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Rev Bras Otorrinolaringol

2009;75(1):147-50. artigo de revisão


REVIEW article

Relação do paciente surdo com The Relation Between Deaf


o médico Patients and the Doctor

Neuma Chaveiro1, Celmo Celeno Porto2, Maria


Palavras-chave: comunicação, linguagem de sinais, pessoas
Alves Barbosa3 com insuficiência auditiva, relações médico-paciente, surdez.
Keywords: communication, sign language, hearing-impaired
persons, relation between physician and patient, deafness.

Resumo / Summary

A comunicação não-verbal é importante no atendimento


aos pacientes surdos e permite a excelência do cuidar em
N on-verbal communication is important when caring
for deaf patients, fostering excellence in health care. Aim:
saúde. Objetivo: Analisar os aspectos legais e socioculturais an analysis of the legal and sociocultural aspects of the
da relação entre o paciente surdo e o médico. Método: relation between deaf patients and physicians. Methods:
Foram utilizadas as bases de dados informatizados para a Computerized databases for the period between 1996 and
coleta de dados, no período de 1996 a 2006, tendo como 2006 were used for collecting data; the keywords “patient”,
palavras-chave “paciente”, “surdo”, “comunicação” e “saúde”. “deaf person”, “communication” and “health” were used. A
Realizou-se também busca não-sistemática em publicações non-systematic search was made in scientific publications.
científicas. Resultados: Foram agrupados em duas categorias: Results: These studies were grouped into two categories:
a comunicação do paciente surdo com o médico ouvinte communication between deaf patients and physicians, who
que trata das barreiras no atendimento ao paciente surdo e has to deal with communication barriers when caring for deaf
a importância da comunicação não-verbal na assistência à patients, and the importance of non-verbal communication in
saúde. O surdo, sua língua e a relação médico-paciente que healthcare. Deaf persons, their language, and their relation
aborda as características da Língua de Sinais, tendo como res- with physicians show the importance of sign language,
paldo constitucional a Lei Federal nº 10.436/02. Conclusão: endorsed by the Federal Law 10.436/02. Conclusions: When
Quando os pacientes surdos e os médicos se encontram, se deaf patients and physicians meet, they need to overcome
deparam com barreiras comunicativas que comprometem o communication barriers that may hinder the necessary bond
vínculo a ser estabelecido e a assistência prestada, podendo in healthcare and the care that is provided; this may also affect
interferir no diagnóstico e no tratamento. Ficou clara a ne- the diagnosis and treatment. It is clear that public institutions
cessidade de as instituições públicas oportunizarem progra- should create programs for training healthcare professionals
mas que visem à formação dos profissionais para adequada in the appropriate care of deaf patients.
assistência aos pacientes surdos.

1
Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Universidade Federal de Goiás. Fonoaudióloga e intérprete da LIBRAS - Língua Brasileira de
Sinais - do Centro Estadual de Apoio ao Deficiente.
2
Professor Emérito da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás. Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Universidade
Federal de Goiás.
3
Professora Adjunta III, Doutora docente da Faculdade de Enfermagem - UFG - Universidade federal de Goiás. Docente da Faculdade de Enfermagem.
Universidade Federal de Goiás - Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde. Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás Endereço: 1ª Avenida
S/N - Setor Universitário Goiânia GO.
Endereço para correspondência: Neuma Chaveiro Av. K esq. c/ 6-A nº 138 apto. 101 Ed. Sândalo Setor Aeroporto Goiânia GO 74075-200
Tel. (0xx62) 3223-0517/ 9983-1780 - Fax (0xx62) 3209-6151 - E-mail: neumachaveiro@ig.com.br
Este artigo foi submetido no SGP (Sistema de Gestão de Publicações) da RBORL em 6 de dezembro de 2006. cod. 3546.
Artigo aceito em 11 de janeiro de 2007.

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INTRODUÇÃO a ser realizada”. Vale a pena repetir sua comparação: “É
como se o CID fosse uma fotografia e a CIF um filme”.
O censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia Admitindo-se a complexidade da relação do mé-
e Estatística / 2000) revela que há no Brasil 24,5 milhões dico com pacientes surdos, torna-se necessário conhecer
de pessoas com deficiência, o que corresponde a 14,5% da os aparatos legais que a regem, bem como compreender
população. Destes, 16,7% apresentam deficiência auditiva, a identidade da pessoa surda e os fatores culturais que
ou seja, existem no Brasil 5.735.099 (cinco milhões sete- caracterizam a comunidade surda, sendo estes os dife-
centos e trinta e cinco mil e noventa e nove) surdos1. renciais essenciais na qualidade dos serviços prestados a
Problemas de comunicação interpessoal estão essa população.
presentes em todo sistema de saúde e tornam-se mais
significantes quando englobam barreiras de linguagem OBJETIVO
e cultura. A comunidade surda, que utiliza a língua de
sinais como meio de comunicação, encontra obstáculos O objetivo deste artigo é analisar a produção cien-
no acesso aos serviços do setor de saúde2. tífica que aborda os aspectos legais e socioculturais da
A palavra comunicar vem do latim communicare, relação do paciente surdo com o médico em publicações
que tem por significado “pôr em comum”. Ela pressupõe que integram a Biblioteca Virtual em Saúde - BVS.
entendimento entre as partes envolvidas. Daí a pertinên-
cia de duas questões: em relação aos pacientes surdos, MÉTODOS
os médicos conseguem compreender suas expressões
não-verbais? Os indivíduos surdos compreendem as in- Esta revisão foi realizada em junho de 2006 na
formações do médico? Biblioteca Virtual em Saúde - BVS, utilizando-se as bases
As informações recebidas pelos pacientes colabo- de dados da Literatura da América Latina e do Caribe em
ram na relação médico-paciente, diminuem a sensação Ciências da Saúde (LILACS) e da Literatura Internacio-
de isolamento e aumentam a satisfação e a participação nal (MEDLINE). O período avaliado foi de 1996 a 2006,
no tratamento. Comunicar as questões relacionadas ao utilizando-se os termos “paciente”, “surdo”, “saúde” e
diagnóstico e ao tratamento é um dever dos médicos e “comunicação” como palavras-chave. Realizou-se também
um direito dos pacientes 3-4. busca não-sistemática em publicações científicas referentes
A relação dos médicos com seus pacientes que não ao tema relação médico-paciente.
têm deficiência auditiva geralmente é estabelecida pelo
código verbal, mecanismo habitualmente não utilizado RESULTADOS E DISCUSSÃO
pelos pacientes surdos. Diante disso surge a necessidade
de recorrerem a um outro canal para se expressar, repre-
A comunicação do paciente surdo com o médico ouvinte
sentado pela Língua de Sinais5. Contudo, esta linguagem
Pacientes surdos utilizam o sistema de saúde de
quase sempre não é compreendida por aqueles que lhes
modo diferente dos pacientes ouvintes e relatam dificulda-
prestam assistência na área de saúde. Analisar o proces-
des representadas por medo, desconfiança e frustração. A
so de construção das formações discursivas, os vínculos
conseqüência é buscarem assistência médica com menos
estabelecidos e investigar as relações que ocorrem neste
freqüência7. Isso fica evidente no depoimento de uma
cenário torna-se imprescindível para viabilizar um atendi-
paciente que assim se expressou: “Tive medo de não ser
mento adequado, do ponto de vista técnico e humano.
compreendida, tive que esperar mais ou menos 5 dias para
A partir de uma visão inclusivista a Organização
minha mãe chegar e ir comigo ao médico”.
Mundial de Saúde apresentou em 2003 um novo modelo
É inegável a necessidade de uma melhor comuni-
de avaliação das deficiências, Classificação Internacional
cação dos médicos com os pacientes surdos, no entanto
de Funcionalidade - CIF. Até então as pessoas com defici-
a comunicação com as pessoas surdas continua negli-
ências eram avaliadas apenas pelos parâmetros do Código
genciada nos sistemas de saúde8. Por isso, a linguagem
Internacional de Doenças - CID. O CID faz aferição sob o
não-verbal é um recurso de comunicação que precisa ser
ângulo da enfermidade e o CIF realiza sua avaliação a partir
conhecido e valorizado na prática das ações em saúde.
da funcionalidade. Cumpre salientar que o Brasil assinou
Mesmo que não se conheça a Língua de Sinais, é funda-
acordo, juntamente com outros países, comprometendo-
mental interpretar seus aspectos suprassegmentais que
se a adotar oficialmente esta nova referência a partir do
incluem gestos, expressões faciais e corporais9. Outra
ano de 20046.
paciente abordou esta questão da seguinte maneira: “Seria
A adoção do CIF não elimina o uso do CID, como
bom se os profissionais da saúde soubessem a Língua de
destaca Rizzo6 que assim se expressou: “A informação
Sinais. A doença muitas vezes não pode esperar até que
sobre o diagnóstico, associada à informação sobre a fun-
se consiga um intérprete, o quadro pode se agravar. Foi
cionalidade, permite uma visão mais ampla da realidade da
o que aconteceu comigo”.
pessoa, o que facilita a decisão sobre o tipo de intervenção

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Em geral, os médicos não estão suficientemente e normas sociais. Um fato a ser ressaltado é que a surdez
preparados para cuidar do paciente surdo, pois na forma- distingue-se de outras deficiências, não pela deficiência
ção acadêmica o currículo não contempla as habilidades física propriamente dita, mas pela dificuldade de estabe-
necessárias para atender essa população10. Sem dúvida, lecer comunicação entre pessoas14.
uma efetiva comunicação com pacientes surdos é pri- Para vencer estas barreiras surgiram as Línguas de
mordial na área de saúde, isto porque uma comunicação Sinais, presentes nos cinco continentes. No Brasil a LIBRAS
inadequada pode levar a erros no diagnóstico das doenças (Língua Brasileira de Sinais) foi reconhecida como meio
e no tratamento11. legal de comunicação e expressão da comunidade surda
A especialização crescente dos médicos resulta na pela Lei Federal nº 10.436/02. Em 22 de dezembro de
fragmentação do paciente, dando origem à separação 2005, foi publicado no Diário Oficial da União o Decreto
entre a medicina das doenças e a medicina dos doentes, nº 5.626 que a regulamenta. Destacaremos o artigo 25 do
fazendo com que o paciente receba assistência de vários Capítulo VII que garante a saúde das pessoas surdas:
profissionais sem formar vínculos com nenhum deles. “A partir de um ano da publicação deste Decreto,
Afinal o ser humano não é a soma de suas partes, pelo o Sistema Único de Saúde - SUS - e as empresas que
contrário, é uma unidade da qual o ser biológico, psíquico detêm concessão ou permissão de serviços públicos de
e social não podem ser separados12. assistência à saúde, na perspectiva da inclusão plena das
Cumpre ressaltar que a língua escrita poderia ser pessoas surdas ou com deficiência auditiva em todas as
uma maneira de superar a dificuldade na assistência a esferas da vida social, devem garantir a atenção integral
pacientes deficientes auditivos ou pessoas surdas que à saúde, nos diversos níveis de complexidade e especia-
se comunicam oralmente, mas esta é imprópria para lidades médicas, efetivando:
os indivíduos que ficaram surdos antes da aquisição da I - ações de prevenção e desenvolvimento de pro-
linguagem oral e aprenderam a Língua de Sinais como gramas de saúde auditiva;
primeira língua10. Para estas pessoas, o português é uma II - tratamento clínico e atendimento especializado,
segunda língua, e como qualquer língua estrangeira, seu respeitando as especificidades de cada caso;
aprendizado é difícil9. Tal fato fica claro na observação de IX - atendimento às pessoas surdas ou com defici-
um paciente que assim se expressou na Língua de Sinais: ência auditiva na rede de serviços do SUS e das empresas
“O médico escreve a hora que tem que tomar remédio, que detêm concessão ou permissão de serviços públicos
isso é fácil. Difícil é entender as explicações da doença, de assistência à saúde, por profissionais capacitados para
para que serve o remédio”. o uso de Libras ou para sua tradução e interpretação; e
A competência para estabelecer uma comunicação X - apoio à capacitação e formação de profissionais
eficiente, respeitando as diferenças culturais, deve incluir da rede de serviços do SUS para o uso de Libras e sua
os aspectos da comunicação não-verbal e habilidades de tradução e interpretação”15.
perceber e decodificar a mensagem transmitida pelo pa- Nesta linha de ação o Ministério da Saúde elaborou
ciente4. Um dos maiores fatores que interferem na qualida- o manual “A Pessoa com Deficiência e o Sistema Único
de e adequação da assistência prestada pelos profissionais de Saúde”, destinado aos médicos, enfermeiros e outros
da saúde aos pacientes surdos, é a não-consciência de profissionais das equipes de saúde, no qual propõe a in-
quem é a pessoa surda, associado a inabilidade de uma clusão social das pessoas com deficiência como meta mais
comunicação não-verbal13. abrangente. Entre as informações contidas neste manual
Experiências relatadas pelos pacientes que buscam destaca-se a seguinte: “A atenção integral à saúde, desti-
assistência em saúde mostram que acompanhados de nada à pessoa com deficiência, pressupõe uma assistência
intérpretes, médicos que sabem a Língua de Sinais ou se específica à sua condição, ou seja, serviços estritamente
esforçam para melhorar a comunicação, usando figuras, ligados à sua deficiência, além de assistência a doenças e
desenhos e expressões não verbais, melhoram a qualidade agravos comuns a qualquer cidadão”16.
da assistência à saúde7. A aprovação da Lei Federal nº 10.436/02 resultou
da luta da comunidade surda brasileira que utiliza a língua
O surdo, sua língua e a relação médico-paciente de sinais. Cabendo às instituições públicas oportunizar
A surdez caracteriza-se pela redução da percepção programas que visem à formação dos profissionais da
do som, em grau variado, o que dificulta a aquisição da área de saúde no atendimento e tratamento dos pacientes
linguagem oral de forma natural. Aí, então, a comunidade surdos17.
surda passa a usar a língua de sinais como primeiro meio A Língua de Sinais não é uma escolha, é a língua
de comunicação, sendo este um dos fatores que despertam da comunidade surda. O acesso à informação nesta lín-
o sentimento de pertencimento a uma cultura, embora gua não está bem definido, pois existem barreiras que
nem todas as pessoas surdas se consideram membros de dificultam a compreensão das doenças e as decisões
uma comunidade, com características únicas, linguagem referentes à saúde18. Em estudo realizado nos Estados

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Unidos, verificou-se que os pacientes surdos preferem ser REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
atendidos por médicos que sabem a Língua de Sinais ou
1. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Censo Demo-
médicos que são surdos7. gráfico Brasileiro 2000. Disponível em: http://www.ibge.com.br/.
Comunicando-se por uma língua espaço-visual e [acesso em10 Jun 2006].
com características culturais próprias, as pessoas surdas 2. Folkins A, Sadler GR, ko C, Branz P, Marsh S, Bovee M. Improving
podem apresentar significantes lacunas no conhecimento the deaf community’s access to prostate and testicular cancer infor-
mation: a survey study. BMC Public Health 2005;5(1):63.
na área da saúde19. Para exemplificar esta dificuldade, 3. Gulinelli A, Aisawa RK, Konno SN, Morinaga CV, Costardi WL, An-
destacamos a seguinte manifestação de um paciente tonio RO, et al. Desejo de informação e participação nas decisões
surdo: “A comunicação é difícil entre os profissionais da terapêuticas em caso de doenças graves em pacientes atendidos em
saúde, falta compreender melhor o surdo, só dar receita, um hospital universitário. Rev Assoc Med Bras 2004;50(1):41-7.
4. Filho EJS. A interação médico-cliente. Rev Assoc Med Bras
não resolve”. 1998;44(1):35-42.
5. Lezzoni LI, O’Day BL, Killeen M, Harker H. Communicating about
CONCLUSÃO health care: observations from persons who are deaf or hard of
hearing. Ann Intern Med 2004;140(5):356-62.
Esta revisão mostrou que pacientes surdos e mé- 6. Veet V. Mídia e deficiência - série diversidade. Brasília: Fundação
Banco do Brasil; 2003.
dicos quando se encontram, deparam-se com barreiras 7. Steinberg AG, Barnett S, Meador HE, Wiggins EA, Zazove P. Health
comunicativas que comprometem o vínculo a ser esta- care system accessibility. Experiences and perceptions of deaf people.
belecido e a assistência prestada, podendo prejudicar o J Gen Intern Med 2006;21(3):260-6.
diagnóstico e o tratamento. 8. Meador HE, Zazove P. Health care interactions with deaf culture. J
Am Board Fam Pract 2005;18(3):218-22.
Em primeiro lugar é necessário conhecer as parti- 9. Chaveiro N, Barbosa MA. Assistência ao surdo na área de saúde como
cularidades da identidade e da cultura surda de modo a fator de inclusão social. Rev Esc Enferm USP 2005;39(4):417-22.
propiciar o desenvolvimento de habilidades comunicativas 10. Barnett S. Communication with deaf and hard-of-hearing people: A
e favorecer a relação entre pacientes surdos e médicos. guide for medical education. Acad Med 2002;77(7):694-700.
11. U.S. Department of Justice: Communicating with people who are deaf
Como determina a Lei de LIBRAS 10.436/02, os or hard of hearing in hospital setting. Disponível em: http://www.
direitos da comunidade surda precisam ser resguardados, ada.gov [acesso em ago 2006].
assegurando a formação dos profissionais da área de 12. Porto CC, Teixeira CMFS. Linguagem dos órgãos e comunicação
saúde na adequada assistência a esta parcela significativa médico-paciente. J Bras Med 2005;89(1):21-3.
13. McAleer M. Communicating effectively with deaf patients. Nurs Stand
da população. 2005;20(19)51-4.
Conhecer e compreender as várias questões que 14. Fellinger J, Holzinger D, Dobner U, Gerich J, Lehner R, Lenz G, et al.
envolvem o atendimento à pessoa surda vai favorecer a Mental distress and quality of life in a deaf population. Soc Psychiatry
interação entre pacientes e médicos, reduzindo significa- Psychiatr Epidemiol 2005;40(9):737-42.
15. Brasil. Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Diário Oficial
tivamente o desconforto de ambos no encontro clínico. da União (Brasília, DF), 23 dez 2005.
Pode-se concluir que são necessários estudos na 16. Ministério da Saúde. A pessoa com deficiência e o Sistema Único de
área de saúde referentes à assistência ao paciente surdo, Saúde. Brasília - DF: Editora MS; 2006.
haja visto a escassez de material bibliográfico e de pes- 17. Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (FENEIS).
LIBRAS: Língua Brasileira de Sinais. Disponível em: http://www.
quisa. feneis.br/ [acesso em 29 Jun 2006].
18. Allen B, Meyers N, Sullivan J, Sullivan M. American Sign Language
and End-of-life care: Research in the deaf community. HEC Forum
2002;14(3):197-8.
19. Margellos-Anast H, Hedding T, Perlman T, Miller L, Rodgers R, Kivland
L, et al. Developing a standardized comprehensive health survey for
use with deaf adults. Am Ann Deaf 2005;150(4):388-96.

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