cm2, o mesmo foi pesado, lavado em
água e imergido em uma solução de hidróxido de potássio a 2%. Foi fervido durante 30 minutos,
retirado e lavado novamente em água fria.
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Em seguida foi fervido novamente em uma solução de ácido clorídrico a 1%, durante 30
minutos, ambos os ensaios foram feitos em sistema de refluxo. Ao retirar, a amostra foi lavada a
fundo em água fria e secada à em cima da banca do laboratório até que o tecido readquirisse sua
umidade natural. O corpo de prova foi pesado novamente.

- Resistência ao corante

Para cada corante foi utilizado dois corpos de prova com dimensões 5x10 cm, um branco e
outro colorido. Os corpos de prova foram enrolados como um cilindro, com o corpo de prova
branco sempre dentro do colorido. Esse processo se repetiu 5 vezes, pois foram colocados dentro
de garrafinhas contendo a solução do corante como mostra a tabela abaixo:

Tabela 1: Descrição dos corantes utilizados nos ensaios e seus respectivos


tempos de duração de análise.
TECIDOS QUE
CORANTE TEMPO
ENTRAM NA ANÁLISE
Água clorada Apenas o colorido 1 horas
Suor ácido Um branco e outro colorido 24 horas
Suor básico Um branco e outro colorido 24 horas
Sabão 0,5% Um branco e outro colorido 24 horas
Água Um branco e outro colorido 24 horas

As soluções corantes já foram entregues prontas na prática. Mas caso precisássemos fazer
seria feito da seguinte forma:

Tabela 2: Base de preparação das soluções dos corantes utilizados nos ensaios.
SOLUÇÃO INGREDIENTES VOLUME
Suor ácido 10 g NaCl 1 g Ch3COOH 1 g ortofosfato di-sódico anidro 1L
Suor básico 10 g NaCl 4 g (NH4)2CO3 1 g ortofosfato di-sódico anidro 1L
Àgua clorada Solução de hipoclorito alcalino contendo 1 g de cloro livre 1L

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

- Determinação do peso

Os resultados estão dispostos na tabela abaixo (Tabela 3).

Tabela 3: Dados obtidos durante o ensaio de determinação de peso


ÁREA DA
ANÁLISE MASSA MÉDIAS
AMOSTRA
Peso natural 1,05g 0,94g 0,995g 100 cm2
Peso seco 1,00g 0,92g 0,960g 100 cm2

Segundo a NBR 10591 - Materiais Têxteis, a determinação da gramatura de superfícies


têxteis é dada pelas equações 1 e 2.
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑎 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑟𝑎 𝑠𝑒𝑐𝑎 (𝑔)
𝐺𝑟𝑎𝑚𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 = (𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 1)
Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎 (𝑚2 )
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𝑃𝑒𝑠𝑜 𝑛𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑙 (𝑔)
𝑈𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑛𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑙 = (𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 2)
Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎 (𝑚2 )

O peso seco é de 0,960 g em 10 cm2, que fica 96 g/m2. E de umidade natural foi 95,5 g/m2.

- Determinação do número de fios de trama e de urdidura

O número de fios de trama foi 27 para os dos corpos de prova, logo a média dos fios de
trama ficou igual 27. O número de fios de trama por cm linear é igual a 13,5 fios/cm.
O número de fios de urdidura foi de 49 para o primeiro corpo de prova e 47 para o segundo,
a média igual a 48. O número de fios de urdidura por cm linear foi igual a 24 fios/cm.

- Determinação do encolhimento

Parâmetro que avalia a variação dimensional após lavagem doméstica: foi avaliada conforme
a ABNT NBR 10320. Permite-nos avaliar se o tecido está estável quanto a encolhimento e
aumento de medidas, isto é, se o tecido pode encolher demais, significa que seu processo de
sanforização não foi bem aplicado. Para determinação usou-se a equação 3:

𝐵−𝐴
𝐸% = 𝑥100 (𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 3)
𝐴
Onde:
E é a alteração dimensional;
A é a dimensão inicial;
B é a dimensão final (após a lavagem e secagem).

Os cálculos foram realizados tanto para o alongamento quanto para o encolhimento, onde se
utiliza a mesma equação.
Tabela 4: Dados e resultados do teste de encolhimento da amostra de tecido analisa.
TESTE A B E% LIMITE ABNT Situação
Alongamento 60 cm 59,5 cm 0,84 < 3,00 OK
Encolhimento 60 cm 59,7 cm 0,50 < 1,00 OK

- Retirada do apresto ou carga

A massa inicial do corpo de prova foi de 3,54 g, e a massa final foi de 3,32 gramas. Assim a
porcentagem de apresto foi calculada pela equação 4, chegando ao resultado igual a 6,63% do
peso original.
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 − 𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎𝑠𝑒𝑚 𝑎𝑝𝑟𝑒𝑠𝑡𝑜
%𝐴𝑝𝑟𝑒𝑠𝑡𝑜 = (𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 4)
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎𝑠𝑒𝑚 𝑎𝑝𝑟𝑒𝑠𝑡𝑜

- Resistência ao corante

O tecido se mostrou BOA resistente a todos os corantes, pois não teve alteração na cor para
nenhum dos corantes.

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5. CONCLUSÃO
As análises descritas nesse relatório foram satisfatórias, o tecido analisado tem boa
resistência e foi possível caracterizá-lo segundo os métodos descritos, com os seguintes
resultados: O peso seco foi 96 g/ m2 e a umidade natural foi 95,5 g/m2. O número de fios de
trama e de urdidura, por cm linear, foram, respectivamente, iguais a 13,5 fios/cm e 24 fios/cm.
Quanto a resistência de alongamento e estiramento os resultados foram 0,84% e 0,50%,
consecutivamente. E o apresto representava apenas 6,63% da amostra estudada.

6. REFERÊNCIAS
[1] http://abnt.org.br/paginampe/biblioteca/files/upload/anexos/pdf/169411362fbda340b76030e0
e71d8c0c.pdf Acessado em 14/11/2017.

[2] https://wiki.ifsc.edu.br/mediawiki/images/2/26/Apostila_de_analise.pdf Acessado em


14/11/2017.

[3] Ensaios Têxteis. Disponível em: http://www.ipem.pr.gov.br/modules/conteudo/conteu do.php


?conteudo=73 Acessado em 14/11/2017.

[4] NBR 10591.

[5] Calado, Silvana. Costa, Romário. Apostila ensaios em tecidos, UFPE, 2017.2

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