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CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO

MBA EM GESTÃO PÚBLICA

MATEMÁTICA FINANCEIRA

Profª. Ma. Terezinha Márcia de Carvalho Lino

GUARANTÃ DO NORTE-MT/2015
SUMÁRIO

PROGRAMA DA DISCIPLINA .............................................................................................. 4

1.1 Ementa............................................................................................................................ 4

1.2 Objetivos ........................................................................................................................ 4

1.3 Metodologia.................................................................................................................... 4

CURRÍCULO RESUMIDO DA PROFESSORA ..................................................................... 4

UNIDADE 1 – SISTEMA DE CAPITALIZAÇÃO .................................................................... 5

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 5

2. CAPITALIZAÇÃO SIMPLES - JUROS SIMPLES ............................................................. 6

2.1 Cálculo de juros simples ............................................................................................... 6

2.2 Cálculo do valor futuro .................................................................................................. 6

2.3 Cálculo da taxa de juros ................................................................................................ 6

2.4 Cálculo do período ........................................................................................................ 7

2.5 Homogeneidade entre taxa e tempo ............................................................................. 7

2.6 Juros ordinários ou juros comerciais .......................................................................... 7

2.7 Juros exatos................................................................................................................... 7

2.8 Juros bancários ............................................................................................................. 7

2.9 Taxa proporcional .......................................................................................................... 8

2.10 Cálculo de juros para períodos não inteiros .............................................................. 8

3. CAPITALIZAÇÃO COMPOSTA – JUROS COMPOSTOS .............................................. 10

3.1 Equivalência de taxas de juros ................................................................................... 11

UNIDADE II - DESCONTOS ................................................................................................ 17

1. DUPLICATA .................................................................................................................... 17
2. NOTA PROMISSÓRIA .................................................................................................... 17

3. OPERAÇÕES COM DUPLICATAS ................................................................................. 18

3.1 Cobrança simples de duplicatas ................................................................................ 18

3.2 Desconto simples de duplicatas ................................................................................. 18


3.2.1 Desconto racional ou desconto “por dentro”................................................................ 19
3.2.3 Desconto bancário ...................................................................................................... 22

3.3 Aplicações práticas de desconto – Método Hamburguês......................................... 24

UNIDADE III – FLUXO DE CAIXA....................................................................................... 26

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 26

2. FUNÇÃO DO FLUXO DE CAIXA .................................................................................... 26

2.1 Fluxo de Caixa Realizado ............................................................................................ 26

2.2 Fluxo de Caixa Projetado ............................................................................................ 26

3. CARACTERÍSTICAS DO FLUXO DE CAIXA ................................................................. 27

4. ESTRUTURA DO DEMONSTRATIVO DO FLUXO DE CAIXA ....................................... 27

5. GERENCIANDO O FLUXO DE CAIXA ........................................................................... 28

6. ELABORAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA .......................................................................... 28

6.1 Rotinas do Gerenciamento do Fluxo de Caixa ......................................................... 29

6.2 Análise do Fluxo de Caixa ........................................................................................... 30

6.2.1 Estouro de Caixa....................................................................................................... 30

7. CLASSIFICAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA.................................................................. 31

7.1 Fluxo de Caixa Operacional ........................................................................................ 32

7.2 Fluxo de Caixa de Investimento .................................................................................. 34

7.3 Fluxo de Caixa de Financiamento............................................................................... 34

8. EQUIVALÊNCIA DE FLUXO DE CAIXA ......................................................................... 39

8.1 Planos Equivalentes de Financiamento ..................................................................... 39


8.1.1 Sistema Americano - Pagamento Final ...................................................................... 39
8.1.2 Sistema Americano - Pagamento Periódico de Juros................................................. 39
8.1.3 Sistema Francês - Sistema Price ................................................................................ 40
8.1.4 Sistema de Amortização Constante – SAC ................................................................. 40

9. COEFICIENTE DE FINANCIAMENTO ............................................................................ 43

REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 55
4

PROGRAMA DA DISCIPLINA

1.1 Ementa
SISTEMA DE CAPITALIZAÇÃO: Capitalização simples - juros simples, Cálculo de
juros simples, Cálculo do valor futuro, Cálculo da taxa de juros, Cálculo do período,
Homogeneidade entre taxa e tempo, Juros ordinários ou juros comerciais, Juros
exatos, Juros bancários, Taxa proporcional, Cálculo de juros para períodos não
inteiros, Capitalização composta – juros compostos, Equivalência de taxas de juros.
Fluxo de Caixa; Funções do Fluxo de Caixa; Gerenciamento do Fluxo de Caixa;
Elaboração do Fluxo de Caixa; Fluxo de Caixa Operacional; Fluxo de Caixa de
Financiamento; Fluxo de Caixa de Investimento; Planos de Financiamento: Price e
SAC; Coeficiente de Financiamento.

1.2 Objetivos
Discutir os fundamentos de finanças e suas aplicações. Estudar Capitalização
Simples e Composta, evidenciando a aplicabilidade na gestão financeira das
empresas. Aprender sobre a utilização do Fluxo de Caixa como Ferramenta de
Controle Financeiro.

1.3 Metodologia

Apresentação da fundamentação teórica com apoio de projeções e discussões com


os alunos. Desenvolvimento de atividades práticas para aplicação e análise dos
conceitos e ferramentas de estudados.

CURRÍCULO RESUMIDO DA PROFESSORA


É Mestre em Administração de Empresas - área de pesquisa Logística - pelas
Faculdades Integradas de Pedro Leopoldo (2008), Especialista em Tecnologias de
Informação e Comunicação no Ensino Fundamental (2011) pela Universidade
Federal de Juiz de Fora, Especialista em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio
Vargas (2000) e Graduada em Administração de Empresas pelo Unicentro Newton
Paiva (1980). Atualmente, leciona na Faculdade de Ciências Contábeis e de
Administração do Vale do Juruena (AJES), onde também atua como Diretora de
Expansão Institucional. Tem experiência na área de Administração, atuando
principalmente nos seguintes temas: Logística, Administração Financeira, Análise de
Custos e Sistema de Informação Gerencial. e-mail: marcialino@ajes.edu.br.
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UNIDADE 1 – SISTEMA DE CAPITALIZAÇÃO

1. Introdução
O sistema de capitalização possibilita conhecer o valor do dinheiro em
determinado período no futuro, uma vez que o seu valor muda no tempo.

Da mesma maneira utiliza-se a descapitalização para se conhecer o valor atual de


uma quantia que seria resgatada ou paga em uma data futura.

Exemplo: Capitalização

Data 10/05/2015 10/07/2015

Saldo de Aplicação R$10.000,00 R$12.000,00

Descapitalização

NOMENCLATURAS

PV = Valor Presente – valor atual; montante inicial; capital inicial; valor de


aquisição; valor a vista;

FV = Valor Futuro – montante final; valor nominal; valor de um título; valor do capital
inicial mais juros;

PMT = Pagamento – valor da prestação; valor de uma mensalidade; valor da


parcela;

n = Número de períodos – expressa sempre o número de períodos a que se refere


a taxa;

i = Taxa de Juro;

j = Valor do Juros pagos durante um período.

(KUHNEM, 2006, p. 4)
6

2. Capitalização simples - juros simples


No sistema de capitalização simples a taxa de juros é aplicada ao final de
cada período somente sobre o valor inicial (PV) da operação financeira.

Exemplo:
Aplicação R$1.000,00 - Taxa de juros = 10%

Juros do 1º período R$ 100,00


Juros do 2º período R$ 100,00
Juros do 3º período R$ 100,00
Juros do último período R$ 100,00

2.1 Cálculo de juros simples

PV = Juros PV = FV
Juros = PV.i.n
------------- ----------
i.n (1+i.n)

2.2 Cálculo do valor futuro

FV = PV + PV .i.n ou VF = PV(1+i.n)

FV = PV + Juros

2.3 Cálculo da taxa de juros

i = juros i = (FV – PV)


-------------- -------------------
PV n PV n
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2.4 Cálculo do período

n = juros n = (FV – PV)


----------- ----------------
PVi PVi

2.5 Homogeneidade entre taxa e tempo

Para efeito de cálculo, as grandezas de taxa e tempo deverão ser sempre


iguais.

Exemplo: Taxa: 1,5% ao mês e tempo de 12 meses

Taxa: 18% ao ano e tempo de 2 anos

2.6 Juros ordinários ou juros comerciais


São aqueles em que se utiliza o ano comercial para estabelecer a
homogeneidade entre a taxa e o tempo. Logo, em juros ordinários todos os meses
têm 30 dias e o ano 360 dias.

2.7 Juros exatos

Os dias do mês são contados de acordo com o calendário do ano civil e o ano
será de 365 dias ou 366 (ano bissexto).

2.8 Juros bancários

A taxa é calculada pelo ano comercial (360 dias), mas o tempo segue o
princípio dos juros exatos, ou seja, segue o calendário do ano civil.
8

2.9 Taxa proporcional

Duas taxas são proporcionais se o quociente das taxas for igual ao quociente
dos respectivos períodos.

Fórmula: i1 = n1
-------- --------
i2 n2
(MATHIAS, 2010)

2.10 Cálculo de juros para períodos não inteiros

Os juros de períodos não inteiros são calculados seguindo os seguintes critérios:

 calcula-se os juros correspondentes ao período inteiro;


 para o período fracionário, primeiramente, deve-se calcular a taxa
proporcional ao período e em seguida utiliza-se essa taxa para calcular os
juros correspondentes;
 o juro total será a soma dos juros encontrados para o período inteiro e
para o período fracionário.
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Lista de exercícios – Capitalização Simples

1) Foi tomada emprestada uma quantia de R$1.000,00 pelo prazo de 2 anos com
taxa de 10% a.a. Qual será o valor pago como juro?

2) Quanto rende um principal de R$100,00 aplicado à taxa de 5% ao semestre e


por um prazo de 2 anos?

3) Qual o montante de um capital de R$1.000,00 aplicado à taxa de 10% a.a pelo


prazo de dois anos?

4) Em quanto tempo um capital de R$10.000,00 aplicado a 26,4% a.a:


a) renderá R$4.620,00;
b) elevar-se a R$16.160,00.

5) Verificar se as taxas de 5% ao trimestre e de 20% ao ano são proporcionais.

6) Sendo dada a taxa de juros de 24% ao ano, determinar a taxa proporcional


mensal.

7) Sendo dada a taxa de 10% ao semestre, achar a taxa trimestral que lhe é
proporcional.

8) Calcular a taxa quadrimestral proporcional às seguintes taxas:


a) 21% ao ano;
b) 33% ao biênio;

9) Determinar a taxa proporcional referente a 5 meses, dadas as taxas seguintes:


a) 1% a.m;
b) 2,5% ao bi;
c) 12% a.s

10) Calcular o juro simples comercial e o exato das seguintes propostas:


a) R$800,00 a 20% a.a por 90 dias;
b) R$1.100,00 a 27% a.a por 135 dias;
c) R$2.800,00 a 30% a.a por 222 dias.
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11) Qual o juro e qual o montante de um capital de R$1.000,00 que é aplicado à


taxa de juros simples de 12% a.s, pelo prazo de 5 anos e 9 meses?

12) Calcule o juro simples e o montante de:


a) R$500,00 25%a.a por 8 meses;
b) R$2.200,00 a 30,2% a.a por 2 anos e 5 meses;
c) R$3.000,00 a 34% a.a por 19 meses.

13) Qual a taxa de juro que, de um capital de R$1.200,00, gera um montante de:
a) R$1.998,00 em 3 anos e 2 meses;
b) R$1.470,00 em 10 meses;
c) R$2.064,00 em 1 ano e 8 meses.

14) Qual o capital que rende:


a) R$150,00 a 18% a.a em 10 meses;
b) R$648,00 a 21,6% a.a em 2 anos e 6 meses;
c) R$1.500,00 a 30% a.a em 3 anos e 4 meses.

15) Para uma taxa de 36% a.a, qual é a taxa proporcional de um dia:
a) Pelo método dos juros exatos;
b) Pelo método dos juros comerciais.

3. Capitalização composta – juros compostos


É o método de juros sobre juros. A taxa de juros é aplicada ao final de cada
período sobre o saldo devedor. Nesse regime os juros devidos e não pagos passam
a ser capitalizados.

Fórmulas utilizadas na capitalização composta.

PV = FV/(1+i)n FV = PV (1 + i) n

n
n = Ln (FV/PV) i= FV/PV -1
---------------
Ln (1+i)

Juros = FV – PV Juros = PVx(1+i)n – PV Juros = PV x [(1+i)n- 1]


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DICA

VF = FV = Valor Futuro ou Future Value (HP);


VP = PV = Valor Presente ou Present Value (HP);
i = Taxa de Juros ou Interest (juros em inglês);
n = número de períodos envolvidos na operação.
Ln = Logarítmo neperiano

3.1 Equivalência de taxas de juros

No regime de capitalização composta para alterar a unidade da taxa de juros


a fim de compatilizá-la com a unidade do prazo, deve-se utilizar a seguinte fórmula:

(1+im)12 = (1+ia)

Onde: im = taxa de juros mensal e ia = taxa de juros anual.

DICA

Duas taxas de juros são equivalentes quando, aplicadas ao mesmo Valor


Presente durante períodos de tempos iguais conduzem ao mesmo valor
futuro.
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Lista de exercícios – Capitalização Composta

1) Uma pessoa toma emprestado R$1.000,00 a uma taxa de 2% a.m pelo prazo
de 10 meses com capitalização composta. Qual o valor a ser devolvido?

2) Um pessoa pretende compra uma casa por R$5.000,00 daqui a 6 anos.


Quanto deve aplicar hoje para que possa comprar a casa no valor e prazo
estipulados, se a taxa de juro for:
a) 15% a.a.

3) Qual o valor futuro gerado por um capital de R$ 1.000,00 aplicado pelos


prazos e taxas abaixo:
a) Taxa de 1% a.m por 12 meses;
b) Taxa de 1,5% a.m por 3 anos;
c) Taxa de 3% a.t por 18 meses;
d) Taxa de 10% a.a por 120 meses.

4) Que juro receberá uma pessoa que aplica R$1.000,00 conforme as hipóteses
abaixo:
a) Taxa de 2% a.m por um ano;
b) Taxa de 1,5 % a.t por 2 anos;
c) Taxa de 7% a.s por 36 meses.

5) Para ter R$100.000,00 quanto devo aplicar hoje, se as taxas e prazos são os
seguintes:
a) Taxa de 1,5 a.m por um semestre;
b) Taxa de 6% a.q por 4 anos;
c) Taxa de 0,10% ao dia por 10 dias.

6) O preço de um carro é de R$11.261,62 podendo este valor ser pago até o


prazo máximo de 6 meses. O preço a vista é de R$10.000,00. Qual é a taxa
mensal de juro cobrada nesta operação?

7) Um banco anuncia que sua taxa para empréstimo é de 2,5% a.m


(capitalização composta). Um cliente retirou R$20.000,00 e quando foi saldar
sua dívida o gerente lhe disse que o valor era de R$ 31.193,17. Qual foi o
tempo decorrente entre o empréstimo e a decisão de quitar a dívida?

8) Para comprar determinado equipamento no valor de R$7.500,00 uma


empresa aplicou R$6.000,00 a uma taxa de 3% a.m. Determine o tempo da
operação.

9) Qual é a taxa equivalente anual às seguinte taxas:


a) 1% a.m;
b) 2% a.b;
c) 5% a.t;
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d) 2,5% a.q;
e) 8% a.s

10) Em 200X a rentabilidade da caderneta de poupança foi de 31,66%. Qual a


taxa de rentabilidade trimestral?

11) A rentabilidade de uma aplicação é de 25% a.a. Sabendo-se que uma


pessoa teve um ganho de R$980,00 por um período de 18 meses, quanto ela
terá aplicado?

12) Um terreno é vendido por R$200.000,00 a vista. A prazo e com uma taxa de
2% a.m, o vendedor oferece dois planos:
a) R$50.000,00 de entrada; R$55.181,96 em 6 meses e R$126.824,18
em 12 meses;
b) R$60.000,00 de entrada; R$102.480,77 em 6 meses e R$63.412,09
em 12 meses;
c) Qual será a melhor opção?

13) Um sítio poderá ser pago com R$50.000,00 de entrada e R$100.000,00 em


doze parcelas fixas, com taxa de juros de 2,5% a.m. Como opção o vendedor
pede R$124.000,00 à vista. Qual a melhor alternativa.

Lista de exercícios – Capitalização Simples e Composta

Adote a convenção comercial, ou seja, um mês = 30 dias; um ano = 360 dias

Exercício 1
Dada uma aplicação com rendimento de 10% ao mês, qual será o valor dos juros
recebidos em função do investimento de R$1.000,00, durante um mês?

Exercício 2
Tendo um investidor aplicado R$1.000,00 a uma taxa de 10% ao mês, durante 1
mês, qual deverá ser o valor de resgate da aplicação, ou seja, o Valor Futuro ao final
da operação?

Exercício 3
Se você fizer uma aplicação de R$100,00, a uma taxa de juros simples de 3% ao
mês, durante 2 anos, qual será o Valor Futuro a que terá direito ao final do seu
investimento?

Exercício 4
Necessitando se capitalizar, você pegou um empréstimo de R$10.000,00. A linha de
crédito por você escolhida cobra juros simples de 18% ao ano. Qual o valor que
você deverá pagar para quitar o débito?
a) No final de 1 ano;
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b) No final de 2 anos;
c) Qual a melhor opção para a empresa?

Exercício 5
Calcular os juros de R$5.000,00, aplicados a juros simples durante 288 dias, à taxa
de 250% a.a.

Exercício 6
Calcular o valor futuro do capital R$5.000,00, aplicado à taxa de 250% a.a em 288
dias.

Exercício 7
Uma instituição financeira se propõe a lhe pagar, por uma aplicação de R$8.000,00,
R$10.400,00, num prazo de 3 anos. Qual a taxa de juros simples praticada pela
referida instituição?

Exercício 8
Por quanto tempo você deve manter R$10.000,00 aplicados a uma taxa de juros
simples de 15% ao ano para atingir um valor de resgate igual a R$17.500,00?

Exercício 9
Suponha que você pegue um empréstimo pessoal no seu banco no valor de
R$3.000,00, o qual será pago ao final de um período de 6 meses. Sabendo que o
valor do empréstimo será capitalizado por meio de uma taxa de juros simples de 7%
ao mês, qual será o valor dos juros que você deverá pagar?

Exercício 10
Pretendendo dispor de um capital de R$18.000,00 num prazo de 4 anos, quanto
você deverá depositar em um aplicação cuja taxa de juros simples é de 20% ao
ano?

Exercício 11
Dispondo hoje de R$5.000,00, você resolve aplicá-los a uma taxa de juros simples
de 10% a.a . Quanto você terá daqui a 4 anos?

Exercício 12
Por quantos anos você deve manter R$1.000,00 aplicados a uma taxa de juros
simples de 1% a.m, a fim de poder resgatar um valor total de R$1.300,00?

Exercício 13
Você tem uma obrigação de R$5.600,00 a vencer em 8 meses. Qual valor que você
deverá aplicar hoje, a uma taxa de juros simples de 18% a.a, para quitar esta
obrigação?

Exercício 14
A que taxa de juros simples você aplicaria seu capital para atingir o objetivo de
dobrar o seu valor num prazo de 5 anos?
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Exercício 15
Você pretende realizar, hoje, um depósito em uma instituição financeira que lhe
permita fazer duas retiradas de R$5.000,00, uma daqui a 6 meses e a outra ao final
do 9º mês. Sabendo que a referida instituição irá remunerar o seu depósito com
base em uma taxa de juros simples de 5% ao mês, qual deverá ser o valor do
depósito?

Exercício 16
Dispondo de R$10.500,00, você decide investir todo o seu capital, distribuindo-o
igualmente por três aplicações:
Aplicação 1 i = 5% a.m n = 3 meses;
Aplicação 2 i = 7% a.m n = 2 meses;
Aplicação 3 i = 4% a.m n = 3 meses
Pede-se:
A sua receita total referente aos juros ao final do terceiro mês. O valor resgatado
no fim do segundo mês não poderá ser reaplicado.

Exercício 17
Suponha uma pessoa com R$100,00 de capital disponível. Se ela aplicar esse valor
durante cinco meses em um banco, a uma taxa de 2% ao mês, quanto ela terá ao
final do período se a instituição financeira fizer seus cálculos com base no regime de
capitalização composto.

Exercício 18
Se eu quiser ter ao final de seis anos R$10.000,00, quanto devo aplicar hoje, pelo
regime de capitalização composto, supondo uma taxa de juros anual de 10%.

Exercício 19
Você pegou emprestado R$2.000,00 hoje, para pagar este empréstimo com uma
taxa de juros compostos de 10% ao ano. Sabendo que você terá que pagar
R$2.928,20 para saldar sua dívida, qual será o prazo desse emprétimo?

Exercício 20
Você pegou um empréstimo de R$2.000,00 hoje. O regime de capitalização adotado
nesse tipo de operação é o de juros compostos. A taxa aplicada sobre o valor do
empréstimo é de 10% ao ano. Sabendo que você deverá pagar a dívida daqui a 4
anos. Responda:
a) Qual o valor que deverá ser pago no final dos 4 anos;
b) Qual o valor dos juros.

Exercício 21
Utilizando a capitalização composta, calcule a taxa de juros que um banco está
cobrando do seu cliente, se ele capta um valor hoje de R$500,00, para devolver em
12 meses um montante de R$750,00?
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Exercício 22
Qual é a taxa anual equivalente a taxa mensal de 2%?

Exercício 23
Qual a taxa de juros mensal equivalente 12% a.a, pelo regime de capitalização
composto?

Exercício 24
Qual o Valor Presente necessário para obter um Valor Futuro de R$1.500,00, após o
período de 15 meses de aplicação a uma taxa de juros compostos de 2% ao mês?

Exercício 26
Uma determinada aplicação paga juros anuais de 18%, no regime de capitalização
composta. Como apresenta liquidez mensal, você resolve aplicar R$42.000,00 por
um prazo de 4 meses. Qual será o saldo que você resgatará ao final deste prazo?
Qual o valor dos juros recebidos?

Exercício 27
Qual a taxa mensal equivalente a 36% ao ano, para juros compostos?

Exercício 28
Você fez hoje um investimento de R$1.000,00 em títulos públicos que pagam uma
taxa de 16% ao ano no regime de juros compostos. Qual será o valor deste seu
investimento ao final de 10 meses?

Exercício 29
Qual é a taxa mensal equivalente (proporcional) a 36% ao ano, com capitalização
simples?
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UNIDADE II - DESCONTOS
1. Duplicata
A Duplicata é um título de crédito que pode ser emitido pelas empresas
sempre que efetuarem vendas de mercadorias a prazo.

Vale destacar que a duplicata é um documento emitido pela empresa


credora e enviado ao cliente para o aceite, e que é originária, exclusivamente, de
atividades de compra e venda.

2. Nota Promissória
A Nota Promissória é um título de crédito autônomo, próprio para operações
financeiras realizadas entre empresas ou entre empresas e particulares, exemplo:
empréstimos bancários, venda de imóveis e de veículos entre particulares.

Este documento é uma promessa de pagamento, que deve conter os seguintes


requisitos essenciais, lançados por extenso em seu contexto

 a denominação de Nota Promissória;


 a soma do dinheiro a pagar;
 o nome da pessoa a quem deve ser paga;
 a assinatura do próprio punho do emitente;
 o lugar do pagamento (a Nota Promissória que não indicar lugar do
pagamento será pagável no domicílio do emitente).

.
18

Modelo de Nota Promissória

N° 1 / 02 Vencimento, 05 de Abril de 2015


Valor R$ ***100,00***

A (os): cinco dias do mês de abril do ano de dois mil e dez***


*** pagarei por esta única via de N O T A P R O M I S S Ó R I A
À Viagem Ltda. - CPF/CNPJ: 45.627.004-36
OU À SUA ORDEM A QUANTIA DE: ***cem reais*** EM MOEDA CORRENTE
NACIONAL.
Pagável em: Juína
Emitente: José da Silva Juína, 3 de Abril de 2015
CPF/CNPJ: 402.126.324-02
Endereço: Rua Luar, 22 Assinatura: José da Silva

3. Operações com Duplicatas


As empresas efetuam transações junto aos bancos com as duplicatas emitidas.

As mais comuns são:

a) cobrança simples de duplicatas;


b) descontos de duplicatas.

3.1 Cobrança simples de duplicatas

A cobrança simples consiste na remessa de títulos ao banco para que este


efetue a cobrança aos respectivos devedores, na data do vencimento.

Para remeter os títulos ao Banco, a empresa os relaciona através de um borderô,


ao qual anexa os respectivos títulos.

3.2 Desconto simples de duplicatas

Se por algum motivo, a empresa precisar se capitalizar, poderá se dirigir a um


banco e solicitar o adiantamento dos valores que tem a receber. A empresa
possuidora do título de crédito transfere a propriedade do mesmo para o Banco. O
Banco adianta hoje os pagamentos à empresa vendedora e no futuro, mais
MATEMÁTICA FINANCEIRA 19

especificamente na data do vencimento, recebe diretamente do cliente (comprador


da mercadoria).

Esse processo recebe o nome de Desconto de Duplicata. Para realizar tal


operação o Banco cobra uma taxa, e cobra adiantado, liberando para o vendedor da
mercadoria que está descontando a duplicata, um valor menor do que o valor
nominal do título. A diferença entre o valor liberado hoje e o valor nominal são os
juros da operação de desconto. Este é o retorno que o Banco obtém por adiantar
recursos a quem deles está necessitando.

Os Descontos Simples são obtidos com cálculos lineares (análogo ao método


de juros simples), ou seja, a taxa de desconto incide sobre o valor futuro ou
montante. Esse é o método mais utilizado no Brasil. Para se obter o valor do
desconto, multiplica-se o valor do título ou duplicata pela taxa de desconto e pelo
prazo que antecede o seu vencimento. Os prazos de uma operação podem ser
dados tanto em termos comerciais quanto em termos do calendário civil. O mês
comercial tem, sempre, 30 dias. O ano comercial tem 360 dias, ao invés dos 365
constantes do calendário anual.

3.2.1 Desconto racional ou desconto “por dentro”

Desconto obtido pela diferença entre o FV (valor nominal) e o PV


(valor atual) de uma duplicata que seja paga “n” períodos antes do seu
vencimento.
(MATHIAS, 2010)

DICA
Os
INFORMAÇÕES
prazos de IMPORTANTES
uma
 Valor Nominal =operação
Valor Futuro = Valor de Face = é o valor de
um título na datapodem
do vencimento
ser (FV);
dados tanto
 Valor Atual = Valor Presente é o Valor Descontado (PV);
em termos
comerciais
 Desconto = quantia
quantoa ser
em diminuída do do FV.
termos do
calendário
civil. O mês
comercial
tem,
sempre, 30
20

Fórmulas Para Desconto Racional ou por Dentro

1) Equação do Valor Descontado (PV)

Valor Descontado (PV) = FV


-----------
(1+id.n)

2) Equação do Valor do Desconto

Desconto (D) = FV - PV Desconto (D) = FV - FV


--------
1 +id.n

Desconto (D) = FV.i.n


------------
1 +id.n

3) Taxa de Desconto

id = FV 1 Id = FV – PV
--------- - 1 x ------- ------------
PV n PV.n

3.2.2 Desconto comercial ou desconto “por fora”

É o valor resultante do cálculo dos juros simples sobre o FV (valor nominal)


da duplicata que será paga “n” períodos antes de seu vencimento.
(MATHIAS, 2010)

1) Equação do Valor do Desconto

Desconto (D) = FV.if.n


MATEMÁTICA FINANCEIRA 21

2) Equação do Valor Descontado (PV)

Valor Descontado (PV) = FV - D Valor Descontado (PV) = FV(1 – if.n)

3) Taxa de desconto por fora

If = FV – PV
If = 1- PV 1 -------------
--------- x ------- FV.n
FV n

DICA
 A taxa de desconto “por fora” é aplicada sobre o FV para produzir o
PV.
 A taxa de desconto “por dentro” é aplicada sobre o PV para produzir o
FV.

(PUCCINI, 2006)

Relação entre as Taxas de Desconto “por dentro” e “por fora”

a) De posse dos dados da taxa de desconto “por dentro” obtêm-se a taxa de


desconto “por fora” utilizando a seguinte fórmula:

If = id
--------------
1 – id . n

b) De posse dos dados da taxa de desconto “por fora” obtêm-se a taxa de


desconto “por dentro” utilizando a seguinte fórmula:

Id = if
--------------
1 – if . n
22

3.2.3 Desconto bancário

Corresponde ao desconto comercial acrescido de uma taxa profixada cobrada


sobre o valor nominal.

Desconto Bancário = Desconto Comercial + (FVxTaxa Depesa Administrativa)

Desconto Bancário = (FV.if.n) + (FV x Taxa Depesa Administrativa)

PV = FV – Desconto Bancário
MATEMÁTICA FINANCEIRA 23

LISTA DE EXERCÍCIOS

Execício 1
Uma duplicata com valor nominal de R$5.500,00 que irá vencer em 3 meses foi
descontada em um Banco a uma taxa de 3% ao mês. O Banco cobra como taxa
administrativa 2%. Quanto o proprietário do título irá receber?

Exercício 2
Devido a um estouro de caixa, não previsto, o Administrador Financeiro decidiu
descontar títulos no Banco onde normalmente opera. A soma do valor nominal dos
títulos que possuía em carteira era de R$1.450,00, todos com vencimento para
daqui a 3 meses. Após a finalização da operação foi creditado em sua conta
corrente R$1.000,00.
Calcule:
a) Taxa de desconto racional ou “por dentro”;
b) Taxa de desconto comercial.

Exercício 3
Suponha que você tenha vendido hoje um lote de mercadorias no valor de
R$1.000,00. O pagamento referente a tal venda deverá ser efetuado num prazo de
90 dias. Porém, necessitando cumprir alguns compromissos de ordem financeira,
você decide ir ao banco descontar a duplicata relativa a esta venda. A informação
que você recebe do gerente do banco é que a taxa de desconto praticada pela
instituição é de 4% ao mês. Sendo assim, que valor você receberá se descontar a
duplicata? A taxa de despesa administrativa é de 2%.

Exercício 4
Um título de R$1.100,00 com vencimento previsto para daqui a um mês foi
descontado em um banco. O valor resultante da operação foi de R$1.000,00. Qual
foi a taxa de desconto praticada pelo banco?

Exercício 5
Um empresário descontou uma duplicata com valor nominal de R$12.000,00, com
vencimento em 5 meses. Determinar a taxa mensal de desconto racional, sabendo-
se que o desconto aplicado foi de R$2.400,00.

Exercício 6
Uma loja procurou um banco para descontar uma nota promissória com valor
nominal de R$65.000,00, com vencimento em 8 meses a uma taxa racional simples
de 3% a.m. Pede-se:
a) O valor recebido pela loja;
b) O valor do desconto.
24

3.3 Aplicações práticas de desconto – Método Hamburguês

Esses procedimentos de cálculo de descontos de títulos de crédito (duplicatas e


promissórias, por exemplo), utilizando o regime de juros simples, são amplamente
utilizados nas relações estabelecidas entre as empresas e os bancos no seu dia-a-
dia. Portanto, o real entendimento e domínio desse tipo de operação são de grande
valia para aqueles que, em suas atividades cotidianas, estão em contato com o
mercado.

O Método Hamburguês pode ser aplicado também nas operações de descontos


de títulos de Crédito.

Nas operações de desconto que envolvem vários títulos, as instituições


financeiras, mais especificamente os bancos comerciais, trabalham com um tipo de
documento chamado Bordereaux ou “Borderô”, que nada mais é que uma listagem
das duplicatas e/ou promissórias envolvidas na operação, contendo as respectivas
datas de vencimento e valores nominais. É importante observar que todos os títulos
constantes de um Borderô devem estar sujeitos à mesma taxa de desconto.

Abaixo se encontra um exemplo simplificado de um Borderô.

BORDERÔ DE DESCONTO
CEDENTE: Casa do Construtor Data: 20 de janeiro
Nº. DP Sacado Vencimento Valor
1001 Construtora X 10/02 1.000,00
1002 Casa Nova 20/02 2.000,00
1004 José da Silva 10/03 1.500,00
1006 Sebastião Dias 20/03 2.000,00
1007 Carlos Batista 30/03 6.000,00
1009 Vai Vai Construtora 02/04 4.000,00
1011 Casas Novo Mundo 10/04 3.500,00

Fórmula:

Desconto = ∑Nos x id
--------------
3.000

Onde, o ∑Nos é obtido pela soma dos produtos (valor x nº. de dias até o vencimento)
para cada título descontado, e id, é a taxa mensal de desconto simples da operação.
MATEMÁTICA FINANCEIRA 25

LISTA DE EXERCÍCIOS

Exercício 1
Encontre o valor total do desconto e o valor descontado, ou seja, o valor que a
empresa Casa do Construtor receberá do Banco, se a taxa de desconto aplicada for
de 3% ao mês. Vamos considerar a data da negociação sendo dia 20 de janeiro de
2015, e o mês comercial, isto é com 30 dias.

Nº. de DP Vencimento Valor Nº. de Dias de Desconto


1001 10 de fev 1.000,00
1002 20 de fev 2.000,00
1004 10 de março 1.500,00
1006 20 de março 2.000,00
1007 30 de março 6.000,00
1009 2 de abril 4.000,00
1011 10 de abril 3.500,00

Exercício 2
Calcular, pelo Método Hamburguês, o valor total do desconto e o valor descontado
(valor líquido) do borderô abaixo, sabendo que a taxa de desconto é de 3% ao mês.

Prazo do Valor
Vencimento (dias)
30 200.000,00
60 200.000,00
90 300.000,00
120 100.000,00

Exercício 3
Sua empresa está com caixa baixo. Precisando de capital de giro, para financiar
suas atividades, você decide se dirigir ao banco, com o intuito de descontar alguns
títulos resultantes de algumas operações mercantis anteriores. Sua carteira de
títulos passíveis de descontos é constituída de: R$142.000,00 vencíveis em 30 dias,
R$185.000,00 vencíveis em 60 dias e R$173.000,00 com vencimento num prazo de
90 dias, todos a contar a partir da operação. Assuma que a taxa de desconto de
duplicatas usada pelo seu banco é de 48% ao ano. Sendo assim, qual será o valor
creditado na conta corrente da sua empresa em função desta operação?

Exercício 4
Você tem em seu poder uma única promissória com valor de face igual a
R$2.800,00, e vencimento previsto para daqui a 3 meses. Suponha que você tenha
uma dívida que deve ser paga integralmente hoje no valor de R$1.800,00.
Chegando ao banco, você toma conhecimento de que a taxa de desconto simples é
de 15% ao mês. Neste caso, sabendo que esta é a única opção para quitar o débito,
você descontaria a promissória? Explique sua resposta.
26

UNIDADE III – FLUXO DE CAIXA


1. Introdução
O fluxo de caixa é um instrumento gerencial de grande importância na tomada
de decisões empresariais, possuindo como objetivos básicos:

 coletar dados;
 organizar dados;
 gerar subsídios (dados, informações) para previsões.

2. Função do Fluxo de Caixa


O Fluxo de Caixa visa o controle rígido dos recursos financeiros da empresa,
de forma a permitir antecipadamente a decisão quanto ao destino a ser dado aos
recursos, bem como determinar como serão pagos os desembolsos.

O Fluxo de Caixa é um instrumento de Gestão que provém da


integração do contas a receber com o contas a pagar, podendo se
referir ao passado (fluxo realizado) ou ao futuro (fluxo projetado).

2.1 Fluxo de Caixa Realizado

Quando se olha para o passado e se comparam as contas recebidas com as


contas pagas.

2.2 Fluxo de Caixa Projetado


Quando se compara o contas a receber com o contas a pagar.
O fluxo de caixa projetado permite visualizar, simultaneamente, o contas a pagar e
o contas a receber e, conseqüentemente, decidir sobre:

 o melhor momento da compra;


 o melhor momento da venda à vista;
 os momentos mais “carregados” do contas a pagar;
 projetar “estouros / sobras” de caixa;
MATEMÁTICA FINANCEIRA 27

3. Características do fluxo de caixa


O fluxo de caixa possui as seguintes características:

 é imediato – o que indica que deva ser atualizado diariamente –


garantindo assim uma visão realistas da situação financeira da empresa;
 permite olhar tanto para o passado quanto para o futuro - o que
possibilita ao administrador projetar, dia-a-dia dentro de determinados
limites, a evolução de seu disponível. Dessa forma ele poderá tomar, com
a devida antecedência, as medidas que se façam necessárias para
enfrentar a escassez ou excesso de recursos;
 de fácil análise - ou o dinheiro entrou ou não entrou. Ou saiu ou não
saiu.

4. Estrutura do Demonstrativo do Fluxo de Caixa

Fluxo de Caixa ou Fluxo Financeiro

A- Entradas
 Discriminação de todos os ingressos

B- Saídas
 Discriminação de todos os desembolsos

C- Saldo no Período (A-B)

D- Saldo Acumulado Anterior

E- Saldo Acumulado Atual (C+D)


28

5. Gerenciando o Fluxo de Caixa

Saldo Inicial

+
Entradas

-
Saídas

=
Saldo Final

Aplicação no
Aporte de recursos negócio
- +
próprios
ou de terceiros
Aplicação
Financeira

6. Elaboração do Fluxo de Caixa

O fluxo de caixa, a primeira vista, é uma ferramenta simples de ser utilizada,


o que dificulta a sua elaboração é o levantamento dos dados referentes às entradas
e saídas do caixa. Principalmente, quando se trata de pequenas empresas, pois
seus empreendedores adotam procedimentos nem sempre recomendáveis no trato
dessas contas. Dessa maneira, algumas dicas são fundamentais para a elaboração
do fluxo de caixa, para que este forneça informações confiáveis à tomada de
decisão:

 todos os pagamentos deverão ser feitos em cheque - evitar os


pagamentos em dinheiro, isto porque se perde o histórico da operação;
 criar um fundo de troco para as pequenas despesas - passar para esse
fundo, no início da semana, valor suficiente para despesas como
condução e café e prestar contas no final da semana;
MATEMÁTICA FINANCEIRA 29

 não confundir pessoa física com pessoa jurídica - evitar sempre que
possível o pagamento de contas da empresa com cheque do sócio e vice-
versa;
 não confundir pró-labore com lucro - pró-labore é a retirada do sócio que
trabalha na empresa, enquanto que o lucro é a remuneração do capital
investido;
 realizar sempre a conciliação bancária - é importante lembrar que o saldo
da empresa não vai coincidir com o do banco, em função do período de
tempo existente entre o recebimento/emissão do cheque e a operação
bancária, daí a importância da conciliação bancária, no mínimo
semanalmente;
 documentar todas as operações com cópias - todo o cheque emitido
deverá ser acompanhado de cópia. Igual procedimento se aplica a
contratos e recibos. Enfim, o arquivo das informações é muito importante
para futuras consultas.

6.1 Rotinas do Gerenciamento do Fluxo de Caixa

Elaboração
 verificar o saldo inicial;
 obter previsão do contas a receber;
 obter previsão do contas a pagar;
 atualizar diariamente o movimento do caixa, lançando na planilha de
trabalho (ou no sistema) as informações obtidas em seus respectivos
campos e datas.

Monitoramento
 providenciar extratos bancários;
 conciliar os extratos bancários com seus lançamentos e identificar os
depósitos;
 atualizar os saldos;
 comparar campos de “previstos” com “realizado”;
 analisar os saldos para aporte de recursos ou para direcionar as
aplicações;
30

 analisar as contas problemáticas e as contas que superam as previsões


(gráficos);
 tomar medidas preventivas e corretivas para a saúde do caixa.

6.2 Análise do Fluxo de Caixa

A análise é feita depois do lançamento dos dados. Deve-se verificar a relação


das entradas com as saídas de dinheiro. Se houver um equilíbrio entre essas
contas, significa que o valor de dinheiro que entrou foi suficiente para pagar todos os
compromissos assumidos.

Duas situações demonstradas pelo fluxo irão exigir mais atenção do gerente
financeiro:

 quando as entradas forem inferiores às saídas – estouro de caixa;


 quando as entradas forem superiores às saídas – excedente de caixa.

6.2.1 Estouro de Caixa

Existem momentos que, por vários motivos, o famoso “estouro de caixa”


acontece. O contas a pagar é superior ao contas a receber e o saldo é insuficiente
para pagar os compromissos assumidos pela empresa. No quadro abaixo tem-se um
resumo dos possíveis sintomas de um estouro de caixa, as causas prováveis que
levaram a essa situação e algumas sugestões de como melhorar esse desempenho.
MATEMÁTICA FINANCEIRA 31

Sintomas Causas Decisões

 Insuficiência  Vendas baixas;  Aumento de Capital


crônica de  Excesso de Próprio (aporte de
caixa; investimentos capital pelos sócios
em estoque; ou ingresso de novos
 Captação  Excesso de sócios);
sistemática de imobilizações;  Adequação do nível
recursos  Excesso de de operações e
através de retirada dos recursos
empréstimos; sócios; disponíveis;
 Descompasso  Contenção de custos
 Sensação de negativo entre e despesas;
esforço recebimento e  Venda de ativos;
desmedido. pagamento;  Geração de novas
 Recessão receitas e maior
econômica. controle do contas a
receber (redução da
inadimplência).
 Alterações nas datas
dos desembolsos;
 Vendas a vista;
 Operações
financeiras para
reforçar o caixa,
arcando com os
custos.

7. Classificação dos Fluxos de Caixa


Os fluxos de caixa podem ser classificados em:
 Fluxo de caixa operacional;
 Fluxo de caixa de investimento;
 Fluxo de caixa de financiamento.
32

7.1 Fluxo de Caixa Operacional

É aquele que mostra a movimentação financeira relacionada com a atividade


principal da empresa. Exemplos: Compra de material, pagamento de pessoal,
Receitas resultantes de vendas etc.
33

Realizado Projetado
FLUXO DE CAIXA - Exercício 1 mar/09 01/abr a 08/abr 09/abr a 15/abr 16/abr a 22/abr 23/abr a 30/abr abr/09
Vendas a Vista
4.850,00 1.200,00 1.200,00 1.200,00 1.400,00 5.000,00
Cobrança Duplicatas 65.899,05 18.150,90 17.145,44 18.120,40 34.150,20 87.566,94
Resgate - aplicações financeiras
ENTRADAS

17.899,00 5.400,00 5.400,00

Empréstimos 10.100,00 10.000,00 10.000,00


Aluguéis Recebidos 2.500,00 2.500,00
2.500,00
Outras Entradas 150,00
0,00
A – TOTAL DOS RECEBIMENTOS

Fornecedores 45.005,20 15.165,04 12.190,40 9.805,40 18.167,80 55.328,64


Compras á Vista
1.990,00 1.000,00 500,00 400,00 300,00 2.200,00
Tributos
7.155,90 1.765,00 5.190,00 159,00 270,00 7.384,00
SAÍDAS

Folha de Pagamento
15.190,00 10.155,00 1.500,00 5.400,00 500,00 17.555,00
Despesas Gerais
7.199,05 2.150,00 4.005,00 1.100,00 1.050,00 8.305,00
Amortização Empréstimos
11.420,50 - 5.155,00 5.188,00 10.340,00 20.683,00
Outras Saídas 3.450,20 1.000,00 1.050,00 1.000,00 1.000,00 4.050,00

B – TOTAL DOS PAGAMENTOS


SALDO ANTERIOR
SALDO

SALDO SEMANA/MÊS

SALDO ACUMULADO
34

7.2 Fluxo de Caixa de Investimento

São as saídas monetárias da empresa destinadas à aquisição de ativos


permanentes (terreno, maquinário, equipamento), assim como as entradas de
recursos financeiros provenientes da venda destes mesmos ativos.

7.3 Fluxo de Caixa de Financiamento

Decorrentes de decisões de captação de recursos junto aos acionistas e às


instituições financeiras, para pagamento de dividendos, juros, amortizações de
empréstimos e para suprir a necessidade da empresa face aos fluxos operacionais e
de investimento.

7.3.1 Representação Gráfica do Fluxo de Caixa de Financiamento/Empréstimo

O fluxo de caixa de um financiamento, normalmente, contém entradas e saídas de


capital, indicadas em uma linha de tempo que tem início no instante zero (t=0).

Abaixo tem-se a representação da movimentação financeira de uma pessoa


física que realizou um empréstimo no banco.

Fluxo de Caixa da Pessoa

E0

0 1 2 3 .... n -1 n

S1 S2 S3 ..... Sn-1 Sn
35

Fluxo de Caixa do Banco

E1 E2 E3 En-1 En

0 1 2 3 .... n -1 n

S0

O fato de cada seta indicar para cima (positivo) ou para baixo (negativo), é assumido
por convenção, e o fluxo de caixa dependerá de quem recebe ou paga o capital num
certo instante, sendo que:

 t= 0 indica o dia atual;


 Eo indica a Entrada de Capital num momento atual;
 So. indica a Saída da Capital no momento atual.

Exercícios gráficos de Fluxos de Caixa:


Na seqüência apresentam-se algumas situações. Construa os fluxos de caixa das
mesmas (do ponto de vista da pessoa).

Exercício 1
Uma pessoa tomou emprestado R$10.000,00 hoje e pagará R$11.000,00 daqui a
um mês.

0 1

Responda
a. Qual o Valor Presente?
b. Qual o Valor Futuro?
36

Exercício 2
Uma pessoa tomou emprestado R$10.000,00 hoje e pagará em duas parcelas iguais
e seguidas de R$6.000,00 a partir do próximo mês.

0 1 2

Responda
a. Qual o Valor Presente?
b. Qual o Valor Futuro?
c. Quais os Valores das Parcelas?

Exercício 3
Uma pessoa comprou um carro por R$16.000,00 hoje e pagará em 24 parcelas
de R$876,54 a partir do mês seguinte.

0 1 2 ... 23 24

Responda
a.Qual o Valor Presente?
b.Qual o Valor Futuro?
c.Quais os Valores das Parcelas?

7.3.2 Cálculo do Valor Presente


Fórmula para Pagamento sem entrada

VP = R x [(1+i)n -1]
----------------------

[i.(1+i)n]
37

Fórmula para Pagamentos com Entrada

Onde:
VP = Valor Presente;
VP = R x [(1+i)n – 1] R = Valor da Parcela ou
---------------- Prestação;
[i(1+i)n-1] I = Taxa de juros;
n = Número de parcelas ou
períodos

7.3.3 Cálculo do Valor da Prestação

Fórmula para Pagamento sem Entrada

R = VP x [i.(1+i)n]
-----------------
[(1+i)n-1]

Fórmula para Pagamento com Entrada

R = VP [i.(1+i)n-1]
-------------
[(1+i)n -1]
38

L I S T A DE E X E R C Í C I O S

Execício 1
Uma pessoa financia um objeto em 5 parcelas iguais e seguidas de R$1.000,00 a
partir do próximo mês (ou seja, sem entrada). Se a taxa bancária de juros é de 7%
ao mês, qual é o Valor Presente (VP) deste objeto?

Exercício 2
Considere o problema do exemplo anterior e uma nova alternativa. Refinanciar a
compra do objeto que custa o Valor Presente em 5 parcelas iguais e seguidas a
partir do mês inicial. Considere a mesma taxa bancária de juros. Qual deverá ser o
valor de cada nova parcela R?

Exercício 3

O gerente da empresa Alfa detectou a necessidade da aquisição imediata de 4


computadores. Analisando o seu fluxo de caixa projetado ele percebeu que haverá
uma sobra de caixa mensal de R$1.800,00 nos próximos 6 meses. Ele poderá
utilizar este dinheiro para aquisição das máquinas. Ele recebeu algumas propostas
de financiamento. Analise a melhor opção.

Valor do Financiamento = R$6.000,00


Taxa de juros mensal = 6%

1a. Opção – pagamento de 6 parcelas fixas, sem entrada;


2a. Opção – pagamento em 4 parcelas fixas, sem entrada;
3a. Opção – pagamento em 3 parcelas fixas, com entrada.
39

8. Equivalência de Fluxo de Caixa

Dois ou mais fluxos de caixa são equivalentes a uma determinada taxa de


juros, se os seus valores atuais, calculados com essa mesma taxa, forem iguais. O
estudo da equivalência se faz no regime de juros compostos.

Convém ressaltar que se os fluxos de caixa tiverem o mesmo valor atual a


uma determinada taxa de juros, então os seus montantes após n períodos, obtidos
com essa mesma taxa, serão necessariamente iguais.

É importante destacar que a equivalência de fluxos de caixa depende da taxa de


juros. Assim, se dois fluxos são equivalentes a uma certa taxa, essa equivalência
deixará de existir se a taxa for alterada.

8.1 Planos Equivalentes de Financiamento

8.1.1 Sistema Americano - Pagamento Final

O financiamento feito pelo Plano de Pagamento Final implica que o valor


financiado é pago de uma só vez, no final do período. Os juros são capitalizados ao
final de cada período (mês ou ano). Esta modalidade de pagamento é utilizada em:

 Papéis de Renda Fixa (Letras de Câmbio ou Certificado de Depósito com


renda final)
 Títulos descontados em banco comercial;

8.1.2 Sistema Americano - Pagamento Periódico de Juros

É realizado o pagamento somente de juros ao final de cada período. No final


do prazo do empréstimo é pago, além dos juros do último período, também o
principal integral. Esta modalidade é utilizada em - Papéis de Renda Fixa, com renda
paga periodicamente (letras de câmbio com renda mensal, certificado de depósito
com renda mensal, trimestral).
40

8.1.3 Sistema Francês - Sistema Price

A parcela periódica de pagamentos compreende os juros do período mais


amortização de parte do principal. Esta modalidade é utilizada em: financiamento
imobiliário, crédito direto ao consumidor: automóveis, eletrodomésticos:

Como Calcular:

 Cálculo do valor da prestação;


 Cálculo dos juros do período pela aplicação da taxa do contrato sobre os
valores do saldo (remanescente do principal) no início do período;
 Cálculo da amortização do principal, pela diferença entre o valor da
prestação e o valor dos juros do período.

DICA
Observa-se que os juros de cada prestação vão diminuindo com o tempo,
pois o principal remanescente vai se tornando cada vez menor. Como o
valor da prestação é constante, a parcela de amortização de cada prestação
vai aumentando ao longo do tempo.

8.1.4 Sistema de Amortização Constante – SAC

O financiamento é pago em prestações decrescentes. Cada parcela


compreende pagamento de juros e da amortização de parte do principal.

Esta modalidade é utilizada em: financiamentos imobiliários e em financiamentos à


empresa, por parte de entidades governamentais.

Como cálcular:

 Cálculo da amortização do principal, que tem valor constante em todas as


prestações, por meio da divisão do principal pelo número de prestações;
 Cálculo dos juros do período, pela aplicação da taxa do contrato sobre o
valor do saldo (remanescente do principal) no início do período;
 Cálculo do valor da prestação pela soma da amortização do principal com
os juros do período.
41

DICA
Em cada período, o principal remanescente decresce do valor de uma
amortização. Como todas as amortizações são iguais esse decréscimo será
uniforme, e, portanto os juros dos períodos também serão uniformemente
decrescentes ao longo do tempo.
42

L I S T A DE E X E R C Í C I O S

Exercício 1
Financiamento de R$1.000,00 sobre o qual incidam juros de 8% a.a e que o prazo
do empréstimo seja de 4 anos.
Faça os Planos Equivalentes de pagamento nos seguintes Sistemas de Pagamento:
a) Pagamento Final;
b) Pagamento Periódico de Juros;
c) PRICE, pagamento sem entrada;
d) SAC

Fórmula a ser usada: J = PV.i.n

Exercício 2
Desenvolver uma tabela de planos equivalentes de financiamentos, de acordo com
as seguintes condições:
Principal Financiado = R$1.000,00;
Prazo de Financiamento = 5 trimestres;
Taxa de Juros = 5% ao trimestre;
Regime de Juros = Composto

Os Planos a serem considerados são os seguintes:


Plano A = Pagamento Final;
Plano B = Pagamento Periódico de Juros;
Plano C = Prestações iguais de R$230,97 – Sistema PRICE;
Plano D = Sistema de Amortização Constante – SAC

Exercício 3
A empresa Modelo adquiriu um veículo no plano de financiamento de prestação fixa.
A taxa de juros contratada foi de 1,67% ao mês, resultando em 24 parcelas fixas de
R$1.170,60. O valor do bem à vista era de R$23.000,00.
Após ter quitado 10 prestações do financiamento, a empresa percebeu uma sobra
de caixa de R$10.000,00 e que pagar algumas prestações. O problema é que ela
não sabe quanto do principal já foi pago e se ela conseguiria pagar o restante,
depois de abater os R$10.000,00, em 4 parcelas sem comprometer o seu fluxo de
caixa. O pagamento do novo financiamento seria no mês seguinte ao mês do
pagamento da amortização dos R$10.000,00.
Ela pede a sua ajuda para calcular:
a) Valor do Saldo depois do pagamento da 10ª parcela;
b) Valor restante a ser financiado depois de quitado os R$10.000,00;
c) Valor da nova prestação.
43

9. Coeficiente de Financiamento
Um gerente de uma agência de automóveis quer calcular coeficientes para
financiamentos, por unidade de capital emprestado. Estes coeficientes quando
aplicados ao total do capital darão como resultado a prestação. Sabendo-se que a
agência cobra 5% de juros ao mês, calcule o coeficiente para 6 e 12 meses.

Usando a HP: Para 6 meses


Pela HP Visor
Limpe as memórias:[F][REG] 0.00
Entre com a taxa de juros: 5[i] 5.00
Entre com o número de meses:6[n] 6.00
Entre com a unidade de capital emprestado:1[PV] 1.00
Calcule o coeficiente para as prestações:PMT -0.19702

Desconsidere o sinal negativo. Ele só representa a direção de saída do fluxo. Neste


caso, para um financiamento de R$10.000,00, em 6 meses, as prestações devem
ser de:

10.000,00 x 0,19702 = 1.970,20

Para 12 meses
Pela HP Visor
Limpe as memórias:[F][REG] 0.00
Entre com a taxa de juros: 5[i] 5.00
Entre com o número de meses:12[n] 12.00
Entre com a unidade de capital emprestado:1[PV] 1.00
Calcule o coeficiente para as prestações:[PMT] -0.11283
Empregando a Fórmula:

PMT = PV x i(1+i)n
---------------------

(1+i)n – 1
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L I S T A DE E X E R C Í C I O S

Exercício 1
Um aposentado comprou um imóvel no valor de R$60.000,00 hoje, com pagamentos
em 4 prestações anuais postecipadas (após o período), a uma taxa de juros de 6%
ao ano. Montar as tabelas de amortização e determinar os valores das prestações,
juros, saldos, nos seguintes sistemas: Pagamento Final, Pagamento Periódico de
Juros, PRICE e SAC.

Exercício 2
Um estudante adquiriu um computador por R$4.000,00 hoje, com pagamentos em 6
parcelas mensais postecipadas, a uma taxa de juros de 2% ao mês. Montar as
tabelas de amortização e determinar os valores das prestações, juros, saldos, nos
sistemas PRICE e SAC.

Exercício 3
Um empresário adquiriu um equipamento por R$42.000,00 hoje, com pagamentos
em 5 prestações trimestrais postecipadas, a uma taxa de juros de 4% ao trimestre.
Se o empresário decidir quitar o financiamento no final do terceiro trimestre (após
efetuar o terceiro pagamento), qual será o valor pago para resgatar a dívida nesta
data? Fazer os cálculos assumindo que o empresário contraiu o financiamento nos
seguintes sistemas: PRICE e SAC.

Exercício 4
Uma empresa adquiriu um financiamento no valor de R$185.000,00 em um Banco
de Desenvolvimento, se comprometendo a pagar em 4 prestações anuais, a uma
taxa de juros de 8% ao ano. No entanto, a empresa só começará a pagar as
prestações no final do terceiro ano, pois conseguiu negociar com o Banco esse
período de carência. Montar as tabelas de amortização e determinar os valores das
prestações, juros e saldos, nos seguintes sistemas: PRICE e SAC.
OBS: Durante o período de carência a empresa não paga a prestação, mas o valor
financiado é acrescido dos juros correspondente a este período.

Exercício 5
Um empresário adquiriu uma frota de caminhões por R$300.000,00 hoje, com
pagamentos em 6 prestações mensais a uma taxa de juros de 1,5% ao mês. Sendo
que a primeira prestação ocorre somente no final do 3º mês após a compra. Se o
empresário decidir quitar o financiamento após efetuar o quarto pagamento, qual
será o valor pago para resgatar a dívida nesta data? Fazer os cálculos, assumindo
que o empresário contraiu o financiamento os seguintes sistemas: PRICE e SAC.
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Fluxo de Caixa - Planos Equivalentes de Pagamentos de Financiamentos

Saldo Final do Pagamento Final (prestação)


Período
Plano Período Saldo Inicial Juros do antes do Saldo Final no Período
no Período Período Pagamento Total Juros Amortização depois do pagamento
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Fluxo de Caixa - Planos Equivalentes de Pagamentos de Financiamentos

Saldo Final do Pagamento Final (prestação)


Período
Plano Período Saldo Inicial Juros do antes do Saldo Final no Período
no Período Período Pagamento Total Juros Amortização depois do pagamento
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Fluxo de Caixa - Planos Equivalentes de Pagamentos de Financiamentos

Saldo Final do Pagamento Final (prestação)


Período
Plano Período Saldo Inicial Juros do antes do Saldo Final no Período
no Período Período Pagamento Total Juros Amortização depois do pagamento
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Fluxo de Caixa - Planos Equivalentes de Pagamentos de Financiamentos

Saldo Final do Pagamento Final (prestação)


Período
Plano Período Saldo Inicial Juros do antes do Saldo Final no Período
no Período Período Pagamento Total Juros Amortização depois do pagamento
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Fluxo de Caixa - Planos Equivalentes de Pagamentos de Financiamentos

Saldo Final do Pagamento Final (prestação)


Período
Plano Período Saldo Inicial Juros do antes do Saldo Final no Período
no Período Período Pagamento Total Juros Amortização depois do pagamento
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Fluxo de Caixa - Planos Equivalentes de Pagamentos de Financiamentos

Saldo Final do Pagamento Final (prestação)


Período
Plano Período Saldo Inicial Juros do antes do Saldo Final no Período
no Período Período Pagamento Total Juros Amortização depois do pagamento
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Saldo Final do Pagamento Final (prestação)


Período
Plano Período Saldo Inicial Juros do antes do Saldo Final no Período
no Período Período Pagamento Total Juros Amortização depois do pagamento
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Fluxo de Caixa - Planos Equivalentes de Pagamentos de Financiamentos

Saldo Final do Pagamento Final (prestação)


Período
Plano Período Saldo Inicial Juros do antes do Saldo Final no Período
no Período Período Pagamento Total Juros Amortização depois do pagamento
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Saldo Final do Pagamento Final (prestação)


Período
Plano Período Saldo Inicial Juros do antes do Saldo Final no Período
no Período Período Pagamento Total Juros Amortização depois do pagamento

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Fluxo de Caixa - Planos Equivalentes de Pagamentos de Financiamentos

Saldo Final do Pagamento Final (prestação)


Período
Plano Período Saldo Inicial Juros do antes do Saldo Final no Período
no Período Período Pagamento Total Juros Amortização depois do pagamento
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REFERÊNCIAS
BRASIL, Haroldo Guimarães. Avaliação Moderna de Investimento. Rio de Janeiro,
Qualitymark Editora Ltda.

BRIGHAM, Eugene F., GAPENSKI, Louis C., EHRHARDT, Michael C.


Administração Financeira. São Paulo. Editora Atlas, 2001.

GITMAN, Lawewnce J. Prncípios de Administração Financeira. São Paulo.


Editora Harper & Row do Brasil Ltda, 1978.

GROPPELLI, A.A. & NIKBAKHT, Administração Financeira. São Paulo. Editora


Saraiva, 2002.

KUHNEN, Osmar Leonardo. Matemática Financeira Empresarial. São Paulo.


Editora Atlas, 2006.

MATHIAS, W.F; GOMES, J.M. Matemática Financeira. São Paulo. Editora Atlas,
2010.

PAXSON, Dean e WOOD, Douglas. Dicionário Enciclopédico de Finanças. São


Paulo. Editora Atlas, 2001.

PUCCINI, Abelardo de Lima. Matemática Financeira: objetiva e aplicada. São


Paulo. Editora Saraiva, 2006.

SEIFFERT, Peter Quadros. Empreendendo Novos Negócios em Corporações.


São Paulo. Editora Atlas, 2005.

TPD/IOB. Treinamento Programado a Distância. São Paulo. IOB.

VIEIRA, Marcos Villela. Administração Estratégica do Capital de Giro. São Paulo,


Editora Atlas, 2005.

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