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ÍNDICE

Matemática Financeira
1. Conceitos gerais - O conceito do valor do dinheiro no tempo; Capital, juros, taxas de juros; Capitalização, regimes de
capitalização; Fluxos de caixa e diagramas de fluxo de caixa; Equivalência financeira. Juros simples - Cálculo do montante,
dos juros, da taxa de juros, do principal e do prazo da operação financeira. Juros compostos - Cálculo do montante, dos
juros, da taxa de juros, do principal e do prazo da operação financeira. Sistemas de amortização - Sistema price; Sistema
SAC.......................................................................................................................................................................................... 157

Conhecimentos Bancários
1. Sistema Financeiro Nacional: Estrutura do Sistema Financeiro Nacional; Órgãos normativos e instituições supervisoras, execu-
toras e operadoras ...................................................................................................................................................................... 183
2. Mercado financeiro e seus desdobramentos (mercados monetário, de crédito, de capitais e cambial) ..................................... 187
3. Moeda e política monetária: Políticas monetárias convencionais e nãoconvencionais (Quantitative Easing); Taxa SELIC e ope-
rações compromissadas; O debate sobre os depósitos remunerados dos bancos comerciais no Banco Central do Brasil .......... 187
4. Orçamento público, títulos do Tesouro Nacional e dívida pública ............................................................................................... 189
5. Produtos Bancários: Noções de cartões de crédito e débito, crédito direto ao consumidor, crédito rural, poupança, capitali-
zação, previdência, consórcio, investimentos e seguros ............................................................................................................. 189
6. Noções de Mercado de capitais .................................................................................................................................................. 195
7. Noções de Mercado de Câmbio: Instituições autorizadas a operar e operações básicas ............................................................ 195
8. Regimes de taxas de câmbio fixas, flutuantes e regimes intermediários ..................................................................................... 196
9. Taxas de câmbio nominais e reais ............................................................................................................................................... 196
10. Impactos das taxas de câmbio sobre as exportações e importações ........................................................................................... 196
11. Diferencial de juros interno e externo, prêmios de risco, fluxo de capitais e seus impactos sobre as taxas de câmbio ................... 196
12. Dinâmica do Mercado: Operações no mercado interbancário .................................................................................................... 197
13. Mercado bancário: Operações de tesouraria, varejo bancário e recuperação de crédito ........................................................... 197
14. Taxas de juros de curto prazo e a curva de juros; taxas de juros nominais e reais ........................................................................ 197
15. Garantias do Sistema Financeiro Nacional: aval; fiança; penhor mercantil; alienação fiduciária; hipoteca; fianças bancárias .... 198
16. Crime de lavagem de dinheiro: conceito e etapas; Prevenção e combate ao crime de lavagem de dinheiro: Lei nº 9.613/98 e
suas alterações ............................................................................................................................................................................ 199
17. Circular nº 3.978, de 23 de janeiro de 2020 ................................................................................................................................ 204
18. Carta Circular nº 4.001, de 29 de janeiro de 2020 e suas alterações. .......................................................................................... 213
19. Autorregulação bancária e Normativos SARB. ............................................................................................................................ 216
20. Sigilo Bancário: Lei Complementar nº 105/2001 e suas alterações ............................................................................................. 216
21. Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD): Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018 e suas alterações ............................................ 218
22. Legislação anticorrupção: Lei nº 12.846/2013 ............................................................................................................................ 230
23. Decreto nº 11.129, de 11/07/2022 ............................................................................................................................................. 234
24. Segurança cibernética: Resolução CMN nº 4.893, de 26/02/2021 .............................................................................................. 243
25. Ética aplicada: ética, moral, valores e virtudes ............................................................................................................................ 247
26. noções de ética empresarial e profissional. ................................................................................................................................ 247
27. A gestão da ética nas empresas públicas e privadas. ................................................................................................................... 248
28. Código de Ética do Banco do Brasil (disponível no sítio do BB na internet). ................................................................................ 249
29. Política de Responsabilidade Socioambiental do Banco do Brasil (disponível no sítio do BB na internet) ................................... 260
30. ASG (Ambiental, Social e Governança): Economia Sustentável; Financiamentos; Mercado PJ .................................................... 260
MATEMÁTICA FINANCEIRA

Exemplo:
CONCEITOS GERAIS - O CONCEITO DO VALOR DO (PRODAM/AM – Assistente – FUNCAB) Qual é o capital que,
DINHEIRO NO TEMPO; CAPITAL, JUROS, TAXAS DE investido no sistema de juros simples e à taxa mensal de 2,5 %, pro-
JUROS; CAPITALIZAÇÃO, REGIMES DE CAPITALIZAÇÃO; duzirá um montante de R$ 3.900,00 em oito meses?
FLUXOS DE CAIXA E DIAGRAMAS DE FLUXO DE (A) R$ 1.650,00
CAIXA; EQUIVALÊNCIA FINANCEIRA. JUROS SIMPLES (B) R$ 2.225,00
- CÁLCULO DO MONTANTE, DOS JUROS, DA TAXA DE (C) R$ 3.250,00
JUROS, DO PRINCIPAL E DO PRAZO DA OPERAÇÃO (D) R$ 3.460,00
FINANCEIRA. JUROS COMPOSTOS - CÁLCULO DO (E) R$ 3.500,00
MONTANTE, DOS JUROS, DA TAXA DE JUROS, DO
PRINCIPAL E DO PRAZO DA OPERAÇÃO FINANCEIRA. Resolução:
SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO - SISTEMA PRICE; Montante = Capital + juros, ou seja: j = M – C , que fica: j =
SISTEMA SAC
3900 – C ( I )
Agora, é só substituir ( I ) na fórmula do juros simples:
Juros simples (ou capitalização simples)
Os juros são determinados tomando como base de cálculo o
capital da operação, e o total do juro é devido ao credor (aquele que
empresta) no final da operação. Devemos ter em mente:
– Os juros são representados pela letra J*.
– O dinheiro que se deposita ou se empresta chamamos de ca-
pital e é representado pela letra C (capital) ou P(principal) ou VP ou
PV (valor presente) *.
– O tempo de depósito ou de empréstimo é representado pela 390000 – 100.C = 2,5 . 8 . C
letra t ou n.* – 100.C – 20.C = – 390000 . (– 1)
– A taxa de juros é a razão centesimal que incide sobre um ca- 120.C = 390000
pital durante certo tempo. É representado pela letra i e utilizada C = 390000 / 120
para calcular juros. C = R$ 3250,00
*Varia de acordo com a bibliografia estudada. Resposta: C

ATENÇÃO: Devemos sempre relacionar a taxa e o tempo na Juros compostos (capitalização composta)
mesma unidade para efetuarmos os cálculos. A taxa de juros incide sobre o capital de cada período. Também
conhecido como “juros sobre juros”.
Usamos a seguinte fórmula:
Usamos a seguinte fórmula:

Em juros simples:
– O capital cresce linearmente com o tempo; O (1+i)t ou (1+i)n é chamado de fator de acumulação de capital.
– O capital cresce a uma progressão aritmética de razão: J=C.i
– A taxa i e o tempo t devem ser expressos na mesma unidade. ATENÇÃO: as unidades de tempo referentes à taxa de juros (i) e
– Devemos expressar a taxa i na forma decimal. do período (t), tem de ser necessariamente iguais.
– Montante (M) ou FV (valor futuro) é a soma do capital com
os juros, ou seja:
M=C+J
M = C.(1+i.t)

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Exemplo:
(FGV-SP) Uma aplicação financeira rende juros de 10% ao ano,
compostos anualmente. Utilizando para cálculos a aproximação de
, pode-se estimar que uma aplicação de R$ 1.000,00 seria resgatada
no montante de R$ 1.000.000,00 após:
(A) Mais de um século.
(B) 1 século
(C) 4/5 de século
(D) 2/3 de século
(E) ¾ de século

Resolução:
A fórmula de juros compostos é M = C(1 + i)t e do enunciado
temos que M = 1.000.000, C = 1.000, i = 10% = 0,1:
1.000.000 = 1.000(1 + 0,1)t

O crescimento do principal (capital) em:


– juros simples é LINEAR, CONSTANTE;
– juros compostos é EXPONENCIAL, GEOMÉTRICO e, portanto
tem um crescimento muito mais “rápido”; (agora para calcular t temos que usar lo-
Observe no gráfico que: garitmo nos dois lados da equação para pode utilizar a propriedade
– O montante após 1º tempo é igual tanto para o regime de , o expoente m passa multiplicando)
juros simples como para juros compostos;
– Antes do 1º tempo o montante seria maior no regime de
juros simples;
– Depois do 1º tempo o montante seria maior no regime de
juros compostos.

Exemplo:
(PREF. GUARUJÁ/SP – SEDUC – PROFESSOR DE MATEMÁTICA
– CAIPIMES) Um capital foi aplicado por um período de 3 anos, com t.0,04 = 3
taxa de juros compostos de 10% ao ano. É correto afirmar que essa
aplicação rendeu juros que corresponderam a, exatamente:
(A) 30% do capital aplicado.
(B) 31,20% do capital aplicado.
(C) 32% do capital aplicado.
(D) 33,10% do capital aplicado.

Resolução:
Resposta: E

Taxas de juros
Índices fundamentais no estudo da matemática financeira,
sendo incorporadas sempre ao capital. São elas:

Taxa efetiva: são aquelas onde a taxa da unidade de tempo


coincide com a unidade de tempo do período de capitalização(valo-
rização). Exemplo: Uma taxa de 13% ao trimestre com capitalização
Como, M = C + j , ou seja , j = M – C , temos: trimestral.
j = 1,331.C – C = 0,331 . C
0,331 = 33,10 / 100 = 33,10% ATENÇÃO: Quando no enunciado não estiver citando o período
Resposta: D de capitalização, a mesma vai coincidir com unidade da taxa. Em
outras palavras iremos trabalhar com taxa efetiva!!!
Juros Compostos utilizando Logaritmos
Algumas questões que envolvem juros compostos, precisam de Taxa nominal: são aquelas cujas unidade de tempo NÂO coin-
conceitos de logaritmos, principalmente aquelas as quais precisa- cide com as unidades de tempo do período de capitalização.
mos achar o tempo/prazo. Normalmente as questões informam os
valores do logaritmo, então não é necessário decorar os valores da Exemplo:
tabela. (TJ/PE- ANALISTA JUDICIÁRIO-CONTADOR-FCC) Uma taxa de
juros nominal de 21% ao trimestre, com juros capitalizados men-
salmente, apresenta uma taxa de juros efetiva, trimestral de, apro-
ximadamente,
(A) 21,7%.
(B) 22,5%.

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(C) 24,8%.
(D) 32,4%.
(E) 33,7%.

Resolução:
21% a. t capitalizados mensalmente (taxa nominai), como um trimestre tem 3 meses, 21/3 = 7% a.m(taxa efetiva).
im = taxa ao mês
it= taxa ao trimestre.
(1+im)3 = (1+it)  (1+0,07)3 = 1+it  (1,07)3 = 1+it  1,225043 = 1+it  it= 1,225043-1  it = 0,225043 x 100  it= 22,5043%
Resposta: B

ATENÇÃO: Para resolução de questões com taxas nominais devemos primeiramente descobri a taxa efetiva (multiplicando ou dividin-
do a taxa)

Toda taxa nominal traz implícita uma taxa efetiva que deve ser calculada proporcionalmente.

Taxas proporcionais (regime de juros simples): são taxas em unidade de tempo diferente que aplicadas sobre o mesmo capital ao
mesmo período de tempo irão gerar o mesmo montante.

Exemplo:
(PREF. FLORIANÓPOLIS/SC – AUDITOR FISCAL – FEPESE) A taxa de juros simples mensais de 4,25% equivalente à taxa de:
(A) 12,5% trimestral.
(B) 16% quadrimestral.
(C) 25,5% semestral.
(D) 36,0% anual.
(E) 52% anual.

Resolução:
Sabemos que taxas a juros simples são ditas taxas proporcionais ou lineares. Para resolução das questões vamos avaliar item a item
para sabermos se está certo ou errado:
4,25% a.m
Trimestral = 4,25 .3 = 12,75 (errada)
Quadrimestral = 4,25 . 4 = 17% (errada)
Semestral= 4,25 . 6 = 25,5 % (correta)
Anual = 4,25.12 = 51% (errada)
Resposta: C

Taxas equivalentes (regime de juros compostos): as taxas de juros se expressam também em função do tempo da operação, porém
não de forma proporcional, mas de forma exponencial, ou seja, as taxas são ditas equivalentes.

Exemplo:

Taxa Real, Aparente e Inflação


– Taxa real (ir) = taxa que considera os efeitos da inflação e seus ganhos.
– Taxa aparente (ia) = taxa que não considera os efeitos da inflação (são as taxas efetivas/nominais).
– Taxa de inflação (ii) = a inflação representa a perda do poder de compra.

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Escrevendo todas as taxas em função uma das outras, temos:

(1+ia) = (1+ir).(1+ii)

Onde: , independe da quantidade de períodos e do regime de juros.

Descontos
É a diferença entre o valor título (valor nominal) e o valor recebido (valor atual).

D=N–A

Onde:
D = desconto
N = valor nominal
A = valor atual

ATENÇÃO: Comparando com o regime de juros, observamos que:


– o Valor Atual, ou valor futuro (valor do resgate) nos dá ideia de Montante;
– o Valor Nominal, nome do título (valor que resgatei) nos dá ideia de Capital;
– e o Desconto nos dá ideia de Juros.
Os descontos podem ser:

Desconto racional simples (por dentro): nos passa a ideia de “honesto”, pois todas a taxas são cobradas em cima do valor atual (A) do
título. Associando com os juros simples teremos:

Também podemos escrever a seguinte fórmula:

Exemplo:
(ASSAF NETO) Seja um título de valor nominal de R$ 4.000,00 vencível em um ano, que está sendo liquidado 3 meses antes de seu
vencimento. Sendo de 42% a.a. a taxa nominal de juros corrente, pede-se calcular o desconto e o valor descontado desta operação.
N = 4 000
t = 3 meses
i = 42% a.a = 42 / 12 = 3,5% a.m = 0,035
D=?
Vd = ?

Vd = 4 000 – 380,10 = 3 619,90

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Desconto comercial simples ou bancário (por fora): nos passa a ideia de que alguém está “levando” um por fora, pois, todas as taxas
são cobradas em cima do valor nominal (N) do título. O valor nominal é sempre maior e é justamente onde eles querem ganhar.

• Desconto comercial (bancário) acrescido de uma taxa pré-fixada: quando se utiliza taxas pré-fixadas aos títulos, que são as taxas
de despesas bancárias/administrativas (comissões, taxas de serviços, ...) cobradas sobre o valor nominal (N). Fazemos uso da seguinte
formula:

Dc = N. (i.t + h)

Onde:
Dc = desconto comercial ou bancário
N = valor nominal
i = taxa de juros cobrada
t = tempo ou período
h = taxa de despesas administrativas ou bancárias.

Exemplo:
Um banco ao descontar notas promissórias, utiliza o desconto comercial a uma taxa de juros simples de 12% a.m.. O banco cobra,
simultaneamente uma comissão de 4% sobre o valor nominal da promissória. Um cliente do banco recebe R$ 300.000,00 líquidos, ao
descontar uma promissória vencível em três meses. O valor da comissão é de:

Resolução:
h = 0,04
t=3
iB = 0,12 . 3
AB = N . [1 - (iB + h)]
300 000 = N . [1 - (0,12.3 + 0,04)]
300 000 = N . [1 – 0,4]
N = 500 000
Vc = 0,04 . N
Vc = 0,04 . 500 000
Vc = 20 000

Resposta: 200 000

– Relação entre Desconto Comercial (Dc) e Desconto Racional (Dr): para sabermos o valor do desconto caso fosse utilizado o desconto
comercial e precisássemos saber o desconto racional e vice-versa, utilizamos a seguinte relação: Dc = Dr . (1 + i.t)

Desconto Racional Composto (por dentro): as fórmulas estão associando com os juros compostos, assim teremos:

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MATEMÁTICA FINANCEIRA
Desconto Comercial Composto (por fora): como a taxa incide 2. construa, a partir do enunciado do problema, um diagrama
sobre o Valor Nominal (maior valor), trocamos na fórmula o N pelo de fluxo de caixa esquemático, colocando na parte de cima o plano
A e vice-versa, mudando o sinal da taxa (de positivo para negativo). original de pagamento e na parte de baixo o plano alternativo pro-
posto, indicando todos os valores envolvidos, as datas respectivas
e as incógnitas a serem descobertas – esse diagrama é importante
porque permite visualizar os grupos de capitais equivalentes e esta-
belecer facilmente a equação de valor para resolução do problema;
3. observe se os prazos de vencimento dos títulos e compro-
missos estão na mesma unidade de medida de tempo periodicida-
de da taxa; se não estiverem, faça as transformações necessárias
(ou você expressa a taxa na unidade de tempo do prazo ou expressa
o prazo na unidade de tempo da taxa – escolha a transformação que
torne os cálculos mais simples);
Exemplo: 4. leve todos os valores para a data escolhida para a negociação
(PREFEITURA DE SÃO PAULO/SP - AUDITOR FISCAL MUNICI- (data focal), lembrando sempre que capitais exigíveis antes da data
PAL – CETRO) Com adiantamento de dois meses do vencimento, um focal deverão ser capitalizados através da fórmula do montante M =
título de valor nominal de R$30.000,00 é descontado a uma taxa C (1 + in), dependendo da modalidade de desconto utilizada;
composta de 10% a.m.. A diferença entre o desconto racional com- 5. tendo transportado todos os capitais para a data focal e com
posto e o desconto comercial composto será de: base no diagrama de fluxo de caixa que você esquematizou, monte
(A) R$246,59. a EQUAÇÃO DE VALOR, impondo que a soma dos valores dos títulos
(B) R$366,89. (transportados para a data focal) da parte de cima do diagrama de
(C) R$493,39. fluxo de caixa seja igual à soma dos valores dos títulos (transpor-
(D) R$576,29. tados para a data focal) da parte de baixo do diagrama de fluxo de
(E) R$606,49. caixa;
6. resolva a equação de valor;
Resolução: 7. releia a PERGUNTA do problema e verifique se o valor que
N = 30000 você encontrou corresponde ao que o problema está pedindo (às
t = 2 meses vezes, devido à pressa, o candidato se perde nos cálculos, encontra
i = 10% am = 0,10 um resultado intermediário e assinala a alternativa que o contém,
Vamos utilizar a formula do Drc: colocada ali para induzi-lo em erro, quando seria necessário ainda
N = A(1 + i)t  30.000= A (1+ 0,1)2  30000 = A (1,1)2  30000 uma passo a mais para chegar ao resultado final correto).
= A.1,21
A = 30000 / 1,21 = 24793,39 Exemplo:
Como D = N – A A aplicação de R$ 2.000,00 foi feita pelo prazo de 9 meses, con-
D = 30000 – 24793,39 tratando-se a taxa de juros de 28% a.a. Além dessa aplicação, existe
Drc = 30.000 - 24.793,39 = 5206,61 outra de valor nominal R$ 7.000,00 com vencimento a 18 meses.
Para o desconto comercial composto (lembre-se que a taxa re- Considerando-se a taxa de juros de 18% a.a., o critério de desconto
caí sobre o nominal, então trocamos na formula o A pelo N e vice e racional e a data focal 12 meses, a soma das aplicações é, em R$:
versa e mudamos o sinal), temos:
A = N.(1 - i)t Resolução:
A = 30000 . (1 - 0,1)2 Inicialmente, precisamos calcular o valor nominal da primeira
A = 30000 . 0,81 aplicação. Considerando n = 9 meses = 0,75 anos, temos que:
A = 24300 N = C (1 + in)
Como D = N – A N = 2.000 (1 + 0,28 . 0,75) = 2.000 (1,21) = 2.420
D = 30000 – 24300 = 5700, que é o desconto comercial com- Observando o diagrama de fluxo de caixa, vemos que, para se-
posto rem transportados à data doze, o título de 2.420 terá que ser capi-
A diferença será dada pelo módulo, uma vez que sabemos que talizado de três meses, ao passo que o título de 7.000 terá que ser
o Desconto Comercial é maior que o racional: |Drc - Dcc| descapitalizado de 6 meses. Além disso, a taxa de 18% a.a., consi-
|5.206,61 - 5.700 | = 493,39 derando-se capitalização simples, é equivalente a 1,5% a.m. = 0,015
a.m. Desta forma, podemos escrever que:
Resposta: C 2.420 (1 + 0,015 . 3) + 7.000/1 + 0,015 . 6 = x
2.420 (1,045) + 7.000/1,09 = x
Equivalência de capitais 2.528,9 + 6.422,02 = x
Dois ou mais capitais que se encontram em datas diferentes, x = 8.950,92
são chamados de equivalentes quando, levados para uma mesma
data, nas mesmas condições, apresentam o mesmo VALOR nessa Anuidades
data. Séries Financeiras também conhecidas como Rendas Certas ou
Anuidades. São séries de depósitos ou prestações periódicas ou não
• Equação de Valor periódicas, em datas de previamente estabelecidas, por um deter-
Va1 + Va2 + Va3 + … = Vaa + Vab + Vac + … minado período de tempo. Os depósitos ou prestações podem ser
uniformes quando todos são iguais ou variáveis quando os valores
• Resolução de Problemas de Equivalência são diferentes.
1. leia o problema todo;

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MATEMÁTICA FINANCEIRA
Quando as séries financeiras que tem como objetivo de acumular capital ou produzir certo montante temos uma Capitalização e quan-
do as séries financeiras têm como objetivo pagar ou amortizar uma dívida temos uma Amortização.

Elementos das séries financeiras


– Valor presente (VP) = Numa série de pagamentos, definimos VALOR ATUAL como sendo a parcela única que equivale (ou que subs-
titui) a todos os termos (devidamente descapitalizados) até o início do fluxo. É a soma dos valores atuais de todos os termos que compõe
a série.
– Valor futuro (VF) = Numa série de pagamentos, definimos MONTANTE como sendo a parcela única, que equivale (ou substitui) a
todos os termos (devidamente capitalizados) até o final do fluxo. É a soma dos montantes de todos os termos que compõe a série.
– Prestações (P) = Numa série de pagamentos, definimos Prestações como sendo o valor que é pago (ou recebido) a cada período de
capitalização de uma Série Pagamentos.
– Número de prestações (n) = número de Parcelas, Depósitos ou Pagamentos.
– Taxa efetiva de juro (i)= com capitalização na periodicidade das Prestações.

Séries financeiras postecipadas


São aquelas em que as prestações, pagamentos ou depósitos são efetuados no final de cada período.

Valor Futuro Postecipado (VFp)


O Valor Futuro (VF) produzido por uma série de n prestações P postecipadas, iguais e periódicas, aplicadas a uma taxa de juros i, na
forma unitária, no mesmo período das prestações, será igual à soma de todos esses depósitos capitalizados para uma mesma data focal,
coincidindo com o último depósito.

Fazemos uso da seguinte fórmula:

O valor capitalizado de cada um dos termos da Série de Pagamentos forma uma Progressão Geométrica (PG) cuja soma resulta na
seguinte expressão:

Fator de Capitalização Postecipado

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MATEMÁTICA FINANCEIRA
Valor Presente postecipado (VPp)
O Valor Presente (VP) produzido por uma série de n prestações P, iguais e periódicas, aplicadas a uma taxa de juros i, na forma unitária,
no mesmo período das prestações, será igual à soma de todos esses depósitos descapitalizados para uma mesma data focal 0.

O valor descapitalizado de cada um dos termos de uma Série de Financeira postecipada forma uma Progressão Geométrica (PG) cuja
soma resulta na seguinte expressão:

Fator de Descapitalização Postecipado

Séries financeiras antecipadas


São aquelas em que o depósito ou pagamento é efetuado no início de cada período e o valor futuro é obtido em um período de tempo
após o último depósito ou pagamento da última prestação.

Valor Futuro antecipado (VFa)

O Valor Futuro de uma série financeira é obtido fazendo-se a capitalização da entrada e de cada um dos pagamentos, realizando-se a
soma destes valores no final, conforme a seguir:

O valor capitalizado de cada uma das prestações de uma Série de Pagamentos forma uma Progressão Geométrica (PG) cuja soma
resulta na seguinte expressão:

164
MATEMÁTICA FINANCEIRA

Fator de Capitalização Antecipado

O valor da prestação é obtido isolando-se a P na equação anterior.

Valor Presente antecipado (VPa)

O Valor Presente de uma série financeira antecipada é obtido fazendo-se a descapitalização de cada uma das prestações, somando-se
no final a entrada e cada um destes valores, conforme a seguir:

O valor descapitalizado de cada um dos termos de uma Série de Financeira forma uma Progressão Geométrica cuja soma resulta na
seguinte expressão:

O Fator de Descapitalização Antecipado

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MATEMÁTICA FINANCEIRA
Séries financeiras diferidas ou com carência
Uma série de pagamentos possui DIFERIMENTO INICIAL quando ANTES do início do primeiro pagamento, é dado um prazo de dois ou
mais períodos, nos quais não ocorrem pagamentos pertencentes à série.
Uma série de pagamentos possui DIFERIMENTO FINAL quando APÓS o último pagamento, é dado um prazo de dois ou mais períodos,
nos quais não ocorrem pagamentos pertencentes à série.

Valor Presente com diferimento inicial


Podemos calcular o Valor Presente de duas maneiras: postecipado ou antecipado.

Cálculo do Valor Presente postecipado com diferimento inicial (VPpdi)


Numa série de pagamentos com diferimento inicial, vamos primeiro calcular o valor presente da série financeira postecipada, em
seguida, vamos efetuar a descapitalização deste valor a juros compostos até o início do prazo da contratação (data focal 0).

CÁLCULO DO VP DA SÉRIE CÁLCULO DA DESCAPITALIZAÇÃO CÁLCULO DIRETO DO VPA COM


ANTECIPADA: DO PERÍODO DE DIFERIMENTO: D DIFERIMENTO INICIAL:

Valor futuro com diferimento final


Podemos calcular o Valor Futuro de duas maneiras: postecipado ou antecipado.

Cálculo do Valor Futuro postecipado com diferimento final (VFpdf)


Numa série de pagamento com diferimento final, vamos primeiro calcular o valor futuro da série financeira postecipada, onde esse
valor futuro é obtido logo após o último pagamento.
Já o cálculo com o diferimento final, temos que efetuar a capitalização desse valor, a juros compostos, até o prazo final do período de
carência. Pode ocorrer que no período de carência a taxa de juros não seja a mesma da série financeira.

O VALOR FUTURO DA SÉRIE DE CAPITALIZAÇÃO DO PERÍODO DE CÁLCULO DIRETO DO VFP COM


PAGAMENTOS POSTECIPADA CARÊNCIA DIFERIMENTO FINAL

Cálculo do Valor Futuro antecipado com diferimento final (VFadf)


Numa série de pagamento com diferimento final, vamos primeiro calcular o valor futuro da série financeira antecipada, onde esse
valor futuro é obtido um período após o último pagamento.

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MATEMÁTICA FINANCEIRA
Já o cálculo com o diferimento final, temos que efetuar a capitalização desse valor, a juros compostos, até o prazo final do período de
carência. Pode ocorrer que no período de carência a taxa de juros não seja a mesma da série financeira.

O VALOR FUTURO DA SÉRIE DE CAPITALIZAÇÃO DO PERÍODO DE CÁLCULO DIRETO DO VFA COM


PAGAMENTOS ANTECIPADA CARÊNCIA DIFERIMENTO FINAL

Exemplo:
Uma máquina é vendida a prazo através de oito prestações mensais de $4.000,00 sendo que o primeiro pagamento só irá ocorrer após
três meses da compra. Determine o preço à vista, dada uma taxa de 5% ao mês.

Resolução:
R = $4.000,00
i = 5% a.m.
n = 8 meses
m = 2 meses

Pd = $23.449,30

Sistema de amortização
Visam liquidar uma dívida mediante de pagamentos periódicos e sucessivos.

Principais conceitos
Sempre que efetuamos um pagamento estamos pagando parte do valor relativo aos juros, que são calculados sobre o saldo devedor
e outra parte chamada de amortização, que faz com que o saldo devedor diminua.
– Saldo devedor: é o valor nominal do empréstimo ou financiamento ou simplesmente o Valor Presente (VP) na data focal 0, que é
diminuído da parcela de amortização a cada período.
– Amortização: é a parcela que é deduzida do saldo devedor a cada pagamento.
– Juros: é o valor calculado a partir do saldo devedor e posteriormente somado à parcela de amortização.
– Prestação: é o pagamento efetuado a cada período, composto pela parcela de juros mais a amortização: PRESTAÇÃO = JUROS +
AMORTIZAÇÃO

Existem diversos sistemas de amortização de financiamentos e empréstimos, dos quais os mais usados são:
– Sistema de Amortização Francês (Tabela Price):
– Sistema de Amortização Constante (SAC):
– Sistema de Amortização Crescente (SACRE) ou Sistema de Amortização Misto (SAM).

167
MATEMÁTICA FINANCEIRA
Sistema de Amortização Francês (SAF)
Este sistema utiliza a chamada TABELA PRICE que consiste no cálculo do fator de descapitalização postecipado representado por
fdp(i%,n) e é normalmente usada para financiamento em geral de bens de consumo, tipo: carros, eletrodomésticos, empréstimos bancá-
rios de curto prazo, etc.
O SAF caracteriza-se por PRESTAÇÕES CONSTANTES E IGUAIS, normalmente mensais e decrescentes, com isso, as parcelas de amorti-
zações são crescentes. Isto é, o valor amortizado é crescente ao longo do tempo, ao contrário dos juros, que decrescem proporcionalmente
ao saldo devedor.
Logo, as principais características do SAF são:
a) A prestação é constante durante todo o período de financiamento;
b) A parcela de amortização aumenta a cada período;
c) Os juros diminuem a cada período;
d) O percentual de prestações pagas não é igual ao percentual de quitação da dívida, pois no início das prestações os juros são maiores
que as amortizações, sendo que do meio para o final das prestações esta situação é invertida.
e) Nos juros, temos uma PG (Progressão geométrica) de razão descrente.

Utilizamos as seguintes fórmulas:

Com isso podemos reescrever da seguinte forma, sabendo que :

Sistema de Amortização Constante (SAC)


O SAC foi bastante usado pelo Sistema Financeiro de Habitação no início dos anos 70 e, atualmente, é amplamente utilizado para
financiamentos bancários de longo prazo de imóveis.
O tomador do empréstimo pagará uma prestação decrescente em cada período, a qual é composta por duas parcelas: a amortização
e os juros.
As principais características do SAC são:
a) A parcela de amortização é constante em todo período de financiamento;
b) A prestação é decrescente durante todo o período;
c) Os juros diminuem uniformemente a cada período;
d) O percentual de prestações pagas é igual ao percentual de quitação da dívida.
e) Nos Juros e nas Prestações observa-se de uma PA (Progressão Aritmética) de razão decrescente.

Fórmulas do Cálculo da Prestação (Séries Postecipadas)

UTILIZANDO O CAPITAL UTILIZANDO O MONTANTE

CASO O EXPOENTE SEJA NEGATIVO, UTILIZA-SE:

Para séries antecipadas (com entrada), basta multiplicar o valor da prestação por .

168
MATEMÁTICA FINANCEIRA
Sistema de Amortização Crescente (SACRE) ou Sistema de Amortização Misto (SAM)
No Sistema de Amortização Crescente ou Sistema de Amortização Misto, cada prestação é a média aritmética das prestações nos
sistemas Francês (Tabela Price) e Sistema de Amortização Constante (SAC), quando a proporção for de 50% para o Sistema de Amortização
Frances (SAF) e 50% para o Sistema de Amortização Constante (SAC), com isto as primeiras prestações são maiores que no SAF e menores
que no SAC, sendo que a partir da metade do período do financiamento a situação é invertida. As parcelas de juros, das amortizações e
dos saldos devedores de cada período também são obtidas pela média aritmética dos dois sistemas.

Exemplos:
(UFGD – ANALISTA ADMINISTRATIVO – ECONOMIA – AOCP) O sistema que consiste no plano de amortização de uma dívida em pres-
tações periódicas, sucessivas e decrescentes, em progressão aritmética, denomina-se:
(A) Sistema de Amortização Misto.
(B) Sistema Price.
(C) Sistema de Amortização Constante.
(D) Sistema Americano com fundo de amortização.
(E) Sistema Alemão.

Resolução:
Como vimos no estudo dos tipos de Amortização, a única que apresenta esta característica é o Sistema de Amortização Constante
(SAC).
Resposta: C

(PREF. FLORIANÓPOLIS/SC – AUDITOR FISCAL DE TRIBUTOS MUNICIPAIS – FEPESE) Uma pessoa financiou 100% de um imóvel no
valor de R$ 216.000,00 em 9 anos. O pagamento será em prestações mensais e o sistema de amortização é o sistema de amortização
constante (SAC).
Sabendo que o valor da terceira prestação é de R$2.848,00, a taxa de juros mensal cobrada é de:
(A) 0,2%.
(B) 0,4%.
(C) 0,5%.
(D) 0,6%.
(E) 0,8%.

Resolução:
Sabemos que no SAC Amortizações são constantes:
Sabemos que E = 216.000
n = 9 anos x 12(mensal) = 108 parcelas
A=?

Com a cota de amortização, podemos calcular o Saldo Devedor para todos os períodos:

PERÍODO SALDO DEVEDOR AMORTIZAÇÃO JUROS PRESTAÇÃO


0 216.000 - - -
1 216.000 – 2.000 = 214.000 2.000
2 214.000 – 2.000 = 212.000 2.000
3 212.000 – 2.000 = 210.000 2.000
...

Sabemos a prestação do período 3 que é R$ 2.848,00. Lembrando que P = A + J, temos que para o período 3:
P = A + J  2 848 = 2 000 + J  J = 2 848 – 2 000 = 848. Os juros incidem sobre o capital do período anterior que neste caso é o 2.O
tempo é 1
J = C.i.t  848 = 212 000.i.1  i = 848 / 212 000  i = 0,004 x 100%  i = 0,4%
Resposta: B

169
MATEMÁTICA FINANCEIRA
FLUXO DE CAIXA Limitados - o prazo total do fluxo de caixa é conhecido a prio-
ri, sendo finito o número de termos (pagamentos e recebimentos).
Um fluxo de caixa1 representa uma série de pagamentos ou de Por exemplo, um financiamento por 2 anos envolve desembolsos
recebimentos que se estima ocorrer em determinado intervalo de neste intervalo fixo de tempo sendo, consequentemente, limitado o
tempo. É bastante comum, na prática, defrontar-se com operações número de termos do fluxo (prestações do financiamento).
financeiras que se representam por um fluxo de caixa. Por exem-
plo, empréstimos e financiamentos de diferentes tipos costumam Constantes - indica que os valores dos termos que compõem o
envolver uma sequência de desembolsos periódicos de caixa. De fluxo de caixa são iguais entre si.
maneira idêntica, têm-se os fluxos de pagamentos/recebimentos
de aluguéis, de prestações oriundas de compras a prazo, de investi- Periódicos - é quando os intervalos entre os termos do fluxo
mentos empresariais, de dividendos etc. são idênticos entre si. Ou seja, o tempo entre um fluxo e outro é
Os fluxos de caixa podem ser verificados das mais variadas for- constante.
mas e tipos em termos de períodos de ocorrência (postecipados,
antecipados ou diferidos), de periodicidade (períodos iguais entre Graficamente, o fluxo de caixa uniforme (padrão) é representa-
si ou diferentes), de duração (limitados ou indeferidos) e de valores do da forma seguinte:
(constantes ou variáveis). Os termos dos fluxos de caixa são gene-
ricamente simbolizados por PMT, sendo para as demais variáveis
empregada a mesma simbologia adotada em capítulos anteriores
(PV, FV n, i).

Modelo Padrão

Os fluxos de caixa podem ser representados sob diferentes for- Observe que a estrutura desse fluxo obedece à classificação-
mas e tipos, exigindo cada um deles um tratamento específico em -padrão apresentada anteriormente:
termos de formulações. Esquematicamente, os fluxos de caixa são - o PMT inicial ocorre em n = 1: postecipado;
identificados com base na seguinte classificação: - a diferença entre a data de um termo e outro é constante:
periódico;
- o prazo do fluxo é preestabelecido (fixo), apresentando n pe-
ríodos: limitado ou finito;
- os valores PMT são uniformes (iguais): constantes.

Valor presente e fator de valor presente

O valor presente de um fluxo de caixa uniforme, conforme


discutido no item precedente, para uma taxa periódica de juros, é
determinado pelo somatório dos valores presentes de cada um de
seus valores. Reportando-se à representação gráfica do fluxo-pa-
drão apresentado, tem-se:

O modelo-padrão de um fluxo de caixa, conforme grifado no


esquema acima, é verificado quando os termos de uma sucessão Logo:
de pagamentos ou recebimentos apresentam, ao mesmo tempo, as
seguintes classificações: Colocando-se em evidência:

Postecipados - indica que os fluxos de pagamentos ou recebi- FPV


mentos começam a ocorrer ao final do primeiro intervalo de tempo. A expressão entre colchetes é denominada de Fator de Valor
Por exemplo, não havendo carência, a prestação inicial de um finan- Presente, sendo representada pela Matemática Financeira da forma
ciamento é paga ao final do primeiro período do prazo contratado, seguinte:
vencendo as demais em intervalos sequenciais.
FPV (i, n)

Com isso, a formulação genérica do valor presente assume a


expressão:
1FARIA, Rogério Gomes de. Matemática Comercial e Financeira. 5 ed. São
Paulo: Pearson Education do Brasil, 2000.
PV = PMT x FPV (i,n)
FRANCISCO, Walter De. Matemática Financeira. 7 ed. São Paulo: Atlas, 1991.
NETO, Alexandre Assaf. Matemática Financeira e suas Aplicações.12 ed. São
Paulo: Atlas, 2012.
NETTO, Scipione Di Pierro; TEIXEIRA, James. Matemática Financeira. São Paulo:
Pearson Education do Brasil, 1998.

170
MATEMÁTICA FINANCEIRA
Observe que FPV, conforme é apresentado na formulação an- PV = PMT x FPV (i,n)
terior entre colchetes, equipara-se à soma de uma progressão geo-
métrica (PG) DE n termos, sendo o primeiro termo (a1) e a razão (q) Exemplo
igual a (1 + i)-1, e o n-ésimo termo (an) igual a (1 + i)-n. Determinar o valor presente de um fluxo de 12 pagamentos
trimestrais, iguais e sucessivos de $ 700,00 sendo a taxa de juros
A fórmula de cálculo da soma de uma PG é dada por: igual a 1,7% a.m.

Substituindo-se os valores da expressão na soma dos termos Resposta


de uma PG, tem-se:
PMT = $ 700,00
n = 12 pagamentos trimestrais
i = 1,7% a.m. ou: - 1 = 5,19% a.t.
PV = PMT x FPV (i, n)
PV = $ 700,00 x FPV (5,19%, 12)
PV = $ 700,00 x 8,769034
PV = $ 6.138,30
Seguindo-se a sequência de dedução adotada por Mathias e
Gomes2 multiplica-se o numerador e o denominador por (1 + i), ob- Valor futuro e fator de valor futuro
tendo-se:
O valor futuro, para determinada taxa de juros por período, é a
soma dos momentos de cada um dos termos da série de pagamen-
tos/recebimentos. Graficamente, tem-se a seguinte representação:

O valor futuro pelo padrão ocorre junto com o último termo


do fluxo de caixa. Capitalizando-se cada um dos valores da série,
apura-se a seguinte expressão:

Essa expressão é muitas vezes representada da maneira se- Colocando-se PMT em evidência:
guinte:

Identicamente, a expressão entre colchetes é definida por Fa-


tor de Valor Futuro e representada por:

FFV (i,n)

A formulação genérica do valor futuro de um fluxo de caixa uni-


forme é expressa da forma seguinte:

FV = PMT x FFV (i, n)


Mediante o FPV, a fórmula do valor presente de um fluxo de
caixa uniforme é apresentada da maneira seguinte: Da mesma maneira em relação ao desenvolvimento da fórmula
do valor presente, observe que a expressão do FFV representa a
PV = PMT x soma dos termos de uma progressão geométrica, onde = 1; q = (1
+ i) e = . Pela mesma equação de cálculo da soma dos valores de
ou uma PG, tem-se:
2 MATHIAS, N. Franco; GOMES, J. Maria. Matemática financeira. 2ed.. São
= FFV x (i,n) =
Paulo: Atlas, 1998. p. 242.

171
MATEMÁTICA FINANCEIRA
Promovendo os mesmos ajustes e simplificações desenvolvidos na identidade do valor presente, chega-se a:

FFV (i, n) =

Assim, a partir do FFV pode-se elaborar a expressão de cálculo do valor futuro (montante) de um fluxo de caixa uniforme, ou seja:

FV = PMT x

Ou

FV = PMT x FFV (i,n)

Exemplo
Calcular o montante acumulado ao final do 7º mês de uma sequência de 7 depósitos mensais e sucessivos, no valor de $ 800,00 cada,
numa conta de poupança que remunera a uma taxa de juros de 2,1% a.m.

Resposta

O valor futuro pode ser calculado pela soma do montante de cada depósito, isto é:

FV = 800,00 + 800,00 (1,021) + 800,00


+ 800,00 + ... + 800,00
FV = $ 5.965,41

Aplicando-se a fórmula-padrão de apuração do valor futuro, tem-se, de forma abreviada, o mesmo resultado:

FV = PMT x FFV (i,n)

FV = PMT x

FV = 800,00 x

FV = 800,00 x 7,456763 = $ 5.965,41

Equivalência financeira e fluxos de caixa

Deve ser ressaltado também no estudo do fluxo de caixa o conceito de equivalência financeira. Esse raciocínio é de fundamental im-
portância para a Matemática Financeira, permitindo o correto entendimento e uso de seus resultados. A equivalência financeira encontra
extensas aplicações práticas, estando presente na tomada de decisões financeiras, na seleção de planos de empréstimos e financiamentos
mais atraentes, em propostas de refinanciamento e reescalonamento de dívidas etc.
De acordo com o que foi desenvolvido anteriormente, diz-se que dois ou mais fluxos de caixa (capitais) são equivalentes quando pro-
duzem idênticos valores presentes num mesmo momento, convencionando-se determinada taxa de juros.
Por exemplo, os 4 fluxos de caixa ilustrados a seguir são equivalentes para uma taxa de juros de 5% ao mês, pois geram, para uma
mesma taxa e juros, valores iguais em qualquer data focal escolhida.

Definindo-se (momento presente como data focal):

172
MATEMÁTICA FINANCEIRA
Registre-se, uma vez mais, que a equivalência financeira no regime de juros compostos, para dada taxa de juros, pode ser verificada
em qualquer momento tomado como referência (data focal). Por exemplo, se a data for definida em , tem-se:

414,00 = 267,00 = 220,00


= 190,00

e assim por diante.

A equivalência de dois ou mais capitais, para determinada taxa de juros, ocorre em qualquer data tomada como referência. Alteran-
do-se a taxa, a equivalência evidentemente deixa de existir, dado que o conceito depende da taxa de juros. Algumas ilustrações práticas
evidenciando o uso do conceito de equivalência financeira são desenvolvidas a seguir.

Exemplo
Admita que uma empresa esteja avaliando quatro planos de pagamentos de um financiamento de $ 300.000,00 conforme apresenta-
dos a seguir. A taxa de juros considerada nas propostas é de 7% a.m. Qual a opção de pagamento economicamente mais atraente?

Resposta
Os planos de pagamento formulados apresentam o mesmo valor presente (data zero) quando descontados à taxa de juros de 7% a.m.
O resultado atualizado continua igual, mesmo se definida outra data focal. Logo, conclui-se que os fluxos de pagamento do financiamento
são equivalentes, apresentando o mesmo custo.
Assim, em termos estritamente econômicos de atratividade, torna-se indiferente (equivalente) a escolha de uma ou outra forma de
pagamento. Mesmo que a soma das prestações seja diferente em cada proposta, o fundamental na avaliação econômica é a comparação
entre valores expressos em uma mesma unidade de tempo.
A decisão, dessa forma, deve ser tomada levando em conta o aspecto financeiro do desembolso, pois os fluxos de caixa são diferentes
em cada plano em termos de valores e data de ocorrência. A forma de pagamento escolhida deve, evidentemente, adequar-se à capacida-
de financeira do tomador de recursos e ao comportamento das taxas de juros de mercado.

Fluxos de caixa não convencionais

Os fluxos definidos no denominado modelo-padrão foram amplamente estudados no início do capítulo. Esta parte dedica-se, mais
especificamente, aos demais tipos de caixa, não considerados no modelo-padrão. A seguir são desenvolvidos as várias classificações não
convencionais dos fluxos de caixa.

Período de ocorrência

Com relação ao período em que a ocorrer, o fluxo de caixa pode ser identificado como postecipado, antecipado e diferido.

- Postecipado

173
MATEMÁTICA FINANCEIRA
No tipo postecipado, a série de pagamentos/recebimentos começa a acorrer exatamente ao final do primeiro período, de acordo com
a ilustração gráfica acima. Esse fluxo enquadra-se no modelo-padrão detalhado inicialmente, não havendo nada mais a acrescentar.

- Antecipado

O fluxo de caixa antecipado indica que a série de valores começa a ocorrer antes do final do primeiro período, conforme é represen-
tado graficamente acima. Por exemplo, um aluguel pago no início do período de competência (geralmente no início do mês) enquadra-se
como um fluxo de caixa antecipado por um período (mês). Se dois aluguéis forem adiantados ao locador, a antecipação é de dois períodos,
e assim por diante.
A determinação do valor presente e montante de um fluxo de caixa antecipado não apresenta maiores novidades. Além de ter-se
sempre a opção de atualizar ou corrigir os seus termos individualmente, pode-se também utilizar a fórmula do modelo-padrão para a parte
convencional do fluxo, e adicionar os termos antecipados (corrigidos) a esse resultado.
Por exemplo, admita o seguinte fluxo de caixa com antecipação de dois períodos:

Para uma taxa de juros de 4% por período, tem-se:


PV = [70,00 FPV (4%, 8)] + 70,00 + 70,00 (1,04)
PV = (70,00 6,732745) + 70,00 + 72,80
PV = 471,29 + 70,00 + 72,80 = $614,09
FV = [70,00 FPV (4%, 8) + 70,00] + 70,00
FV = (70,00 9,214226) + 95,80 + 99,63
FV = 645,00 + 95,80 + 99,63 = $ 840,43

- Diferido (Carência)

O diferimento indica que os termos da série começam a ocorrer após o final do primeiro período, conforme ilustrado no gráfico an-
terior.
Nessa ilustração, a série inicia-se no período imediatamente após o final do primeiro intervalo de tempo, indicando consequentemen-
te uma carência de um período. Se a série começar a ocorrer no momento 3 do gráfico, a carência atinge dois períodos: no momento 4
tem-se uma carência de 3 períodos; e assim por diante.
Em suma, a base de comparação para se definir uma carência é o final do primeiro período. Para a matemática financeira, a carência
existe quando o primeiro fluxo de caixa se verificar após o final do primeiro período, ou seja, após ter decorrido c períodos de tempo.
A determinação do montante de um fluxo de caixa com carência segue a formulação desenvolvida do modelo-padrão. Deve ser res-
saltado, uma vez mais, que nesse caso n representa o número de termos da série, e não o seu prazo total.
A formulação do valor presente, no entanto, requer um pequeno ajuste, de forma a ser expresso na data zero, ou seja:

PV = PMT x FPV (i, n) x FAC (i, c)

174
MATEMÁTICA FINANCEIRA
Onde:
c = número de períodos de carência.
FAC = Fator de Atualização de Capital (valor presente).
FAC = 1/ (1 + i)n

Por exemplo, admita o seguinte fluxo de caixa diferido por 2 períodos:

- Diferido (Carência)

Observe que o fluxo de caixa apresenta um prazo total de 9 períodos, sendo o número determos igual a 7 (n = 7), e a carência de 2
períodos (c = 2).
Para uma taxa de juros de 2,2% por período, têm-se os seguintes resultados:
PV = 100,00 x FPV (2,2%, 7) x FAC (2,2%, 2)
PV = 100,00 x 6,422524 x 0,957410 = $ 614,90
FV = 100,00 x FFV (2,2%, 7)
FV = 100,00 x 7,479318 = $747,93

Periodicidade

A periodicidade reflete os intervalos de tempo em que os fluxos de caixa ocorrem. Se esses intervalos forem sempre iguais, diz-se
que os fluxos são periódicos, enquadrando-se no modelo-padrão apresentado. Se, por outro lado, os termos se verificarem em intervalos
irregulares (diferentes entre si), tem-se o que se denomina de fluxos de caixa não periódicos. O gráfico a seguir ilustra um fluxo de caixa
não periódico, onde os valores não se verificam uniformemente em termos de sua periodicidade.

Tanto o cálculo do valor presente, como o do valor futuro, devem ser processados, respectivamente, pelo somatório da atualização
e capitalização de cada um dos termos.
Genericamente, têm-se as seguintes expressões:

Ilustrativamente, admita o seguinte fluxo de caixa não periódico:

Para uma taxa de juros de 1,9% a.m., tem-se:

PV = 100,00 + + + +

PV= 100,00 + 94,51 + 92,75 + 86,02 + 75,40

175
MATEMÁTICA FINANCEIRA
PV = $ 448,68

FV = 100,00 + 100,00 (1,019)7 + 100,00 (1,019)11 + 100,00


(1,019)12 + 100,00 (1,019)15
Em outras palavras, o valor presente desse fluxo é determinado
FV = 100,00 + 114,08 + 123,00 + 125,34 + 132,62 pela relação entre o pagamento/recebimento periódico, igual e su-
FV = $ 595,04 ou FV = 448,68 x (1,019)15 = $ 595,04. cessivo, e a taxa de juros considerada. As séries indeterminadas en-
contram aplicações práticas principalmente em avaliações de imó-
Duração veis efetuadas com base nos rendimentos de aluguéis, na apuração
do preço de mercado de uma ação a partir do fluxo previsto de di-
A duração de um fluxo de caixa pode ser finita, característica videndos etc. Com o intuito de proceder a uma aplicação prática do
do modelo-padrão, ou indeterminada (indefinida), quando o prazo cálculo do valor presente de um fluxo indeterminado, admita que
não é conhecido previamente. No caso de uma série infinita, deter- um imóvel esteja rendendo $ 2.000,00 de aluguel mensalmente.
mina-se unicamente o seu valor presente. Para algumas situações Sendo de 2% a.m.o custo de oportunidade de mercado (ganho da
específicas podem ser atribuídas probabilidades para se definir a melhor alternativa de aplicação disponível), pode-se avaliar preli-
duração de um fluxo, como é o caso da atividade de seguros. No minarmente que o valor deste imóvel atinge $ 100.000,00, isto é:
entanto, este tipo de situação não será tratada aqui, ficando mais
restrito estudo da Matemática Atuarial.
A representação gráfica de uma série indefinida pode ser ilus-
trada da forma seguinte:

O valor de referência do imóvel, válido para uma avaliação ini-


cial, é o valor presente do fluxo de rendimentos mensais (aluguéis)
previsto por um prazo indeterminado, descontado a um custo de
oportunidade.

O cálculo do valor presente é efetuado pelo somatório do valor Valores


atualizado de cada um de seus termos, isto é:
No que se refere aos valores, os termos de caixa podem ser
constantes, se os fluxos de caixa apresentarem-se sempre iguais, ou
variáveis, se os fluxos não forem sempre iguais entre si. Se os va-
lores de caixa forem constantes, o fluxo identifica-se com o mode-
lo-padrão estudado. No entanto, se os valores de caixa apresenta-
Genericamente: rem-se desiguais (variáveis), o valor presente é calculado pela soma
dos valores atualizados de cada um de seus termos. O valor futuro,
por seu lado, é determinado pelo somatório dos montantes de cada
um dois termos ou, ainda, capitalizando-se o valor presente para a
data futura. Identicamente aos fluxos de caixa não periódicos, têm-
-se as seguintes generalizações:

Detalhando a formulação:

Ou

Por exemplo, admita um fluxo de caixa com os seguintes valo-


res, ocorrendo respectivamente ao final de cada um dos próximos
5 anos: $ 80,00, $ 126,00, $ 194,00, $ 340,00 e $ 570,00. Para uma
Os valores entre colchetes representam a soma dos termos de taxa de juros de 4% a.a., têm-se os seguintes resultados:
uma progressão geométrica indefinida, cuja razão é menor que 1.
Aplicando-se o teorema de limite na fórmula da soma dos termos,
tem-se:

Processando-se as deduções e simplificações pertinentes a par-


tir dessa expressão, chega-se ao valor presente de um fluxo de caixa
igual, constante, periódico e indeterminado, ou seja:

176
MATEMÁTICA FINANCEIRA

Questões

01. Uma mercadoria é vendida a prazo em 5 pagamentos mensais de $ 700,00. Sendo de 3,5% a.m. a taxa de juros, determinar o seu
preço à vista admitindo que o primeiro pagamento é efetuado no ato da compra:
(A) R$ 3.500,00
(B) R$ 3.377,50
(C) R$ 3.271,16
(D) R$ 3.200,85
(E) R$ 3.429,29

02. Uma pessoa irá necessitar de $ 7.000,00 daqui a 10 meses. Quanto deverá ela depositar mensalmente num fundo de poupança
que rende 1,7% a.m. de juros?
(A) 625,15
(B) 586,10
(C) 648,10
(D) 500,18
(E) 700,00

03. Um veículo, cujo preço à vista é de $ 30.000,00, está sendo vendido nas seguintes condições:
a) entrada = 30%
b) saldo em 6 prestações mensais, iguais e sucessivas, vencendo a primeira daqui a dois meses.

Determinar o valor de cada prestação, admitindo uma taxa de juros de 2% a.m.


(A) $ 4.541,50
(B) $ 4.000,00
(C) $ 3.010,02
(D) $ 2.100,02
(E) $ 3.824,02

04. Determinado produto está sendo vendido por $ 1.800,00 a vista, ou em 3 pagamento mensais e iguais de $ 650,00. Estando atual-
mente em 3,3% a.m. as taxas de juros de mercado, a melhor alternativa de compra é a compra à vista.
( )Certo
( )Errado

05. Determinada mercadoria é vendida por $ 2.500,00 a vista ou por 20% de entrada mais prestações mensais de $ 309,00. Sendo de
2% a.m. a taxa corrente de juros, determinar o número de prestações mensais.
(Dado: log 1,2 = e log 0,870550 = )
(A) 6 prestações
(B) 7 prestações
(C) 8 prestações
(D) 9 prestações
(E) 10 prestações

06. Determinado bem é vendido em 7 pagamentos mensais, iguais e consecutivos de $ 4.000,00. Para uma taxa de juros de 2,6% a.m.,
até que preço compensa adquirir o aparelho à vista?
(A) $ 25.000,00
(B) $ 26.001,18
(C) $ 23.300,18
(D) $ 25.301,18
(E) $ 21.201,00

177
MATEMÁTICA FINANCEIRA
07. Um veículo novo está sendo vendido por $ 4.000,00 de entrada mais 6 pagamentos mensais, iguais e consecutivos de $ 3.000,00.
Sabendo-se que a taxa de juros de mercado é de 5,5% a.m., determinar até que preço interessa comprar o veículo a vista.
(A) 18.986,59
(B) 20.586,59
(C) 17.746,50
(D) 16.500,50
(E) 19.999,59

Respostas

01. Resposta: C.

PV = 700,00 + [700,00 x FPV (3,5%, 4)]


PV = 700,00 + (700,00 x 3,673079)
PV = R$ 3.271,16

02. Resposta: C.

03. Resposta: E.

Valor a financiar = 30.000,00 - 9.000,00 = $ 21.000,00


PV = PMT x FPV (2%, 6) x FAC (2%, 1)

21.000,00 = PMT x x (1,02)-1

21.000,00 = PMT x 5,601431 x 0,980392


21.000,00 = pmt X 5.491598

178
MATEMÁTICA FINANCEIRA
PMT = = $ 3.824,02

04. Resposta: Certo.


A indicação da alternativa de compra mais interessante pode
ser obtida pelo valor presente das duas propostas (escolhe-se evi-
dentemente aquela de menor PV), ou pela determinação do custo Resolvendo-se a expressão chega-se, evidentemente, ao mes-
mensal da venda a prazo (o percentual apurado é comparado com mo resultado: PV = $ 25.301,18.
a taxa de mercado).
PV (a vista) = $ 1.800,00 07. Resposta: A.
PV = (a prazo) = 650,00 x FPV (3,3%, 3)
650,000 x 2,812375
= $ 1.828,04

A venda a prazo, por apresentar um PV maior que o valor a


vista, indica um custo maior que a taxa de mercado (3,3% a.m.).
Interessa a compra à vista.
O custo mensal da compra a prazo é calculado:
O preço à vista é formado pela entrada de $ 4.000,00 mais a
PV = PMT x FPV (i, n) soma dos valores atuais das prestações de $ 3.000,00 cada, ou seja:
PV = Entrada + [PMT x FPV (i,n)]
1.800,00 = 650,00 x PV = 4.000,00 + 3.000,00 x FPV (5,5%, 6)
i = 4,11% a.m. PV = 4.000,00 + 3.000,00 x 4,995530
Confirma-se um custo embutido na venda a prazo de 4,11% PV = 18.986,59
a.m. maior que os juros de mercado (3,3% a.m.).
QUESTÕES
05. Resposta: B.
Valor a financiar: 2.500,00 - 20% = $ 2.000,00
PV = PMT + FPV (i, n) 1. CESGRANRIO - Escriturário (BB)/Agente Comer-
2.000,00 = 309,00 x FPV (2,0%, n) cial/2021/”Prova A”
x 0,02 = 1 - (1,02)-n Devido às oscilações de receita em seu negócio durante a pan-
demia, um cliente vai precisar pagar um boleto, cujo principal (até
0,129450 = 1 - (1,02)-n a data de vencimento) é de R$ 25.000,00, com 12 dias de atraso.
(1,02)-n = 0,870550 Nesse caso, são cobrados adicionalmente, sobre o valor do princi-
pal, dois encargos: 2% de multa, mais juros simples de 0,2% ao dia.
Aplicando-se a propriedade de logaritmo: Por causa dos juros altos, o cliente procurou seu gerente, que não
- n x log 1,02 = log 0,870550 conseguiu uma solução menos custosa.
Com isso, nas condições dadas, o cliente deverá pagar nessa
n=- operação um valor total de
(A) R$ 25.600,00
n = - = 7 meses (prestações mensais) (B) R$ 25.800,00
(C) R$ 26.100,00
06. Resposta: D. (D) R$ 26.300,00
PMT = $ 4.000,00 PV= ? (E) R$ 26.500,00

2. CESGRANRIO - Escriturário (BB)/Agente Comer-


cial/2021/”Prova B”
No boleto bancário da sua prestação, uma pessoa leu que é
cobrada uma multa de 1,2% por dia de atraso sobre o valor da pres-
tação, condicionada a atrasos não maiores que 30 dias. Em certo
mês, essa pessoa pagou uma prestação com atraso, tendo de de-
sembolsar R$ 233,20 em vez dos R$ 220,00 normalmente pagos nos
meses em que não houve atraso no pagamento.
Ou Por quantos dias ela atrasou a prestação nesse mês?
(A) 5
(B) 10
(C) 15
(D) 20
(E) 25

3. CESGRANRIO - Escriturário (BB)/Agente Comer-


cial/2021/”Prova B”
Um banco fez um empréstimo de R$10.000,00 a um cliente,
O valor presente pode também ser calculado pela atualização pelo prazo de um mês, cobrando o valor de R$ 100,00 a título de
de cada uma dos termos do fluxo, ou seja: juros.

179
MATEMÁTICA FINANCEIRA
Qual foi a taxa de juros que o banco cobrou do cliente? 8. CESGRANRIO - Profissional (LIQUIGÁS)/Vendas/Júnior/2018/
(A) 0,01 ao mês Edital 02
(B) 10% ao ano Um funcionário da Liquigás pretende fazer uma pequena re-
(C) 1% ao ano forma em sua casa daqui a 1 ano e gostaria de ter, em sua conta
(D) 0,1 ao mês investimento, R$ 3.000,00 no momento de iniciar a reforma.
(E) 0,05 ao mês Considerando que suas economias rendem juros de 20% a.a.,
quanto ele deveria ter hoje, em sua conta investimento, para ter
4. CESGRANRIO - Escriturário (BB)/Agente Comer- exatamente a quantia desejada daqui a 1 ano, sem que seja feito
cial/2021/”Prova C” nenhum depósito?
Uma pessoa está planejando comprar uma geladeira no valor (A) R$ 2.800,00
de R$1.300,00, no futuro. (B) R$ 2.600,00
Sabendo-se que ela pretende gastar exatamente esse valor e (C) R$ 2.500,00
que dispõe de um capital de R$1.000,00, que será aplicado no dia (D) R$ 2.400,00
de hoje a uma taxa de juros simples de 1,5% ao mês, qual será o (E) R$ 2.333,33
prazo dessa aplicação, em meses, para que ela consiga comprar a
geladeira à vista, o mais rápido possível? 9 CESGRANRIO - Profissional (LIQUIGÁS)/Economia/Jú-
(A) 2 nior/2018/Edital 02
(B) 16 Uma empresa toma um empréstimo de R$ 350.000,00 por 25
(C) 20 dias, a uma taxa de juro simples de 4,8% ao mês, em um mês com
(D) 50 30 dias. Considere que, ao final desse período, a empresa quita a
(E) 200 dívida pagando, além dos juros, uma taxa de utilização de crédito
igual a 0,5% do valor tomado emprestado.
5. CESGRANRIO - Escriturário (BB)/Agente Comer- Assim, o valor mais próximo do custo total do empréstimo no
cial/2021/”Prova C” momento da quitação, em reais, é igual a
Qual é a taxa de juros simples utilizada por uma aplicação (A) 13.500,00
para tornar um capital inicial de R$1.000,00 em um montante de (B) 14.250,00
R$1.240,00, em um período de um ano? (C) 15.750,00
(A) 0,02 ao mês (D) 16.800,00
(B) 0,02% ao mês (E) 18.550,00
(C) 0,02 ao ano
(D) 0,02% ao ano 10. CESGRANRIO - Técnico Bancário (BASA)/2022
(E) 0,24% ao ano Um banco oferece um financiamento utilizando uma taxa de
juros simples de 6% a.a.
6. CESGRANRIO - Assistente (LIQUIGÁS)/Administrativo I/2018/ Qual a taxa trimestral equivalente à taxa oferecida pelo banco?
Edital 02 (A) 0,0147 a.t.
Uma empresa toma um empréstimo de R$ 200.000,00, por 20 (B) 0,15 a.t.
dias, a uma determinada taxa de juro, no regime de simples. Consi- (C) 0,50% a.t.
dere que, ao final desse período, os juros pagos são de R$ 8.800,00. (D) 1,47% a.t.
Assim, a taxa mensal de juro simples cobrada nesse emprésti- (E) 1,50% a.t.
mo, considerando o mês com 30 dias, foi igual a
(A) 4,0% 11. CESGRANRIO - Profissional Petrobras de Nível Superior (PE-
(B) 4,4% TROBRAS)/Auditoria/2018
(C) 6,0% Um cliente de uma loja de eletrodomésticos deseja antecipar
(D) 6,6% duas parcelas iguais de R$ 1.000,00 de seu financiamento, com ven-
(E) 8,8% cimento para, respectivamente, 30 e 60 dias a partir de hoje.
Considerando-se uma taxa de desconto de 2% a.m., desconto
7. CESGRANRIO - Assistente (LIQUIGÁS)/Administrativo I/2018/ comercial simples e calendário comercial, quanto será exigido do
Edital 02 cliente para quitar as duas parcelas?
Um comprador tem duas opções de pagamento: pagar à vista, (A) R$ 1.940,00
com desconto de 20% sobre o preço de tabela ou a prazo, um mês (B) R$ 1.940,40
após a data da compra, com um acréscimo de 10% sobre o preço (C) R$ 1.941,93
de tabela. (D) R$ 1.960,00
O valor mais próximo da taxa de juro mensal cobrada nessa (E) R$ 2.000,00
operação, comparando-se o valor a ser pago, por um mesmo produ-
to, em cada uma das opções apresentadas, é igual a 12. CESGRANRIO - Analista Júnior (TRANSPETRO)/Financei-
(A) 10% ro/2018
(B) 22% Um título, cujo valor de resgate é de R$ 260.000,00, está sendo
(C) 30% negociado exatamente dois meses antes do seu vencimento por R$
(D) 33% 244.361,00. Nessas condições, o valor mais próximo da taxa de des-
(E) 38% conto bancário cobrada nessa operação é igual a
(A) 2,0%
(B) 2,4%
(C) 3,0%

180
MATEMÁTICA FINANCEIRA
(D) 3,8% A melhor aproximação para o valor da taxa de juros trimestral
(E) 4,5% desse novo modelo de financiamento é:
(A) 2,48%
13. CESGRANRIO - Profissional (LIQUIGÁS)/Economia/Jú- (B) 6,00%
nior/2018/Edital 02 (C) 6,12%
Suponha uma operação simples de desconto realizada em um (D) 7,28%
banco, 4 meses antes do vencimento de um título, com valor no- (E) 8,00%
minal de resgate e taxa de juros definidos. Essa operação é livre
de despesas bancárias ou quaisquer outros encargos, além dos já 17. CESGRANRIO - Analista Júnior (TRANSPETRO)/Comercializa-
definidos. ção e Logística Júnior/Comércio e Suprimento/2018
Nessa operação, utilizando-se os métodos de descontos “por Considere que uma empresa vai realizar uma aplicação de 10
dentro” (racional) ou “por fora” (comercial ou bancário) verifica-se milhões de reais, com prazo de resgate para 1 ano, a partir de hoje,
que o valor e precisa decidir entre as cinco opções apresentadas a seguir.
(A) líquido liberado para o tomador será maior se o método de Opção I – taxa de 24% ao ano, com capitalização mensal
desconto praticado for o desconto “por fora”. Opção II – taxa efetiva de 24% ao ano
(B) líquido liberado para o tomador será o mesmo para ambos Opção III – taxa de 24% ao ano, com capitalização quadrimes-
os métodos. tral
(C) de resgate será menor para o desconto “por dentro”. Opção IV – taxa de 2,2% ao mês, no regime de juros simples
(D) de resgate será o mesmo, seja qual for o método de des- Opção V – taxa de 24% ao ano, com capitalização semestral
conto utilizado. Considerando-se 1,27 como aproximação para 1,02 12, a op-
(E) de resgate será maior para o desconto “por fora”. ção que apresenta a maior taxa anual de retorno, dentre as cinco
apresentadas, é a
14. CESGRANRIO - Escriturário (BB)/Agente Comer- (A) I
cial/2021/”Prova A” (B) II
Um cliente fez um investimento de R$ 100.000,00 em janei- (C) III
ro de 2019, comprando cotas de um fundo imobiliário, o que lhe (D) IV
proporcionou uma taxa de retorno de 21%, ao final de 12 meses (E) V
de aplicação. Em janeiro de 2020, buscando maior rentabilidade,
procurou um especialista financeiro indicado pelo seu gerente, que 18. CESGRANRIO - Técnico Júnior (TRANSPETRO)/Administra-
lhe recomendou aplicar todo o montante da operação anterior em ção e Controle Júnior/2018
renda variável. O cliente fez conforme recomendado, o que lhe pro- Uma empresa avalia antecipar o pagamento das duas últimas
porcionou um retorno de 96% em 12 meses, resgatando o novo parcelas de um financiamento, realizado a uma taxa de juro de 5%
montante em janeiro de 2021. ao mês, para abril de 2018. As parcelas, no valor de R$ 8.820,00
Considerando-se um sistema de juros compostos, a taxa de re- cada uma, têm data de vencimento para maio de 2018 e junho de
torno equivalente, obtida em cada período de 12 meses pelo clien- 2018.
te, de janeiro de 2019 a janeiro de 2021, foi igual a Considerando-se o desconto racional composto, o valor de qui-
(A) 54% tação total das duas parcelas, se o pagamento das duas for realiza-
(B) 56% do em abril de 2018, é igual a
(C) 58% (A) R$ 15.876,00
(D) 60% (B) R$ 16.000,00
(E) 62% (C) R$ 16.400,00
(D) R$ 16.800,00
15. CESGRANRIO - Escriturário (BB)/Agente Comer- (E) R$ 17.640,00
cial/2021/”Prova B”
Um cliente deseja fazer uma aplicação em uma instituição fi- 19. CESGRANRIO - Profissional Petrobras de Nível Superior (PE-
nanceira, que paga uma taxa de juros compostos de 10% ao ano, TROBRAS)/Auditoria/2018
por um período de 3 anos, já que, ao final da aplicação, planeja Uma construtora anuncia a venda de um imóvel à taxa nominal
comprar uma TV no valor de R$ 3.500,00 à vista. de juros de 12% a.a. com correção mensal do saldo e das presta-
Qual o valor aproximado a ser investido para esse objetivo ser ções.
alcançado? Qual é a taxa real anual, aproximada, do financiamento, consi-
(A) R$ 2.629,60 derando-se uma inflação anual de 10%?
(B) R$ 2.450,00 (A) 2,44%
(C) R$ 2.692,31 (B) 2,00%
(D) R$ 2.341,50 (C) 1,98%
(E) R$ 2.525,00 (D) 1,82%
(E)- 2,38%
16. CESGRANRIO - Técnico Bancário Novo (CEF)/”Sem
Área”/2021/PcD 20. CESGRANRIO - Escriturário (BB)/Agente Comer-
Um banco possui, atualmente, um modelo de financiamento cial/2021/”Prova B”
em regime de juros compostos, em que as parcelas são pagas, men- Um banco ofereceu a um cliente um financiamento de R$
salmente, a uma taxa de juros de 2% ao mês. Para um certo perfil 120.000,00, pelo sistema SAC, a uma taxa de juros de 10% a.m.,
de clientes, o banco pretende possibilitar o pagamento da dívida a para ser pago em 4 prestações mensais ao final de cada mês, sendo
cada três meses, a uma taxa de juros trimestral equivalente à prati- a primeira prestação no valor de R$ 42.000,00. A Tabela abaixo po-
cada no modelo atual. derá ser usada para seus cálculos.

181
MATEMÁTICA FINANCEIRA
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______________________________________________________

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______________________________________________________
Quais os valores aproximados que serão pagos, pelo cliente,
a título de juros e prestação, respectivamente, ao final do terceiro ______________________________________________________
mês?
(A) R$ 12.000,00; R$ 42.000,00 ______________________________________________________
(B) R$ 3.000,00; R$ 39.000,00
(C) R$ 12.000,00; R$ 30.000,00 ______________________________________________________
(D) R$ 6.000,00; R$ 36.000,00
(E) R$ 9.000,00; R$ 33.000,00 ______________________________________________________

______________________________________________________

GABARITO ______________________________________________________

______________________________________________________
1 C
______________________________________________________
2 A
______________________________________________________
3 A
4 C ______________________________________________________
5 A ______________________________________________________
6 D
______________________________________________________
7 E
8 C ______________________________________________________
9 C ______________________________________________________
10 E
______________________________________________________
11 A
______________________________________________________
12 C
13 D ______________________________________________________
14 A ______________________________________________________
15 A
______________________________________________________
16 C
17 A ______________________________________________________

18 C ______________________________________________________
19 A
______________________________________________________
20 D
______________________________________________________

ANOTAÇÕES ______________________________________________________

______________________________________________________
______________________________________________________ ______________________________________________________
______________________________________________________ ______________________________________________________
______________________________________________________ ______________________________________________________
______________________________________________________ ______________________________________________________
______________________________________________________ ______________________________________________________
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