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Abismo Infinito – Alan Ferreira

Alan Ferreira Pereira é filho de Otto Horst Ferreira e Isabel Pereira de Cécila. Criado no sul brasileiro,
mas nascido na EMHOBRAS (“Embaixada Holandesa do Brasil”, uma cidade-estado dentro de Minas
Gerais cujo território foi vendido ao governo Holandês para substituir os Países-Baixos no ano de
2401 d.C).

Alan é um homem de cabelos negros cortados no estilo militar, pequenos olhos em tons marrons
inexpressivos, olheiras muito marcadas, várias covinhas, uma barba desleixadamente cuidada e que
cursa uma cansativa pós-graduação de engenharia elétrica, enquanto trabalha na Abcissa Co.... Esses
e outros elementos fazem seus vinte e poucos anos parecerem bem mais.

Teve uma infância comum, nunca teve grande destaque na escola, colava em todas as provas e
aproveitava o tempo de aula para jogar no seu Eversense Basic (console de videogame portátil).
Aquele console lhe trazia memórias afetivas ótimas, já que foi o último presente de aniversário que
sua mãe lhe deu: Em algum momento da sua infância, Otto descobriu a traição da esposa com o
médico local da EMHOBRAS (o que criou uma piada interna entre Alan e seu pai sobre a
desconfiança que se deve ter nas palavras de um médico... Alan tenta se convencer de que seja só
uma piada). No dia seguinte Isabel já teria partido de casa se despedindo do filho, e só dele. Alan
nunca mais a viu. Vivendo com seu pai, durante uma típica crise adolescente de ter desperdiçado o
tempo da escola e percebendo que a faculdade se aproximava e ainda não sabia o que fazer, Alan
decidiu seguir pela mesma profissão que Otto, engenharia eletrônica. Passou na faculdade e então
decidiu se dedicar à profissão para conquistar algo na vida... E conquistou, ganhou uma vaga de
emprego na manutenção de uma das sedes de uma das mais famosas empresas de engenharia do
mundo: Abcissa Corporation. Após dois anos trabalhando, uma oportunidade ainda melhor surgiu,
um cargo na manutenção dos aviões construídos pela empresa, onde ficou por um ano. Nesse meio
tempo, seu pai ficou doente, de uma doença totalmente esperada por ambos. Por fim, uns dois anos
atrás Alan recebeu a oportunidade de trabalhar na manutenção e construção dos protótipos de
Argos construídas pela Abcissa, na sede do sul do Brasil (onde um dia foi a região da Grande Porto
Alegre), e com essa oportunidade ele se mudou com seu pai para um apartamento que fica a meia
hora do trabalho, onde mora de aluguel. Ano passado, a condição de seu pai piorou e o aluguel
aumentou..., mas foi nessa época que Alan soube que a Iniciativa Cronos pagava bem e que o
processo de inscrição para as vagas era mais barato para afiliados da Cronos (como a Abcissa Co.).
Porém, um dos pré-requisitos era ter pós-graduação, mestrado ou doutorado. Portanto, Alan decidiu
começar uma pós-graduação (por ser o caminho mais rápido). Assim, Alan vive muito cansado e é
viciado em beber uma garrafa que sempre carrega consigo: Uma garrafa térmica amarela metálica
com uma escrita em caneta preta permanente: “Drink do Alan”. Pela manhã e tarde, trabalha
consertando os computadores de Argos em manutenção, pela noite estuda e ao chegar em casa
cuida de seu pai, que infelizmente não durará até Alan concluir a pós, mesmo assim ele continua...
esperança? Não. Não costuma dormir mais que três horas por dia e usa as pausas do almoço para
tirar cochilos (também pede para ir ao banheiro para isso), por isso também não costuma comer
mais do que uma refeição ao dia, normalmente um “jantar no horário britânico” é suficiente.

É uma vida totalmente chata e comum, tirando um detalhe: Badássio-119.

No final do segundo Milenium, o ser humano identificou um novo elemento químico que teria sido
formado em um local distante da Via Láctea a partir da colisão de duas grandes luas há milhares de
anos... Uns cinquenta anos atrás, os estilhaços desse elemento iriam passar próximos o suficiente
para capturá-los a fins científicos. De fato, uma Argos foi enviada e voltou com diversas amostras do
elemento, mas ela acabou explodindo na atmosfera terrestre acima da América Central, por um
incêndio de origem desconhecida. Os espécimes se derreteram e a fumaça dos destroços da Argos
espalhou os fragmentos do elemento desconhecido pela atmosfera, criando nuvens de chuva sobre
a América do Sul, onde praticamente toda população foi infectada. O elemento foi nomeado e o
evento conhecido como “A grande chuva de Badássio”.

Foi descoberto que os efeitos do Badássio foram nulos na maior parte da população, os motivos
disso são desconhecidos, mas a teoria mais aceita é que as propriedades do Ba-119 afetam os seres
em nível molecular, interagindo somente com uma certa sequência de genes específica. Outras
dizem que os efeitos podem ser hereditários, podendo ser que as próximas gerações manifestem
algum tipo de mutação genética pela inanição de Badássio 119.

Otto era um adolescente quando reclamou que até suas meias estavam molhadas ao sair de casa e
ter esquecido de levar um guarda-chuva.

Naqueles pouquíssimos que algum efeito se manifestou foi identificado algo em comum: Uma
marca na pele, na região da nuca, parecida com veias desenhadas na pele, na cor roxa, como um
hematoma. Ao longo do tempo, essa marca vai crescendo e tomando conta das costas. Os Marcados
por Badássio, como são chamados, são submetidos a exames volta-e-meia, mesmo muito após o
incidente. Nos últimos anos, Otto teve suas funções motoras muito prejudicadas, e sua marca já
tomou conta de seu pescoço e suas costas, chegando aos braços.

Alan nasceu com uma pequena marca roxa, semelhante a veias expostas, na sua nuca. Sempre
associou a isso sua eventual alteração de memória, sua dificuldade eventual de lembrar o que foi
imaginado e o que foi vivido. Isso piorou lentamente, mas ficou mais forte desde que ele tem
dormido menos, tem estado mais cansado... desde que tem notado a marca se estendendo para
atrás do pescoço. Felizmente, na última década foi desenvolvido um remédio para retardar os
efeitos dos Marcados por Badássio. “O Filtro” é uma seringa que deve ser injetada uma vez por
semana, por toda vida, no pescoço. É um remédio caro.

No momento anterior a Abismo Infinito – RPG, Alan estava aproveitando uma sonolenta madrugada
consertando uma câmara de hibernação de uma Argos que seria reativada algumas horas depois.

Extras:

Alan não conhece nenhum parente vivo além do pai, não faz ideia se sua mãe está viva. Não tem
amigos próximos e só considera amigo dele a Amandinha, a estagiária da lanchonete da faculdade,
só que eles só conversam na hora que ele vai fazer o pedido. O “Drink do Alan” é a única coisa que
bebe praticamente, mais que água. É uma bebida composta de uma dose de energético sabor café,
uma dose de gim, um shot de espresso ristretto duplo (tirado pela Amandinha, sempre), duas
colheres de açúcar e, quando sobra tempo, suco de limão. Aí ele mistura tudo e quando bebe fica
pilhadão.

1) Você se candidatou ou foi convidado a participar da Iniciativa Cronos?

Apesar de querer se candidatar para facilitar os gastos consigo mesmo e com seu pai, Alan não se
candidatou pois não tinha os pré-requisitos necessários. Tampouco foi convidado, mesmo tendo
crescido na sua carreira durante os cinco anos que está trabalhando, ele ainda não é ninguém
importante ou com um currículo impressionante.

2) Qual era sua profissão antes de entrar na Iniciativa?

Engenheiro Eletrônico, funcionário da Abcissa Co., trabalha consertando partes elétricas de Argos
em manutenção.

3) Você já conhecia algum dos membros da sua tripulação? (Combinem o background entre si)

Alan não é antissocial por escolha, mas ele não tem amigos nem tempo pra conhecer gente nova.

4) Com a Terra se deteriorando, tinha alguma época ou lugar que gostaria de ter vivido?

A única vez que Alan viajou foi para Porto Alegre... Ele já quis ir pra praia, mas elas não são muito
convidativas hoje em dia, mas ele ouviu falar de praias que não tem tanto lixo na areia e águas que
não são tão poluídas, ele gostaria de visitar uma ASSIM um dia.

5) Além do Medo Particular, há algum trauma que seus personagens teriam sofrido em qualquer
situação?

Tem um mito de que os Marcados por Badássio se machucam ao tocar em alumínio. Seu pai já disse
que era só um mito, mas Alan nunca, desde criança, tocou em alumínio.

6) Das inúmeras Argos que já foram lançadas, há algum conhecido seu envolvido nelas?

Não diretamente, mas o pai de Alan foi exposto à chuva de Badássio ocorrida após a explosão de
uma Argos, além disso Alan reforma várias delas, mesmo nunca tendo viajado em uma.

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