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Operações Unitárias e Processos – LOB 1217
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Operações Unitárias e Processos – LOB 1217
Alimentação
Meio poroso
Torta
Filtrado
Filtro de
Papel ➢ O líquido é colocado por cima e flui por
Bomba ação da gravidade e no seu percurso
de vácuo encontra um tecido poroso (um filtro de
papel).
➢ Como a resistência à passagem pelo
meio poroso aumenta no decorrer do
tempo, usa-se um vaso Kitasato
conectado a uma bomba de vácuo.
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Os filtros podem
funcionar: por ação de força centrífuga;
➢ Tipos de equipamentos
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➢ Equipamentos de filtração
Facilidade de descarregar a
torta formada no processo de
filtração.
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1) Leito de Filtração
- Aplicado em casos em que há no produto, pequenas quantidades de sólidos a serem
separados de uma grande quantidade de água, clarificando o líquido.
- O processo continua até que o precipitado, ou partículas contidas no filtro, obstruam o
leito, diminuindo a velocidade de filtração.
- A lavagem é feita com água sendo adicionada no sentido contrário ao fluxo do
processo.
- Para sólidos que se desprendem com facilidade no processo de retro-lavagem.
Entrada do líquido
Partículas sólidas separadas
Defletor
Partículas finas
Placa metálica
perfurada ou com Partículas grossas
ranhuras
Fluido clarificado
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2) Filtro Prensa de Placas e Quadros
▪ É um dos tipos de filtros mais importantes, consistindo de placas e quadros
que se alternam numa armação, com uma tela filtrante em cada lado das
placas. São fortemente comprimidos uns contra os outros por meio de uma
prensa.
▪ A suspensão de alimentação é bombeada ao filtro, fluindo entre a tela filtrante
e a superfície das placas através de canais até o exterior, e os sólidos se
acumulam como torta no espaço vazio dos quadros.
▪ Este processo é descontínuo, onde a filtração se processa até que os quadros
fiquem com grande quantidade de torta, sendo necessária então, a separação
desta armação, com a retirada da torta, armando-se em seguida novamente o
filtro, para a realização de um novo ciclo.
▪ Possui a vantagem de baixo custo inicial, com baixa manutenção e extrema
flexibilidade de operação. Por outro lado, a necessidade de desmontagem
manual periódica constitui um dispêndio de mão-de-obra frequentemente
excessiva.
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➢ Filtro prensa
• A alimentação é bombeada à prensa e flui pelas armações.
Filtro de tecido
Alimentação
Marco
Placa 10
Torta
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➢ Filtro prensa
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3) Filtro de Folhas
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➢ Filtro de Folhas
• Projetado para grandes volumes de líquido e para ter uma lavagem
eficiente.
• Cada folha é uma armação de metal oca coberta por um filtro de
tecido. Elas são suspensas em um tanque fechado.
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➢ Filtro de Folhas
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➢ Filtros Rotativos Contínuos
Ciclo de lavagem
Secagem
Secagem
Descarga
Carga
Válvula automática
Suspensão Formação da torta
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➢ Filtros Rotativos Contínuos
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➢ Meios Filtrantes
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➢ O fluxo de filtrado através de um leito com a torta de filtração (Fig. 1) pode ser
Meio filtrante
Torta de
filtração
L
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P 32
− =
L D2
onde:
P = perda de pressão em N/m2
= velocidade do fluido em m/s
D = diâmetro em m
L = largura em m
= viscosidade em Pa.s
Obs. O sinal negativo indica a diminuição da pressão com o aumento da espessura da
torta (L).
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150 o L (1 − )2 (2)
P =
dp2 3
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=
(− Pt )3
=
1 dV
(4)
5 L So2 (1 − )2 A dt
onde:
dV/dt = taxa de filtração, ou seja, o volume do filtrado que passa pelo leito por unidade
de tempo.
A = área de filtração.
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• Para integrar a eq.(4) e obter uma relação para todo o processo, é preciso que apenas
duas variáveis apareçam na equação. Todas as grandezas V, t, L, (-P), So e podem
variar.
• A espessura da torta (L) pode ser relacionada ao volume do filtrado por um balanço de
massa, pois a espessura é proporcional ao volume de alimentação fornecida ao filtro:
L A (1 − )p = c s (V + L A ) (5)
onde:
p = densidade das partículas na torta do filtro
cs = peso das partículas na suspensão por unidade de volume do líquido nesta suspensão
V = volume do filtrado que passou pela torta do filtro.
𝜌 𝑐𝑥
𝑐𝑠 =
1 − 𝑚 𝑐𝑥
onde:
𝑐𝑥 = fração de massa de sólido na suspensão = (massa sólido)/(massa sólido + massa líquido)
m = massa de torta úmida/torta seca
= densidade do filtrado
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• O termo final da Eq.(5) (LA) representa o volume do filtrado retido na torta do filtro.
Este volume é normalmente muito pequeno em relação à V, volume do filtrado que
passou pelo leito.
• Admitindo esta parcela como sendo desprezível e combinando a Eq.(4) com a Eq.(5),
para se eliminar o L, tem-se:
1 dV − Pt − Pt
= = (6)
A dt 5 (1 − )So2 c s V c V
s
p 3 A A
5 (1 − )So2 (7)
=
p 3
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• Para a resistência do meio filtrante, por analogia com a Eq. (6), pode-se escrever a
expressão:
1 dV − Pf
= (8)
A dt Rm
dV − P (9)
=
A dt c V
s + Rm
A
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dt cs
= 2 V+ Rm = K p V + B (10)
dV A (− P ) A (− P )
onde:
cs
Kp = (s/m6) (11)
A 2
(− P)
Rm
B= (s/m3) (12)
A (− P )
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0 dt = 0 (Kp V + B)dV
t V
(13)
Kp
t= V2 + B V (14)
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ao dividir por V, tem-se:
t Kp V
= +B
V 2 (15)
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Exemplo 1: Avaliação das constantes de filtração em um processo com P cte.
Os seguintes dados foram encontrados para filtrar em laboratório uma suspensão de
CaCO3 em água a 25oC, e pressão constante de 338 kN/m2. A área de filtração da prensa
de placas e quadros é A = 0,0439 m2, e a concentração da suspensão é cs = 23,47 kg/m3.
Calcule as constantes e Rm utilizando os dados experimentais, onde t é o tempo em seg
e V é o volume do filtrado em m3.
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➢ Solução:
• Calculam-se primeiramente os dados de t/V (Tabela 2), e constrói-se um gráfico de
t/V versus V (Fig. 2), para a determinação dos coeficientes linear (B) igual a 6400 s/m3
e angular (Kp/2) igual a 2,88 106 s/m6. Portanto, Kp = 5,76 106 s/m6. Assim tem-se:
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22
20
18
16
(t / V) x 10 (s/m )
3
14
12 Coeficiente angular Kp/2
3
10
8
6
4
Coeficiente linear B
2
0
0 1 2 3 4 5
-3 3
Volume do filtrado, V x 10 (m )
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cs
K p = 5,76 10 6 =
A 2 (− P )
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Rm (0,94 10 −3 ) (Rm )
B = 6400 = =
A (− P ) (0,0439 ) (338 103 )
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Exemplo 2: Tempo requerido para efetuar uma filtração.
Deseja-se filtrar a mesma suspensão do exemplo 1 em um filtro prensa de placas e
quadros contendo 20 quadros de 0,873 m2 de área cada um. Será utilizada a mesma
pressão constante. Supondo as mesmas propriedades da torta do filtrado e da tela de
filtração, calcule o tempo necessário para extrair 3,37 m3 de filtrado.
Solução:
No exemplo 1, a área A = 0,0439m2, B = 6400 s/m3 e Kp = 5,76 106 s/m6.
Uma vez que as constantes e Rm possuem o mesmo valor, é possível corrigir Kp e B. A
nova área é:
A = 0,873 (20) = 17,46 m2. Como Kp é proporcional a 1/A2 tem-se o seu novo valor:
Kp = 5,76 106 (0,0439/17,46)2 = 36,41 s/m6
O novo valor de B é proporcional a 1/A, de acordo com a Eq.(12):
B = 6400 (0,0439)/(17,46) = 16,10 s/m3
Substituindo na Eq. (14):
Kp 36,41
t= V2 + B V = (3,37)2 + 16,10 (3,37) = 261 s
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𝑉2
𝑡 = 𝐾𝑝 (17)
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• Num filtro de tambor rotativo, o tempo de filtração t é inferior ao do ciclo total tc,
numa quantidade igual a:
𝑡 = 𝑓 𝑡𝑐 (18)
1Τ2
𝑉 2𝑓(−∆𝑃ሻ
= 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑓𝑙𝑢𝑥𝑜 = (19)
𝐴 𝑡𝑐 𝑡𝑐 𝜇 𝛼 𝑐𝑠
A Eq.(19) indica que experimentalmente, o fluxo varia inversamente com a raiz quadrada
da viscosidade e o tempo de ciclo.
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Exemplo 3:
Um filtro rotativo de tambor a vácuo que submerge cerca de 33% do tambor na
suspensão, será utilizado para filtrar uma suspensão de CaCO3, como mostrado no Ex.1,
através de uma pressão de 67 kPa. A concentração de sólidos na suspensão é cx = 0,191
kg sólido/kg de suspensão, e a torta do filtro possui m = 2 (kg torta úmida/kg torta seca).
A densidade e a viscosidade do filtrado podem ser consideradas equivalentes às da água à
25oC.
Determine a área do filtro necessária para filtrar 0,778 kg suspensão/s. O tempo de ciclo
do filtrado é de 250 s.
A resistência específica da torta pode ser representada como α = (4,37 x 109) (- ΔP)0,3
onde ΔP = Pascal e α = m/kg.
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Solução:
𝑉 𝑐𝑥
=𝑣
𝑡𝑐 𝑐𝑠
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Cont. Solução:
Á𝑟𝑒𝑎 = 6,87 𝑚2
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