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Análise descritiva sobre o filme A Inquilina de 2010 protagonizado por Hilary swank e Jeffrey

Dean Morgan de Antt Jonikem

Nenhum filme de mistério moderno passa sem se espelhar no antigo mestre do suspense
Alfred Hitchcock. Desde as sombras quando cai a noite até a falsa sensação de que se está a
salvo quando as luzes estão acesas ou a luz do dia ainda predomina. O grande trunfo de tal
história vem do fato de trazer como protagonista uma mulher recém separada enfrentando
perigos que ameaçam os solitários por alguma razão. Semelhantemente a trama hitchcockiana
Psicose, temos uma mulher bonita com um bom emprego mas longe do amado. Por alguma
razão o relacionamento estava um desastre, seja por uma traição como no caso do filme de
2010, seja pela impossibilidade de um casamento imediato como exigiam os anos 50 por
condições financeiras. Ambas as mulheres estão sós, espreitadas por maníacos disfarçados de
amigos que se sentem atraídos por elas e tem passados cheios de traumas e mortes de
parentes. Assim como o simpático gerente Norman Bates do filme original, o zelador e dono do
prédio, Max, é sorridente educado reservado e dono de um comportamento oculto muito
sinistro. Gosta de espionar a moça por trás das paredes da velha casa onde está o
apartamento que ele lhe aluga. Tem forte atração por ela e isso desencadeia a explosão de
seus segredos. Há momentos do filme que mesmo as roupas dos personagens se parecem. Há
também uma figura mais velha sinistra que pode inspirar até um certo mal estar. No caso de
Norman, a mãe inválida de quem se ouve mais a voz e, no novo filme, o avô doente quase
inválido que repreende o neto pelo comportamento ciumento e com tendência a perversão.
Todos os dois maníacos disfarçados vão piorando ao longo do filme e tem perdas significativas
de pais na infância. A mãe de Norman sempre lhe rebaixa e maltrata. Ao menos se pensa isso.
O avô de Max, o personagem de Jeffrey Dean Morgan, a princípio nos faz acreditar que ele
implica com o neto e é um velho ameaçador. Mas logo vemos nos dois casos que a ameaça
está por trás de um rosto doce e sorridente, o rosto de um homem sempre acusado de ser ruim
, mas é porque herdou… porque é ou se tornou após internalizar tantas acusações por causa
de um passado que não teve culpa? Um caso a se pensar. Um fim semelhante aguarda esses
protagonistas . As moças são atacadas quando a personalidade perturbada de cada um entra
em cena e até Lila, a irmã de Marion do filme de 1960, sofre com a perseguição da “família” de
Norman. São filmes que mostram como é perigoso quando o desejo e o comportamento
maníaco se cruzam.

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