- Centrifugação 

– em que consiste?
A centrifugação é uma operação unitária que permite a separação de misturas
heterogéneas de sólidos com líquidos ou apenas de líquidos. Um dos fatores mais
significativos da centrifugação é a densidade, isso porque esta operação separa a substância
mais densa da menos densa. A substância mais
densa fica num nível inferior enquanto a menos
densa sobe.
O método de centrifugação pode ser
manual ou mecânico e para tal é necessário usar
uma centrífuga (figura 1).
A centrífuga, coloca-se um tubo de ensaio
com a mistura que se pretende preparar e liga-se
o aparelho, que começa a fazer uma rotação
bastante acelerada. Há centrífugas bastante
Figura 1
potentes, como as ultracentrífugas, que podem
chegar a 60 000 rotações por minuto, gerando forças centrífugas 750 000 vezes
mais intensas do que a da gravidade.
Um exemplo prático desta operação unitária é a centrifugação do sangue,
que é realizada em laboratórios de análises clínicas. Os tubos de ensaio, com o
sangue, são colocados na centrífuga e, pela ação da força centrípeta, força essa
que “puxa” a mistura para o centro da trajetória num movimento circular, o
plasma é separado dos diversos componentes do sangue (figura 2).

Figura 2

- Peneiração – em que consiste?

A peneiração, também conhecida por tamisação, é um processo de separação de
misturas. Este é um processo mecânico em que os diferentes sólidos que compõem a
mistura passam por um conjunto de peneiras (figura
3), ou tamises, com diferentes tamanhos de malhas,
onde parte destes “grãos” ficam retidos e a outra
parte passa pelas malhas da peneira.
A separação de sólidos granulares deve-se aos
seguintes fatores:
- Separar o sólido em frações homogéneas;
- Obter porções com partículas do mesmo
tamanho. Figura 3

Devido à movimentação do sólido sobre a

malha da peneira os grãos mais pequenos que os espaços da malha passam entre os
mesmos, atravessando a tamise, enquanto os grãos maiores ou iguais que os vãos da malha
ficam retidos. Este processo é repetido diversas vezes, usando peneiras que apresentam
malhas com diferentes granulometrias, até se obter a separação da granulometria do sólido
desejada.
Seja em processos industriais ou em processos manuais, pode-se utilizar uma ou
diversas tamises, cada uma com diferentes granulometrias, para que seja possível a
peneiração e separação dos sólidos.
A peneiração pode ser realizada com o
auxílio de um equipamento, conhecido por
tamisadora (figura 3). Este equipamento faz a
operação de peneiração a escala laboratorial,
possibilitando analisar a maior e menor
partícula do sólido em questão e realizar
diversas peneirações de uma só vez. As tamises
são padronizadas e encaixam-se umas nas
outras, formando uma coluna de peneiração
que contém uma tamise fechada no fundo,
Figura 4
chamada de panela, no fundo da coluna onde as
partículas mais pequenas ficam guardadas. O equipamento realiza a agitação da coluna
mecanicamente de entre 15 e 20 minutos. A coluna também pode ser agitada
manualmente caso não haja uma tamisadora.
A nível industrial, existem três tipos de equipamentos para o processo de peneiração:
- Grelhas (figura 5) – São barras metálicas organizadas em paralelo de modo a formar
espaços entre si. São utilizadas para a peneiração de sólidos com granulometrias elevadas.
- Crivos (figura 6) – São chapas metálicas planas ou curvadas que possuem pequenos
furos na sua constituição. Assim como as grelhas, são utilizadas para peneirar partículas
maiores.
- Tamises (figura 7) – São compostas por fios metálicos entrelaçados, formando uma
malha que possui espaçamentos definidos e padronizados.
A peneiração é normalmente utilizada nas indústrias mineradora, agrícola,
farmacêutica, química, entre outras.

Figura 5 Figura 6 Figura 7

- Agitação – em que consiste?

 A agitação é um processo laboratorial bastante comum para se atingir a
homogeneização de líquidos miscíveis, dissolução de sólidos em líquidos e aceleração de
reações. Este processo é bastante utilizado nos setores da química, biotecnologia, medicina,
farmacêutica e alimentação.
Dependendo do processo, o objetivo pode ser alcançado recorrendo a movimentos
de agitação distintos, sejam por movimentação controlada dos recipientes como orbital,
horizontal, rotativo e outros ou por incitação de movimento dentro do recipiente como o
caso de agitadores magnéticos, podendo ser conjugada com aquecimento, controlo de
temperatura e medição quando é necessário.
Os agitadores são equipamentos de laboratório com o objetivo, tal como o nome diz,
de agitação ou alcançar a reação química desejada, cada um com uma finalidade específica.
Os agitadores consistem em misturar e homogeneizar as soluções com máxima eficiência e
segurança. Existem uma grande variedade de agitadores com diferentes aplicações
laboratoriais, tais como:
- Agitador de hélice (figura 8) – Estes equipamentos são indicados para a realização
de homogeneização de substâncias com um teor de viscosidade mais elevado. A sua
utilização é comum em diversos laboratórios dos diferentes setores como o farmacêutico.
- Agitador magnético (figura 9) – Estes aparelhos são destinados a agitar líquidos ou
soluções através de uma pequena barra magnética impulsionada e movimentada por um
campo magnético rotativo. São indicados para a agitação de misturas que exigem um maior
tempo de agitação, mas não para líquidos muito viscosos ou para misturas heterogéneas
com elevada quantidade de sólidos dispersos. Alguns modelos podem ainda ter uma função
de aquecimento.
- Agitador Vortex (figura 10) – Este aparelho é utilizado para a homogeneização de
diversas amostras de laboratório em tubos de ensaio, placas de poço ou frascos. Este
equipamento possui um mecanismo muito simples para agitar as soluções e incentivar
as reações ou homogeneização em elevados graus de precisão.
- Mesa agitadora (figura 11) – Existem dois tipos de mesas agitadoras: com
movimento horizontal ou com movimento orbital. Este aparelho tem um papel
importante na agitação de grande quantidade de frascos a uma velocidade específica,
onde é necessária uma maior agilidade nos processos. As mesas agitadoras são utilizadas
nos laboratórios e têm a função de agitar soluções contidas em frascos de vidro,
normalmente utiliza-se o balão de Erlenmeyer.

Figura 9 Figura 10 Figura 11

Figura 8