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IGREJA EPISCOPAL CARISMÁTICA DO BRASIL

DIOCESE DE VITÓRIA DE SANTO ANTÃO


SEMINÁRIO TEOLÓGICO PÓLO CARUARU

LIVRO DE ÊXODO

Trabalho apresentado pelos


alunos Edy Lucas e Wagner
Rafaell ao Professor Paulo
André Reis como requisito na
disciplina Antigo Testamento I

O título em Hebraico do livro de êxodo significa “E estes são os nomes”, motivo pelo
qual é possível atribuir ao livro a mesma autoria do livro anterior, Gênesis, ou seja,
Moisés. Esse fator, aliado a outros, também possibilita afirmar que o livro foi escrito
por volta do ano 1440 A.C.

As afirmações feitas nos livros sagrados também permitem afirmar a quantidade de


hebreus que entraram no Egito bem como os que de lá saíram. No capítulo 47 de
Gênesis, sabemos que “Todas as almas da casa de Jacó, que vieram ao Egito,
eram setenta.” Já em Êxodo 12, lemos que “Havia cerca de seiscentos mil homens
a pé, além de mulheres e crianças.”

ORIGEM DA NAÇÃO DE ISRAEL

Não apenas textos bíblicos, mas também estudos antropológicos nos são úteis para
delimitar passos no estabelecimento da sociedade judaica. No século XVII A.C. os
patriarcas Abraão, Isac e Jacó se fixam na terra de Israel, sem que isso
caracterizasse ainda o que hoje conhecemos por nação. Já por volta de 1750 A.C.,
os israelitas fogem para o Egito motivados pela fome. Cerca de 400 anos, esse
mesmo povo, agora aos milhões, é conduzido por Moisés na fuga do Egito a
caminho da Terra de Israel. É no entanto apenas em 1046 A.C. que Israel passa a
ter a definição clássica de Nação, a partir da instituição de Saúl como seu primeiro
rei.
PRIMEIROS MILAGRES

Os primeiros milagres bíblicos relatados no livro de êxodo são as transformações


das varas de Moisés e de Arão em serpentes. O primeiro evento ocorre apenas para
que Deus mostre a Moisés o que ele faria quando ambos estivessem diante de
Faraó, e é nessa ocasião em que ocorre esse segundo milagre. Em êxodo ainda é
relatado o episódio das Pragas do Egito, situações miraculosas que serviram para
que Faraó finalmente permitisse a libertação do povo israelita das terras do Egito.

INSTITUIÇÃO DA PÁSCOA

Como relatado no tópico anterior, a décima praga mandada ao Egito foi a morte dos
filhos primogênitos. Não foram atingidos, no entanto, aqueles que obedeceram a
ordem divina de matar um cordeiro perfeito e aspergir seu sangue na parte superior
das portas de suas casas. Essa foi a praga que finalmente fez com que o faraó
liberasse o povo do domínio do Egito. A partir de então Deus ordenou que
anualmente o povo de Israel celebrasse a Páscoa comendo pães asmos, ou seja,
sem fermento, para lembrar a pressa com que tiveram que deixar os seus lares.
Essa é uma ordenança que para nós cristãos só deixou de valer a partir da
instituição da nova páscoa, que foi a ressurreição de Jesus Cristo.

LEI MOSAICA

Chamamos de Lei ou Torá aquilo que significa em português ensinamento ou


instrução. Esta lei foi traduzida para o Grego e nesse momento, os estudiosos
terminaram acrescentando mais dois livros que são chamados de apócrifos por não
estarem no cânon, que são os livros de Siraque e Tobias. Na lei estão escritos os
cinco primeiros livros da bíblia que são eles Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e
Deuteronômio. É bom e importante detalhar que o antigo testamento é dividido em
três categorias de ritos. Temos os ritos morais que permanecem até hoje por
expressão e a obediência e a santidade do Senhor de acordo com mandamentos,
temos também o rito cível ou civil que trata sobre a questão da herança, divisões de
terras, escravidão, despojos de guerra e etcétera. Temos também o rito cerimonial
que refere-se rituais como sacrifícios, oferendas, purificação e como se comportar
perante o Senhor. Após a saída do Egito, aproximadamente dois ou três meses o
povo chega ao Monte Sinai, onde permanece por um período de tempo em torno de
dois anos. Em determinado momento o próprio Deus, que havia tirado seu povo da
escravidão, resolve mediante sua graça através de Moisés que ao subir ao monte
para apresentar-lhe ao Senhor recebe o as seguinte ordens de Deus que é dizer
aos israelitas que matou os egípcios para os livrarem da opressão que estavam
vivendo e que durante todo o tempo estava os protegendo e cuidando de todos.
Pois ele queria obediência e exclusividade de adoração. O Senhor não divide sua
glória com nada nem ninguém. Ele mesmo fez o seguinte acordo com o povo
dizendo. Que se eles cumprissem suas ordens esta nação seria seu povo nação
amada dentre todos os povos desta terra.

INSTITUIÇÃO DA ALIANÇA

Quando o povo chegou ao deserto no santo monte e após levantarem


acampamento num lugar escolhido pelo Senhor, Moisés subiu conforme havia sido
instruído por Deus. E ali foi tomado pela presença do Deus vivo. A partir desse
momento podemos dividir nosso estudo em dois momentos importantes. O primeiro
foi quando Deus fez com que Moisés informasse uma proposta de aliança ao povo.
O senhor fala sobre suas obras e feitos durante a retirada do povo do Egito. Pois fez
as pragas atingirem os egípcios de modo tremendo onde a pior de todas as pragas
foi a morte dos primogênitos daqueles que não o adoravam. Fala também que eles
são o povo adorado e escolhido por ele para serem o tesouro especial dentre todas
as nações. Assim como o Senhor havia ordenado que Moisés anunciasse esta
mensagem pediu que se purificassem e que no terceiro dia pela manhã ele viria ao
encontro deles. O povo fez conforme as as o povo fez conforme as instruções foram
transmitidas. Como havia dito amanhã o Senhor veio até eles em forma de fumaça.
A partir de agora temos o segundo momento em que o povo firma a aliança com
Deus. De acordo com o que está escrito em em Êxodo 24. O Senhor ordenou que
Moisés subisse ao monte e levasse consigo Arão, Abiú, Nadabe e mais setenta
líderes. Após descerem, Moisés transmitiu tudo que o senhor disse e todos
aceitaram a aliança. Conforme Deus tinha ordenado, Moisés e todos foram fazer e
cumprir as ordenanças onde construíram um altar, ergueram doze colunas que
representavam as doze tribos de Israel. Fizeram sacrifícios e apresentaram
holocaustos de ofertas. Pegaram o sangue dos animais e as pediram sobre o altar.
E sobre todos firmando a aliança. Ao terminar todo o ritual. Moisés novamente ao
monte e ali Deus dá as duas tábuas a Moisés nas quais gravou os dez
mandamentos. E nesses dez mandamentos podemos dividir em duas partes.
Primeira etapa deixou escrito os quatro mandamentos que dizem respeito à relação
divina-humana. Deus como homem. E que na segunda tábua deixa escrito os outros
seis mandamentos que dizem respeito à questão humana-humana, ou seja, o
homem com o seu próximo.

INSTITUIÇÃO DO SÁBADO

Em Gênesis 2:13, o Senhor ao criar o mundo e tudo que nele há em seis dias, ele
descansou no sétimo, pois veio a contemplar toda a sua obra magnífica como assim
escrito. A partir daqui vem nos mostrar que temos tempo para tudo e que não
podemos deixar de adorá-lo. Ele mesmo com seu amor deixou um dia como
referência para termos intimidade e comunhão com ele. Em Êxodo 20 nos fala sobre
os mandamentos. E que em seu quarto mandamento fala sobre a guarda do
sábado. Que venha ser dia santo separado e para Deus. O sábado é santo quando
é dedicado ao Senhor e que há o obedecer demos a soberania do altíssimo. Onde
revela que sendo ele o criador de tudo é magnífico triunfante. Nos deixa um
entendimento que os seis dias são habituais para o trabalho mas que no sétimo tem
que ser separado para nos lembrar de que não vivemos nem suprimos as nossas
necessidades fruto do nosso trabalho mas sim vivemos e dependemos
exclusivamente da graça de Deus. Esse número seis que representa os dias
habituais de trabalho futuramente venha ser lembrado lá no tabernáculo aonde
teremos o com sete lâmpadas, onde existem três de cada lado da arte central,
formando seis e que a sétima lâmpada está no centro. Pois representa diante de
tudo. Lá em Êxodo mais uma vez o Senhor diz para que guardem um sábado pois é
um sinal dele com seu povo. E quem desobedecesse e sofreria uma consequência
terrível. Pois seria eliminado no meio do seu povo esse tema do descanso não foi
imposto só para os homens mas foi também ordenado futuramente que a terra que
era lavrada também precisaria descansar pois teriam seis anos de uso e que no
sétimo ano poderia a terra ser lavrada. Este quarto mandamento não cumprimos
mais, pois como vimos anteriormente é um rito cerimonial e que com a vinda de
Jesus não cumprimos mais como no Antigo Testamento.

O TABERNÁCULO

Desde o início da criação, Deus sempre teve a intenção de relacionar-se conosco.


Não por que ele precisa de nós, mas sim por conta de sua misericórdia e graça.
Hoje ele é soberano. Após a saída dos israelitas do Egito, 0 povo montou o
acampamento e se estabeleceu no Sinai. E o próprio Deus com todo o seu amor e
graça, resolve habitar novamente no meio do seu povo. Dessa vez ele ordena a
Moisés um santo lugar para ele habitar com eles no meio deles. Diz também quais
são as ofertas que precisarão doar para que seja construído o tabernáculo. O qual
podemos chamar de barraca, tenda ou cabana Deus ordena que seja usado em sua
construção materiais como ouro, madeira de acácia, prata, bronze, tecidos e pedras
de animais, óleo de oliva e pedras preciosas para o colete peitoral do sumo sacer
toda a extensão do tabernáculo é dividido em três espaços. O primeiro espaço que
é o pátio neste local eram feitos os rituais de sacrifícios. neste lugar o povo poderia
entrar para que assim entregassem suas ofertas e animais para holocaustos. Os
levitas eram responsáveis por concluir todo o ritual ordenado pelo Senhor. Neste
neste espaço temos o altar de sacrifícios como também a pia de bronze. Já no
Lugar Santo, encontramos um candelabro, a mesa dos pães e o altar de incenso.
CAda objeto possui uma simbologia própria e remete de forma individual a um ato
futuro da presença de Cristo. Já no Santo dos Santos estava localizada a Arca da
Aliança, dentro da qual se guardaram as tábuas.

ANTEVISÃO DE CRISTO EM ÊXODO

A conexão que se percebe nos livros bíblicos é perfeita de tal modo que um se
conecta a outro ainda que séculos ou talvez milênios separem os anos de suas
escritas. Êxodo foi escrito pelo menos 1.400 antes do nascimento de Cristo. E ainda
assim é possível vislumbrar em diversos acontecimentos desse livro o advento de
Jesus na Terra
1. Moisés como Libertador e Mediador: Assim como Jesus veio como o
Libertador espiritual da humanidade, Moisés libertou o povo de Israel da
escravidão no Egito. Ele também atuou como mediador entre Deus e o povo,
assim como Jesus é considerado o Mediador entre Deus e os seres
humanos.
2. Cordeiro Pascal e a Páscoa: No livro de Êxodo, encontramos a instituição da
Páscoa, onde um cordeiro sem defeito era sacrificado e seu sangue era
colocado nas portas das casas dos israelitas. Isso prefigura Jesus, o Cordeiro
de Deus, cujo sangue derramado na cruz nos liberta da escravidão do
pecado e da morte espiritual.
3. Pão da Vida e o Maná do Deserto: Durante a travessia no deserto, Deus
providenciou maná do céu para alimentar o povo de Israel. Jesus se
identificou como o Pão da Vida que desceu do céu para saciar a fome
espiritual da humanidade.
4. Água da Rocha e a Água da Vida: Em Êxodo, Moisés extrai água de uma
rocha para saciar a sede do povo. Essa água da rocha é vista como uma
prefiguração da água da vida que Jesus oferece, como ele mencionou à
mulher junto ao poço.
5. Tabernáculo e a Presença de Deus: O tabernáculo era o local onde Deus
habitava no meio do povo de Israel. Isso encontra um paralelo com Jesus,
que é a manifestação da presença divina entre os seres humanos, como
afirmado no Evangelho de João.
6. Lei e Graça: Assim como Moisés trouxe a Lei de Deus ao povo de Israel,
Jesus trouxe a plenitude da graça e verdade. Ele não veio abolir a lei, mas
cumpri-la.
7. Oferta pelo Pecado e Redenção: As várias ofertas de sacrifício no Antigo
Testamento apontam para a necessidade de redenção e expiação dos
pecados. Jesus é o sacrifício final e perfeito que realiza a redenção da
humanidade de seus pecados.
8. A Nuvem e a Luz do Mundo: A nuvem que guiou os israelitas durante o dia é
comparável à Luz do Mundo, que é Jesus. Ambos são guias espirituais que
conduzem aqueles que os seguem.

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