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CURITIBA
2022
JULIA FERNANDA GROHS
CURITIBA
2022
JULIA FERNANDA GROHS
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Orientador: Professora Marcia Leardini
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Curitiba, __ de ________ de 2022
AGRADECIMENTOS
À minha mãe Sabrina, por toda força e apoio, me incentivando a correr atrás
dos meus sonhos e objetivos e por nunca me deixar desistir.
Ao meu pai Alfredo, por nunca ter medido esforços para me proporcionar a
melhor educação possível, me encorajando e acreditando em mim em todos os
momentos.
Ao meu irmão Vinicius, pelo suporte e amizade, e por nunca ter saído do
meu lado.
A presente pesquisa tem como objetivo o estudo das vítimas e seus direitos dentro
de um crime, entendendo se há eficácia na legislação brasileira, no que consiste em
garantir ou impedir o ato, evitando uma segunda vitimização. Nessa analise, é
importante o estudo para entender, desde antigamente, o papel que a vitima ocupa,
o grau de sua participação e a sua relevância a longo do processo, para também
decidir e proporcionar suas necessidades em seguida do ato. Diante do caso
exposto, verifica-se que há uma precária atenção com as vitimas, e que seus
interesses não se igualam ao do Estado. Com a Vitimologia, é possível um estudo
abrangente do assunto, entendendo por completo o tal direito e interesse da vítima.
Por fim, há uma grande comparação ao ordenamento jurídico, e o quanto é precário
nessa função.
The present research aims to study the victims and their rights within a crime,
understanding if there is efficacy in the Brazilian legislation, in what consists of
guaranteeing or preventing the act, avoiding a second victimization. In this analysis, it
is important the study to understand the role the victim occupies, the degree of his or
her participation and relevance throughout the process, to also decide and provide
his or her needs after the act. In view of the above case, it is verified that there is a
precarious attention to the victims, and that their interests are not equal to those of
the State. With victimology, a comprehensive study of the subject is possible, fully
understanding the victim's rights and interests. Finally, there is a great comparison
with the legal system, and how precarious it is in this function.
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................. 1
2. VITIMOLOGIA .................................................................................................. 3
2.1 CONCEITO DE VITIMOLOGIA ......................................................................... 3
2.2 VITIMOLOGIA NO BRASIL ................................................................................... 6
3. VÍTIMA .................................................................................................................. 8
3.1 CONCEITO DE VÍTIMA......................................................................................... 8
3.2 VÍTIMA PENAL...................................................................................................... 9
3.3 CLASSIFICAÇÃO DAS VÍTIMAS ........................................................................ 10
3.4 DUPLA PENAL E VITIMIZAÇÃO ........................................................................ 12
3.4.5 VITIMIZAÇÃO PRIMÁRIA, SECUNDÁRIA E TERCIÁRIA ............................... 13
4. CONTRIBUIÇÃO DAS VÍTIMAS NOS CRIMES ...................................................16
4.1 CÓDIGO PENAL BRASILEIRO E A VÍTIMA ....................................................... 16
4.2 PARTICIPAÇÃO DA VÍTIMA E SEU PAPEL NA DOSIMETRIA DA PENA ........19
4.3 PRECIPITAÇÃO OU PROGRAMAÇÃO DO CRIME PELA VÍTIMA ................... 21
4.5 LEGISLACAO BRASILEIRA AO CUIDAR DAS VÍTIMAS .................................. 22
4.5 ITER VICTMAE ................................................................................................... 28
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 30
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................32
1
1. INTRODUÇÃO
2. DA VITIMOLOGIA
1PIEDADE JÚNIOR, Heitor. Vitimologia: Evolução no tempo e no espaço. Rio de Janeiro: Freitas
Bastos, 1993
4
pena e obrigando a vítima a receber (SANTOS, 1991). Aqui, percebe-se que o não
via a vítima como peça ou elemento do crime, mas sim uma imperfeição exterior a
ele.
Esse conceito estende-se para as Escolas Clássica e Positivista. Na
Escola Clássica, por exemplo, havia uma ampla cisma com o crime, agora na Escola
Positivista a consideração estava voltada para o criminoso. Esse abando em
relacionamento á vítima também pode ser olhado em outras áreas do conhecimento.
Segundo Luiz Flávio Gomes e Antonio Pablos de Molina:
2
GOMES, Luiz Flávio e GARCÍA-PABLOS DE MOLINA, Antonio. Criminologia, 3. ed. rev, at. e amp..
São Paulo: Revista dos Tribunais, 2000, p.73
3
PIEDADE JÚNIOR, Heitor. Vitimologia: Evolução no tempo e no espaço. Rio de Janeiro: Freitas
Bastos, 1993.
5
Por sua vez, Ana Isabel Garita Vilchez define vítima como:
a pessoa que sofreu alguma perda, dano ou lesão, seja em sua pessoa
propriamente dita, sua propriedade ou seus direitos humanos, como
resultado de uma conduta que: a) constitua uma violação da legislação
penal nacional; b) constitua um delito em virtude do Direito Internacional; c)
constitua uma violação dos princípios sobre direitos humanos reconhecidos
internacionalmente ou d) que de alguma forma implique um abuso de poder
por parte das pessoas que ocupem posições de autoridade política ou
econômica (apud PIEDADE JÚNIOR, 1993, p. 88).
4
BITTENCOURT, Edgard de Moura. Vítima: vitimologia, a dupla penal delinquente-vítima,
participação da vítima no crime, contribuição da jurisprudência brasileira para a nova doutrina.
São Paulo: Universitária de Direito, 1971, p. 21
6
3. VÍTIMA
Para Alline, conceitua como "A expressão vítima por si só tem o significado de
perda, atado, amarrado, pessoa ou animal que, ao perder uma batalha, não tem
como impor resistência ao sofrimento". Nesse sentido, há como entender a figura da
vítima como uma pessoa perdedora, frágil de certa forma. É de alguma forma pensar
do porquê as pessoas não se sentem a vontade de se imaginarem nessa posição,
mesmo que não é possível descartar tal ideia.
Mendelsohn, pelas palavras de Piedade Junior, citava como:
5
PIEDADE JÚNIOR, Heitor. Vitimologia: Evolução no tempo e no espaço. Rio de Janeiro: Freitas
Bastos, 1993.
9
Por sua vez, Frederico Abrahão de Oliveira explica que a vítima é alguém que
teve seus direitos humanos e/ou seus direitos fundamentais atingidos, de um jeito
físico, mental ou econômico.
"O foco da abordagem deve ser mais amplo, já que existem vítimas de crime
e de não crime" (FERNANDES, 1995, p. 39). Já Paul Separovic define vítima como
sendo “qualquer pessoa, física ou moral, que sofre como resultado de um
desapiedado desígnio, incidental ou acidental”.
Scarance Fernandes, seguindo o pensamento de Paul, critica determinada
posição, afirmando ser impossível determinar as abrangentes vítimas dos crimes.
Em um viés jurídico, Scarance descreve que há duas principais dificuldades.
Primeiramente, com o conceito, que pode ser amplo ou restrito, ligado ou não a
vítima. Para ele, o conceito restrito se limita a área criminal, havendo uma variedade
de papéis em que a vítima penal pode ocupar dentro daquele caso, existindo
consequentemente uma variedade terminológica, podendo ser caracterizada como a
segunda dificuldade presente.
De tal modo também, define as vítimas como:
as pessoas que, em razão da ofensa a uma norma jurídica substantiva,
viessem a sofrer algum prejuízo, algum dano, alguma lesão. Incluídas
6
KIRCHHOFF, Gerd Ferdinand. Vitimologia: um empreendimento supérfluo? Vitimologia em
Debate. Trad. da profª Mina Seinfeld Carakushansky, coordenadores: Ester Kosovski, Heitor Piedade
Júnior e Eduardo Mayr. Rio de Janeiro: Forense, 1990
10
7FERNANDES, Antonio Scarance. O Papel da Vítima no Processo Criminal. São Paulo: Malheiros,
1995
11
8
KOSOVSKI, Ester. Fundamentos da vitimologia. Vitimologia em Debate. Coordenadores: Ester
Kosovski, Heitor Piedade Júnior e Eduardo Mayr. Rio de Janeiro: Forense, 1990.
13
própria conduta ou não. Nessa condição, o agressor claramente tem como o objetivo
principal de prejudicar a vítima. Em caso, cada crime cria uma vítima, porém, já de
conhecimento e entendimento, que não é criado apenas uma vítima e sim várias, em
vezes que até o Estado se enquadra.
A vitimização é um fenômeno pelo qual uma pessoa ou algum grupo de
indivíduos se torna vítima de uma infração penal. (MANZANERA, 2002, p.73).
Piedade Júnior faz uma direção a ilustração sobre esse processo:
Molina ainda descreve que nem sempre o processo de vitimização tem uma
finalização propriamente dita. Alguns episódios traumatizam a vítima de uma forma
tão grande que por muito tempo ainda há danos que prejudicam sua vida, e muitas
vezes fazendo –a se privar de certas coisas.
Explica também da mesma maneira que existem determinados casos que não
são entendidos pela vítima, exemplo disso, alguns casos de assédio moral no
trabalho, onde é alguma ilusão de um benefício.
Conforme leciona Beristain (2000) em seus estudos, muitas ocorrências são
ocultadas da polícia pelo fato das vítimas se envergonharem ou estarem
traumatizadas com o ocorrido, recaindo diversos delitos no fenômeno conhecido
como cifra oculta, no qual diversos delitos não são nem conhecidos pelo Poder
Público. O autor pretendia mostrar como a cifra oculta está ligada ao sistema penal,
vez que as estatísticas criminais que fundamentam as políticas públicas não são
recebidas e a população carece de uma tutela jurisdicional adequada.
A vitimização se baseia em três esferas: Vitimização primária, Secundária e
Terciária.
9
PIEDADE JÚNIOR, Heitor. Vitimologia: Evolução no tempo e no espaço. Rio de Janeiro: Freitas
Bastos, 1993
14
10
PENTEADO FILHO, Nestor Sampaio. Manual Esquemático de Criminologia. São Paulo: Saraiva,
2012. P. 124
11 MORAES, Alexandre Rocha Almeida de; FERRACINI NETO, Ricardo. Criminologia. Salvador:
JusPodvm, 201
15
De acordo com Oliveira (1998), na maioria das vezes, os autores dos crimes
se responsabilizam, a partir da sua conduta de um fato denominado crime, e ainda
dependendo do comportamento e ação do autor, se caracterizam em doloso ou
culposo. O dolo direto é caracterizado pelo fato de o agente querer e reconhecer o
resultado. Enquanto isso, no dolo eventual, o agente não pretende o resultado, mas
assume risco (artigo 18 do Código Penal).
Por outro lado, o crime culposo, previsto no artigo 18, parágrafo II do Código
Penal, caracteriza- se pelo crime praticado sem a intenção, mesmo proibido por
legislação. Nesse caso, pode ser denominado como imprudência, negligência ou
imperícia.
Já estudado anteriormente, a vítima que tinha controle sobre seu sofrimento
na Antiguidade. Desse modo e tempo depois, o Estado decidiu se colocar a frente
para evitar maus tratos, denominadas vinganças privadas. Com isso, Jorge explica
como:
A partir do momento em que o Direito Penal se tornou questão de ordem
pública, o Estado chamou para si o direito de punir, vedando a vingança privada.
Dessa forma, é como se o Estado sempre fosse atingido com a violação da norma
penal, por ser o titular desta norma, representando a violação do preceito
incriminador uma afronta aos seus interesses na preservação da ordem, na garantia
da paz pública e na proteção da sociedade e de seus membros (JORGE, 2005, p.
39).
Nesse caso, por mais que a prática tenha atingido a vítima, quem se encaixa
na figura do sujeito passivo é o Estado. Assim, as vítimas ficam à mercê das ações
do Estado, e quando o ato criminoso é privado, a representação legal só pode atuar
se o interesse em punir o infrator for exclusivamente seu.
No entanto, deve-se perguntar se os interesses do Estado em castigar os
criminosos coincidem com os interesses das vítimas.
De estudos científicos A maioria das vítimas busca justiça. E essa justiça nem
sempre precisa ser obtida por meio de compensação financeira. De fato, de acordo
com a experiência de Louk Houlsman no tribunal de París, o principal interesse das
vítimas é chamar a atenção das autoridades competentes, ser ouvidas quando falam
sobre suas perdas e, assim, tentar aliviar seus encontrar uma maneira de acalmá-
los, encontrar uma maneira de viver em paz novamente. Os interesses das vítimas
nem sempre coincidem com o que o Estado interpreta como ideais. Há situações em
18
que a vítima nem roga punição ao agressor - e nesse aspecto não julgamos o que o
motiva a tomar uma decisão.
A verdade é que quando o problema cai no aparelho judicial, deixa
de pertencer àqueles que o protagonizaram, etiquetados como
delinquente e vítima, para ser uma questão de ordem pública. A
partir de então, o destino dos envolvidos na relação pertence ao
Estado, através de seu sistema penal 15
lei), ou das judiciais (de acordo com os dados fáticos nos autos e são extraídas pelo
juiz para a fixação da pena base).
Vanessa Mazzuti declara que a vítima pode ter certa influência na prática do
delito, por isso é importante observar sua conduta para fixar a pena. Sendo ainda
caracterizado de origem facilitadora ou provocadora no ato ilícito. Com esse
raciocínio, as circunstâncias judiciais necessariamente não se relacionam com o
delito de forma direta, mas a importância de analisar de forma correta para uma
aplicação da pena do agressor é crucial.
Em sua obra, declara Edgard Moura Bittencourt (1978) que em alguns casos,
quando houver certa participação da vítima inconscientemente, há probabilidades do
autor ser absolvido pela atenuação da pena, diminuição ou até em alguns casos o
perdão judicial, por estar de acordo com alguma excludente de ilicitude ou
culpabilidade. Deve estar atento em relação ao comportamento do ofendido, por ter
resultado antijurídico ou atípicos em alguns momentos.
A avaliação do juiz é essencial quanto a participação da vítima no crime.
Apesar de não justificar o ato, de alguma forma minimizam a conduta do autor, se
tiver alguma contribuição direta ou indireta, fazendo assim com que a pena seja
avaliada, de acordo com Júlios Fabbini Mirabele (2002).
Em relação sobre a participação da vítima no processo no ato do crime:
aplicada em favor do réu; caso não tenha participação da vítima, deve ser uma
situação neutralizada.
Tal jurisprudência descreve;
O comportamento da vitima apenas deve ser considerado em benefício do
agente, quando a vitima contribui decisivamente para a pratica do delito,
devendo tal circunstancia ser neutralizada na hipótese contraria, de não
interferência do ofendido no cometimento do crime, não sendo possível,
portanto, considera-la negativamente na dosimetria da pena 17
17
STJ. HC n. 255231, julgado em 26/2/2013, Relator: Min Marco Aurélio Bellizze
22
Tais leis tem como objetivo poupar a vitima de futuros acontecimentos que
poderão de certa forma ser evitados, durante o decorrer do processo, já que
realizados por órgão competente.
Citarei a seguir dois grandes exemplos: A Lei dos Juizados Especiais Cíveis e
Criminais – Lei n 9.099, de 26 de setembro de 1995, que veio para regulamentar
todo o processo nos Juizados Especiais Cíveis e Criminais, separando-os em
esferas diferentes. Assim, juizado especial cível é responsável por analisar,
promover a conciliação e o julgamento onde o valor da causa será de até 40
salários-mínimos.
Já o juizado especial criminal, tem o dever de analisar, conciliar e promover o
julgamento de infrações que estão de acordo com um poder ofensivo menor, de
acordo com o artigo 60 da Lei 9.099/95. Disposto como “o Juizado Especial Criminal,
provido por juízes togados ou togados e leigos, tem competência para a conciliação,
o julgamento e a execução das infrações penais de menor potencial ofensivo,
respeitadas as regras de conexão e continência”.
Nesse espaço, como já mencionado anteriormente, a vítima passou e ocupou
posições diferentes em relação ao seu papel e importância no delito, sendo no final
a intervenção do Estado para evitar situações mais brutas. Contudo, após essa fase,
a vítima foi se tornando esquecida, e o agressor possuía toda atenção, sendo que
deveria ser ao contrário.
De acordo com Luiz Flávio Gomes, com a Lei n 9.099 de 1999, a nova
legislação “está em perfeita consonância com as fundamentais reivindicações da
Vitimologia” (MOLINA; GOMES, 1999, apud JORGE, 2005, p.95); tem como o
objetivo se atentar ao tratamento com a vítima.
Nesse caso, é priorizado a partir de como a vítima irá agir, seu
comportamento. Se a conciliação for uma etapa não sucedida, assim seguira o
próximo caminho no qual irá ser aplicada uma sanção não- privativa de liberdade.
Como já mencionado nesse trabalho, a maior vontade da vítima, é que haja a
confirmação do crime pelo autor, já que se torna mais fácil pelo sistema.
Nos termos da Lei, dando ênfase no artigo 62, é descrito onde o Juizado deve
atuar, como a simplicidade, informalidade, oralidade, celeridade e economia
processual. Explica também que, na medida do possível, a pessoa priorizada será a
vítima, buscando reparar os danos sofridos.
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e audiência ainda não tenha sido realizada. No artigo 21, dispõe sobre a vitima ter
direito do processo movido pelo seu agressor, em qualquer esfera que esteja.
No artigo 23, ainda sobre as medidas protetivas dispõe:
Poderá o juiz, quando necessário, sem prejuízo de outras
medidas:
I - encaminhar a ofendida e seus dependentes a programa
oficial ou comunitário de proteção ou de atendimento;
II - determinar a recondução da ofendida e a de seus
dependentes ao respectivo domicílio, após afastamento do
agressor;
III - determinar o afastamento da ofendida do lar, sem prejuízo
dos direitos relativos a bens, guarda dos filhos e alimentos;
IV - determinar a separação de corpos.
V - determinar a matrícula dos dependentes da ofendida em
instituição de educação básica mais próxima do seu domicílio,
ou a transferência deles para essa instituição,
independentemente da existência de vaga.
No artigo 27, determina a Lei que a vítima precisa estar sempre com um
acompanhante em todas as medias judiciais, e também de um advogado, já
enquadrado no artigo 28, onde tem acesso a "Defensoria Pública ou de Assistência
Judiciária Gratuita, nos termos da lei, em sede policial e judicial, mediante
atendimento específico e humanizado"
Em relação ao artigo 29, dispõe sobre a equipe de atendimento
multidisciplinar, (profissionais especializados nas áreas psicossocial, jurídica e de
saúde); do artigo 30 (Ministério Público e a Defensoria Pública, com a função de
desenvolver trabalhos de orientação, prevenção e outras medidas), e artigo 31
(quando precisar de uma pesquisa mais profunda por especializado profissional).
Diante dessa grande análise, fica claro o importante e fundamental papel que
a Lei Maria da Penha ocupa na sociedade, pois pelo Estado, recebe ajuda e amparo
quando necessário. Porém, devera ser necessário em breve, a proteção a todas as
mulheres, sem exceção, a qualquer ato em que elas ocupem o papel da vítima.
A Lei de Proteção as Vítimas e Testemunhas Ameaçadas - Lei nº 9.807, de
13 de julho de 1999, foi responsável por instituir o PROVITA (Programa de Proteção
às Vítimas e Testemunhas). No contexto atual de ampla criminalidade, muitos delitos
carecem da devida averiguação ante a falta de testemunhos e depoimentos
decorrentes do medo que as testemunhas e vítimas sentem, seja por falta de
amparo e segurança por parte do Estado, seja pelas circunstâncias do crime em si.
Nesse sentido, o PROVITA visa amparar e proteger testemunhas, vítimas e seus
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5. CONCLUSÃO
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
NUCCI, Guilherme de Souza. Código penal comentado. 17. ed. rev. atual. e aum.
Rio de Janeiro: Forense, 2017