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CURSO TÉCNICO EM

TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

MATEMÁTICA FINANCEIRA I E II

Juazeiro do Norte – 2015.

1
CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES
IMOBILIÁRIAS - TTI
Os textos do presente Módulo não podem ser reproduzidos sem autorização da
ALVO – Cursos Preparatórios, Técnicos e Profissionalizantes.
Rua: São Paulo, 1687, Salesianos, Juazeiro do Norte – CE
Tel: (88)9.8878.6004 / (88)9.9785.6011

CURSO DE FORMAÇÃO DE TÉCNICOS EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

COORDENAÇÃO NACIONAL
Maria Laiane Quesado – Mantenedora

COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
Maria Madalena da Silva – Pós-graduada em Gestão Escolar/Diretora Administrativa

COORDENAÇÃO/DESENVOLVIMENTO DE CONTEÚDO
Maria Laiane Quesado – Graduando Administração de Empresas
João Paulo da S. Olegário – Licenciatura em Ciências Matemáticas

EQUIPE DE APOIO TÉCNICO: ALVO/CE


Maria Laiane Quesado
Yasmym Souza Barros
Maria Daiane da Silva Quesado

EDITORAÇÃO ELETRÔNICA E CAPA


Maria Laiane Quesado

________________, MATEMÁTICA FINANCEIRA I e II, Módulo III, ALVO, Curso


Técnico em Transações Imobiliárias. Ceará.

Conteúdo: Unidade I: Números Proporcionais; Números Diretamente


Proporcionais; Números Inversamente Proporcionais; – Unidade II: Operações
Sobre Mercadorias; Preços de Custo e Venda; Operações Comerciais; –
Unidade III: Taxa de Juros; Homogeneidade Entre o Tempo e a Taxa; Juro
Exato e Juro Comercial; Juro Exato; Taxas de Juros Diários; Juro Exato Obtido;
Juro Comercial; Taxa de Juro Diário Comercial; Juro Comercial - Unidade IV:
Inflação; Definição de Inflação; Inflação de Demanda; Inflação de Custos;
Índices de Inflação; Capitalização Simples; Juros e Montante Simples; Desconto
Simples; Capitalização Composta; Juros e Montantes Compostos; Exercícios;
Outros Exercícios; Bibliografia.
Todos os direitos desta edição são reservados à ALVO – CURSOS PREPARATÓRIOS.

Sumá rio
1 – NÚMEROS PROPORCIONAIS................................................................................7

2
1.1 – NÚMEROS DIRETAMENTE PROPORCIONAIS...................................................7

1.2 – NÚMEROS INVERSAMENTE PROPORCIONAIS................................................7

2 – OPERAÇÕES SOBRE MERCADORIAS.................................................................11

2.1 – PREÇOS DE CUSTO E VENDA..........................................................................11

2.2 – OPERAÇÕES COMERCIAIS – LUCROS E PREJUÍZOS....................................11

3 – TAXA DE JUROS.................................................................................................... 17

3.1 – HOMOGENEIDADE ENTRE O TEMPO E A TAXA.............................................17

3.2 – JURO EXATO E JURO COMERCIAL..................................................................18

3.3 – JURO EXATO.......................................................................................................18

3.4 – TAXAS DE JUROS DIÁRIOS EXATOS...............................................................18

3.5 – JURO EXATO OBTIDO........................................................................................ 18

3.6 – JURO COMERCIAL............................................................................................. 19

3.7 – TAXA DE JURO DIÁRIO COMERCIAL...............................................................19

3.8 – JURO COMERCIAL.............................................................................................19

4 – INFLAÇÃO..............................................................................................................23

4.1 – DEFINIÇÃO..........................................................................................................23

4.2 – INFLAÇÃO DE DEMANDA...................................................................................24

4.3 - INFLAÇÃO DE CUSTOS......................................................................................24

4.4 - INDICES DE INFLAÇÃO.......................................................................................24

5 - CAPITALIZAÇÃO SIMPLES....................................................................................27

5.1 - JUROS E MONTANTE SIMPLES.........................................................................27

5.2 - DESCONTO SIMPLES.........................................................................................30

6 - CAPITALIZAÇÃO COMPOSTA...............................................................................35

6.1 - JUROS E MONTANTES COMPOSTOS...............................................................35

EXERCÍCIOS................................................................................................................37

OUTROS EXERCÍCIOS................................................................................................38

BIBLIOGRAFIA.............................................................................................................. 41

3
UNIDADE
I

INTRODUÇÃO

4
Estamos no século XXI, na era da informação e atualização. O mundo nos
transporta para conhecer a cada dia os desafios do cotidiano, o ser que nasce e se
transforma de maneira diferente, o aquecimento global, as guerras, o mundo
tecnológico e várias outras conquistas que temos em nossas mãos. Sem esquecer
que viver se torna um desafio, diante das adversidades que enfrentamos. A
matemática neste contexto se torna uma desatadora de “nós”, ela aproxima a
quantidade exata dos valores da economia mundial, nos informa os índices de
desemprego e emprego e contabiliza a situação interna e externa de todos os fatores
que divergem a sociedade.

Há cientistas que afirmam que para se sair bem neste século precisamos
empregar no nosso contexto profissional e prático, o mundo dos números como forma
de garantirmos nossos próprios interesses e subsistência, ou seja, ser melhor que a
máquina, mais cedo ou mais tarde ela irá nos substituir de forma geral. Será filosofia
de vida? Fatos reais dos pesquisadores? Enquanto isso vamos nos dedicar a ser
expoentes das nossas próprias potências de mundo profissional. Veja como se iniciou
o estudo da matemática financeira:

Os cálculos financeiros, é um ramo da matemática que utiliza-se de bases, conceitos,


dados, números, dentre outros para conceituar a economia de mercado, empresarial,
social, financeiro próprio, de forma linear e integral no mundo globalizado.

A Matemática Financeira possui diversas aplicações no atual sistema econômico.


Algumas situações estão presentes no cotidiano das pessoas, como financiamentos de
casa e carros, realizações de empréstimos, compras a crediário ou com cartão de
crédito, aplicações financeiras, investimentos em bolsas de valores, entre outras
situações. Todas as movimentações financeiras são baseadas na estipulação prévia de
taxas de juros. Ao realizarmos um empréstimo a forma de pagamento é feita através de
prestações mensais acrescidas de juros, isto é, o valor de quitação do empréstimo é
superior ao valor inicial do empréstimo. A essa diferença damos o nome de juros.

O conceito de juros surgiu no momento em que o homem percebeu a existência de uma


afinidade entre o dinheiro e o tempo. As situações de acúmulo de capital e
desvalorização monetária davam a ideia de juros, pois isso acontecia em razão do valor
momentâneo do dinheiro. Algumas tábuas matemáticas se caracterizavam pela
organização dos dados e textos relatavam o uso e a repartição de insumos agrícolas
através de operações matemáticas. Os sumérios registravam documentos em tábuas,
como faturas, recibos, notas promissórias, operações de crédito, juros simples e
compostos, hipotecas, escrituras de vendas e endossos.

Essas tábuas retratavam documentos de empresas comerciais e algumas eram


utilizadas como ferramentas auxiliares nos assuntos relacionados ao sistema de peso e
medida. Havia tábuas para a multiplicação, inversos multiplicativos, quadrados, cubos e
exponenciais. As exponenciais com certeza estavam diretamente ligadas aos cálculos
relacionados a juros compostos; e as de inverso eram utilizadas na redução da divisão
para a multiplicação.

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Tábua que relatava o sistema de escrita dos sumérios

Nessa época os juros eram pagos pelo uso de sementes e de outros bens emprestados,
os agricultores realizavam transações comerciais com as quais adquiriam sementes
para as suas plantações. Após a colheita, os agricultores realizavam o pagamento
através de sementes com a seguida quantidade proveniente dos juros do empréstimo. A
forma de pagamento dos juros foi modificada para suprir as exigências atuais. No caso
dos agricultores, era lógico que o pagamento seria feito na colheita seguinte. A relação
tempo/ juros foi se ajustando de acordo com a necessidade de cada época. Atualmente,
nas transações de empréstimos, o tempo é preestabelecido pelas partes negociantes.

Por Marcos Noé, BRASIL ESCOLA,


http://www.brasilescola.com/matematica/matematica-
financeira.htm

Vamos aprender um pouco sobre este ramo da matemática? Bom curso a todos e
vamos nessa!

João Paulo da Silva Olegário

6
1 - Números proporcionais

Os números proporcionais são forma, dizemos que os números nessa


divididos em diretamente e ordem são proporcionais e o
inversamente proporcionais, e são coeficiente de proporcionalidade é igual
utilizados em situações envolvendo a, 1/3.
regra de sociedade, abordando as
divisões de lucros, prejuízos, sociedade
em investimentos entre outras Exemplo-2
situações de repartição de capitais.
Vamos determinar os valores de x e y,
1.1 Números diretamente considerando que os números 6, 8, 16
proporcionais são diretamente proporcionais aos
números 30, x, y.
Dados os números a, b, c e d, e, f,
dizemos que eles são diretamente
proporcionais quando a igualdade entre
as respectivas razões possuem o
mesmo valor. Dessa forma, concluímos
que:

. Os valores de x e y são, respectivamente,


O resultado das divisões é denominado 40 e 80.
coeficiente de proporcionalidade. E no
caso das proporções, também é válida 1.2 Números inversamente proporcionais
a seguinte propriedade:

Dados os números a, b, c e d, e, f,
dizemos que eles são inversamente
. proporcionais quando um número está
para o inverso do outro, prevalecendo a
Exemplo-1 igualdade entre as respectivas razões.
Dessa forma, concluímos que:
Vamos verificar se os números 2, 5, 8 e
10 são diretamente proporcionais aos
números 6, 15, 24 e 30
respectivamente. Para isso, vamos
aplicar a regra da igualdade entre as
razões.

Exemplo-3

Verifique se os números 2, 4, 6 são


inversamente proporcionais aos
números 90, 45, 30, respectivamente.

Após simplificar as frações à forma


irredutível, verificamos que a igualdade
entre as razões foi comprovada. Dessa

7
Para desenvolver as frações acima, tabela acima, considerando 3
devemos conservar o numerador e acertadores e 4 acertadores?
multiplicar pelo inverso do
denominador. c) O número de acertadores e os
prêmios são grandezas diretamente ou
inversamente proporcionais?

Verificada a igualdade, dizemos


que os números são inversamente
proporcionais.
2) Diga se é diretamente ou
inversamente proporcional:
Exemplo-4
a) Número de pessoas em um
Vamos verificar se os números 2, 4, 8 churrasco e a quantidade (gramas) que
são inversamente proporcionais aos cada pessoa poderá consumir.
números 20, 10, 5. Para que eles b) A área de um retângulo e o seu
sejam inversamente proporcionais, comprimento, sendo a largura
devemos aplicar a regra do exemplo 3. constante.
c) Número de erros em uma prova e a
nota obtida.
d) Número de operários e o tempo
necessário para eles construírem uma
casa.
e) Quantidade de alimento e o número
de dias que poderá sobreviver um
náufrago.
Os números são inversamente
proporcionais, pois possuem o mesmo
coeficiente de proporcionalidade.
3) Os números x, y e 32 são
Exercícios diretamente proporcionais aos números
40, 72, 128. Determine os
1) Um prêmio de R$ 600.000,00 vai ser números x e y.
dividido entre os acertadores de um
bingo. Observe a tabela e responda:

Número de
Prêmio
acertadores
R$ 4) Sabendo que a, b, c e 120 são
3
200.000,00 diretamente proporcionais aos números
R$ 180, 120, 200 e 480, determine os
4
150.000,00 números a, b e c.
a) Qual a razão entre o número de
acertadores do prêmio de Cálculos ....
R$200.000,00 para o prêmio de
R$150.000,00?

b) Qual a razão entre os prêmios da

ANOTAÇÕES
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UNIDADE
II

2 - Operações sobre mercadorias

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2.1 – PREÇOS DE CUSTO E VENDA;

Veremos neste capítulo problemas de percentagem relacionados às OPERAÇÕES DE


COMPRA E VENDA DE MERCADORIAS, fazendo cálculos de LUCRO ou PREJUÍZO
sobre os preços de custo e de venda de mercadorias.
A venda de mercadorias pode oferecer um lucro, e este lucro pode ser sobre o preço
de custo ou sobre o preço de venda. O preço de custo de uma mercadoria
compreende o preço de aquisição, acrescido das despesas diretas sobre a compra e
sobre a venda e, ainda, das despesas de administração e funcionamento da empresa.

2.2 - OPERAÇÕES COMERCIAIS – LUCROS E PREJUÍZOS

* Noção de compra e venda de mercadoria

Todo comerciante compra uma certa mercadoria por um determinado preço, que
é chamado de preço de custo, e em seguida, efetua a revenda do mesmo com lucro
ou prejuízo, dependendo do preço que a mercadoria foi passada ao mercado
consumidor.

Em tutoriais anteriores, estudamos sobre porcentagem e juros, e agora iremos


aplicar alguns conhecimentos para tratar deste assunto.

Em problemas envolvendo porcentagem sobre compra e venda de mercadorias,


temos os seguintes casos distintos:

» porcentagem (%) sobre venda

» porcentagem (%) sobre custo

E porque ter noção desta distinção?? Ela se torna muito importante na resolução
de problemas envolvendo dinheiro.

* Porcentagem sobre o preço de custo

Quando o cálculo sobre o preço de lucro (ou prejuízo) é calculado, em bases


percentuais, em cima do preço de custo do produto adquirido, temos o que é chamado
de porcentagem sobre o custo.

Este é o processo normal, e que é usado e adotado no mercado comercial.

Desta forma, se um comerciante ou pessoa física, compra um determinado


produto por um valor de R$ 200,00 (preço de custo) e este for ser revendido com um
lucro de 30%, isto quer dizer que nesta operação o lucro em espécie da operação é de
R$ 30,00 (lucro) para cada valor de R$ 100,00 do preço do custo.

Acompanhe o raciocínio:

Através de um cálculo da regra de três (já estudado anteriormente), temos:

11
R$ 200,00 --------------- 100%
X --------------- 30%

X = 200 . 30
100

X = 6000
100

X = R$ 60,00 (valor do lucro total na operação


Em toda operação, envolvendo problemas relacionados com porcentagem sobre
o custo do produto, as partes obrigatórios de cálculos na operação são:
» Venda
» Custo
» Lucro (ou prejuízo, conforme operação)

Para que haja uma memorização melhor sobre estes elementos fundamentais de
cálculo sobre porcentagem de custo, observe:
C = CUSTO
V = VENDA
L = LUCRO
P = PREJUÍZO

 Exercícios para fixar conteúdo sobre CUSTO, VENDA, LUCRO E


PREJUÍZO

Para uma melhor compreensão do tema acima, veremos como resolver os


problemas abaixo.
Para poder resolver os problemas citados com facilidade, basta saber as
seguintes questões:

- o preço de custo (ou preço de compra) é sempre igual a 100% (cem por cento)

- a venda do produto (com prejuízo na operação) é sempre igual ao preço de


custo menos o prejuízo, da seguinte forma:

C–P=V ou V=C–P
100% - 30% = 70% 70% = 100% - 30%

- a venda do produto (com lucro na operação) é sempre igual à soma do custo


mais o lucro, da seguinte forma:

C+L=V ou V=C+L
100% + 30% = 130% 130% = 100% + 30%

a) Qual o preço que é possível vender um produto que teve seu custo de R$
700,00, para se ter um lucro final de 15%?

Solução:

C*L=V » 100% + 15% = 115%

R$ 700,00 ---------- 100% (custo da operação)


X ---------- 115% (venda da operação)

X = 115 . 700
100

12
X = 10.500/100 = R$ 805,00

O valor do produto será de R$ 805,00

b) Qual o preço que é possível vender um produto que teve seu custo de R$
300,00, para se ter um lucro final de 50%?

Solução:

C*L=V » 100% + 50% = 150%

R$ 300,00 ---------- 100% (custo da operação)


X ---------- 150% (venda da operação)

X = 150 . 300
100

X = 45000/100 = R$ 450,00 O valor do produto será de R$ 450,00

c) Uma pessoa vendeu um automóvel pelo valor de R$ 25.000,00, ganhando


o valor de 20% (vinte por cento) sobre o custo. Qual foi o lucro desta pessoa
nesta operação?

Solução:

C + L = V » 100% + 20% = 120%

25.000 ---------- 120% (venda da operação)


X ---------- 20% (lucro da operação)

X = 25.000 . 20
120

X = 500.000 / 120 = R$ 4.166,67 (valor arredondado)

O lucro da operação foi de R$ 4.166,67

d) Uma geladeira foi vendida com um lucro final de 35%. Calcule o valor da
venda, sabendo que o lucro na operação foi de R$ 250,00.

Solução:

C + L = V -à 100% + 35% = 135%

250 ---------- 35% (lucro da operação)


X ---------- 135% (venda da operação)

X = 135 . 250
35

X = 33.750 / 35 = R$ 964,29 (valor arredondado)

O valor da venda foi de R$ 964,29

Exercícios:

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1- Um objeto foi vendido com um prejuízo de 40% sobre o preço de custo.
Sabendo que esse objeto custou R$300,00, qual foi o preço de venda?
2- Um bem de consumo que custa R$6000,00 foi vendido com um prejuízo de
25% sobre o preço de venda. Calcule o preço de venda.
3- Vendendo por R$ 600,00 um objeto que custou R$ 480,00, qual será a
percentagem de lucro?
4- De quanto por cento foi meu prejuízo sobre a venda de um objeto que me
custou R$ 280,00 e foi vendido por $ 250,00?

ANOTAÇÕES

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UNIDADE
III

3 - TAXA DE JUROS:
3.1) Homogeneidade entre o tempo e taxa;

 O que é homogeneidade?
Significa que num determinado meio, as suas propriedades mantêm-se em
toda a sua extensão.
Na matemática financeira a homogeneidade apresenta-se como um fator que
está estabelecido entre o tempo e a taxa de juros;

TAXAS

Suponhamos que num torneio de futebol, o artilheiro do time A tenha marcado


18 gols, e o artilheiro do time B marcado 24 gols.
A razão entre o número de gols o jogador do time A e o número de gols do time B é:

16
18 = 3 = 0,75 = 7524 4 100
Quando uma razão é apresentada com o consequente 100, neste caso 75 , ela é
chamada razão centesimal. 100
Podemos ainda, substituir 1 pelo símbolo %, que lemos: por cento.
100
75
Então: = 75%
100

Esse número 75% é denominado taxa percentual.


Daí pode definir que:

TAXA: é o valor que representa a quantidade de unidades tomadas em cada 100.

PECENTAGEM: é o valor que representa a quantidade tomada de outra,


proporcionalmente a uma taxa.

PRINCIPAL: é o valor da grandeza da qual se calcula a percentagem.


OBS: Para efeito de cálculo de Percentagem, designaremos por:
P o principal
p a percentagem
r a taxa
p r
De forma geral temos: =
P 100

Exemplo 1: Um vendedor tem 3% de comissão nos negócios que faz. Qual sua
comissão
numa venda de $360,00?
Temos que: P = 360
r=3
p 3
Então, temos: = =¿10,8
360 100

Logo, a comissão é de $10,80

Exemplo 2: Em uma faculdade 26% dos alunos são mulheres. Quantos alunos possui
a
faculdade, se elas são em número de 182?
Temos que: p = 182
r = 26

182 26
Então, temos: = =→ P=700
P 100

Taxa Unitária

De um modo mais prático, recomenda-se o uso da taxa unitária e representamos pela


letra i, ONDE 15/100 = i /1 ONDE A RELAÇÃO QUE APRESENTAMOS

ANTES: p/P = r/100 PODE SER ESCRITA: p/P = i

EXERCICIOS:

1- Um bem de consumo foi adquirido por R$5.000,00 e vendido com um lucro de


R$400,00. Qual a percentagem de lucro?

17
2- Em uma liquidação, uma camisa que custava R$30,00 foi vendida com 15% de
abatimento. De quanto foi o abatimento e qual o valor que o consumidor pagou?

3- As agências de viagens informaram que os pacotes para final de ano


cresceram em vendas 70% em relação ao ano, anterior (1999). Sabendo que em 2000
foram vendidos 115.000 pacotes de viagens, quantos foram vendidos em 1999?

3.2 Juro exato e juro comercial.

É conveniente, em algumas situações, fazer uma distinção entre o ano civil (365 dias)
e o ano comercial (360 dias). Essas situações ocorrem quando existe a necessidade
de se trabalhar com taxas de juros expressas em dias. Algumas aplicações executam
seus cálculos com base em taxas de juros diárias, mas expressam essas taxas de
juros em termos mensais ou anuais; portanto, torna-se necessária a utilização de
taxas proporcionais diárias e para o seu cálculo é obrigatória a definição de uma base
de cálculo: a) ano civil de 365 dias ou b) ano comercial de 360 dias. A base de cálculo
escolhida (360 ou 365 dias) leva às definições de juros exatos (base 365 dias) e juros
comerciais (base 360 dias).

3.3 Juro exato


Nos cálculos de juro exato toma-se o ano civil de 365 dias como referência para se
calcular taxas de juros proporcionais.
3.4 Taxas de juros diários exatos
A taxa de juros diários exatos (ide), proporcional a uma dada taxa de juros anual ia é
calculada por proporcionalidade tomando-se como base o ano civil de 365 dias. Assim,
tem-se:
ia
i de =
365
(2.1)
3.5 Juro exato obtido

É o juro obtido quando o período está expresso em dias e se utiliza para os cálculos a
taxa de juros diária exata e o prazo em dias, de acordo com a expressão abaixo:
Je = C*ide*n
n expresso em dias
ide taxa de juros diária exata
Esta expressão combinada com a expressão (2.1) dá o juro comercial obtido para um
período “n” expresso em dias e para taxa de juros expressa em ano:
C*i a *n
Je =
365
(2.2)
Exemplo 2.1: um investidor aplica um capital de $ 10.000,00 por 65 dias em um banco
que oferece uma remuneração de 24% aa, em regime de juros simples. Qual o
montante desse investimento?

18
Sumário de dados: i = 24% aa, n = 65 dias, C= 10.000,00, M = ?
Solução: deve-se calcular a taxa de juros diária proporcional (ou equivalente) e
calcular o montante com base nessa taxa.
a) Fórmula a ser aplicada: M = C*(1 + i*n) com n e “i” expressos em dias.
b) Cálculo de ide tomando o ano civil como base:
ide= 24/365 = 0,065753 % ad
c) Transformando a taxa de juros para sua forma unitária: i de = 0,065753/100
=0,00065753 ad
d) Aplicando a fórmula: M = 10.000 * (1 + 0,00065753865) = 10.427,39

3.6 Juro comercial

Nos cálculos de juro comercial toma-se o ano comercial de 360 dias como referência
para se calcular taxas de juros proporcionais.
3.7 Taxa de juros diária comercial

A taxa de juros diária comercial (i dc) proporcional a uma dada taxa de juros anual i a é
calculada por proporcionalidade tomando-se como base o ano comercial de 360 dias.
Assim, tem-se:

ia is im
i dc = ou i dc= ou i dc =
360 180 30
(2.3)

3.8. Juro comercial


É o juro obtido quando o período está expresso em dias e se utiliza para os cálculos a
taxa de juros diária comercial e o prazo em dias, de acordo com a expressão abaixo:
Jc = C*idc*n
n expresso em dias
idc taxa de juros diária comercial
Esta expressão combinada com a expressão (2.3) dá o juro comercial obtido para um
período “n” expresso em dias e para taxa de juros expressa em ano:
C*i a *n
Je =
360
(2.4)
Exemplo 2.1: um investidor aplica um capital de $ 10.000,00 por 65 dias em um banco
que oferece uma remuneração de 24% aa, em regime de juros simples. Qual o
montante desse investimento: a) com o critério exato e b) com o critério comercial?
Sumário de dados: i = 24% aa, n = 65 dias, C= 10.000,00, M = ?
Solução: deve-se calcular a taxa de juros diária proporcional (ou equivalente) e
calcular o montante com base nessa taxa. Fórmula a ser aplicada: M = C*(1 + i*n) com
n e “i” expressos em dias.

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a) Cálculo de ide tomando o ano civil como base:
ide= 24/365 = 0,065753 % ad
transformando a taxa de juros para sua forma unitária: i de = 0,065753/100
=0,00065753 ad
aplicando a fórmula: M = 10.000 * (1 + 0,00065753865) = 10.427,39

b) Cálculo de id tomando o ano comercial como base:


id= 24/360 = 0,066667 % ad
transformando a taxa de juros para sua forma unitária:
id = 0,066667/100 =0,000666 ad
aplicando a fórmula: M = 10.000 * (1 + 0,000666*65) = 10.432,90

O livro texto se aterá exclusivamente aos juros comerciais adotando o ano de 360 dias
e o mês de 30 dias.

ANOTAÇÕES

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21
UNIDADE
IV

4-INFLAÇÃO

Saiba o que é Inflação, definição, causas, índices de inflação

Inflação: aumento no preço dos produtos

22
4.1 Definição

Inflação é um conceito econômico que representa o aumento de preços dos produtos


num determinado país ou região, durante um período. Num processo inflacionário o
poder de compra da moeda cai.

Exemplo: num país com inflação de 10% ao mês, um trabalhador compra cinco quilos
de arroz num mês e paga R$ 10,00. No mês seguinte, para comprar a mesma
quantidade de arroz, ele necessitará de R$ 11,00. Como o salário deste trabalhador
não é reajustado mensalmente, o poder de compra vai diminuindo. Após um ano, o
salário deste trabalhador perdeu 120% do valor de compra.

A inflação é muito ruim para a economia de um país. Quem geralmente perde


mais são os trabalhadores mais pobres que não conseguem investir o dinheiro em
aplicações que lhe garantam a correção inflacionária.

Podemos citar as seguintes causas da inflação:

- Emissão exagerada e descontrolada de dinheiro por parte do governo;

- Demanda por produtos (aumento no consumo) maior do que a capacidade de


produção do país;

- Aumento nos custos de produção (máquinas, matéria-prima, mão-de-obra) dos


produtos.

No Brasil, existem vários índices que medem a inflação. Os principais são: IGP ou
Índice Geral de Preços (calculado pela Fundação Getúlio Vargas), IPC ou Índice de
Preços Ao Consumidor (medido pela FIPE - Fundação Instituto de Pesquisas
Econômicas), INPC ou Índice Nacional de Preços ao Consumidor (medido pelo IBGE)
e IPCA ou Índice de Preços ao Consumidor Amplo (também calculado pelo IBGE).

Você sabia?

No ano de 2011, a inflação brasileira foi de 6,5% (IPCA - Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo).

A inflação é o aumento persistente e generalizado no valor dos preços. Quando a


inflação chega a zero dizemos que houve uma estabilidade nos preços.

A inflação pode ser dividida em:

4.2 Inflação de Demanda

É quando há excesso de demanda agregada em relação à produção disponível. As


chances de a inflação da demanda acontecer aumentam quando a economia produz
próximo do emprego de recursos.
Para a inflação de demanda ser combatida, é necessário que a política econômica se
baseie em instrumentos que provoquem a redução da procura agregada.

4.3 Inflação de Custos

É associada à inflação de oferta. O nível da demanda permanece e os custos


aumentam. Com o aumento dos custos ocorre uma retração da produção fazendo com

23
que os preços de mercado também sofram aumento. As causas mais comuns da
inflação de custos são: os aumentos salariais fazem com que o custo unitário de um
bem ou serviço aumente; o aumento do custo de matéria-prima que provoca um super
aumento nos custos da produção, fazendo com que o custo final do bem ou serviço
aumente; e, por fim, a estrutura de mercado que algumas empresas aumentam seus
lucros acima da elevação dos custos de produção.

4.4 Índices de Inflação

A inflação possui vários índices entre eles o IGP (Índice Geral de Preços), IPA (Índice
de Preços no Atacado), INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), IPCA
(Índice de Preços ao Consumidor Amplo), INCC (Índice Nacional do Custo da
Construção), CUB (Custo Unitário Básico).

ANOTAÇÕES

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25
UNIDADE
V

5 - CAPITALIZAÇÃO SIMPLES

5.1 – JUROS E MONTANTE SIMPLES:

Antes de começarmos o estudo de Juro Simples, precisamos conhecer alguns


conceitos importantes:
a) Capital ou Principal ou Valor Presente, representaremos pela letra C.
Corresponde a um valor que será submetido a uma correção dentro de um certo
período.
b) Taxa, será representado pela letra i. A taxa de juro é expresso em porcentagem
numa determinada unidade de tempo, que servirá como um fator de correção.
c) Montante ou Valor Futuro, representado pela letra M. Corresponde ao valor do
Capital adicionado ao Juro calculado no período em questão.
d) Juro é a remuneração, a qualquer título, atribuída ao capital.

O Juro Simples é um Regime de Capitalização, onde apenas o capital inicial rende


juro, isto é, o juro formado no fim de cada período a que se refere a taxa não é
incorporado ao capital para, também, render juro no período seguinte; dizemos, neste
caso, que os juros não são capitalizados. Ou seja, Juro Simples é aquele calculado
unicamente sobre o capital inicial. Por definição, o Juro Simples é diretamente
proporcional ao capital inicial e ao tempo de aplicação, sendo a taxa de juro por
período o fator de proporcionalidade.

26
Podemos definir juros como o rendimento de uma aplicação financeira, valor referente
ao atraso no pagamento de uma prestação ou a quantia paga pelo empréstimo de um
capital. Atualmente, o sistema financeiro utiliza o regime de juros compostos, por ser
mais lucrativo. Os juros simples eram utilizados nas situações de curto prazo, hoje não
utilizamos a capitalização baseada no regime simples. Mas vamos entender como
funcionava a capitalização no sistema de juros simples.

No sistema de capitalização simples, os juros são calculados baseados no valor da


dívida ou da aplicação. Dessa forma, o valor dos juros é igual no período de aplicação
ou composição da dívida.
A expressão matemática utilizada para o cálculo das situações envolvendo juros
simples é a seguinte:

J = C.i.n ; obs: i e n (período) , devem estar na mesma unidade de tempo.

NOTA: nos estudos de funções, essa relação representa uma Função de 1º grau,
chamada Linear, que é uma reta passando pela Origem J(n) = Cin

Exemplo 1: Coloquei uma importância de R$ 12.000,00, aplicada pelo prazo de 2


anos, à uma taxa de 30% ao ano. Qual será o valor do juro a ser pago e o valor total
do resgate,
respectivamente?
Como J = C.i.n 􀃎 J = 12000 . 0,3 . 2 􀃎 J = 7.200
O valor resgatado é o Montante: M = C + J 􀃎 M = 12000 + 7200 􀃎 M = 19200
Logo, temos: R$ 7.200,00 e R$ 19.200,00

Exemplo 2: Foi aplicada uma importância de R$ 30.000,00, pelo prazo de 2 anos, à


taxa de
1,2% ao mês. Qual o valor do juro a receber?
Temos agora, o período e a taxa em unidade de tempo diferente, então devemos
fazer:
n = 2 anos = 2 x 12 meses = 24 meses
Agora sim, J = C.i.n 􀃎 J = 30000 . 0,012 . 24 􀃎 J = 8.640,00

Resposta: R$ 8.640,00

OUTROS EXEMPLOS:

Exemplo 1

Qual o valor do montante produzido por um capital de R$ 1.200,00, aplicado no regime


de juros simples a uma taxa mensal de 2%, durante 10 meses?

Capital: 1200
i = 2% = 2/100 = 0,02 ao mês (a.m.)
t = 10 meses

J=C*i*t
J = 1200 * 0,02 * 10
J = 240

M=C+j
M = 1200 + 240
M = 1440

27
O montante produzido será de R$ 1.440,00.

Exemplo 2

Vamos construir uma planilha especificando passo a passo a aplicação de um capital


durante o período estabelecido inicialmente.

Um capital de R$ 5.000,00 foi aplicado a uma taxa de juros mensais de 3% ao mês


durante 12 meses. Determine o valor dos juros produzidos e do montante final da
aplicação.

O montante final foi equivalente a R$ 6.800,00, e os juros produzidos foram iguais a


R$ 1.800,00.

Exemplo 3

Determine o valor do capital que aplicado durante 14 meses, a uma taxa de 6%,
rendeu juros de R$ 2.688,00.

J=C*i*t
2688 = C * 0,06 * 14
2688 = C * 0,84
C = 2688 / 0,84
C = 3200

O valor do capital é de R$ 3.200,00.

Exemplo 4

Qual o capital que, aplicado a juros simples de 1,5% ao mês, rende R$ 3.000,00 de
juros em 45 dias?

J = 3000
i = 1,5% = 1,5/100 = 0,015
t = 45 dias = 45/30 = 1,5

J=C*i*t
3000 = C * 0,015 * 1,5
3000 = C * 0,0225

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C = 3000 / 0,0225
C = 133.333,33

O capital é de R$ 133.333,33.

Exemplo 5

Qual foi o capital que, aplicado à taxa de juros simples de 2% ao mês, rendeu R$
90,00 em um trimestre?

J=C*i*t
90 = C * 0,02 * 3
90 = C * 0,06
C = 90 / 0,06
C = 1500

O capital corresponde a R$ 1.500,00.

Exemplo 6

Qual o tempo de aplicação para que um capital dobre, considerando uma taxa mensal
de juros de 2% ao mês, no regime de capitalização simples?

M = C * [1 + (i *t)]
2C = C * [1 + (0,02 * t)]
2C = C * 1 + 0,02t
2C/C = 1 + 0,02t
2 = 1 + 0,02t
2 – 1 = 0,02t
1 = 0,02t
t = 1 / 0,02
t = 50

O tempo para que o capital aplicado a uma taxa mensal de 2% dobre é de 50 meses.

EXERCICIOS

1) Qual o valor do juro correspondente a um empréstimo de R$ 320.000,00 pelo prazo


de 18 meses, sabendo que a taxa cobrada é de 3% ao mês?

2) Calcule o juro simples do capital de R$ 360.000,00 colocando à taxa de 30% ao


ano, de 2 de janeiro de 1990 a 28 de maio do mesmo ano.

3) Qual a taxa de juro cobrada em um empréstimo de R$ 150.000,00 a ser resgatado


por R$ 270.000,00 no final de 2 anos?

4) A que taxa o capital de R$ 2.400.000,00 rende R$ 108.000,00 em 6 meses?

5) Um capital de R$ 300.000,00 aplicando durante 10 meses, rende juro de R$


60.000,00. Determine a taxa correspondente.

6) Um capital emprestado a 24% ao ano rende, em 1 ano,2 meses e 15 dias, o juro de


R$ 78.300,00. Qual foi esse capital.

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7) Em quanto tempo um capital triplica de valor à taxa de 20% ao ano?

8) Empregam-se 2/3 de um capital a 24% ao ano e o restante a 32% ao ano,


obtendo-se,assim, um ganho anual de R$ 86.400,00. Qual é o valor desse capital?

5.2 - DESCONTO SIMPLES

Quando se deve uma quantia em dinheiro numa data futura, é comum que
entregue ao credor um título de crédito, que é o comprovante dessa dívida. Esse título
tem uma data de vencimento, porém o devedor pode resgatá-lo antecipadamente, com
isso terá direito a um abatimento denominado DESCONTO.
No sistema financeiro, as operações de empréstimo são muito utilizadas pelas
pessoas, tais movimentações geram ao credor um título de crédito, que é a justificativa
da dívida. Esses títulos possuem datas de vencimento pré-determinadas, mas o
devedor tem o direito de antecipar o pagamento; caso isto aconteça, um abatimento
chamado de desconto é efetuado. Existem vários produtos utilizados nas operações
financeiras, como principais temos:

Duplicata: papel emitido por pessoas jurídicas contra clientes físicos ou jurídicos,
especificando vendas de mercadorias com prazo ou prestação de serviços a serem
pagos mediante contrato firmado entre as partes.

Nota promissória: título que comprova uma aplicação com vencimento determinado.
Este produto é muito utilizado entre pessoas físicas e ou pessoas físicas e instituições
financeiras credenciadas.

Letra de câmbio: como a promissória, é um título que comprova uma aplicação com
estabelecimento prévio do vencimento. No caso da letra, o título ao portador somente
é emitido por uma instituição financeira credenciada.

Ao descontar um dos títulos citados ou qualquer outro produto do mercado financeiro,


são levadas em conta algumas condições:

Dia do vencimento: o dia estabelecido para vencimento do título.

Tempo ou prazo: diferença entre o dia do vencimento e o dia da negociação. Essa


diferença costuma ser definida em dias.

Valor nominal: valor mostrado no título e que deve ser pago no dia do vencimento.

Valor atual: valor a ser pago ou recebido em data anterior ao vencimento.


Comumente efetuado com desconto.

O desconto simples comercial pode ser calculado aplicando a seguinte expressão


matemática:

d=N*i*n

Na expressão para cálculo do desconto simples temos:


d = valor do desconto
N = valor nominal do título
i = taxa de desconto
n = tempo (antecipação do desconto)

30
Com base na expressão para o cálculo do desconto, podemos estabelecer outra
expressão matemática capaz de determinar o valor atual comercial, que é dado por:

A = N – d, lembrando que d = N * i * n.
A=N–N*i*n

A = N*(1 – i * n)

É importante ressaltar que as operações de desconto comercial devem ser efetuadas


em períodos de curto prazo, já que em períodos longos o valor do desconto pode ser
maior que o valor nominal do título.

Exemplo 1

Um título de R$ 10 000,00 é descontado à taxa de 1,5% ao mês, faltando 25 dias para


o vencimento. Determine:

a) o valor do desconto simples comercial.


b) o valor atual comercial do título.

Temos:
N = 10 000
n = 25
i = 1,5% = 1,5/100 = 0,015 ao mês = 0,0005 ao dia

a) d = N * i * n
d = 10 000 * 0,0005 * 25
d = 125
Desconto comercial de R$ 125,00.

b) A = 10 000 – 125
A = 9875
Valor atual, o desconto simples comercial será de R$ 9 875, 00.

Exemplo 2

Um título no valor de R$ 4 800,00 foi resgatado anterior ao seu vencimento por R$ 4


476,00 e a taxa de desconto comercial utilizada foi de 32,4% ao ano. Determine o
tempo de antecipação do resgate.

N = 4 800
A = 4 476
i = 32,4% a.a. = 32,4/100 = 0,324 a.a. = 0,324/12 = 0,027 a.m.

A = N*(1 – i *n)
4476 = 4800*(1 – 0,027 * n)
4476/4800 = 1 – 0,027n
0,9325 = 1 – 0,027n
0,9325 – 1 = – 0,027n
– 0,0675 = – 0,027n (multiplicar por –1)
0,0675 = 0,027n
0,0675/0,027 = n
n = 2,5

O tempo de resgate do título foi o correspondente a 2,5 meses ou 2 meses e 15 dias.

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ANOTAÇÕES

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6 - CAPITALIZAÇÃO COMPOSTA;

6.1- JUROS E MONTANTES COMPOSTOS

O atual sistema financeiro utiliza o regime de juros compostos, pois ele oferece uma
maior rentabilidade se comparado ao regime de juros simples, onde o valor dos
rendimentos se torna fixo, e no caso do composto o juro incide mês a mês de acordo
com o somatório acumulativo do capital com o rendimento mensal, isto é, prática do
juro sobre juro. As modalidades de investimentos e financiamentos são calculadas de
acordo com esse modelo de investimento, pois ele oferece um maior rendimento,
originando mais lucro.

Considere que uma pessoa aplique R$ 500,00 durante 8 meses em um banco que
paga 1% de juro ao mês. Qual será o valor ao final da aplicação?

A tabela demonstrará mês a mês a movimentação financeira na aplicação do regime


de juros compostos.

No final do 8º mês o montante será de R$ 541,43.

Uma expressão matemática utilizada no cálculo dos juros compostos é a seguinte:

M = C * (1 + i)t, onde:
M: montante
C: capital
i: taxa de juros
t: tempo de aplicação

34
Obs.: Os cálculos envolvendo juros compostos exigem conhecimentos de manuseio
de uma calculadora científica.

Exemplo 2
Qual o montante produzido por um capital de R$ 7.000,00 aplicados a uma taxa de
juros mensais de 1,5% durante um ano?

C: R$ 7.000,00
i: 1,5% ao mês = 1,5/100 = 0,015
t: 1 ano = 12 meses

M = C * (1 + i)t
M = 7000 * (1 + 0,015)12
M = 7000 * (1,015)12
M = 7000 * 1,195618
M = 8369,33
O montante será de R$ 8.369,33.

Com a utilização dessa fórmula podemos também calcular o capital de acordo com o
montante.

Exemplo 3
Calcule o valor do capital que, aplicado a uma taxa de 2% ao mês, rendeu em 10
meses a quantia de R$ 15.237,43?

M: R$ 15.237,43
t: 10
i: 2% a.m. = 2/100 = 0,02

M = C * (1 + i)t
15237,43 = C * (1 + 0,02)10
15237,43 = C * (1,02)10
15237,43 = C * 1,218994
C = 15237,43 / 1,218994
C = 12500,00

O capital é de R$ 12.500,00.

Calculando a taxa de juros da aplicação.

Exemplo 4
Qual a taxa de juros empregada sobre o capital de R$ 8.000,00 durante 12 meses que
gerou o montante de R$ 10.145,93?

C: R$ 8.000,00
M: R$ 10.145,93
t: 12
i: ?

35
A taxa de juros da aplicação foi de 2%.

Calculando o tempo da aplicação. (Uso de técnicas de logaritmo)

Exemplo 5
Por quanto tempo devo aplicar um capital de R$ 800,00 a uma taxa de juros de 3% ao
mês, para que produza um montante de R$ 1.444,89?

C: R$ 800,00
M: R$ 1.444,89
i: 3% a.m.= 3/100 = 0,03
t: ?

1.444,89 = 800 * (1 + 0,03)t


1.444,89 = 800 * 1,03t
1.444,89/800 = 1,03t
1,03t = 1,806 (aplicar propriedade dos logaritmos)
log1,03t = log1,806
t * log1,03 = log1,806
t * 0,013 = 0,257
t = 0,257/0,013
t = 20
O capital deverá ficar aplicado por 20 meses.

OUTROS EXEMPLOS:

Exemplo1: Calcule o montante produzido por $3000,00, aplicado em regime de juro


composto a 4% ao mês, durante 2 meses.
Temos que: M = C(1 + i)n
C = 3000; n = 2 me ; i = 4% a.m. = 0,04 a.m.
Então: M = 3000(1 + 0,04)2 􀃎 M = 3000(1,04)2 􀃎 M = 3000 x 1,0816 􀃎 M = 3244,80
Logo, o valor do montante é igual a: $3244,80

Exemplo2: Calcule o capital inicial que, no prazo de 2 meses, a 5% ao mês, produziu


um
montante de $2205,00 no regime de juro composto.
Temos que : M = 2205 ; n = 2 me ; i = 5% a.m. = 0,05 a.m.
Então: 2205 = C(1 + 0,05)2 􀃎 2205 = C(1,05)2 􀃎 C =
1,1025
2205 􀃎 C = 2000
Logo, o valor do capital inicial é igual a: $2.000,00.

EXERCICIOS

36
1) O montante de um capital igual a R$ 47.000,00, no fim de 1 ano, com juros de 48%
a.a., capitalizados semestralmente, é, em R$ e desprezando os centavos:
a) 75.248,00 b)82.010,00 c) 99.459,00 d) 81.576,00 e) 72.267,00
2) O juro pago, no caso do empréstimo de R$ 26.000,00, à taxa de 21% ao semestre,
capitalizados bimestralmente, pelo prazo de 10 meses, é, em R$:
a) 10.466,35 b) 36.466,35 c 9.459,45 d) 12.459,68 e) 10.000,69

3) O montante composto de R$ 86.000,00, colocados a 4,5% a.m., capitalizados


mensalmente, em 7 meses, é, em R$ e desprezando os centavos:
a) 113.090,00 b) 115.368,00 c) 117.090,00 d) 129.459,00
e) 114.687,00

4) Qual é o capital que, aplicado a 2,5% a.m., capitalizados trimestralmente, durante


15 meses, produz o montante de R$ 50.000,00? (despreze os centavos)
a) R$ 36.363,00 b) R$ 33.586,00 c) R$ 30.854,00
d) R$ 34.820,00 e) R$ 30.584,00

5) Uma pessoa aplica R$ 680,00 à taxa de juros vigente no mercado de 27,6% a.a.,
com capitalização mensal, durante dois anos. Utilizando a tabela fornecida no final
deste capítulo e o método de interpolação linear, determine os juros proporcionados
pela aplicação ao final do prazo dado (despreze os centavos).
a) R$ 670,00

b) R$ 500,00

c) R$ 890,00

d) R$ 420,00

e) R$ 200,00

6) A taxa anual de juros equivalente a 3,5% a.m., capitalizados mensalmente, é,


aproximadamente, igual a:
a) 42% b) 35% c) 0,50% d) 51% e)
10%

7) A taxa trimestral, equivalente a 21,55% a.a. capitalizados anualmente, é,


aproximadamente:
a) 5% b) 7% c) 8% d) 9% e)
10%

8) A taxa nominal anual aproximada, equivalente a uma taxa efetiva de 60,1% a.a., é:
a) 60% b) 48% c) 4% d) 56%
e) 39%

9) A taxa de juros mensal, capitalizada mensalmente, aproximada, que fará um capital


dobrar em 1 ano é, aproximadamente, igual a:
a) 8% b) 7% c) 5% d) 9% e) 6%

10) As taxas efetivas anuais, aproximadas, cobradas nas seguintes hipóteses:


1) taxa nominal 18% a.a., capitalização mensal;
2) taxa nominal 20% a.a., capitalização trimestral;
são iguais a, respectivamente:
a) 19,6% e 21,9% b) 18,0% e 21,6% c) 19,6% e 21,6% d) 21,9% e
19,6% e) 21,6% e 23,8%

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OUTROS EXERCICIOS

1- Calcule o montante de uma aplicação de $8.200,00, por um prazo de 8 meses,


no regime de juro composto, à taxa de 1,5% ao mês.

2- Calcule o montante do capital de $65.000,00, colocado a juros compostos à


taxa de243 % ao mês, no fim de 6 meses.

3- Qual o montante produzido por $16.000,00, em regime de juro composto, à


taxa de3% ao mês durante 40 meses?

4- Sabendo que um capital inicial, em regime de juro composto, à taxa de 2,5%


ao mês, durante 4 meses, rendeu um montante de $79.475,00, , calcule esse
capital.

5- Se uma pessoa investir, hoje, uma quantia de $16.000,00 para receber


$18.127,00daqui a 10 meses. Qual a taxa de rentabilidade mensal do
investimento proposto no regime de juro composto?

6- O capital de $8.700,00, colocado a juros compostos, `a taxa de 2,5% ao mês,


elevou-se no fim de certo tempo a $11.456,00. Calcule esse tempo.

7- Um capital de $25.000,00, empregado em regime de juro composto, à taxa de


35%ao ano, durante 2 anos e 6 meses. Quanto receberá o investidor?

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ANOTAÇÕES

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BIBLIOGRAFIA
DANTE, Roberto. ed. Moderna, SP, 2008.

RIBEIRO, Tadeu, Matemática Financeira – edição individualizada – cursos.

SIZO, Ruy. Matemática Financeira: com uso da HP-12C e do MSExcel.


Belém – Pará, GTR, 2002.

WWW.SOMATEMATICA.COM.BR

http://www.brasilescola.com/matematica/matematica-financeira

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