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Módulo:

Administrativo
Teoria Geral do Direito

Módulo: Classificações
Módulo:
Tema 03:

Estruturação da Justiça Eleitoral e o Minis-


tério Público Eleitoral na Constituição da
República Federativa do Brasil

Aula 01 – Organização da Justiça Eleitoral

A Justiça Eleitoral brasileira é um ramo especializado do Poder Judiciário da


União, possuindo regras, competências e organização próprias. Diante disso, o seu quadro
de servidores (Técnicos e Analistas Judiciários) é regido pela Lei 8.112/1990 (que dispõe
sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fun-
dações públicas federais).
O Poder Judiciário da União é integrado pela Justiça do Trabalho, Justiça Eleito-
ral, Justiça Federal e Tribunais Superiores. Sendo assim, ao ser aprovado para o cargo de
Técnico ou Analista Judiciário de Tribunal Regional Eleitoral ou Tribunal Superior Eleitoral,
por exemplo, pode-se pleitear a redistribuição para qualquer um desses órgãos, atendidos
os critérios estabelecidos na legislação vigente.
Em que pese o art. 120 da Constituição Federal de 1988 estabelecer que haverá um
Tribunal Regional Eleitoral na Capital de cada Estado e no Distrito Federal, deve ficar claro
que a Justiça Eleitoral é única, sendo permitido aos seus servidores pleitear remoções ou
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redistribuições entre todos os tribunais eleitorais do país.


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Peculiaridade marcante na Justiça Eleitoral é o fato de não contar com quadro


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próprio de magistrados. Na primeira instância, a função de juiz eleitoral é exercida pelo


juiz de direito, integrante da magistratura estadual. Nos Tribunais Regionais Eleitorais e no
Tribunal Superior Eleitoral, a composição é híbrida, com representantes da magistratura
(órgãos variados) e advogados.
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Importante argumento que sustenta essa prática é o de que o magistrado estadual


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se encontra em melhores condições para avaliar as diversas situações de cunho eleitoral


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que lhes são submetidas, haja vista estarem mais próximos das ocorrências nos municí-
pios, bem assim compreenderem melhor o meio social e político que os rodeiam.
É importante esclarecer, ainda, que o Ministério Público não integra a Justiça Elei-
toral, sendo órgão independente, com autonomia funcional e administrativa, nos termos
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do art. 127 da Constituição Federal. Os membros do Ministério Público sequer integram a


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composição dos Tribunais Eleitorais brasileiros.


A Constituição Federal de 1988, em seu art. 118, informa quais são os órgãos

Teoria Geral do Direito Eleitoral Tema 03 –Estruturação da Justiça Eleitoral e o Ministério


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que compõe a estrutura da Justiça Eleitoral:
Art. 118. São órgãos da Justiça Eleitoral:

I – o Tribunal Superior Eleitoral;

II – os Tribunais Regionais Eleitorais;

III – os Juízes Eleitorais;

IV – as Juntas Eleitorais.

1.2. Organização da Justiça Eleitoral


A Constituição Federal de 1988, em seu art. 121, dispõe que lei complementar dis-
porá sobre a organização e competência dos tribunais, dos juízes de direito e das juntas
eleitorais.
Art. 121. Lei complementar disporá sobre a organização e competência dos
tribunais, dos juízes de direito e das juntas eleitorais.

Em que pese o mandamento constitucional, deve ficar claro que o Código Eleitoral
vigente, publicado em 1965 (pretérito à CF/88), foi criado por meio de lei ordinária.
Diante desse fato, pergunta-se: sabendo-se que o Código Eleitoral foi criado
como lei ordinária e que vários de seus artigos dispõem sobre organização e competência
da Justiça Eleitoral (a exemplo dos artigos 12 ao 41), pode-se afirmar que o Código Eleito-
ral não foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988?
Apesar do aparente conflito formal entre o Código Eleitoral (lei ordinária) e a espé-
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cie legislativa exigida pelo art. 121 da Constituição Federal (lei complementar), o Tribunal
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Superior Eleitoral decidiu que “a matéria relativa à organização e funcionamento dos tribu-
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nais eleitorais, disciplinada neste código, foi recepcionada com força de lei complementar
pela vigente Constituição (CF/1988, art. 121)”.
Em outras palavras, pode-se afirmar que o Tribunal Superior Eleitoral en-
tende que, atualmente, os artigos 12 ao 41 do Código Eleitoral foram recepcionados pela
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Constituição Federal de 1988 com status de lei complementar. Por sua vez, os demais
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dispositivos do Código de 1965 continuam com status de lei ordinária.


Ac.-TSE, de 29.2.1996, no REspe nº 12641 e, de 23.8.1994, na MC nº 14150:
a matéria relativa à organização e funcionamento dos tribunais eleitorais,
disciplinada neste código, foi recepcionada com força de lei complementar
pela vigente Constituição (CF/1988, art. 121).
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Exemplo:
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Suponhamos que o Congresso Nacional tenha interesse em alterar o artigo


14 do Código Eleitoral, que estabelece que “os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo

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justificado, servirão obrigatoriamente por dois anos, e nunca por mais de dois biênios
consecutivos”.
Nesse caso, para que o prazo de exercício das funções eleitorais seja alterado para
três anos, torna-se necessária uma lei complementar, já que o tema versa sobre organi-
zação da Justiça Eleitoral. De outro lado, se o objeto de alteração for qualquer outro artigo
do Código Eleitoral, que não esteja relacionado entre os artigos 12 ao 41, o instrumento
legislativo a ser utilizado é a lei ordinária (que pode ser aprovada com um quórum menor,
de maioria simples ou relativa).

Leitura Complementar
Postulado básico da democracia é a soberania popular, solenemente pro-
clamado, entre nós, pelo parágrafo único, do art. 1º da Lei Fundamental em
vigor: “Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes
eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”.
Para que se obtenha, de forma real, o respeito ao princípio, cumpre ter em
conta se a manifestação da vontade coletiva se encontra escoimada de
vícios, capazes de deformá-la.
Ciosas, as constituições cuidam de estabelecer mecanismos destinados
a velar pela legitimidade da expressão da vontade do povo. A esse res-
peito, FÁVILA RIBEIRO,comparando os diversos ordenamentos, destaca a
presença de três sistemas, quais sejam o: a) da verificação de poderes; b)
eclético; c) jurisdicional. O primeiro consiste em confiar aos órgãos legis-
lativos o mister de deliberar acerca da validade dos resultados eleitorais.
No autorizado dizer de SANTI ROMANO, tal “competência, que é designada
com o nome de verificação dos poderes, é uma aplicação do princípio da
autonomia, o qual pretende que a qualidade de membro da Câmara, visto
que não depende da própria Câmara, seja por ela pelo menos reconhecida”.
Recuando suas raízes nos estados gerais de 1588, como uma concessão
do poder real, passou, na Inglaterra do Século XVII, a constituir atributo da
Câmara dos Comuns. Operava, na praxe britânica, como uma maneira de
resguardar o Parlamento da influência despótica do monarca, asseguran-
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do, com isso, a independência daquele perante a Coroa. Preocupados com


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o abuso de poder do Executivo, dado o exemplo ministrado pelo absolu-


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tismo reinante no continente europeu, cujos efeitos lhes eram repassados


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pela metrópole, os habitantes das treze colônias da América do Norte, além


da adoção da República como forma de governo, cuidaram de buscar a re-
dução do arbítrio dos governantes mediante a divisão das funções estatais
entre órgãos independentes e harmônicos entre si.
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Para leitura do texto


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na íntegra, clique aqui:


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Art. 118. São órgãos da Justiça Eleitoral:
I - o Tribunal Superior Eleitoral;
II - os Tribunais Regionais Eleitorais;
III - os Juízes Eleitorais;
IV - as Juntas Eleitorais.

Art. 120. Haverá um Tribunal Regional Eleitoral na Capital de cada Estado e no


Distrito Federal.
§ 1º - Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão:
I - mediante eleição, pelo voto secreto:
a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça;
b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça;
II - de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no
Distrito Federal, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribu-
nal Regional Federal respectivo:
III - por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advo-
gados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça.
§ 2º - O Tribunal Regional Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente-
dentre os desembargadores.

Art. 121. Lei complementar disporá sobre a organização e competência dos tribu-
nais, dos juízes de direito e das juntas eleitorais.

Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdi-


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cional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos


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interesses sociais e individuais indisponíveis.


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Jurisprudência
Súmula STF nº 72/1963: “No julgamento de questão constitucional, vinculada a
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decisão do Tribunal Superior Eleitoral, não estão impedidos os ministros do Supremo Tri-
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bunal Federal que ali tenham funcionado no mesmo processo, ou no processo originário”.

Bibliografia
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Gilmar Ferreira. Comentários a Constituição do Brasil. São Paulo: Saraiva/Almedina, 2013.

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MORAES, Alexandre. Direito Constitucional Administrativo. São Paulo: Atlas.

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Paulo: Malheiros, 2010.

SILVA, José Afonso da. Comentário contextual à Constituição. São Paulo: Malhei-
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