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Títulos financeiros ...................................................................................................... 31
Imposto de renda (IR)................................................................................................. 31
IPCA ............................................................................................................................ 32
SELIC ........................................................................................................................... 33
CDI .............................................................................................................................. 33
Prefixado e Pós-fixado ................................................................................................ 33
Liquidez....................................................................................................................... 34
Volatilidade................................................................................................................. 35
D+1 (D+3, D+5, D+30...) .............................................................................................. 35
Vencimento ................................................................................................................ 35
Rentabilidade ............................................................................................................. 36
B3 ................................................................................................................................ 36
Renda Fixa e Renda Variável ...................................................................................... 36
Capítulo VIII - Renda fixa ................................................................................................ 37
O que são investimentos de Renda Fixa?................................................................... 37
Vantagens e desvantagens da renda fixa ................................................................... 37
Principais produtos de Renda Fixa ............................................................................. 38
Poupança ................................................................................................................ 38
Títulos do tesouro nacional (tesouro direto) ......................................................... 39
CDB ......................................................................................................................... 41
LCI e LCA: ................................................................................................................ 42
LCs: ......................................................................................................................... 44
Debêntures ............................................................................................................. 44
CRIs e CRAs: ............................................................................................................ 45
COEs:....................................................................................................................... 46
É importante se aprofundar mais quando for investir ............................................... 48
Perguntas a serem feitas antes de aplicar em um produto de renda fixa ................. 48
Qual o vencimento? ............................................................................................... 48
Qual a liquidez? ...................................................................................................... 48
Qual a alíquota de imposto de renda aplicada?..................................................... 48
Quais as taxas pagas? ............................................................................................. 48
Quais as garantias do investimento? ..................................................................... 49
O que acontece se precisarmos retirar o dinheiro antes do prazo? ...................... 49
Qual a rentabilidade? ............................................................................................. 49
Recomendações ......................................................................................................... 49
Capítulo IX - Renda Variável ........................................................................................... 50
O que é Renda Variável .............................................................................................. 50
Por que investir em renda variável?........................................................................... 50
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O que normalmente acontece com o dinheiro na renda variável e o porquê do risco
................................................................................................................................................. 52
Ações (Daytrade e Buy and Hold) ........................................................................... 53
Fundos de investimento (ações, multimercados e outros) .................................... 59
Previdência privada ................................................................................................ 62
Fundos de renda fixa e DI ....................................................................................... 64
ETFs......................................................................................................................... 65
Fundos imobiliários ................................................................................................ 66
Outros ativos de renda variável ............................................................................. 69
Capítulo X - O poder da diversificação ........................................................................... 73
Por que diversificar? ................................................................................................... 73
Como funciona a alocação de ativos? ........................................................................ 74
Balanceamento da carteira e piloto automático........................................................ 74
O quanto devo me aprofundar em finanças? ............................................................ 75
A importância do aporte consistente ......................................................................... 76
Capítulo XI - Escolha bem seus consultores e assessores .............................................. 78
Qual a diferença entre assessores e consultores? ..................................................... 78
Assessores financeiros................................................................................................ 78
Vantagens e desvantagens dos Assessores financeiros ............................................. 79
Consultores financeiros .............................................................................................. 79
Vantagens e desvantagens ......................................................................................... 80
Qual profissional é recomendado para mim? ............................................................ 80
Capítulo XII - Escolhendo produtos para seus objetivos ................................................ 81
Rentabilidade é tudo? ................................................................................................ 81
O objetivo deve guiar o investimento ........................................................................ 81
Escolher dentre as opções viáveis .............................................................................. 82
Podemos ter vários objetivos em paralelo ................................................................. 82
Exemplos de objetivos e produtos viáveis ................................................................. 82
1 - Reserva de emergência: .................................................................................... 82
2 - Casamento:........................................................................................................ 83
3 - Objetivos em geral em menos de dois anos: .................................................... 83
4 – Viagens e/ou moradia no exterior:................................................................... 83
5 - Independência financeira e/ou aposentadoria: ................................................ 84
Como analisar novos produtos e ativos financeiros .................................................. 84
1 - O que será feito com o nosso dinheiro? ........................................................... 85
2 - Renda fixa ou renda variável? ........................................................................... 85
3 - Vencimento ....................................................................................................... 86
4 - Liquidez ............................................................................................................. 86
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5 - Taxas e Imposto de Renda ................................................................................ 86
6 - Rentabilidade .................................................................................................... 87
7 - Valor do aporte mínimo .................................................................................... 87
8 - Volatilidade ....................................................................................................... 87
9 - Riscos ................................................................................................................. 88
Capítulo XIII - O que seria uma boa estrutura financeira ............................................... 89
O que buscar em um bom planejamento (e em qual ordem de prioridade) ............. 89
Resumo do passo a passo prático .............................................................................. 90
1 - Definir o objetivo, os valores a serem acumulados e o prazo .......................... 90
2 - Entender as peculiaridades do projeto ............................................................. 90
3 - Fazer a triagem inicial de produtos viáveis ....................................................... 91
4 - Escolher os produtos e começar a aportar ....................................................... 91
5 - Acompanhamento e manutenção..................................................................... 91
Os objetivos seguem em paralelo .............................................................................. 92
Capítulo XIV - Pontos de atenção ................................................................................... 93
Pontos de atenção a serem lembrados ...................................................................... 93
Os objetivos guiam os investimentos ..................................................................... 93
Reserva de emergência antes de tudo ................................................................... 93
Proteções são fundamentais .................................................................................. 94
Sempre procure diversificar e minimizar o risco .................................................... 94
Esteja atento à rentabilidade real de cada produto .............................................. 94
Compare entre corretoras e instituições antes de aplicar ..................................... 94
Sempre tenha fontes confiáveis e atualizadas de informação............................... 94
Sempre analise profundamente qualquer produto com retorno muito acima da
média em renda fixa............................................................................................................ 94
Em renda variável, não é possível GARANTIR rentabilidades ................................ 95
Cuidado com a relação investimento x especulação ............................................. 95
Estudar e se manter informado nunca é demais ................................................... 95
Capítulo XV – Isso é apenas o começo ........................................................................... 96
Reflexão ...................................................................................................................... 96
Referências ..................................................................................................................... 97
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A quem se destina este livro
Este livro tem como objetivo, através da leitura rápida e simplificada, auxiliar a
todos os que conseguem guardar dinheiro com frequência, ou já possuem algum
montante acumulado, independentemente da quantidade, levando-os do zero (ou de
qualquer nível de conhecimento que se encontrem) a serem capazes de montar suas
próprias carteiras de investimentos de forma segura e eficiente. O conhecimento
prático é muito mais simples do que aparenta, por isso, irei desmistificar conceitos e
termos técnicos de forma fácil para o investidor iniciante durante a leitura.
O autor
Durante as consultorias, notou muitos clientes com grandes somas poupadas, mas
que não tinham ideia do que fazer com elas, muitas vezes alocadas em produtos de
baixíssima rentabilidade, e alguns prestes a tomar decisões completamente
equivocadas por falta de conhecimento básico. Por isso, decidiu escrever este livro, para
que seja um ponto inicial bem estruturado, a fim de ajudar a quem tem interesse de
participar do mundo dos investimentos, mas sente grande dificuldade.
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Agradecimentos
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Capítulo I - Comecei a poupar, e agora?
Acredito que muitos de vocês já passaram por isso: depois de muito esforço e
disciplina, começamos a poupar dinheiro. Logo passamos a pensar onde colocar este
valor acumulado, para "render mais", já que a poupança é coisa do passado. É nessa
hora que a complicação começa, pois nos deparamos com uma infinidade de produtos,
taxas, termos técnicos os quais nunca ouvimos falar na vida, como "CDIs", "SELICs",
"Prefixados", entre outros, resultando na desistência do investimento, o que nos faz
desistir e voltar para a boa e velha poupança "temporariamente, enquanto não
entendemos melhor de investimentos". Com isso, os anos vão passando…
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Este conhecimento é importante até mesmo para quem prefere contratar
profissionais especializados e delegar o acompanhamento dos investimentos a
terceiros, pois o mercado financeiro, como qualquer outro, também possui muitos
profissionais de competência duvidosa. A leitura deste livro vai permitir que o investidor
consiga conversar com estes profissionais em um nível bom o suficiente para entender
as estratégias que eles estão traçando e identificar bons profissionais dos que não o são
antes de amargar altos prejuízos após décadas de investimentos ruins.
Quem está já começou a guardar dinheiro talvez se pergunte por que deveria
investi-lo, já que ir acumulando na conta corrente seria muito mais simples. Aqui,
explicarei três motivos principais:
1 - Se proteger da inflação
Para entender melhor, vamos tomar como exemplo uma pessoa que hoje
consegue fazer suas compras do mês com exatamente R$100,00. Se ela deixar um
montante de R$100,00 parado em uma conta corrente, durante um ano, sem investir
em nada, ao final desse ano, ela não irá conseguir realizar suas compras do mês com o
mesmo valor de R$100,00, já que os produtos terão sofrido aumento de preço, por
causa da inflação. Podemos dizer nesse caso que os mesmos R$100,00 perderam poder
de compra, já que um ano depois ela não conseguirá comprar as mesmas coisas com o
mesmo montante do ano anterior.
Então, um dos primeiros motivos pelos quais devemos investir é para nos proteger
da inflação, já que se aplicarmos o dinheiro em algum produto que renda pelo menos o
mesmo valor da inflação do ano, não perderemos poder de compra com o passar do
tempo.
Porém, apenas “não perder” não é um motivo tão interessante, já que podemos
também ganhar. E isso nos leva ao segundo motivo.
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Podemos perceber que quanto maior o período, maior é a diferença que os juros
compostos fazem, de modo que ao final de 30 anos, o valor acumulado quando há
investimento é quase o triplo daquele parado na conta corrente.
3 - Renda passiva
Chamo atenção de vocês para a parte do "obter algo", pois isso pressupõe que o
investidor precisa sempre de um objetivo. Pode parecer óbvio, mas é algo de extrema
importância, sendo muitas vezes esquecido pelos investidores iniciantes, que acabam
não dando atenção aos seus objetivos e procuram apenas investir nos produtos que
"rendem mais" esquecendo todo o resto.
O objetivo é o primeiro e mais importante filtro que define quais produtos vão ser
os ideais para os investimentos, por isso vamos falar um pouco mais sobre a relação
entre os objetivos e os investimentos no capítulo a seguir.
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Capítulo II - Qual o seu objetivo?
Quem está começando a investir pode não ter a menor ideia de por onde começar.
Eu diria que, antes de qualquer outra coisa, antes mesmo de começarmos a estudar os
produtos, ou fazer movimentações financeiras, devemos entender, em primeiro lugar,
quais motivos nos levam a investir.
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posteriores do livro, mas segue um breve resumo dessas características principais,
usando como exemplo o objetivo "Reformar o apartamento daqui a dois anos":
No caso do nosso exemplo, o prazo é de dois anos, portanto temos que tomar o
cuidado de escolher produtos que possam ser resgatados até o prazo estipulado.
Isto parece óbvio, mas precisa ser dito, uma vez que, como citado acima, alguns
investimentos só podem ser resgatados no vencimento: um investidor iniciante incauto
pode não se atentar e investir em algum produto com vencimento mais longo do que o
prazo final do objetivo, não conseguindo resgatar o dinheiro na data que precisar.
- Aporte mínimo: o valor que você tem disponível para aplicação inicial e mensal
também vai acabar filtrando os produtos disponíveis, já que grande parte possui
aplicações mínimas iniciais de milhares de reais, as quais muitas vezes ficam inacessíveis
para investidores iniciantes com montantes menores disponíveis.
- Tolerância ao risco: existe uma grande relação entre risco e retorno, pois
produtos com maior risco e/ou volatilidade (em que o valor aplicado pode oscilar muito,
tanto positivamente quanto negativamente) tendem a dar os melhores resultados, mas
ao mesmo tempo os maiores prejuízos, quando mal aplicados. Assim sendo, investidores
precisam identificar se possuem um perfil mais conservador ou arrojado, a fim de saber
se montarão carteiras de investimentos para cada objetivo com produtos menos ou
mais arriscados.
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Uma reserva de emergência, por exemplo, deve estar sempre aplicada em
investimentos de liquidez alta, pois pode ser necessário utilizá-la a qualquer momento
no caso de algum imprevisto. No nosso exemplo da reforma, como temos dois anos de
prazo, temos a opção de "travar" parte dos investimentos em produtos de baixa liquidez
em troca de uma rentabilidade maior, desde que eles estejam disponíveis para resgate
até o prazo do objetivo.
Muitas vezes, tive oportunidade de conversar com pessoas e clientes sobre seus
investimentos. Quando perguntei por que eles possuíam determinadas aplicações, ouvi
coisas como: “meu gerente do banco disse que eu tinha um dinheiro parado na conta e
me sugeriu colocar nesses produtos para render mais”, ou “meu pai falou pra deixar na
poupança porque é mais seguro”, ou até mesmo “um amigo me disse que esse fundo
estava tendo resultados muito bons e me sugeriu colocar meu dinheiro nele”,
mostrando total falta de objetivos bem definidos e entendimento de como se deveria
montar uma carteira de investimentos de forma correta.
Como disse o filósofo Sêneca, quando se navega sem destino, nenhum vento é
favorável.
Sei que muitos de vocês já querem chegar na parte dos investimentos, porém
antes de começar a falar deles, preciso introduzir alguns conceitos os quais são
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extremamente importantes para que os investimentos possam realmente agregar ao
planejamento financeiro como um todo de forma harmônica. Para isso, vou começar
apresentando o primeiro objetivo que todos os investidores deveriam ter como meta
inicial, antes mesmo de pensar em investir em qualquer outra coisa: a reserva de
emergência.
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Capítulo III - Reserva de emergência
Tomemos como exemplo uma pessoa que atua como empresária e está em um
momento financeiro estável há alguns anos, tendo poupado um determinado montante,
fruto de sua disciplina e planejamento financeiro. Tal pessoa resolve que é hora de
colocar o dinheiro para “render mais” e, influenciada pela tranquilidade e estabilidade
dos últimos anos, resolve aplicar todas as suas reservas em um produto financeiro que
promete uma boa rentabilidade em dois anos, mas que não permite resgate do valor
antes do vencimento. A tranquilidade dura alguns meses, até um certo dia, em que o
seu maior cliente, responsável por 80% da sua renda, encerra o contrato com a sua
empresa. Certamente, esse empresário se enxergará em uma situação extremamente
desfavorável financeiramente, não podendo contar com suas próprias reservas, por não
estarem disponíveis devido à falta de liquidez do produto no qual ela aplicou.
Se você está poupando há pouco tempo e ainda possui um valor baixo a ser
investido, sugiro fortemente consolidar primeiramente a sua reserva de emergência
antes de pensar em outros objetivos financeiros. Porém, para quem já possui um valor
alto acumulado e está apenas querendo direcionar para seus objetivos e metas atuais,
a sugestão também é deixar separado o valor referente à reserva de emergência em
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produtos de alta segurança e liquidez e investir o restante de acordo com suas outras
estratégias.
2- O segundo passo é atingir seis meses dos gastos totais, incluindo as despesas
supérfluas e custos de estilo de vida, como academia e restaurantes, fazendo com que
a recuperação em tempos difíceis possa ser menos desconfortável a você e à sua família.
Desta forma, evitamos cortes de gastos que possam trazer complicações futuras, como
a saída de algum curso no meio do caminho, que posteriormente terá que ser retomado
desde o início.
3- Por último, àqueles que buscam ainda mais segurança, é possível estender a
reserva de emergência para o valor de um ano dos gastos totais, pois algumas profissões
e cargos de gestão, por exemplo, podem possuir um período longo para uma boa
recolocação no mercado.
Pessoas que não têm essa liquidez da reserva de emergência disponível podem
se ver deixando passar oportunidades das quais se arrependerão por muitos anos. Além
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disso, uma pessoa com reserva de emergência consolidada vive com muito mais
tranquilidade, sem receio de ver a família chegar ao fundo do poço de uma hora para
outra, tendo também muita clareza para identificar oportunidades no decorrer da
carreira sem medo de correr riscos calculados em troca de altos ganhos futuros.
- CDB com liquidez diária: aplicação de renda fixa bem conservadora, também
atrelada ao CDI, entretanto é preciso procurar com mais calma alguma opção que
apresente rentabilidade razoável, visto que a maioria das opções oferecidas por grandes
bancos apresenta retornos abaixo da média. Precisa ter liquidez diária (digo isso pelo
fato de existirem CDBs sem liquidez diária, onde o dinheiro pode ficar preso até o
vencimento). Normalmente, são necessários valores mais altos para aplicar, o que acaba
afastando investidores com montantes menores disponíveis.
- Fundos DI: São fundos de investimento atrelados ao CDI. Também são boas
opções para a reserva de emergência por possuírem baixo risco e liquidez diária. Deve-
se tomar cuidado para encontrar fundos com baixa taxa de administração.
A poupança poderia parecer uma boa opção a princípio, por também possuir
liquidez diária e baixo risco, mas, apesar disso, possui uma grande desvantagem, que é
o fato de só rentabilizar no aniversário mensal da aplicação, ou seja, se você aplicar um
montante no início do mês e precisar retirá-lo vinte e nove dias depois, ao invés de em
trinta dias, por exemplo, não terá rentabilidade nenhuma. Um outro ponto desfavorável
é que a rentabilidade vai perder para investimentos como o tesouro Selic, em
praticamente qualquer cenário.
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Cuidado com a empolgação inicial
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Capítulo IV - Gastos básicos e gastos supérfluos
Já vimos que uma boa estratégia para montar a reserva de emergência é começar
poupando seis meses dos gastos básicos., por isso, vamos entender mais a fundo o que
são os gastos básicos e supérfluos e como calculá-los.
Não me entendam mal, uma pessoa pode possuir um padrão de vida alto e
extremamente confortável, desde que a maior parte dele possa ser cortada de um mês
para o outro se for necessário. Por esse motivo, devemos evitar parcelamentos
relacionados a gastos supérfluos, pois em uma situação de crise, ainda seríamos
obrigados a arcar com as parcelas.
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Faça simulações prévias dos gastos básicos para tempos difíceis
Se hoje o seu gasto básico é muito alto e você não consegue reduzi-lo facilmente,
tente, pelo menos, fazer o exercício de imaginar quais medidas você teria que tomar, a
fim de diminuí-lo no caso de uma emergência. Apenas identificar antecipadamente o
valor mínimo que você conseguiria chegar no caso de situações financeiras difíceis já é
o suficiente, pois podemos usar este valor como base de cálculo inicial para montar a
reserva de emergência.
Por exemplo, uma pessoa pode estar usufruindo de duas vagas de garagem no
seu prédio, sendo uma alugada, pois possui um segundo carro que é usado pelo seu
filho. Nesse caso, ela não iria imediatamente vender o carro e devolver a vaga, mas já
iria mapear tal possibilidade e calcular o quanto suas despesas diminuiriam, no caso de
ter que tomar essa ação.
A reserva de emergência vai nos auxiliar muito com problemas de curto prazo,
como em casos de desemprego, calotes, ou o surgimento de algum gasto adicional não
planejado. Porém, quando os imprevistos são relacionados a situações graves de saúde
ou acidentes, muitas vezes os valores envolvidos podem ser extremamente altos e as
consequências podem nos afetar por um longo prazo, ou até definitivamente. Para estes
casos, a reserva de emergência não será suficiente e teremos que recorrer a outras
ferramentas financeiras, que são os seguros.
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Capítulo V - Seguros de vida e planos de saúde
Sempre que vamos fazer uma viagem longa, antes que qualquer coisa, devemos
realizar a revisão do carro, verificar se todos os itens de segurança estão em perfeito
estado e nos assegurar de que os passageiros estão com os cintos de segurança. Todos
esses cuidados ajudam na proteção, no caso de algum imprevisto na estrada. Com os
investimentos não é diferente, assim, antes de começarmos os capítulos sobre os
produtos financeiros e como investir na prática, precisamos falar sobre os produtos de
segurança financeira.
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- Uma pessoa solteira e sem filhos está dirigindo e é atingida por um motorista
irresponsável, que atravessa um farol vermelho. Como consequência do acidente, ela
precisará se locomover através de cadeira de rodas, não conseguindo mais exercer sua
profissão anterior.
- Uma empresária casada, com filhos, aos 35 anos, descobre que está com
câncer, de um dia para o outro. Em seguida, fica sabendo que seu plano de saúde não
vai cobrir o custo do cirurgião, nem os remédios para o tratamento. O valor envolvido
parte, inicialmente, de R$120.000,00. Devemos considerar também o tempo em que ela
irá ficar afastada da empresa, que pode durar meses. A empresa está em um momento
de investimento e a empresária não possui caixa disponível para arcar com estes custos.
Todos os exemplos citados possuem algo em comum: nenhum deles podia ser
previsto com antecedência e os custos resultantes são muito altos. Além disso, eles
acontecem todos os dias com milhares de pessoas, destruindo famílias, carreiras e
planejamentos financeiros.
É justamente por não sabermos se algum dia o ocorrido será conosco e também
pelo fato de que os custos envolvidos podem chegar à casa de centenas de milhares de
reais, que necessitamos de soluções de proteção, como planos de saúde e seguros de
vida. O papel deles para o nosso planejamento financeiro é como o das travas de
segurança de quem pratica escalada, que em caso de queda, faz a corda parar na última
trava colocada, preservando a vida do escalador, que sem ela, despencaria até o chão.
Muitas pessoas acreditam que o papel principal dos planos de saúde é cobrir
custos de consultas e exames, na realidade, essas são apenas as funções mais básicas.
O verdadeiro papel do plano de saúde é custear internações e procedimentos como
cirurgias, que podem custar dezenas ou centenas de milhares de reais.
Durante meus anos de consultoria financeira, conversei com várias pessoas que
cancelaram seus planos de saúde porque "não usavam muito", pensando que fariam
uma grande economia. Se elas soubessem que apenas um dia de internação em uma
UTI de um hospital particular, para uma pessoa, em caso de um acidente, por exemplo,
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pode custar R$15.000 e que muitos casos de internação podem durar bem mais do que
um dia, talvez elas repensassem a decisão do cancelamento. Tal situação pode resultar
em uma dívida para a vida inteira, como também pode afetar a família, que nada tem a
ver com a falta de planejamento da pessoa, mas que vai se ver obrigada a auxiliar seu
familiar.
Com os seguros de vida, o cenário é outro, visto que, diferentemente dos planos
de saúde, eles precisam ser analisados de acordo com a necessidade e estrutura
financeira de cada pessoa. Muitas pessoas acham que um seguro de vida serve para
cobrir apenas morte, mas na realidade sua função correta é também proteger a renda
em várias situações em vida, como invalidez total e parcial, diagnóstico de doenças
graves, internações e afastamentos do trabalho por motivos de saúde.
Outro ponto importante é que algumas pessoas que começam a investir acabam
se empolgando e passam a querer economizar, cortando todo tipo de gasto a fim de
acumular montantes maiores para aportar. Ao fazer isso com o montante que seria
destinado ao seguro de vida ou plano de saúde, a pessoa estaria alavancando sua
rentabilidade, colocando a si mesmo e sua família em risco. Em minha opinião, não
valeria o benefício de ter uma quantia a mais por mês para investir, em troca da
estabilidade e segurança, visto que os gastos cobertos por esses tipos de produto vão
superar de longe a reserva que a maioria das pessoas acumula por anos e garantir a
sobrevivência financeira de seus entes queridos e dependentes financeiros no caso de
sua falta.
1- Liquidez: Normalmente quando uma pessoa falece, todos os bens que ela
possui são congelados para que passem pelo processo de inventário. São inclusos
imóveis, carros, investimentos e até mesmo a conta corrente (mesmo que seja conta
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conjunta). Dependendo de como funciona a estrutura financeira da família, isso pode
gerar um problema muito sério de falta de dinheiro em curto prazo, pois em algumas
situações, praticamente todo o patrimônio da família, assim como os investimentos,
estavam no nome da pessoa que faleceu, de modo que a família passe a não ter recursos
para arcar com os gastos de curto prazo do dia-a-dia.
É por esse motivo que muitas vezes ouvimos de colegas ou familiares histórias
de inventários que levaram anos para ficarem prontos. Se um idoso falece, deixando
filhos adultos, com suas próprias rendas, a situação toda acaba sendo apenas um grande
incômodo. Mas se a pessoa falece jovem, deixando filhos pequenos e pouco dinheiro
guardado, a probabilidade é alta de o patrimônio congelado fazer uma falta muito
grande para o outro cônjuge e os filhos, gerando um problema financeiro grave no curto
e médio prazo.
No caso dos seguros de vida, sugiro procurar empresas que possuam seguros
personalizados, vitalícios e com a opção de resgate ao final do plano. Caso o segurado
não utilize o plano, o valor do resgate acaba sendo um recurso a mais, podendo ser
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utilizado na aposentadoria, se o segurado quiser. Apenas chamo a atenção para o fato
de que seguros de vida resgatáveis têm como objetivo principal a proteção, sendo o
resgate apenas um benefício extra, sendo assim não devem ser considerados como
investimentos.
Hoje, os maiores seguros de vida do Brasil são pagos por empresários cujas
empresas possuem patrimônios altíssimos e de baixa liquidez, de modo que apenas os
custos de sucessão, em caso de óbito de algum dos sócios, poderia facilmente levar a
empresa a falência. Sugiro fortemente que empresários nessa situação, ou pessoas que
possuam muito patrimônio imobilizado, procurem consultores especializados em
seguros de vida vitalícios personalizados para estruturar essa questão o quanto antes,
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mesmo que a empresa já possua estrutura de holding, já que o seguro atua como um
ótimo complemento paralelo a esta estratégia que serve como garantia adicional.
Para facilitar o entendimento do que falei até aqui, o gráfico abaixo mostra como
deveríamos dividir nossa renda e o papel de cada solução em um planejamento
financeiro completo, vejamos:
- Padrão de vida (P.V.): É o nosso estilo de vida completo. Costuma ser a maior
parte dos gastos mensais, incluindo nossas contas.
- Investimentos (I): É a parcela que devemos poupar todo mês, para as mais
variadas funções, como reserva de emergência, projetos diversos e investimentos para
a aposentadoria.
Não vou entrar no detalhe de quais seriam os percentuais corretos de cada uma
das categorias, pois como a estrutura financeira de cada pessoa é única, com fraquezas,
forças, riscos e garantias diferentes, isso deveria ser definido juntamente a um
profissional da área e, conforme os anos passam, a estrutura deve continuar sendo
acompanhada e ajustada de acordo com as mudanças que vão ocorrendo em nossas
vidas. Mas apenas como intuito de prover uma referência genérica inicial, a maior
parcela tende a ser referente ao padrão de vida, seguida pelos investimentos e a menor
parcela seria referente as proteções.
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O eixo X corresponde ao prazo de conclusão do objetivo, o eixo Y corresponde
aos valores que vão sendo acumulados no decorrer do tempo, até que o objetivo seja
alcançado. A linha tracejada de cima é justamente referente ao seguro de vida, que deve
estar sempre atualizado de modo a fornecer os recursos necessários, caso algo aconteça
no meio do caminho. Então, o papel dele é justamente nos proteger enquanto estamos
poupando.
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Capítulo VI - Introdução aos investimentos
O medo de investir
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Aproveito para relembrar uma regra muito importante dos investimentos:
investir apenas no que conhecemos e entendemos. Sempre procure entender o que será
feito com o seu dinheiro ao aplicar em algum produto financeiro.
- Taxas: Sempre que formos aplicar nosso dinheiro, devemos prestar atenção nas
taxas que podem corroer nossa rentabilidade, como taxas de administração e
carregamento. Falarei um pouco mais sobre elas no próximo capítulo.
Muitas vezes, para aplicar em um mesmo produto, como o tesouro direto, por
exemplo, determinadas corretoras e bancos podem cobrar taxas e outros não, por isso,
é uma boa prática fazer comparações de taxas antes de decidir quem vai ser seu
intermediário.
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A barreira do “economês”
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Capítulo VII - Termos técnicos e siglas descomplicadas
Títulos financeiros
Títulos são os nomes dados aos contratos de empréstimos entre duas partes.
Como a maioria dos investimentos de renda fixa (tema do próximo capítulo) são
empréstimos que fazemos a bancos, ao governo ou a instituições financeiras, quando
adquirimos algum produto de renda fixa (CDBs, tesouro nacional, LCIs, LCAs...), dizemos
que agora possuímos um título de renda fixa.
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Ele normalmente é apresentado em percentuais e cada produto possui uma
alíquota (taxa) diferente. Se uma pessoa estivesse comparando um produto com
rentabilidade anual de 9% com outro de 8%, sem analisar o imposto de renda, em um
primeiro momento, ela escolheria, sem dúvidas, a primeira opção, se o objetivo fosse
uma rentabilidade maior. Porém, se analisasse a incidência do imposto de renda, veria
que na primeira opção é descontada uma alíquota de 25% de imposto sobre a
rentabilidade e a segunda é uma aplicação isenta de IR, o que teria uma rentabilidade
real muito maior do que a primeira opção no decorrer dos anos.
IPCA
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SELIC
Assim como o IPCA, a Selic também é medida em percentuais, sendo que muitos
investimentos de renda fixa estão atrelados diretamente a ela, como o tesouro SELIC,
por exemplo, o qual entrega como rentabilidade 100% da taxa Selic. Outros também
podem estar atrelados indiretamente a ela através do CDI.
CDI
Prefixado e Pós-fixado
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Se for pós-fixado, ele estará atrelado a algum indicador de forma mais dinâmica,
podendo ou não oferecer uma taxa adicional. Não saberemos ao certo a rentabilidade
exata que ele irá entregar, apenas que irá acompanhar o indicador escolhido. O tesouro
IPCA+, por exemplo, pode oferecer IPCA+5% ao ano, o que significaria que se em um
ano o IPCA for de 6%, esse produto entregará 11% de rentabilidade, que seria a
somatória do IPCA + os 5%.
Liquidez
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situações em que pode ser cobrada uma multa predefinida se tirarmos o dinheiro antes
do prazo.
Volatilidade
Vencimento
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todos os investimentos possuem data de vencimento, podendo o investidor ficar com o
ativo por tempo indeterminado, o que é muito comum em investimentos de Renda
Variável, por exemplo.
Rentabilidade
B3
36
Capítulo VIII - Renda fixa
São todos os tipos de investimento que possuem uma regra definida quando
contratamos, por conta disso sabemos exatamente quais os critérios que suas
rentabilidades vão seguir, podendo ser tanto prefixados ou pós-fixados (por exemplo,
10% ao ano, IPCA+5%, 120% do CDI...).
São as principais opções para quem hoje está na poupança (que também pode
ser considerada um investimento de renda fixa, porém o pior de todos eles em termos
de rentabilidade) e também para quem está começando a guardar dinheiro ou até
mesmo possui um montante parado em conta corrente sem saber onde aplicar e não
pretende correr riscos mais altos com o valor.
37
nosso dinheiro, através do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que reembolsa os
investidores em valores até, no máximo, de R$250.000,00 por instituição, e apresentam
pouca ou nenhuma volatilidade em relação ao valor aplicado, oferecendo solidez e
tranquilidade ao investidor.
Poupança
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dinheiro parado na conta, ele já estará aplicado e rendendo o equivalente a taxa Selic
(que como citei anteriormente, é quase o mesmo valor que o CDI), podendo ser sacado
a qualquer momento.
O que são:
São títulos de dívida do governo brasileiro, que ganharam muita visibilidade nos
últimos anos, por seu baixíssimo risco e bom retorno, sendo considerados por muitos
economistas como "a nova poupança" e como os investimentos mais seguros do Brasil.
Quando compramos títulos através do Tesouro Direto (plataforma digital do governo
onde eles são negociados), estamos, na prática, emprestando dinheiro ao governo.
Características:
39
Além disso, contam com liquidez diária, ou seja, a qualquer momento você pode
solicitar o resgate dos recursos. O montante estará disponível na conta corrente no dia
seguinte, o que é conhecido no mercado como D+1.
Risco
Além disso, pelo fato de os títulos públicos serem a última opção que o governo
calotearia, devido ao caos que seria gerado, podemos presumir que neste cenário as
poupanças já teriam sido atingidas bem antes, já que são propriedades de bancos, que
em sua maioria são instituições privadas. Outro ponto importante é que os títulos
públicos, como o próprio nome diz, podem usar recursos públicos a fim de garantir os
pagamentos. Ainda posso citar que é mais provável os bancos quebrarem do que o
governo de um país, uma vez que os primeiros tendem a estarem sujeitos ao segundo,
através do Banco Central.
Um outro risco a ser citado é a venda dos títulos antes do prazo. Se uma pessoa
compra um título com vencimento em 2023, e, por conta de um imprevisto, precise
vendê-lo em 2020, ela pode, porém a venda é feita com o valor que chamamos de
marcação a mercado. Isso significa que dependendo de como o mercado está, você pode
vender lucrando; pode vender com valor muito próximo do valor inicial o qual você
aportou; ou em casos raros pode até perder um pouco de dinheiro.
A única exceção a essa regra é o Tesouro Selic. Neste título, como a rentabilidade
é diária, sempre que resgatarmos teremos acesso a totalidade dos lucros acumulados
até então. O único momento onde podemos resgatar o dinheiro com valor ligeiramente
abaixo do aplicado, é nos primeiros dias após a aplicação, pois existe um pequeno
deságio em relação ao valor de compra, que logo é coberto pela rentabilidade diária e,
a partir daí, só obteremos lucro. Com o tesouro Selic, você não terá risco de perdas, caso
retire o valor da aplicação no vencimento.
Vantagens e desvantagens
40
com que seja importante você ter um valor em poupança ou conta corrente, para
despesas urgentes no mesmo dia. Outro risco é o fato de termos que tomar cuidado
com algumas corretoras que cobram taxas para investir em títulos do tesouro, porém
existem muitas corretoras com taxa zero para o Tesouro Direto.
Indicações
São excelentes opções para o investidor conservador, que quer ver seu
patrimônio crescer correndo o mínimo de risco, sem complicações e com lucros reais
acima da inflação. Também são muito úteis para quem está começando a guardar
dinheiro e deseja montar a sua reserva de emergência (Tesouro Selic).
CDB
O que é?
Características
O CDB pode ser tanto prefixado, com uma rentabilidade predefinida, quanto pós-
fixado, atrelado ao CDI ou IPCA, por exemplo.
Risco
Pode ser considerado um ativo de baixo risco por possuir proteção do FGC.
41
Vantagens e desvantagens
Indicações
De modo geral, os CDBs são ótimos produtos para se diversificar uma carteira de
renda fixa, ou conservadora, com boa rentabilidade e baixo risco.
LCI e LCA:
42
O que são?
São letras de crédito emitidas por bancos com o objetivo de financiar o mercado
imobiliário (LCI), ou o agronegócio (LCA). De forma mais simples, estamos emprestando
dinheiro ao banco, para que ele invista nesses dois setores da economia.
Características
Risco
O principal risco é a liquidez, logo devemos sempre alocar em LCIs e LCAs aqueles
montantes dos quais temos certeza de que não iremos precisar antes da data de
vencimento.
Vantagens e Desvantagens
Indicações
São ótimas opções para rentabilizar uma parte do patrimônio, com um resultado
acima da média, que não pretendemos utilizar em curto prazo. Serve também para
43
montar uma poupança destinada a algum projeto futuro com prazo de alguns anos,
como casamento, troca de carro, ou uma viagem mais longa para o exterior.
LCs:
O que são?
Características
Risco
É um investimento de baixo risco, pelo fato de também ser protegido pelo FGC,
porém devemos estar atentos à liquidez e vencimento do título contratado.
Vantagens e Desvantagens
Possuem a mesma vantagem dos CDBs, que é o fato de serem produtos de boa
rentabilidade e segurança. As desvantagens estão no fato de possuírem valores
relativamente altos de investimento inicial (R$5.000, por exemplo), de sempre termos
que tomar cuidado com a liquidez do investimento contratado e com a situação
financeira da instituição que está emitindo.
Indicações
São mais uma ótima opção para diversificar uma boa carteira de renda fixa.
Debêntures
O que são
São títulos emitidos por empresas privadas com o objetivo de arrecadar capital
para projetos próprios, como expansões ou construção de novas fábricas, por exemplo.
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Funcionam de modo semelhante ao tesouro direto, mas com a diferença de que o
dinheiro emprestado é para financiar empresas privadas, não o governo, assim
ganhamos os juros que a empresa paga como rendimento.
Características
Riscos
Vantagens e desvantagens
Indicações
São ótimas opções para diversificar a carteira de renda fixa e obter uma
rentabilidade adicional a quem já possui uma carteira mais robusta. Como é necessária
uma análise mais cautelosa das empresas das quais iremos adquirir as debêntures,
sugiro estudar mais a fundo o produto antes de investir nele.
CRIs e CRAs:
O que são?
São investimentos criados mais recentemente, não muito populares. Suas siglas
significam "Certificados de Recebíveis Imobiliários" (CRI) e "Certificados de Recebíveis
do Agronegócio" (CRA).
45
Características
Risco
Pelo fato de não serem emitidos por bancos, os CRs não possuem proteção do
FGC, então, para que o investimento seja feita da forma correta, é muito importante
analisarmos com cautela a situação financeira da empresa da qual vamos adquirir os
CRIs e CRAs.
Vantagens e Desvantagens
Indicações
São boas opções aos quem têm um perfil mais arrojado em relação a risco e
gostariam de obter uma rentabilidade melhor, em parte a carteira de renda fixa.
COEs:
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O que são?
Características
O COE pode ser criado com cenários atrelados a vários indicadores de renda
variável, como o desempenho de ações, dólar, ouro e o índice Bovespa, entre outros. O
IR é cobrado apenas sobre a rentabilidade usando tabela regressiva.
Risco
Os COEs são emitidos por bancos, porém não contam com a proteção do FGC,
ou seja, o investidor está sujeito a perda de todo seu capital aplicado, caso a instituição
emissora venha a falir. Além disso, também existem algumas opções de COE em que o
capital investido pode ser perdido, por isso é importante analisar bem as características
do COE antes de contratar.
Vantagens e Desvantagens
Indicações
Os COEs são ótimas opções àquele investidor que está começando a ficar um
pouco mais confortável com o risco, objetivando rentabilidades maiores, porém ainda
não quer arriscar mais com a renda variável pura. Por este motivo, o COE, como um
produto híbrido, pode ajudar a carteira de renda fixa a ter rentabilidades superiores,
mantendo o risco sob controle.
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É importante se aprofundar mais quando for investir
Esses são os principais produtos de renda fixa negociados, no Brasil, até a data
da criação deste livro. A minha breve explicação a respeito de cada um é suficiente para
que você possa entender de forma simples e geral como eles funcionam. A intenção é
despertar o discernimento, a fim de que você escolha melhor quando for montar a sua
carteira de renda fixa. Mais uma vez eu friso: é sempre importante estudar de forma um
pouco mais aprofundada o investimento escolhido, quando você for aplicar.
Qual o vencimento?
Qual a liquidez?
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A taxa de administração e a taxa de carregamento, são exemplos de taxas que
podem corroer bastante a rentabilidade final da aplicação. A dica é comparar os títulos
entre si e também as corretoras ou bancos os quais iremos utilizar como intermediários,
pois alguns cobram taxas para aplicar em determinados produtos e outros não.
Qual a rentabilidade?
Não poderíamos deixar de saber qual seria a taxa de rentabilidade que o título
oferece. Lembremo-nos que, normalmente, elas são apresentadas de forma bruta, sem
descontar IR ou possíveis taxas, logo precisamos saber tudo o que será descontado na
hora do resgate, tendo, assim, uma noção da rentabilidade real da aplicação. Após
sabermos efetivamente quanto a aplicação renderia com os descontos, devemos
comparar os títulos da mesma categoria, verificando também se alguma outra
instituição oferece a possibilidade de aplicação sem taxas. Isso nos ajudará a
escolhermos a melhor opção de custo x benefício.
Recomendações
Em linhas gerais, os produtos de renda fixa são ótimas opções para aquelas
pessoas que não querem se aprofundar muito no mercado financeiro, mas querem
colocar seu dinheiro em produtos seguros, com rentabilidade melhor do que a da
poupança e a inflação, para se beneficiarem dos juros compostos no decorrer dos anos.
Porém, para quem está disposto a separar uma parte do capital com o objetivo
de aplicar em produtos um pouco mais arriscados, no intuito de obter ganhos muito
mais expressivos, vale à pena conhecer os produtos de renda variável os quais irei
apresentar no próximo capítulo.
49
Capítulo IX - Renda Variável
Por exemplo, podemos investir em ações de uma empresa, acreditando ser boa
opção, na esperança que a ação se valorize. Entretanto, não conseguimos prever o
quanto ela se valorizaria ou até mesmo se essa valorização iria acontecer, logo, a
rentabilidade é imprevisível, por isso se caracteriza como renda variável. Outros
exemplos de renda variável, além de ações são os fundos imobiliários, os fundos
multimercados, os ETFs, entre outros…
Outro fator importante é que, diferente dos ativos de renda fixa, os ativos de
renda variável sofrem muito a ação da volatilidade, considerada um dos maiores
carrascos dos investidores iniciantes. Ela é apenas a variação natural dos preços dos
50
ativos, de acordo com o mercado, mas que tende a seguir uma valorização a longo prazo,
se o ativo for bom, e uma desvalorização se o ativo for ruim.
Por esse motivo, o investidor que está apenas interessado em ver seu patrimônio
crescer, sem ficar fazendo "apostas" ou especulações, normalmente só irá alocar em
produtos de renda variável percentuais do seu capital que acredita ter pouca
possibilidade de ser requisitado a curto prazo. Desse modo, uma carteira de
investimentos mais conservadora poderia ter, por exemplo, 80% do capital em renda
fixa, para um crescimento constante com baixo risco e volatilidade. Os 20% restantes
poderiam ser alocados em renda variável. Esta parcela menor do capital é justamente a
responsável por potencializar a rentabilidade média da carteira como um todo e, sendo
um percentual relativamente pequeno do patrimônio, terá menos chances de
influenciar negativamente o psicológico de tomada de decisão do investidor, em
momentos delicados de mercado.
Além disso, a renda variável pode ser uma ótima opção para diversificar uma
carteira com objetivo a longo prazo. Embora ocorram as oscilações de curto prazo, a
tendência é de que a valorização seja expressivamente maior na renda variável do que
nos produtos de renda fixa.
51
O que normalmente acontece com o dinheiro na renda variável e o porquê do
risco
Então, estudando bem e entendendo seu funcionamento, não há razão para ter
medo da renda variável, pois ela pode ser uma grande aliada do nosso planejamento e
antecipação de resultados se trabalharmos com ela da forma correta. Abaixo, vou
descrever alguns dos principais ativos de renda variável e, em seguida, sugestões de
como deveríamos alocá-los em nossas carteiras de investimentos.
52
Ações (Daytrade e Buy and Hold)
Vamos começar a falar de renda variável pelas ações, motivo de medo e respeito
por parte de muitos investidores, principalmente os leigos. Por este motivo, irei me
alongar um pouco mais no assunto do que nos outros ativos.
Quem nunca ouviu histórias de um amigo de um amigo que ganhou uma fortuna
em apenas uma tarde "mexendo com ações", ou também o contrário, de alguém que
perdeu dezenas de milhares de reais do dia para a noite?
53
mais rápido, muitas vezes é necessário um valor de capital mais alto do que o valor que
ela gera de lucro, com isso, ela passa a adquirir empréstimos e financiamentos, a fim de
acelerar o crescimento. Esse ciclo se repete até chegar um momento que os sócios
podem decidir arrecadar volumes ainda maiores de recursos, abrindo o capital da
empresa. Em outras palavras, os empresários aceitam muitos outros sócios capazes de
injetar altíssimas quantias de dinheiro novo na empresa.
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tag along não é um direito garantido ao investidor neste caso, podendo a empresa optar
por oferecer este benefício ou não.
As cotações dos valores das ações são feitas em tempo real conforme as compras
e vendas vão acontecendo, fazendo a tela do home broker aparentar ser muito
dinâmica, até mesmo confusa aos que estão observando pela primeira vez. Entretanto,
basta acessarmos algumas vezes para logo nos familiarizarmos com ela.
55
valorização não só cobrir a perda da outra, como ainda garantir uma rentabilidade muito
boa da carteira.
Porém, é claro que podemos manter esse risco controlado. Seguindo com esse
mesmo exemplo da padaria, consideremos a hipótese de que esse amigo é dono de
várias outras padarias de sucesso, se mostrando um gestor muito competente. Imagine
que ele tenha condições de sustentar uma nova padaria só com o lucro das outras, em
possíveis tempos difíceis. Ou até mesmo que ele esteja abrindo outra padaria com
exclusividade em uma posição privilegiada de um shopping. Nesta situação, nós
teríamos motivos bem fortes para acreditar que a chance de o negócio dar certo é muito
maior do que a de dar errado.
É exatamente a mesma coisa que acontece com as ações, por isso que o ideal é
estudarmos bem as empresas, suas forças, fraquezas, mercado de atuação, governança
e balanços financeiros, antes de aplicarmos. Outra opção inteligente é contratar uma
assessoria capacitada para nós dar auxílio, de modo que possamos obter retornos muito
maiores do que a renda fixa a longo prazo, correndo o mínimo de risco possível.
Investidor x Especulador
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Segundo Graham, o investidor é aquela pessoa que aloca seus recursos após
análise profunda em busca de um retorno adequado, de modo a manter os riscos sob
controle e seu montante principal seguro. Estas operações tendem a dar os melhores
resultados no longo prazo. Já o especulador é aquela pessoa que busca retornos muito
altos, principalmente à curto prazo, tenta explorar distorções de mercado ou possíveis
cenários futuros, muitas vezes expondo seus capitais a altos riscos em operações
alavancadas, onde caso ele acerte, pode multiplicar o patrimônio em várias vezes, caso
erre pode perder tudo o que investiu, ou até mais do que possuía.
Vejam bem, minha intenção não é condenar este tipo de operação, visto que é
uma forma válida de operar no mercado. Quando feita da forma correta, por
profissionais especializados com seus capitais alocados a risco, pode ser muito útil para
ganhos de patrimônio. O que eu quero, realmente, é apenas diferenciar bem os dois
estilos de investimento em ações ao investidor que ainda não entende muito bem sobre
eles. Esse esclarecimento é importante para que não haja um engano por parte de um
investidor inexperiente, que acabe perdendo capital e se traumatizando com esse
universo.
Como falei acima, a maior parte das histórias que conhecemos a respeito de
ações, assim como promessas de altos ganhos do dia para a noite em sites sobre
investimentos, são de especuladores e não de investidores. Então, o que um
especulador faz afinal?
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Pelo exemplo citado, chegamos a uma bifurcação, pois, se realmente a lei se
tornar realidade, o especulador poderá transformar os seus R$100.000,00 em
R$200.000,00 em um curto período. Mas ocorrendo o contrário, as pessoas vão começar
a tentar se desfazer de suas ações a qualquer custo, uma vez que, sem a lei aprovada, a
empresa X não terá nenhum atrativo. Isso ocasionará uma desvalorização intensa,
fazendo com que o valor volte a ser de R$10,00 por ação, ou até menos, transformando
os R$100.000,00 do especulador, que comprou no momento em que cada ação estava
valendo R$50,00, em apenas R$20.000. Logo o seu prejuízo será de R$80.000 do dia para
a noite.
Como podemos ver com a história, o especulador poderia ter alcançado altos
ganhos, mas iria correr altos riscos também. O nome que se dá no mercado de ações
para esse tipo de operação especulativa, visando altos ganhos em curto prazo é "trade",
existindo subcategorias, como o "daytrade", em que essas operações de compra e venda
acontecem no mesmo dia, ou “swing trade”, em que as operações podem levar semanas
ou meses até sua conclusão.
Não há nada errado em ser um “trader”, porém, é uma habilidade que exige
muito estudo e disponibilidade de tempo diária analisando o mercado para que possa
ser realizada, mantendo os riscos sob controle e maximizando os ganhos. Um trader
utiliza principalmente da chamada "análise técnica", em que aprendemos a interpretar
gráficos e tentar prever possíveis movimentos matemáticos futuros, para que possamos
nos posicionar antecipadamente e obter retornos maiores.
Caso algum dia você queira fazer esse tipo de operação, lembre-se de sempre
utilizar para ela o chamado capital alocado a risco, ou seja, uma parcela pequena do
montante que você reservou para renda variável, que você poderia se dar ao luxo de
perder em uma situação desfavorável, sem prejudicar de forma significativa seu
patrimônio.
Ficou bem claro no exemplo anterior que a especulação é uma forma arriscada
de operar com ações. Mas existe alguma forma mais segura?
Sim, o estilo de aplicação chamado "buy and hold", que significa comprar e
segurar. O Buy and hold tem como principal fator para tomada de decisão o
entendimento dos fundamentos da empresa, ou seja, suas finanças, governança,
mercado, entre outros, através do que chamamos de análise fundamentalista. Nessa
estratégia, visamos comprar ações com o objetivo de nos tornarmos sócios de boas
empresas a fim de aumentarmos nosso patrimônio de forma consistente, com as
distribuições de lucros (dividendos), crescimento e valorização das cotas das empresas
em longo prazo, pois boas empresas, que possuem lucro e crescimento consistente,
tendem a valorizar muito com passar das décadas e entregar excelentes resultados aos
acionistas.
58
Podemos ver que essa abordagem é o oposto da especulação, pois visa o longo
prazo e não utiliza distorções de mercado e/ou oscilações de preço em curto prazo como
critério de decisão de compra ou venda ações.
A alíquota padrão aplicada sobre ações é de 15% sobre o lucro, se vendidos mais
do que R$20.000 no mês. Valores abaixo desse, estão isentos de IR. A exceção são
operações de “day trade”, em que a alíquota aplicada é de 20% em cima dos lucros.
Além do IR, devemos prestar atenção nas outras taxas cobradas no mercado de
ações, como a taxa de corretagem. Hoje, existem corretoras que isentam seus clientes
desse tipo de taxa.
Indicações
59
O que são
Características
Riscos
Além dos riscos com os ativos dos fundos, existem alguns riscos menos prováveis,
mas que devem ser levados em consideração: o risco operacional, se ocorrer algum
problema com procedimentos do fundo, a compra e venda de ativos, ou até o risco do
gestor do fundo realizar operações que fogem do regulamento do fundo em questão.
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Vantagens e desvantagens
As principais desvantagens dos fundos são as taxas incididas sobre ele, como
taxas de administração, que devem ser bem analisadas antes de investirmos em um
fundo. Os fundos possuem uma característica muito indesejável, que é o efeito "come
cotas". Esse efeito é uma antecipação do imposto de renda feita pelo governo, que seria
pago pela rentabilidade do fundo. No último dia útil do mês de maio e do mês de
novembro, a receita recolhe o valor referente ao imposto de renda, através da redução
das cotas, o que dá origem ao nome "come cotas". Isso faz com que o dinheiro recolhido
antecipadamente para o imposto deixe de fazer parte do montante e acaba reduzindo
o efeito que os juros compostos teriam no montante total em longo prazo. Alguns
fundos são isentos do efeito come cotas, como fundos de ações, fundos de previdência
privada e fundos imobiliários, por exemplo.
Indicações
Para tanto, é muito importante mapear todas as taxas as quais serão aplicadas
no fundo, pois alguns possuem taxas de administração tão altas, que muitas vezes
podem deixar o resultado final do fundo até abaixo da média de mercado.
61
Previdência privada
O que é
Características
62
Riscos
Além disso, existem opções de fundos mais arriscados, sendo importante nos
atentarmos ao perfil de risco do fundo antes de investir.
Vantagens e desvantagens
Indicações
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Fundos de renda fixa e DI
O que são
Características
Possuem taxas atreladas, como a taxa de administração, porém cada fundo irá
cobrar um valor de taxa diferente. Assim sendo, é sempre bom compararmos as taxas
cobradas em cada um.
Riscos
Vantagens e Desvantagens
Indicações
Podem ser boas opções para quem quer diversificar uma carteira de renda fixa
com baixo custo, gestão profissional e de maneira conservadora.
64
ETFs
O que são
Características
Uma das principais características dos ETFs é o fato de que a maioria tem como
objetivo seguir fielmente algum índice relacionado ao mercado de ações. Por exemplo,
o BOVA11 é um dos ETFs mais conhecidos, tendo como objetivo seguir o índice Bovespa.
Para que isso aconteça, ele contém mais de 60 ações cujo próprio índice Bovespa utiliza
como referência. Então, se compararmos o gráfico do ETF e o do índice Bovespa, os
movimentos são muito similares.
Eles são tributados com a mesma alíquota de 15% em cima de lucro, como
acontece com ações, a diferença é que não possuem a isenção para vendas abaixo de
R$20.000 por mês.
Possuem uma diversificação natural, visto que um ETF, normalmente, vai conter
dezenas de ações.
Riscos
Os riscos dos ETFs são menores do que os de ações individuais, porque, como
dito anteriormente, uma única cota pode conter dezenas de ações, fazendo com que
essa diversificação mantenha o risco sob controle. Logo, devemos estar atentos
basicamente à volatilidade (variação do valor das cotas, tanto para cima como para
baixo), que é uma característica de qualquer fundo e às taxas aplicadas, que podem
corroer a rentabilidade.
Vantagens e Desvantagens
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investimento, o que pode fazer a diferença em longo prazo. Além disso, podemos citar
a grande facilidade de comprar e vender as cotas dos ETFs através do home broker.
O valor da cota de um ETF costuma ser mais acessível do que cotas de fundos, na
data em que escrevo este livro, a cotação de uma cota do BOVA11 está em
aproximadamente R$90,00 e a maioria dos fundos de ações disponíveis nas principais
corretoras do mercado possuem em sua maioria aporte inicial mínimo de R$1.000,00,
havendo muitos com valores superiores a este.
A principal desvantagem dos ETFs está nas estratégias muito engessadas, que
costumam estar atreladas aos índices. Se um ETF está atrelado ao Bovespa (como é o
caso do BOVA11) e o índice Bovespa começa a decair, o ETF também decai, não fazendo
nada para mudar esta situação, já que seu objetivo é replicar o índice, tanto nas altas
quando nas baixas. Por outro lado, em um fundo convencional, o gestor poderia aplicar
estratégias diferenciadas para evitar grandes quedas e até lucrar com elas.
Uma outra desvantagem que pode ser citada é que o ETF não busca
rentabilidades diferenciadas, apenas segue a referência a qual está atrelado.
Dificilmente o ETF terá ganhos tão expressivos quanto uma boa estratégia de
investimento em ações feita por pessoas qualificadas. Porém, mesmo assim, tendem a
ganhar a rentabilidade da renda fixa no longo prazo, dependendo do ETF escolhido.
Indicações
ETFs são uma excelente opção de diversificação da carteira de renda variável aos
quem têm pouco capital para investir e/ou querem investir em ações, mas não conhece
muito do mercado a ponto de escolher por conta própria ações individuais.
Fundos imobiliários
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O que são
Fundos imobiliários (conhecidos pela sigla FIIs) são fundos de investimento que,
como o próprio nome demonstra, investem basicamente em imóveis.
Características
Uma das principais diferenças dos fundos imobiliários para outros tipos de fundo,
é que podemos ganhar, além da valorização das suas cotas, parte dos aluguéis dos
imóveis que compõem o fundo. Esses aluguéis são isentos de imposto de renda,
podendo se tornar uma ótima fonte de renda extra para o investidor. Embora possuam
isenção de IR nos aluguéis mensais, o lucro obtido na venda de cotas é tributado com
alíquota de 20%.
Riscos
Como qualquer ativo de renda variável, o principal risco atrelado aos fundos
imobiliários é o risco de mercado, ou seja, a possibilidade da oscilação de preços das
cotas de acordo com a oferta e demanda. Além disso, existe o risco de vacância ou
inadimplência nos imóveis do fundo, fazendo com que eles deixem de gerar as rendas
dos aluguéis e ocasione a desvalorização das cotas.
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Outro risco a ser levado em consideração é o risco de liquidez, já que alguns
fundos imobiliários específicos podem ter poucas negociações no mercado, fazendo
com que seja difícil comprar ou vender suas cotas.
Vantagens e desvantagens
Podemos considerar também que cada cota pode fazer parte de um fundo que
possui diversos imóveis, fazendo com o que o risco esteja muito mais controlado, uma
vez que o fundo não dependeria necessariamente apenas de um imóvel ou dos
pagamentos realizados por apenas um único inquilino.
Indicações
Fica sempre o lembrete de analisar com calma os ativos que compõem o fundo,
taxa de vacância e número de negociações (liquidez) do fundo antes de investir, assim
teremos as melhores opções para os nossos objetivos.
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Outros ativos de renda variável
Existem muitos ativos de renda variável que podem ser utilizados pelo investidor,
cada um com suas características, potenciais retornos e riscos. Segue um breve resumo
de mais alguns, os quais não costumam ser tão populares na carteira da maioria dos
investidores, mas que é importante conhecermos.
Criptomoedas
São uma nova espécie de dinheiro digital com algumas características muito
importantes, como a descentralização. Significa dizer que não há uma grande instituição
organizadora por trás de tudo, elas operam de acordo com o próprio programa e cada
transação efetuada entre seus usuários, assim como a criação de novas unidades, é
baseada na criptografia em um sistema chamado blockchain. O Blockchain, por sua vez,
é uma tecnologia que possui uma capacidade diferenciada de gravação e validação de
transações. Significa dizer que os detalhes de cada transação são arquivados em um
bloco de dados automaticamente distribuídos na web por todos os usuários os quais
possuem a criptomoeda em questão, fazendo com que seja quase impossível fraudar o
sistema.
A segunda forma seria especular com seu valor e tentar lucrar com a possível e
incerta valorização da moeda. Entretanto é um procedimento bem arriscado e deve ser
feito com cautela, pois não há 100% de garantia de que este futuro de moedas digitais
irá se concretizar em breve, muito menos que a moeda X ou a Y que será a mais utilizada.
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Em termos de especulação, elas podem tanto apresentar uma valorização exponencial
como perda total.
Outro caso onde isso é ainda mais importante, é o de empresas que trabalham
com importação e exportação, ou possuem dívidas em moeda estrangeira, pois uma
desvalorização muito alta da nossa moeda pode levar uma empresa, que não se
preparou mantendo reservas na moeda estrangeira em questão, a níveis de
endividamentos muito perigosos, ou à falência.
Reserva de valor
Para este fim, podem ser utilizadas moedas fortes e de alta estabilidade, como o
dólar. Também podem ser utilizados bens considerados preciosos, escassos, de valor
intrínseco atemporal e reconhecidos mundialmente, como pedras preciosas, joias, obras
de arte etc.
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Alguns, possuem acesso mais fácil ao investidor, como é o caso de moedas
estrangeiras e o ouro, que são negociados em fundos de investimentos específicos e
podem ter suas cotas adquiridas como em outros fundos convencionais.
Especulação
Veja bem, não há nada de errado em especular. É uma atitude válida que pode
alavancar os lucros de sua carteira, quando feita corretamente, porém é uma atividade
a ser feita com o que chamamos de "capital de risco", ou seja, uma pequena parte do
capital que temos disponível para renda variável e que podemos nos dar ao luxo de
perder se tudo der errado sem impactos significativos em nosso patrimônio. O grande
problema é que pessoas leigas não conhecem a diferença e acabam especulando
achando que estão investindo utilizando parcelas representativas de seus patrimônios
para isso.
71
O mais curioso é que essas mesmas pessoas não teriam apostado essa mesma
quantidade de recursos em um cassino em Las Vegas, mostrando que não possuíam nem
mesmo um perfil favorável a riscos em primeiro lugar. Isso aconteceu apenas porque
estavam mal informadas em relação aos riscos, operando em um mercado que não
conheciam e de forma incorreta.
Para concluir, sempre que for especular, já tenha definido anteriormente qual
percentual da sua carteira de renda variável você pretende utilizar como o seu capital
de risco. Utilize apenas ele para atividades especulativas. Além disso, procure conhecer
bem onde você vai especular, pois já que não há garantias de vitória, podemos pelo
menos colocar as probabilidades a nosso favor.
Todas as aplicações possuem algum nível de risco agregado, umas com risco
maior e outras com risco muito pequeno. A melhor forma de nos protegermos desses
riscos e ao mesmo tempo obter altos retornos é através da diversificação, tema do
próximo capítulo.
72
Capítulo X - O poder da diversificação
Muitos de vocês já devem ter ouvido: “nunca se deve colocar todos os ovos em
uma mesma cesta”. Esse ditado é extremamente válido para os investimentos.
Até o título mais conservador de renda fixa pode ser caloteado. Mesmo a
poupança, o investimento que era considerado o mais conservador e seguro do Brasil
enfrentou tempos difíceis e perdas durante o governo Collor.
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aprendermos formas de diversificar nossa carteira de investimentos de maneira
adequada e deixá-la em piloto automático, fazendo pequenas alterações ao longo do
tempo, para termos 90% de retorno, do que estudarmos formas e metodologias
complexas de comprar na baixa e vender na alta (especulação), resultando em altas
taxas de corretagem e grandes chances de perda no longo prazo para apenas 10% de
retorno relativo.
Uma vantagem presente nesse método é que dificilmente vai ocorrer uma
situação no mercado na qual todos os ativos vão desvalorizar simultaneamente.
Situações que muitas vezes fazem o mercado de ações cair, valorizam a renda fixa e vice
versa, fazendo com que a carteira esteja sempre protegida de altas perdas através deste
fator de diversificação.
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fácil acompanhar e fazer as manutenções. Vamos usar um exemplo para entendermos
melhor.
Uma pessoa conservadora pode montar uma carteira de baixo risco seguindo os
seguintes percentuais: 60% investimentos conservadores (renda fixa), 30%
investimentos de risco moderado (Fundos multimercado, fundos imobiliários, entre
outros) e 10% em investimentos de risco mais expressivo (ações e ativos especulativos).
Após comprar os produtos de cada seção, ela decide fazer uma estratégia de aportes
mensais. No final do primeiro mês, quando ela recebe o salário, percebe que, com as
variações de mercado, as proporções dos percentuais mudaram. No dado mês, as ações
valorizaram muito e os percentuais ficaram da seguinte forma: 50% conservador, 20%
moderado e 30% arriscado.
Nessa situação, ele vai tentar buscar novamente o equilíbrio dos percentuais
iniciais, o que pode ser feito tanto colocando dinheiro "novo" do aporte mensal nas
partes que desvalorizaram (conservadoras e moderadas), ou até mesmo vendendo um
pouco do que valorizou muito (caso apenas o aporte mensal não seja suficiente para
corrigir os percentuais). Como as variações vão ocorrer com frequência, não há
necessidade de sermos tão rígidos a ponto de deixar sempre exatamente da forma
inicial, podemos definir uma margem de erro de 5% a 10%, para mais ou para menos, e
só fazermos o balanceamento quando a alteração ultrapassar esse valor.
Essa foi apenas uma breve abordagem do método da alocação de ativos. Quem
quiser se aprofundar um pouco mais pode ler o excelente livro "Alocação de ativos",
uma leitura muito agradável e rápida, de Henrique Carvalho, dedicado inteiramente ao
assunto.
Com todas as crises e instabilidades de governos e das garantias que antes eram
tidas como certas (INSS, CLT.), as pessoas têm se preocupado em entender questões
relativas às finanças, ficar no controle de seus investimentos e ativos sem delegar isso a
terceiros. Porém, com isso surge um problema: o mercado financeiro é extremamente
complexo e possui assunto suficiente para uma vida inteira de estudo dedicado, então
até que ponto vale a pena nos aperfeiçoarmos neste mercado?
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Eu diria que um ponto de partida inicial seria dividir as pessoas em dois perfis, as
que gostam de finanças e as que não gostam.
A boa notícia é que deveriam estudar apenas o suficiente para entender o básico
de planejamento financeiro, de como uma carteira de investimentos deveria ser
montada, entendendo ao menos o que são cada um dos ativos mais populares de renda
fixa e variável e o que elas deveriam esperar das características e retornos de cada um
deles. Com base nesses conhecimentos, terão discernimento para montar uma carteira
básica de renda fixa e variável por conta própria, ou para não serem enganadas por
consultores financeiros de índole duvidosa, em busca apenas de comissões maiores,
indicando produtos inadequados ao perfil ou necessidades do investidor. É possível
chegar nesse nível com apenas alguns meses de estudo. O objetivo desse livro, portanto,
é colocar os leitores no caminho certo.
Já as pessoas que gostam de finanças podem se capacitar cada vez mais, porém
é sugerido que façam isso com calma, sem dedicar necessariamente muito tempo e
recursos de uma só vez, já que o assunto vai ficando cada vez mais complexo, sendo
importante consolidarmos bem o conhecimento.
Por exemplo, uma pessoa que estudou muito sobre finanças a ponto de
conseguir durante vinte anos seguidos uma rentabilidade anual de 12%, mas conseguia
guardar por mês apenas R$500,00, terminou com o montante de R$432.314,65. Já uma
pessoa que apenas estudou o suficiente para entender o básico de finanças e aplicou no
mesmo período de vinte anos apenas em renda fixa, com uma rentabilidade anual de
6% (metade da do outro investidor), mas que se dedicou à carreira e conseguiu
aumentar sua renda, de modo a conseguir aportar um valor de R$1.500,00 por mês,
obteve um resultado de R$662.140,64.
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Nada impediria também que a segunda pessoa continuasse estudando finanças
com calma, e no decorrer dos anos fosse aplicando o montante de forma cada vez
melhor, resultando em um valor ainda mais expressivo.
Meu objetivo com isso é chamar atenção para um ponto principal. Muitas
pessoas que começam a estudar finanças acabam se empolgando com o tema, na ilusão
de que, se estudarem muito mais, ficarão ricas da noite para o dia apenas no mercado
financeiro, deixando de dar a devida atenção às suas atividades remuneradas principais.
É importante compreendermos que o conhecimento de finanças, quando bem aplicado,
na realidade, nos ajuda a multiplicar o patrimônio ganhado em nossa atividade principal.
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Capítulo XI - Escolha bem seus consultores e assessores
Assessores financeiros
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Vantagens e desvantagens dos Assessores financeiros
A grande vantagem é não ter que desembolsar valores adicionais para ter o
serviço do assessor, o que pode ser uma grande economia. Além disso, os assessores
podem estar vinculados a várias instituições, fazendo com que possuam uma ampla
gama de bons produtos a oferecer aos investidores.
Consultores financeiros
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Vantagens e desvantagens
Levando em consideração o que foi dito sobre ambos profissionais, seria razoável
sugerir às pessoas que possuem patrimônios menores, ou pouco valor para investir, o
trabalho dos assessores. Àquelas que já possuem grandes capitais e patrimônio
substancial podem ter grandes retornos investindo no trabalho de bons consultores.
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Capítulo XII - Escolhendo produtos para seus objetivos
Rentabilidade é tudo?
Quando entramos na parte prática, muita gente não tem ideia de por onde
começar, então, vou descrever abaixo o processo inteiro, partindo desde a definição do
objetivo até a escolha propriamente dita dos investimentos para ele.
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Ainda nesse mesmo exemplo, uma LCI que só pode ser resgatada em dois anos
também não seria ideal, visto que a emergência pode acontecer a qualquer momento e
precisaríamos do dinheiro imediatamente. Entretanto, se o objetivo fosse casar-se daqui
a dois anos, talvez a LCI já seria interessante, pois poderia nos dar uma rentabilidade
diferenciada e não iríamos utilizar o dinheiro antes do prazo.
É muito normal em cada momento de nossa vida termos vários objetivos, tanto
os de longo prazo, como a aposentadoria, quanto os de curto prazo, como trocar de
carro no final do ano. Para cada um deles vamos definir o montante que vamos aplicar
periodicamente, os produtos viáveis, de acordo com as características de cada um, e
acompanharemos constantemente para verificar se precisamos fazer alguma alteração
de percurso.
Vou listar abaixo alguns objetivos muito comuns e possíveis produtos viáveis de
acordo com as características de cada um (lembrando que não são indicações diretas de
compra, apenas demonstração de produtos, que por suas características técnicas,
podem ser boas opções iniciais de estudo para cada um dos objetivos).
Opções de produtos viáveis: baseado no que foi dito acima, boas opções podem
ser o tesouro SELIC, CDBs com liquidez diária, contas correntes remuneradas ou fundos
DI com baixa taxa de administração, visto que todos são produtos muito seguros, com
rentabilidade relativamente boa e altamente disponíveis para resgate.
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2 - Casamento: Este é um objetivo que muitas pessoas vão ter em algum
momento da vida. Para ele é necessário utilizar produtos seguros e líquidos, porém, se
a data do casamento estiver mais distante, com prazo para mais de dois anos, por
exemplo, podemos diversificar com alguns outros produtos.
Neste caso, devemos apenas mapear quanto do dinheiro vai precisar ser
utilizado para ir pagando as despesas antes do dia da festa (esses valores serão aplicados
nos produtos mais líquidos) e usar os produtos menos líquidos apenas para aqueles
gastos que serão pagos mais próximos do dia do casamento.
Opções de produtos viáveis: Como dito acima, boas opções podem ser o tesouro
Selic, CDBs com liquidez diária, contas correntes remuneradas e fundos DI com baixa
taxa de administração.
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5 - Independência financeira e/ou aposentadoria: Aqui, a questão é mais
complexa. Como é um objetivo a longo prazo (na maioria dos casos) que pode levar até
décadas para ser alcançado, ficamos livres para utilizar os mais variados tipos de
produtos, tanto de renda fixa, quando de renda variável, variando as proporções de cada
carteira de acordo com o perfil de risco de cada pessoa.
O primeiro passo é sempre definir o valor objetivo, ou seja, qual montante
precisaríamos para nos aposentar ou conseguir nossa independência financeira.
Com este valor calculado, o próximo passo é entendermos nosso perfil de risco.
Algumas pessoas possuem grande frieza em relação a investimentos e conseguem ver
grandes oscilações negativas no valor do patrimônio, mantendo a cabeça no lugar, pois
entendem que este é um comportamento natural do mercado. Já outras pessoas não
conseguem suportar a experiência de acessar mensalmente os ativos da carteira e ver
quedas constantes de cotações, que podem durar meses seguidos até chegar a época
de altas.
Como o acúmulo de patrimônio deve ser uma atividade prazerosa, até mesmo
para nos incentivar cada vez mais a poupar, é importante conhecermos a nós mesmos,
para que pessoas mais tolerantes a risco possam investir partes maiores da carteira em
ativos mais arrojados, que podem trazer mais retorno, e pessoas mais conservadoras
possam ter a maior parcela de sua carteira em ativos conservadores, que só aumentam
constantemente com rentabilidade e volatilidade mais controladas.
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que vejamos em que tipo de objetivo ele pode se encaixar, ou decidir se é um
investimento viável para o nosso planejamento.
Então seguem abaixo algumas das características mais importantes para nossa
análise:
Toda vez que investimos em algum produto, estamos cedendo nosso dinheiro
para que alguém faça algo com ele ou adquirindo algum tipo de ativo. Muitas pessoas
investem sem nem saber o que vai ser feito com o dinheiro e isso pode levar a erros
grosseiros, os quais poderiam ser facilmente evitados.
Então, sempre saiba o que será feito com seu dinheiro ao investir, pois esta já é
uma triagem inicial muito útil para entendermos melhor o produto em questão.
- O que vai ser feito com meu dinheiro se eu investir neste produto?
- Como a empresa emissora do título irá operar para me entregar esta
rentabilidade?
- Por que este produto está entregando uma rentabilidade tão acima da média?
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3 - Vencimento
4 - Liquidez
Sempre devemos saber de quais formas e em quais prazos nosso dinheiro estará
disponível, se precisarmos dele.
Devemos sempre saber todas as taxas que serão aplicadas sobre a nossa
rentabilidade e também como funciona o imposto de renda para o produto em questão
(ou se é isento de IR), desse modo, podemos fazer os cálculos de rentabilidade da forma
correta.
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6 - Rentabilidade
Cada produto possui um valor de aporte mínimo e muitas vezes isso pode acabar
sendo um fator de triagem. Devemos saber se este valor não estiver de acordo com
nosso planejamento ou com o percentual que o produto em questão deveria ocupar em
nossa carteira.
8 - Volatilidade
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Exemplos de perguntas a serem feitas para identificarmos esta característica:
9 - Riscos
Esta parte é um pouco subjetiva, pois muitas vezes os riscos não são
apresentados diretamente por quem está oferecendo o produto e cabe a nós, depois de
fazermos uma análise mais aprofundada, tentar entender a quais riscos estamos
expostos. Ainda assim é possível obter algumas informações as quais podem auxiliar
nossa análise.
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Capítulo XIII - O que seria uma boa estrutura financeira
O primeiro deles é a reserva de emergência. Já falei sobre isso neste livro, mas
repito, para que entendamos da melhor maneira possível que ela deve ter prioridade
sobre os outros projetos, uma vez que ao montarmos estratégias de investimento para
outros objetivos, estamos partindo do pressuposto que não vamos precisar resgatar o
dinheiro por causa de imprevistos. Então, na prática, se você ainda não tem recursos
suficientes para montar sua reserva de emergência, os outros projetos deveriam esperar
um pouco até que ela esteja estruturada.
O segundo passo, que deve ser dado em paralelo ao primeiro é contratar nossas
proteções (seguros de vida e planos de saúde), já que a reserva de emergência vai servir
para gastos pontuais e dificuldades financeiras de tempo mais curto. Para situações de
saúde gravíssimas, como invalidez, doenças graves, ou até mesmo o óbito, os recursos
da reserva de emergência serão insuficientes, sendo justamente as proteções que
oferecerão os recursos adicionais, evitando uma falência ou endividamento.
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Lembrando que essa é apenas uma sugestão dada pela minha experiência ao
fazer consultoria com centenas de famílias nos últimos anos, que se adequaria à maioria
dos casos. Mas, é importante que você analise seu caso individual, pois dependendo da
estrutura que cada pessoa tem (heranças a receber, cargos públicos com aposentadoria
integral, altos capitais acumulados), as sugestões de objetivos iniciais podem ser
readequadas.
Após definirmos quais objetivos serão nossas prioridades, tomando como base
o início deste capítulo, ao “meter a mão na massa”, praticamente qualquer objetivo
financeiro vai seguir, de forma geral e resumida, os passos a seguir:
Objetivos bem estruturados contém esses três pontos definidos. Por exemplo,
“Reformar a casa com R$80.000,00 em dois anos” ou “Casar com R$100.000,00 em 1
ano e meio”. Isso vai permitir que tenhamos clareza tanto em relação ao objetivo,
quanto em relação ao que precisaremos fazer para atingi-lo, além de facilitar a escolha
dos produtos que irão compor a carteira.
Para a maioria dos objetivos de curto prazo (menos de três anos), a maioria dos
produtos de renda variável mais arrojados não tendem a ser aconselhados, justamente
pela sua imprevisibilidade e volatilidade. Eles, normalmente, são muito úteis para
objetivos de longo prazo, como aposentadoria, ou objetivo de aumento de patrimônio
constante, sem prazo definido, já que, mesmo com muita volatilidade, no longo prazo a
tendência é se valorizarem bastante.
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3 - Fazer a triagem inicial de produtos viáveis
Nessa fase vamos efetivamente escolher quais produtos utilizar e qual será o
percentual de cada um dentro da carteira, selecionar as corretoras que aplicam as
menores taxas nos produtos e comparar as opções com melhor rentabilidade dentro da
mesma classe de ativo e nível de risco. Por exemplo, se dentre os produtos escolhidos
estão CDBs, iremos escolher dentre CDBs de bancos financeiramente saudáveis, cujo
aporte esteja adequado com a nossa realidade financeira e, em seguida, qual rende
mais. Iremos repetir isso para todos os produtos que escolhemos na triagem e pronto,
agora é só começar a aportar.
Não achei interessante disponibilizar um passo a passo com fotos porque cada
instituição possui interfaces diferentes e que são constantemente atualizadas, mas
todas seguem os passos que descrevi de forma geral acima. Além disso, existem
inúmeros vídeos em plataformas como o Youtube que conseguem demonstrar de forma
muito mais eficiente o processo de investimento pelas plataformas de bancos e
corretoras do que eu conseguiria fazer através deste livro.
5 - Acompanhamento e manutenção
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fazemos os aportes, para verificar se tudo está indo nos conformes. Caso algo mude
significativamente, basta fazermos as alterações necessárias de acordo com a estratégia
traçada inicialmente.
Nossa estrutura financeira, na maioria dos casos, vai possuir mais de um projeto,
realizados em paralelo e tendo uma carteira de ativos para cada um deles. Talvez
tenhamos, por exemplo, uma carteira bem diversificada de renda fixa e variável em
andamento para a aposentadoria, quando ao mesmo tempo, também possuiremos uma
carteira de produtos conservadores de renda fixa destinada a uma reforma no
apartamento daqui a dois anos, e também um valor em tesouro Selic e CDB de liquidez
diária para nossa reserva de emergência. Cabe a nós manter a organização de todos eles,
a fim de que os valores e produtos não se misturem.
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Capítulo XIV - Pontos de atenção
Nunca esqueçam isso. Na maioria dos casos não é a rentabilidade que vai ditar
qual investimento faremos, mas sim, quais as peculiaridades de nossos objetivos em
relação a risco, liquidez, vencimento e outros fatores. Após encontrarmos produtos que
atendam esses quesitos, podemos então escolher os mais rentáveis entre eles.
Assim sendo, da próxima vez que algum colega perguntar a você “Quanto está
rendendo a sua carteira?”, saiba que a probabilidade de ele ser um investidor iniciante
é muito grande. Um investidor mais experiente poderia perguntar primeiramente quais
são seus projetos atuais em relação aos investimentos e perfil de risco, para depois
tentar entender as peculiaridades da sua estratégia.
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Proteções são fundamentais
Uma das melhores formas de minimizar risco é não colocar todos os ovos na
mesma cesta. Até o produto mais conservador de renda fixa possui um risco de perdas
(por menor que seja), que pode ocorrer por falência da instituição emissora, mudança
de leis, intervenção governamental, entre outros fatores. Cabe a nós minimizar os
impactos diversificando nosso risco em produtos diferentes.
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afins), não devemos exclui-lo de imediato dos nossos planos, como se fosse uma
“roubada”, tampouco seremos levianos de investir nele sem fazermos uma análise mais
aprofundada da instituição emissora. Nesse caso também deveríamos perguntar para
algum consultor ou profissional do mercado financeiro, atuante na área, se conhece o
produto e se tem alguma ressalva em relação a ele.
A palavra “variável” não está no nome por acaso, se fosse possível garantir taxas,
seria renda fixa. Então, sempre desconfie muito de qualquer profissional ou instituição
que oferece produtos, fundos ou estratégias que GARANTAM retorno X ou taxa Y, em
renda variável. Nesta modalidade, é possível estimar, aumentar probabilidades ou
reduzir riscos, porém nunca garantir. A maioria das “grandes oportunidades” que
surgiram em renda variável nos últimos anos, com retorno “garantido em contrato
acima da média”, acabaram se provando esquemas de pirâmide ou fraudes que fizeram
os investidores perderem todo seu dinheiro. Esses esquemas sempre funcionam em
curto prazo, fazendo com que os investidores baixem a guarda e comecem a investir
cada vez mais, mas em longo prazo a conta chega.
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Capítulo XV – Isso é apenas o começo
Muito obrigado por ter concluído esta leitura! Espero que tenha conseguido
ajudar você a estar mais capacitado para desenvolver as suas próprias estratégias de
investimento, montar sua carteira e analisar o mercado financeiro a fim de potencializar
seus resultados no longo prazo.
Este livro teve como objetivo ser uma leitura rápida e eficiente, por isso, preferi
me aprofundar mais na parte estratégica e estrutural do que em produtos de forma mais
específica. Também deixo minhas sugestões para que vocês pesquisem mais a fundo
cada produto escolhido, a fim de que possam entender suas características, controlar
seus riscos e aproveitar todos os benefícios que eles possam oferecer.
Sigam os perfis:
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Reflexão
“Dinheiro é apenas uma ferramenta. Ele irá levá-lo onde quiser, mas não vai
substitui-lo como motorista” Ayn Rand
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Referências
ARCURI, N. Canal "Me Poupe" no Youtube. Youtube, 2020. Disponivel em:
<https://www.youtube.com/channel/UC8mDF5mWNGE-Kpfcvnn0bUg>.
FARIA, F. Aprenda o Buy and Hold - O Guia Definitivo. [S.l.]: [s.n.], 2020.
NIGRO, T. Canal "O Primo Rico" no Youtube. Youtube, 2020. Disponivel em:
<https://www.youtube.com/user/thigas>.
PERINI, B. Canal "Você mais rico" no Youtube. Youtube, 2020. Disponivel em:
<https://www.youtube.com/channel/UCCE-jo1GvBJqyj1b287h7jA>.
REIS, T.; TOSETTO, J. Guia Suno de contabilidade para investidores. [S.l.]: Vivalendo,
2018.
RENDA Fixa e Valores Mobiliários. Site da B3, Março 2020. Disponivel em:
<http://www.b3.com.br/pt_br/produtos-e-servicos/registro/renda-fixa-e-valores-
mobiliarios/>.
RENDA Variável. Site da B3, março 2020. Disponivel em:
<http://www.b3.com.br/pt_br/produtos-e-servicos/negociacao/renda-variavel/>.
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