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FACULDADE DE COMUNICAÇÃO
DISCIPLINA: COMB97- História do Cinema e Audiovisual
DOCENTE: Marcelo Rodrigues Souza Ribeiro
DISCENTE: Milena Bahia Lamb
O primeiro cinema ou cinema das atrações, refere-se aos primeiros anos do cinema,
desde o final do século XIX até o início do século XX.
O cinema de atrações era caracterizado por curtas-metragens que buscavam atrair o público
através de efeitos visuais, truques de câmera e cenas impressionantes. Esses filmes eram
exibidos em feiras, parques de diversões e teatros, e tinham como objetivo principal surpreender
e entreter o público. Os filmes do primeiro cinema eram geralmente curtos, com duração de
alguns minutos, e não possuíam uma história complexa. Eles eram compostos por uma série de
cenas independentes, muitas vezes sem uma conexão narrativa clara. Ela se concentra em
mostrar cenas da vida cotidiana, eventos ou locais de interesse de forma crua e direta, sem uma
narrativa elaborada.
Os irmãos Lumière, Auguste e Louis Lumière, foram pioneiros na projeção de filmes para
um público em 1895, com sua criação, o cinematógrafo. Eles registraram cenas da vida
cotidiana, como "A Chegada de um Trem à Estação de La Ciotat" e "A Saída dos Operários da
Fábrica Lumière," que são considerados os primeiros filmes documentários. Em
desenvolvimento da narrativa, os cineastas começaram a explorar a narrativa cinematográfica.
Nação" são frequentemente citados como exemplos de narração no cinema do início do século
XX.
Entre 1900 a 1915, houve uma constante evolução na tecnologia cinematográfica, com
melhorias na qualidade da imagem, sombras, colorização e efeitos especiais.
O período de 1890 a 1915 marca o início da evolução do cinema como uma forma de arte e
entretenimento, e muitas das inovações e técnicas estabelecidas nesse período continuam a
influenciar o cinema contemporâneo. A arqueologia do cinema visual e audiovisual busca
entender as raízes e a história do cinema como meio de expressão e comunicação.
Camera Obscura (século XVI): A camera obscura é uma caixa escura com um pequeno
orifício por onde a luz entra e projeta uma imagem invertida na parede oposta. Foi um
dispositivo precursor da fotografia e uma ferramenta importante para artistas na criação de
pinturas realistas.
Lanterna Mágica (século XVII): A lanterna mágica é um dispositivo de projeção que utiliza
uma fonte de luz, uma lente e uma série de slides de vidro para projetar imagens em uma tela.
Foi um meio popular de entretenimento e educação no século XVIII e XIX.
Fotografia (século XIX): A invenção da fotografia marcou um ponto de virada na história das
imagens. A primeira fotografia reconhecida foi tirada por Joseph Nicéphore Niépce em 1826. A
fotografia permitiu a captura precisa e duradoura de imagens por meio da exposição de uma
superfície sensível à luz.
Cinema (final do século XIX): O cinema é uma forma de arte e entretenimento que se
desenvolveu a partir das projeções de imagens em movimento. Os irmãos Lumière foram
pioneiros na projeção de filmes para o público em 1895, marcando o início do cinema. O
cinema se tornou uma mídia visual e audiovisual significativa no século XX.
revolucionou a forma como as imagens e informações visuais eram transmitidas em tempo real
para uma audiência global.
O cinema mudo dependia fortemente da narrativa visual, usando ações, expressões faciais,
gestos e legendas intertítulos para contar histórias e transmitir emoções. A linguagem visual era
fundamental para a comunicação com o público.
Os filmes produzidos durante essa época muitas vezes seguiam um estilo narrativo clássico,
com estruturas de história bem definidas, personagens arquetípicos e um apelo geral a um
público amplo. A Era de Hollywood viu o surgimento de muitas estrelas de cinema icônicas,
como Marilyn Monroe, Humphrey Bogart, James Stewart, Katharine Hepburn e muitos outros.
Essas estrelas frequentemente assinavam contratos exclusivos com os estúdios.
cinematográfica, moldando o que poderia ser exibido nas telas por décadas. Em 1968, o Código
Hays foi substituído pelo sistema de classificação etária que conhecemos hoje nos EUA.
O expressionismo foi um movimento artístico alemão que teve grande influência no cinema
alemão, especialmente no cinema expressionista alemão da década de 1920. O expressionismo
frequentemente se concentrava em emoções intensas, cenários distorcidos e uso criativo de
sombras. Embora tenha sido mais uma influência no cinema alemão, as ideias expressionistas
também se difundiram.
O impressionismo, que se originou nas artes plásticas na França no final do século XIX, se
concentrava em representar as impressões visuais e emocionais do artista em vez de criar
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imagens detalhadas e realistas. Embora tenha tido um impacto menor no cinema soviético,
influências impressionistas podem ser observadas em alguns filmes e cinematografia da época.
O cinema do som sincronizado refere-se a filmes que incluem áudio sincronizado com as
imagens, o que significa que o som e a imagem estão alinhados e reproduzidos
simultaneamente. Antes da introdução do som no cinema, os filmes eram silenciosos e
geralmente acompanhados por música ao vivo ou acompanhamento de um pianista nos cinemas.
A transição para o som sincronizado foi um marco importante na história do cinema.
A primeira experiência bem-sucedida com som sincronizado foi o filme "O Cantor de Jazz"
(The Jazz Singer), lançado em 1927. Este filme, incluía trechos falados e canções cantadas,
representando uma mudança radical na experiência cinematográfica. A introdução do som no
cinema teve um impacto transformador na indústria e levou à era dos filmes sonoros, criando
assim o gênero musical.
A tecnologia de som no cinema evoluiu ao longo das décadas, passando por sistemas
como Vitaphone, Movietone e outros. Os filmes sonoros tornaram-se rapidamente populares, e
os estúdios de cinema passaram a investir em produções com som. Isso também levou ao
declínio das estrelas do cinema mudo que não conseguiram se adaptar ao novo meio.
Hoje, o som sincronizado é uma parte integral do cinema, e as técnicas de gravação de áudio
e mixagem de som desempenham um papel fundamental na experiência cinematográfica. O
cinema sonoro permitiu uma maior imersão dos espectadores nos filmes e contribuiu para o
desenvolvimento da linguagem cinematográfica, incluindo a narração por meio de diálogo e
efeitos sonoros.
O gênero musical floresceu na era do cinema sonoro, especialmente nas décadas de 1930 e
1940. Grandes estúdios de Hollywood, como a MGM, produziram uma série de filmes musicais
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icônicos, estrelados por artistas como Fred Astaire, Ginger Rogers, Judy Garland e Gene Kelly.
Esses filmes apresentavam números musicais elaborados, coreografias impressionantes e trilhas
sonoras memoráveis. Ao longo dos anos, o gênero musical continuou a evoluir e se adaptar às
mudanças na indústria cinematográfica.
O cinema e a política têm uma relação intrincada e multifacetada. O cinema político refere-
se a filmes que têm como objetivo abordar questões políticas, sociais e ideológicas de forma
explícita ou implícita.
Documentários e filmes políticos muitas vezes têm como objetivo informar o público sobre
questões políticas e sociais. Eles podem apresentar evidências, argumentos e entrevistas para
educar o público sobre um determinado tópico. O cinema também pode ser usado como uma
ferramenta para contrapor informações falsas, expondo mentiras e revelando a verdade por trás
de determinados eventos.
Nesse período, surgiu o cinema de arte, com diretores como Ingmar Bergman, Akira
Kurosawa e Federico Fellini, que produziram obras-primas aclamadas pela crítica e muitas
vezes desafiadoras.
Os atores no cinema neorrealista muitas vezes não eram profissionais, e suas atuações eram
marcadas por um estilo naturalista, quase documental. Isso contribuía para a sensação de
realismo nos filmes. As tramas dos filmes neorrealistas eram geralmente simples e diretas,
muitas vezes focando em momentos da vida cotidiana ou eventos comuns.
O Free Cinema foi um movimento cinematográfico britânico que surgiu na década de 1950.
Ele se destacou por enfocar temas sociais e políticos, bem como a vida cotidiana das pessoas
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O Film Noir é um gênero cinematográfico que surgiu principalmente nas décadas de 1940 e
1950, notável por sua atmosfera sombria e estilizada. Os filmes noir frequentemente envolvem
tramas de crime, detetives, mulheres fatais e anti-heróis. A estética costuma incluir iluminação
contrastante, ângulos de câmera distintos e narrativas complexas.
A televisão introduziu novas formas de contar histórias, como séries de longa duração,
permitindo o desenvolvimento de personagens ao longo do tempo. Isso influenciou a narrativa
cinematográfica, levando a uma maior complexidade nas histórias de filmes. Alguns gêneros
cinematográficos, como os westerns, perderam popularidade na televisão, enquanto outros,
como as séries de comédia e drama, floresceram na programação televisiva.
mudaram, com uma demanda crescente por filmes mais desafiadores e realistas, que não se
encaixavam necessariamente no molde tradicional dos estúdios.
No Brasil, o Cinema Novo surgiu na década de 1960, com diretores como Glauber Rocha.
Este movimento buscava retratar a realidade social e política do Brasil, muitas vezes com um
estilo documental e provocador.
Também conhecido como o "Cinema dos Diretores", o período entre as décadas de 1960 e
1970 nos Estados Unidos viu o surgimento de diretores influentes como Martin Scorsese,
Francis Ford Coppola, Steven Spielberg e George Lucas. Eles trouxeram uma nova abordagem à
narrativa e inovações técnicas que mudaram o cinema americano.
O cinema asiático também teve um período de destaque durante essas décadas. O diretor
japonês Akira Kurosawa produziu obras-primas como "Os Sete Samurais", enquanto o cinema
indiano se destacou com Bollywood e seus musicais.
Os anos 1960 também foram marcados por uma série de filmes que refletiam as mudanças
culturais e sociais da época, incluindo filmes como "Sem Destino" e "Easy Rider", que
exploravam temas de rebeldia e contracultura.
Esses movimentos e ondas representaram uma busca por inovação, autenticidade e expressão
artística, muitas vezes em resposta a crises políticas, sociais e culturais. Eles moldaram a
narrativa cinematográfica e continuam a influenciar o cinema contemporâneo.
Durante o período entre 1950 e 1975, Hollywood passou por uma série de transformações
significativas, que culminaram na reconfiguração da indústria cinematográfica. Três conceitos-
chave que desempenharam um papel importante nesse processo foram a "Nova Hollywood", o
"blockbuster" e o "cinema pós-clássico".
A Nova Hollywood refere-se principalmente à década de 1960, embora seus efeitos tenham
se estendido até a década de 1970. Ela foi marcada pela ascensão de diretores e roteiristas
autônomos que desafiaram as convenções do cinema clássico de estúdio. Eles introduziram
temas mais ousados, como sexualidade, política e contracultura, e experimentaram com
narrativa não linear e técnicas inovadoras de filmagem.
A ideia do blockbuster começou a tomar forma nas décadas de 1970 e 1980. Os blockbusters
são filmes de grande orçamento destinados a atrair um público massivo. Eles frequentemente se
baseiam em conceitos de alto conceito e efeitos especiais espetaculares. Esses filmes são
geralmente lançados em grande escala e têm potencial para se tornarem franquias de sucesso.
O cinema pós-clássico é uma abordagem que se desenvolveu ao longo das décadas de 1960 a
1980 e continua a influenciar o cinema contemporâneo. Ele é caracterizado pela quebra de
muitas das convenções clássicas de narrativa e estilo cinematográfico. Os cineastas adotaram
uma abordagem mais ambígua, fragmentada e experimental para contar histórias, muitas vezes
desafiando as expectativas do público.
Muitas nações do Terceiro Mundo usaram o cinema como uma forma de expressão cultural e
política, buscando representar suas próprias experiências e lutas. O conceito de "Terceiro
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Cinema" foi desenvolvido nos anos 1960 por cineastas da América Latina, incluindo o argentino
Fernando Solanas e o cubano Julio García Espinosa. Era uma resposta ao domínio de
Hollywood e de outras indústrias cinematográficas ocidentais e buscava criar um cinema que
fosse uma forma de resistência e uma ferramenta de conscientização.
O Terceiro Cinema tinha como objetivo dar voz às minorias étnicas e aos marginalizados,
frequentemente enfocando temas de opressão, desigualdade social e luta por liberdade e justiça.
Exemplos de filmes do Terceiro Cinema: "La Hora de los Hornos" (1968) de Fernando Solanas
e Octavio Getino na Argentina, "Memórias do Cárcere" (1984) de Nelson Pereira dos Santos no
Brasil, "Hour of the Furnaces" (1968) de Fernando Solanas na Argentina.
O período que abrange a transição de 1975 até o presente é marcado por transformações
midiáticas significativas, reinvenções estéticas e a ascensão da era digital.
O cinema político tem sido uma poderosa ferramenta de expressão e mobilização ao longo
da história. No contexto de transformações midiáticas e novas formas de engajamento, surgiram
várias abordagens relacionadas ao cinema político, incluindo os "contra-cinemas" e outros
cinemas. Vamos explorar esses conceitos:
O cinema político é uma forma de cinema que se concentra em questões sociais, políticas e
ideológicas. Ele pode ser usado para informar, provocar o pensamento crítico e inspirar a ação.
Filmes políticos frequentemente abordam tópicos como direitos humanos, desigualdade, justiça
social, movimentos de resistência e questões políticas contemporâneas.
O cinema de guerrilha é uma forma de cinema político que se destaca pela produção
independente e de baixo orçamento. Muitas vezes, é usado por cineastas ativistas para
documentar e protestar contra questões sociais e políticas. Esses filmes podem ser gravados de
forma não convencional e distribuídos fora dos canais tradicionais de distribuição.
O cinema social e comunitário envolve a produção de filmes que exploram questões sociais
dentro de comunidades locais. Ele pode ser usado para dar voz a grupos marginalizados,
destacar problemas locais e inspirar a ação dentro das próprias comunidades.
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Essa abordagem do cinema político envolve a criação de filmes que resistem a regimes
autoritários, opressão e injustiça. Muitas vezes, os cineastas de resistência enfrentam desafios
significativos para compartilhar suas mensagens em ambientes repressivos.
Os filmes nacionais são financiados, em grande parte, por instituições nacionais, como
governos, fundações culturais e produtoras locais. Eles podem abordar temas que são
específicos da cultura, história e contexto político do país.
Filmes transnacionais muitas vezes envolvem uma mistura de culturas e perspectivas, o que
pode levar a uma riqueza de narrativas e influências criativas. No entanto, isso também pode
criar dilemas éticos em relação à apropriação cultural e à exploração de diferenças culturais.