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A NEUROEDUCAÇÃO E SUAS CONTRIBUIÇÕES ÀS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS

CONTEMPORÂNEAS

Calline Palma dos Santos 1


Késila Queiroz Sousa 2

GT2 – Educação e Ciências Humanas e Socialmente Aplicáveis

RESUMO

Mediante as transformações na atualidade, o estudo foi realizado como meio de constatar se a


neuroeducação pode direcionar de forma mais eficaz a aprendizagem infantil. Objetivou-se apontar
quais contribuições que a neuroeducação pode oferecer para os processos de ensino-aprendizagem. A
pesquisa foi realizada a partir de uma análise sistemática de livros e periódicos publicados na base de
dados Scielo e Google Acadêmico, com as palavras chaves: neuroeducação, neurociências e psicologia
educacional, sendo de caráter qualitativo. Por fim, constatou-se que a neuroeducação tem se mostrado
bastante promissora no que concerne as variadas contribuições que a mesma pode trazer dentro das
práticas pedagógicas futuras e atuais.

Palavras chaves: neuroeducação, neurociências e psicologia educacional

ABSTRACT

Through the transformations in actuality, the study was used as a means to see if the neuroeducation
can target more effectively the children's learning. The objective was to point out what contributions
the neuroeducation can offer to the teaching-learning processes. The survey was conducted from a
systematic analysis of books and periodicals published in the Scielo database with the keywords:
neuroeducation, neurosciences and educational psychology. Being a qualitative character. Finally, it
was found that the neuroeducation has been very promising regarding the varied contributions that the
same can bring in the future and current pedagogical practices.

Keywords: neuroeducation, neurosciences and educational psychology

INTRODUÇÃO

A tarefa de educar dentro da modernidade tem exigido de seus educadores cada vez
mais esforços para atender a demanda que lhe é proposta, desde uma boa preparação teórica,
ou seja, sua formação, até a incessante busca de atualização profissional e dedicação ao seu
respectivo trabalho.

1
Graduanda em Psicologia pela Universidade Tiradentes. Membro da Linha de pesquisa Neurociência
Cognitiva: Interfaces entre Psicologia e Educação (CNPq/UNIT). E-mail: callinepalma10@hotmail.com.
2
Graduanda em Psicologia pela Universidade Tiradentes. Membro da Linha de pesquisa Neurociência
Cognitiva: Interfaces entre Psicologia e Educação (CNPq/UNIT). E-mail: kellkiss22@hotmail.com.
O processo de aprendizagem é imprescindível em qualquer etapa na vida do ser
humano, bem como, vem se desenvolvendo desde os primórdios de sua vida. A neurociência
tem demonstrado o quão promissora pode ser uma parceria com a educação, trazendo todo o
seu conjunto de saberes sobre o Sistema Nervoso Central, local onde tudo acontece, desde os
comportamentos, pensamentos, emoções e movimentos, e é a partir dos conhecimentos desta
área que a educação pode ter um salto quando se fala em efetividade e eficácia, levando em
consideração que a partir do surgimento e avanço da neurociência foi possível fornecer
melhorias na qualidade de vida da sociedade atual, disponibilizando tratamentos efetivos para
variados distúrbios neurológicos, ou seja, contribuiu e tem contribuído significativamente
para o desenvolvimento de soluções de diversos transtornos e doenças, incluindo os
problemas educacionais.
Diante dos avanços tecnológicos e o aumento das pesquisas em neurociência
cognitiva, os pesquisadores têm feito descobertas promissoras de como são feitas as conexões
neurais que possibilitam o processo de aprendizagem, trazendo também conceitos de
plasticidade cerebral que é inerente a este processo, como afirma Rotta (2007), a
aprendizagem modifica o sistema nervoso central, e isso nos faz pensar em plasticidade
cerebral que é um processo adaptativo dando ao indivíduo possibilidades de aprender, mesmo
frente às novas situações ambientais; o que, além disso, tem trazido contribuições de como a
mesma pode ser estimulada de forma mais efetiva dentro da educação.
Em suma, o princípio básico que rege o neurocientista é a compreensão da maneira
como se desenvolvem, a partir de estímulos externos, os mecanismos cerebrais, provendo o
desenvolvimento de novas potencialidades. Em geral, esse profissional investiga a dinâmica
de integração do sujeito ao ambiente externo, observando e detectando os processos
bioquímicos e moleculares internos resultantes desta relação, e as respostas decorrentes disto.
Mediante a emergência da neuroeducação na atualidade, o estudo foi realizado como
meio de constatar se a mesma pode direcionar de forma eficaz a aprendizagem infantil, tendo
também em vista a necessidade de refletir sobre a urgência de disseminar suas
potencialidades, fundamentando a pesquisa educacional baseada em metodologia científica.
Objetivou-se apontar quais contribuições que a neuroeducação pode oferecer para os
processos de ensino-aprendizagem, não como uma forma mágica de acabar com todos os
problemas relacionados a educação, mas como uma ferramenta útil que traga o embasamento
teórico-científico que possa melhorar o aprendizado, assim como, estimular de forma
adequada e diferenciada as potencialidades da criança que cada dia se transforma dentro da
modernidade a qual esta inserida.
A pesquisa foi realizada a partir de uma análise sistemática de livros e periódicos
publicados na base de dados Scielo com as palavras chaves: neuroeducação, neurociências e
psicologia educacional, sendo de caráter qualitativo, pois acreditamos que através da análise e
compreensão dos estudos realizados em livros e periódicos que tratam deste tema,
proporcionaremos um esclarecimento maior sobre a questão, de modo a oferecer melhorias no
desempenho profissional.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Com as transformações percebidas ao longo dos anos, como a diversidade de alunos


com diferentes crenças e etnias; as mudanças culturais; os avanços tecnológicos; as mudanças
na estrutura familiar, as quais podem promover ou não para um bom desempenho cognitivo,
poder-se-ia perceber desde então os reflexos dessas transformações dentro do âmbito escolar,
e consequentemente a necessidade de atualização das práticas educacionais, tanto para que a
aprendizagem fosse de fato efetiva dentro das salas de aula, como para preparar estes alunos
para as transformações dentro da contemporaneidade.
A psicologia foi uma das ciências que começou a contribuir para o processo
educacional de aprendizagem, trazendo seu rico arcabouço teórico sobre o comportamento
humano, aspectos motivacionais, emocionais, afetivos, e a importância da formação de
vínculos, entre outros processos envolvidos na aprendizagem.
Quando a psicologia estabeleceu pontes com as neurociências, trazendo abordagens
diferenciadas, tanto a pedagogia, como as outras áreas envolvidas no processo educacional,
percebendo a necessidade de reanalisar os processos educacionais, começaram a pensar no ser
humano a partir de um olhar sistêmico. As áreas que antes agiam independentes uma das
outras, começaram a fazer ricas interlocuções, formando uma interdisciplinariedade que mais
tarde adquiriu o nome de neuroeducação.
A Neuroeducação começa a ganhar corpo, se caracterizando como um campo multi e
interdisciplinar, que oferece novas possibilidades tanto a docência, como a pesquisa
educacional com a finalidade de abordar o conhecimento e a inteligência, integrando três
áreas: a Psicologia, a Educação e as Neurociências, incluindo as áreas que se formaram com a
junção dos campos, como a: Neuropsicopedagogia, Neuropsicologia e Psicopedagogia, como
mostra no quadro abaixo:
QUADRO 1: Diferenças e semelhanças entre a Neuropsicopedagogia, Neuropsicologia e
Psicopedagogia

Fonte: Russo, 2015 apud Hennemann, 2015.

A NEUROEDUCAÇÃO COMO INTERVENÇÃO

A compreensão de como se dá o processo de construção do conhecimento oferece a


possibilidade de ações que promovam o desenvolvimento cognitivo dos estudantes. Entender
todos os mecanismos envolvidos neste processo, significa se implicar em uma tarefa que por
vezes, não é fácil, mas produtiva e gratificante. Para que a aprendizagem seja possível, é
necessário ter bem estabelecidos e estimulados mecanismos de atenção, memória e
esquecimento, linguagem, ter uma boa alimentação e sono de qualidade, entre outros, esse
movimento leva em consideração todos os aspectos do indivíduo, o biológico, social,
psicológico, cognitivo. A psicologia cognitiva desde seus primórdios vem tratando destes
conceitos, avançando em pesquisas que investigam suas variações e como podem ser
estimuladas. A compreensão dos mecanismos do cérebro que estão na base da aprendizagem e
da memória, e dos efeitos da genética, do ambiente, das emoções e da idade em que se
aprende, pode ser transformada em estratégias educacionais (BLAKEMORE; FRITH, 2009,
p. 11).
[...] enquanto milhares de estudos foram devotados para explicar vários
aspectos da neurociência (como animais, incluindo humanos, aprendem),
apenas uns poucos estudos neurocientíficos tentaram explicar como os
humanos deveriam ser ensinados, para maximizar o aprendizado. (...) das
centenas de dissertações devotadas ao ‘ensino baseado no cérebro’, ou
‘métodos neurocientíficos de aprendizado’, nos últimos cinco anos, a
maioria documentou a aplicação destas técnicas, ao invés de justificá-las”
(ESPINOSA, 2008, p. 117).

São postulados por Espinosa (2008) 14 princípios da neuroeducação, nos quais


articulariam diretrizes das respectivas áreas estruturadoras, psicologia, neurociências e
educação:

[...] estudantes aprendem melhor quando são altamente motivados do que


quando não têm motivação; stress impacta aprendizado; ansiedade bloqueia
oportunidades de aprendizado; estados depressivos podem impedir
aprendizado; o tom de voz de outras pessoas é rapidamente julgado no
cérebro como ameaçador ou não-ameaçador; as faces das pessoas são
julgadas quase que instantaneamente (i.e., intenções boas ou más); feedback
é importante para o aprendizado; emoções têm papel-chave no aprendizado;
movimento pode potencializar o aprendizado; humor pode potencializar as
oportunidades de aprendizado; nutrição impacta o aprendizado; sono
impacta consolidação de memória; estilos de aprendizado (preferências
cognitivas) são devidas à estrutura única do cérebro de cada indivíduo;
diferenciação nas práticas de sala de aula são justificadas pelas diferentes
inteligências dos alunos (ESPINOSA, 2008, p. 78).

Para Seixas (2014) uma clarificação sobre os processos, fases, mecanismos de como
realmente acontece o desenvolvimento cerebral e os processos diretamente envolvidos na
aprendizagem, ou seja, as descrições dos principais estágios de desenvolvimento cerebral,
incluindo as fases da formação (neurogênese) e migração neuronal, da proliferação dos
axónios e dendritos, da sinaptogênese (que permite a comunicação entre neurónios), da
mielinização (que permite agilizar a comunicação entre os neurónios), da poda sináptica
(onde, face ao excesso de sinapses inicial, as sinapses inúteis são, posteriormente, “podadas”)
e, por fim, da apoptose (conhecida como morte celular), se fazem imprescindíveis (SEIXAS,
2004). Guerra (2011) centrada nos desafios e possibilidades de articulação entre as
neurociências e a educação, e realçando os avanços na produção de conhecimento ao nível do
funcionamento do sistema nervoso, defende que uma prática pedagógica que respeita a forma
como o cérebro funciona, se evidencia mais eficiente.
A partir dos estudos pôde-se tomar conhecimento do que passou a ser chamados
períodos sensíveis, ou janelas de oportunidades, ou seja, são épocas em que o cérebro está
orientado para aprendizagem, há um favorecimento para o estabelecimento de conexões entre
as distintas áreas cerebrais, imbricadas nos processos cognitivos. O conhecimento destes
períodos e exploração de suas respectivas habilidades podem ter resultados surpreendentes a
curto, médio e longo prazo.
Bartoszeck (2009) ressalta que o termo janelas de oportunidades em muitas mídias
tem aparecido de maneira inadequada, sendo consideradas janelas que poderiam se fechar
caso não fossem tomadas medidas urgentes nestes períodos ou que não haveria mais
possibilidade de ocorrer o aprendizado. Esse período ao qual foi disseminada a ideia errônea
em que o cérebro só poderia ser estimulado naquela fase de vida, era denominado período
crítico do desenvolvimento. Quando a habilidade não é estimulada no período sensível, não
significa dizer que isso não será mais possível, mas sim que será necessário mais empenho
para o desenvolvimento da respectiva capacidade.
O cérebro adulto não tem a mesma capacidade que o cérebro das crianças, no entanto,
o estudo da plasticidade neural demonstrou que mesmo diminuída, a capacidade de
aprendizagem se mantém pela vida inteira (CONSENZA E GUERRA, 2011). Bartoszeck
(2007), pautado nos estudos de Doherty (1997), apresenta as seguintes funções que podem ser
estimuladas em determinadas faixas etárias:
QUADRO 2 : Janelas de oportunidades

Fonte: Doherty (1997 apud BARTOSZECK 2007).

Peruzzolo e Costa (2015) destacam como algumas estratégias essenciais a serem


alcançadas nos períodos sensíveis são:

A representação de entretenimentos e jogos que promovam a motivação e


interesse da criança a participar de forma ativa; conter elementos de
diferenciação que possam prender a atenção da criança durante o processo;
possibilitar a estimulação das àreas mais comprometidas da criança,
utilizando-se das mais desenvolvidas a fim de tornar a intervenção mais
completa possível; eliminação de fatores inibitórios que possam bloquear a
estimulação progamada (PERUZZOLO; COSTA, 2015, p.7).

Estratégias que promovam em sala de aula atividades que desenvolvam o Sistema


nervoso central, por meio de estímulos externos, a fim de facilitar as sinapses como o uso de
jogos e de músicas em sala de aula, que estimulem várias funções mentais, frisando que
atividades prazerosas, lúdicas e desafiadoras também fortalecem as sinapses.
Existem ainda alguns empasses no que concerne a uma boa interlocução entre os
campos que integram a neuroeducação, ou seja, as neurociências e a educação, e um dos
problemas que impedem a comunicação das distintas áreas é a linguagem utilizada por ambas
Seixas (2014, p. 51) afirma, “enquanto que a teoria e os dados da educação se referem à esfera
comportamental, os dados e a teoria das neurociências assumem diferentes características,
condicionadas pela própria natureza do sistema nervoso (elétrica, química, espacial, temporal,
etc)”.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Por fim, tem se visto cada vez mais a necessidade de renovação das práticas
pedagógicas, pesquisas e mais pesquisas revelando a dificuldade de aprendizagem dos alunos.
Educadores que frequentemente tem resultados negativos em relação as suas práticas em sala,
o que se constata imprescindível conhecer o funcionamento cerebral normal, para que assim
seja possível entender o que está acontecendo com o cérebro lesado, assim como, aperfeiçoar
as técnicas para com o cérebro saudável, observando as formas e o momento mais pertinente
de estimulação.
Dentro de todo o contexto mencionado ressalta-se a importância do respeito da
singularidade de cada indivíduo, sua respectiva forma de aprender, levando em consideração
suas condições neuroanatômicas, fisiológicas, emocionas e cognitivas, que indicarão o melhor
e mais adequado caminho a ser trilhado, o que permite ver o indivíduo ali presente como
único, e que mesmo com uma dinâmica de funcionamento diferente, seu aprendizado se faz
possível com formas alternativas e mais adequadas de abordagem.
Sendo assim, percebe-se que a neuroeducação pode trazer variadas contribuições para
educação, por exemplo: a formulação e aplicação de programas educacionais como a
implementação de atividades e demais projetos de intervenção mais efetivos, na medida em
que se demonstram mais focais e interventivos naquilo em que se propõem; provisões para
indivíduos com necessidades educacionais especiais de natureza física e/ou sensorial,
oferecendo possibilidades de intervenções precoces que visem o desenvolvimento pleno das
capacidades cognitivas e emocionais; orientações e entendimento do papel da alimentação no
sucesso educacional, orientando como uma nutrição adequada aumenta o potencial de nossa
capacidade cognitiva, e como uma inadequada traz limitações e até prejuízos cognitivos;
esclarecimento quanto aos neuromitos disseminados pela mídia e demais meios de
comunicação, que são equívocos quanto aos conhecimentos das neurociências, informações
errôneas que infelizmente ainda circulam constantemente dentro da sociedade e
frequentemente no próprio âmbito educacional; prescrições para indivíduos com necessidades
educacionais especiais de natureza comportamental e/ou emocional e a investigação inicial
para apontar problemas de aprendizagem; a apreensão de técnicas de reforçamento para
alunos “difíceis de lidar”, cuja aprendizagem se faz comprometida; o entendimento dos
processos motivacionais envolvidos dentro do ensino-aprendizagem, o que está diretamente
ligado a liberação de neurotransmissores, a sistemas específicos como o de recompensa e
límbico e regiões hipocampais.
O surgimento deste campo de conhecimento traz consigo um leque imenso de
possibilidades, principalmente quando se fala em educação inclusiva, e que por vezes não é
tão inclusiva quanto se fala. Não se trata de afirmar que tudo estará “salvo” a partir disso, mas
é o começo de um novo tempo em que caminhos alternativos poderão ser tomados com base
científica de efetividade, crianças que possuem empasses em sua constituição cognitiva
poderão ter as chances de alcançar níveis intelectuais que até então não era possível se chegar,
segundo Cosenza e Guerra (2011, p.139):

As neurociências não propõem uma nova pedagogia e nem prometem


solução para as dificuldades da aprendizagem, mas ajudam a fundamentar a
prática pedagógica que já se realiza com sucesso e orientam ideias para
intervenções, demonstrando que estratégias de ensino que respeitam a forma
como o cérebro funciona tendem a ser mais eficientes.

Algumas pesquisas afirmam sobre uma grande receptividade por parte dos educadores
quanto a inserção dos conhecimentos neurocientíficos, e a implementação de suas
intervenções, no entanto é necessário uma estruturação mais concreta para que estas práticas
sejam inseridas desde a formação do educador, onde o mesmo será capaz de considerar o
aluno em sua individualidade, percebendo suas dificuldades, a causa delas e como agir sobre
elas. Neste sentido Cosenza (2011, p. 136) aponta que:

Os avanços das neurociências possibilitam uma abordagem mais científica


do processo ensino-aprendizagem, fundamentada na compreensão dos
processos cognitivos envolvidos. Devemos ser cautelosos, ainda que
otimistas em relação às contribuições recíprocas entre neurociências e
educação[...]Descobertas em neurociências não autorizam sua aplicação
direta e imediata no contexto escolar, pois é preciso lembrar que o
conhecimento neurocientífico contribui com apenas parte do contexto em
que ocorre a aprendizagem. Embora ele seja muito importante, é mais um
fator em uma conjuntura cultural bem mais ampla.

Ainda se sabe que o caminho para a perfeição está longe, e talvez nunca chegue, mas o
essencial é a persistência e engajamento para que “voos” maiores sejam alcançados.

A principal finalidade da Educação é o pleno desenvolvimento do ser


humano em sua dimensão social. Define-se como sendo o veículo das
culturas e dos valores, como construção de um espaço de socialização e
consolidador de um projeto comum. A educação tem como missão permitir a
todos, sem exceção, a frutificação dos talentos e da capacidade de criação, o
que implica a responsabilização individual por si mesmo e a realização de
seu próprio projeto pessoal (DELORS, 1996, apud ZABALA & ARNAU,
2010, p.60).
Diante de tudo o que foi mencionado, abraçar as possibilidades de avanço é
fundamental para que a educação na contemporaneidade se torne cada vez mais produtiva e
digna de orgulho na sociedade.

REFERÊNCIAS

BARTOSZECK, A. B.; BARTOSZECK, F. K. Percepção do professor sobre neurociência


aplicada à educação. EDUCERE - Revista da Educação, Umuarama, v. 9, n. 1, p. 7-32,
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BARTOSZECK, A.B. Neurociência dos seis primeiros anos: implicações educacionais.


EDUCERE. Revista da Educação, 9 (1), p.7-32, 2007.

BLAKEMORE, S. J.; FRITH, U. O cérebro que aprende. Lisboa: Gradiva, 2009.

CONSEZA, R. M.; GUERRA, L. B. Neurociência e Educação: como o cérebro aprende.


Porto Alegre-RS: Artmed, 2011.

ESPINOSA. T. N. The scientifically substantiated art of teaching: a study in the


development of standards in the new academic field of neuroeducation (mind, brain, and
education science). Tese de Doutorado, Programa de Pós-Graduação em Educação, Capella
University, Mineápolis, Minesota. 2008

GUERRA, L. O diálogo entre a neurociência e a educação: da euforia aos desafios e


possibilidades. Revista Interlocução. 4(4), p. 3-12, 2011. Disponível em <
http://interlocucao.loyola.g12.br/index.php/revista/article/viewArticle/91>. Acesso em 09 de
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HENNEMANN, A. L. Considerações sobre o livro Neuropsicopedagogia Clínica


Introdução, Conceitos, Teoria e Prática. Novo Hamburgo, 03 nov/ 2015. Disponível online
em: <http://neuropsicopedagogianasaladeaula.blogspot.com.br/2015/11/livro-
neuropsicopedagogia-clinica.html>

PERUZZOLO, S. R.; COSTA, G.M. T. Estimulação precoce: contribuição na aprendizagem e


no desenvolvimento de crianças com deficiência intelectual (di). Revista de Educação do
Ideau. v. 10, n. 21, 2015. Disponível em
<http://www.ideau.com.br/getulio/restrito/upload/revistasartigos/246_1.pdf>. Acesso em 11
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ROTTA, Newra. OHLWEILLER, Lygia. RIESGO, Rudimar. Transtornos de


Aprendizagem: abordagem neurobiológica e multidisciplinar. Porto Alegre: Artmed, 2007.

SEIXAS, S. R. Da Neurobiologia das Relações Precoces à Neuroeducação. Revista


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ZABALA, A; ARNAU, L. Como aprender e ensinar competências. Porto Alegre: Artmed,
2010.

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