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DIREITO PÚBLICO
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MÓDULO 8:

BRASILEIRO: EVOLUÇÃO ELEITORAL


CONSTITUCIONAL
TEORIA GERAL DO
DIREITO ELEITORAL

TEMA 02 – FORMAÇÃO DEMOCRÁTICA DO ESTADO


Aula I - Democracia Constitucional e
seu Sistema Eleitoral

TEXTO

Entendemos como Estado Democrático de Direito aquele regido por uma norma
jurídica suprema, ou seja, por uma Constituição, que é considerada como um dever-

ser imposto àquele que exerce o poder político. Diz-se democrático pois o poder é do
povo, para o povo e pelo povo.

Para que seja possível identificar o ambiente de um Estado democrático de direito, o

primeiro elemento a ser observado é a rigidez de sua Constituição, elemento este


responsável por exigir procedimentos específicos para alteração do texto

constitucional, impondo àquele que exerce o poder político a observância das normas
que se referem ao procedimento de mudança, além de todas as demais. Em nossa

Constituição Federal de 1988, a rigidez constitucional poderá ser deduzida através da

leitura do art. 60 da CF/88, que prevê um procedimento rígido de reforma do texto


constitucional:
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“ Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:


I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou
do Senado Federal;
II - do Presidente da República;
III - de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da
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Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus


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membros. “
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Já o segundo elemento que deverá ser observado é a existência da separação de

Poderes que se justifica pois, uma vez que a norma jurídica é feita pelo Estado que, por
sua vez, é também destinatário de seus comandos, é necessário que existam poderes
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independentes e harmônicos entre si capazes de interagir e garantir o cumprimento


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da Constituição através mecanismo de freios e contrapesos. A nossa Constituição
Federal prevê a separação de poderes em seu art. 2º:

Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o


Legislativo, o Executivo e o Judiciário.

Seguindo, uma Constituição dita democrática deverá trazer, ainda, um rol de direitos

e garantias fundamentais, de modo que estabeleça equilíbrio entre os princípios e


valores de igualdade e liberdade. Nosso texto constitucional apresenta um extenso rol

de tais direitos e garantias fundamentais, do qual podemos tomar como exemplo o


direito à vida, à liberdade, à privacidade e à propriedade (ver o Título II da CF/88 – arts.

5° a 17).

Deverá trazer, por fim, mecanismos efetivos de consulta popular, feita de forma
periódica, para que seja possível que o povo, de tempos em tempos, seja consultado

no sentido de introduzir no sistema as suas convicções ideológicas e ditar o caminho


que deverá ser seguido pelo Estado.

Os mecanismos utilizados no Estado poderão ser tanto de democracia direta quanto

indireta, feita através da escolha de representantes.


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Para que isso seja possível, o sistema eleitoral deverá contar com alguns elementos
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essenciais:

(I) Periodicidade das eleições e dos mandatos eletivos: o povo deverá manifestar seu
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interesse de tempos em tempos, confirmando suas convicções ou as reformando.


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(II) Reconhecimento universal de quem está apto ao exercício dos direitos políticos
(reconhecimento da capacidade eleitoral ativa e passiva): o Estado deverá reconhecer
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quem são os cidadãos aptos a receber votos e a votar. Entretanto, é importante


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mencionar que não poderá existir discriminação no que se refere à convicção religiosa,
raça, gênero, credo, posição social, etc.

(III) Mecanismo para financiamento e controle de arrecadação e gastos nas campanhas

eleitorais: o sistema eleitoral deverá prever de forma clara e precisa quais são as fontes
de financiamento das campanhas eleitorais, para que não existam abusos e a

campanha seja feita de forma mais paritária possível.

(IV) Normas de acesso aos meios de comunicação e regulação da propaganda e


comunicação durante as campanhas: deve-se garantir o acesso às informações.

(V) Limitações ao exercício do poder político durante o período eleitoral: aqueles que

concorrem e que já estão inseridos na Administração Pública, no exercício de cargo


eletivo, deverão ser contidos para que, durante o período de campanha eleitoral, não

abusem de instrumentos públicos para a sua promoção.

(VI) Forma e estrutura do voto e formula eleitoral adequada para refletir a


representação de todos: o Estado deverá dizer como o povo votará, garantindo voto

secreto, universal e periódico, e garantindo, ainda, que o sistema de computo seja


capaz de refletir no governo as ideologias da maneira e da forma em que se
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apresentam na sociedade. Deverá existir, inclusive, a representação das minorias.


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(VII) Mecanismos de proteção da eficácia da decisão eleitoral (fidelidade partidária): o


resultado das urnas deverá ser efetivamente implementado e, sendo assim, caso um
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partido eleja 10 representantes, deverá governar com 10 e, caso um dos seus saia do
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partido, deverá perder seu mandato.

(VII) Mecanismos que fomentem a paridade de gênero na representação política:


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deverão existir ações afirmativas para a inclusão de mulheres na política.


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LEITURA COMPLEMENTAR

“ Por se tratar de assunto de fundamental importância, o tema da separação de


poderes tem sido objeto de considerações ao longo da história por grandes

pensadores e jurisconsultos, dentre os quais podemos citar Platão, Aristóteles, Locke,


Montesquieu, entre outros, que culminaram no modelo tripartite conhecido

atualmente, inclusive como princípio constitucional no ordenamento jurídico brasileiro


(artigo 2º), também utilizado na maioria das organizações de governo das democracias

ocidentais, consagrado com a inserção do artigo 16 da Declaração Francesa dos


Direitos do Homem e do Cidadão, nos idos de 1789. O modelo tripartite atual consiste

em atribuir a três órgãos independentes e harmônicos entre si as funções Legislativa,


Executiva e Judiciária. (...) “

Para íntegra do texto, segue link abaixo:

Princípio da Separação de Poderes em corrente tripartite

LEGISLAÇÃO

Constituição Federal
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Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:


I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado

Federal;
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II - do Presidente da República;
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III - de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação,


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manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.

Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o


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Executivo e o Judiciário.
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JURISPRUDÊNCIA

Acórdão STF ARE-AgR-1.014.959 20 de abril de 2017

Relator: EDSON FACHIN


AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO.

INTERPOSIÇÃO EM 24.1.2017. DIREITO ADMINISTRATIVO. CEMITÉRIOS PÚBLICOS.


EXISTÊNCIA DE SUPERLOTAÇÃO E CLANDESTINIDADE. AUSÊNCIA DE CONDIÇÕES DE

HIGIENE. RISCO À SAÚDE PÚBLICA. DETERMINAÇÃO AO MUNICÍPIO PARA


CONSTRUÇÃO DE NECRÓPOLE. SEPARAÇÃO DE PODERES. INEXISTÊNCIA DE OFENSA.

1. É firme o entendimento deste Tribunal de que o Poder Judiciário pode, sem que
fique configurada violação ao princípio da separação dos Poderes, determinar a

implementação de políticas públicas nas questões relativas ao direito constitucional à


saúde. 2. Agravo regimental a que se nega provimento, com previsão de aplicação da

multa prevista no art. 1.021, § 4º, do CPC. Inaplicável o artigo 85, § 11, CPC, por se tratar
de recurso oriundo de ação civil pública. (ARE 1014959 AgR, Relator (a): Min. EDSON

FACHIN, Segunda Turma, julgado em 20/04/2017, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-089

DIVULG 28-04-2017 PUBLIC 02-05-2017).

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MENDES, Gilmar Ferreira; COELHO, Inocêncio Mártires; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet.
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SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional positivo. 33ª ed. atual. São

Paulo: Malheiros, 2010.

SILVA, José Afonso da. Comentário contextual à Constituição. São Paulo: Malheiros,
2005.
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