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tradicional de contar uma história em ordem sequencial. Em vez disso, a narrativa não linear
apresenta eventos, personagens e situações de forma não linear, muitas vezes alternando
entre o passado, o presente e o futuro. Essa técnica desafia as expectativas do público e
pode criar uma experiência de visualização mais envolvente e complexa. Vamos examinar a
história do cinema com narrativa não linear:
1. Precursores:
- Georges Méliès: Embora os primeiros filmes de Méliès tenham sido principalmente
narrativos e lineares, ele experimentou com a manipulação do tempo e da narrativa em
filmes como "Viagem à Lua" (1902), usando técnicas de edição para criar transições não
lineares.
2. Cinema Soviético:
- O cinema soviético, especialmente no período da vanguarda russa, experimentou com
narrativas não lineares em filmes como "O Encouraçado Potemkin" (1925), dirigido por
Sergei Eisenstein, que usou montagem para criar tensão emocional.
3. O Expressionismo Alemão:
- No cinema alemão da década de 1920, obras como "O Gabinete do Dr. Caligari" (1920),
dirigido por Robert Wiene, usaram cenários distorcidos para criar uma sensação de
desorientação, contribuindo para uma narrativa não linear.
4. Hollywood e Além:
- Alfred Hitchcock, conhecido como o "Mestre do Suspense", incorporou elementos não
lineares em filmes como "Disque M para Matar" (1954) e "Psicose" (1960), surpreendendo o
público com reviravoltas na narrativa.
- Filmes como "Pulp Fiction" (1994) de Quentin Tarantino, que apresentam uma narrativa
fragmentada e não linear, ajudaram a popularizar a técnica no cinema contemporâneo.