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comedias-
romantica
O Cangaço no Cinema
de-
natal/)
CINÉFILOS  01 fev 2021 | Por Theo Sales (theo.carvalho@usp.br)
 24 dez
2017
A paisagem árida marcada pela seca, as matas espinhosas da
caatinga, cavalos, tiros, muita violência e, detalhe importante, os
chapéus de couro deram origem a um gênero de destaque no
(https:// Netflix: 'A
festa-
cinema brasileiro: os filmes de cangaço. Baseando-se nesse de-
Festa de
fenômeno notável da história brasileira, os cineastas produziram formatu Formatura
diversas películas com esse tema, as quais caracterizaram esse – Um
movimento de diversas formas, ora como assassinos cruéis, ora espetáculo
como rebeldes injustiçados (ou ambos). digno da
Ponto polêmico sobre como retratar os cangaceiros Broadway
(http://jornalismojunior.com.br/o-contraste-do-cangaco-no- (https://jo
caminho-do-sertao/), a verdade é que a imagem deles permeia o festa-de-
imaginário popular brasileiro, sobretudo nordestino. Virgulino formatura
Ferreira da Silva, vulgo Lampião, até hoje é lembrado como um herói  17 dez
2020
do povo sertanejo, por vezes tratado como uma espécie de Robin
Hood do Sertão, que roubava dos ricos para dar aos pobres. Seja
como fosse, os cangaceiros eram homens que podiam ser muito (https:// Se você
bem caracterizados pela máxima de Euclides da Cunha: “o sertanejo voce-
quiser-
quiser
é, antes de tudo, um forte”.
alguem- alguém
Alguns historiadores e pesquisadores do assunto definem o em quem
movimento como sendo uma forma de banditismo social, isto é, os confiar,
cangaceiros eram fruto das injustiças e das condições sociais da confie em
época. Eram pessoas que buscavam, por meio da violência e da si mesmo
rebeldia, um meio de sobrevivência e, por vezes, de vingança.
(https://jo
Nas representações artísticas e culturais, essa imagem acabou por voce-
ser associada à luta pela liberdade e contra a desigualdade. Formou- quiser-
se uma representação do sertanejo mazelado, mas forte, que alguem-
em-
(https://www.facebook.com/jornalismojunior/) (https://twitter.com/jornalismojr)
poderia lutar e mudar de vida. Se o movimento de fato representou quem-
(https://www.youtube.com/user/jornalismojr)
isso ou não, cabe aos historiadores decidirem, porém foi essa a confiar-
(https://www.instagram.com/jornalismojunior/)
imagem que ficou para grande parte das pessoas. confie-
Tema recorrente na literatura brasileira, o Cangaço deu vida a em-si-
(https://jornalismojunior.com.br) Sala de imprensa
personagens como Cabeleira, protagonista do livro homônimo
(https://jornalismojunior.com.br/sala-de- mesmo/)

escrito pelo cearense Franklin Távora. Esse mesmo cangaceiro foi  09 abr
imprensa/)
ressuscitado recentemente Fale no primeiro
com a filme brasileiro da Netflix,
gente
O Matador (2017) (http://jornalismojunior.com.br/o-matador/),
(https://jornalismojunior.com.br/fale-com-a-
que
pode ser citado como um dos gente/)
mais recentes do estilo faroeste
(https:// Já
assistiu-
inspirado no Cangaço. A Jornalismo Júnior (https://jornalismojunior.com.br/a- ao- assistiu
jornalismo-junior/) melhor- ao
fil melhor
Documentários — As realidades do Cangaço filme do
ano
Um dos primeiros e mais importantes filmes de cangaço se trata do
passado?
documentário Lampião, o Rei do Cangaço (1937), filmado por
Benjamin Abrahão, um fotógrafo libânes. A importância desse
(https://jo
documento se deve ao fato de serem as únicas imagens em assistiu-
movimento do bando de Lampião, sendo portanto um registro ao-
histórico fundamental para estudar e compreender o movimento. melhor-
filme-do-
Nas cenas pode-se ver os cangaceiros realizando as atividades
ano-
regulares como rezar, carregar água para os acampamentos, correr
passado/)
a cavalo pelas matas da caatinga e até mesmo assistir aos casais
 29 dez
dançando forró. O fotógrafo foi bem recebido pelo bando, que 2013
brincava e sorria para a câmera nas gravações.

(https:// O artista
artista-
e-sua-
e sua
musica/ música
(https://jo
artista-e-
sua-
musica/)
 28 set
2008

MAIS LIDAS
Os cangaceiros sorrindo para a câmera. [Imagem: Reprodução/Aba Film]

Sem se preocupar em como retratar e construir a história daquelas


pessoas, o curta-metragem, que não tem sons, cumpre a função de
mostrar os cangaceiros do bando de Lampião em suas atividades
diárias. Animais
(https://www.facebook.com/jornalismojunior/) (https://twitter.com/jornalismojr)
Um registo único na história, as imagens capturadas por Benjamin esportistas nas
(https://www.youtube.com/user/jornalismojr)
telonas
foram posteriormente usadas em vários filmes de cangaço, tanto (https://www.instagram.com/jornalismojunior/)
em ficções quanto em documentários. Sua singularidade concedeu
ao curta-metragem uma representatividade
(https://jornalismojunior.com.br) Sala de imprensa e importância que
nenhum outro possui. (https://jornalismojunior.com.br/sala-de- Galãs
 feios no
imprensa/) cinema: 15
Durante o governo de Getúlio Vargas, no ano em que se daria o
Fale com
golpe do Estado Novo, a película foi a gente apreendida e
censurada, nomes que
permaneceu por anos guardada(https://jornalismojunior.com.br/fale-com-a-
nos porões da ditadura. Foi personificam
gente/) esse conceito
somente em 1955 que o filme veio a ser resgatado e reeditado, com
A Jornalismo Júnior (https://jornalismojunior.com.br/a-
uma duração de 10 minutos e com narração. Mais recentemente,
jornalismo-junior/)
em 2007, a Cinemateca Brasileira
(http://jornalismojunior.com.br/cinemateca-brasileira-a-cultura- Lançamentos
cinematografica-pede-socorro/) restaurou o material de 55. Hoje,
as imagens gravadas podem ser vistas pelo Youtube. Netflix: A
(https://www.youtube.com/watch?v=lmqd-ijH2cQ) esperança e a
delicadeza de ‘O
Farol das Orcas’

Co eo es a
história que
Descobrir Cinema
inspirou O
Poderoso Chefão
e os estereótipos
da comunidade
italiana

Benjamin Abrahão aperta a mão de Lampião. [Imagem: Reprodução/Aba Film] Personagem

Desde então, diversos documentários foram produzidos sob


diversas perspectivas para retratar o Cangaço do ponto de vista
Hannibal Lecter:
histórico. Memória do Cangaço (1964) traz relatos de policiais e
a dissecação
cangaceiros que lutaram de ambos os lados nos confrontos
armados, tentando mostrar as origens tanto do movimento, quanto
completa
dos homens que fizeram parte dele. Ao longo do filme são usadas
também as imagens gravadas por Benjamin Abrahão.

Um documentário mais recente, de 2010, Os Últimos Cangaceiros


(https://www.youtube.com/watch?v=EzK-RcnkGg8) mostra
Durvalina Gomes de Sá, a Durvinha, e Antônio Inácio da Silva, uma
vez conhecido como Moreno, ambos ex-integrantes do grupo de
Lampião. Os dois, já idosos, contam suas experiências do tempo do
cangaço, como era a vida no bando e como sobreviveram para
contar a história.
Diferentemente da maioria dos cangaceiros, a dupla conseguiu
permanecer viva por muito tempo, (https://www.facebook.com/jornalismojunior/)
Moreno faleceu em 2010 aos (https://twitter.com/jornalismojr)
(https://www.youtube.com/user/jornalismojr)
100 anos de idade e Durvinha morreu em 2008 aos 93 anos. Após o
(https://www.instagram.com/jornalismojunior/)
assassinato da maioria do grupo, os dois fugiram e até mudaram
seus nomes para não sofrer perseguições. Pela maior parte do
(https://jornalismojunior.com.br) Sala de imprensa
tempo, a antiga vida deles permaneceu em segredo até mesmo dos
próprios filhos.
(https://jornalismojunior.com.br/sala-de- 
imprensa/)
Já perto do final de suas vidas, Durvinha
Fale e Moreno acabam por
com a gente
revelar aquele período que tanto os marcou. O documentário foca
(https://jornalismojunior.com.br/fale-com-a-
no relato dos dois, mas ainda gente/)
assim traz um panorama do Cangaço a
A cangaceiros,
partir do relato dos Jornalismo como
Júnior (https://jornalismojunior.com.br/a-
também de outras pessoas
jornalismo-junior/)
envolvidas. Mostrando o lado pessoal e como a dupla passou a
enxergar aquela fase de suas vidas, o longa é de grande valor para
quem quer entender o movimento.

Os Últimos Cangaceiros - Trailer

Outros documentários vieram a ser produzidos para ilustrar as


diversas facetas do cangaceirismo, sendo uma das mais importantes
a faceta feminina. Vários filmes deram ênfase às mulheres que
integraram o movimento, dando destaque principalmente a Maria
Bonita e a Dadá, as mais famosas cangaceiras.

O começo do Cangaço pode ser rastreado para cerca do século


XVIII, porém, o primeiro registro de uma mulher entre os homens
desse movimento só foi conhecido em 1930, com a entrada de
Maria Gomes de Oliveira, a Maria Bonita, no bando de Lampião. A
história dessas mulheres pode ser vista no documentário Feminino
(https://www.facebook.com/jornalismojunior/)
Cangaço (2016) (https://www.youtube.com/watch? (https://twitter.com/jornalismojr)
(https://www.youtube.com/user/jornalismojr)
v=wsTCQ7LOeds).
(https://www.instagram.com/jornalismojunior/)
Apesar de ser casada com outro homem, ela se apaixonou pelo líder
dos cangaceiros e aceitou fugir
(https://jornalismojunior.com.br) Salapor
delivre vontade com o grupo.
imprensa
Porém, não era sempre assim que ocorriam as relações entre os
(https://jornalismojunior.com.br/sala-de- 
cangaceiros e as mulheres. Muitos dos homens eram extremamente
imprensa/)
violentos e cometiam estupros Falee com
raptos. Dadá, uma das mais
a gente
conhecidas cangaceiras, foi (https://jornalismojunior.com.br/fale-com-a-
raptada por Corisco e permaneceu na
casa de uma tia dele até quegente/)Lampião permitisse a entrada de
mulheres no bando. A Jornalismo Júnior (https://jornalismojunior.com.br/a-
jornalismo-junior/)
Segundo mostra o longa, com a integração de mulheres ao grupo, os
homens passaram a respeitar mais e a diminuir a violência.
Contudo, episódios como o do assassinato de uma das cangaceiras
por trair um dos cangaceiros continuaram a acontecer.

Apesar de Virgulino e da maioria do grupo morrer em 1938 na


Grota dos Angicos, Corisco, um dos principais líderes, permaneceu
vivo junto a Dadá, com quem se casara. Em 1940, o Diabo Louro,
como Corisco era conhecido, morre também, porém Sérgia Ribeiro
da Silva, vulgo Dadá, continua viva até 1994.

A ex-cangaceira deu entrevistas ainda em vida e um documentário


sobre sua vida foi lançado em 2019: Assim Era Dadá – A Vida Pós
Cangaço de Sérgia da Silva Chagas
(https://www.youtube.com/watch?v=rlo0A2bMKZU), produzido
pelo Centro de Estudos Euclydes da Cunha. Nele, é possível
aprender sobre a história dessa mulher que foi vítima e parte do
movimento dos cangaceiros.

Ficção
No terreno da ficção e da imaginação, o cangaceirismo tomou vários
rumos nas telas de cinema, sendo o mais conhecido deles o
Nordestern, uma referência aos Westerns, os filmes dos cowboys
americanos, também conhecidos como faroestes. O estilo foi
amplamente explorado pelos diretores brasileiros, que criaram uma
versão abrasileirada dos longas estadunidenses. Com um cenário
árido semelhante, os homens montados a cavalo e as cenas de
tiroteio, muitas semelhanças foram mantidas nesses faroestes
brasileiros.

Dirigido por Lima Barreto, O Cangaceiro (1953)


(https://www.youtube.com/watch?v=oOumq-kWf-Y) foi o filme que
deu início a esse gênero. Baseando-se bastante em Lampeão e seu
grupo, a história desse longa-metragem retrata Teodoro (Alberto
Ruschel) — um cangaceiro do bando do Capitão Galdino Ferreira
(https://www.facebook.com/jornalismojunior/)
(Milton Ribeiro) — que se apaixona por uma professora raptada pelo (https://twitter.com/jornalismojr)
(https://www.youtube.com/user/jornalismojr)
líder do grupo. Teodoro ajuda a professora a fugir e é perseguido
(https://www.instagram.com/jornalismojunior/)
por seus ex-companheiros.

Nessa trama, os cangaceirosSala


(https://jornalismojunior.com.br) são retratados
de imprensacom bastante violência
e crueldade, com exceção de(https://jornalismojunior.com.br/sala-de-
Teodoro, que teve educação quando 
criança e incorpora o mocinho, tal qual nos westerns. Enquanto isso,
imprensa/)
os demais membros permanecem como
Fale com a brutos
gente até o fim.
(https://jornalismojunior.com.br/fale-com-a-
Apesar de ser um filme de cangaço, um movimento que nunca saiu
gente/)
do sertão nordestino, o longa-metragem foi filmado no interior de
A Jornalismo Júnior (https://jornalismojunior.com.br/a-
São Paulo. Além disso, nenhum dos atores principais são
jornalismo-junior/)
nordestinos, tampouco o diretor. Assim foi para a maioria das
produções do gênero.

O mineiro Milton Ribeiro, que interpretou o Capitão Galdino, está


presente em vários dos filmes desse gênero, como A Morte
Comanda o Cangaço (1960), Lampião, o Rei do Cangaço (1964) e
Corisco, o Diabo Loiro (1969), no qual interpreta Virgulino. O ator,
que faz ótimas atuações, ficou conhecido por fazer o papel de
homem mau nos filmes de cangaço.

Teodoro (Alberto Ruschel) e o Capitão Galdino (Milton Ribeiro) em O Cangaceiro. [Imagem:


Reprodução/Vera Cruz]

Com o Cinema Novo (http://jornalismojunior.com.br/cameras-na-


terra-do-sol-e-da-caatinga/), um movimento que propunha um
estilo de engajamento político e de denúncia social por meio dos
filmes, o Cangaço ganhou nova forma nas telas e se diferenciou dos
faroestes estadunidenses. O diretor Glauber Rocha foi destaque
nessa inovação com seu clássico Deus e o Diabo na Terra do Sol
(1964) (https://www.youtube.com/watch?v=RyTnX_yl1bw).
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Indicado à Palma de Ouro no Festival de Cannes, o longa foi (https://twitter.com/jornalismojr)
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reconhecido pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema
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(ABRACCINE) como o segundo melhor brasileiro de todos os
tempos.
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Corisco (Othon Bastos) no famoso pôster do filme. [Imagem:


Reprodução/Copacabana Filmes]

Explorando as possibilidades artísticas do cinema, Glauber Rocha


constrói o filme a partir de um casal de sertanejos assolados pela
seca e pela fome. Após Manuel (Geraldo Del Rey) assassinar o
próprio patrão, ele e Rosa (Yoná Magalhães), sua esposa, fogem
para não serem mortos.

Em uma jornada que passa por um grupo de fanáticos religiosos,


mostrando o messianismo e o misticismo, até o encontro com
Corisco (Othon Bastos), a direção de Rocha expõe a miséria e a
exploração à qual o povo sertanejo é submetido. A luta e a
subversão são exibidas como meios para a liberdade, ainda que nem
sempre dê certo.

A todo momento na obra se ouve a frase “o Sertão vai virar mar”, ao


mesmo tempo uma reivindicação revolucionária e uma esperança.
Carregando forte simbolismo, contudo, a frase não se concretiza e o
sertão permanece seco e o sertanejo continua oprimido, vivendo
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entre Deus e o Diabo na terra do sol. (https://twitter.com/jornalismojr)
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Manuel (Geraldo Del Rey) e o líder messiânico Sebastião (Lídio Silva). [Imagem:
Reprodução/Copacabana Filmes]

Mas não somente nos longas de aventura, ação e drama


permaneceram os cangaceiros. Como a imagem deles se consagrou
como parte da história e da cultura popular nordestina, comédias
também incorporaram personagens do Cangaço. O Cangaceiro
Trapalhão (1983) (https://www.youtube.com/watch?v=1WqR-
QE1ZwE), conduzido pelo grupo Os Trapalhões e com
protagonismo para Renato Aragão, é exemplo disso. Interpretando
cangaceiros de forma humorística e personagens que fazem piadas
com os membros do grupo, o filme traz uma história totalmente
baseada nesse movimento, mas de forma descontraída.

Outro exemplo é da clássica comédia adaptada do teatro de Ariano


Suassuna, O Auto da Compadecida
(http://jornalismojunior.com.br/o-auto-da-compadecida-do-cordel-
para-as-telas-do-cinema/) (2000). Apesar de não serem os
protagonistas, os cangaceiros têm papel fundamental para a
história e são enganados pela dupla Chicó e João Grilo. Questão
importante a notar nessa obra é o fato de que o cangaceiro Severino
de Aracaju (Marco Nanini) acaba por ser julgado por Jesus Cristo,
que o salva da condenação pois a morte dos pais dele quando
criança o levou a enlouquecer e(https://www.facebook.com/jornalismojunior/)
ele não foi responsável pelas (https://twitter.com/jornalismojr)
(https://www.youtube.com/user/jornalismojr)
mortes que causou.
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Severino de Aracaju (Marco Nanini) ameaça João Grilo (Matheus Nachtergaele) com uma faca.
[Imagem: Divulgação/Globo Filmes]

Uma produção mais recente que pode ser citada é A Luneta do


Tempo (2014). Dirigido pelo pernambucano Alceu Valença, o longa-
metragem retrata uma visão romântica dos cangaceiros, sobretudo
de Lampião, que é mostrado como um carinhoso apaixonado por
Maria Bonita. Misturando elementos do teatro, esse filme usa de
uma linguagem mais poética e uma bela fotografia para exibir os
tempos do Cangaço.

Os membros do bando são vistos como fortes e corajosos na luta


contra as injustiças. Com uma trilha sonora composta pelo próprio
Alceu Valença, a película também utiliza músicas para ambientar as
cenas e criar uma atmosfera envolvente. Ao todo, constrói-se uma
produção de grande qualidade artística, mas que romantiza
bastante os cangaceiros.
O Cangaço acabou em 1940 com a morte de Corisco, mas ainda
hoje inspira as mais diversas formas de arte, desde os clássicos
cordéis e romances da literatura, até os filmes.

TAGS As Cangaceiras , cangaço , lampião , Theo Sales

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