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Metalurgia
2º Ano, Turma: A
TEMA: FILTRAÇÃO
Discentes
Aurora Armando
Daniel Rui Raimo
Elito Baptista
Maúlito Zito dos Santos
Vercínio Teodoro Bula
Abril de 2014
TETE
Índice
Introdução..........................................................................................................................3
Objectivos..........................................................................................................................4
FILTRAÇÃO.....................................................................................................................5
Objetivos da Filtragem......................................................................................................5
Auxiliares de filtração.......................................................................................................7
Meio filtrante.....................................................................................................................8
Tipos de torta.....................................................................................................................9
Tipos de operação..............................................................................................................9
1. Filtros a Vácuo.........................................................................................................12
2. Filtro Prensa.............................................................................................................14
Tempo de Filtração..........................................................................................................15
Conclusão........................................................................................................................18
Bibliografia......................................................................................................................19
Introdução
Neste presente trabalho aborda se necessariamente sobre a Filtração nos pontos que
tangem seus objectivos, seu princípio de funcionamento, seus componentes os tipos e
outras partes;
Tem como objectivo tradicional a operação que gera a separação mecânica das
partículas sólidas de uma suspensão líquida com o auxílio de um leito poroso;
Um filtro funciona com um suporte do meio filtrante sobre o qual vai se depositando a
torta à medida que a suspensão passa através do filtro.
Filtração
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Objectivos
Objectivos gerais
Objectivos específicos
Entender a definição;
Interpretar a definição da Filtração;
Diferenciar este processo dos outros;
Conhecer o seu princípio de funcionamento e os seus componentes;
Saber os diferentes tipos de Filtração.
Filtração
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FILTRAÇÃO
Filtração ou filtragem é um método utilizado para separar sólido de líquido ou fluido
que está suspenso, pela passagem do líquido ou fluido através de um meio permeável
capaz de reter as partículas sólidas.
O termo filtração pode ser utilizado para processos de separação dos sólidos de
suspensões líquidas e, também para separação de partículas sólidas de gases, como por
exemplo, a separação das poeiras arrastadas pelos gases utilizando tecidos.
Objetivos da Filtragem
A separação de sólidos relativamente puros de suspensão diluídas;
A clarificação total (e às vezes até o branqueamento simultâneo) de produtos
líquidos encerrando pouco sólido;
A eliminação total do líquido de uma lama já espessada.
Em certas situações a filtração não compete com outras operações. Por exemplo, se o
líquido for o produto e o sólido constituir o resíduo, como no caso do óleo existente nas
tortas de algodão ou amendoim, a prensagem é o processo mais indicado. Porém,
quando o objetivo é a clarificação de suspensões de média e elevada concentração, a
centrifugação compete com a filtração.
Filtração
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A maioria dos equipamentos industriais opera mediante a diminuição da resistência ao
escoamento, fazendo com que a área filtrante seja a maior possível, sem que as
dimensões globais do filtro aumentem proporcionalmente.
Ao contrário do que se pensa comumente, os poros do meio filtrante não precisam ser
necessariamente menores do que o tamanho das partículas. De fato, os canais do meio
filtrante são tortuosos, irregulares e mesmo que seu diâmetro seja maior do que o das
partículas, quando a operação começa algumas partículas ficam retidas por aderência e
tem início a formação da torta, que é o verdadeiro leito poroso promotor da separação.
Tanto isso é verdade, que as primeiras porções do filtrado são geralmente turvas.
Filtração
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Os auxiliares de filtração são bastante utilizados para acelerar a filtração ou ainda para
possibilitar a coleta mais completa das partículas mais finas da suspensão. Estes
coadjuvantes são sólidos finamente divididos, com estrutura rígida, que formam tortas
abertas, não compressíveis. Portanto, outra função do auxiliar de filtração é diminuir a
compressibilidade da torta. Ele desempenha o papel de “esqueleto” da torta. A adição
tem por finalidade impedir a compactação da torta que vai se formando durante a
filtração, mantendo-a porosa durante todo o ciclo.
Os auxiliares de filtração mais comuns são: terras de infusórios; terra fuller; areia fina;
diatomita ou kieselguhr; polpa de celulose; carbonato de cálcio; gesso; amianto; perlita;
carvão.
A quantidade a empregar varia com uma série de fatores. Como regra recomenda-se 1 a
2 kg de auxiliar de filtração por kg de contaminante, mas há uma quantidade ótima.
Quantidades menores aumentam o ciclo, porque o meio filtrante entope, enquanto que
maiores quantidades contribuem para aumentar a perda de carga através da torta sem
remover o Auxiliares de filtração.
Auxiliares de filtração
Diatomáceas – As diatomáceas ou terras diatomáceas são rochas sedimentares
formadas por esqueletos silíceos microscópicos de algas de origem marinha ou
lacustre, de formas muito variadas e cujas dimensões variam de 5 a 100 μm. São
submetidos a trituração seguida de secagem, sendo que os coadjuvantes
calcinados são submetidos a um tratamento complementar em um forno rotatório
com a finalidade de aumentar as dimensões das partículas pó aglomeração. Os
coadjuvantes sintetizados são calcinados em presença de um sal de sódio que
aumenta o efeito de aglomeração.
Perlita – Trata-se de uma rocha vítrea de origem vulcânica que se expande a alta
temperatura. Como as terras diatomáceas, a perlita é essencialmente sílica sendo
também rica em alumínio, que a deixa quimicamente neutra.
Celulose – Se emprega em forma de farinha de madeira para dar forma a uma
pré-capa ou para aerar uma capa de alimentação. Também pode empregar-se em
forma de pasta de papel dividida por uma pré-capa e em forma de pó de celulose
obtido a partir do pó de madeira mediante a dissolução de lignina e purificação
das fibras.
Filtração
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Carvão ativo – Obtido a partir dos subprodutos da fabricação de papel, é
importante pelas suas propriedades absorventes contaminante.
Meio filtrante
Tão grande é a variedade de meios filtrantes utilizados industrialmente que seu tipo
serve como critério de classificação dos filtros: leitos granulares soltos, leitos rígidos,
telas metálicas, tecidos e membranas. Os leitos granulares soltos mais comuns são feitos
de areia, pedregulho, carvão britado, escória, calcáreo, coque e carvão de madeira,
prestando-se para clarificar suspensões diluídas.
Os leitos rígidos são feitos sob a forma de tubos porosos de aglomerados de quartzo ou
alumina (para a filtração de ácidos), de carvão poroso (para soluções de soda e líquidos
amoniacais) ou barro e caulim cozidos a baixa temperatura (usados na clarificação de
água potável). Seu grande inconveniente é a fragilidade, não podendo ser utilizados com
diferença de pressão superiores a 5 kg/cm2.
Telas metálicas são utilizadas nos “strainers” instalados nas tubulações de condensado
que ligam os purgadores às linhas de vapor e que se destinam a reter ferrugem e outros
detritos capazes de atrapalhar o funcionamento do purgador. Utilizam-se também nos
filtros mais simples que existem, os “nutsch”, e nos rotativos. A importância das telas
metálicas na filtração vem crescendo ultimamente. Podem ser chapas perfuradas ou
telas de aço carbono, inox, níquel ou monel.
Os tecidos são utilizados industrialmente e ainda são os meios filtrantes mais comuns.
Há tecidos vegetais, como o algodão, a juta (para álcalis fracos), o cânhamo e o papel;
tecidos de origem animal, como a lã e a crina (para ácidos fracos); minerais: amianto, lã
de rocha e lã de vidro, para águas de caldeira; plásticos: polietileno, polipropileno, PVC,
nylon, teflon, orlon, saran, acrilan e tergal. O inconveniente é que a duração de um
tecido é limitada pelo desgaste, o apodrecimento e o entupimento. Por este motivo,
quando não estiverem em operação, os filtros devem ficar cheios de água para prolongar
a vida do mesmo.
Por outro lado, o uso de auxiliares de filtração diminui o entupimento dos tecidos,
prolongando sua vida útil.
Filtração
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Membranas semipermeáveis, como o papel pergaminho e as bexigas animais, são
utilizadas em operações parecidas com a filtração, mas que na realidade são operações
de transferência de massa: diálise e eletrodiálise.
Tipos de torta
As características da torta produzida variam de uma operação para outra. Sólidos
cristalinos formam tortas abertas que facilitam o escoamento do filtrado. Já os
precipitados gelatinosos, como os hidróxidos de ferro e alumínio, produzem tortas
pouco permeáveis. De um modo geral o tipo de torta depende:
Da natureza do sólido,
Da granulometria e da forma das partículas,
Do modo como a filtração é conduzida,
Do grau de heterogeneidade do sólido.
Tipos de operação
Embora o mecanismo seja sempre o mesmo, uma filtração pode visar objetivos bem
diferentes. Um “strainer”, por exemplo, visa reter escamas de ferrugem, fios, etc.,
enquanto que certos filtros têm por finalidade clarificar do modo mais perfeito possível
certos líquidos, como águas e bebidas. Nestes exemplos o sólido é o refugo da operação,
mas em outras filtrações ele constitui o produto, como no caso da filtração de cristais,
pigmentos e outros produtos sólidos valiosos.
O filtro funciona para produzir torta que na maioria das vezes é lavada e drenada para
purificar e separar os sólidos no estado mais seco possível. Há também situações nas
quais, tanto o sólido quanto o filtrado são produtos, sendo a nitidez da separação um
requisito da operação. Em outros casos, uma separação parcial já é satisfatória. Neste
caso o filtro é um espessador e sua função é produzir uma lama espessa a partir de uma
suspensão.
No geral, quando o sólido na suspensão a filtrar for menos que 0,1% a operação poderá
ser considerada como clarificação. Quando a concentração superar bastante este valor a
operação poderá ser vista como uma extração: do sólido, quando este for o produto, do
líquido ou de ambos.
Filtração
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Teoria da Filtração com Formação de Torta
A teoria da filtração permite estabelecer a relação entre a capacidade do equipamento e
as variáveis área, tempo e pressão de filtração. Essa relação, por sua vez, depende
intrinsecamente das propriedades da torta resultante do processo de filtração, um meio
poroso que se compacta pela percolação do próprio filtrado.
No estágio atual de conhecimento, a caracterização da torta não pode ainda prescindir
da condução de ensaios em escala de bancada, e os resultados são utilizados no scale up
com base na teoria, por meio de procedimento simples e seguro.
A suspensão escoa por ação da pressão contra o meio filtrante, resultando na separação
entre o filtrado e a torta. A maior parte do líquido da suspensão constitui o filtrado e as
partículas sólidas formam uma torta saturada com o líquido. O meio filtrante é um
tecido que tem como função reter as partículas no início da operação. Em seguida essa
tarefa é realizada pela própria torta, que sofre um aumento da sua espessura com o
tempo.
Filtração
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Sendo:
t – tempo de filtração (θ);
V – volume de filtrado (L3);
A – Área de filtração (L2);
Δp – queda de pressão no filtro (M/Lθ2);
<α> - Resistividade média da torta (L/M);
c – concentração de sólidos na suspensão que alimenta o filtro (M de sólido/M
de líquido;
Rm – resistência do meio filtrante (1/L);
A - Resistividade α caracteriza pontualmente a torta,
Onde:
Ρs – representa a densidade das partículas sólidas;
Εs – a fração volumétrica de sólidos;
k – a permeabilidade local,
A resistividade média da torta depende, como indica a Equação, da queda de pressão Δp
no filtro:
Filtração
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operacionais do filtro. A fração volumétrica de sólidos na torta pode ser calculada a
partir da expressão:
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1. Filtros a Vácuo
Os filtros a vácuo de tambor, disco ou correia operam sob o mesmo princípio físico. De
acordo com este princípio, a diferença de pressão entre o tanque de polpa e a superfície
do meio filtrante é instituída por meio de um sistema de vácuo, permitindo a passagem
do líquido através do meio filtrante, enquanto as partículas são retidas nesse meio,
formando a torta de filtração.
A operação do filtro rotativo a vácuo caracteriza-se por produzir tortas secas de pequena
espessura (inferior a 1 cm) e operar continuamente e sob queda de pressão reduzida
(inferior a 0,8 atm.). A filtração é realizada sobre o meio filtrante que recobre a
superfície cilíndrica do equipamento, que pode ser um tambor ou discos.
O filtrado alimenta a câmara adjacente ao meio filtrante e é drenado pela parte central
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líquidos, principalmente os corrosivos, sejam succionados para dentro delas. Esse
dispositivo passa a ser desnecessário quando são utilizadas no processo bombas com
selagem líquida ou quando o filtrado não é danoso aos equipamentos (Cox e Trackzyk,
2002).
2. Filtro Prensa
Os elementos do filtro prensa são os quadros e as placas, separadas entre si pelo meio
filtrante. Como ilustra a Figura 21 a suspensão alimenta concomitantemente o conjunto
de quadros, formando-se a torta junto ao meio filtrante. O filtrado percola o meio
filtrante, escoa pelas ranhuras dos quadros e é conduzido para fora do filtro.
A etapa de filtração está concluída quando a torta ocupa todo o espaço oferecido pelos
quadros. Ocorre, então, a lavagem da torta e, em seguida, o filtro é aberto e a torta
descarregada, sendo a operação do filtro prensa caracteristicamente conduzida em
batelada.
O desempenho do filtro prensa pode ser expresso pelo volume de filtrado (Vf)
produzido no tempo total de um ciclo completo: tempo de filtração (tf), tempo de
lavagem da torta (tl) e tempo de desmantelamento, limpeza e montagem do filtro (td).
Como o filtro prensa forma tortas espessas, da ordem de 2,5 cm, a influência do meio
filtrante será relevada na formulação que leva aos tempos de filtração e de lavagem. O
tempo de desmantelamento, limpeza e montagem depende de fatores externos à teoria
Filtração
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da filtração, como características mecânicas do filtro e aspectos operacionais da
instalação industrial.
Tempo de Filtração
O tempo consumido para que todo volume dos quadros seja ocupado pela torta – tempo
de filtração, tf – pode ser calculado combinando-se a equação da filtração com aquela
que permite correlacionar o volume de filtrado (Vf), a concentração da suspensão
(c) e o volume da torta (vt):
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Para o tempo de lavagem tem-se:
Nessa categoria de filtros, citam-se os filtros Larox e Andritz, bastante utilizados nas
operações de desaguamento de concentrados de flotação ou de concentrados minerais
transportadas através de dutos.
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A decisão por um sistema de filtragem sob pressão ou a vácuo dependerá do objetivo
final dessa operação unitária: produção de tortas com baixa umidade (sólidos
praticamente secos), recuperação da fase líquida, ou ainda, a remoção de contaminantes.
Parâmetros como turbidez do filtrado, taxa de filtração versus umidade final da torta,
além da eficiência de lavagem da torta frente ao consumo de água de lavagem, devem
ser fortemente considerados, pois geralmente ditam o custo final do processo.
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Conclusão
Findado o trabalho pode se notar que a filtração é uma das aplicações mais comuns do
escoamento de fluidos através de leitos compactos. O termo filtração pode ser utilizado
para processos de separação dos sólidos de suspensões líquidas e, também para
separação de partículas sólidas de gases. Os filtros usados na indústria mineira são os
filtros a vácuo, os filtro prensa e os filtros Hiperbáricos, de Pressão e Cerâmicos.
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Bibliografia
DA LUZ, Adao Benvindo et al, Tratamento de Minerio, 5ª Ediccao CETEM/MCT, Rio
de Janeiro 2010
BRAGA, P.F.A. e FRANÇA, S.C.A. (2008), Beneficiamento de sedimentos do Canal
do Cunha por peneiramento, espessamento e filtração em geobags, CETEM/MCT,
Rio de Janeiro-RJ, RT 2008-014-00, 30p.
FOUST, A. S. et.al. (1982). “Princípios das Operações Unitárias” – Ed LTC, Rio de
Janeiro – RJ, 2ª edição.
GOMIDE, R. (1980). “Operações Unitárias”, vol. 3 – Ed do Autor, São Paulo.
http://www.enq.ufsc.br/disci/eqa5313/
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