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BELO HORIZONTE
2021
Vinicius Nunes Cesário
BELO HORZIONTE
2021
Vinicius Nunes Cesário
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Prof. Dr. Jose Boanerges Meira – PUC Minas (Orientador)
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(Banca Examinadora)
Belo Horizonte
2021
AGRADECIMENTOS
RESUMO
Art Artigo
CF Constituição Federal
CP Código Penal
CNJ Conselho Nacional de Justiça
CPP Código de Processo Penal
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 8
2. crimes contra a dignidade sexual e suas vitimas............................................... 9
2.1 Conceito ............................................................................................................... 9
2.2 Estupro, Assédio sexual e Corrupção de menores .......................................... 9
2.2.1 Tipificação no Código Penal.......................................................................... 10
3. Estupro de Vulnerável......................................................................................... 12
3.1 Caso Emblemático ............................................................................................ 14
3.2 Desmerecimento da vitima ............................................................................... 15
3.3 A Negativa de Denúncia da Vitima ................................................................... 16
3.4 Apoio necessário a vitima ................................................................................ 17
CONCLUSÃO ........................................................................................................... 19
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 20
8
INTRODUÇÃO
2.1 Conceito
No Direito Penal, para que uma conduta ou situação seja considerada crime,
é preciso que se tenha um fato típico e antijurídico com o qual se enquadre nos artigos
descritos no código penal. Para isso foi necessário que o legislador descrevesse
essas condutas criminosas de forma abstrata, a fim de que se enquadre qualquer
forma de cometimento desses crimes no artigo correspondente, ou que seja inovada
e enquadrada novas condutas ou atos na lei de acordo com a necessidade da
sociedade.
Nas palavras de Luiz Regis Prado1, define ele os crimes contra a liberdade
sexual como:
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PRADO, Luiz Regis. CURSO DE DIREITO PENAL BRASILEIRO. 17° Edição. Editora Forense LTDA,
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2.2.2 Estupro
caso, não há nenhum amparo legal derivado de um suposto dever de cumprir o “débito
conjugal”, sendo indiferente a condição pessoal da vítima.
3. ESTUPRO DE VULNERÁVEL
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deficiência mental, não têm o necessário discernimento para a prática do ato, ou que,
por qualquer outra causa, não podem oferecer resistência. O Sujeito ativo pode ser
qualquer pessoa, do sexo masculino ou feminino, desde que maior de dezoito anos.
Vale frisar nas palavras e ensinamento de Luiz Regis Prado 3que:
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tinha bebido apenas um gin. Muito se divulgou na mídia, também, acerca do copo
usado por André na delegacia, apreendido, e enviado para a perícia.
De acordo ao relatado pelo Ministério Público, o laudo que compara o material
genético do copo com o da calcinha de Mariana atestou “inclusão de verossimilhança”,
ou seja, os materiais genéticos são da mesma pessoa. Assim sendo caracterizou o
crime de estupro de vulnerável que precisa haver a conjunção carnal, sendo oral,
vaginal ou anal, e a situação de a vítima não ter capacidade ou possibilidade de
consentimento do ato.
Diante de toda situação sofrida por mariana o tribunal decidiu por julgar o réu
como inocente, onde no caso, o advogado de defesa, descontruiu e usou de formas
para desestabilizar e dar descrédito a imagem da vítima, onde o réu saiu por inocente,
surgindo um preceito por muitos julgado como “Estupro culposo’’ onde não se existe
um tipo penal tipificado no código Penal até então, gerando precedente para outros
casos. O Senado aprovou um voto de repúdio contra o advogado, o promotor o juiz
do caso, que absolveu o réu.
Na prática, funciona como forma de pressão para que os órgãos responsáveis
pelo caso tomem providências. A procuradora da Mulher do Senado, informou que
buscará a anulação da sentença, sendo assim não restando duvidas que houve erros
no caso em questão, salientando que se foi usada formas de descontruir a imagem
da vítima, gerando danos ao processo legal.
vítima de forma com que essa possa passar a se julgar como culpada, sendo assim
essa mesma, opta por não denunciar e nem por comentar sobre tal fato, de forma com
que essa começa a guardar para si toda dor e sofrimento e lembranças do fato ao
qual foi submetida sem sua anuência ou consciência do fato, muitas das vezes por
acreditar que não há apoio ou estrutura para que a justiça e o Estado, lute por justiça
e para cessar tais agressões.
Para uma pesquisadora, a reincidência do perfil indica que "tem algo estrutural
nesse fenômeno" onde parte da própria sociedade essa forma de reprimir as vitimas
e de deixar de confiar ou acreditar na mesma, sempre com um certo grau de pré
julgamento e preconceito como é no caso de mulheres e homossexuais, onde esses
tipos de vitimas sofrem como mais veemência na hora de notificar esses atos
libidinosos e ilegais contra sua liberdade sexual e contra sua pessoa, onde atinge
diretamente a garantias constitucionais, onde muita dessas vezes essas represálias
partem da própria força policial, investigativa e judiciaria, tornando cada vez mais difícil
para essas vitimas procurar denunciar e expor sua situação para a justiça, como no
caso narrado de mariana onde por diversas vezes ela foi colocada sobre duvidas, pre
julgamentos, e humilhações, deixando assim um processo parcial e colocado em
duvida da veracidade da vitima.
No caso de Mariana por exemplo ela sofreu diversas ameaças, assim como
sua imagem foi veemente manchada com coisas pessoais não relevantes ao processo
e caso, assim como uso de palavras depreciadoras e ofensivas e mesmo assim não
havendo impedimento ou amparo legal das demais autoridades e advogados
presentes, caso esse onde se e investigado a conduta de tais acusadores e
advogados, onde se espera por investigação e solução, e forma como que se defina
se as condutas e a forma que foi conduzido o caso foram legais e permitidas ou não.
Precisamos estarmos com maior empatia e é necessário que se criem formas onde
o Estado, as instituições policiais e a própria sociedade como um todo colabore, e
façam formas onde a vitima seja encorajada, e sinta mais segura a denunciar esses
crimes assombrosos que deleita sobre a sociedade diariamente, e que seja criada
instituições ou órgãos que se especializem e se adeque a cada caso e a cada vitima,
e que essas instituições e o próprio estado haja de forma com que a vitima e as provas
digam por si só, e demonstre sempre a verdade dos fatos.
Pois como se o trauma já não fosse horrível o bastante, conviver com ele pode se
tornar uma continuação da tortura.
A mulher é julgada, questionada e considerada culpada por ter “se colocado”
naquela situação.
Há casos em que as mulheres, vítimas, cometeram suicídio por não conseguirem
lidar com a dor e com a pressão social. Essas vitimas devem ser colocadas sobre
maior apoio psicológico profissional, a fim de superar o ocorrido e poder voltar tentar
a viver novamente sem esse trauma.
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CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS