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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

Ministério da Saúde
Direcção de Recursos Humanos
Departamento de Formação

CURRÍCULO DO CURSO DE TÉCNICOS DE MEDICINA

Maputo, Maio 2010


Agradecimentos
Este material é uma iniciativa do Ministério de Saúde da República de Moçambique, em
colaboração com a I-TECH (Centro Internacional de Formação e Educação para a Saúde),
para aperfeiçoar a formação inicial dos Técnicos de Medicina. Agradecemos à todos os
envolvidos no processo de elaboração e revisão dos Planos Temáticos, especialmente ao
apoio prestado pelo Departamento de Formação da Direcção Nacional de Recursos Humanos
do Ministério da Saúde, à CDC GAP Mozambique, à Equipa de Revisão Nacional liderada
pelo Dr. Jotamo Comé, aos Médicos e Técnicos de Medicina e à equipa da I-TECH. Este
material foi financiado pelo Plano de Emergência do Presidente dos Estados Unidos da
América para o Alívio da SIDA (PEPFAR).

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 2


ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 5
2. CONDIÇÕES GERAIS DO CURSO ................................................................................ 5
2.1. Proveniência dos Candidatos .......................................................................................... 5
2.2 Duração ............................................................................................................................ 5
2.3 Organização do Curso ...................................................................................................... 6
2.4 Direcção do Curso............................................................................................................ 6
2.5 Docentes ........................................................................................................................... 7
2.6 Métodos de Ensino-Aprendizagem .................................................................................. 7
2.7 Disciplinas Nucleares e Não Nucleares ........................................................................... 9
2.8 Avaliação ....................................................................................................................... 10
2.9 Certificação .................................................................................................................... 11
3. PERFIL PROFISSIONAL DO TÉCNICO DE MEDICINA........................................... 11
4. CRONOGRAMA GERAL DO CURSO ......................................................................... 33
5. PLANOS TEMÁTICOS DAS DISCIPLINAS ................................................................ 40
1º. Semestre.............................................................................................................................. 41
Seminário Preparatório Inicial ............................................................................................. 42
Disciplina de Anatomia e Fisiologia .................................................................................... 49
Disciplina de Primeiros Socorros e Enfermagem ................................................................ 62
Disciplina de Deontologia e Ética Profissional I ................................................................. 75
Disciplina de Meios Diagnósticos Auxiliares ...................................................................... 81
Disciplina de Saúde da Comunidade ................................................................................... 91
Disciplina de Semiologia I - Anamnese............................................................................. 103
Disciplina de Semiologia II - Exame Físico ...................................................................... 115
Disciplina de Introdução às Ciências Médicas .................................................................. 144
2º. Semestre............................................................................................................................ 154
Disciplina de Dermatologia ............................................................................................... 155
Disciplina do Sistema Gastrointestinal .............................................................................. 171
Disciplina de Saúde Sexual e Reprodutiva I: Sistema Reproutor Feminina...................... 195
Disciplina de Saúde Sexual e Reprodutiva II::Obstetrícia ................................................. 208
Disciplina de Saúde Sexual e Reprodutiva III:: Sistema Reprodutor Masculino .............. 225
Disciplina do Sistema Cardiovascular ............................................................................... 235
Disciplina de Sistema Respiratório .................................................................................... 249
Disciplina de Procedimentos Clínicos ............................................................................... 264
Disciplina de Deontologia e Ética Profissional II .............................................................. 282
3º. Semestre............................................................................................................................ 288
Disciplina de Gestão e Administração I............................................................................. 289
Disciplina de Neurologia ................................................................................................... 302
Disciplina do Sistema Músculo-Esquelético e Tecidos Moles .......................................... 314
Disciplina de Otorrinolaringologia e Oftalmologia ........................................................... 330
Disciplina de Estomatologia .............................................................................................. 344
Disciplina de Hematologia e Oncologia ............................................................................ 350
Disciplina de Saúde Mental ............................................................................................... 361
Disciplina de Doenças Infecciosas..................................................................................... 374
Disciplina do Sistema Endócrino ....................................................................................... 400
Avaliação e Manejo dos Doentes com HIV e SIDA.......................................................... 410
4º. Semestre............................................................................................................................ 442
Disciplina de Sistema Urinário .......................................................................................... 443
Disciplina de Pediatria ....................................................................................................... 461
Disciplina de Geriatria ....................................................................................................... 544

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Disciplina de Gestão e Administração II ........................................................................... 563
5º. Semestre............................................................................................................................ 573
Disciplina de Gestão e Administração III .......................................................................... 574
Disciplina de Medicina Legal ............................................................................................ 580
Disciplina de Ensino e Supervisão de Estágio ................................................................... 586
Disciplina de Traumas e Emergências ............................................................................... 593
ANEXO I: LISTA DE DOENÇAS E PATOLOGIAS ......................................................... 633

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1. INTRODUÇÃO

Com o presente currículo pretende-se formar técnicos de nível médio, da carreira profissional de
medicina, designados por TÉCNICOS DE MEDICINA (TM).
O currículo destina-se a candidatos que possuem a 10a classe do Ensino Geral, ou equivalente. O
ingresso não está vedado aos candidatos que possuem habilitações literárias mais elevadas, nem aos
profissionais de nível básico das carreiras de Saúde que possuam habilitações acima mencionadas.
O TM é um profissional de saúde com formação prevalente na área clínica e saúde pública e afectação
prioritariamente a nível primário e secundário.
É considerada sua actividade principal, diagnóstico e tratamento dos doentes ambulatórios e
internados. Estas actividades serão desempenhadas em unidades sanitárias onde operam outros
profissionais de nível superior, básico e médio , em particular: Enfermeiras de Saúde Materno Infantil
(ESMI), Enfermeiros, Agentes de Medicina, Agentes e Técnicos de Laboratório, Agentes e Técnicos
de Medicina Preventiva e Saneamento do Meio, e Médicos da Clínica Geral
A possibilidade de colocar o TM como profissional Clínico mais sénior num Centro de Saúde (CdS),
torna indispensável uma competência geral em área diferentes da clínica e na prestação de cuidados
de Saúde Primários.
Quando colocado em Hospital Rural, o TM será supervisionado tecnicamente por quadro com
formação superior (médico), e trabalhará integrado numa equipa

2. CONDIÇÕES GERAIS DO CURSO

2.1. Proveniência dos Candidatos


Os candidatos são alunos do ensino Secundário com habilitações mínimas de 10ª. classe, com idade
compreendida entre 17 e 30 anos, seleccionados por meio de exames de admissão de acordo com as
quotas provinciais, tendo em conta a afectação posterior. O processo de selecção terá o cuidado
especial de garantir que, aos candidatos de origem rural, sejam dados plena oportunidade de
concorrer. O processo de selecção será feito de acordo com as normas vigentes.
2.2 Duração
O curso tem a duração de dois anos e meio repartidos em 5 semestres. Cada semestre tem uma
duração de 22 semanas, com total de 110 semanas. O ensino será consolidado em aulas teóricas-
práticas, aulas no laboratório humanístico, estágios e sessões de discussão de estágio. Cada semestre
tem horas destinadas aos estágios parciais, e o último semestre ao estágio rural integral, para a
consolidação dos conhecimentos clínicos adquiridos durante a fase institucional.
Cada semana lectiva tem 35 horas de aulas, cada semana de estágio parcial tem 25 horas no local do
estágio e 10 horas de seminários para discussão de casos observados no estágio.

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CARGA HORÁRIA

Aulas
Semestre Teórico- Estágio Total
Práticas

1º. 595 140 735


2º. 490 245 735
3º. 455 280 735
4º. 475 260 735
5º. 245 455 700

Total 2260 1380 3640


Percentagem 60% 40% 100%

2.3 Organização do Curso


Este currículo está baseado em competências definidas pelo perfil profissional dos Técnicos de
Medicina. Isto significa que os tópicos incluídos em cada disciplina foram seleccionados e priorizados
a partir das tarefas profissionais dos Técnicos de Medicina. Assim, o enfoque principal do currículo é
na aquisição de competências clínicas, com enfoque secundário em competências ligadas à
administração e gestão ao nível das unidades sanitárias periféricas.
Os temas e conteúdos do currículo são definidos por objectivos de aprendizagem que referem aos
conhecimentos, atitudes e habilidades técnicas (psicomotores) que os alunos precisam adquirir para
alcançar as competências definidas.
Para facilitar a eventual síntese e aplicação do conteúdo, o ensino está organizado de forma a
aproximar a ordem em que será aplicado na prática clínica. As disciplinas estão organizadas por
sistemas corporais (por exemplo: sistema respiratório, sistema gastrointestinal, etc), por tipo de
paciente (pediatria, geriatria) ou por áreas especializada (medicina legal, gestão e administração).
Cada uma das disciplinas clínicas é multidisciplinar, sendo compostas por anatomia, fisiologia,
patologia, semiologia, clínica médica e farmacologia relevante para diagnóstico e conduta das
patologias que afectam o sistema corporal (ou tipo de paciente) em questão.
O curso de formação básica dos Técnicos de Medicina tem uma organização mista, incluindo:
a) Disciplinas clássicas leccionadas de forma linear, e em paralelo com outras disciplinas (por
exemplo enfermagem, Anatomia/fisiologia, Ética e deontologia)
b) Disciplinas multidisciplinares leccionadas de forma linear, em paralelo com outras
disciplinas
c) Disciplinas multidisciplinares leccionadas de forma sequencial, em tempo integral durante
um determinado período
2.4 Direcção do Curso
A direcção do curso deve ser assegurada por um dos técnicos seguintes:
• Técnicos de Medicina, especializados de ensino com experiência de pelo menos 3 anos de
trabalho clínico e 3 anos de ensino.

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• Médicos da clínica geral, com pelo menos 3 anos de experiência de ensino
A direcção do curso deverá ser assessorada por:
• Um Director Pedagógico
• Um Médico de clínica geral com experiência de trabalho recente numa Unidade Sanitária
periférica e experiência na supervisão de Técnicos de Medicina
• Um Técnico de Medicina com experiência de trabalho recente numa Unidade Sanitária
periférica
2.5 Docentes
Exercem actividades de ensino neste curso profissionais qualificados, deverá ser ministrado por
profissionais de nível médio especializado e superior de saúde. O carácter/orientação clínica do curso
exigirá uma proporção elevada de docentes com competência clínica em relação a técnicos de outras
áreas.Ver as características de docentes aplicadas a cada disciplina nos planos temáticos.
O leccionamento da cada tipo de disciplina tem implicações diferentes em termos de organização de
aulas e docentes. Mas alguns princípios são comuns entre eles: aulas teórico-práticas devem ter uma
duração de 2 horas e aulas práticas no laboratório humanístico podem ter uma duração entre 2 e 4
horas.
As disciplinas clássicas estão organizados de maneira que 1 docente será capaz de realizar todas as
tarefas ligadas ao ensino da disciplina. Este sistema não difere do ensino tradicional utilizado em
outros cursos.
As disciplinas multidisciplinares leccionadas de forma linear podem ser leccionadas por 1 ou por
mais docentes, dependendo do domínio necessário para leccionar os diferentes tópicos. No caso de ser
ensinado por um grupo docente, um membro do grupo deve ser designado como coordenador. O
coordenador além de leccionar, será responsável por introduzir o curso, programar distribuição das
aulas entre os docentes e outras tarefas ligadas a implementação da disciplina.
As disciplinas multidisciplinares sequenciais, leccionados em tempo integral devem ser leccionadas
por uma equipa docente (4 ou 5 docentes). O ideal é que cada docente leccione um máximo de 2 aulas
por dia. Um membro do grupo deve ser designado coordenador da disciplina e além de leccionar, será
responsável por introduzir o curso, programar distribuição das aulas entre os docentes e outras tarefas
ligadas a implementação da disciplina.
Também é importante que além de leccionar as disciplinas os docentes estejam disponíveis para
facilitar as discussões de estágio, que acontecerão na parte da tarde nos dias de estágio parcial (ver
cronograma do curso)
2.6 Métodos de Ensino-Aprendizagem
A selecção de métodos de ensino será orientada pelos objectivos de aprendizagem. Especificamente,
pelos domínios dos objectivos, cognitivo, psicomotor e afectivo, O ensino deve ser realizado através
de métodos expositivos e participativos, incluindo:
• Palestras / discursos
• Exercícios individuais e em grupo
• Estudos de caso
• Discussões em grupo
• Simulações (clínicas e outros)

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• Tutoria clínica
Neste currículo o ensino ocorre no seguinte contexto:
Aulas teórico-práticas (na sala de aula)
As aulas teórico-práticas têm como princípio o alcance dos objectivos de aprendizagem afectivos
e cognitivos. Neste ambiente de aprendizagem é importante que o docente utilize uma variedade
de métodos de ensino, tanto expositivos como participativos para assegurar a aprendizagem dos
alunos com diversos estilos de aprendizagem. Um princípio fundamental utilizado nas aulas
teórico-práticas é a introdução de novas técnicas e procedimentos que serão praticados no
laboratório humanístico e posteriormente nos estágios parciais.

Laboratório humanístico, multidisciplinar e sala de informática


As aulas realizadas nos laboratórios têm como princípio o alcance de objectivos de aprendizagem
psicomotores. Durante as aulas no laboratório humanístico os alunos aprendem a executar
técnicas e procedimentos clínicos. Como por exemplo técnicas de semiologia, enfermagem, entre
outros. Já o laboratório multidisciplinar serve principalmente para aprendizagem de técnicas de
preparação e análise de espécimen, e execução de meios auxiliares de diagnóstico
Alguns princípios fundamentais do laboratório humanístico são:
- Os alunos irão observar e praticar técnicas e procedimentos com manequins e com colegas da
turma, sob supervisão de docentes.
- Os alunos precisam demonstrar um nível de competência pré-determinado, na execução de
técnicas e procedimentos clínicos no laboratório humanístico antes de serem permitidos executar
estes procedimentos com pacientes reais durante o estágio parcial.
- O objectivo é que alunos aprendam a conhecer bem o “normal” (sinais do corpo saudável) do
“anormal” (sinais de patologia), por isso a prática com pessoas saudáveis é tão importante quanto
com pacientes.
- As técnicas e procedimentos a serão praticados usando material e equipamentos semelhante ao
utilizado no contexto real de trabalho do técnico de medicina
- Durante as aulas todos os alunos devem ter a oportunidade de praticar as técnicas e receber
retro-informação do docente.

Estágios parciais
Os estágios parciais são importantes para o alcance e domínio das competências (tarefas
profissionais) aprendidas durante as aulas no Instituto de Formação. Métodos de ensino usados
nesse contextos serão principalmente técnicas de tutoria incluindo orientação de alunos,
demonstrações das técnicas acompanhada de explicação, observação e retro-informação aos
alunos, perguntas dirigidas, resolução de problemas, estudo de casos.

Seminários de discussão de estágio (D.E.)


O seminário de discussão de estágio é o momento em que o docente e o aluno tem para discutir o
que foi observado/ praticado durante o estágio, esclarecer dúvidas, apresentar e discutir casos
observados para os colegas e o docente. Este momento é importante pois muitas vezes o ambiente

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clínico onde ocorre o estágio não dá oportunidade aos alunos de esclarecer todas suas dúvidas,
devido ao fluxo de utentes entre outras restrições.

Estágio rural integral e seminário pós estágio rural


O estágio rural é o momento em que o Técnico de Medicina irá colocar em prática todos os
conhecimentos e competências adquiridos durante sua formação, e adaptá-los aos
constrangimentos do contexto real em que irão trabalhar. O seminário pós estágio rural é
importante para que os futuros profissionais possam esclarecer dúvidas sobre os desafios
encontrados durante o estágio junto aos docentes e colegas, partilhando informações acerca dos
desafios, ideias, e experiências, promovendo a troca de experiências e iniciativa para a solução de
problemas pelos próprios Técnicos de Medicina e adaptados ao contexto real do seu trabalho.
2.7 Disciplinas Nucleares e Não Nucleares
O primeiro semestre está dedicado a aprendizagem de princípios e técnicas básicas. Para esse fim está
organizado por disciplinas temáticas introdutórias e disciplinas dedicadas a aquisição de competência
em técnicas clínicas. O conteúdo do 2º. ao 5º. semestre está organizado em módulos multidisciplinares
(Veja o cronograma do curso para mais detalhes).

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Disciplinas Introdutórias Disciplinas Clínicas Disciplinas não Clínicas
− Deontologia e Ética
− Anatomia e Fisiologia − Semiologia I e II
Profissional
− Meios Diagnósticos − Primeiros Socorros e
− Saúde da Comunidade
Auxiliares Enfermagem
− Gestão e Administração I,
− Introdução às Ciências − Dermatologia
II, III
Médicas − Sistema Gastrointestinal
− Medicina Legal
− Saúde Sexual e Reprodutiva I, II
− Ensino e Supervisão de
e III
Estágio
− Sistema Cardiovascular
− Sistema Respiratório
− Hematologia e Oncologia
− Procedimentos Clínicos
− Otorrinolaringologia e
Oftalmologia
− Sistema Musculo-esquelético e
tecidos moles
− Estomatologia
− Neurologia
− Saúde Mental
− Doenças Infecciosas
− Endocrinologia
− Avaliação e Manejo dos Doentes
com HIV e SIDA
− Sistema Urinário
− Geriatria
− Pediatria
− Traumas e Emergências

2.8 Avaliação
Durante a formação, o aluno será submetido ao Regulamento Geral de Avaliação para Institutos de
Ciências de Saúde e Centros de Formação do pessoal de saúde.
Toda a avaliação, seja formativa ou sumativa, será baseada na medição de aquisição dos objectivos de
aprendizagem e das competências apresentadas para cada disciplina. As avaliações finais irão avaliar
os alunos em um padrão mínimo de competência necessário para trabalhar como Técnico de Medicina
para o Serviço Nacional de Saúde. Alunos que não atingirem o nível de competência mínima, não
receberão a certificado até o alcançarem.
Cada plano temático apresenta uma secção descrevendo detalhadamente a avaliação apropriada para a
disciplina. Em geral, as avaliações formativas teóricas e práticas incluem o seguinte:
• Uma avaliação teórica escrita no fim de cada disciplina com 35 horas ou menos de ensino
• Para disciplinas com mais de 35 horas de aulas lectivas, uma avaliação teórica escrita
depois de cada 35 horas de aula

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• Para cada disciplina com aulas nos laboratórios ou salas de informática, uma avaliação
prática no laboratório em questão
• Um exame escrito ao final de cada semestre, na 22ª. semana do semestre
• Uma avaliação prática com pacientes nas últimas semanas de cada estágio. (normalmente
será um exame físico orientado a um dos sistemas corporais ensinados no semestre e/ou
demonstração duma técnica diagnóstica ou terapêutica)
• Apresentação de pelo menos um caso observado no estágio, elaborado pelo aluno
• Um exame final (prático e teórico) no fim do curso, avaliando o alcance das competências
do curso completo
2.9 Certificação
A emissão do certificado de habilitações técnico-profissionais e de habilitações académicas para os
graduados deste curso será passado pela Direcção de Recursos Humanos/Departamento de Formação
(DRH/DF) e pelo Ministério da Educação (MINED).
Este certificado é válido para todos efeitos nos termos da lei, ou seja, para a continuação dos estudos,
provimento em cargos públicos e exercícios de actividades profissionais.

3. PERFIL PROFISSIONAL DO TÉCNICO DE MEDICINA

Campo de Acção
Os Técnicos de Medicina formados com base neste currículo poderão exercer as suas actividades nas
Unidades Sanitárias de todos os níveis de atenção de saúde do Pais, com especial indicação para os
níveis I e II.
Poderão ser afectos ao Ministério de Saúde e outras Instituições Estatais que necessitem de assistência
e estejam autorizadas nos termos da Lei.

Funções e Tarefas
Os TM formados a partir deste currículo deverão integrar-se na equipa de Saúde e em equipas
específicas nas quais deverão cobrir as funções e tarefas técnicas, de gestão e administração, de saúde
comunitária, e de ensino.

Tarefas Técnicas
1. Área de Enfermagem
1. Organizar e utilizar os kits de Primeiros Socorros;
2. Identificar incidentes passíveis de perigar a sua própria vida e a dos outros;
3. Proteger-se a si e aos outros e tomar as necessárias medidas que preservem a vida, em caso de
acidente e enquanto o socorro não chega;
4. Avaliar, dar assistência e transportar os pacientes em situação de emergência;
5. Facilitar a respiração, incluindo:

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a. Reconhecer asfixia/sufocação, identificar causas e tomar medidas para remover a causa e
de suporte;
b. Permeabilizar as vias respiratórias (incluindo identificar a necessidade e executar a
manobra de Heimlich com adultos, crianças e bebés);
c. Executar respiração artificial com adultos, crianças e bebés;
d. Reconhecer sinais de uma crise asmática e gerir correctamente. (incluindo colocar numa
posição para facilitar respiração);
6. Proteger a vítima de traumas adicionais, medir o tempo da crise e tomar medidas de suporte
no evento de uma crise convulsiva. Identificar causas e tratar nos casos de hiperpirexia e
arrefecimento corporal;
7. Avaliar, através do pulso carotídeo e femoral, a necessidade de uma massagem cardíaca;
8. Executar a técnica de massagem cardíaca, em conjunto com respiração artificial (RCP) para
adultos crianças e bebés (técnica de uma ou 2 pessoas);
9. Minimizar a perda de sangue/hemorragias;
10. Tomar medidas específicas para a hemorragia nasal e na palma da mão;
11. Reconhecer (sem qualquer equipamento) e aprovisionar primeiros socorros para o Enfarte do
Miocárdio (EM).
12. Reconhecer o estado de choque e estabelecer medidas de suporte;
13. Fornecer os primeiros socorros para:
a. Picadas de abelhas, vespas e escorpiões;
b. Mordeduras de animais, incluindo cobras;
c. Perfurações e lacerações por várias causas;
d. Feridas por armas de fogo;
14. Distinguir queimaduras do 1º , 2º e 3º graus, e fornecer cuidados de socorros relevantes;
15. Reconhecer entorses, reduzir inflamação, tratar dores e imobilizar;
16. Identificar fracturas, tratar a dor, imobilizar e, no caso de fracturas expostas, proteger da
infecção;
17. Em relação aos choques eléctricos, proteger a si próprio da corrente eléctrica, isolar a vítima
da corrente, tratar o choque e administrar RCP (se for necessário);
18. Efectuar os primeiros socorros para envenenamento e intoxicação;
19. Identificar as indicações e contra-indicações de indução do vómito;
20. Identificar as indicações e contra-indicações na administração de líquidos para diluir o
veneno;
21. Tomar medidas para o tratamento de intoxicação, através da pele, dos olhos ou por inalação;
22. Avaliar, registar e interpretar os sinais vitais nos adultos, crianças e bebés. Isto inclui:
a. Temperatura axilar, bucal e rectal;
b. Respiração-FR;
c. Pulso-FC;
d. Tensão Arterial-TA;
e. Peso, altura.
23. Acalmar e orientar os pacientes e as suas famílias numa emergência;
24. Identificar as indicações para se efectuar uma ressuscitação em adultos, crianças e bebés,
usando equipamentos disponíveis nos serviços de urgência;
25. Identificar a causa e a gravidade de hemorragias e tomar medidas para o controlo de
hemorragia e do choque hipovolémico;

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26. Controlar e, se for necessário, sedar pacientes com agitação psicomotora;
27. Suturar e executar pensos;
28. Identificar a necessidade de aplicação profiláctica de soros contra tétano e raiva;
29. Identificar e tratar reacções alérgicas (incluindo anafiláticas);
30. Executar os seguintes procedimentos de enfermagem no paciente com dor:
a. Avaliar a dor (característica e intensidade);
b. Administrar medicamentos de alívio à dor, em função da severidade (intensidade);
c. Colocar pacientes na posição de conforto para o alívio à dor, de acordo com a patologia;
d. Abordar a dor crónica em cuidados continuados;
31. Executar os seguintes procedimentos de enfermagem no paciente inconsciente:
a. Tomar medidas para prevenir a obstrução das vias aéreas e infecção pulmonar;
b. Limpar os olhos e a pele (dar banho a um paciente inconsciente);
c. Tomar medidas para o controlo da bexiga e intestinos (incluindo colocação de um catéter
vesical);
d. Alimentar através da sondagem naso-gástrica e manter o soro permanente;
e. Prevenir escaras;
32. Identificar a necessidade, reconhecer as precauções e executar os seguintes procedimentos:
a. Oxigenoterapia;
b. Fisioterapia Respiratória;
c. Entubação Endotraqueal;
d. Toracocentese;
33. Administrar a terapêutica oral, anal, tópica e parentérica (intravenosa, subcutânea, e
intramuscular) em adultos, crianças e bebes;
34. Colher os seguintes especímenes biológicos:
a. Sangue (incluindo para hematozoário);
b. Urina (colheita asséptica);
c. Fezes;
d. Expectoração.
35. Identificar a necessidade e executar as seguintes técnicas de enfermagem (incluindo a
organização do material necessário):
a. Sonda naso-gástrica para alimentação ou lavagem gástrica;
b. Algaliação;
c. Aspiração de secreções;
d. Clister;
36. Administrar uma transfusão sanguínea. Isto inclui:
a. Identificar as indicações para a transfusão de sangue total, concentrado de glóbulos
vermelhos, concentrado de plaquetas e plasma fresco congelado;
b. Seguir as normas nacionais de administração de uma transfusão sanguínea;
37. Reconhecer e tomar providências, em casos dos seguintes acidentes transfusionais:
a. Incompatibilidade;
b. Sobrecarga de volume;
c. Transfusão de sangue mal conservado;
38. Aplicar as normas e rotinas de biossegurança nos hospitais;
39. Executar pensos e ligaduras para contusões, ferimentos, escaras (úlceras de decúbito) e
queimaduras do 1º, 2º e 3º graus, de acordo com a região e técnica apropriada;
40. Discutir com o paciente e/ou familiar os assuntos que os inquietem;

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41. Orientar a reabilitação dos pacientes, com um programa individualizado para o seu bem-estar
físico, psíquico e social;
42. Orientar os pacientes sobre os cuidados a ter com uma luxação/entorse e imobilizações com talas
simples e gessadas.

2. Área de Clínica Médica-Cirúrgica


Anamnese:
1. Colher uma anamnese:
a. Queixa principal;
b. História da doença actual;
c. Revisão por aparelhos e sistemas;
d. História patológica pregressa;
e. História familiar ;
f. História psicossocial;
2. Fazer o resumo da anamnese
3. Descrever os sintomas duma possível doença mental
4. Redigir uma anamnese dirigida às doenças mentais
5. Colocar as hipóteses diagnósticas com base na anamnese
6. Priorizar as hipóteses diagnósticas identificadas
7. Reconhecer sintomas patológicos.
8. Realizar uma anamnese obstétrico-ginecológica sumária
9. Colher uma anamnese clínica que identifique as circunstâncias de um trauma, a gravidade
e/ou o grau de risco sobre a vida do paciente

Exame Físico:
1. Avaliar, registar e interpretar os sinais vitais nos adultos
2. Avaliar, registar e interpretar os parâmetros antropométricos principais utilizados em adultos
3. Efectuar um exame físico geral por aparelhos de um paciente adulto masculino ou feminino
utilizando:
a. As técnicas básicas de inspecção, palpação, percussão e auscultação
b. Instrumentos básicos (estetoscópio, otoscópio, lanterna, espátula, martelo de reflexos,
espéculo, fita metrica)
c. Respeitando uma seqüência lógica e conveniente para o paciente
4. Diferenciar os sinais normais e patológicos observados durante o exame fisico de um paciente
adulto e mulheres grávidas
5. Registar duma forma sucinta e com a nomenclatura corecta os resultados do exame físico
geral por aparelhos
6. Aplicar comportamentos adequados na área de comunicação e relação interpessoal com os
pacientes e seus familiares
7. Adaptar correctamente a seqüência, o conteudo e o foco do exame físico para uma mulher
gravida

Meios Diagnósticos Auxiliares:


1. Listar os meios auxiliares de diagnóstico disponíveis na prática clínica dos diferentes níveis e
conhecer seus valores normais.

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2. Reconhecer os equipamentos básicos do laboratório e da radiologia, descrevendo
resumidamente o seu funcionamento básico e as etapas para a realização de cada exame.
3. Implementar uma interacção correcta e eficiente entre o sector clínico e os sectores auxiliares,
definindo, com base em cada quadro clínico e nos recursos laboratoriais e radiológicos
disponíveis, quais são os meios de diagnóstico que devem ser solicitados e interpretados.
4. Identificar os casos em que a evolução do quadro clínico ou os resultados anormais dos exames
realizados, exigem exames diagnósticos mais complexos e/ou invasivos e que requerem
avaliação de nível superior e/ou transferência.
5. Colher os seguintes espécimes biológicos:
a. Sangue venoso (para testes rápidos, hemograma, bioquímica e exames microbiológicos);
b. Urina (colheita asséptica);
c. Fezes;
d. Expectoração;
e. Líquido ascítico (paracentese), pleural (toracocentese) ou amostra de gânglio periférico
para pesquisa de BK (PAAF);
f. Liquor cérebro-raquidiano (LCR) para análise e diagnóstico de meningite;
g. Secreção vaginal ou uretral para exame microbiológico.
6. Solicitar e interpretar as análises laboratoriais básicas disponíveis na prática clínica e
utilizadas em todas as áreas de actuação do TM:
a. Hemograma;
b. Leucograma (fórmula leucocitária);
c. Velocidade de hemossedimentação;
d. Bioquímica básica: glicemia, ureia, creatinina, colesterol e triglicéridos, iões (sódio, cloro
e potássio), proteína total e albumina;
e. Bioquímica específica: acido úrico, aspartato aminotransferase (AST) e alanina
aminotransferase (ALT), fosfatase alcalina, GGT, bilirrubina total, directa e indirecta;
f. Proteína C Reactiva;
g. Contagem de CD4;
h. Urina II;
i. Grupo sanguíneo e factor RH;
j. Provas básicas de coagulação;
k. BHCG (teste de gravidez);
l. Pesquisa de sangue oculto nas fezes;
m. Exame parasitológico de fezes;
n. Hematozoário – pesquisa de plasmodium e tripanossoma;
o. Pesquisa de ovos de Schistosoma;
p. Pesquisa da filaria;
q. Pesquisa da borrelia;
r. Urocultura;
s. Pesquisa de BK na expectoração;
t. Exame a fresco; coloração pelo GRAM e cultura do corrimento vaginal ou uretral.
7. Solicitar (sem interpretar) as análises laboratoriais específicas disponíveis, para casos que
necessitem de uma investigação clínica mais aprofundada:
a. Coombs directo e indirecto;
b. Carga viral;
c. Pesquisa de bacilos de Hansen (para diagnostico de Lepra);
d. Amilase sérica
e. Àcido lático;

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f. Factor reumatóide;
g. Vidal (para Febre Tifoide);
8. Executar e interpretar os testes abaixo, usando fitas indicadoras:
a. Teste rápido de malária;
b. Teste rápido de HIV (Determine e Unigold);
c. Teste rápido de sífilis (RPR);
d. Teste rápido de gravidez (TIG);
e. Identificação de glicosúria;
f. Medida de glicemia com glucómetro.
9. Solicitar e interpretar os exames radiológicos disponíveis na prática clínica e utilizados em
todas as áreas de actuação do TM:
a. RX simples tórax;
b. RX simples abdómen;
c. RX de ossos longos;
d. RX de coluna, crânio e face.
10. Conhecer as indicações para o pedido (sem interpretar) de outros meios auxiliares
diagnósticos disponíveis na prática clínica, para casos que necessitam de uma investigação
clínica mais aprofundada:
a. Ecografia;
b. Electrocardiograma;
c. Endoscopia (digestiva alta e baixa, urológica, ginecológica).

Procedimentos Clínicos
1. Avaliar, dar assistência e transportar os sinistrados em situações de emergência.
2. Acalmar e orientar pacientes e as suas famílias numa emergência.
3. Proteger a vítima de traumas adicionais, medir o tempo da crise e tomar medidas de suporte
em caso de convulsões.
4. Avaliar, registar e interpretar os sinais vitais nos adultos, crianças e bebés. Isto inclui:
a. Temperatura axilar, bucal e rectal;
b. Respiração-FR;
c. Pulso-FC;
d. Tensão Arterial-TA;
e. Peso, altura.
5. Facilitar a respiração que inclui:
a. Reconhecer asfixia/sufocação, identificar causas, tomar medidas para remover a causa e
tomar medidas de suporte;
b. Identificar indicações para efectuar ressuscitação de adultos, crianças e bebés, usando
equipamentos disponíveis nos serviços de urgência.
6. Avaliar, através do pulso carotídeo e femoral a necessidade de uma massagem cardíaca.
7. Identificar a causa e gravidade de hemorragias e tomar medidas para o controlo de hemorragia
e do choque hipovolémico (pensos, suturas, hemostases, reposição da volémia
(soros/transfusões), incluindo:
a. Compressão e posição de Trendelemburg;
b. Medidas de prevenção de choque hipovolémico;
c. Tomar medidas específicas para hemorragia nasal e na palma da mão;
8. Identificar casos de hiperpirexia ou arrefecimento corporal e tratar.

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9. Distinguir queimaduras do 1º grau, 2ºgrau, 3º grau e oferecer cuidados de socorros relevantes.
10. Identificar entorses, reduzir inflamação, tratar a dor e imobilizar.
11. Identificar fracturas, tratar a dor, imobilizar e proteger de infecção, no caso de fracturas
expostas.
12. Controlar e, se for necessário, sedar pacientes com agitação psicomotora.
13. Identificar a necessidade de aplicação profiláctica de soros contra tétano e raiva.
14. Identificar e tratar reacções alérgicas (incluindo anafiláticas).
15. Executar os seguintes procedimentos de enfermagem no paciente inconsciente:
a. Tomar medidas para prevenir a obstrução das vias aéreas e infecção pulmonar;
b. Limpar os olhos e a pele (dar banho a um paciente inconsciente);
c. Tomar medidas para o controlo da bexiga e intestinos (incluindo colocação dum cateter
vesical);
d. Alimentar, através da sondagem naso-gástrica e manutenção do soro permanente.
e. Prevenir escaras.
16. Identificar a necessidade, reconhecer as precauções e executar os seguintes procedimentos:
a. Oxigenoterapia;
b. Fisioterapia Respiratória;
c. Entubação Endotraqueal;
d. Toracocentese.
17. Administrar a terapêutica oral, anal, tópica e parentérica (intravenosa, subcutânea, e
intramuscular) em adultos, crianças e bebés. Isto inclui:
a. Indicações e contra-indicações das vias de administração;
b. Identificar complicações adversas ao tratamento e tomar medidas necessárias.
18. Colher os seguintes especímenes biológicos:
a. Sangue (incluindo para hematozoário);
b. Urina (colheita asséptica);
c. Fezes;
d. Expectoração;
19. Identificar a necessidade e executar as seguintes técnicas de enfermagem (incluindo, a
organização do material necessário):
a. Sonda naso-gástrica para alimentação ou lavagem gástrica;
b. Algaliação;
c. Aspiração de secreções;
d. Clister.
20. Administrar uma transfusão sanguínea. Isto inclui:
a. Identificar as indicações para transfusão de sangue total, concentrado de glóbulos vermelhos,
concentrado de plaquetas e plasma fresco congelado;
b. Seguir as normas de administração de uma transfusão sanguínea;
c. Reconhecer e tomar providências em nos seguintes acidentes transfusionais:
i. Incompatibilidade;
ii. Sobrecarga de volume;
iii. Transfusão de sangue mal conservado.
21. Aplicar as normas e rotinas de biossegurança nos hospitais, incluindo:
a. Técnicas básicas de protecção individual; (lavagem das mãos, luvas, mascaras, aventais e
óculos);
b. Técnicas de manipulação de equipamentos estéreis;
c. Desinfecção e esterilização de equipamentos, usando desinfectantes, autoclave, e estufa;
d. Utilização de desinfectantes para utensílios, mobiliário hospitalar e tecidos vivos;

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e. Mistura de soluções de desinfectantes nas concentrações certas.
22. Executar pensos e ligaduras para contusões, ferimentos, escaras (úlceras de decúbito) e
queimaduras do 1º, 2º e 3º graus, de acordo com a região e técnica apropriada.
23. Orientar os pacientes de cuidados de luxação/entorse e imobilizações com talas simples e
gessadas.
24. Realizar as seguintes técnicas de diagnóstico/terapêuticas:
a. Punção lombar;
b. Paracentese;
c. Toracocentese;
d. Punção hepática.
e. Exame ginecológico;
f. Aspiração naso-traqueal;
g. Entubação naso-gástrica;
h. Lavagem gástrica ;
i. Algaliação;
j. Tratamento de condilomas.
25. Executar a reanimação cardiorrespiratória, se necessário.
26. Executar as seguintes técnicas e procedimentos nas crianças, quando necessário:
a. Administração de vacinas;
b. Medição do peso, altura, perímetro crâneo e perímetro braquial;
c. Reanimação neonatal (incluindo aspiração);
d. Recolha de urina e cateterização vesical;
e. Entubação com sonda naso-gástrica e colheita de suco gástrico para pesquisa de BK;
f. Cateterização venosa periférica;
g. Remoção de corpos estranhos do ouvido ou nariz;
h. Punção lombar;
i. Algaliação;
j. Realização do teste de Mantoux (tuberculina).
27. Prestar cuidados básicos e essenciais ao recém-nascido, incluindo a reanimação neonatal.
28. Diagnosticar, tratar e/ou encaminhar as patologias abaixo descritas:
a. Obstrução das vias aéreas superiores (tratar);
b. Corpos estranhos no nariz, ouvido e no olho (tratar e transferir casos complicados);
c. Escoriações, equimoses e hematomas (tratar);
d. Feridas incisas e contusas (limpas e sujas) (tratar);
e. Queimaduras do primeiro ao terceiro grau (tratar e em casos complicados transferir);
f. Mordeduras por insectos e animais (venenosos e não venenosos) (tratar casos simples ou
transferir casos complicados);
g. Profilaxia antitetânica.
29. Executar as seguintes técnicas:
a. Sutura de feridas;
b. Drenagem de colecções purulentas;
c. Limpeza cirúrgica;
d. Tamponamento nasal anterior;
e. Cateterismo suprapúbico;
f. Cateterismo venoso subclávio;
g. Punção abdominal.

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Clínica Médica
1. Diagnosticar e tratar as patologias indicadas em anexo I, com atenção especial às seguintes
tarefas:
a. Elaborar possíveis hipóteses de diagnóstico com base na anamnese, no exame físico e
diagnóstico diferencial
b. Usar e interpretar resultados dos meios auxiliares de diagnóstico
c. De acordo com a sua competência, criar um plano de tratamento / conduta, baseado
no diagnóstico diferencial
d. Criar e explicar ao paciente um plano de alta
i. Resumo do tratamento
ii. Seguimento
iii. Prevenção e controlo da doença
2. Reconhecer ou suspeitar emergências e executar as intervenções médicas imediatas e
referir/transferir como apropriado

3. Área de Psiquiatria
1. Reconhecer, numa consulta, sinais e sintomas duma possível doença mental;
2. Levantar hipótese diagnóstica e tomar as medidas apropriadas com relação aos transtornos
indicados no anexo I com atenção especial às seguintes tarefas:
a. Realizar anamnese psiquiátrica e exame mental;
b. Identificar emergências do fórum psiquiátrico e tomar medidas apropriadas;
c. Fazer o diagnóstico diferencial entre alterações de comportamento referentes a queixas
psíquicas e doenças orgânicas (como malária cerebral, meningite, encefalopatia por HIV,
etc.);
d. Fazer um diagnóstico sindrómico e dar encaminhamento adequado aos transtornos
identificados.
3. Acolher e orientar o utente e a família sobre a situação de saúde, tratamentos disponíveis e
fontes de apoio.

4. Área de Pediatria
1. Monitorizar o crescimento e desenvolvimento psicomotor infantil
2. Aconselhar pais sobre os princípios de nutrição/alimentação para o crescimento e
desenvolvimento de recém-nascidos e crianças saudáveis e doentes
3. Conhecer os pacotes de cuidado, promoção da saúde infantil e prevenção das doenças,
incluindo Atenção Integrada das Doenças Infantis (AIDI) e Programa Alargado de Vacinação
(PAV)
4. Utilizar os princípios gerais da terapêutica pediátrica com fármacos
5. Usar os meios de diagnóstico, fazendo a sua interpretação em pediatria e utilizar as técnicas
adequadas em recém-nascido e crianças segundo a idade
6. Diagnosticar e tratar as patologias indicadas no anexo I na criança e recém-nascido (incluindo
bebés prematuros), com atenção especial às seguintes tarefas:

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a. Elaborar uma história clínica completa (incluindo a história da mãe) e executar um exame
físico completo
b. Elaborar possíveis hipóteses de diagnóstico com base na história e no exame físico
(diagnóstico diferencial)
c. Usar e interpretar resultados dos meios auxiliares de diagnóstico
d. Baseado no diagnóstico diferencial, criar um plano de tratamento imediato para o paciente
e. Avaliar a condição do paciente (incluindo hospitalização e referência)
f. Criar um plano de alta e explicar aos pais da criança
7. Avaliar os sinais de emergência, urgência, fazer a gestão imediata (estabilizar e fazer análise
apropriada) e seguir as indicações para referir o recém-nascido ou a criança com as seguintes
apresentações:
a. Obstrução das vias aéreas superiores incluindo sufocamento, asfixia, dificuldades em
respirar , coma , convulsões , desidratação grave , shock (hipovolémico, anafiláctico,
séptico)), hipoglicemia , síndrome de distress respiratório , febre alta , palidez acentuada,
dores fortes, irritabilidade/letargia, desnutrição aguda grave, edema dos pés, hipotermia .

5. Área de Saúde Reprodutiva


Sistema Reprodutor Feminino:
1. Colher uma história clínica em ginecologia incluindo a:
a. Anamnese orientada a queixas ginecológicas;
b. Exame físico orientado ao sistema reprodutivo. Isto inclui execução das seguintes
técnicas:
i. Toque vaginal;
ii. Palpação bimanual;
iii. Exame com espéculo;
iv. Exame visual e de palpação da mama.
2. Recomendar métodos de Planejamento Familiar
a. Fazer uma anamnese de uma mulher que deseja fazer o planeamento familiar;
b. Aconselhar a mulher e/ou o casal que deseja fazer o planeamento familiar acerca dos
possíveis métodos e as suas indicações, vantagens, desvantagens, normas práticas, taxa de
insucessos, efeitos colaterais, utilidade para prevenção de ITS, contra-indicações e
complicações possíveis. (métodos incluem: abstinência periódica, coito interrompido,
preservativo masculino e feminino, amamentação prolongada, dispositivo intra-uterino
(DIU), a pílula anticonceptivo, e métodos hormonais injectáveis) tendo em conta a
epidemia de HIV.
3. Executar esvaziamento da cavidade uterina:
a. Identificar as indicações para execução da técnica
b. Fazer uma revisão da cavidade
c. Executar aspiração e curetagem
4. Diagnosticar, tratar ou dar seguimento às patologias indicadas no anexo I, com atenção
especial às seguintes tarefas:
a. Elaborar possíveis hipóteses de diagnóstico, com base na anamnese, no exame físico
e diagnóstico diferencial;
b. Usar e interpretar resultados dos meios auxiliares de diagnóstico;

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c. Criar um plano de tratamento / conduta, de acordo com a sua competência, baseado
no diagnóstico diferencial;
d. Reconhecer as situações de gravidez anormal e de alto risco;
e. Criar e explicar ao paciente um plano de alta:
i. Resumo do tratamento;
ii. Seguimento;
iii. Prevenção e controlo da doença.

Obstetrícia:
1. Durante primeira visita pré-natal o TM deve:
a. Recolher uma história obstétrica completa;
b. Executar um exame físico completo e direccionado às grávidas;
c. Pedir e interpretar os seguintes exames:
i. Hemograma, glicemia, urina II, HIV e CD4, RPR, grupo sanguíneo e RH ,
esfregaços vaginais para clamídia, gonorreia e vaginoses bacterianas, teste de
Papanicolau;
d. Preencher correctamente a ficha da consulta pré-natal, utilizar a roda da idade gestacional
e determinar a data provável do parto (DPP);
e. Aconselhar a mãe sobre os hábitos saudáveis a ter durante a gravidez: dieta, consumo de
álcool, prevenção de HIV e outras ITS;
f. Reconhecer as substâncias e os medicamentos tóxicos e teratógenos durante a gravidez;
g. Aconselhar a mãe HIV positiva e o parceiro sobre os cuidados e tratamento a ter durante a
gravidez e o aleitamento (a gestão clínica da mãe HIV positiva será abordada no módulo
sobre o HIV/SIDA);
h. Descrever o plano de seguimento durante a gravidez e o plano do parto.
2. Nas visitas de seguimento o TM deve:
a. Realizar uma anamnese em relação ao desenvolvimento da gestação ;
b. Executar um exame físico especializado, incluindo:
i. Verificação da progressão do peso da gestante e altura uterina, monitoando com a
DPP para verificar o aumento normal do peso materno e o crescimento normal do
feto;
ii. Avaliação dos movimentos fetais;
iii. Avaliação da situação e apresentação fetal;
iv. Avaliação do encravamento fetal;
v. Auscultação do foco fetal;
vi. Avaliação das mucosas para detecção de anemia;
vii. Medição da tensão arterial;
viii. Avaliação de edema.
c. Pedir e interpretar os seguintes testes:
i. Urina II , hemograma , bioquímica , RPR e HIV.
d. Fazer controlo periódico da mulher grávida, incluindo pesquisa de malária e infecção
urinária e ITS se for indicado;
e. Controlar a vacinação contra o tétano e administrar aos 2 meses e aos 6 meses, se
necessário, com um máximo de 5 doses;
f. Administrar os tratamentos preventivos incluindo ferro/ácido fólico, mebendazol,
tratamento profiláctico para malária, cotrimoxazol, PTV;
g. Classificar e referir, segundo as normas nacionais.

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3. Diagnosticar, tratar ou dar seguimento às patologias indicadas no anexo I, com atenção
especial às seguintes tarefas:
a. Elaborar possíveis hipóteses de diagnóstico, com base na anamnese, no exame físico
e diagnóstico diferencial;
b. Usar e interpretar resultados dos meios auxiliares de diagnóstico;
c. Criar um plano de tratamento / conduta, de acordo com a sua competência, baseado
no diagnóstico diferencial;
d. Reconhecer as situações de gravidez anormal e de alto risco;
e. Criar e explicar ao paciente um plano de alta:
i. Resumo do tratamento;
ii. Seguimento;
iii. Prevenção e controlo da doença.
4. Dar assistência durante todas as fases do parto incluindo:
a. Diagnosticar as dores do parto normal, estágio do parto e saber a diferença entre parto
verdadeiro e falso.
b. Reconhecer e gerir ou referir um parto prematuro (ruptura precoce de membranas).
c. Administrar os ARVs para a profilaxia ou tratamento do HIV, em caso de mãe HIV
positiva, dependendo se está ou não está em TARV;
d. Controlar a evolução do parto através das contracções, do toque vaginal se for indicado e
registar correctamente no partograma;
e. Identificar, através do partograma, um trabalho de parto normal e anormal e referir em
caso de partograma com padrão anormal;
f. Realizar um parto normal e detectar um trabalho de parto arrastado e referir;
g. Prestar cuidados imediatos de parto à mãe e ao recém-nascido e dar seguimento em
consulta de puerpério;
h. Identificar as indicações e contra-indicações para executar amniotomia, e executá-la se
necessário;
i. Identificar as indicações e contra-indicações para executar a episiotomia e executá-la se
necessário;
j. Identificar apresentações e posições anormais do feto e referir;
k. Executar a manipulação activa do terceiro estágio do trabalho de parto;
l. Identificar e gerir o 4º estágio normal e anormal do parto e puerpério imediato (<24h)
normal e patológico, suas causas, complicações e tratamento;
m. Aplicar as normas de biosegurança em todos os estágios do parto.
5. Reconhecer as situações de parto complicado e prestar cuidados imediato.
6. Prestar os cuidados pós-operatórios a uma mulher após uma cesariana.
7. Prestar os cuidados imediatos ao recém-nascido normal e reconhecer, tratar e referir as
eventuais condições patológicas incluindo:
a. Avaliar o recém-nascido logo após o nascimento, incluindo os sinais vitais, o índice de
Apgar e prestar os cuidados de rotina ao recém-nascido normal;
b. Realizar o exame físico completo do recém-nascido à nascença, estabelecer a idade
gestacional;
c. Identificar os sinais e sintomas de emergência no recém-nascido ;
d. Praticar a reanimação neonatal;
e. Planificar e organizar a transferência hospitalar de um recém-nascido;

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f. Avaliar as condições patológicas neonatais mais frequentes que se podem apresentar logo
após o parto ou nas primeiras horas de vida, estabilizar e tratar ou referir tais condições
conforme a lista de doenças pediatricas no anexo 1
g. Administrar a profilaxia ARV ao recém-nascido filho de mãe HIV positiva e aconselhar a
mãe sobre os cuidados de seguimento (alimentação, cotrimoxazol, diagnóstico precoce,
consultas na CCR);
h. Aconselhar uma mãe com TB pulmonar sobre a profilaxia com INH para o seu bebé e as
contra-indicações da vacina BCG;
i. Avaliar os sinais e sintomas da TB em bebé exposto a mãe com TB pulmonar.
8. Fazer a consulta pós-parto (7 dias após o parto) incluindo:
a. Prestar cuidados básicos pós-parto à mãe e ao recém-nascido;
b. Verificar o estado da vacina contra a tuberculose da criança;
c. Avaliar eventuais efeitos colaterais da profilaxia com INH, em caso do bebé de mãe com
TB pulmonar e apresentando sinais e sintomas de TB;
d. Verificar a administração da profilaxia com ARV, na mãe e no bebé, em caso de mãe
HIV positiva e seus efeitos colaterais;
e. Aconselhar a mãe HIV positiva sobre o diagnóstico precoce e os cuidados para o seu
bebé, incluindo cotrimoxazol e seguimento na CCR;
f. Aconselhar sobre os diferentes métodos de planeamento familiar e sobre o reinício da
actividade sexual;
g. Identificar sinais e sintomas e causas de complicações do puerpério;
h. Diagnosticar e tratar ou referir as complicações do puerpério:
i. Infecções puerperais, hematoma vulvo-vaginal, patologias da mama (mastites,
abcesso mamário, ingurgitamento mamário, fissuras), tromboflebites e embolia
pulmonar, psicose, fístulas vesicovaginal e rectovaginal.
9. Conhecer o Programa de Saúde Sexual e Reprodutiva, as estratégias para melhorar a saúde
materno infantil e seus indicadores.

Sistema Reprodutor Masculino:


1. Diagnosticar e tratar as patologias indicadas no anexo I, com atenção especial às seguintes
tarefas:
a. Elaborar possíveis hipóteses de diagnóstico com base na anamnese, no exame físico e
diagnóstico diferencial;
b. Usar e interpretar resultados dos meios auxiliares de diagnóstico
c. De acordo com a sua competência, criar um plano de tratamento / conduta, baseado no
diagnóstico diferencial
d. Criar e explicar ao paciente um plano de alta
i. Resumo do tratamento
ii. Seguimento
iii. Prevenção e controle da doença
2. Reconhecer ou suspeitar emergências e executar as intervenções médicas imediatas e
referir/transferir como apropriado
3. Aconselhar o paciente para as seguintes situações:
a. Principais aspectos da prevenção do HIV/ITS;
b. Planeamento familiar e métodos anticoncepcionais;

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c. Prevenção secundária para pacientes com ITS;
d. Os riscos e benefícios da circuncisão e cuidados do adulto recentemente circuncidado.
6. Área de traumatologia
1. Diferenciar uma situação de emergência e não de emergência e entre as emergências médicas
e cirúrgicas.
2. Diagnosticar e tratar as patologias indicadas no anexo I com atenção especial às seguintes
tarefas:
a. Elaborar possíveis hipóteses de diagnóstico com base na história e no exame físico
(diagnóstico diferencial);
b. Dar assistência imediata a situações de emergências e estabilizar o paciente, incluindo os
primeiros socorros (ABCD);
c. Usar e interpretar resultados dos meios auxiliares de diagnóstico;
d. Criar um plano de tratamento para o paciente, baseado no diagnóstico diferencial,
e. Avaliar a condição do paciente (incluindo hospitalização e referência);
f. Criar as condições necessárias para, no caso de estar indicada, realizar uma transferência
com garantias;
g. Criar e explicar ao paciente o plano de acompanhamento e a forma de prevenir e controlar
a doença;
3. Reconhecer uma situação de Trauma e Politrauma;
4. Diagnosticar, estabilizar e tratar ou referir os traumas/politraumas indicados no anexo I com
atenção especial as seguintes tarefas:
a. Efectuar primeiros socorros (ABCD) nas vítimas de traumas;
b. Recolher uma história clínica que identifique as circunstâncias de um trauma, a gravidade
e/ou o grau de risco sobre vida do doente;
c. Recolher os sinais clínicos numa sequência lógica que o permita tomar decisões imediatas
de salvamento ou para atenuar a progressão de um estado choque pós-trauma;
d. Fazer uma abordagem sistemática do doente traumatizado/politraumatizado usando o
ABCD, avaliar a sua gravidade usando o e estabelecer a conduta e cuidados imediatos de
salvamento;
e. Distinguir um trauma externo do interno e presumir o segmento ao órgão afectado e sua
gravidade;
f. Solicitar e interpretar exames laboratoriais e complementares necessários em cada caso.

7. Tarefas do TM na Área de HIV/SIDA


1. Demonstrar aptidão na abordagem clínica do paciente HIV positivo:
a. Abrir um ‘processo clínico’ para um paciente recentemente diagnosticado;
b. Colher uma anamnese e efectuar um exame físico, incluindo:
i. Avaliação da queixa principal;
ii. História da doença actual;
iii. História clínica antecedente – Incluindo, antecedentes ginecológicos e
obstétricos, data do diagnóstico para HIV, história de infecções oportunistas,

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antecedentes de tratamento, antecedentes de internamento, exames laboratoriais
efectuados que sejam relevantes;
iv. História psicossocial, incluindo aspectos específicos relacionados com
HIV/SIDA:
1. Ambiente familiar;
2. Detalhada história sexual e de exposição;
3. Medidas para prevenção e redução do risco;
4. Ambiente psicossocial, estigma, apoio social.
v. Historia familiar;
vi. Exame Físico – com capacidade de reconhecer os sinais e sintomas específicos
de:
1. Abordagem sistemática do paciente com HIV;
2. Infecções oportunistas (IOs);
3. Reacções adversas ao Tratamento Anti-retroviral (TARV).
c. Utilização e interpretação dos meios auxiliares de diagnóstico:
i. Testes Laboratoriais;
ii. Testes Radiológicos.
d. Executar técnicas especializadas de diagnóstico:
i. Punção Lombar;
ii. Toracocentese;
iii. Paracentese.
e. Desenvolver um diagnóstico diferencial;
f. Tomar uma conduta terapêutica;
g. Transferir adequadamente pacientes em estado grave ou de estadio IV para outros
clínicos ou serviços de cuidados especializados;
h. Registar a ficha clínica do paciente de forma apropriada e ser capaz de transmitir
claramente a informação médica aos outros clínicos, no caso de transferência ou
partilha de cuidados;
i. Desenhar um plano de alta compreensivo e seguro;
j. Determinar o acompanhamento adequado.
2. Ser capaz de pedir os seguintes testes e interpretar os seus resultados de forma rigorosa:
a. Testes básicos para avaliação e acompanhamento de pacientes com HIV (Teste de
diagnóstico rápido HIV, ELISA, CD4, hemograma, ALT, AST, bilirubina, amilase,
glicose, trigliceridos, colesterol, lactato, urinálise, tinta de china, etc.);
b. Radiografia (torácica, abdominal, vertebral e de extremidades);
c. Esfregaço de expectoração para tuberculose;
d. RPR;
e. Exame das fezes para detecção de ovos e parasitas.
3. Demonstrar aptidão para aconselhamento, incluindo:
a. Aconselhamento pré-teste HIV;
b. Aconselhamento pós-teste HIV;
c. Aconselhamento pré-TARV;
d. Aconselhamento pós-TARV de adesão ao tratamento;
e. Profilaxia pós-exposição;
f. Aconselhamento preventivo geral para HIV/ITS.
4. Cuidar do paciente HIV positivo (incluindo profilaxia e tratamento de infecções oportunistas
e condições associadas):
a. Estadios Clínicos:

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i. Paciente adulto com HIV;
ii. Mulher grávida com HIV;
iii. Criança exposta ou infectada por HIV*;
iv. Reconhecer pacientes em estadio IV, gravemente doentes, a necessitar
transferência para serviços com níveis de cuidados mais elevados.
b. Diagnóstico presuntivo ou definitivo e tratamento de IOs nos adultos abaixo do estadio
IV:
i. Tuberculose:
1. Tuberculose pulmonar;
2. Tuberculose extra pulmonar ou disseminada;
3. Tuberculose do sistema nervoso central (meningite).
ii. Sarcoma de Kaposi:
1. Cutâneo;
2. Visceral;
3. Pulmonar.
iii. Meningite por Cryptococcus ou Criptococcose extra pulmonar;
iv. Pneumonia por Pneumocystis jiroveci (Pneumocistose);
v. Candidíase (Aftas, Esofagite);
vi. Zona, ou infecção por Varicela Zóster;
vii. Infecção pelo Vírus Herpes Simplex;
viii. Encefalopatia /demência por HIV;
ix. Leucoencefalopatia multifocal progressiva;
x. Infecção aguda por HIV;
c. Diagnóstico presuntivo ou definitivo e tratamento de IOs nas crianças menos estadio
IV:
i. Tuberculose;
ii. Sarcoma de Kaposi;
iii. Pneumonia por Pneumocystis jiroveci (Pneumocistose);
iv. Pneumonia intersticial linfocitica (LIP);
v. Encefalopatia por HIV;
d. Diagnóstico e tratamento de IOs nas mulheres grávidas abaixo do estadio IV:
e. Diagnosticar e tratar as seguintes condições associadas:
i. Malária;
ii. Sífilis.
f. Prescrição de tratamento profilático para IOs em adultos;
g. Prescrição de tratamento profilático para IOs em crianças*;
h. Prescrição de tratamento profilático para IOs em mulheres grávidas;
i. Iniciar correctamente a profilaxia com Cotrimoxazol, ou Dapsona:
i. Identificar indicações e contra-indicações para a profilaxia com cotrimoxazol;
ii. Iniciar dapsona em pacientes com contra-indicações para cotrimoxazol;
iii. Diagnosticar e tratar reacções adversas (1 e 2) ao cotrimoxazol e/ou dapsona;
iv. Reconhecer as indicações para suspender cotrimoxazol ou dapsona em
pacientes com Síndrome de Reconstituição Imunitária.
j. Prescrição de tratamento profilático para a Tuberculose c com isoniazida:
i. Executar o despiste da TB activa para pacientes com HIV;
ii. Identificar indicações e contra-indicações para a profilaxia com isoniazida;
iii. Iniciar isoniazida nos pacientes elegíveis.
5. Tratamento Anti-retroviral (TARV):

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a. Prescrever TARV a um paciente adulto;
b. Prescrever TARV a um paciente pediátrico;
c. Prescrever TARV a uma mulher grávida;
d. Prescrever TARV a um paciente com Tuberculose;
e. Identificar interacções entre medicamentos TB-TARV e recomendar as alterações
adequadas ao tratamento;
f. Identificar indicações e contra-indicações para TARV de primeira linha e para
tratamentos de primeira linha alternativos;
g. Iniciar uma alternativa ao tratamento de primeira linha (D4T, EFV);
h. Referir pacientes que necessitam TARV, mas têm contra-indicações para ambos o
tratamento de primeira linha e tratamento de primeira linha alternativo;
i. Diagnosticar e tratar reacções adversas ao TARV:
i. Gerir efeitos secundários do TARV, de 1º e 2º grau;
ii. Referir efeitos secundários do TARV, de 3º e 4º grau.
j. Diagnosticar e tratar pacientes com Síndrome Inflamatória de Reconstituição
Imunitária (SIRI);
k. Seguimento de pacientes em TARV de segunda linha;
l. Coordenar a atenção ao paciente sob TARV, com outra atenção medica indicada;
m. Seguimento de pacientes em TARV (adulto, pediátrico, mulher grávida):
i. Seguimento clínico;
ii. Seguimento laboratorial (adequada monitorização e interpretação das
contagens de CD4);
iii. Monitorar a adesão ao tratamento.
n. Seguimento de pacientes que não estão em TARV;
o. Diagnosticar suspeita má adesão ao tratamento;
p. Cuidar dos pacientes internados;
i. Estabilizar pacientes em estado crítico e eventualmente os encaminhar para os
serviços de cuidados adequados;
ii. Cuidar dos pacientes internados nas enfermarias de Medicina, Cirúrgia e
outros.
6. Prevenir a transmissão do HIV de mãe-para-filho e dar acompanhamento à criança exposta:
a. Reconhecer o prognóstico correcto para bébés recém-nascidos de mães com HIV e
aconselhar as mães de forma apropriada;
b. Elaborar uma história clínica e exame físico completos de uma mulher sero-positiva
grávida;
c. Executar os testes laboratoriais adequados da mãe sero-positiva:
i. Testagem do HIV com teste rápido;
ii. Contagem CD4;
iii. RPR.
d. Fazer o estadiamento clínico da mulher grávida seropositiva;
e. Determinar quais são as mulheres grávidas sero-positivas elegíveis para a terapia anti-
retroviral;
f. Diagnosticar e tratar IOs nas mulheres grávidas seropositivas abaixo do estadio IV;
g. Transferir ou referir a paciente para outros níveis de atenção (casos complexos, ou a
necessitar reencaminhamento);
h. Avaliar e acompanhar a criança exposta ao HIV*:
i. Efectuar o diagnóstico apropriado e testar a criança exposta ao HIV;
ii. Estadiamento da criança infectada;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 27


iii. Prescrever a profilaxia com AZT para a criança exposta;
iv. Prescrever a profilaxia com cotrimoxazol para a criança exposta;
v. Prescrever ART para o paciente pediátrico elegível.
7. Demonstrar aptidões administrativas e de gestão, incluindo:
a. Executar actividades administrativas ao nível distrital e/ou provincial:
i. Partilhar a responsabilidade entre os programas ITS/HIV/SIDA;
ii. Coordenar as actividades de cuidados domiciliários;
iii. Coordenar com o programa nacional de combate à TB (PNCT);
iv. Coordenar os programas de PTV;
v. Ser membro do comité TARV; aconselhar o comité para a adesão ao TARV.
b. Participar em programas de adesão ao TARV:
i. Monitorar o envolvimento comunitário no seguimento de pacientes que
abandonam o TARV;
ii. Coordenar as actividades de seguimento de pacientes com problemas de
adesão;
iii. Coordenar as actividades de busca activa de faltosos e abandonos.
c. Executar outras funções administrativas:
i. Avaliação dos MMIAS (Mapa Mensal de Informação ARV);
ii. Convocar e liderar o Comité TARV onde não há médico;
iii. Visitar postos satélite do serviço de TARV;
iv. Controlo do stock de impressos do paciente com HIV;
v. Coordenar e/ou elaborar um resumo mensal dos movimentos de pacientes com
HIV;
vi. Coordenar os pedidos de impressos;
vii. Coordenar os pedidos de medicamentos para pacientes com HIV.

8. Área de Medicina Legal:


1. Confirmar os óbitos intra- e extra-hospitalares e emitir parecer sobre a causa da morte, tendo
em conta os sinais, a historia clínica e a informação fornecida pelos familiares e outros
acompanhantes e preenchimento de certificados de óbito.
2. Integrar-se nas equipas da polícia de investigação criminal para observar no caso de
ocorrência de óbitos extra-hospitalares e emitir parecer sobre a causa da morte (tendo em
conta os sinais visíveis no óbito – não executam autópsias).
3. Examinar vítimas de agressões físicas (incluindo agressões sexuais – violação e tentativa de
violação) e emitir parecer médico ou certificação de assistência da primeira intenção.
4. Examinar e emitir uma guia de transferência com seu parecer para o médico legista mais
próximo, em caso de incapacidade permanente e doenças profissionais.
5. Examinar pacientes e emitir atestados médicos, segundo as normas hospitalares vigentes e
emitir guias de transferência, em casos de necessidade de seguro médico.
6. Denunciar as suspeitas de más práticas médicas e condutas de enfermagem, de acordo com o
seu nível de conhecimento.
7. Fazer a avaliação e emitir parecer em caso de necessidade de interrupção da gravidez, se a lei
o permitir. Sugerir a interrupção da gravidez em circunstâncias especiais.
8. Fazer a avaliação e parecer em casos suspeitos de infanticidio, tendo em conta os sinais que o
infante apresente.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 28


9. Fazer avaliação quando se tratar de aborto ilegal, baseando-se em sinais colhidos durante o
exame visual, informação fornecida pela policia, familiares e acompanhantes, no caso de
aborto ilícito.
10. Fazer a investigação e referência aos Serviços de Acção Social de casos suspeitos de abuso ou
negligência de crianças, deficientes físicos ou mentais, idosos e pessoas sofrendo de
invalidez.
11. Fazer uma revisão da organização do poder judicial em Moçambique, desde a localidade até
ao centro. Saber em que situações e circunstâncias poderão abordar cada um desses sistemas.
9. Área de administração e gestão
1. Tramitar expedientes e correspondências, incluindo:
a. Organizar um sistema de registo e arquivo de correspondência;
b. Seguir a hierarquia de autorizações nas seguintes unidades sanitárias (CS tipo II, Hospital
Rural, DDS, DPS).
2. Funcionar dentro das normas, estruturas, e hierarquias da sua unidade sanitária e do sistema
nacional de saúde incluindo:
a. Tomar decisões dentro da sua competência;
b. Solicitar aprovações/autorizações aos níveis de correctos de hierarquia;
c. Encaminhar informações aos níveis e departamentos correctos;
d. Encaminhar correspondências e transmitir diversas informações aos quadros indicados;
e. Transferir pacientes aos níveis de referência, de acordo com a patologia suspeita.
3. Planificar, organizar, coordenar, supervisionar e monitorar actividades e serviços para
maximizar o desempenho, a eficiência e a eficácia:
a. Orientar a equipa de planificação acerca do processo de planificação;
b. Preparar e implementar um diagnóstico de necessidades;
c. Avaliar forças e fraquezas institucionais;
d. Elaborar um plano anual;
e. Controlar o desempenho do plano, na base de actividades e indicadores do desempenho;
f. Redigir relatórios sobre as actividades realizadas e as metas alcançadas.
4. Administrar recursos humanos, incluindo:
a. Divulgar, supervisionar e controlar o cumprimento dos deveres e direitos dos
trabalhadores, conforme o REGFAE (Regulamento do Estatuto Geral dos Funcionários e
Agentes do Estado);
b. Instruir procedimentos disciplinares;
c. Divulgar a hierarquia técnica/profissional;
d. Orientar os novos funcionários nas rotinas básicas da US;
e. Controlar a assiduidade conforme a lei do trabalho;
f. Organizar e elaborar as diversas escalas de trabalho, de forma garantir um pleno
funcionamento da US;
g. Resolver de forma harmoniosa os conflitos entre colegas ou entre pacientes e funcionários
(usando estilo de liderança apropriado ao contexto);
h. Elaborar planos de licença disciplinar e controlo de efectividade;
i. Controlar as ausências por diversas causas;
j. Gerir queixas da comunidade e de pacientes/familiares em relação aos serviços;
k. Motivar e fornecer suporte (moral e outro) aos colegas do serviço;
l. Fazer a supervisão técnica dos seus subordinados;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 29


m. Elaborar propostas de colocação e movimentação de pessoal, de acordo com as exigências
dos serviços;
n. Elaborar os planos de formação continua dos seus subordinados;
o. Elaborar propostas de progressão dos seus subordinados;
p. Participar em consultas comunitárias e nos planos de melhoramento de serviços;
q. Executar várias técnicas de resolução de conflitos entre a comunidade e a US, de forma a
que todos os intervenientes sejam escutados e que as soluções sejam imparciais.
5. Administrar instalações, materiais e equipamentos das Unidades Sanitárias incluindo:
a. Verificar e aprovar requisições para todo o material;
b. Controlar o preenchimento correcto atempado das fichas de controlo de stock;
c. Verificar, resumir e aprovar os planos de necessidades de materiais consumíveis para sua
US e a sua área de saúde (PAV, SMI, enfermagem, farmácia, laboratório, raio-X se,
limpeza);
d. Elaborar os planos de distribuição de produtos consumíveis para sua US e a sua área de
saúde;
e. Supervisionar e analisar a utilização do material (através do movimento de requisições e
fichas de stock);
f. Elaborar a proposta de planos de manutenção de imóveis;
g. Elaborar propostas para manutenção/reparações/reposição de equipamentos.
6. Desenvolver planos de gestão e administração financeira incluindo:
a. Em conjunto com os membros do seu colectivo elaborar a proposta do orçamento e
previsão de alocação e fluxo de fundos de acordo com as necessidades;
b. Monitorar o fluxo e a aplicação correcta de fundos;
c. Monitorar a aplicação de normas de contabilidade;
d. Verificar e aprovar as requisições de fundos de funcionamento;
e. Verificar e aprovar as requisições de pagamento;
f. Verificar o preenchimento correcto de livros de escrituração obrigatória;
g. Verificar e aprovar o processamento de salários e outras remunerações.
7. Organizar e supervisionar serviços clínicos incluindo:
a. Estruturar as actividades clínicas de acordo com o nível de unidade sanitária;
b. Organizar a funcionalização do organigrama clínico;
c. Elaborar e supervisionar as escalas clínicas;
d. Organizar e supervisionar o sistema de controlo de medicamentos críticos incluindo
níveis e qualidade de prescrição (estupefacientes, medicamentos para epidemias, etc...);
e. Liderar a coordenação intersectorial para responder à demanda de serviços;
f. Convocar e facilitar reuniões clínicas (discutir casos ou problemas de diferentes serviços);
g. Fazer a revisão de processos clínicos;
h. Fazer a análise e tomar decisões de transferência e evacuações de doentes;
i. Fazer a divulgação e controlo de cumprimento de protocolos terapêuticos;
j. Controlar o cumprimento de normas de biossegurança);
k. Fazer a monitoria das taxas de:
i. Mortalidade intra-hospitalar;
ii. Utilização de serviços (TMP, TOC, etc.).
8. Supervisionar Unidades Sanitárias periféricas, incluindo:
a. Supervisionar as actividades clínicas;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 30


b. Verificar o preenchimento correcto da documentação clínica;
c. Verificar a qualidade das prescrições;
d. Verificar o funcionamento dos sistemas administrativos;
e. Resolver problemas logísticos da US;
f. Desenvolver as relações comunitárias.
9. Administrar o Sistema de Informações de Saúde (SIS), incluindo:
a. Preencher registos que alimentam o “Pacote Básico” do SIS;
b. Arquivar processos e fichas que alimentam o SIS;
c. Preencher os impressos do “Pacote Básico” do SIS;
d. Treinar e supervisionar os quadros de saúde no preenchimento dos livros de registo e
impressos da sua área;
e. Utilizar o Pacote Básico do SIS para lançar dados e produzir os relatórios relevantes;
f. Interpretar e explicar os relatórios e gráficos do pacote básico aos colegas;
g. Facilitar a reunião do núcleo de planificação estatística da US onde trabalha;
h. Elaborar relatórios estatísticos descritivos semestralmente e anualmente para apresentação
a outros níveis hierárquicos.
10. Área de Saúde Comunitária
1. Coordenar os serviços curativos com os serviços preventivos da saúde (ao nível distrital,
municipal e provincial).
2. Coordenar os serviços de saúde com os outros serviços da sua área de jurisdição
(Administração Distrital, Administração Municipal).
3. Efectuar o reconhecimento da Área de Saúde, em coordenação com os outros Técnicos de
Saude.
4. Orientar e supervisionar o trabalho dos Agentes de Medicina Preventiva (AMP) na promoção
de actividades de higiene ambiental.
5. Orientar e supervisionar o trabalho dos Agentes de Medicina Preventiva (AMP) na emissão
de Boletins de Sanidade.
6. Em colaboração com outros membros da Equipa de Saúde, realizar as actividades de Saúde
Escolar e do Trabalhador.
7. Orientar e supervisionar o trabalho das vacinações, segundo as orientações dos Programa
Alargado de Vacinações (PAV) e Nutrição.
8. Interpretar os Boletins Epidemiológicos Semanais, Mensais e Trimestrais para a tomada de
decisões de controlo e tratamento de casos de doenças.
9. Controlo de Surtos:
a. Planificar e gerir a resposta a surtos comunitários de doenças comuns como cólera,
meningite, sarampo, diarréias/disenteria, e conjuntivite.
b. Planificar e gerir a resposta a surtos institucionais (no hospital, nas escolas, nas cadeias, e
outras instituições similares) .
10. Estabelecer relacionamento profissional com os líderes comunitários, parteiras tradicionais,
praticantes de medicina tradicional (PMTs) para motivá-los, com vista à facilitação e
empenho no trabalho de mobilização das comunidades.
11. Apresentar e interpretar dados estatísticos através de:
a. Tabelas simples e de correlação (2X2);
b. Gráficos: histograma de barras, circulares e lineares. (XY).
12. Calcular, interpretar e explicar os seguintes indicadores de estado de saúde duma população:
Incidência, prevalência, taxa de ataque, taxas de mortalidade geral/ materno/ infantil.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 31


13. Explicar a importância de saúde pública, incluindo os conceitos de determinantes de saúde e
factores de risco (usando exemplos como saneamento, higiene, etc.)
14. Explicar a epidemiologia e os meios de controlo e prevenção ao nível comunitário e
individual das seguintes endemias e epidemias do país (TB, malária, cólera, sarampo,
meningite, ITS-HIV-SIDA e Doenças Negligenciadas.
11. Área de Ensino:
O Técnico de Medicina será capaz de ministrar as disciplinas do curso e supervisionar estagiários
dos cursos de Técnicos de Medicina, Agentes de Medicina e Enfermagem, do nível básico e
médio. Para tanto se requer que seja capaz de :
1. Identificar as competências a serem desenvolvidas pela disciplina em foco;
2. Identificar e desenvolver objectivos de aprendizagem MARTE para alcançar as competências;
3. Preparar os respectivos planos de aula;
4. Seleccionar os conteúdos a serem leccionados aos alunos para alcance dos objectivos de
aprendizagem;
5. Organizar os conteúdos de forma que facilitem aprendizagem;
6. Seleccionar métodos de ensino apropriados aos objectivos de aprendizagem;
7. Identificar e utilizar métodos expositivos e participativos de ensino e aprendizagem de
maneira eficaz, para cada conteúdo;
8. Elaborar textos de apoio;
9. Explicar acerca do funcionamento da Unidade Sanitária em que trabalha;
10. Integrar os objectivos do estágio com a teoria estudada na sala de aula;
11. Executar uma simulação clínica;
12. Explicar as técnicas e o raciocínio clínico ao longo da execução das tarefas clínicas;
13. Observar e fornecer retro-informação;
14. Elaborar e facilitar a discussão de casos clínicos;
15. Avaliar a aprendizagem do estudante e adaptar os planos de aulas, se necessário;
16. Avaliar objectivamente os estagiários, usando materiais de avaliação padronizados (fichas de
avaliação e guiões de aprendizagem).

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 32


4. CRONOGRAMA GERAL DO CURSO

Semestre I Semestre II Semestre III


Horas Disciplinas Horas Disciplinas Horas
Disciplinas lectiva lectivas lectivas
s
Seminário Preparatório Inicial 70 Dermatologia 54 Gestão e Administração I 47
Anatomia e Fisiologia 98 Sistema Gastrointestinal 81 Neurologia 35
Primeiros Socorros e Saúde Sexual e Reprodutiva - I 54 Sistema Musculo-esquelético e 35
Enfermagem 70 Sistema Reprodutor Feminino Tecidos Moles
Deontologia e Ética Profissional 28 Saúde Sexual e Reprodutiva - II 54 Otorrinolaringologia e Oftamologia 35
I Obstetrícia
Meios Diagnósticos Auxiliares Saúde Sexual e Reprodutiva - III 27 Estomatologia 31
42 Sistema Reprodutor Masculino
Introdução às Ciências Médicas 70 Sistema Cardiovascular 54 Hematologia e Oncologia 31
Saúde da Comunidade 56 Sistema Respiratório 54 Saúde Mental 62
Semiologia I: Anamnese 54 Procedimentos Clínicos 84 Doenças Infecciosas 62
Semiologia II: Exame Físico 107 Deontologia e Ética Profissional 28 Endocrinologia 24
II
Avaliação e Manejo dos Doentes 93
com HIV e SIDA
Discussão de Estágio 40 Discussão de Estágio 70 Discussão de Estágio 80
Estágio Parcial 100 Estágio Parcial 175 Estágio Parcial 200
SUBTOTAL 735 SUBTOTAL 735 SUBTOTAL 735

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 33


Semestre IV Semestre V
Horas Disciplinas Horas
Disciplinas lectiva lectivas
s
Sistema Urinário 62 Gestão e Administração III 35
Pediatria 330 Medicina Legal 35
Geriatria 35 Ensino e Supervisão de Estágio 35
Gestão e Administração II 48 Traumas e Emergências 140
Discussão de Estágio 40
Seminário Pós Estágio Rural 35
Discussão de Estágio 60 Estágio Parcial 100
Estágio Parcial 200 Estágio Rural Integral 280
SUBTOTAL 725 SUBTOTAL 700

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 34


Semestre I
Semanas
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22
1
2
3
4 Anatomia e Fisiologia (7h/sem x 14s = 98h)
5
6
7
8
Seminário Preparatório Inicial * (35h/sem x 2 sem = 70h)

Semiologia II - Exame Físico (9 h/s x 8 s= 72+35=107)


10 Primeiros Socorros e Enfermagem (5h/s x 14s = 70 h)
11
Estágio parcial -
12
Pacientes Internados e
13
Deontologia e Ética Profissional I (2h/s x 14s = 28h) Ambulatório
14 (25h/sem x 4 semanas =
15 100 h)

Exames Finais
16 Meios Diagnósticos Auxiliares (3h/s x 14s = 42h)
Horas

17
18
19
20 Introdução às Ciências Médicas (5h/s x 14s= 70 h)
21
22
23
24 Saúde da Comunidade
25 (4/s x 14 s = 56h)
26
D.E. D.E.
27 D.E.* D.E.
Ant e Meios
28 * Enf Sem
Fisio D.
29 5h/s 5h/s
5h/s 5h/s
30 Semiologia I -
Semiologia II - Exame Físico
31 Anamnese (9h/s x
(9 h/s x 8 s= 72+35=107) D.E. D.E.
32 6 s= 54) D.E. D.E.
Meios Cienc
33 Sem Enf
D. Med.
34 5h/s 5h/s
5h/s 5h/s
35
* O seminário preparatório inicial serve para dotar os alunos com as habilidades de aprendizagem básicas
precisos para ter sucesso no curso. Incluí: Uso de recursos de aprendizagem disponíveis, técnica de
expressão portuguesa, matemática básica, organização de tempo, técnicas de estudo e como fazer provas,
introdução à informática

** Discussão do Estágio (D.E.) o docente da disciplina relevante irá liderar as discussões de casos clínicos ,
apresentações de alunos etc.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 35


Semestre II
Semanas
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22
1
2

Saúde Sexual e Reproductiva I - Sistema Reprodutor Feminino (27h/s x 2 s=54) Total SSR 135h

aúde Sexual e Reproductiva III - sistema Reprodutor Masculino (27h/s x 1 =27) Total SSR 135h
3
4

Saúde Sexual e Reproductiva II - Obstetrícia (27h/s x 2 s=54) Total SSR 135h


5
6
7
8

9
Sistema Gastrointestinal (27h x 3s = 81)

Estágio Parcial - Maternidade


10
Dermatologia (27h x 2 s = 54)

11

(25h x 2s = 50h)
Sistema Cardiovascular

Sistema Respiratório

12
(27h/s x 2s = 54)

(27h/s x 2s = 54)
Estágio parcial - Pacientes
13 Internados e Ambulatório (25h x
14 4s = 100)
15
16
Horas

Exames Finais
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
D.E. D.E. D.E. D.E.
28 D.E. GI
Derm SSR SSR Resp
5h/s
29 5h/s 5h/s 5h/s 5h/s D.E.
Obstetricia
30
e
Procedimentos Clínicos (6h/s x 14 = 84)
31 Ginecologia
32
(10h/s x 2 =
D.E. D.E. D.E. D.E. D.E. 20)
33 GI Cardio Resp Proced Cardio
34 5h/s 5h/s 5h/s 5h/s 5h/s
Deontologia e Ética Professional II (2h/s x 14 sem
35 = 28)

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 36


Semestre III

Semanas
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22
1
2
3
4
5
6
7
8

9
10
11
Doenças Infecciosas (31h x 2 = 62h)

12
Sistema Musculo-esquelético e Tecidos Moles (35h)

Estágio
Hematologia e Oncologia (31h)

Saúde Mental (31h x 2 = 62h)

13 Estágio Parcial Parcial


Otorrinolaringologia e Oftalmologia(35h)

(25h/s x 5 = 125) (25h/s x 3


Estomatologia (31h)

14 Avaliação e = 75)
Gestão e Administração I (35h)

15 Manejo dos
Doentes
16 com HIV e
Neurologia (35h)

Exames Finais
17 SIDA
(31h/s x 3
Horas

18 = 93)
19
20
21
22
23
24
25
26
27
D.E. D.E. D.E. D.E. D.E.
28 Est. Neur SM Inf End
29 5h/s 5h/s 5h/s 5h/s 5h/s
30 D.E: HIV
(10h/s x
31
3s=30)
32 D.E.
D.E. D.E. D.E. D.E. Gestão &
33 Musc Admin
Endocrinologia SM Otor Inf HeO
-Esq (continuação)
34 (4h/s x 6 =24) 5h/s 5h/s 5h/s 5h/s
5h/s (4h x 3s =
35 12h)

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 37


Semestre IV
Semanas
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12 Estágio parcial
Estágio parcial
Sistema Urinário (31h/s x 2 = 62)

(Pediatria e
13 (consultas externas)
serviços de SMI)
(25h/sem x 4 sem =
14 25h/s x 4 sem =
100h)
100h
15
16 Pediatria
(31h/s x 10 = 310h)
Geriatria (35h)

Exames Finais
Horas

17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27 D.E
. D.E. D.E. D.E.
28 GU Ger GU Ger
29 5h/ 5h/s 5h/s 5h/s
s
30
D.E. Pediatria
31 (10h/s x 4s = 40h)
32
33 Pediatria (Parte 2)
Gestão e Administração II (4h/s x 12) = 48 (5h/s x 4s = 20 h)
34
35

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 38


Semestre IV
Semanas
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
Estágio parcial
13 (Banco de Socorros)
Ensino e Supervisão do Estágio (35 h)

14 (25h/s x 4s = 100h)
Gestão e administração III( 35 h)

Seminário Pós Estágio Rural*


15
Medicina Legal (35h)

16

Exames Finais

Exames Finais
17 Traumas e
Horas

18 Emergências
Estágio Rural Integral
(35h/s x 4s
19 =140h)
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29 D.E. Traumas
30 D.E. e
M.L. emergências
31
10h/s (10h/s x 3
32 sem = 30)
33
34
35
* Seminário do Estágio rural integral. Discussão sobre desafios encontradas soluções sobre temas
diversas: por exemplo: gestão/administração, acesso a meios auxiliares etc.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 39


PLANOS TEMÁTICOS DAS
DISCIPLINAS

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 40


1º Semestre

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 41


1º. Semestre
Seminário Preparatório Inicial
Semestre: I
CARGA HORÁRIA
Horas por Duração Total
Semana (semanas) de Horas
Aulas Teórico-Práticas 23, 30 2 51
Avaliação -- -- 2
Sala de Informática 12 1 12
Visita a uma Unidade Sanitária 5 1 5
Número Total de Horas da Disciplina 70 horas
* Neste semestre, os estudantes terão 4 semanas (25h/semana) de estágio nas
enfermarias de pacientes internados e ambulatório.

PRÉ-REQUISITOS:
• Ter finalizado a 10ª. Classe do Sistema Nacional de Educação (SNE) ou equivalente.
DOCENTES:
• Psicopedagogos;
• Técnicos de Medicina com formação em Ensino;
• Outros técnicos de saúde do nível médio e superior com formação em Ensino;
• Convidados com experiência em comunicação em saúde, epidemiologia, investigação e
computação.

COMPETÊNCIAS A SEREM ADQUIRIDAS ATÉ AO FINAL DO SEMINÁRIO:


O Técnico de Medicina será capaz de realizar as seguintes tarefas:
1. Actuar no âmbito da estrutura do Sistema Nacional de Saúde nas acções condizentes com o
seu papel de Técnico de Medicina;
2. Actuar segundo o perfil profissional do Técnico de Medicina;
3. Realizar acções para a melhoria da organização do estudo e optimização da aprendizagem;
4. Realizar acções de apoio à aprendizagem dos conteúdos do curso e do desenvolvimento do
trabalho do Técnico de Medicina.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 42


1º. Semestre
Plano Temático
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Estrutura, 1. Identificar os órgãos componentes do Sistema Nacional de Saúde, quanto às suas 4
Organização e Direcções, Departamentos, Repartições e Programas ao nível nacional, provincial e
Funcionamento do distrital.
Sistema Nacional da 2. Explicar as finalidades dos órgãos da estrutura organizacional do Sistema Nacional de
Saúde Saúde.
3. Descrever as características principais dos tipos de Unidades Sanitárias do Sistema
Nacional de Saúde, quanto:
a. Sua localização;
b. Serviços prestados;
c. Composição típica da equipa de saúde;
d. Forma de participação dos Técnicos de Medicina:
Introdução ao i. Hospitais Provinciais;
Sistema Nacional ii. Hospitais Rurais;
iii. Centro de Saúde;
de Saúde de
4. Descrever, em termos gerais, as funções principais do pessoal de saúde do Sistema
Moçambique Nacional de Saúde:
a. Médicos, Técnicos de Medicina e Agentes de Medicina;
b. Enfermeiros (Médios e Básicos);
c. Enfermeiras de SMI;
d. Técnicos e Agentes da Medicina Preventiva;
e. Técnicos e Agentes da Farmácia;
f. Técnicos e Agentes de Laboratórios;
g. Dentistas, Agentes e Técnicos de Odontoestomatologia;
h. Outros trabalhadores de saúde;
i. Outros colaboradores do sistema.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 43


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Papéis e 1. Descrever o trabalho do Técnico de Medicina, quanto ao seu papel e 2
Responsabilidades responsabilidades no Sistema Nacional de Saúde e junto à população.
do Técnico de 2. Identificar o campo de acção dos Técnicos de Medicina;
Medicina 3. Listar e explicar as principais funções e tarefas sob a responsabilidade do Técnico de
Medicina, no âmbito de:
O Trabalho do a. Tarefas Técnicas/Clínicas nas áreas de Enfermagem, Clínica Médica-
Técnico de Cirúrgica, Psiquiatria, Pediatria, Obstetrícia – Ginecologia, Traumatologia,
Medicina HIV/SIDA, Medicina Legal;
b. Tarefas na área de administração e gestão;
c. Tarefas na área de Saúde Comunitária;
d. Tarefas na área de Ensino.

Introdução ao 1. Listar os módulos do curso 2


O Curso de Currículo do Curso 2. Explicar os conteúdos básicos, a organização e objectivos dos módulos do Curso;
Formação do de Técnico de 3. Descrever as principais actividades de ensino - aprendizagem das aulas teóricas, aulas
Técnico de Medicina práticas no laboratório humanístico, e estágios parciais e integrais;
Medicina 4. Descrever, em termos gerais, os procedimentos de avaliação da aprendizagem dos
alunos no curso.

Estratégias de 1. Localizar livros, artigos e outros materiais bibliográficos, através do uso de bibliotecas 15
Organização do e de internet, quando possível.
Estudo 2. Aplicar técnicas de busca de informação em textos, livros, manuais de referência,
dicionários, relatórios, atlas, entre outras fontes de informação.
3. Organizar o tempo, planificar actividades e definir prioridades.
Estudo Eficaz 4. Utilizar procedimentos para analisar, relacionar, criticar e sintetizar informações e
conhecimentos.
5. Tomar notas das aulas e outras situações de ensino – aprendizagem.
6. Elaborar e fazer apresentações em plenária.
7. Desenvolver estratégias para maximizar a capacidade de realizar exames. (ler todas as
perguntas, ler e seguir instruções, dividir o tempo, iniciar com as perguntas que
conhece as respostas, entre outras).

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 44


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Sala daIinformática 1. Utilizar as funções básicas da computação para produção de textos, tabelas, 12
apresentações e pesquisa, incluindo:
a. Ligar, desligar o computador;
b. Utilizar funções básicas de Windows, tais como, abrir programas, gravar, copiar
Computação arquivos, fazer tabelas, imprimir textos, entre outros;
c. Utilizar funções básicas de Word;
d. Utilizar funções básicas de Excel e Powerpoint;
e. Fazer pesquisas básicas na internet.

Comunicação 1. Distinguir as características da comunicação em geral e da comunicação interpessoal. 8


Interpessoal e 2. Identificar as características dos tipos de comunicação verbal e não verbal.
Expressão Verbal e 3. Identificar os procedimentos para melhorar a comunicação verbal e a não verbal.
Oral 4. Demonstrar a aplicabilidade e as consequências no trabalho e no curso do Técnico de
Medicina da comunicação interpessoal “bloqueadora” e da “facilitadora”.
5. Demonstrar os procedimentos para uma escuta efectiva, no âmbito do trabalho do
Técnico de Medicina, com os utentes, com colegas e membros da equipa.

Desenvolvimento Língua Portuguesa e 1. Demonstrar a comunicação e expressão em português escrito, sem erros ortográficos, 10
de Habilidades Expressão Escrita de concordância e de pontuação.
Básicas 2. Estruturar um argumento escrito.
3. Escrever documentos e relatórios de actividades sob a responsabilidade do Técnico de
Medicina.
4. Resumir textos e/ou fazer fichas de leitura de capítulos e artigos, identificando pontos
chave.
5. Escrever correspondências profissionais para o pessoal de Saúde dos vários níveis:
ofícios, convocatórias, avisos e cartas.
6. Elaborar a acta duma reunião, enfatizando pontos de discussão chave, decisões
tomadas e próximos passos.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 45


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Operações 1. Demonstrar o domínio de operações básicas de matemática, com a calculadora ou 10
Matemáticas manualmente, incluindo: somar, subtrair, multiplicar e dividir números inteiros,
decimais e fraccionários.
2. Calcular, descrever e interpretar percentagens, proporções e rácios.
3. Identificar os principais sistemas de medida de materiais líquidos, sólidos e gasosos.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 46


1º. Semestre
ESTÁGIO
• Visita a uma US (Idealmente um Centro de Saúde) - 1 dia;

• Observação das consultas ambulatórias, enfermarias, farmácia, laboratório, administração e


secretaria etc.

AVALIAÇÃO
Avaliação Teórica

• Exame escrito final, com um peso de 60%.

Avaliação Prática

• Um texto resumindo informações pesquisadas pelo aluno na biblioteca, com um peso de


20%;
• Uma carta escrita em Word, com um peso de 10%;
• Uma tabela elaborada em excel, com um peso de 5%;
• Uma apresentação elaborada em Powerpoint, com um peso de 5%.

BIBLIOGRAFIA
Recursos utilizados no desenvolvimento desse Plano Temático, sugestões como
subsídios, e recursos para os professores:
• Bretliner, P. Treinamento dos técnicos de medicina em Moçambique (Training of
Técnicos de Medicina in Mozambique). [Relatório da I-TECH para MISAU]; 2006.
• Davis, Claudia. Psicologia da educação. São Paulo: Cortez; 1997.
• Ministério da Saúde de Moçambique (MISAU). Documentos sobre a estrutura e
programas do Sistema Nacional de Saúde.
• Ministério da Saúde de Moçambique (MISAU). Direcção de Recursos Humanos.
Plano nacional de desenvolvimento de recursos humanos para saúde, 2009-2015.
• Ministério da Saúde de Moçambique (MISAU). Direcção de Recursos Humanos.
Seminário para revisão do perfil profissional do técnico de medicina [relatório]; 2008.
• Ministério da Saúde de Moçambique (MISAU). DNAM. Recomendações da oficina
de trabalho dos técnicos de medicina em relação as suas tarefas profissionais no
âmbito do HIV/SIDA; 2008.
• Ministério da Saúde de Moçambique (MISAU). Direcção de Recursos Humanos.
Perfil profissional do técnico de medicina.
• Ministério da Saúde de Moçambique (MISAU). Currículo de formação básica para
técnicos de medicina em Moçambique.
• Severino, AJ. Metodologia do trabalho científico. 23 ed. São Paulo: Cortez Editora;
2007.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 47


1º. Semestre
• Severino, AJ. A importância do ler e de escrever no ensino superior. In: Sérgio
Castanho; Maria Eugênia Castanho, editors. Temas e textos em metodologia do
ensino superior. Campinas: Papirus; 2001. p. 71-79
• Severino, AJ. Métodos de estudo para o 2o. grau. 5 ed. São Paulo: Cortez; 1999.
• Severino, AJ. O conhecimento pedagógico e a interdisciplinaridade: o saber como
intencionalização da prática. In: Ivani Catarina Arantes Fazenda, editoras. Didática e
interdisciplinaridade. Campinas: Papirus; 1998. p. 31-44.

Sugestão de recursos para os estudantes:


• Ministério da Saúde de Moçambique (MISAU). Direcção de Recursos Humanos.
Perfil profissional do técnico de medicina.
• Dicionário e Gramática da Língua Portuguesa (editada em Portugal ou Moçambique)
• Política nacional de Saúde, MISAU
• Gregório Garcia Maestre. Como falar em público. Lisboa: Edições Agata; 2000.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 48


1º. Semestre
Disciplina de Anatomia e Fisiologia
Semestre: I
CARGA HORÁRIA
Horas por Duração Total
Semana (semanas) de Horas
Aulas Teórico-Práticas 5-6 14 70
Avaliação -- -- 2
Laboratório 1-2 14 24
Avaliação -- -- 2
Discussão de Estágio* 5 1 5
Número Total de Horas da Disciplina 103 horas
* Neste semestre, os estudantes terão 4 semanas (25h/semana) de estágio nas
enfermarias de pacientes internados e ambulatório.

DOCENTES:
• Médicos
• Técnicos de Medicina Especializados em Ensino

COMPETÊNCIAS A SEREM ADQUIRIDAS ATÉ AO FINAL DA DISCIPLINA:


O Técnico de Medicina será capaz de realizar as seguintes tarefas:

1. Demonstrar os conhecimentos anatómicos necessários para realizar correctamente


uma exploração de um paciente, por sistemas;
2. Identificar deficiências anatómicas e fisiológicas na exploração do paciente;
3. Identificar resultados anómalos em análises de sangue e urina.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 49


1º. Semestre
Plano Temático
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Definições 1. Definir embriologia, citologia, histologia, anatomia e fisiologia 0.5

Estrutura e Função 1. Definir célula; 1


Celular 2. Listar os principais componentes celulares:
a. Membrana celular;
b. Citoplasma;
c. Núcleo.
3. Listar os componentes da membrana celular;
4. Descrever a função das proteínas de canal e das proteínas de transporte;
5. Descrever a função dos receptores da membrana;
6. Descrever os processos de transporte activos e passivos;
7. Listar os componentes do núcleo;
8. Listar os componentes do citoplasma;
9. Descrever as funções celulares mais importantes;
10. Descrever o ciclo celular.
Introdução
Diferenciação 1. Descrever os mecanismos de diferenciação celular; 1.5
Celular 2. Explicar a regulação da expressão génica;
3. Definir tecido;
4. Explicar os mecanismos de organização das células em tecidos;
5. Diferenciar os principais grupos de tecidos: epitelial, conjuntivo, muscular, nervoso
e outros;
6. Classificar os tipos de epitélio: simples, estratificado, pseudoestratificado,
escamoso, cúbico, columnar, ciliado, de transição;
7. Listar os tipos de tecido conjuntivo;
8. Diferenciar células dos seguintes tecidos conjuntivos: osso, cartilagem, sangue,
tecido adiposo, tecido conjuntivo frouxo e denso;
9. Diferenciar os tipos de tecido muscular (esquelético, cardíaco e liso);
10. Diferenciar neurónios e neuróglia;
11. Explicar o conceito da biopsia e suas aplicações.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 50


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas

Laboratório 1. Identificar ao microscópio amostras de diferentes tecidos; 2


Multidisciplinar 2. Explicar as diferenças observadas nos vários tipos de tecido.

Homeostase 1. Definir a homeostase; 1


2. Descrever os mecanismos de regulação fisiológica de volume, concentração e
composição do sangue e do fluído extracelular;
3. Descrever os mecanismos de regulação fisiológica da temperatura;
4. Descrever os mecanismos da regulação fisiológica do sono.

Anatomia 1. Identificar a posição do corpo; 1


Topográfica 2. Identificar as superfícies do corpo;
3. Identificar planos e secções corporais;
4. Definir os termos de relação anatómica.

Laboratório 1. Identificar os parâmetros topográficos principais sobre modelos anatómicos. 2


Humanístico
Fundamentos de 1. Definir o estado de zigoto; 1
Embriologia 2. Descrever o processo de clivagem;
3. Definir os estados de mórula, blástula;
4. Descrever o processo de organo-génese.

Pele e Estruturas 1. Descrever a origem embriológica; 4


Acessórias 2. Listar as características da epiderme, derme e hipoderme;
Anatomia e 3. Descrever as funções básicas da pele;
Fisiologia da Pele e 4. Explicar a fisiologia da pele;
Órgãos Anexos 5. Descrever os anexos cutâneos e as suas funções: folículo piloso, glândula
sebácea, glândula sudorípara, unhas;
6. Listar doenças e alterações comuns deste sistema.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 51


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Ossos e Cartilagens 1. Descrever a origem embriológica; 1.5
2. Listar as características dos tecidos ósseo e cartilaginoso;
3. Diferenciar ossos longos, curtos e chatos;
4. Identificar as diferentes camadas do osso;
5. Descrever os processos fisiológicos envolvidos na formação, crescimento e
remodelação dos ossos;
Anatomia e
6. Descrever as funções básicas das cartilagens;
Fisiologia do
7. Identificar os ossos do esqueleto humano e os pontos anatómicos principais.
Sistema
Esquelético
Articulações 1. Definir e classificar as articulações do corpo humano; 1.5
2. Descrever a mecânica e o grau de mobilidade das articulações;
3. Explicar a fisiologia das articulações;
4. Listar as articulações mais importantes;
5. Listar exemplos das alterações comuns deste sistema.

Músculos 1. Descrever a origem embriológica; 2


2. Listar os componentes dos músculos;
3. Diferenciar os distintos tipos de músculo: estriado, cardíaco e liso;
4. Descrever a fisiologia geral do músculo estriado: teoria dos filamentos deslizantes,
contracção muscular;
5. Identificar os diferentes tipos de movimento muscular;
6. Listar os grupos musculares principais;
Anatomia e
7. Descrever as funções dos grupos musculares principais;
Fisiologia do
8. Definir tónus muscular;
Sistema Muscular
9. Descrever a estrutura e a função de um tendão;
10. Descrever a estrutura e a função de um ligamento;
11. Listar exemplos das alterações comuns deste sistema.

Laboratório 1. Identificar ossos e articulações sobre modelos anatómicos; 2


Humanístico 2. Identificar os grupos musculares principais sobre modelos anatómicos.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 52


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Componentes de 1. Descrever a origem embriológica; 3
Sangue e Linfa 2. Descrever as funções do sangue;
3. Descrever as funções da linfa;
4. Listar os componentes líquidos de sangue e linfa;
5. Listar os componentes celulares de sangue e linfa;
6. Listar e definir os parâmetros bioquímicos principais;
7. Descrever a morfologia dos eritrócitos e as suas funções;
8. Explicar o ciclo vital dos eritrócitos;
9. Descrever a morfologia dos leucócitos e as suas funções;
10. Explicar o ciclo vital dos leucócitos;
11. Listar os diferentes tipos de leucócitos;
12. Descrever a morfologia das plaquetas e as suas funções;
13. Explicar o ciclo vital das plaquetas.

Medula Óssea 1. Descrever a estrutura e função da medula óssea; 1


Sangue e Linfa 2. Explicar a fisiologia geral da medula óssea;
3. Explicar o processo de hematopoiese.

Fisiologia da 1. Listar os componentes e as fases da resposta inflamatória; 1


Imunidade 2. Explicar o processo de imunidade humoral e celular;
3. Explicar a resposta não específica;
4. Descrever as características de antígenos e anticorpos;
5. Descrever as funções das amígdalas, do timo, dos linfónodos e do baço, no sistema
imunológico.

Coagulação 1. Explicar a fisiologia da coagulação (hemostasia primária e secundária) 1

Grupos Sanguíneos 1. Identificar os grupos sanguíneos ABO e o factor Rh; 1


2. Explicar os princípios teóricos da transfusão sanguínea.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 53


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Laboratório 1. Identificar e diferenciar células sanguíneas, no microscópio; 2
Multidisciplinar 2. Descrever as características morfológicas principais das células observadas;
3. Determinar o grupo sanguíneo de uma série de amostras de sangue.

Patologia 1. Listar as patologias mais importantes do processo de coagulação e da 1


Sanguínea e da hematopoiese;
Imunidade 2. Listar as principais patologias imunitárias;
3. Descrever a malformação de hemácias na anemia falciforme;
4. Identificar incompatibilidade sanguínea;

Anatomia do 1. Descrever a anatomia do coração e a sua vascularização; 2


Sistema 2. Explicar a estrutura anatómica dos vasos sanguíneos (veias, artérias, vénulas,
Cardiovascular arteríolas e capilares);
3. Identificar os principais vasos sanguíneos que entram e saem do coração;
4. Identificar as artérias principais e as suas zonas de irrigação;
5. Identificar as veias principais e as suas zonas de drenagem.

Fisiologia do 1. Descrever a circulação pulmonar e a circulação sistémica; 3


Sistema 2. Descrever as circulações especiais (portal e fetal);
Anatomia e
Cardiovascular 3. Listar as fases do ciclo cardíaco;
Fisiologia do
4. Identificar os sons cardíacos;
Sistema
5. Definir sístole e diástole;
Cardiovascular
6. Descrever a pressão arterial;
7. Descrever os mecanismos normais de controlo da pressão arterial;
8. Explicar as características da condução dos impulsos eléctricos no músculo
cardíaco;
9. Identificar os factores que influenciam o gasto cardíaco e o fluxo sanguíneo;
10. Explicar o intercâmbio capilar;
14. Listar exemplos de alterações do sistema cardiovascular

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 54


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Sistema Linfático 1. Listar os componentes do sistema linfático; 0.5
2. Identificar as funções do sistema linfático;
3. Identificar os principais grupos de linfónodos do corpo humano.

Laboratório 1. Identificar as principais estruturas cardíacas em modelos anatómicos; 3


Humanístico 2. Identificar zonas de irrigação e de drenagem em modelos anatómicos;
3. Realizar exercícios de auscultação cardíaca com estetoscópio.

Anatomia do 1. Descrever a origem embriológica; 2


Aparelho 2. Descrever a anatomia do tracto respiratório superior e inferior;
Respiratório 3. Listar os volumes e capacidades pulmonares.

Fisiologia do 1. Definir a respiração como um processo bioquímico; 4


Aparelho 2. Explicar o processo de respiração interna ou celular;
Respiratório 3. Explicar o processo de respiração externa ou ventilação;
Anatomia e
4. Descrever a função dos diferentes componentes do aparelho respiratório (fossas
Fisiologia do
nasais até alvéolos);
Aparelho
5. Descrever a função do centro respiratório;
Respiratório
6. Identificar os factores que agem sobre o centro respiratório e influenciam o ritmo e
a profundidade da respiração;
15. Listar exemplos de alterações do sistema respiratório.

Laboratório 1. Identificar as estruturas do aparelho respiratório em modelos anatómicos; 2


Humanístico 2. Realizar exercícios de auscultação pulmonar com estetoscópio.

Anatomia do 1. Descrever a origem embriológica; 2


Aparelho Digestivo 2. Identificar os órgãos do aparelho digestivo;
Anatomia e
3. Descrever a anatomia do aparelho digestivo;
Fisiologia do
4. Identificar os órgãos anexos ao aparelho digestivo.
Aparelho Digestivo

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 55


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Fisiologia da 1. Explicar as funções realizadas na boca, na faringe e no esófago; 2
Digestão 2. Explicar as funções realizadas no estômago;
3. Explicar as funções realizadas no intestino delgado;
4. Descrever as funções do fígado, vesícula biliar e pâncreas;
5. Explicar as actividades realizadas no intestino grosso;
6. Explicar o funcionamento do esfíncter anal;
7. Descrever as influências neurais e hormonais sobre a digestão;
8. Listar exemplos de alterações do sistema respiratório e dos órgãos anexos.

Laboratório 1. Identificar as estruturas do aparelho digestivo em modelos anatómicos; 3


Humanístico 2. Realizar exercícios de palpação e percussão abdominal, diferenciando os diferentes
sons que podem aparecer.

Anatomia do 1. Descrever a origem embriológica; 2


Aparelho Urinário 2. Identificar os órgãos do aparelho urinário;
3. Descrever a anatomia do aparelho urinário, incluindo as diferenças entre os sexos;
4. Descrever a estrutura do rim;
5. Descrever a estrutura do nefrónio.

Fisiologia da 1. Explicar a formação da urina e os processos de filtração, reabsorção e secreção; 2


Produção de Urina 2. Explicar a regulação do fluxo renal;
Anatomia e
3. Identificar os factores que influenciam a formação, concentração e composição da
Fisiologia do
urina;
Aparelho Urinário
4. Explicar a regulação dos balanços hídrico, electrolítico e ácido-base;
5. Explicar a função do rim na regulação da tensão arterial;
6. Descrever as funções dos ureteres e da bexiga;
7. Descrever os processos de enchimento e esvaziamento da bexiga;
8. Descrever a função da próstata no sistema urinário;
9. Listar exemplos de alterações comuns do sistema urinário.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 56


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Laboratório 1. Identificar as estruturas do aparelho urinário em modelos anatómicos; 2
Humanístico 2. Realizar a determinação da densidade e pH de uma amostra de urina.

Anatomia do 1. Descrever a origem embriológica; 2


Aparelho Genital 2. Descrever a anatomia do aparelho genital masculino;
Masculino 3. Descrever a estrutura do testículo.
Anatomia e
Fisiologia do
Fisiologia do 1. Explicar a função do testículo como glândula endócrina; 1
Aparelho Genital
Aparelho Genital 2. Descrever o processo de espermatogénese;
Masculino
Masculino 3. Descrever o processo de ejaculação;
4. Listar exemplos de alterações do aparelho genital masculino.

Anatomia do 1. Descrever a origem embriológica; 2


Aparelho Genital 2. Descrever a anatomia do aparelho genital feminino;
Feminino 3. Descrever a estrutura da glândula mamária;
4. Descrever a estrutura do útero.

Anatomia e Fisiologia do 1. Explicar a função do ovário como glândula endócrina; 2


Fisiologia do Aparelho Genital 2. Descrever o processo da ovogénese e fecundação;
Aparelho Genital Feminino 3. Definir a menarca, o período fértil e a menopausa;
Feminino 4. Descrever os processos de ovulação e menstruação;
5. Listar exemplos de alterações comuns do aparelho genital feminino.

Laboratório 1. Identificar as estruturas do aparelho genital masculino em modelos anatómicos; 2


Humanístico 2. Identificar as estruturas do aparelho genital feminino em modelos anatómicos.

Anatomia das 1. Descrever a origem embriológica; 2


Anatomia e Glândulas 2. Identificar as glândulas endócrinas principais: pâncreas, hipófise, hipotálamo,
Fisiologia do Endócrinas tiróide, paratiróide, glândulas suprarrenais, ovários e testículos.
Sistema Endócrino

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 57


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Fisiologia das 1. Listar as hormonas principais produzidas ou reguladas pelo hipotálamo, hipófise, 2
Glândulas tiróide, paratiróide e glândulas suprarrenais;
Endócrinas 2. Explicar as funções das hormonas principais;
3. Descrever os mecanismos de acção das hormonas principais;
4. Listar exemplos de alterações do sistema endocrino

Anatomia do 1. Descrever a origem embriológica; 3


Sistema Nervoso 2. Identificar os componentes do sistema nervoso central, periférico, somático e
autónomo;
3. Identificar os diferentes tipos de células nervosas;
4. Descrever a estrutura do neurónio e da fibra nervosa;
5. Descrever a anatomia do encéfalo e das suas membranas protectoras;
6. Descrever a anatomia da medula espinal;
7. Diferenciar os nervos cranianos e raquidianos;
8. Explicar o que são dermatomas.

Fisiologia do 1. Explicar os processos de polarização, despolarização e repolarização; 3


Anatomia e Sistema Nervoso 2. Explicar o processo de transmissão de impulsos nervosos e de transmissão
Fisiologia do sináptica;
Sistema Nervoso 3. Listar as funções do cérebro;
4. Listar as funções dos diferentes nervos cranianos;
5. Listar as funções dos diferentes sub-sistemas nervosos;
6. Identificar as actividades reflexas;
7. Explicar o arco reflexo;
8. Listar exemplos de alterações comuns do sistema nervoso.

Laboratório 1. Identificar as estruturas principais do sistema endócrino em modelos anatómicos; 2


Humanístico 2. Identificar as estruturas do sistema nervoso central em modelos anatómicos;
3. Reconhecer as áreas enervadas por cada raiz nervosa.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 58


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Olho e Visão 1. Descrever a origem embriológica; 1.5
2. Descrever a anatomia do olho e do sistema visual;
3. Explicar a fisiologia da visão;
4. Listar as principais condições patológicas que afectam a visão

Nariz e Olfacto 1. Descrever a origem embriológica; 1.5


2. Descrever a anatomia do sistema olfactivo;
3. Explicar a fisiologia do olfacto;
4. Listar as principais alterações do sistema olfactivo.

Língua e Gosto 1. Descrever a origem embriológica; 1.5


2. Descrever a estrutura das papilas gustativas;
3. Descrever a localização dos diferentes sabores;
4. Explicar a fisiologia do gosto;
Anatomia e
5. Listar as principais alterações do sistema gustativo.
Fisiologia dos
Órgãos dos
Ouvido, Audição e 1. Descrever a origem embriológica; 2
Sentidos
Equilíbrio 2. Descrever a anatomia das três partes do ouvido;
3. Explicar a fisiologia da audição;
4. Explicar a fisiologia do equilíbrio;
5. Listar as principais doenças que afectam ao ouvido.

Laboratório 1. Identificar as estruturas do olho em modelos anatómicos; 2


Humanístico 2. Identificar as estruturas do nariz e o sistema olfactivo em modelos anatómicos;
3. Identificar as estruturas da língua em modelos anatómicos;
4. Identificar as estruturas do ouvido em modelos anatómicos.

Mecanorreceptores, 1. Descrever as noções básicas sobre receptores tácteis (tacto, dor, calor, frio e 1
Termorreceptores e pressão);
Nociceptores 2. Identificar as zonas com maior distribuição de receptores tácteis;
3. Listar as principais alterações do tacto.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 59


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Crescimento 1. Diferenciar os períodos da vida; 3
2. Definir os parâmetros antropométricos mais importantes;
3. Descrever as mudanças que acontecem nos seguintes locais:
a. Aparelho cardiovascular;
Anatomia e b. Aparelho respiratório;
Fisiologia do c. Aparelho digestivo;
Crescimento d. Aparelho genito-urinário;
e. Órgãos hematopoiéticos e no sangue;
f. Órgãos sensoriais;
4. Listar os sinais mais importantes de desenvolvimento neurológico normal.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 60


1º. Semestre
ESTÁGIO
Local do Estágio: Laboratório clínico
Duração: 4 semanas
Supervisores: Técnicos de Laboratório
Técnicas a Observar:
• Realizar a análise do pH e da densidade de uma amostra de urina;
• Realizar análises hematológicas básicas: concentração de hemoglobina no sangue,
hematócrito e fórmula leucocitária.
• Determinar o grupo sanguíneo em amostras de sangue;
• Realizar determinações bioquímicas básicas: glicose, transaminases.
Seminários de Discussão do Estágio:
• Apresentação de casos de caso observado no estágio.

AVALIAÇÃO
Avaliação Teórica
• Parcial – 2 Testes 10%, com um peso total de 20%.
• Final – Exame teórico, com um peso de 30%.

Avaliação Prática
• Demonstração de conhecimentos em modelos anatómicos, com um peso de 20%.
• Demonstração de habilidades práticas nos laboratórios, com um peso de 15%.

Avaliação do Estágio
• Apresentação e discussão dos resultados dum teste laboratorial, com um peso de 15%.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 61


1º. Semestre
Disciplina de Primeiros Socorros e Enfermagem
Semestre: I
CARGA HORÁRIA
Horas por Duração Total
Semana (semanas) de Horas
Aulas Teórico-Práticas 1-5 14 30
Avaliação -- -- 2
Laboratório 2-5 14 36
Avaliação -- -- 2
Discussão de Estágio* 5 2 10
Número Total de Horas da Disciplina 80 horas
* Neste semestre, os estudantes terão 4 semanas (25h/semana) de estágio nas
enfermarias de pacientes internados e ambulatório.

DOCENTES:
• Enfermeiros Gerais Especializados em Ensino
• Enfermeiros Licenciados na área de Enfermagem
COMPETÊNCIAS A SEREM ADQUIRIDAS ATÉ AO FINAL DA DISCIPLINA:
O Técnico de Medicina será capaz de realizar as seguintes tarefas:

43. Organizar e utilizar os kits de Primeiros Socorros;


44. Identificar incidentes passíveis de perigar a sua própria vida e a dos outros;
45. Proteger-se a si e aos outros e tomar as necessárias medidas que preservem a vida, em
caso de acidente e enquanto o socorro não chega;
46. Avaliar, dar assistência e transportar os pacientes em situação de emergência;
47. Facilitar a respiração, incluindo:
a. Reconhecer asfixia/sufocação, identificar causas e tomar medidas para remover a
causa e de suporte;
b. Permeabilizar as vias respiratórias (incluindo identificar a necessidade e executar
a manobra de Heimlich com adultos, crianças e bebés);
c. Executar respiração artificial com adultos, crianças e bebés;
d. Reconhecer sinais de uma crise asmática e gerir correctamente. (incluindo colocar
numa posição para facilitar respiração);
48. Proteger a vítima de traumas adicionais, medir o tempo da crise e tomar medidas de
suporte no fim de uma crise convulsiva. Identificar causas e tratar nos casos de
hiperpirexia e arrefecimento corporal;
49. Avaliar, através do pulso carotídeo e femoral, a necessidade de uma massagem
cardíaca;
50. Executar a técnica de massagem cardíaca, em conjunto com respiração artificial
(RCP) para adultos crianças e bebés (técnica de uma ou 2 pessoas);
51. Minimizar a perda de sangue/hemorragias;
52. Tomar medidas específicas para a hemorragia nasal e na palma da mão;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 62


1º. Semestre
53. Reconhecer (sem qualquer equipamento) e aprovisionar primeiros socorros para o
Enfarte do Miocárdio (EM).
54. Reconhecer o estado de choque e estabelecer medidas de suporte;
55. Fornecer os primeiros socorros para:
a. Picadas de abelhas, vespas e escorpiões;
b. Mordeduras de animais, incluindo cobras;
c. Perfurações e lacerações por várias causas;
d. Feridas por armas de fogo;
56. Distinguir queimaduras do 1º , 2º e 3º graus, e fornecer cuidados de socorros
relevantes;
57. Reconhecer entorses, reduzir inflamação, tratar dores e imobilizar;
58. Identificar fracturas, tratar a dor, imobilizar e, no caso de fracturas expostas, proteger
da infecção;
59. Em relação aos choques eléctricos, proteger a si próprio da corrente eléctrica, isolar a
vítima da corrente, tratar o choque e administrar RCP (se for necessário);
60. Efectuar os primeiros socorros para envenenamento e intoxicação;
61. Identificar as indicações e contra-indicações de indução do vómito;
62. Identificar as indicações e contra-indicações na administração de líquidos para diluir o
veneno;
63. Tomar medidas para o tratamento de intoxicação, através da pele, dos olhos ou por
inalação;
64. Avaliar, registar e interpretar os sinais vitais nos adultos, crianças e bebés. Isto inclui:
a. Temperatura axilar, bucal e rectal;
b. Respiração-FR;
c. Pulso-FC;
d. Tensão Arterial-TA;
e. Peso, altura.
65. Acalmar e orientar os pacientes e as suas famílias numa emergência;
66. Identificar as indicações para se efectuar uma ressuscitação em adultos, crianças e
bebés, usando equipamentos disponíveis nos serviços de urgência;
67. Identificar a causa e a gravidade de hemorragias e tomar medidas para o controlo de
hemorragia e do choque hipovolémico;
68. Controlar e, se for necessário, sedar pacientes com agitação psicomotora;
69. Suturar e executar pensos;
70. Identificar a necessidade de aplicação profiláctica de soros contra tétano e raiva;
71. Identificar e tratar reacções alérgicas (incluindo anafiláticas);
72. Executar os seguintes procedimentos de enfermagem no paciente com dor:
a. Avaliar a dor (característica e intensidade);
b. Administrar medicamentos de alívio à dor, em função da severidade (intensidade);
c. Colocar pacientes na posição de conforto para o alívio à dor, de acordo com a
patologia;
d. Abordar a dor crónica em cuidados continuados;
73. Executar os seguintes procedimentos de enfermagem no paciente inconsciente:
a. Tomar medidas para prevenir a obstrução das vias aéreas e infecção pulmonar;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 63


1º. Semestre
b. Limpar os olhos e a pele (dar banho a um paciente inconsciente);
c. Tomar medidas para o controlo da bexiga e intestinos (incluindo colocação de um
catéter vesical);
d. Alimentar através da sondagem naso-gástrica e manter o soro permanente;
e. Prevenir escaras;
74. Identificar a necessidade, reconhecer as precauções e executar os seguintes
procedimentos:
a. Oxigenoterapia;
b. Fisioterapia Respiratória;
c. Entubação Endotraqueal;
d. Toracocentese;
75. Administrar a terapêutica oral, anal, tópica e parentérica (intravenosa, subcutânea, e
intramuscular) em adultos, crianças e bebes;
76. Colher os seguintes especímenes biológicos:
a. Sangue (incluindo para hematozoário);
b. Urina (colheita asséptica);
c. Fezes;
d. Expectoração.
77. Identificar a necessidade e executar as seguintes técnicas de enfermagem (incluindo a
organização do material necessário):
a. Sonda naso-gástrica para alimentação ou lavagem gástrica;
b. Algaliação;
c. Aspiração de secreções;
d. Clister;
78. Administrar uma transfusão sanguínea. Isto inclui:
a. Identificar as indicações para a transfusão de sangue total, concentrado de glóbulos
vermelhos, concentrado de plaquetas e plasma fresco congelado;
b. Seguir as normas nacionais de administração de uma transfusão sanguínea;
79. Reconhecer e tomar providências, em casos dos seguintes acidentes transfusionais:
a. Incompatibilidade;
b. Sobrecarga de volume;
c. Transfusão de sangue mal conservado;
80. Aplicar as normas e rotinas de biossegurança nos hospitais;
81. Executar pensos e ligaduras para contusões, ferimentos, escaras (úlceras de decúbito) e
queimaduras do 1º, 2º e 3º graus, de acordo com a região e técnica apropriada;
82. Discutir com o paciente e/ou familiar os assuntos que os inquietem;
83. Orientar a reabilitação dos pacientes, com um programa individualizado para o seu bem-estar
físico, psíquico e social;
84. Orientar os pacientes sobre os cuidados a ter com uma luxação/entorse e imobilizações com talas
simples e gessadas.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 64


1º. Semestre
Plano Temático
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Conceitos Gerais 1. Explicar o conceito de cuidados de saúde; 0.5
2. Definir enfermagem.

O Processo de 1. Definir processo de enfermagem; 0.5


Enfermagem 2. Listar e explicar as diferentes fases do processo de enfermagem:
Princípios Básicos
a. Verificação das necessidades do paciente;
de Enfermagem
b. Diagnóstico de enfermagem;
c. Planificação dos cuidados necessários;
d. Implementação dos cuidados planificados;
e. Avaliação dos resultados obtidos.

Biossegurança 1. Descrever as normas e rotinas de biossegurança nos hospitais, incluindo: 1.5


a. Técnicas básicas de protecção individual; (lavagem de mãos, uso de luvas, máscaras,
aventais e óculos);
b. Técnicas de manipulação de equipamentos estéreis;
c. Desinfecção e esterilização de equipamentos, usando (desinfectantes, autoclaves e
estufas);
d. Utilização de desinfectantes para utensílios, mobiliário hospitalar e tecidos vivos;
e. Mistura de soluções de desinfectantes nas concentrações certas.

Enfermagem Determinação de 1. Listar e explicar os diferentes métodos de avaliação da temperatura: 2


Médica Constantes Vitais a. Bucal;
b. Rectal;
c. Axilar;
d. Timpânica.
2. Descrever as características principais do pulso:
a. Frequência cardíaca;
b. Profundidade;
c. Regularidade;
3. Listar e explicar os diferentes métodos de avaliação do pulso:
a. Pulso radial;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 65


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
b. Pulso apical;
4. Explicar os métodos de avaliação da Tensão Arterial (com estetoscópio ou
monitor);
5. Descrever as características principais da respiração:
a. Frequência respiratória;
b. Profundidade;
c. Regularidade;
6. Listar e explicar os diferentes tipos de respiração:
a. Eupneia;
b. Dispneia;
c. Taquipneia;
d. Bradipneia;
e. Hiperpneia;
f. Hiperventilação;
g. Hipoventilação;
h. Apneia;
7. Descrever os diferentes métodos de avaliação da respiração.

Laboratório 1. Demonstrar os diferentes métodos de avaliação da temperatura; 3


Humanístico 2. Demonstrar a avaliação do pulso nas localizações mais usuais;
3. Realizar a avaliação da Tensão Arterial;
4. Determinar a frequência respiratória e o tipo de respiração em voluntários
instruídos;
5. Registar correctamente os sinais vitais avaliados.

Administração 1. Descrever as diferentes vias de administração terapêutica: 1.5


Terapêutica a. Parentérica (endovenosa, intramuscular, intradérmica, subcutânea);
b. Entérica (oral, rectal);
c. Tópica (pele, mucosas, transdérmica);
2. Listar as indicações para a utilização de cada uma das vias de administração;
3. Explicar o método de cálculo da medicação, utilizando a regra de três simples;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 66


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
4. Explicar o método de cálculo do gotejamento na infusão venosa;
5. Realizar o cálculo das doses de medicamentos em exemplos práticos.

Laboratório 1. Demonstrar as vias de administração de terapia acima mencionadas. 5


Humanístico
Avaliação e 1. Listar e explicar os diferentes tipos de dor 2
Tratamento da Dor a. Dor aguda;
b. Dor crónica.
2. Descrever as características principais da dor:
a. Intensidade;
b. Ritmo;
c. Qualidade (dor nociceptiva, dor neuropática);
3. Explicar o método de avaliação da dor, utilizando escalas específicas;
4. Explicar a colocação do paciente em posição de conforto, dependendo da patologia
apresentada:
a. Decúbito dorsal;
b. Decúbitos laterais;
c. Decúbitos semi-dorsais;
d. Decúbitos semi-ventrais;
e. Decúbito ventral;
5. Descrever os princípios básicos da terapêutica analgésica e os três níveis de tratamento.

Laboratório 1. Demonstrar as diferentes posições de decúbito. 1


Humanístico
Colheita de 1. Listar e descrever os métodos mais utilizados para a colheita de sangue: 1
Amostras a. Punção percutânea;
b. Cateterismo venoso periférico.
2. Descrever a técnica correcta para a colheita estéril de urina;
3. Descrever o procedimento para a colheita de urina de 24 horas;
4. Descrever a técnica correcta para a colheita de fezes;
5. Descrever a técnica correcta para colheita de amostras por zaragatoa.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 67


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Laboratório 1. Demonstrar a técnica de cateterização venosa periférica; 4
Humanístico 2. Demonstrar a técnica correcta de colheita de amostra por zaragatoa.

Pensos e Ligaduras 1. Definir e diferenciar penso e ligadura; 2


2. Descrever o método correcto para a execução de pensos;
3. Listar as complicações mais frequentes na execução de pensos e explicar o seu manejo;
4. Listar os diferentes tipos de ligadura, atendendo a:
a. Forma e direcção;
b. Finalidade;
c. Localização.
5. Descrever os procedimentos correctos para a execução de ligaduras, dependendo do tipo;
6. Listar as complicações mais frequentes na execução de pensos e explicar o seu manejo;
7. Descrever os métodos de avaliação neurovascular para os nervos mais importantes:
a. Nervo peronial;
b. Nervo tibial;
c. Nervo radial;
d. Nervo cubital;
e. Nervo mediano.

Laboratório 1. Demonstrar o método correcto para colocar um penso; 4


Humanístico 2. Demonstrar os diferentes métodos para realizar ligaduras;
3. Determinar o tipo de ligadura necessário em determinadas situações;
4. Realizar uma avaliação neurovascular nos nervos mais utilizados.

Aparelho 1. Listar as indicações de uma aspiração naso-traqueal; 2


Respiratório 2. Listar as diversas condições clínicas que favorecem o aumento de secreções;
3. Listar os exames laboratoriais relacionados com o aspirado naso-traqueal;
4. Definir entubação endotraqueal;
5. Listar as indicações para uma entubação endotraqueal;
6. Reconhecer uma obstrução das vias respiratórias superiores;
7. Descrever a técnica de entubação;
8. Definir os seguintes termos:
a. Oxigenoterapia;
b. Saturação de oxigénio;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 68


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
c. Concentração de oxigénio no ar inspirado;
13. Descrever o metabolismo do oxigénio, incluindo os mecanismos de transporte;
14. Reconhecer os sinais de falta de oxigénio;
15. Listar os métodos de medição de oxigénio;
16. Descrever as técnicas de oxigenoterapia;
18. Definir fisioterapia respiratória;
19. Listar as indicações da fisioterapia respiratória;
20. Descrever as técnicas de fisioterapia respiratória.

Laboratório 1. Demonstrar as técnicas básicas de fisioterapia respiratória; 5


Humanístico 2. Demonstrar a técnica de entubação endotraqueal;
3. Demonstrar a técnica de aspiração de secreções respiratórias.

Aparelho Digestivo 1. Listar as indicações para uma entubação naso-gástrica; 1


2. Descrever a técnica de entubação naso-gástrica;
3. Descrever a técnica de aspiração de secreções gástricas;
4. Listar as indicações para aplicar um clister;
5. Descrever as técnicas para aplicar um clister.
Algaliação 1. Listar as indicações para algaliação; 0.5
2. Listar as indicações para avaliar a diurese;
3. Descrever as técnicas de algaliação.
Laboratório 4. Demonstrar as seguintes técnicas: 6
Humanístico a. Entubação naso-gástrica;
b. Aspiração de secreções gástricas;
c. Clister;
d. Algaliação.

Transfusão 1. Identificar as indicações para uma transfusão, segundo o tipo de hemoderivado: 1


Sanguínea a. Sangue total;
b. Concentrado de glóbulos vermelhos;
c. Concentrado de plaquetas;
d. Plasma fresco congelado;
2. Explicar as normas e a técnica correcta de transfusão sanguínea;
3. Listar as complicações mais frequentes da transfusão e explicar o seu manejo.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 69


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas

Cuidados de higiene 1. Descrever os métodos para manter a higiene do paciente acamado (banho no leito); 1
e Conforto de 2. Descrever as técnicas de higiene oral no paciente inconsciente;
Pacientes 3. Descrever os métodos de prevenção de escaras e úlceras de decúbito;
Imobilizados e 4. Descrever os métodos mais comuns de fisioterapia e mobilização, em caso de entorses ou
Inconscientes fracturas.

Apoio Psicossocial 1. Explicar os métodos mais utilizados de transmissão de informação aos pacientes e os seus 1
familiares nos seguintes casos:
a. Emergências;
b. Doenças crónicas;
c. Condições irreversíveis ou incuráveis.
2. Discutir a orientação de pacientes e familiares sobre inquietações relacionadas com a
situação clínica do paciente;
3. Descrever as técnicas de orientação individualizada de pacientes, em termos de bem-estar
físico, psíquico e social.
Introdução a 1. Definir primeiros socorros; 1
primeiros socorros 2. Listar os componentes básicos do kit de primeiros socorros;
Kit de Primeiros 3. Descrever a utilização dos componentes indicados.
Socorros
Avaliação Geral do 1. Classificar os tipos de emergência; 0.5
Cenário e da Vítima 2. Listar as medidas gerais de protecção da vítima e do socorrista;
3. Descrever o processo de avaliação da vítima, incluindo os sinais e sintomas, em
Primeiros que a verificação é mais importante;
Socorros 4. Listar os sinais vitais e as formas de verificação;
5. Descrever a posição lateral de segurança;
6. Descrever os procedimentos correctos de transporte da vítima;
7. Listar as contra-indicações para o transporte de uma vítima.

Sistema Respiratório 1. Descrever os procedimentos de verificação da respiração e da existência de 1


obstrução das vias aéreas superiores;
2. Listar os sinais e sintomas da asfixia/sufocação;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 70


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
3. Explicar os procedimentos para remover a causa da asfixia e permeabilizar as vias
aéreas superiores:
a. Manobra de Heimlich;
b. Extracção de objectos no nariz, boca e garganta;
4. Descrever os diferentes métodos de respiração artificial:
a. Boca-a-boca;
b. Boca-nariz;
c. Boca-nariz-boca;
d. Boca-máscara;
5. Listar os sinais e sintomas de uma crise asmática;
6. Descrever a conduta a adoptar perante uma crise asmática;

Convulsões 1. Listar os sinais e sintomas de uma convulsão; 0.5


2. Descrever a conduta a adoptar perante uma convulsão;
3. Listar as indicações de transferência ao hospital.
Sistema 1. Listar e descrever os procedimentos de avaliação da circulação: 1
Cardiovascular a. Pulso radial;
b. Pulso carotídeo;
c. Pulso femoral;
2. Listar as indicações para a aplicação de uma massagem cardíaca;
3. Descrever o procedimento de ressuscitação cardio-pulmonar;
4. Listar os sinais e sintomas de um enfarte de miocárdio;
5. Explicar as medidas de suporte adequadas em caso de enfarte de miocárdio.

Laboratório 1. Demonstrar com os colegas a verificação dos sinais vitais e o registo correcto dos 6
Humanístico mesmos;
2. Demonstrar a colocação do paciente em posição lateral de segurança;
3. Demonstrar os procedimentos de verificação da respiração quando da existe uma
obstrução das vias aéreas superiores;
4. Executar a manobra de Heimlich em manequins (crianças e adultos);
5. Extracção de objectos no nariz, boca e garganta;
6. Demonstrar os diferentes métodos de respiração artificial;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 71


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
7. Demonstrar o procedimento de ressuscitação cardio-pulmonar.

Hemorragias 1. Descrever as medidas a adoptar perante uma hemorragia externa, incluindo a 2


minimização da perda de sangue:
a. Manobras de compressão;
b. Posição de Trendelenburg;
2. Explicar as medidas de prevenção do choque hipovolémico;
3. Descrever a conduta específica perante uma hemorragia; nasal
4. Descrever a conduta específica perante uma hemorragia na palma da mão.

Laboratório 1. Executar manobras de compressão em diferentes localizações corporais; 2


Humanístico 2. Demonstrar a posição de Trendelenburg.
Estado de Choque e 1. Listar as causas mais frequentes de perda de consciência; 1
Perda de 2. Descrever as medidas a adoptar perante uma pessoa inconsciente;
Consciência 3. Explicar as medidas de suporte para o estado de choque;
4. Descrever a conduta específica perante um choque eléctrico;
5. Listar as indicações de transferência ao hospital.

Feridas, Perfurações 1. Definir os termos ferida, perfuração e laceração; 1.5


e Lacerações 2. Definir assepsia e anti-sepsia;
3. Descrever as regras de assepsia para realizar suturas;
4. Identificar os diversos tipos de fios de sutura;
5. Descrever os procedimentos de controlo da cicatrização;
6. Descrever a conduta a adoptar perante picadas de:
a. Abelhas, vespas, escorpiões;
b. Animais marinhos.
7. Descrever a conduta a adoptar perante mordeduras de :
a. Cães;
b. Gatos;
c. Ratos;
d. Cobras;
e. Humanos;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 72


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
f. Outros animais.
8. Descrever a conduta a adoptar perante ferimentos de diversas causas:
a. Lacerações;
b. Perfurações e feridas por arma branca;
c. Feridas por arma de fogo.

Queimaduras 1. Classificar as queimaduras pelo seu grau de gravidade, considerando localização, extensão, 1
profundidade e causa
2. Descrever a conduta a adoptar perante uma queimadura de:
a. 1º grau;
b. 2º grau;
c. 3º grau.
3. Listar as indicações de transferência ao hospital.
Entorses e Fracturas 1. Definir entorse e fractura, indicando as diferenças entre as duas condições; 1
2. Descrever a conduta a adoptar perante um entorse;
3. Descrever a conduta a adoptar perante uma fractura;
4. Listar as indicações de transferência de pacientes com fracturas.

Envenenamentos e 1. Listar as causas mais frequentes de envenenamento e intoxicação; 1


Intoxicações 2. Listar os sinais e sintomas mais frequentes de envenenamento;
3. Descrever a conduta a adoptar perante uma suspeita de envenenamento ou intoxicação:
a. Causas;
b. Medidas de suporte.
4. Listar as contra-indicações para indução do vómito;
5. Listar as contra-indicações para a administração de líquidos por vía enteral.

Reacções Alérgicas 1. Listar e descrever as seguintes reacções alérgicas: 1


a. Renite alérgica;
b. Choque anafiláctico;
c. Crise asmática;
d. Tosse;
e. Reacções cutâneas.
2. Explicar o manejo das condições acima Listadas

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 73


1º. Semestre
ESTÁGIO
Local do Estágio:
• Bancos de Socorro
• Salas de Penso e Pequena Cirurgia
• Enfermaria de Medicina e Cirurgia
Duração: 4 semanas
Supervisores:
• Enfermeiros gerais
Técnicas a Demonstrar:
• Colocação do paciente em posição lateral de segurança;
• Manobra de Heimlich em manequins;
• Métodos de respiração artificial;
• Procedimento de ressuscitação cardio-pulmonar;
• Manobras de compressão em diferentes localizações corporais;
• Posição de Trendelenburg;
• Métodos de avaliação da temperatura;
• Avaliação do pulso nos locais mais usuais;
• Avaliação da Tensão Arterial pelo método auscultativo;
• Frequência respiratória e o tipo de respiração em voluntários instruídos;
• Cálculo das doses de medicamentos em exemplos práticos;
• Posições de decúbito;
• Método de cateterização venosa periférica;
• Método de colheita de amostra por zaragatoa;
• Método para a colocação de um penso
• Métodos para realizar ligaduras;
• Determinação do tipo de ligadura necessário em situações determinadas;
• Avaliação neurovascular nos nervos mais utilizados;
• Técnicas básicas de fisioterapia respiratória.
Seminários de Discussão do Estágio:
• Apresentação de 1 caso observado no estágio
AVALIAÇÃO
Avaliação Teórica
• Um teste escrito parcial, com um peso de 20%;
• Exame escrito final, com um peso de 30%.
Avaliação Prática
• Demonstração de técnicas / procedimentos no laboratório (humanístico ou multi-
disciplinar, com um peso de 20%.
Avaliação do Estágio
• Demonstração das práticas realizadas no estágio, com um peso de 30%.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 74


1º. Semestre
Disciplina de Deontologia e Ética Profissional I
Semestre: I
CARGA HORÁRIA
Horas por Duração Total
Semana (semanas) de Horas
Aulas Teórico-Práticas 2 14 26
Avaliação -- -- 2
Laboratório -- -- --
Discussão de Estágio* -- -- --
Número Total de Horas da Disciplina 28 horas
* Neste semestre, os estudantes terão 4 semanas (25h/semana) de estágio nas
enfermarias de pacientes internados e ambulatório.
DOCENTES:
• Médicos e Profissionais com experiência no ensino da Ética Profissional.
• Técnicos de Medicina e Enfermeiros, com grande experiência profissional e de comprovada
conduta exemplar.

COMPETÊNCIAS A SEREM ADQUIRIDAS ATÉ AO FINAL DA DISCIPLINA:


O Técnico de Medicina será capaz de realizar as seguintes tarefas:
1. Demonstrar uma atitude positiva no diálogo com os seus colegas, outros profissionais de
saúde, pacientes e familiares, tendo em conta os conceitos fundamentais da Ética,
Bioética e Deontologia.
2. Reconhecer a evolução histórica da ética, nomeadamente a relacionada com a Medicina.
3. Desempenhar as suas funções com alto profissionalismo e competência, comportando-se
de acordo com as Leis e Normas em vigor na República de Moçambique, para o exercício
do acto médico.
4. Exercer a sua prática profissional de forma a ter em conta os princípios da bioética.
5. Ter um relacionamento com o paciente, utilizando o modelo de participação mútua
(dialogante), no qual a afinidade é igualitária e compartilhada com este.
6. Discutir, quando necessário, com os seus pacientes e familiares, nomeadamente assuntos
clínicos e tratamentos, na base de uma relação de confiança e equidade, sem qualquer
forma de discriminação quanto à idade, ao sexo, à condição social, às características
raciais, políticas ou ideológicas, crenças religiosas, ao tipo de doença ou motivo de
consulta.
7. Combater a estigmatização ou a discriminação por parte dos profissionais de saúde em
relação às pessoas infectadas ou afectadas de alguma maneira pelo HIV/SIDA.
8. Zelar pelos deveres dos pacientes.
9. Respeitar os direitos dos pacientes.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 75


1º. Semestre
Plano Temático
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Introdução 1. Descrever e analisar os conceitos da ética médica, bioética e deontologia; 4
2. Descrever a diferença entre ética, moral, direito e bioética;
3. Listar, identificar e aplicar as atitudes positivas a ter no diálogo com os seus colegas,
outros profissionais de saúde, pacientes e familiares;
4. Avaliar a tomada de decisão em relação à atitude tomada no diálogo tido com pacientes,
familiares, meios de comunicação e outros profissionais.

Princípios de 1. Definir os princípios da bioética: 3


Bioética a. Autonomia (capacidade de pensar, decidir e agir de modo livre e independente,
Ética, Bioética e baseada na racionalidade e sempre com respeito da autonomia do outro).
Deontologia b. Beneficência (atendimento dos interesses importantes e legítimos dos indivíduos e
que, na medida do possível, sejam evitados danos físicos ou morais).
c. Não maleficência (não prejudicar nem causar danos, minimizando os prejuízos).
d. Justiça (exigência de equidade na distribuição de bens e benefícios no que se refere ao
exercício da medicina ou área de saúde).
e. Vulnerabilidade (não sendo os seres humanos iguais na sua capacidade para suportar
as relações com o mundo natural e com os outros seres humanos, é eticamente
aceitável uma discriminação positiva em favor dos mais vulneráveis).
2. Analisar a aplicação dos princípios éticos de autonomia, beneficência, não maleficência,
justiça e vulnerabilidade na prática profissional.
Evolução Histórica 1. Identificar e descrever os principais marcos históricos que determinaram a evolução da 2
dos Códigos ética, bioética e deontologia;
Evolução Histórica
Deontológicos que 2. Explicar a importância da evolução histórica dos princípios da ética para o exercício da
da Ética na
Regem a Ética profissão médica.
Medicina

Relações 1. Listar e explicar os princípios que regem o padrão de uma boa comunicação interpessoal, 3
Interpessoais tendo em conta a eficiência e empatia;
2. Utilizar, como auxiliar na tomada de decisão, os princípios da boa comunicação
Comunicação interpessoal, com pacientes, familiares e outros profissionais;
3. Avaliar a tomada de decisão em relação à escolha do padrão de comunicação interpessoal
tomada com pacientes, familiares, meios de comunicação e outros profissionais.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 76


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas

Órgãos de 1. Listar e explicar os princípios que regem o padrão de uma boa comunicação com os meios 2
Comunicação de comunicação.
2. Listar as principais razões que determinam uma comunicação pouco clara e não respeitosa
com os meios de comunicação.
3. Enfrentar os meios de comunicação sem faltar à verdade, mas sem quebrar as regras éticas.

Modelos de 1. Listar e descrever os seguintes modelos de relacionamento com o paciente: 2


Relacionamento com a. Paternalismo;
o Paciente b. Contratual;
c. Dialogante;
2. Comparar criticamente os diversos modelos de relacionamento com o paciente.

Discriminação, 1. Definir os termos discriminação, confiança e equidade; 3


Confiança e 2. Identificar os diferentes tipos de discriminação e as formas em que se apresentam dentro
Equidade do ambiente clínico, usando como exemplos o HIV/SIDA:
a. Por parte do profissional de saúde;
b. Por parte do paciente.
3. Indicar como construir uma relação de confiança e equidade com o paciente a ser
Relação dos atendido;
Técnicos de 4. Avaliar criticamente as suas conversas com pacientes e familiares, tendo em conta os
conceitos acima discutidos.
Medicina com
Pacientes e
Estigmatização pelo 1. Descrever as formas de estigmatização ou discriminação de pacientes com HIV e SIDA 2
Familiares
HIV/SIDA dentro e fora do ambiente clínico;
2. Avaliar criticamente as práticas de estigmatização ou discriminação contra pessoas
infectadas ou afectadas pelo HIV/SIDA;
3. Identificar medidas para evitar a estigmatização ou discriminação de pacientes HIV
positivos, dentro de um ambiente clínico.

Reconhecimento e Direitos e Deveres 1. Listar os direitos e deveres dos Técnicos de Medicina; 2


Cumprimento dos dos Técnicos 2. Interpretar os direitos e deveres do Técnico de Medicina, no contexto da prática da sua
Direitos e Deveres profissão;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 77


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
dos Técnicos de 3. Traduzir a prática profissional, cumprindo com convicção os seus deveres.
Medicina
Direitos e Deveres 1. Listr os deveres dos pacientes. 3
dos Pacientes a. Cuidar pelo seu estado de saúde.
b. Fornecer aos profissionais de saúde todas as informações necessárias para a obtenção
de um correcto diagnóstico e adequado tratamento.
c. Respeitar os direitos dos outros pacientes.
d. Colaborar com os profissionais de saúde, respeitando as indicações que lhe são
recomendadas e, por si, livremente aceites.
e. Respeitar as regras de funcionamento dos serviços de saúde.
f. Utilizar os serviços de saúde de forma apropriada e de colaborar activamente na
redução de gastos desnecessários.
Zelo Pelos 2. Listar os direitos dos pacientes:
Direitos e Deveres a. Confidencialidade (segredo profissional).
dos Pacientes no b. Respeito pela autonomia.
Âmbito da Saúde c. Escolher livremente o seu agente de tratamento.
d. Saber a verdade que procura e que pode suportar.
e. Fazer associação com outros pacientes.
f. Morrer em paz e em dignidade.
g. Ser respeitado nas suas convicções sociais e religiosas e poder viver a sua
doença, dentro do quadro espiritual que a sua fé lhe oferece.
h. Seleccionar o número e a identidade das suas visitas.
3. Interpretar os direitos e deveres dos pacientes no contexto da prática da profissão do
Técnico de Medicina.
4. Traduzir a prática profissional, respeitando os direitos e deveres dos pacientes e, tendo
sempre em conta as suas consequências a nível da comunidade.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 78


1º. Semestre
AVALIAÇÃO
Avaliação Teórica
• Parcial - Frequência, com um peso de 20%
• Final – 1 exame teórico prático, com um peso de 40%

Avaliação Prática
• Trabalho do Grupo, com um peso de 40%

BIBLIOGRAFIA
• Amnistia Internacional. Código de ética e declaração relacionada à profissão de saúde
(Ethical codes and declaration relevant to the health professions). London: 2000.
• Cunha, Djason B. Biodireito: O novo direito face à bioética. Revista da Esmape, 2001; 6 (13).
• Esperança Pina, JA. A responsabilidade dos médicos. Lisbon: LIDEL,
EdiçõesTécnicas, Lda; 1998.
• Filho, C de B. Ética na comunicação - da informação ao receptor. São Paulo: Editora
Moderna; 1995.
• Gallian, Dante Marcello. A (re) humanização da medicina. São Paulo: Universidade Federal
de São Paulo, Brasil ; 2000.
• Goldim, José Roberto. Ética moral e direito. Rio Grande do Sul: Universidade Federal do Rio
Grande do Sul, Brasil; 2000.
• Kosovski, Ester. Ética na comunicação. Rio de Janieor: MAUAD; 1995.
• Kottow, Miguel H. Introducción a la bioética. Chile: Editorial Universitaria, Santiago de
Chile; 1995.
• Littlejohn, S.M. Fundamentos teóricos da comunicação humana. Rio de Janeiro: Guanabara;
1988.
• Lopez, Mário. Fundamentos da clínica médica, a relação paciente – médico. Rio de Janeiro:
Editora Médica e Científica Lda; 1997.
• Pitta, AM. Saúde e comunicação: visibilidade e silêncios. São Paulo: Hucitec Abrasco; 1995
• Serrão, Daniel, Nunes, Rui. Ética em cuidados de saúde. Porto (Portugal): Porto Editora;
1998.
• Schwalbach, João. A ética e a deontologia médica. Associação Médica de Moçambique,
2001; 1(1).

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 80


1º. Semestre
Disciplina de Meios Diagnósticos Auxiliares
Semestre: I
CARGA HORÁRIA
Horas por Duração Total
Semana (semanas) de Horas
Aulas Teórico-Práticas 1-3 14 31
Avaliação -- -- 2
Laboratório 2-3 3 7
Avaliação -- -- 2
Discussão de Estágio* 5 2 10
Número Total de Horas da Disciplina 52 horas
* Neste semestre, os estudantes terão 4 semanas (25h/semana) de estágio nas
enfermarias de pacientes internados e ambulatório.

CO-REQUISITOS:
• Anatomia e Fisiologia;
• Introdução às Ciências Médicas;
• Semiologia (Anamnese e Exame físico).
DOCENTES:
• Médicos de Clínica Geral, com experiência de ensino e experiência nas diferentes áreas
clínicas;
• Técnicos de Medicina com experiência de ensino e experiência nas diferentes áreas clínicas;
• Profissionais de nível superior na área de laboratório;
• Técnicos de Laboratório, com experiência de ensino.

COMPETÊNCIAS A SEREM ADQUIRIDAS ATÉ AO FINAL DA DISCIPLINA:


O Técnico de Medicina será capaz de realizar as seguintes tarefas:
11. Listar os meios auxiliares de diagnóstico disponíveis na prática clínica dos diferentes níveis e
conhecer seus valores normais.
12. Reconhecer os equipamentos básicos do laboratório e da radiologia, descrevendo
resumidamente o seu funcionamento básico e as etapas para a realização de cada exame.
13. Implementar uma interacção correcta e eficiente entre o sector clínico e os sectores auxiliares,
definindo, com base em cada quadro clínico e nos recursos laboratoriais e radiológicos
disponíveis, quais são os meios de diagnóstico que devem ser solicitados e interpretados.
14. Identificar os casos em que a evolução do quadro clínico ou os resultados anormais dos exames
realizados, exigem exames diagnósticos mais complexos e/ou invasivos e que requerem
avaliação de nível superior e/ou transferência.
15. Colher os seguintes espécimes biológicos:
h. Sangue venoso (para testes rápidos, hemograma, bioquímica e exames microbiológicos);
i. Urina (colheita asséptica);
j. Fezes;
k. Expectoração;
l. Líquido ascítico (paracentese), pleural (toracocentese) ou amostra de gânglio periférico
para pesquisa de BK (PAAF);

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 81


1º. Semestre
m. Liquor cérebro-raquidiano (LCR) para análise e diagnóstico de meningite;
n. Secreção vaginal ou uretral para exame microbiológico.
16. Solicitar e interpretar as análises laboratoriais básicas disponíveis na prática clínica e
utilizadas em todas as áreas de actuação do TM:
u. Hemograma;
v. Leucograma (fórmula leucocitária);
w. Velocidade de hemossedimentação;
x. Bioquímica básica: glicemia, ureia, creatinina, colesterol e triglicéridos, iões (sódio, cloro
e potássio), proteína total e albumina;
y. Bioquímica específica: acido úrico, aspartato aminotransferase (AST) e alanina
aminotransferase (ALT), fosfatase alcalina, GGT, bilirrubina total, directa e indirecta;
z. Proteína C Reactiva;
aa. Contagem de CD4;
bb. Urina II;
cc. Grupo sanguíneo e factor RH;
dd. Provas básicas de coagulação;
ee. BHCG (teste de gravidez);
ff. Pesquisa de sangue oculto nas fezes;
gg. Exame parasitológico de fezes;
hh. Hematozoário – pesquisa de plasmodium e tripanossoma;
ii. Pesquisa de ovos de Schistosoma;
jj. Pesquisa da filaria;
kk. Pesquisa da borrelia;
ll. Urocultura;
mm. Pesquisa de BK na expectoração;
nn. Exame a fresco; coloração pelo GRAM e cultura do corrimento vaginal ou uretral.
17. Solicitar (sem interpretar) as análises laboratoriais específicas disponíveis, para casos que
necessitem de uma investigação clínica mais aprofundada:
h. Coombs directo e indirecto;
i. Carga viral;
j. Pesquisa de bacilos de Hansen (para diagnostico de Lepra);
k. Amilase sérica
l. Àcido lático;
m. Factor reumatóide;
n. Vidal (para Febre Tifoide);
18. Executar e interpretar os testes abaixo, usando fitas indicadoras:
g. Teste rápido de malária;
h. Teste rápido de HIV (Determine e Unigold);
i. Teste rápido de sífilis (RPR);
j. Teste rápido de gravidez (TIG);
k. Identificação de glicosúria;
l. Medida de glicemia com glucómetro.
19. Solicitar e interpretar os exames radiológicos disponíveis na prática clínica e utilizados em
todas as áreas de actuação do TM:
a. RX simples tórax;
b. RX simples abdómen;
c. RX de ossos longos;
d. RX de coluna, crânio e face.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 82


1º. Semestre
20. Conhecer as indicações para o pedido (sem interpretar) de outros meios auxiliares
diagnósticos disponíveis na prática clínica, para casos que necessitam de uma investigação
clínica mais aprofundada:
a. Ecografia;
b. Electrocardiograma;
c. Endoscopia (digestiva alta e baixa, urológica, ginecológica).

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 83


1º. Semestre
Plano Temático
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Terminologia 1. Definir meios auxiliares de diagnóstico 2
Comum em 2. Diferenciar os meios auxiliares de diagnóstico invasivos dos não invasivos.
Investigação 3. Definir espécimes biológicos.
Diagnóstica 4. Listar os espécimes biológicos colhidos por procedimentos invasivos e não invasivos.
5. Definir meio de diagnóstico por imagem.
6. Listar os principais meios de diagnóstico por imagem.
7. Definir “teste rápido” e listar os mais usados na prática clínica.
Introdução a
Importância dos 1. Descrever o papel geral dos meios auxiliares no processo diagnóstico. 2
Meios
Meios Diagnósticos 2. Definir os critérios de eficácia diagnóstica, disponibilidade, custo e segurança, que se
Diagnósticos devem considerar na hora de estabelecer prioridades no uso de meios auxiliares de
Auxiliares Auxiliares na Prática
Clínica diagnóstico.
3. Classificar, por prioridades, os meios auxiliares de diagnóstico fundamentais a serem
solicitados.
4. Identificar, com base na evolução do quadro clínico, os casos em que existe indicação
para aprofundar a investigação diagnóstica, solicitando exames mais específicos (mais
invasivos e/ou dispendiosos para sua execução),
5. Identificar meios auxiliares de diagnóstico para casos clínicos simulados, utilizando os
critérios de eficácia diagnóstica, disponibilidade, custo e segurança.
Interacção do 1. Descrever o fluxo de funcionamento de um laboratório de um Centro de Saúde ou Hospital 2
Laboratório com a Rural, em todas suas fases:
Prática Clínica a. Fase pré-analítica: Confecção das requisições das análises, encaminhamento das
amostras para o laboratório e registo em livro próprio;
b. Fase analítica: Processamento da análise;
c. Fase pós-analítica: Registo no livro de estatísticas do laboratório e encaminhamento
Laboratório dos resultados para os utentes.
Clínico 2. Enumerar os equipamentos básicos do laboratório, explicando sua função e utilização.
Procedimentos 1. Descrever a técnica de realização (incluindo a leitura) dos testes rápidos seguintes: 6
a. Malária;
b. HIV;
c. RPR (sífilis);
d. TIG (indicativo de gravidez).
2. Explicar as técnicas de colheita dos seguintes espécimes biológicos:

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 84


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
a. Sangue (incluindo hemograma, bioquímica e exames microbiológicos).
b. Urina (colheita asséptica);
c. Fezes;
d. Expectoração;
e. Líquido ascítico (paracentese), pleural (toracocentese) ou amostra de gânglio
periférico para pesquisa de BK (PAAF);
f. Liquor cérebro-raquidiano (LCR) para análise e diagnóstico de meningite;
g. Secreção vaginal ou uretral para exame microbiológico.
3. Descrever resumidamente os procedimentos específicos, etapas e técnicas laboratoriais
correntes para a realização, colheita, armazenamento e processamento das seguintes
análises:
a. Hemograma;
b. Leucograma;
c. Velocidade de hemosedimentação;
d. Bioquimica sanguínea básica: glicemia, ureia, creatinina, colesterol e triglicéridos,
iões (sódio, cloro e potássio), proteína total e albumina;
e. Bioquímica sanguínea específica: acido úrico, aspartato aminotransferase (AST) e
alanina aminotransferase (ALT), fosfatase alcalina, GGT, bilirrubina total, directa e
indirecta;
f. Proteína C reactiva;
g. Contagem de CD4;
h. Urina II;
i. Grupo sanguíneo e factor RH;
j. Provas básicas de coagulação;
k. BHCG (teste de gravidez);
l. Pesquisa de sangue oculta nas fezes;
m. Exame parasitológico de fezes;
n. Hematozoário (pesquisa de plasmodium e tripanossoma);
o. Pesquisa de ovos de Schistosoma;
p. Pesquisa de Filaria;
q. Pesquisa de Borrelia;
r. Pesquisa de BK na expectoração;
s. Exame a fresco, coloração pelo GRAM e cultura do corrimento vaginal ou uretral.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 85


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Aula Prática 1. Descrever as orientações a serem dadas ao paciente para as seguintes colheitas: 3
a. Expectoração para exame e pesquisa de BK;
a. Urina;
b. Fezes;
2. Descrever as técnicas de colheita para os seguintes testes:
a. Paracentese;
b. Toracocentese;
c. PAAF;
d. Punção lombar.
3. Realizar testes rápidos (malária, sífilis, HIV, TIG), usando fitas indicadoras.
4. Realizar o preenchimento das requisições usadas para solicitação das análises
diagnósticas solicitadas na prática clínica.

Meios Laboratoriais 1. Para cada análise diagnóstica apresentada abaixo: 10


Básicos: a. Listar os objectivos e indicações, baseados na clínica;
Interpretação b. Definir os valores considerados como “normais”, e as suas excepções;
c. Relacionar os resultados considerados “anormais” com o quadro clínico das
patologias mais comuns na prática clínica;
d. Definir os casos em que os resultados estão muito alterados, representam
risco para o paciente e devem ser encaminhados ao médico;
e. Definir os casos habituais em que os resultados estão inesperadamente
alterados e podem indicar uma deficiência do procedimento.
2. Lista de análises diagnósticas:
a. Hemograma;
b. Leucograma (fórmula leucocitária);
c. Velocidade de hemossedimentação;
d. Bioquímica básica: glicemia, ureia, creatinina, colesterol e triglicéridos, iões (sódio,
cloro e potássio), proteína total e albumina;
e. Bioquímica específica: acido úrico, aspartato aminotransferase (AST) e alanina
aminotransferase (ALT), fosfatase alcalina, GGT, bilirrubina total, directa e
indirecta;
f. Proteína C reactiva;
g. Contagem de CD4;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 86


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
h. Urina II;
i. Grupo sanguíneo e factor RH;
j. Provas básicas de coagulação;
k. BHCG (teste de gravidez);
l. Pesquisa de sangue oculto nas fezes
m. Exame parasitológico fezes;
n. Hematozoário – pesquisa de plasmodium e tripanossoma
o. Pesquisa de ovos de Schistosoma;
p. Urocultura;
q. Pesquisa de BK na expectoração;
r. Exame a fresco; coloração pelo GRAM e cultura do corrimento vaginal ou uretral.

Meios Laboratoriais 1. Para cada um dos exames e meios diagnósticos complementares apresentado abaixo: 3
Complementares: a. Listar os objectivos e indicações, baseados na clínica, para o pedido de análises
Interpretação complementares (mais específicos, dispendiosos e/ou de risco);
b. Definir os valores considerados como “normais”;
c. Confirmar a veracidade do exame “anormal” com a suspeita clínica e avaliar a
necessidade de referir o paciente ao médico.
2. Lista de exames e meios diagnósticos complementares:
a. Coombs directo e indirecto;
b. Carga viral;
c. Pesquisa de bacilos de Hansen (para diagnóstico de lepra);
d. Amilase sérica;
e. Àcido lático;
f. Factor reumatóide;
g. Vidal (Tifoide).

Laboratório 1. Avaliar os resultados oriundos do laboratório, diferenciando aqueles que estão e dos que 2
Humanístico não estão dentro dos parâmetros normais.
2. Listar, por ordem de prioridade, os exames laboratoriais necessários para o diagnóstico
de quadros clínicos habituais, incluindo SIDA, icterícia, anemia, insuficiência renal,
infecções bacterianas, e diabetes
3. Descrever a veracidade de resultados de laboratório “atípicos” no contexto de quadros
clínicos comuns.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 87


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas

Raio X Básico 1. Para cada um dos tipos de exame de raio X apresentado abaixo: 4
a. Explicar os fundamentos do exame radiológico e as bases físicas da sua aplicação
clínica;
b. Definir as diferentes densidades radiológicas, relacionando-as com os tecidos e as
patologias;
c. Ler um exame de RX normal;
d. Descrever as imagens radiológicas anormais mais comuns, relacionando-as com
patologias específicas habituais;
e. Listar imagens radiológicas anormais complexas, que impliquem consulta com
médicos.
2. Lista de tipos de exames de raio X:
a. RX de tórax;
b. RX de abdómen;
c. RX dos ossos longos;
a. RX de coluna, crânio e face.
Meios
Diagnósticos Não Diagnóstico por 1. Para cada um dos tipos de meios diagnóstico indicado abaixo: 1
Laboratoriais Imagem Avançado a. Explicar os fundamentos da técnica e as bases da sua aplicação clínica
b. Enumerar as condições clínicas mais comuns que indicam a necessidade de
encaminhamento ao médico e avaliar a necessidade de estes exames;
c. Listar as limitações dos exames.
2. Lista de meios diagnósticos por imagem:
d. Ecografia;
e. Endoscopia (digestiva alta e baixa, urológica, ginecológica).
Electrocardiograma 1. Explicar os fundamentos da electrocardiografia e as bases da sua aplicação clínica. 1
2. Enumerar as condições clínicas mais comuns que indicam a necessidade de
encaminhamento ao médico e avaliar a necessidade destes exames.

Laboratório 1. Realizar a leitura sistemática dum RX normal, explicando que parâmetros devem ser 2
Humanístico considerados na sua avaliação (tórax, abdómen e ossos longos).
2. Identificar imagens radiológicas comuns, relacionando-as com patologias habituais.
3. Identificar imagens radiológicas não habituais que implicam referência ao nível superior
(médico).

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 88


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
4. Diagnosticar, por imagem básica, doenças e síndromas comuns, incluindo TBC
pulmonar, obstrução intestinal, osteomielite e insuficiência cardíaca.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 89


1º. Semestre
ESTÁGIO
Local do Estágio:
• Serviço de consulta externa;
• Serviço de TARV;
• Enfermarias de Medicina e Cirurgia;
• Maternidade e Consulta Pré-Natal;
• Banco de Socorro;
• Laboratório.
Duração: 4 semanas
Supervisores:
• Médicos Generalistas;
• Enfermeiros Gerais;
• Técnicos de Medicina e de Laboratório.

Técnicas a Demonstrar:
• Dentro do laboratório clínico, reconhecer as máquinas que processam os principais meios
diagnósticos básicos e as bases do seu funcionamento;
• Reproduzir todas as fases do processamento das análises: pré-analítica, analítica e pós-
analítica;
• Demonstrar o processo de colheita de uma amostra de sangue para hemograma, pesquisa de
hematozoário, CD4 e bioquímica;
• Realizar as técnicas dos diferentes testes de diagnóstico rápido;
• Analisar RX normais de tórax, abdómen e ossos longos, identificando os achados patológicos das
patologias mais frequentes.
• Reconhecer os sinais analíticos e radiológicos de gravidade, indicativos de necessidade de
encaminhamento do paciente para uma avaliação médica.
AVALIAÇÃO
Avaliação Teórica
• Um teste escrito parcial , com peso de 20%
• Exame escrito final, com peso de 30%
Avaliação Prática
• Demonstração de técnicas de colheita de espécimes biológicos, com peso de 20%
• Execução de testes rápido usando fitas indicadoras, com peso de 15%
• Análise de algumas alterações mais comuns encontradas no RX de tórax, com peso de 15%
BIBLIOGRAFIA
• Instituto de Patologia Clínica. Manual de Exames, 2003-2004. Hermes Pardini.
• Gorina, Alfonso Balcells. A clínica e o laboratório. Brazil: Medsi Editora; 1996.
• McPherson, RA, Pincus, MR. Diagnóstico clínico e tratamento por métodos
laboratoriais de Henry (Henry's clinical diagnosis and management by laboratory
methods). Saunders; 2005.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 90


1º. Semestre
Disciplina de Saúde da Comunidade
Semestre: I
CARGA HORÁRIA
Horas por Duração Total
Semana (semanas) de Horas
Aulas Teórico-Práticas 2-4 14 48
Avaliação -- -- 2
Sala da Informática 2 3 6
Discussão de Estágio* -- -- --
Número Total de Horas da Disciplina 56 horas
* Neste semestre, os estudantes terão 4 semanas (25h/semana) de estágio nas
enfermarias de pacientes internados e ambulatório.

PRÉ-REQUISITOS:
• Seminário Preparatório

DOCENTES:
• Técnicos de Medicina Preventiva;
• Técnicos de Medicina Especializado em Saúde Pública;
• Técnicos Superiores formados em Saúde Pública.

COMPETÊNCIAS A SEREM ADQUIRIDAS ATÉ O FINAL DA DISCIPLINA:


O Técnico de Medicina será capaz de realizar as seguintes tarefas:
15. Coordenar os serviços curativos com os serviços preventivos da saúde (ao nível distrital,
municipal e provincial).
16. Coordenar os serviços de saúde com os outros serviços da sua área de jurisdição
(Administração Distrital, Administração Municipal).
17. Efectuar o reconhecimento da Área de Saúde, em coordenação com os outros Técnicos de
Saude.
18. Orientar e supervisionar o trabalho dos Agentes de Medicina Preventiva (AMP) na promoção
de actividades de higiene ambiental.
19. Orientar e supervisionar o trabalho dos Agentes de Medicina Preventiva (AMP) na emissão
de Boletins de Sanidade.
20. Em colaboração com outros membros da Equipa de Saúde, realizar as actividades de Saúde
Escolar e do Trabalhador.
21. Orientar e supervisionar o trabalho das vacinações, segundo as orientações dos Programa
Alargado de Vacinações (PAV) e Nutrição.
22. Interpretar os Boletins Epidemiológicos Semanais, Mensais e Trimestrais para a tomada de
decisões de controlo e tratamento de casos de doenças.
23. Controlo de Surtos:
c. Planificar e gerir a resposta a surtos comunitários de doenças comuns como cólera,
meningite, sarampo, diarréias/disenteria, e conjuntivite.
d. Planificar e gerir a resposta a surtos institucionais (no hospital, nas escolas, nas cadeias, e
outras instituições similares) .

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 91


1º. Semestre
24. Estabelecer relacionamento profissional com os líderes comunitários, parteiras tradicionais,
praticantes de medicina tradicional (PMTs) para motivá-los, com vista à facilitação e
empenho no trabalho de mobilização das comunidades.
25. Apresentar e interpretar dados estatísticos através de:
a. Tabelas simples e de correlação (2X2);
b. Gráficos: histograma de barras, circulares e lineares. (XY).
26. Calcular, interpretar e explicar os seguintes indicadores de estado de saúde duma população:
Incidência, prevalência, taxa de ataque, taxas de mortalidade geral/ materno/ infantil.
27. Explicar a importância de saúde pública, incluindo os conceitos de determinantes de saúde e
factores de risco (usando exemplos como saneamento, higiene, etc.)
28. Explicar a epidemiologia e os meios de controlo e prevenção ao nível comunitário e
individual das seguintes endemias e epidemias do país (TB, malária, cólera, sarampo,
meningite, ITS-HIV-SIDA e Doenças Negligenciadas.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 92


1º. Semestre
Plano Temático
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Conceitos Iniciais de 1. Definir os conceitos de saúde (do OMS e outros), doença, saúde pública e prevenção 2
Prevenção e Saúde (primária, secundária, e terciária).
Pública 2. Descrever o papel da saúde pública e prevenção na melhoria do estado de saúde.
3. Descrever o papel das práticas higiénicas, saneamento do meio e vacinações na saúde,
usando exemplos aplicáveis a uma comunidade.
4. Definir e explicar, determinantes sociais de saúde.
5. Descrever o papel de determinantes sociais de saúde na saúde de populações.
6. Definir, explicar e dar exemplos de factores de risco.
7. Descrever a relação entre saúde pública e cuidados de saúde.
8. Definir epidemiologia e explicar o seu papel na saúde pública.
9. Descrever o conceito de transição epidemiológica e explicar a natureza da transição
epidemiológica no país.

Principais Problemas 1. Listar as doenças mais comuns/importantes em Moçambique e para cada uma: 2
Introdução a de Saúde em a. Identificar populações de maior risco;
Saúde Moçambique b. Meios de transmissão;
Comunitária e c. Distribuição geográfica;
Saúde Pública d. Razão para sua importância;
e. Medidas de prevenção ao nível comunitário e ao nível individual.

Programas/ 1. Listar e descrever, em termos gerais, os principais programas do Sistema Nacional de 2


Intervenções em Saúde de:
Saúde Pública do a. Saúde Mental;
Sistema Nacional de b. Malária;
c. Saúde Infantil;
Saúde
d. Saúde Reprodutiva;
e. Saúde Escolar e de Adolescentes (incluindo saúde oral);
f. HIV: PTV- Programa de Transmissão Vertical e TARV;
g. PAV- Programa Alargado de Vacinações
h. Tuberculose;
i. Lepra;
j. Nutrição.
Introdução a Conceitos Gerais de 1. Listar os principais propósitos e usos da epidemiologia. 3

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 93


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Epidemioligia e Epidemiologia e 2. Definir os conceitos de endemia, epidemia, mortalidade, morbilidade, associação e
Bio-Estatística Estatística causalidade.
3. Definir e explicar a diferença entre epidemiologia descritiva e epidemiologia analítica.
4. Descrever, usando exemplos, as tríadas da epidemiologia descritiva (pessoa, tempo,
lugar) e epidemiologia analítica (agente, hóspede, ambiente).
5. Definir estatística e o relacionamento entre epidemiologia, estatística e saúde pública.
6. Definir e explicar a diferença entre dados estatísticos e informação.
7. Definir e diferenciar os conceitos de população, censo e amostra.
8. Descrever “amostra aleatória” e como a análise de uma amostra permite chegar a
conclusões acerca de uma população.
9. Descrever o conceito de vício (amostras viciadas) na epidemiologia/estatística.

Medições de 1. Definir média, mediana e moda e interpretar esses valores. 2


Tendência Central e 2. Calcular média e mediana, usando “datasets” pequenos com uma calculadora e/ou
Frequência de Excel.
Doença 3. Definir, interpretar e calcular as seguintes medições de frequência de doença:
a. Rácio, proporção e taxa;
b. Prevalência;
c. Taxa de incidência (morbilidade) e taxa de mortalidade;
d. Taxa de letalidade de casos e os factores que a influenciam.
4. Organizar, interpretar e apresentar dados sob a forma de:
a. Tabelas simples;
b. Gráficos de barras simples;
c. Histogramas;
d. Gráficos circulares.
Demografia 1. Definir demografia, população, censo, estimativa populacional e estrutura 2
populacional.
2. Listar fontes comuns de dados demográficos do país.
3. Explicar a ligação entre demografia, epidemiologia e serviços de saúde.
4. Definir e interpretar as taxas de natalidade, fecundidade, mortalidade e crescimento
populacional.
5. Definir e interpretar as taxas de mortalidade infantil (0-1, 1-5 anos) e de mortalidade
materna e sua importância como indicadores de saúde.
6. Estimar populações, usando IDS (Instituto de Demografia e Estatística).

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 94


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
7. Estimar populações de grupos de idades específicas.

Introdução à 1. Definir vigilância epidemiológica e descrever em termos gerais o processo e os 2


Vigilância propósitos.
Epidemiológica 2. Descrever a diferença entre vigilância activa, passiva, e entre a vigilância de doenças
de notificação obrigatória e de sentinela e listar as vantagens e desvantagens de cada
uma.
3. Listar e descrever os passos/componentes de um Sistema de Vigilância
Epidemiológica.

Vigilância 1. Listar os componentes do Sistema de Vigilância Epidemiológica do país: 3


Epidemiológica no a. Notificação de Epidemias;
País e o Sistema de b. Vigilância Nutricional;
Informação de Saúde c. Vigilância de Doenças de Notificação Obrigatória;
d. Vigilância de Doenças de Erradicação/Eliminação;
(SIS)
e. Vigilância de Outras Doenças do Sistema Nacional de Saúde:
i. HIV (incluindo TARV, ATS, PTV, Cuidados Domiciliários), Lepra, TB, ITS.
2. Para cada um dos componentes apresentadostados acima:
a. Listar as doenças inclusas e a periodicidade de notificação de cada uma;
b. Listar a definição de casos;
c. Indicar se for vigilância de sentinela ou de todas as unidades sanitárias (US).
3. Descrever o protocolo de registo de novos casos na US.
4. Resumir e explicar os dados apresentados nos boletins estatísticos semanais, mensais e
trimestrais.

Sala de Informática 1. Elaborar estatísticas e representar graficamente os dados de Vigilância Epidemiológica 6


do país, usando Excel, e/ou calculadoras e papel.
2. Listar e preencher as fichas de notificação de doenças.

Detecção e Gestão 1. Definir surto e epidemia. 6


de Surtos no Distrito 2. Descrever como os surtos podem ser detectados (ou quando se deve suspeitar de um
surto).
3. Descrever e executar os passos da investigação e do controlo de um surto:
a. Explicar como verificar a existência de um surto;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 95


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
b. Descrever o processo de notificação da doença;
c. Descrever o processo de notificação às autoridades locais, incluindo a pessoa que
deve ser notificada e a informação a ser transmitida;
d. Procurar casos e fazer um registo de doentes;
e. Traçar uma curva epidémica;
i. Identificar as curvas típicas de diferentes tipos de epidemias;
f. Definir e calcular a taxa de ataque;
g. Descrever o processo de transporte de amostras ao laboratório;
h. Identificar a provável fonte da epidemia;
i. Recomendar medidas de controlo da epidemia, dependendo da doença;
4. Descrever medidas gerais para gestão de um surto, incluindo:
a. Preparação de pessoal e recursos para investigar e controlar o surto;
b. Preparação para o tratamento de casos (verificar que stock de vacinas e
medicamentos são suficientes e reforçar o stock, se necessário).
c. Comunicação com a comunidade;
d. Protecção de investigadores e pessoal de saúde;
e. Preparação para a prevenção (primária e secundária) do surto actual e de surtos
futuros.
5. Descrever os métodos para lidar com as preocupações das comunidades ligadas ao surto
e discutir a sua importância.
6. Listar as doenças que acontecem em surtos e epidemias no país e descrever as suas
características, incluindo sinais e sintomas, meios de transmissão, taxa de fatalidade e as
condições que podem levar a um surto.
7. Listar medidas de controlo típicas para diferentes tipos de surtos (incluindo os que são
transmitidos pela água, comida, ar, por vía fecal-oral, os que são preveníveis por
vacinação e os casos específicos de sarampo, cólera, meningite e peste).
8. Descrever a diferença entre a investigação de surtos institucionais e surtos
comunitários, incluindo casos específicos de surtos nas Unidades Sanitárias.
9. Descrever as medidas para o controlo de surtos institucionais (incluindo a necessidade
de reforçar as medidas normais de biossegurança).

Programa Introdução ao 1. Listar os objectivos principais do PAV. 1


Alargado de Programa Alargado 2. Descrever as 2 estratégias principais do PAV:
Vacinações (PAV) de Vacinações a. Vacinações rotineiras nas US’s;

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1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
b. Campanhas de vacinação.

Execução das 1. Listar as vacinações principais utilizadas no país e descrever para cada uma, o seguinte: 2
Acções de a. A doença que a vacinação previne;
Vacinação b. O período e idade ideal para a administração (calendário vacinal);
c. A administração correcta, incluindo a dose, os métodos para a diluição, a
quantidade a medir, como administrar, o estado de conservação e a data de
expiração;
d. Precauções e contra-indicações.
2. Demonstrar como registar correctamente as vacinas no cartão de vacinação individual.

Gestão do PAV 1. Listar todo o material e equipamento necessário para o funcionamento do PAV nas
Unidades Sanitárias.
2. Estimar as necessidades de vacinas por mês, semestre e ano, usando dados
demográficos, metas fornecidas e taxas de uso anteriores.
3. Definir cadeia de frio e explicar a sua importância.
4. Descrever o processo de transporte e armazenamento de vacinas aos vários níveis das
Unidades Sanitárias.
5. Descrever o processo de recepção de vacinas, incluindo o processo de verificação do
estado de conservação.
6. Demonstrar o preenchimento correcto dos guiões de entrega e de recepção de vacinas.
7. Para cada vacina, fazer a leitura correcta dos indicadores térmicos e relacioná-los com a
qualidade da vacina e medidas para to1.152 p2u11(i)-3(na)2( e)11( m)1rar o pr

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 97


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
vacinação, usando dados demográficos,
4. Descrever o processo de manutenção da cadeia de frio durante uma campanha de
vacinação.
5. Calcular e elaborar uma lista de material e equipamento necessário para uma campanha
de vacinação.
6. Elaborar um plano de implementação de uma campanha de vacinação.
7. Descrever o funcionamento de uma caixa isotérmica portátil e a sua organização interna
para conservação de vacinas.
8. Arrumar correctamente uma caixa isotérmica com vacinas e acumuladores.
9. Descrever e calcular, na base do plano de implementação, a composição de brigadas
móveis de vacinação.

Mobilização 1. Definir e descrever a importância e o propósito de mobilização e envolvimento 2


Comunitária para comunitário.
Campanhas de 2. Descrever o processo de mobilização e envolvimento comunitário.
Vacinação 3. Listar as vantagens das várias vacinas.
4. Listar os obstáculos mais comuns paraa participação das comunidades nas vacinações e
sugerir estratégias para os superar
5. Explicar considerações e boas práticas para conduzir um encontro com a comunidade
com vista a uma campanha do PAV.
6. Preparar e simular um encontro para motivar uma comunidade a participar numa
campanha de vacinação.

Vacinações Fora do 1. Listar as vacinações fora do quadro normal. 1


Quadro Normal 2. Descrever o contexto em que devem ser solicitadas.
3. Descrever o processo de solicitação e requisição de vacinas.
4. Para cada vacinação mencionada acima, listar:
a. O período de administração;
b. O processo correcto de administração;
c. Precauções e contra-indicações.

Monitoria e 1. Descrever, interpretar e calcular os seguintes dados de monitoria vacinal: 3


Avaliação do PAV a. Taxa de cobertura vacinal;
b. Taxa de desperdicio vacinal;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 98


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
c. Taxa de quebra vacinal;
d. Taxa de crianças com cicatriz BCG.
2. Listar as metas para esses dados.
3. Descrever o propósito, os objectivos e o método dos inquéritos à saída.
Higiene Ambiental e 1. Definir “saneamento do meio” e listar vários meios. 6
Saneamento do Meio 2. Explicar a relação entre saneamento do meio e a saúde
3. Enumerar e definir as doenças cuja transmissão é favorecida por meio terrestre não são
e sua interacção com os vectores (moscas, mosquitos, mãos, animais domésticos,
roedores e utensílios).
4. Descrever as práticas e opções para a remoção do lixo doméstico.
5. Descrever a localização e construção de aterros sanitários caseiros.
6. Explicar os riscos de fecalismo a céu aberto, em relação à fonte de doenças, estética e
poluição do ar.
7. Definir e descrever a transmissão de doenças pela via fecal-oral.
8. Listar as doenças comuns de transmissão fecal-oral.
9. Listar as precauções que podem ser tomadas para evitar a transmissão fecal-oral.
Outros 10. Listar as opções para deposição de dejectos humanos nos ambientes rurais, suburbanos
e urbanos.
Programas
11. Explicar as considerações para a localização, construção e manutenção de latrinas
Comunitários e melhoradas.
de Educação para 12. Descrever o processo e a importância de manter a higiene de crianças, incluindo o
Saúde tratamento de fraldas e a disposição de fezes.
13. Descrever a importância e as medidas da estabulação de animais domésticos.
14. Descrever a água como meio de transmissão de doenças, incluindo a contaminação
biológica e química da água.
15. Explicar a água como fonte de propagação de doenças infecciosas.
16. Descrever medidas de controlo e barreiras de propagação de doenças por água.
17. Descrever o tratamento de água através de cloro, de filtros ou de calor.
18. Descrever a contaminação química de água por resíduos químicos industriais,
agroquímicos e pecuários.
19. Identificar tratamentos básicos de água de lagoas, rios e poços.
20. Explicar como transportar e armazenar água potável para manter a sua limpeza.
21. Descrever boas práticas para garantir a higiene dos alimentos durante a confecção e a
conservação.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 99


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
22. Descrever os riscos de consumo de alimentos mal conservados, deteriorados ou
contaminados.
23. Descrever e explicar práticas simples para a boa conservação dos alimentos: mãos
limpas e lavagem dos alimentos, conservação em frio, aquecimento e ou cozedura, uso
de recipientes fechados que constituam barreira física contra baratas, formigas, moscas
e roedores.
24. Descrever a relação entre a poluição biológica do ar e doenças respiratórias infecciosas.
25. Descrever a poluição química do ar por poeira, fumo, compostos orgânicos voláteis, e
maus odores.
26. Descrever as práticas básicas de higiene pessoal (incluindo lavar mãos, tomar banho
diariamente, escovar os dentes, cortar as unhas, lavar e passar a ferro a roupa, evitar
contacto com água contaminada, não andar descalço, combater infestações por piolhos,
não cuspir no chão, e cobrir a boca quando tossir).
27. Descrever as práticas de manter a higiene do lar (incluindo limpeza da casa e quintal,
proteger o lar e as crianças de contacto com animais domésticos, estender roupa de
cama, remoção de lixo, e controle de buracos e charcos).
28. Descrever o processo de Diagnóstico Rural Participativo (DRP).

Programa de 1. Descrever os grupos mais vulneráveis à malária. 2


Controlo de Malária 2. Descrever o ciclo de vida do mosquito.
3. Explicar as medidas de protecção contra a proliferação e o contacto com os mosquitos.
4. Descrever o uso e os cuidados a ter com as redes mosquiteiras;
5. Discutir repelentes tradicionais e comerciais.
6. Descrever a estrutura e a organização de campanhas de pulverização intra-domiciliária.
7. Discutir as vantagens e precauções da pulverização intra-domiciliária.

Programa de 1. Descrever em linhas gerais tuberculose e lepra, incluindo: 2


Tuberculose e Lepra a. Agente etiológico;
b. Sinais e sintomas comuns;
c. Duração do tratamento e dificuldade de adesão ao tratamento.
d. Riscos ligados a abandono do tratamento;
e. Vias de transmissão;
f. Medidas de prevenção;
g. Mitos associados às doenças;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 100


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
h. Estigma associado às doenças.
2. Descrever a Estratégia de Luta Anti-TB e Estratégia de Luta Anti-Lepra
(ELAT/ELAL):
a. Descrever a estrutura organizacional do Programa ao nível distrital;
b. Descrever as responsabilidades do TM/Clínico e do Responsável Distrital de
ELAT/ELAL no âmbito do Programa;
c. Descrever o processo de coordenação entre eles;
d. Descrever o processo de busca activa dos doentes e contactos (despiste).
3. Descrever a associação da tuberculose com o HIV e o rastreio da tuberculose nos
pacientes com HIV e vice-versa;
4. Descrever o processo de busca activa dos abandonos.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 101


1º. Semestre
AVALIAÇÃO
Avaliação Teórica
• Um teste escrito parcial, com um peso de 20%
• Exame escrito final, com um peso de 30%
Avaliação Prática
• Preenchimento correcto dos registos do Sistema de Vigilância Epidemiológica, com um peso de 25%;
• Elaboração de um plano de implementação de uma campanha de PAV integrada, incluindo cálculo de todas as
vacinas, matérias e equipamentos necessários, com um peso de 20%;
• Apresentação do trabalho, com um peso de 5%.
BIBLIOGRAFIA
• Barreto A, Gujral L, Matos CS. Análise dos dados da vigilância epidemiológica das doenças transmissíveis
Moçambique. MISAU: 1981-2001.
• Ching, P. Análise, documentação e feedback dos dados de vigilância (Analysis, reporting and feedback of
surveillance data) [Powerpoint Slides]. University of Pittsburg Supercourse Lecture. Disponível por:
http://www.pitt.edu/~super1/lecture/cdc0271/index.htm
• Kip, K.E. EPI2110 Princípios de epidemiologia (Principles of epidemiology) [Powerpoint Slides]. University
of Pittsburg Supercourse Lecture 2004. Disponível por:
http://www.pitt.edu/~super1/lecture/lec16741/index.htm
• Linkov, F. Aula magna sobre prevenção [Powerpoint Slides]. University of Pittsburg Supercourse Lecture
2009. Disponível por:
http://www.pitt.edu/~super1/lecture/lec10661/index.htm
• Paneth, N. EPI810 Introdução a epidemiologia [Powerpoitn Slides]. University of Pittsburg Supercourse
Lecture. Disponível por:
http://www.pitt.edu/~super1/lecture/lec13071/index.htm
• Paneth, N. Transmissão de doença e seu contexto [Powerpoitn Slides]. University of Pittsburg Supercourse
Lecture. Disponível por:
http://www.pitt.edu/~super1/lecture/lec13081/index.htm
• Paneth, N. Amostra populacional [Powerpoint Slides]. University of Pittsburg Supercourse Lecture.
Disponível por:
http://www.pitt.edu/~super1/lecture/lec13101/index.htm
• Paneth, N. Medidas de frequencia duma doença: primeira parte [Powerpoint Slides]. University of Pittsburg
Supercourse Lecture. Disponível por:
http://www.pitt.edu/~super1/lecture/lec13681/index.htm
• Paneth, N. Medidas de frequencia duma doença: segunda parte [Powerpoint Slides]. University of Pittsburg
Supercourse Lecture. Disponível por:
http://www.pitt.edu/~super1/lecture/lec13691/index.htm
• Werner D, Cliff J, Mariano A, Munguambe, K. Onde não há médico. Hisperian Foundation, TALC: 2009.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 102


1º. Semestre

Disciplina de Semiologia I - Anamnese


Semestre: I
CARGA HORÁRIA
Horas por Duração Total
Semana (semanas) de Horas
Aulas Teórico-Práticas 7-9 6 38
Avaliação -- -- 2
Laboratório 2-5 6 12
Avaliação -- -- 2
Discussão de Estágio* 5 1 5
Número Total de Horas da Disciplina 59 horas
* Neste semestre, os estudantes terão 4 semanas (25h/semana) de estágio nas enfermarias de pacientes
internados e ambulatório.

DOCENTES:
• Médicos de Clínica Geral
• Técnicos de Medicina Especializados em ensino ou com experiência clínica
COMPETÊNCIAS A SEREM ADQUIRIDAS ATÉ AO FINAL DA DISCIPLINA:
O Técnico de Medicina será capaz de realizar as seguintes tarefas:
10. Colher uma anamnese:
a. Queixa principal;
b. História da doença actual;
c. Revisão por aparelhos e sistemas;
d. História patológica pregressa;
e. História familiar ;
f. História psicossocial;
11. Fazer o resumo da anamnese
12. Descrever os sintomas duma possível doença mental
13. Redigir uma anamnese dirigida às doenças mentais
14. Colocar as hipóteses diagnósticas com base na anamnese
15. Priorizar as hipóteses diagnósticas identificadas
16. Reconhecer sintomas patológicos.
17. Realizar uma anamnese obstétrico-ginecológica sumária
18. Colher uma anamnese clínica que identifique as circunstâncias de um trauma, a gravidade e/ou o grau de risco
sobre a vida do paciente

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 103


1º. Semestre
Plano Temático
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Definições 1. Definir os termos: semiologia, propedêutica e semiotécnica; historia clínica 2
(anamnese e exame físico);
2. Diferenciar os termos ‘sinais’ e ‘sintomas’;
3. Definir ‘sintoma cardinal’ e dar exemplos;
4. Definir ‘sintomas constitucionais’ e dar exemplos;
5. Especificar o uso do termo ‘sintomatologia ou quadro clínico’;
6. Explicar a relação entre a anamnese e a hipótese diagnóstica;

Estrutura Geral 1. Enumerar os componentes ‘padrão’ de uma anamnese abrangente: 2


a. Identificação;
b. Queixa principal;
c. História da doença actual;
d. História médica pregressa;
Conceitos Gerais e. Histórico familiar;
f. História pessoal /social;
g. Revisão de sistemas.

Atitudes – Técnicas 1. Explicar as condições básicas para obter uma boa anamnese, considerando o 2
de Comunicação perfil do paciente;
2. Descrever os fundamentos da relação clínico-paciente;
3. Explicar como gerir a participação da família e/ou do acompanhante no exame
clínico;
4. Enumerar as situações em que a história poderá ser colhida através de um
acompanhante ou responsável (paciente crítico, criança, paciente psiquiátrico);
5. Explicar as técnicas de comunicação frequentemente utilizadas na entrevista
médica.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 104


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Identificação 1. Listar os elementos que devem ser considerados na identificação das diversas 1
fases da anamnese:
a. Nome
b. Idade
c. Sexo
d. Cor (raça)
e. Estado civil
f. Profissão (actual e anteriores)
g. Local de trabalho
h. Naturalidade
i. Residência

Queixa Principal 1. Definir ‘queixa principal’; 2


2. Explicar estratégias para encontrar o verdadeiro motivo da visita;
As Diversas Fases
3. Explicar como expressar a queixa principal com os termos usados pelo
da Anamnese
paciente.
Abrangente
História da Doença 1. Explicar o que deve constar na ‘história da doença actual’; 2
Actual (HDA) 2. Descrever o esquema para análise dos sintomas mais relevantes:
a. Cronologia (inicio, duração e periodicidade);
b. Localização corporal, irradiação e profundidade;
c. Qualidade;
d. Quantidade (intensidade, relação com funções do organismo);
e. Evolução (influência dos tratamentos);
f. Factores de melhora ou piora;
g. Situação do sintoma no momento actual;
h. Manifestações associadas;
i. Anamnese dos aparelhos ao qual estão relacionados os sintomas principais;
3. Explicar o valor de dados negativos num diagnóstico diferencial.
4. Explicar como registar a ‘história da doença actual’

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 105


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Aula Prática 1. Efectuar as primeiras etapas da entrevista médica com um colega 2

História Médica 1. Obter os dados da história médica pregressa do paciente: 2


Pregressa a. Doenças da infância e da vida adulta;
b. Hospitalizações;
c. Intervenções Cirúrgicas;
d. Traumas;
e. Medicações;
f. Alergias;
g. Imunizações;

Antecedentes 1. Colher e analisar informação relevante nos antecedentes dos familiares: 1.5
Familiares a. Estado de saúde dos pais e irmãos;
b. Causas de óbitos em familiares próximos;
c. Doenças hereditárias;
d. Patologias como diabetes, hipertensão, câncro, doenças alérgicas,
problemas psiquiátricas

História 1. Explicar os dados relevantes do perfil psicossocial: 1.5


Pessoal/Social a. Alimentação;
b. Habitação (aceso à água potável, saneamento, número de conviventes,
combustível usado para cozinhar e localização);
c. Ocupação actual e anterior;
d. Actividades físicas;
e. Vícios (álcool, tabaco, tóxicos);
f. Grau de escolaridade;
g. Situação económica;
h. Viagens recentes;
i. Uso de medicina alternativa.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 106


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Aula Prática 1. Executar as técnicas de entrevista médica (apresentação, identificação, queixa 3
principal, HDA, história médica antecedente, antecedentes familiares e história
pessoal/social) com um colega ou um paciente voluntário.

Revisão de Sistemas 1. Enumerar e explicar o significado dos sintomas cardinais, principias ou mais 10
frequentes, referentes a cada aparelho ou sistema.
2. Definir os seguintes termos:
a. Sintomas e sinais gerais:
i. Perda ou ganho de peso
ii. Alterações do apetite
iii. Astenia
iv. Fraqueza
v. Mal-estar
vi. Febre
vii. Calafrios
As Diversas Fases viii. Suores à noite
da Anamnese ix. Palidez
Abrangente b. Cabeça e pescoço
i. Dor facial, cefaleia, traumatismo;
ii. Aparelho ocular: acuidade visual, diplopia, secreção, lacrimejo,
sensação de corpo estranho, dor ocular, fotofobia, história de
glaucoma ou catarata, estrabismo;
iii. Aparelho auditivo: deficiência auditiva, tontura, vertigem, otalgia,
secreção (otorréia/otorragia), zumbido, surdez, hipoacsia.
iv. Nariz e seios paranasais: epistaxe, rinorreia, prurido, crises de espirro,
obstrução/congestão nasal, hiposmia, anosmia, coriza;
v. Boca e orofaringe: lesões de mucosa (úlceras, aftas), cárie,
gengivorragia, gotejamento pós-nasal, disfagia, rouquidão;
vi. Pescoço: nódulos, odinofagia, dor ao movimentar, torticolo, bócio.
c. Pele e anexos

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 107


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
i. Prurido;
ii. Petéquias, equimoses;
iii. Máculas, pápulas;
iv. Eritema, exantema;
v. Vesículas, bolhas;
vi. Pústulas, crostas, úlceras;
vii. Alterações de cor, textura, humidade e elasticidade;
viii. Cicatriz;
ix. Feridas;
x. Alopécia, hipertricose, hirsutismo;
xi. Alterações das unhas.
d. Mamas
i. Nódulos;
ii. Secreção mamilar;
iii. Dor;
iv. Relação com ciclo menstrual;
v. Fissuras;
e. Sistema respiratório
i. Dor torácica;
ii. Dispneia;
iii. Tosse;
iv. Expectoração;
v. Vómica;
vi. Hemoptise;
vii. Pieira ou sibilância;
viii. Estridor.
f. Sistema cardiovascular
i. Dor precordial;
ii. Dispneia de repouso ou de esforço, ortopneia, dispneia paroxística
nocturna, nictúria;
iii. Palpitações;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 108


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
iv. Tonturas, síncope;
v. Edemas;
vi. Claudicação intermitente;
vii. Varizes dos membros inferiores.
g. Sistema digestivo
i. Apetite, anorexia, bulimia;
ii. Sialorreia e xerostomia;
iii. Odinofagia, disfagia e afagia;
iv. Regurgitação, ruminação;
v. Pirose;
vi. Plenitude ou empachamento pós-prandial;
vii. Saciedade precoce;
viii. Náuseas, vómitos;
ix. Hematemese, melena;
x. Dor abdominal;
xi. Constipação, diarreia, disenteria;
xii. Flatulência;
xiii. Distensão abdominal;
xiv. Tenesmo;
xv. Incontinência fecal;
xvi. Prurido anal;
xvii. Hemorróidas;
xviii. Dor perineal;
h. Sistema genito-urinário
i. Alterações miccionais: Nictúria, polaquiúria, urgência, incontinência,
ardência miccional, hematúria, disúria, eliminação de cálculos,
alteração de odor da urina;
ii. Dor lombar com/sem irradiação;
iii. Lesões genitais;
iv. Infertilidade, esterilidade;
v. Vida sexual, libido, ejaculação precoce, impotência, disfunção eréctil;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 109


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
dispareunia, anorgasmia,práticas sexuais;
vi. No Homem: impotência, massas na bolsa escrotal, alteração do jacto
urinário, secreções, ulcerações;
vii. Na Mulher: prurido vaginal, corrimento, dispareunia, anticoncepção,
metrorragia, amenorreia, número de gravidezes, partos e abortos (G-P-
A), menarca, menopausa.
i. Sistema hemolinfopoiético
i. Astenia;
ii. Palidez;
iii. Petéquias, equimoses, hematomas, gengivorragia, hematúria,
hemorragia digestiva;
iv. Linfo-adenopatias, organomegálias
j. Sistema endócrino
i. Intolerância ao frio ou calor;
ii. Alterações dos pêlos;
iii. Atraso psicomotor;
iv. Atraso de crescimento;
v. Polifagia;
vi. Polidipsia;
vii. Poliúria;
viii. Hirsutismo.
k. Sistema músculo-esquelético
i. Alterações articulares (dor, calor, rubor, restrição de movimentos);
ii. Lombalgia com/sem irradiação;
iii. Dor e restrição dos movimentos;
iv. Escoliose, lordose, cifose;
v. Dor nas pernas e claudicação na marcha;
vi. Mialgia, contracturas, tremores, fasciculações, cãibras, fraqueza,
atrofia;
vii. Fracturas e traumatismos.
l. Sistema nervoso

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 110


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
i. Cefaleia;
ii. Parestesia, anestesia, hipoestesia, hiperestesia;
iii. Convulsões;
iv. Movimentos involuntários: mioclonia, fasciculações, hipertonia,
coreia;
v. Paralisias;
vi. Alterações da consciência, coma;
vii. Insónia, sonolência, hipersonia;
viii. Amnésia;
ix. Confusão mental;
x. Disfasia, afasia, disartria;
xi. Distúrbios de marcha e do equilíbrio;
m. Exame psíquico
i. Aparência e atitude;
ii. Consciência;
iii. Orientação e atenção;
iv. Memória;
v. Inteligência;
vi. Pensamento;
vii. Senso, percepção;
viii. Afectividade.

Registo da Anamnese 1. Organizar de modo lógico as informações obtidas na anamnese 2

Aula Prática 1. Realizar a anamnese completa com um colega 5

Geral 1. Listar circunstâncias em que será difícil ou impossível, para o técnico, aderir à 1
Anamnese estrutura compreensiva da anamnese;
Adaptada ao 2. Explicar a importância do uso de um guião de anamnese.
Perfil do Paciente

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1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Área de Obstetrícia e 1. Descrever as especificidades e estrutura da ananmnese na primeira consulta pré- 3
Ginecologia natal:
a. Identificação (incluindo situação conjugal);
b. Perfil sócio-económico;
c. Motivos da consulta (consulta de rotina ou se há algum outro motivo);
d. Antecedentes familiares;
e. Antecedentes pessoais;
f. Antecedentes ginecológicos e obstétricos;
g. Sexualidade (sexualidade na gestação actual, número de parceiros);
h. Gravidez actual;
2. Enumerar os elementos principais do roteiro para a anamnese nas consultas pré-
natais subsequentes.
3. Descrever os sintomas mais frequentes durante a gravidez.
4. Descrever as especificidades principais da anamnese da consulta pós-parto
(puerpério).
5. Descrever as especificidades principais da anamnese de uma consulta para uma
paciente com queixas ginecológicas;
6. Enumerar as especificidades principais da anamnese de uma consulta para uma
mulher que deseja fazer planeamento familiar.

Área de Psiquiatria 1. Descrever as características gerais que distinguem a anamnese do paciente com 2
doença psiquiátrica da anamnese em geral;
2. Enumerar os objectivos da anamnese psiquiátrica;
3. Enumerar as áreas importantes a serem exploradas na entrevista psiquiátrica;
4. Explicar a utilidade da anamnese com os familiares na área de psiquiatria.

Trauma e 1. Enumerar os objetivos principais da anamnese em situações de emergência; 2


Emergências 2. Descrever as características da anamnese em situações de emergência.

HIV/SIDA 1. Explicar a diferença entre o paciente crónico e agudo. 2


2. Descrever características do HIV e seu tratamento, que influenciam a anamnese

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 112


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
do paciente HIV positivo;
3. Constituir um roteiro abrangente e adaptado para a primeira consulta de um
paciente diagnosticado com HIV.

Aula Prática 1. Realizar a anamnese da mulher grávida com um colega 2

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 113


1º. Semestre
ESTÁGIO
Local do Estágio:
• Serviços de hospitalização de adultos em hospitais distritais, rurais ou provinciais;
• Consultas externas de adultos em centros de saúde ou hospitais;
• Consultas pré-natais.
Duração: 4 semanas
Supervisores:
• Médicos de Clínica Geral
• Técnicos de Medicina com experiência clínica
Técnicas a Demonstrar:
• Recolher uma história clínica adequada para pacientes adultos e mulheres grávidas;
• Registar as informações obtidas com a linguagem padronizada, em cada secção da anamnese.
Seminários de Discussão do Estágio:
• Apresentação de 4 histórias clínicas:
o Duas de adultos com episódio agudo de doença;
o Uma de adulto, em seguimento, com doença crónica;
o Uma de mulher grávida.
• O docente deve rever a linguagem técnica utilizada para descrever, de forma sucinta,
os sintomas apresentados pelos pacientes.
AVALIAÇÃO
Avaliação Teórica
• Teste escrito parcial, com um peso de 10%.
• Exame escrito final, com um peso de 30%.

Avaliação Prática
• Elaboração duma anamnese com um paciente simulado 20%.

Avaliação do Estágio
• Apresentação de 2 casos observados no estágio, cada um com peso de 10% (peso total de
20%).
• Demonstração de aptidões técnicas, conforme as identificadas no estágio nos serviços de
hospitalização e no ambulatório, com peso de 20%.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 114


1º. Semestre
Disciplina de Semiologia II - Exame Físico
Semestre: I
CARGA HORÁRIA
Horas por Duração Total
Semana (semanas) de Horas
Aulas Teórico-Práticas 9 - 35 7, 1 60
Avaliação -- -- 3
Laboratório 2-4 8 31
Avaliação -- -- 13
Discussão de Estágio* 5 1 5
Número Total de Horas da Disciplina 112 horas
* Neste semestre, os estudantes terão 4 semanas (25h/semana) de estágio nas
enfermarias de pacientes internados e ambulatório.

PRÉ-REQUISITOS:
• Semiologia 1 (Anamnese)
DOCENTES:
• Médicos de Clínica Geral;
• Técnicos de Medicina Especializados em ensino ou com experiência clínica (mínimo 3 anos).
COMPETÊNCIAS A SEREM ADQUIRIDAS ATÉ AO FINAL DA DISCIPLINA:
O Técnico de Medicina será capaz de realizar as seguintes tarefas:

8. Avaliar, registar e interpretar os sinais vitais nos adultos.


9. Avaliar, registar e interpretar os parâmetros antropométricos principais utilizados em
adultos.
10. Efectuar um exame físico geral, por aparelhos, de um paciente adulto masculino ou
feminino, utilizando:
a. As técnicas básicas de inspecção, palpação, percussão e auscultação;
b. Instrumentos básicos (estetoscópio, otoscópio, lanterna, espátula, martelo de
reflexos, espéculo, fita métrica);
c. Uma sequência lógica e conveniente para o paciente.
11. Diferenciar os sinais normais e patológicos observados durante o exame físico de um
paciente adulto e de mulheres grávidas.
12. Registar, duma forma sucinta, e com a nomenclatura correcta, os resultados do exame
físico geral, por aparelhos.
13. Aplicar comportamentos adequados na área de comunicação e relação interpessoal com
os pacientes e seus familiares.
14. Adaptar correctamente a sequência, o conteúdo e o foco do exame físico numa
mulher grávida

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1º. Semestre
Plano Temático
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Definições e 1. Definir semiologia. 0.5
Conceitos 2. Diferenciar os termos ‘sinais’ e ‘sintomas’.
3. Enumerar os componentes da história clínica:
a. Anamnese;
b. Exame físico.
4. Explicar a relação entre a anamnese e o exame físico.

Estrutura Geral e 1. Enumerar as etapas do exame físico abrangente: 1


Técnicas Básicas do a. Geral;
Exame Físico b. Por aparelhos.
Conceitos Gerais 2. Descrever as manobras clássicas utilizadas no exame físico e as suas finalidades
principais:
a. Inspecção;
b. Palpação;
c. Percussão;
d. Auscultação.
3. Explicar a importância de comparar cada área inspeccionada com a mesma área no
lado contralateral do corpo.

Atitudes e 1. Explicar como conduzir um exame físico do paciente de maneira profissional. 0.5
Abordagem .
Introdução ao Estrutura do Exame 1. Explicar o significado do exame físico geral (e as suas componentes. 0.5
Exame Físico Físico Geral 2. Enumerar os itens a serem avaliados no exame físico geral.
Geral
Observação Geral do 1. Descrever os aspectos a ter em conta na avaliação do estado geral do paciente. 2
Paciente 2. Explicar a nomenclatura que se usa para descrever o estado geral.
3. Definir consciência e coma.
Ectoscopia
4. Explicar a nomenclatura que se usa para descrever o nível de consciência ou o
estado de vigilância.
5. Listar as características normais das mucosas (conjutival, labiobucal, lingual).

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1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
6. Explicar como avaliar o estado de hidratação.
7. Definir ‘a facies’.
8. Explicar a nomenclatura que se usa para descrever certas alterações de facies.
9. Descrever o padrão normal de marcha de uma pessoa.
10. Explicar a nomenclatura que se usa para descrever certas alterações na marcha.
11. Definir e descrever edema.
12. Descrever como avaliar a presença de edemas.
13. Descrever como avaliar a tonicidade e trofismo da musculatura.
14. Enumerar e explicar as principais alterações de fala e linguagem.
15. Explicar a nomenclatura que se usa para descrever o desenvolvimento físico.
16. Explicar como descrever aos pacientes hospitalizados, a atitude e o decúbito
preferido no leito.
17. Explicar como avaliar e descrever a pele e os anexos, utilizando a nomenclatura
técnica.
18. Explicar como avaliar e descrever os linfónodos.
19. Explicar como registar os dados gerais do exame físico geral.

Laboratório 1. Demonstrar como conduzir uma observação geral do paciente incluindo: 2


Humanístico a. Estado geral;
b. Nível de consciência;
c. Mucosas;
d. Estado de hidratação;
e. Fácies;
f. Marcha;
g. Edema;
h. Musculatura;
i. Fala;
j. Desenvolvimento físico;
k. Atitude de decúbito preferido no leito;
l. Pele e anexos;
m. Linfónodos.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 117


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
2. Registar os dados avaliados, usando a nomenclatura técnica.

Temperatura 1. Definir sinais vitais. 0.5


Corporal 2. Explicar os métodos para medir a temperatura corporal (axilar, oral, rectal).
3. Listar as temperaturas normais de adultos nos diferentes pontos de referência.

Pulso e Frequência 1. Explicar como avaliar o pulso. 0.5


Cardíaca 2. Descrever a frequência e ritmo normal do pulso em adultos;
3. Descrever, utilizando a nomenclatura técnica, as possíveis alterações nas
características do pulso.

Frequência 1. Explicar como avaliar a frequência respiratória. 0.5


Respiratória 2. Descrever os valores normais da frequência respiratória em adultos.
3. Descrever as possíveis alterações na frequência respiratória.

Pressão Arterial 1. Descrever os valores normais da tensão arterial (sistólica e diastólica) em adultos. 0.5
Sinais Vitais 2. Descrever as técnicas e os procedimentos envolvidos na avaliação da tensão
arterial.
a. Método palpatório;
b. Método auscultatório.
3. Descrever tensão arterial convergente e tensão arterial divergente;
4. Explicar como registar os resultados dos sinais vitais do paciente.

Laboratório 1. Demonstrar os métodos para medir a temperatura corporal. (axilar, oral, rectal) 2
Humanístico 2. Demonstrar como avaliar o pulso.
3. Demonstrar como avaliar a frequência respiratória.
4. Demonstrar as técnicas e os procedimentos envolvidos na avaliação da tensão
arterial.
a. Método palpatório;
b. Método auscultatório;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 118


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
5. Registar os resultados dos sinais vitais do paciente.

Parâmetros 1. Definir antropometria. 2


Antropométricos 2. Enumerar os parâmetros principais utilizados na antropometria de adultos.
3. Explicar como medir o peso (em kg) e a altura (em cm) do adulto.
4. Explicar como medir a circunferência do braço.
5. Explicar como interpretar os resultados da circunferência do braço.
6. Explicar como calcular o índice de massa corporal (IMC).
Medidas
7. Listar os valores normais e anormais do IMC.
Antropométricas
8. Explicar como registar os dados antropométricos.

Laboratório 1. Demonstrar como medir o peso (em kg) e a altura (em cm) do adulto. 2
Humanístico 2. Demonstrar como medir a circunferência do braço.
3. Registar os dados antropométricos.

Laboratório 1. Demonstrar os seguintes procedimentos num colega ou num manequim, 2


Humanístico identificando os resultados que são considerados normais, quando apropriado:
a. Ectoscopia geral;
Avaliação b. Medir a temperatura, frequência cardíaca e respiratória, pulso, tensão arterial e
dados antropométricos;
c. Registar, duma forma sucinta, os resultados do exame físico geral.

Sequência e 1. Descrever as condições adequadas para realização do exame físico. 1


Introdução ao Posicionamento do 2. Descrever as diferentes possibilidades para o posicionamento do paciente, suas
Exame físico por Paciente indicações e contra-indicações.
Aparelhos 3. Descrever a sequência no exame físico por aparelhos.

Anatomia e 1. Rever a anatomia da cabeça e do pescoço. 1


Exame de Cabeça
fisiologia
e Pescoço do
Paciente Sentado
Crânio, Couro 1. Descrever a posição preferida para examinar a cabeça e o pescoço. 1

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 119


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Cabeludo, e Fácies 2. Enumerar os métodos de avaliação que se utiliza para o exame da cabeça e do
pescoço.
3. Explicar como examinar o crânio do paciente.
4. Descrever as características normais (tamanho, forma e contornos) do crânio.
5. Explicar como avaliar o couro cabeludo e o cabelo.
6. Descrever as características normais do couro cabeludo e do cabelo.
7. Definir alopecia.
8. Descrever os elementos a verificar na face de um paciente.

Laboratório 1. Demonstrar como examinar o crânio do paciente. 2


Humanístico 2. Demonstrar como avaliar o couro cabeludo e o cabelo.
3. Demonstrar os elementos a verificar na face de um paciente.

Olhos 1. Enumerar e explicar os diferentes componentes do exame do olho. 2


2. Definir acuidade visual.
3. Explicar como fazer uma avaliação da acuidade visual.
4. Explicar como registar os resultados da avaliação da acuidade visual.
5. Definir campo visual.
6. Descrever o campo visual normal.
7. Explicar como fazer a avaliação do campo visual (teste de confrontação).
8. Descrever os movimentos normais dos olhos.
9. Descrever a técnica para avaliar os movimentos extra-oculares.
10. Identificar e explicar os diferentes aspectos a avaliar durante o exame dos
movimentos extra-oculares.
11. Definir nistagmo.
12. Descrever a posição e o alinhamento normal dos olhos.
13. Explicar como avaliar a posição e o alinhamento dos olhos.
14. Definir exoftalmia e estrabismo.
15. Descrever a aparência normal das sobrancelhas.
16. Descrever a aparência normal das pálpebras.
17. Explicar como examinar as pálpebras.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 120


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
18. Explicar como inspeccionar e palpar a região da glândula lacrimal para verificar a
presença de edema, hiperemia ou sensibilidade.
19. Descrever a aparência normal da conjuntiva e da esclerótica.
20. Descrever a técnica para poder inspeccionar a conjuntiva da pálpebra inferior e
superior.
21. Listar os aspectos a serem observados ao nível da conjuntiva e da esclerótica.
22. Descrever a reacção normal das pupilas à luz.
23. Descrever a aparência normal das pupilas e da íris.
24. Explicar como observar o formato, tamanho, uniformidade, acomodação e reacção
das pupilas à luz .
25. Definir ptose, midríase, miose e anisocoria.

Laboratório 1. Demonstrar como avaliar a acuidade visual. 2


Humanístico 2. Explicar como registar os resultados da avaliação da acuidade visual.
3. Demonstrar como avaliar o campo visual (teste de confrontação).
4. Demonstrar a técnica para avaliar os movimentos extra-oculares.
5. Demonstrar como avaliar a posição e o alinhamento dos olhos
6. Demonstrar como examinar as pálpebras.
7. Demonstrar como inspeccionar e palpar a região da glândula lacrimal para verificar a
presença de edema, hiperemia ou sensibilidade.
8. Demonstrar como inspeccionar a conjuntiva da pálpebra inferior e superior.
9. Demonstrar como observar o formato, tamanho, uniformidade, acomodação e reacção das
pupilas à luz.

Orelha 1. Enumerar e explicar os diferentes componentes do exame da orelha: 1


a. Inspeccionar/palpar estruturas da orelha externa;
b. Inspeccionar as estruturas da orelha média;
c. Acuidade auditiva.
2. Descrever a aparência normal do pavilhão auricular e meato auditivo externo.
3. Explicar como examinar e descrever a aparência dos pavilhões.
4. Explicar como verificar a presença de sinais de inflamação ao nível do conduto
auditivo externo (CAE).

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 121


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
5. Descrever a aparência normal do conduto auditivo e da membrana timpânica.
6. Explicar o uso de otoscópio para observação das estruturas da orelha média e
externa em adultos.
7. Enumerar os aspectos a avaliar durante o exame com o otoscópio.
8. Explicar o teste simples de avaliação de acuidade auditiva.

Nariz 1. Descrever a aparência normal do nariz, incluindo o aspecto exterior, a mucosa nasal e o 1
septo.
2. Identificar os aspectos a verificar durante a inspecção e palpação do nariz.
3. Descrever como avaliar, com uma lanterna, a mucosa nasal e o septo.
4. Descrever os principais aspectos da inspecção da mucosa nasal.
5. Descrever os principais aspectos da inspecção do septo nasal.
6. Explicar como verificar ou avaliar a presença de sinais de inflamação ao nível dos seios
paranasais.

Boca e Faringe 1. Descrever a aparência normal dos lábios, da mucosa oral, das gengivas, da lingua, dos 1
palatos mole e duro.
2. Descrever os principais aspectos da inspecção dos lábios.
3. Explicar como examinar a mucosa oral com uma lanterna e um baixa-língua
4. Descrever os principais aspectos da inspecção da mucosa oral.
5. Descrever os principais aspectos da inspecção da gengiva.
6. Descrever os principais aspectos na inspecção da língua.
7. Explicar como examinar os palatos mole e duro.
8. Descrever os aspectos a verificar durante a inspecção dos palatos mole e duro.
9. Descrever a aparência normal da uvula, o palato mole, os pilares anteriores e posteriores,
amígdalas e faringe posterior.
10. Explicar como examinar as estruturas da faringe.

Laboratório 1. Demonstrar como examinar e descrever a aparência dos pavilhões do ouvido. 2


Humanístico 2. Demonstrar como verificar a presença de sinais de inflamação ao nível do CAE.
3. Demonstrar o uso de otoscópio para a observação das estruturas da orelha média e
externa em adultos.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 122


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
4. Demonstrar o teste simples de avaliação de acuidade auditiva.
5. Demonstrar a inspecção e palpação do nariz, incluindo os seguintes componentes:
a. Avaliar aspectos externos;
b. Avaliar, com uma lanterna, a mucosa nasal e o septo;

c. Avaliar a presença de sinais de inflamação ao nível dos seios paranasais.


6. Demonstrar os principais aspectos da inspecção dos lábios.
7. Demonstrar como examinar a mucosa oral com uma lanterna e um baixa-língua.
8. Demonstrar os principais aspectos da inspecção da mucosa oral.
9. Demonstrar os principais aspectos da inspecção da gengiva.
10. Demonstrar os principais aspectos na inspecção da língua.
11. Demonstrar como examinar os palatos mole e duro.
12. Demonstrar como examinar as estruturas da faringe.

Pescoço 1. Explicar a avaliação geral (inspecção e palpação) do pescoço. 1


2. Explicar como examinar (palpação) os nódulos linfáticos da cabeça e do pescoço.
3. Descrever a localização normal da traqueia.
4. Enumerar os aspectos a avaliar durante a palpação da traqueia.
5. Descrever a localização, tamanho e consistência normal da glândula tiróide.
6. Explicar como examinar a glândula tiróide.
7. Definir bócio.
8. Explicar como avaliar a mobilidade do pescoço.
Laboratório 1. Demonstrar os seguintes procedimentos num colega ou num manequim, 2
Humanístico identificando os resultados que são considerados normais, quando apropriado:
Avaliação a. Exame completo da cabeça e pescoço;
b. Registo, duma forma sucinta e com a nomenclatura correcta, dos resultados do
exame da cabeça e pescoço.
Anatomia e 1. Fazer uma breve revisão das estruturas anatomicas da caixa torácica. 1
Fisiologia 2. Fazer uma breve revisão das vias aéreas superiores e infériores.
Exame do Tórax
e dos Pulmões Abordagem e 1. Enumerar as manobras clássicas a serem utilizadas no exame do tórax e pulmões 1
Observação Geral (inspecção, palpação, percussão e auscultação).

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 123


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
2. Descrever os posicionamentos do paciente e do examinador, durante o exame do
tórax e pulmões.

Tórax Posterior 1. Enumerar e explicar os elementos a verificar durante a inspecção do tórax posterior. 2
(Paciente Sentado 2. Descrever a aparência normal do contorno do tórax.
com o Examinador 3. Descrever, utilizando a nomenclatura técnica, as possíveis alterações da aparência
Atrás do Paciente) do tórax.
4. Descrever os movimentos normais de expansão e relaxamento do tórax.
5. Enumerar os elementos a verificar durante a palpação do tórax posterior.
6. Explicar a técnica para medir a expansão torácica.
7. Explicar como avaliar o frémito táctil.
8. Descrever os resultados normais para ambas avaliações (frémito táctil e expansão
torácica).
9. Explicar a função da percussão da parede torácica.
10. Descrever as limitações da técnica de percussão.
11. Descrever a técnica de percussão do tórax posterior.
12. Determinar o nível do diafragma, utilizando percussão.
13. Descrever os típos de som produzidos na percussão digito-digital do tórax posterior
e as possiveis alterações.
14. Explicar a utilidade geral da auscultação dos pulmões.
15. Explicar em detalhe o uso do estetoscópio.
16. Diferenciar os típos de sons respiratórios normais:
a. Murmúrio vesicular;
b. Bronco-alveolar / Bronco-vesicular;
c. Brônquico.
17. Descrever os sons normais auscultados no tórax posterior.
18. Explicar os componentes gerais de uma auscultação pulmonar:
a. Avaliar os sons produzidos pela respiração;
b. Avaliar a presença de sons anormais (roncos e sibilos, estertores crepitantes e
subcrepitantes, atritos).

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 124


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Tórax Anterior 1. Enumerar e explicar os elementos a verificar durante a inspecção do tórax anterior. 1
(Paciente em 2. Enumerar e explicar os elementos a verificar durante a palpação do tórax anterior.
Posição Supina ou 3. Descrever a técnica para medir a expansão torácica do tórax anterior.
Sentado em Caso de 4. Explicar como avaliar o frémito táctil na parede do tórax anterior.
Ortopnéia) 5. Descrever os resultados normais para ambas avaliações (frémito táctil e expansão torácica).
6. Descrever e identificar as diferenças normais entre os resultados obtidos para o frémito
táctil na região anterior e posterior.
7. Descrever a técnica e o padrão sistemático da percussão do tórax anterior, incluindo a
identificação da borda superior do figado.
8. Identificar os sons normais produzidos na percussão digito-digital do tórax anterior e
descrever as possiveis alterações.
9. Descrever o padrão sistemático da auscultação do tórax anterior;
10. Descrever os sons normais auscultados no tórax anterior.
11. Explicar como registar os resultados do exame do tórax e dos pulmões.

Laboratório 1. Demonstrar a avaliação do tórax num colega (sentado e supino): 4


Humanístico a. Inspecção
i. Demonstrar como conduzir a inspecção do tórax.
b. Palpação
i. Demonstrar a técnica para medir expanção torácica;
ii. Demonstrar como avaliar o frêmito táctil.
c. Percussão
i. Demonstrar a técnica de percussão do tórax e identificar os sons normais (incluindo
a delimatação do nível da diafragma e do bordo superior do fígado).
d. Auscultação
i. Demonstrar o padrão sistemático da auscultação do tórax e identificar os vários sons
normais.
2. Registar, duma forma sucinta e com a nomenclatura correcta, os resultados do exame.
Anatomia e 1. Localizar correctamente o coração, utilizando ‘pontos de referência’ na parede torácica. 1
Fisiologia 2. Explicar a base, o ápice do coração e os batimentos cardíacos.
Exame 3. Descrever o fluxo de sangue, através das câmaras do coração e com as circulações
Cardiovascular sistémica e pulmonar.
4. Descrever o ciclo cardíaco e relacionar cada parte com os sons cardíacos normais.
5. Identificar, em ordem, os vasos principais por onde o sangue se move na sua passagem do

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 125


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
coração para os capilares e para trás.
6. Localizar as artérias principais dos membros superiores, inferiores e da cabeça.

Abordagem Geral 1. Descrever as características normais das funções cardíacas. 0.5


2. Enumerar as manobras clássicas a serem utilizadas no exame cardiovascular (inspecção,
palpação e auscultação).
3. Descrever o posicionamento do paciente e do técnico durante a avaliação das funções
cardíacas.

Pulso, Pressão 1. Descrever as técnicas e os procedimentos envolvidos na avaliação do pulso arterial. 1


Arterial, e Avaliação 2. Descrever, utilizando a nomenclatura técnica, as diferentes características (normais
das Veias Jugulares e alteradas) do pulso.
3. Explicar como avaliar as veias jugulares e descrever como reconhecer a distensão
jugular (sinal de aumento da pressão venosa central).
4. Descrever a manobra para avaliar a presença de refluxo abdomino-jugular.

Coração 1. Enumerar e explicar os elementos cardiovasculares a verificar durante a inspecção e 2


palpação do tórax anterior.
2. Explicar as técnicas adequadas para a inspecção e palpação da parede torácica
anterior durante o exame cardiovascular.
3. Enumerar as áreas de maior atenção durante a inspecção e palpação do exame
cardiovascular (segundo espaço intercostal, lado direito e esquerdo, ápice do
coração).
4. Definir dextrocardia.
5. Explicar a possibilidade de dextrocardia.
6. Explicar a utilidade da percussão na avaliação do coração.
7. Enumerar outros meios mais eficientes para determinar o tamanho do coração.
8. Explicar em detalhe o uso do estetoscópio.
9. Enumerar e descrever os principais sons (ou bulhas) normais de coração (S1, S2).
10. Enumerar e descrever sucintamente os sons cardíacos acessórios (S3, S4).
11. Descrever o padrão sistemático (localização, sequência, posicionamento do
paciente) da auscultação do coração.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 126


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
12. Explicar como avaliar a frequência e o ritmo cardíaco.
13. Explicar como identificar a primeira e segunda bulha cardíaca.
14. Definir arritmia.
15. Definir e identificar sopros cardíacos.
16. Explicar como diferenciar sopro e som cardíaco normal.
17. Registar os resultados do exame do coração.

Laboratório 1. Demonstrar as técnicas e os procedimentos envolvidos na avaliação do pulso arterial. 3


Humanístico 2. Demonstrar como avaliar as veias jugulares e como reconhecer a distensão jugular.
3. Demonstrar a manobra para avaliar a presença de refluxo abdomino-jugular.
4. Demonstrar as técnicas adequadas para a inspecção, palpação e percussão da parede
torácica anterior durante o exame cardiovascular.
5. Demonstrar a técnica para a auscultação do coração, seguindo o padrão sistemático
(localização, sequência, posicionamento do paciente) e identificar os aspectos a serem
avaliados.
6. Demonstrar como avaliar a frequência e o ritmo cardíaco.
7. Demonstrar como identificar a primeira e segunda bulha cardíaca.
8. Registarm duma forma sucinta e com a nomenclatura correcta, os resultados do exame.

Veias e Artérias 1. Explicar o objetivo geral da avaliação do sistema vascular periférico. 2


Periféricas 2. Descrever as técnicas principais envolvidas na avaliação do sistema vascular
periférico.
3. Identificar e descrever os aspectos a verificar na inspecção dos membros inferiores
e superiores:
a. Cor da pele e raiz das unhas;
b. Temperatura das extremidades;
c. Presença de lesões;
d. Presença de varizes;
e. Presença de edema;
f. Sensibilidade ao longo das veias;
4. Diferenciar edema depressível e edema não-depressível;
5. Descrever e classificar a presença de edema.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 127


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
6. Descrever os procedimentos especificos para a palpação dos pulsos, nas seguintes
localizações:
a. Pulso radial;
b. Pulso braquial;
c. Pulso femoral;
d. Pulso poplíteo;
e. Pulso tibial posterior;
f. Pulso pedioso;
7. Descrever o resultado obtido na palpação dos pulsos periféricos.

Laboratório 1. Demonstrar a inspecção dos membros inferiores e superiores: 3


Humanístico a. Cor da pele e raiz das unhas;
b. Temperatura das extremidades;
c. Presença de lesões;
d. Presença de varizes;
e. Presença de edema;
f. Sensibilidade ao longo das veias;
2. Demonstrar os procedimentos específicos para a palpação dos pulsos, nas seguintes
localizações:
a. Pulso radial;
b. Pulso braquial;
c. Pulso femoral;
d. Pulso poplíteo;
e. Pulso tibial posterior;
f. Pulso pedioso;
3. Demonstrar o exame cardiovascular completo (avaliação).
4. Registar, duma forma sucinta e com a nomenclatura correcta, os resultados do
exame.

Laboratório 1. Demonstrar um exame cardio-respiratório completo. 4


Avaliação
Humanístico 2. Registar, duma forma sucinta e com a nomenclatura correcta, os resultados do

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 128


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
exame.

Anatomia e 1. Descrever a anatomia da mama feminina. 0.5


Fisiologia 2. Descrever o desenvolvimento mamário normal durante a puberdade.
3. Descrever a localização dos grupos de linfónodos axilares, supraclaviculares e
infraclaviculares.

Mamas 1. Descrever a aparência e a consistência normal da mama de uma mulher adulta. 1


2. Descrever as mudanças na consistência e na aparência da mama, no período pré-
menstrual e durante a gravidez.
3. Descrever as técnicas e os procedimentos envolvidos no exame da mama.
4. Descrever os aspectos a avaliar durante a inspecção (estática e dinâmica) das
Exame da Mama
mamas.
e Axila
5. Descrever os aspectos a avaliar durante a palpação das mamas (incluindo o
mamilo).
6. Descrever as observações do exame em relação às linhas imaginárias que dividem a
mama em 4 quadrantes e uma cauda.
7. Descrever como examinar as axilas e a região supraclavicular.
8. Explicar os diferentes componentes do exame da mama masculina:
a. Inspecção do mamilo e da aréola;
b. Palpação do mamilo e da aréola .
9. Diferenciar mamas masculinas aumentadas por obesidade e por aumento glandular.

Anatomia e 1. Identificar a localização, na cavidade abdominal, dos principais órgãos (intra e 0.5
Fisiologia retro-peritoneais) do aparelho digestivo, do aparelho urinário, aparelho reprodutor e
endócrino e os grandes vasos arteriais e venosos.
Exame do 2. Descrever a separação entre a cavidade abdominal e o tórax, e a cavidade
Abdómen abdominal e a cavidade pélvica.
3. Delimitar, a partir dos pontos de referência adequados e linhas imaginárias, as
regiões topográficas da face anterior do abdómen.
Abordagem Geral 1. Descrever o posicionamento do paciente para o exame do abdómen. 1

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 129


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
2. Enumerar as manobras clássicas a serem utilizadas no exame do abdómen (inspecção,
palpação, percussão e auscultação).
3. Descrever métodos para relaxar o paciente antes e durante o exame do abdómen.
4. Descrever como registar os resultados da avaliação abdominal.

Abdómen 1. Descrever os aspectos principais da inspecção do abdómen: 3


a. Presença de cicatrizes;
b. Padrões venosos;
c. Lesões;
d. Estrias;
e. Forma e simetria;
f. Movimentos (respiração, peristáltico, pulsação aorta);
g. Aparência da cicatriz umbilical;
2. Descrever a aparência normal da superfície abdominal.
3. Descrever as formas possíveis do abdómen, reconhecendo as apresentações clínicas
mais frequentes: plano, escavado, globoso.
4. Explicar como efectuar a auscultação sistematizada do abdómen, identificando os
ruídos hidroaéreos e, descrevendo suas características quanto à frequência,
intensidade e timbre.
5. Descrever os ruídos normais resultantes da motilidade intestinal.
6. Explicar a utilidade da percussão durante o exame do abdómen.
7. Descrever a técnica correcta da percussão das diferentes regiões do abdómen.
8. Descrever as características normais de percussão do abdómen nas suas diferentes
regiões.
9. Explicar as manobras específicas para avaliar a presença de ascite.
10. Descrever as alterações da percussão abdominal para o diagnóstico da ascite.
11. Descrever os resultados da percussão do abdómen que permitem diferenciar a ascite
de grandes cistos ou tumores.
12. Definir hepatomegália.
13. Definir esplenomegália.
14. Explicar como determinar, pelas técnicas da percussão e palpação, a ocorrência de

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 130


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
hepatomegália e esplenomegália.
15. Explicar o significado do ângulo costovertebral, como referência para a percussão
dos rins.
16. Descrever como testar a sensibilidade dos rins pela percussão.
17. Explicar como posicionar adequadamente o paciente para a palpação do abdómen.
18. Descrever como efectuar a palpação superficial do abdómen.
19. Descrever como efectuar a palpação profunda do abdómen.
20. Descrever os aspectos a avaliar durante a palpação do abdómen.
21. Explicar como efectuar a palpação do fígado, descrevendo as suas características
quanto à consistência, espessura da borda, sensibilidade, estado da superfície e
pulsatilidade.
22. Explicar como efectuar a palpação do baço, descrevendo as suas características
quanto ao tamanho, forma, consistência, estado da superfície e sensibilidade.
23. Explicar como efectuar a palpação dos rins, descrevendo as suas características
quanto ao tamanho, forma, consistência, estado da superfície e sensibilidade.
24. Descrever os resultados obtidos da palpação do fígado, baço e rins normais.
25. Enumerar os sinais de peritonite.
26. Descrever as técnicas e os procedimentos para determinar a presença e localização
de inflamação peritoneal.

Laboratório 1. Demonstrar os aspectos principais da inspecção do abdómen. 3


Humanístico 2. Demonstrar como efectuar a auscultação sistematizada do abdómen e identificar
os ruídos normais.
3. Demonstrar a técnica correcta da percussão das diferentes regiões do abdómen e
identificar as características normais da mesma.
4. Demonstrar as manobras específicas para avaliar a presença de ascite.
5. Demonstrar como utilizar as técnicas da percussão e palpação para avaliar a
ocorrência de hepatomegália e esplenomegália.
6. Demonstrar como testar a sensibilidade dos rins pela percussão.
7. Demonstrar como efectuar a palpação superficial e profunda do abdómen e os
aspectos a serem avaliados.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 131


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
8. Demonstrar como efectuar a palpação do fígado, descrevendo as suas
características.
9. Demonstrar como efectuar a palpação do baço, descrevendo as suas
características.
10. Demonstrar como efectuar a palpação dos rins, descrevendo as suas
características.
11. Demonstra as técnicas e os procedimentos para determinar a presença e
localização de inflamação peritoneal.
12. Registar, duma forma sucinta e com a nomenclatura correcta, os resultados do
exame.

Laboratório 1. Demonstrar um exame abdominal completo. 2


Avaliação Humanístico 2. Registar, duma forma sucinta e com a nomenclatura correcta, os resultados do
exame.
Anatomia e 1. Descrever a anatomia dos órgãos genitais masculinos internos e externos. 0.5
Fisiologia 2. Identificar a localização dos linfonódos inguinais.
3. Descrever a anatomia da virilha.
4. Descrever o desenvolvimento normal dos genitais masculinos na adolescência.

Abordagem Geral 1. Descrever o posicionamento do paciente para o exame dos genitais masculinos. 0.5
2. Descrever o posicionamento do paciente para a avaliação da hérnia.
Exame dos
3. Descrever medidas que podem ser tomadas para minimizar o desconforto seu e o do
Genitais
paciente nesta parte do exame físico.
Masculinos e
Pénis e Escroto 1. Identificar os aspectos a avaliar durante a inspecção do pénis. 1
Hérnias
2. Descrever como efectuar a palpação do pénis.
3. Descrever os aspectos a avaliar durante a palpação do pénis.
4. Descrever os aspectos a avaliar durante a inspecção da bolsa escrotal.
5. Explicar como efectuar a palpação da bolsa escrotal e dos testículos.
6. Descrever os aspectos a avaliar durante a palpação do escroto:
a. Testículos e epidídimos (forma, tamanho, posição, contornos, presença de
nódulos, sensibilidade);

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 132


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
b. Cordões espermáticos (presença de nódulos, tumefacção);
c. Transiluminação (diagnóstico diferencial de hidrocele e tumor sólido);
7. Descrever como efectuar a palpação dos linfonódos inguinais.
Hérnias 1. Descrever os aspectos a avaliar durante a inspecção da região inguinal e femoral, 1
relacionadas com a presença de uma massa ou de uma hérnia.
2. Descrever como efectuar a palpação digital, através do anel inguinal, para verificar
a presença de hérnias.
3. Identificar os aspectos a avaliar em caso da presença de uma massa ou de uma
hérnia:
a. Consistência da tumoração;
b. Presença de ruído hidro-aéreo;
c. Redutibilidade.
4. Explicar como diferenciar uma hérnia femoral da inguinal.
5. Diferenciar hérnia redutível da estrangulada.
Anatomia e 1. Descrever a anatomia dos órgãos genitais femininos internos e externos. 0.5
Fisiologia 2. Identificar a localização dos linfonódos inguinais.
3. Descrever o desenvolvimento normal dos genitais femininos durante a puberdade.
4. Descrever as mudanças normais nos genitais femininos depois da menopausa.

Abordagem Geral 1. Descrever o posicionamento do paciente para o exame ginecológico. 0.5


2. Listar os equipamentos necessários para o exame ginecológico.
Exame dos
Genitais Genitalia Externa 1. Explicar como efectuar a inspecção dos genitais femininos externos. 0.5
Femininos 2. Descrever os aspectos a avaliar durante a inspecção e palpação da região vulvar:
a. Aparência da pele, presença de lesões cutâneas;
b. Morfologia dos lábios maiores e menores, clítoris;
c. Meato uretral (secreções, corrimento);
d. Orifício vaginal (secreções, lesões, prolapso);
e. Glândula de Bartholin.
f.
Exame dos Genitais 1. Explicar a sequência geral do exame dos órgãos genitais femininos internos: 1.5

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 133


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Internos a. Localização do colo uterino;
b. Identificar alterações do canal vaginal;
c. Introdução do espéculo, inspecção do colo, amostras para citologia;
d. Exame bi-manual;
e. Exame rectovaginal.
2. Descrever a manobra para localizar o colo uterino;
3. Descrever a preparação integral do exame com espéculo (incluindo escolha do
tamanho do espéculo, uso de lubrificantes).
4. Explicar como introduzir e posicionar o espéculo no canal vaginal.
5. Descrever os aspectos principais a avaliar durante a inspecção do colo uterino.
6. Explicar como efectuar o exame bimanual.
7. Descrever os aspectos a avaliar durante o exame bimanual.
8. Explicar como efectuar o exame rectovaginal, com repetição das manobras do
exame bimanual e suas aplicações.
Anatomia e 1. Descrever a anatomia e funções principais do ânus, recto e da próstata. 0.5
Fisiologia
No Homem 1. Descrever os possíveis posicionamentos do paciente para o exame do recto. 0.5
2. Descrever os aspectos a avaliar durante a inspecção e palpação da região perianal e
sacrococcigea.
3. Explicar como efectuar o toque rectal.
4. Explicar os aspectos a avaliar durante o toque rectal:
a. Ao nível do ânus;
Exame do Ânus,
b. Ao nível do recto;
Recto e Próstata
c. Ao nível da próstata;
5. Descrever um método alternativo para verificar a presença de fissuras caso o toque
rectal seja impossível.

Na Mulher 1. Explicar quando o exame do recto é normalmente efectuado. 0.5


2. Descrever a técnica do toque rectal.
3. Descrever as diferenças entre o exame do ânus e recto em mulheres e homens.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 134


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas

Anatomia e 1. Enumerar os componentes do sistema músculo-esquelético. 1


Fisiologia 2. Descrever resumidamente a estrutura e função das articulações.
3. Descrever os pontos anatómicos de referência e a flexibilidade de movimento
(amplitude e tipo) das seguintes articulações:
a. Articulações do punho e mão;
b. Articulações do complexo do ombro;
c. Articulações do cotovelo;
d. Articulação do quadril;
e. Articulações do joelho;
f. Articulações do tornozelo e pé;
g. Articulações da coluna vertebral.

Abordagem Geral 1. Descrever os posicionamentos do paciente para o exame músculo-esquelético. 1


Exame Músculo- 2. Descrever os aspectos principais a avaliar nas articulações e seus tecidos
Esquelético circundantes:
a. Sinais de inflamação;
b. Mobilidade;
c. Presença de crepitações;
d. Deformidades;
e. Condições dos tecidos circundantes;
f. Força muscular;
g. Simetria ou assimetria das lesões.
3. Explicar como abordar o paciente com uma condição musculo-esquelético
dolorosa.

Paciente em Posição 1. Explicar como avaliar (inspecção, palpação) a articulação témporomandibular. 1


Sentada 2. Explicar como avaliar a coluna cervical (inspecção, palpação, mobilidade).
3. Explicar como avaliar as articulações da mão e punho (inspecção, palpação,
mobilidade).
4. Explicar como avaliar os cotovelos (inspecção, palpação, mobilidade).

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 135


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
5. Explicar como avaliar o complexo do ombro (inspecção, palpação, mobilidade).
6. Descrever o ‘sinal da tecla do piano’ e a avaliação de lesões da clavícula.

Paciente em Posição 1. Explicar como avaliar o complexo do tornozelo e pé (inspecção, palpação, 1


Supina mobilidade).
2. Diferenciar os seguintes termos:
a. Pé chato ou plano;
b. Pé côncavo;
c. Pé equino;
d. Pé calcâneo;
e. Hálux valgo;
3. Explicar como avaliar o joelho e o quadril:
a. Inspecção;
b. Palpação dos joelhos (verificação de presença de líquido na articulação);
c. Mobilidade no quadril e joelho (flexão, rotação interna e externa, abdução e
adução);
d. Manobras para avaliação de sofrimento radicular (sinal de Lasegue);
4. Diferenciar genu varum e genu valgum.

Paciente em Posição 1. Explicar como avaliar a coluna: 0.5


Erecta a. Inspecção (curvas cervical, torácica e lombar, simetria);
b. Palpação;
c. Mobilidade (flexão, extensão, flexão lateral, rotação);
2. Diferenciar os seguintes termos:
a. Lordose;
b. Cifose;
c. Escoliose.

Laboratório 1. No paciente sentado, demonstrar como avaliar (inspecção, palpação, mobilidade): 3


Humanístico a. a articulação temporo-mandibular;
b. a coluna cervical;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 136


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
c. as articulações da mão e punho;
d. os cotovelos;
e. o complexo do ombro;
2. No paciente supino:
a. demonstrar como avaliar o complexo do tornozelo e pé (inspecção, palpação,
mobilidade);
b. Demonstrar como avaliar o joelho e o quadril:
i. Inspecção;
ii. Palpação dos joelhos (verificação de presença de líquido na articulação);
iii. Mobilidade no quadril e joelho (flexão, rotação interna e externa,
abdução e adução);
iv. Manobras para avaliação de sofrimento radicular (sinal de Lasegue).
3. No paciente em posição erecto:
a. Demonstrar como avaliar a coluna:
i. Inspecção (curvas cervical, torácica e lombar, simetria);
ii. Palpação;
iii. Mobilidade (flexão, extensão, flexão lateral, rotação).
4. Registar, duma forma sucinta e com a nomenclatura correcta, os resultados dos exames
efectuados.

Anatomia e 1. Descrever as principais estruturas do sistema nervoso central. 1


Fisiologia 2. Descrever a anatomia e as funções das principais estruturas do sistema nervoso
periférico.
3. Descrever o arco reflexo
4. Explicar o que são dermatomas.
Exame do 5. Enumerar os nervos cranianos e suas funções principais.
Sistema Nervoso
Abordagem Geral 1. Enumerar os componentes de um exame neurológico abrangente: 0.5
a. Estado mental;
b. Pares cranianos;
c. Motricidade (forca, reflexos, tonos muscular, pesquisa de movimentos
involuntários);
d. Sensitivo;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 137


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
e. Marcha e equilíbrio;
f. Irritação meníngea;
2. Diferenciar o exame neurológico de um paciente saudável (sem sintomas
neurológicos) do exame mais completo do paciente com sintomas neurológicos.

Estado Mental 1. Enumerar os diferentes componentes da avaliação do estado mental: 0.5


a. Nível de consciência;
b. Capacidades cognitivas;
c. Aparência e comportamento;
d. Discurso e linguagem.
2. Explicar como avaliar o nível de consciência (escala de Glasgow).
3. Definir coma, estupor, letargia, obnubilação e confusão.
4. Enumerar os aspectos principais da capacidade cognitiva de uma pessoa (memória,
atenção, linguagem, orientação).
5. Explicar como, de forma simples, avaliar algumas capacidades cognitivas
(introdução de testes simples, como o Mini mental test).
Pares Cranianos 1. Explicar as técnicas para avaliar a funcionalidade dos nervos cranianos principais: 1.5
a. Nervo olfactivo (I);
b. Acuidade visual, campo visual (II Nervo óptico), reacções pupilares (III Nervo
oculomotor);
c. Movimentos extra-oculares (III, IV, VI);
d. Músculos de mastigação e reflexo corneano (V);
e. Músculos faciais (VII Nervo facial);
f. Audição (VIII Nervo vestivulococlear);
g. Deglutição e elevação simétrica do palato (N IX e X Nervo vago);
h. Voz (N X) e discurso;
i. Inspecção da língua (N XII Nervo hipoglosso);
2. Descrever os achados clínicos, em caso de lesão, para cada um dos pares cranianos
mencionados acima.

Motricidade 1. Enumerar os diferentes componentes da avaliação da função motora: 2

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 138


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
a. Massa, força e tonos muscular;
b. Movimentos anormais;
c. Coordenação dos movimentos;
d. Reflexos.
2. Explicar como avaliar a massa, força e tonos muscular.
3. Explicar como classificar a força muscular.
4. Explicar como efectuar os diferentes testes de coordenação.
5. Explicar como avaliar os principais reflexos osteo-tendinosos.
6. Explicar como classificar os reflexos.
7. Definir o sinal de Babinski.
8. Explicar como avaliar os reflexos superficiais:
a. Abdominal;
b. Cremasteriano.

Sensitivo 1. Enumerar os componentes principais de uma avaliação sensitiva: 0.5


a. Sensibilidade táctil-superficial;
b. Sensibilidade dolorosa;
c. Sensibilidade discriminativa de 2 pontos.
2. Explicar como efectuar estas avaliações sensitivas.
3. Explicar como anotar os resultados obtidos da avaliação sensitiva.

Marcha e Equilíbrio 1. Explicar como efectuar uma avaliação rápida da marcha e equilíbrio: 0.5
a. Marcha normal;
b. Andar na ponta dos pés;
c. Andar nos calcanhares e em linha recta ;
d. Pesquisa do sinal de Romberg.
2. Definir ataxia.

Irritação Meníngea 1. Descrever como verificar a presença de sinais de irritação meníngea: 0.5
a. Rigidez da nuca;
b. Sinal de Brudzinsky;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 139


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
c. Sinal de Kernig.

Laboratório 1. Demonstrar como avaliar o nível de consciência (escala de Glasgow). 3


Humanístico 2. Demonstrar como, de forma simples, avaliar algumas capacidades cognitivas (introdução
de testes simples, como o Mini mental test).
3. Demonstrar as técnicas para avaliar a funcionalidade dos nervos cranianos principais.
4. Demonstrar como avaliar a massa, força e tonos muscular.
5. Demonstrar como classificar a força muscular.
6. Demonstrar como efetuar os diferentes testes de coordenação.
7. Demonstrar como avaliar os principais reflexos osteo-tendinosos.
8. Demonstrar a técnica correcta para procurar o sinal de Babinski.
9. Demonstrar como avaliar o reflexo superficial abdominal.
10. Demonstrar as técnicas correctas duma avaliação sensitiva:
a. Sensibilidade táctil-superficial;
b. Sensibilidade dolorosa;
c. Sensibilidade discriminativa de 2 pontos;
11. Demonstrar como efectuar uma avaliação rápida da marcha e equilíbrio:
a. Marcha normal;
b. Andar na ponta dos pés;
c. Andar nos calcanhares e em linha recta;
d. Pesquisa do sinal de Romberg.
12. Demonstrar como verificar a presença de sinais de irritação meníngea:
a. Rigidez da nuca;
b. Sinal de Brudzinsky;
c. Sinal de Kernig.
13. Registar, duma forma sucinta e com a nomenclatura correcta, os resultados dos exames
efectuados.

Geral 1. Descrever as situações em que a realização de um exame físico completo é aconselhado. 1


Exame Físico 2. Descrever situações em que é mais adequado a realização de um exame físico focalizado e
Adaptado ao limitado.
Perfil do Paciente 3. Construir um guião conveniente e sequencial para um exame físico completo de um
paciente adulto.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 140


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Anatomia e 1. Descrever as principais mudanças normais (anatómicas e fisiológicas) que ocorrem no 1
Fisiologia corpo da mulher durante a gravidez.
2. Detalhar a altura esperada do útero por mês de gravidez.
3. Descrever o sinal de Hegar e sinal de Chadwick.
Exame Físico da 1. Descrever o posicionamento da mulher grávida durante o exame físico. 2
Primeira Consulta 2. Explicar as especificidades do exame geral:
Pré-natal a. Tensão arterial (valores normais e anormais);
b. Peso (evolução normal e anormal);
c. Altura;
d. Presença de edema e/ou varizes.
3. Explicar a importância de avaliar os principais aparelhos e sistemas orgânicos na
primeira consulta pré-natal.
4. Descrever os aspectos principais do exame de cabeça e pescoço numa mulher
grávida:
a. Coloração de mucosas;
Exame da Mulher b. Inspecção e palpação da tiróide .
Grávida 5. Descrever as particularidades do exame do tórax, pulmões e coração numa mulher
grávida:
a. Sopro cardíaco inocente durante a gravidez.
6. Descrever a aparência normal (e sua evolução) das mamas durante a gravidez e
depois do parto.
7. Explicar como examinar as mamas durante a gravidez.
8. Enumerar e descrever os aspectos a avaliar durante a inspecção do abdómen.
9. Descrever os aspectos a avaliar durante a palpação do abdómen de uma mulher
grávida.
10. Explicar como medir a altura uterina.
11. Explicar como avaliar a contractilidade uterina.
12. Explicar como auscultar os batimentos cardíacos fetais.
13. Descrever a frequência cardíaca normal do feto (incluindo a sua evolução durante a
gravidez).
14. Explicar como efectuar as 4 manobras de Leopold.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 141


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
15. Descrever os aspectos a avaliar durante a inspecção da região vulvar e do ânus de
uma mulher grávida.
16. Descrever como efectuar o exame especular vaginal e enumerar os aspectos a
avaliar.
17. Explicar como efectuar o toque vaginal e exame bimanual.
18. Descrever os aspectos específicos a avaliar durante o exame bimanual:
a. Ao nível do colo uterino;
b. Ao nível do útero
c. Ao nível dos ovários.
19. Descrever a evolução normal do útero (tamanho, posição) e do colo do útero
(comprimento) durante a gravidez.
Exame Físico Pré- 1. Enumerar e descrever os componentes principais do exame físico nas consultas 2
natal das Consultas seguintes:
Seguintes a. Ganho ponderal;
b. Tensão arterial;
c. Edema;
d. Coloração das mucosas;
e. Palpação abdominal (altura uterina, movimentos fetais, contractilidade uterina);
f. Auscultação dos batimentos cardíacos fetais;
2. Descrever as indicações para um exame vaginal nas consultas seguintes.
3. Explicar como registar os resultados do exame físico na consulta pré-natal.
Laboratório 1. Demonstrar um exame (musculoesquelético ou neuroloógico). 3
Avaliação Humanístico 2. Registar, duma forma sucinta e com a nomenclatura correcta, os resultados do exame.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 142


1º. Semestre
ESTÁGIO
Local do Estágio:
• Serviços de internamento de adultos em hospitais distritais, rurais ou provinciais.
• Consultas externas de adultos em centros de saúde ou hospitais.
• Consultas pré-natais.
Duração: 4 semanas
Supervisores:
• Médicos de Clínica Geral;
• Técnicos de Medicina experientes;
• Enfermeiras de SMI de nível Médio ou Técnicos de Cirurgia (para exames gineco-obstétricos.
Técnicas a Demonstrar:
• Relacionar-se adequadamente com o paciente;
• Realizar o exame físico geral (ectoscopia);
• Medir os dados biométricos e vitais do paciente;
• Realizar o exame físico, por aparelhos (em sequência, adaptado ao perfil do paciente e tipo de
consulta) para pacientes adultos, incluindo mulheres grávidas;
• Resumir verbalmente o exame físico, tentando enfatizar os dados que julgar mais importantes;
• Registar correctamente o exame físico.
Seminários de Discussão do Estágio:
• Cada estudante deverá apresentar os achados do exame físico de 3 pacientes, as
mesmas histórias clínicas apresentadas no seminário de discussão de estágio durante a
Disciplina de Anamnese:
o Duas de adultos, com episódio agudo de doença;
o Uma de adulto, em seguimento, com doença crónica.
• Revisão, pelo docente, da linguagem técnica utilizada para descrever duma forma
sucinta os sinais apresentados pelos pacientes.
AVALIAÇÃO
Avaliação Teórica
• Um teste escrito parcial, com um peso de 10%;
• Exame escrito final, com um peso de 20%.
Avaliação Prática
• Demonstração de 5 exames físicos no Laboratório humanístico, com um peso de 10%
(total 50%).
Avaliação do Estágio
• Demonstração e apresentação 2 exames físicos com paciente, com um peso de 20%
BIBLIOGRAFIA
• Soares, Ducla J L. Semiologia médica: Princípios, métodos e interpretação. Lisbon: LIDEL,
EdiçõesTécnicas, Lda; 2007.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 143


1º. Semestre
Disciplina de Introdução às Ciências Médicas
Semestre: I
CARGA HORÁRIA

Horas por Duração Total


Semana (semanas) de Horas
Aulas Teórico-Práticas 4-5 14 54
Avaliação -- -- 2
Laboratório 4-5 3 12
Avaliação -- -- 2
Discussão de Estágio* 5 1 5
Número Total de Horas da Disciplina 75 horas
* Neste semestre, os estudantes terão 4 semanas (25h/semana) de estágio nas
enfermarias de pacientes internados e ambulatório.

DOCENTES:
• Médicos de Clínica Geral
• Técnicos de Laboratório
• Técnicos de Farmácia

COMPETÊNCIAS A SEREM ADQUIRIDAS ATÉ AO FINAL DA DISCIPLINA:


O Técnico de Medicina será capaz de realizar as seguintes tarefas:

4. Avaliar os resultados do controlo do balanço de fluidos e da análise de urina para


aplicá-los no manejo das seguintes condições:
a. Pacientes desidratados na Unidade Sanitária, através de diarreia, vómitos ou
hemorragias;
5. Identificar os medicamentos que são disponibilizados pelo Sistema Nacional de Saúde
e indicações para o seu uso.
6. Comparar os dados sobre vacinação que aparecem no Cartão da Criança com o
calendário vacinal, para saber se uma criança está a ser vacinada correctamente.
7. Reconhecer infecções pelas seguintes bactérias, vírus e fungos, frequentes em
Moçambique:
a. Mycobacterium tuberculosis;
b. Vibrio cholera;
c. Treponema pallidum (sífilis);
d. Neisseria gonorrheae;
e. Streptococcus sp. (infecções dérmicas, intestinais, meníngeas e respiratórias);
f. Staphylococcus sp. (infecções dérmicas, intestinais, meníngeas e respiratórias);
g. Borrelia;
h. Salmonela;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 144


1º. Semestre
i. Hepatites (A, B e C);
j. HIV;
k. Sarampo;
l. Herpes simplex e herpesvírus 3 (varicela zóster);
m. Herpesvírus 8 (sarcoma de Kaposi);
n. Fungos dermatófitos (tinhas);
o. Pneumocystis jiroveci (pneumonia);
p. Candida sp. (estomatite, esofagite, vulvovaginite);
8. Reconhecer infecções pelos seguintes protozoários, helmintos e ectoparasitas,
frequentes em Moçambique:
a. Plasmodium sp. (malária);
b. Trichomonas vaginalis (leucorreia);
c. Entamoeba histolitica (diarreia);
d. Ascaris lumbricoides (diarreia, pneumonia);
e. Schistosoma sp.;
f. Taenia sp (teniase, cisticercose);
g. Sarcoptes scabiei (sarna);
h. Pediculus humanus (pediculose);
i. Tripanosoma;
j. Filária.
9. Indicar, em linhas gerais, as associações de medicamentos necessárias para tratar
correctamente as condições seguintes:
a. Infecções pelos microrganismos indicados na competência número 4;
b. Parasitoses causadas pelos organismos indicados na competência número 5;
c. Doenças respiratórias (asma, bronquite, reacções alérgicas);
d. Doenças cardiovasculares (hipertensão arterial, insuficiência cardíaca, febre
reumática);
e. Doenças gastrointestinais (gastrite, úlcera, diarreia, gastroenterite);
f. Anemias;
g. Alergias e reacções adversas a medicamentos;
h. Doenças neurológicas (cefaleia, epilepsia);
i. Desidratação e desequilíbrios hidro-electrolíticos;
j. Diabetes tipos I e II;
k. Conjuntivite.
10. Com base nas informações contidas no Formulário Nacional de Medicamentos,
calcular correctamente as doses adequadas de medicamentos para tratar crianças e
adultos com pesos anómalos (muito alto ou muito baixo).
11. Reconhecer doenças crónicas e executar as intervenções adequadas.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 145


1º. Semestre
Plano Temático
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Biomoléculas 1. Definir o que são os carboidratos e explicar a sua classificação; 3
2. Listar as diferentes funções dos carboidratos no ser vivo;
3. Definir e classificar os lípidos;;
4. Listar as diferentes funções dos lípidos no ser vivo;
5. Definir os aminoácidos;
6. Definir e classificar as proteínas;
7. Listar as diferentes funções das proteínas no ser vivo;
8. Explicar a síntese proteica;
9. Definir os ácidos nucleicos;
10. Explicar a estrutura de ADN e ARN e as suas propriedades;
11. Descrever as funções biológicas do ADN;
12. Listar os tipos de ARN e as suas funções;
13. Explicar sucintamente em que consistem os processos de replicação, transcrição e
tradução.
Bioquímica
Micronutrientes 1. Definir e classificar os micronutrientes; 1
2. Listar as principais alterações produzidas por deficiências de micronutrientes;
3. Definir e classificar asvitaminas;
4. Listar as principais alterações produzidas por deficiências de vitaminas.

Electrólitos e 1. Definir o conceito de ião e discutir a sua associação a funções biológicas; 4


Balanço de Fluidos 2. Descrever correctamente os mecanismos de regulação da entrada e da saída de
fluidos no organismo.
3. Listar as principais alterações do balanço de fluidos produzidas por doenças ou
fármacos;
4. Explicar, de maneira resumida, o manejo do paciente desidratado no Centro de
Saúde;
5. Definir densidade da urina e descrever a sua associação com condições
patológicas;
6. Definir pH;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 146


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
7. Explicar o mecanismo de regulação do pH no organismo;
8. Listar as manifestações clínicas mais destacadas da alteração do pH sanguíneo e
extra-celular;
9. Explicar a importância do equilíbrio electrolítico e da manutenção do pH no
metabolismo humano.

A Célula 1. Descrever as características básicas das células e a sua estrutura; 2


2. Explicar o que são células procariontes e eucariontes;
3. Listar os principais componentes celulares;
4. Resumir as principais funções celulares;
5. Explicar resumidamente o ciclo celular;
6. Descrever sucintamente a mitose e as suas fases;
7. Descrever resumidamente a meiose e as suas fases;
8. Explicar o que é diferenciação celular;
9. Resumir os mecanismos de diferenciação celular;
Biologia
10. Diferenciar e classificar os tecidos do corpo humano.

Laboratório 1. Observar amostras de células ao microscópio; 2


Multidisciplinar 2. Observar células em mitose (raiz de cebola) ao microscópio.

Genética 1. Explicar os conceitos básicos da herança; 2


2. Definir mutações e a sua relação com as doenças hereditárias, incluindo a
discussão de árvores genealógicas

Resposta Imune 1. Resumir os conceitos básicos da imunidade; 2


2. Explicar em que consistem a imunidade humoral e a imunidade celular;
3. Definir antigénios e indicar os diferentes tipos;
Imunologia 4. Definir anticorpos e indicar os diferentes tipos;
5. Explicar o sistema ABO de compatibilidade de grupos sanguíneos.

Imunologia Clínica 1. Explicar o que é a imunidade inata; 5

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 147


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
2. Explicar o que é a imunidade adaptativa;
3. Descrever o funcionamento dos testes rápidos baseados na reacção antigeno-
anticorpo;
4. Definir vacinas, descrever o seu uso e discutir o calendário vacinal;
5. Explicar como preencher correctamente o Cartão de Saúde da Criança, em
relação ao calendário vacinal;
6. Listar as principais imunodeficiências no ser humano, incluindo a infecção por
HIV;
7. Definir autoimunidade
8. Explicar resumidamente em que consiste a alergia;

Conceitos Básicos 1. Definir infecções bacterianas e infecções virais; 1


2. Explicar o que são os antibióticos;
3. Listar os diferentes tipos de antibióticos e as suas indicações.

Bactérias 1. Definir e classificar bactérias patogénicas; 5


Patogénicas 2. Descrever a morfologia bacteriana;
3. Listar os géneros de bactérias mais frequentes em Moçambique e identificar as
patologias associadas a cada género;
4. Categorizar os tratamentos utilizados nas infecções mais comuns em
Moçambique;
Microbiologia
5. Listar as medidas de prevenção das infecções bacterianas.

Vírus Patogénicos 1. Definir e classificar vírus patogénicos; 2


2. Explicar as características morfológicas dos vírus;
3. Resumir as características principais do HIV e os factos básicos da infecção pelo
HIV;
4. Listar os tratamentos existentes para a infecção pelo HIV e por outros vírus
comuns;
5. Listar as principais medidas de prevenção das infecções virais.
Fungos 1. Definir e classificar os fungos; 2

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 148


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
2. Explicar as características morfológicas dos fungos;
3. Listar as espécies mais comuns em Moçambique e identificar as patologias
associadas a elas;
4. Listar os tratamentos utilizados nas infecções fúngicas.

Conceitos Básicos 1. Definir e classificar os parasitas; 1


2. Identificar e discutir os principais conceitos relacionados com a parasitologia:
vector, hospedeiro, ciclo de vida, transmissão, prevenção e controlo.

Protozoários 1. Explicar as características básicas dos protozoários; 2


2. Classificar correctamente os diferentes tipos de protozoários;
3. Listar as espécies mais comuns em Moçambique e identificar as patologias associadas a
elas.
4. Listar os tratamentos utilizados nas infecções protozoários

Helmintos 1. Explicar as características básicas dos helmintos; 2


Parasitologia 2. Classificar correctamente os diferentes tipos de helmintos;
3. Listar as espécies mais comuns em Moçambique e identificar as patologias
associadas a elas;
4. Listar os tratamentos utilizados nas infecções helminticos.

Laboratório 1. Realizar a preparação e obtenção de amostras para exames de fezes e urina; 2


Multidisciplinar 2. Analisar a amostra para detectar a presença de parasitas.

Ectoparasitas 1. Explicar as características básicas das ectoparasitas; 2


2. Listar os tratamentos das principais infestações por ectoparasitas;
3. Identificar as lesões cutâneas causadas por ectoparasitas.

Farmacocinética 1. Definir farmacocinética; 2


2. Explicar a absorção de fármacos e identificar as diferentes vias de administração;
Farmacologia
3. Resumir os factos básicos sobre distribuição, transformação e excreção de
fármacos;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 149


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
4. Explicar o conceito de vida média.

Farmacodinámica 1. Definir farmacodinâmica; 1


2. Discutir os diferentes mecanismos de acção dos fármacos;
3. Explicar o conceito de janela terapêutica e a sua relação com a posologia dos
diferentes fármacos.

Farmacologia 1. Identificar os principais tipos de antibiótico, relacioná-los com as infecções que 6


Especial e de são tratadas por cada um deles e definir as doses, intervalos de tempo e duração
Sistemas (1) dos tratamentos mais utilizados;
2. Identificar os principais grupos de medicamento usados nos sistemas nervosos
central e periférico e definir as doses, intervalos de tempo e duração dos
tratamentos mais utilizados;
3. Identificar os principais grupos de medicamentos usados no aparelho
cardiovascular e definir as doses, intervalos de tempo e duração dos tratamentos
mais utilizados;
4. Identificar os principais grupos de medicamentos usados no aparelho respiratório
e definir as doses e , intervalos de tempo e duração dos tratamentos mais
utilizados;
5. Identificar os principais grupos de medicamentos usados no aparelho digestivo e
definir as doses e , intervalos de tempo e duração dos tratamentos mais utilizados;
6. Identificar os principais grupos de medicamentos usados no aparelho genito-
urinário e definir as doses e , intervalos de tempo e duração dos tratamentos mais
utilizados.

Farmacologia 1. Identificar os principais grupos de medicamentos utilizados para tratar alterações 3


Especial e de do equilíbrio hidro-electrolítico e ácido-base, diuréticos e definir as doses e ,
Sistemas (2) intervalos de tempo e duração dos tratamentos mais utilizados;
2. Discutir os diferentes tratamentos da malnutrição;
3. Identificar os principais grupos de medicamentos utilizados como analgésicos e
definir as doses e , intervalos de tempo e duração dos tratamentos mais utilizados;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 150


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
4. Discutir os diferentes anticépticos e desinfectantes utilizados no meio hospitalar;
5. Listar os fármacos mais utilizados na Unidade Sanitária, e explicar as suas
aplicações, bem como as formas farmacêuticas mais utilizadas;
6. Descrever os três kits básicos de medicamentos utilizados no Sistema Nacional
de Saúde e o seu conteúdo;
7. Explicar como utilizar o Formulário Nacional de Medicamentos;
8. Explicar como preencher as receitas do Sistema Nacional de Saúde.

Toxicologia 1. Explicar os mecanismos de intoxicação; 3


2. Definir sobredose;
3. Discutir as reacções adversas a medicamentos e o seu manejo;
4. Identificar as picadas e mordeduras de insectos, cobras e outros animais e discutir
o seu tratamento;
5. Descrever a intoxicação por medicamento tradicional e as apresentações mais
comuns;
6. Indicar os diferentes tipos de antídotos e discutir a sua utilização.

Laboratório 1. Cálculo de doses e dosagem 6


Multidisciplinar
Controlo de Doenças 1. Listar os elementos característicos dos cuidados médicos, no caso de uma doença 3
Crónicas crónica comparativamente a uma doença aguda;
2. Enumerar e descrever resumidamente as condições crónicas mais comuns em
Moçambique;
3. Descrever os elementos do modelo de cuidados crónicos da Organização Mundial
da Saúde (OMS) e discutir a sua relevância para os cuidados de saúde no sistema
Doenças Crónicas
de saúde moçambicano.
4. Definir auto gestão, apoio da auto gestão e descrever como uma equipa do centro
de saúde pode prestar assistência aos pacientes na gestão das doenças crónicas;
5. Descrever a evolução e prognóstico para cada doença crónica (com e sem
tratamento);
6. Explicar a importância da existência e utilização correcta de registos de

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 151


1º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
seguimento de pacientes, nos cuidados de doenças crónicas;
7. Descrever como é que a equipa de cuidados interdisciplinares funciona a nível
dos centro de saúde, com exemplos de visitas de pacientes e seguimento de um
paciente com:
a. Diabetes mellitus tipo II;
b. Insuficiência cardíaca;
c. Artrite reumatóide crónica;
d. Paciente HIV+ com Sarcoma de Kaposi recentemente diagnosticado.
8. Enumerar os recursos comunitários disponíveis ao nível distrital e da aldeia, para
o apoio aos cuidados das situações crónicas;
9. Descrever as tarefas possíveis do agente polivalente elementar (APE) nos
serviços de cuidados domiciliários e na monitorizados cuidados das situações
crónicas a nível do centro de saúde;
10. Descrever o actual Sistema de Informação de Gestão de Saúde Moçambicano aos
níveis nacional, regional, distrital e do centro de saúde.

Laboratório 1. Preparar um plano de apoio à autogestão para gestão de uma doença crónica. 2
Humanístico

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 152


1º. Semestre
ESTÁGIO
Local do Estágio:
• Laboratórios
• Farmácias públicas
• Serviço de Consulta

Duração: 4 semanas
Supervisores:
• Técnicos de Laboratório
• Técnicos de Farmácia
• Médicos de Clínica Geral/Técnicos de Medicina experientes
Técnicas a Demonstrar:
• Realizar a análise da densidade de uma amostra de urina;
• Determinar o grupo sanguíneo em amostras de sangue;
• Obter amostras de fezes e urina para análise parasitológica;
• Reconhecer lesões cutâneas produzidas por fungos e ectoparasitas;
• Preencher correctamente o receituário do Sistema Nacional de Saúde.
Seminários de Discussão do Estágio:
• Apresentação de 1 caso observado no estágio para discutir tratamentos básicos;
• Avaliação da terapia indicada, pelo docente, bem como da posologia, duração e
modalidade de administração dos tratamentos propostos.

AVALIAÇÃO
Avaliação Teórica
• Um teste escrito parcial, com um peso de 20%;
• Um trabalho escrito parcial – aplicação dos tópicos apresentados com um peso de 20%;
• Exame escrito final, com um peso de 30%.

Avaliação Prática
• Demonstração de habilidades técnicas em laboratório multi-disciplinar com um peso de 30%.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 153


1º. Semestre
2º. Semestre

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 154


2º. Semestre
Disciplina de Dermatologia
Semestre: II
CARGA HORÁRIA
Horas por Duração Total
Semana (semanas) de Horas
Aulas Teórico-Práticas 24, 20 2 44
Avaliação -- -- 2
Laboratório 3, 3 2 6
Avaliação -- -- 2
Discussão de Estágio* 5 1 5
Número Total de Horas da Disciplina 59 horas
* Neste semestre, os estudantes terão 5 semanas (25h/semana) de estágio nas
enfermarias de pacientes internados e ambulatório e 2 semanas de estágio na
maternidade.

PRÉ-REQUISITOS:
• Anatomia e Fisiologia;
• Semiologia 1 e 2 (Anamnese e Exame Físico);
• Introdução às Ciências Médicas;
• Enfermagem;
• Introdução a Meios Auxiliares de Diagnóstico;
• Deontologia e Ética Profissional.

DOCENTES:
• Médicos de Clínica Geral;
• Técnicos de Medicina Especializados em Ensino com experiência.

COMPETÊNCIAS A SEREM ADQUIRIDAS ATÉ AO FINAL DA DISCIPLINA:


O Técnico de Medicina será capaz de realizar as seguintes tarefas:

1. Diagnosticar e tratar as patologias abaixo indicadas, com atenção especial às seguintes


tarefas:
a. Elaborar possíveis hipóteses de diagnóstico, com base na anamnese, no exame físico
e diagnóstico diferencial;
b. Usar e interpretar resultados dos meios auxiliares de diagnóstico;
c. Criar um plano de tratamento / conduta, de acordo com a sua competência, baseado
no diagnóstico diferencial;
d. Criar e explicar ao paciente um plano de alta:
i. Resumo do tratamento;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 155


2º. Semestre
ii. Seguimento;
iii. Prevenção e controlo da doença.
a. Reconhecer ou suspeitar emergências e executar as intervenções médicas imediatas e
referir/transferir, como apropriado:
a. Queimaduras de 3o ou 4 o grau;
b. Síndrome de Steven Johnson e Necrolise Epidérmica Tóxica.

Lista de Doenças:
1. Piodermite (impétigo, foliculite/forunculose, antraz, abcesso);
2. Erisipela;
3. Úlceras;
4. Antrax cutâneo (carbúnculo);
5. Lesões cutâneas da sífilis;
6. Tuberculose cutânea;
7. Herpes simplex;
8. Herpes zóster;
9. Exantemas virais;
10. Molusco contagioso;
11. Verrugas;
12. Sarcoma de Kaposi
13. Pediculose;
14. Sarna;
15. Larva migrans cutânea;
16. Tunguiase (mataquenha);
17. Infecções fúngicas (tinha, cândida, ptiriase versicolor);
18. Eczema atópico;
19. Eczema de contacto;
20. Eczema seborreico
21. Urticária;
22. Erupções cutâneas de origem medicamentosa;
23. Acne;
24. Alterações de pigmentação da pele;
25. Psoríase;
26. Quistos, lipomas e outras massas;
27. Cicatriz hipertrófica e quelóide;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 156


2º. Semestre
Plano Temático
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Terminologia 1. Definir os termos seguintes 1
Comum a. Lesão primária;
b. Mácula;
c. Pápula;
d. Nódulo;
e. Placa;
f. Vesícula;
g. Bolha;
h. Pústula;
Terminologia
i. Lesão secundária;
j. Liquenificação;
k. Descamação;
l. Crosta;
m. Erosão;
n. Úlcera;
o. Urticária;
p. Atrofia;

Anatomia e 1. Descrever a estrutura da pele e seus anexos a nível macroscópico e microscópico. 1


Fisiologia 2. Descrever a função da pele e seus anexos (termoregulação, barreira contra infecções, e raios
UV, excreção de toxinas).

Fisiopatologia 1. Descrever as fases da cicatrização normal. 2


Anatomia, 2. Enumerar os factores que prejudicam a boa cicatrização.
Fisiologia e 3. Descrever a relação entre alteração da estrutura da pele e desenvolvimento de infecções
Fisiopatologia bacterianas.
4. Identificar a relação entre envolvimento da pele e da camada subcutânea e apresentações
clínicas associadas a infecções bacterianas.
5. Descrever o papel da auto imunidade e das reacções de hipersensibilidade no
desenvolvimento de várias condições dermatológicas.
6. Explicar a relação entre factores exógenos, endógenos e desenvolvimento do edema da

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 157


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
epiderme no eczema.
7. Definir constituição atópica e explicar a sua relação com o eczema atópico, asma brônquica e
rinite alérgica.
8. Descrever os factores fisiopatológicos envolvidos no desenvolvimento da acne.
9. Explicar a relação entre produção anormalmente rápida de epiderme e desenvolvimento da
psoríase.
10. Explicar a base anatómica da lesão segmental (dermátomos) do herpes zóster.
11. Explicar a relação entre alterações do fluxo venoso, arterial e desenvolvimento de úlceras
cutâneas.

Anamnese 1. Enumerar os componentes de uma história clínica orientada para os sintomas dermatológicos. 2
2. Enumerar as queixas que normalmente são associadas a uma condição dermatológica.
3. Enumerar as questões a ter em conta, para colher uma detalhada história clínica do paciente,
incluindo:
a. Queixa principal;
b. Cronologia, localização, radiação, tipo e severidade da queixa;
c. Duração, frequência e periodicidade, factores agravantes e atenuantes;
d. Manifestações associadas.

Exame Físico 1. Enumerar e descrever os passos sequenciais e as técnicas necessárias para realizar os seguintes 2
Revisão da
exames orientados aos sintomas dermatológicos:
História Clínica a. Exame da pele;
b. Exame do couro cabeludo, dos pêlos e unhas;
c. Exame das mucosas da boca, olhos, nariz e faringe;
d. Exame da região anogenital.
2. Explicar a importância de observar as 4 características básicas de qualquer lesão cutânea:
a. Distribuição;
b. Tipo (lesão primária e secundária);
c. Forma das lesões individuais;
d. Conformação (disposição geral das diferentes lesões).

Testes 1. Listar os testes disponíveis para avaliação de doenças dermatológicas, explicar as indicações 2
Meios Auxiliares
Laboratoriais de cada teste e interpretar os resultados:
de Diagnóstico a. VS;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 158


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
b. Hemograma;
c. Colorações de Gram, Ziehl Nielsen;
d. Preparação em KOH;
e. Serológia de HIV;
f. RPR;
g. Biopsia (mencionar);
h. Testes cutâneos para alergias (mencionar).

Laboratório 1. Realizar um exame físico num colega (se possível) com ênfase na pele, seus anexos e nas 3
Humanístico mucosas da boca, dos olhos, do nariz e da faringe:
a. Efectuar os passos do exame físico;
b. Explicar os resultados que seriam considerados normais.
2. Demonstrar a técnica apropriada de colheita do esfregaço para colorações de Gram, BK e
preparação em KOH, preservação e fluxo da amostra até ao laboratório.

Introdução 1. Explicar a epidemiologia das doenças dermatológicas em Moçambique. 1


2. Descrever a relação entre lesões dermatológicas e algumas doenças sistémicas.
3. Enumerar as doenças dermatológicas segundo um critério morfológico e regional das mesmas.
4. Descrever os diferentes tipos, formulações e indicações gerais dos medicamentos usados no
tratamento tópico na dermatologia.

Piodermite 1. Definir piodermite. 2


2. Identificar as duas bactérias normalmente implicadas na piodermite e modo de transmissão
das mesmas.
Clínica Médica 3. Definir as principais formas clínicas de piodermite:
a. Impétigo;
b. Foliculite/forunculose;
c. Paroníquia;
d. Abcesso.
4. Descrever e comparar os factores de risco, sintomas e sinais dos diferentes tipos de piodermite
e as possíveis complicações.
5. Descrever o tratamento farmacológico e não farmacológico para os diferentes tipos de
piodermite, incluindo:
a. Utilização da terapia tópica e/ou sistémica;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 159


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
b. Incisão e drenagem.
6. Definir os critérios para referência ou transferência.
7. Explicar as medidas de prevenção e a importância da despistagem da glomerulonefrite pós-
estreptocócica.

Erisipela 1. Definir e identificar as causas comuns de erisipela. 1


2. Enumerar e descrever os sintomas e sinais principais.
3. Enumerar as complicações locais e sistémicas possíveis.
4. Desenvolver um diagnóstico diferencial para erisipela.
5. Descrever a terapia farmacológica e não farmacológica para erisipela.
6. Definir os critérios para referência ou transferência.
7. Explicar as medidas de prevenção e a importância do despiste da glomerulonefrite.

Úlceras 1. Enumerar as causas infecciosas e não-infecciosas das úlceras cutâneas. 2


2. Enumerar os factores de risco e descrever os seguintes tipos de úlcera e identificar os sintomas
e sinais acompanhantes:
a. Venosa;
b. Arterial.
c. Neuropática;
d. Decúbito;
e. Tropical.
3. Identificar as complicações locais e sistémicas das úlceras cutâneas.
4. Elaborar um diagnóstico diferencial para úlcera cutânea.
5. Descrever os componentes essenciais do exame físico de um paciente com úlceras cutâneas
crónicas.
6. Identificar os factores que podem atrasar a cura da úlcera.
7. Descrever os princípios gerais de tratamento da úlcera.

Antraz Cutâneo 1. Definir antraz. 1


2. Indicar a etiologia, factores de risco e modo de transmissão para forma cutânea, pulmonar e
gastrointestinal.
3. Descrever a apresentação e evolução clínica do antraz cutâneo.
4. Enumerar e descrever as complicações possíveis.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 160


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
5. Desenvolver um diagnóstico diferencial.
6. Descrever o tratamento do antraz cutâneo.
7. Identificar os critérios de referência ou transferência.
8. Identificar e explicar as medidas de saúde pública para prevenção da infecção.

Lesões 1. Definir sífilis primária, secundária e terciária. 1


Cutâneas da 2. Identificar o agente etiológico, o modo de transmissão e os factores de risco.
Sífilis 3. Listar e descrever as manifestações cutâneas possíveis, por cada estágio da sífilis.
4. Enumerar os testes laboratoriais e explicar os resultados associados à sífilis.
5. Descrever o diagnóstico diferencial das manifestações cutâneas da sífilis.
6. Descrever o tratamento da sífilis.
7. Identificar as medidas de saúde pública para a prevenção da infecção.

Tuberculose 1. Definir tuberculose cutânea. 1


Cutânea 2. Identificar os três modos de afeição da pele (hematogena, por contiguidade, inoculação
cutânea).
3. Identificar os factores de risco e o modo de transmissão da tuberculose cutânea.
4. Descrever as manifestações cutâneas possíveis da tuberculose e sintomas e sinais sistémicos
associados.
5. Descrever o diagnóstico diferencial da tuberculose cutânea.
6. Explicar as medidas de prevenção específicas para tuberculose cutânea.

Herpes Simples 1. Definir e identificar as causas de herpes simplex dos lábios e genitais. 1
2. Identificar o modo de transmissão, distinguir entre infecção primária e recaída e enumerar os
factores predisponentes a recaídas.
3. Descrever e comparar a apresentação clínica da infecção primária e das recaídas no paciente
imunocompetente e no paciente imunodeprimido.
4. Enumerar as possíveis complicações.
5. Descrever o diagnóstico diferencial de herpes simplex.
6. Descrever o tratamento do herpes simplex dos lábios e genitais.
7. Explicar as medidas de prevenção para herpes simplex.

Herpes Zóster / 1. Definir herpes zóster e varicela; 1

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2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Varicela 2. Identificar a causa, os factores de risco e o modo de transmissão.
3. Descrever e comparar a apresentação clínica de herpes zóster e varicela no paciente
imunocompetente e no paciente imunodeprimido.
4. Enumerar as complicações possíveis de herpes zóster e descrever especificadamente a
neuralgia pós-herpética e o envolvimento do ramo ocular.
5. Descrever o diagnóstico diferencial da varicela, herpes zóster e neuralgia pós-herpética.
6. Identificar as indicações para referência ou transferência.
7. Descrever o tratamento da varicela, herpes zóster e neuralgia pós-herpética.

Exantemas 1. Definir exantema. 2


Virais 2. Diferenciar exantema morbiliforme e escarlatiforme.
3. Enumerar as causas infecciosas e não infecciosas do exantema.
4. Descrever resumidamente a causas possíveis de exantemas virais no adulto incluindo sarampo,
rubéola, varicela, mononucleose infecciosa, infecção aguda por HIV.
5. Descrever e comparar a aparência e distribuição dos exantemas associados a sarampo, rubéola,
varicela, infecção aguda por HIV e os outros sintomas e sinais associados.
6. Descrever as complicações associadas a sarampo, rubéola, e varicela no paciente adulto.
7. Elaborar um diagnóstico diferencial para exantema.
8. Identificar as indicações para referência ou transferência.
9. Descrever o tratamento farmacológico e não farmacológico dos exantemas virais.
10. Explicar as medidas de prevenção.

Molusco 1. Definir molusco contagioso. 1


Contagioso 2. Identificar a etiologia, modo de transmissão e factores agravantes.
3. Descrever a apresentação clínica do molusco contagioso no paciente imunocompetente e
imunodeprimido.
4. Elaborar um diagnóstico diferencial para o molusco contagioso.
5. Descrever o tratamento farmacológico e não farmacológico.

Verrugas 1. Definir e identificar a etiologia das verrugas. 1


2. Identificar o modo de transmissão, os factores de risco e os factores agravantes das verrugas.
3. Enumerar e descrever os tipos comuns de verrugas:
a. Verruga plantares;
b. Verrugas planas;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 162


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
c. Verrugas genitalis.
4. Elaborar um diagnóstico diferencial para verrugas.
5. Descrever o tratamento farmacológico e não farmacológico para os diferentes tipos de
verrugas.
6. Explicar os critérios de referência ou transferência.
7. Explicar as medidas de prevenção da infecção.

Sarcoma de 1. Definir sarcoma de Kaposi. 1


Kaposi Cutâneo 2. Identificar a etiologia, os factores de risco e os factores agravantes de sarcoma de Kaposi.
3. Diferenciar o sarcoma de Kaposi endémico e ‘associado ao HIV’.
4. Diferenciar sarcoma de Kaposi cutâneo e sarcoma de Kaposi com envolvimento sistémico.
5. Descrever a apresentação, evolução clínica e as complicações comuns de sarcoma de Kaposi
endémico e a forma associada ao HIV.
6. Descrever as opções de tratamento farmacológico e não farmacológico para o sarcoma de
Kaposi.
7. Explicar os critérios de referência ou transferência.

Pediculose 1. Definir pediculose. 1


2. Identificar as três espécies etiológicas principais, o modo de transmissão e as condições
favoráveis.
3. Descrever a apresentação clínica e as complicações locais comuns das três formas de
pediculose.
4. Descrever o tratamento farmacológico e não farmacológico para cada forma de pediculose.
5. Explicar as medidas de prevenção da infecção.

Escabiose 1. Definir sarna. 1


(sarna) 2. Identificar a etiologia, o modo de transmissão e os factores agravantes.
3. Descrever a apresentação clínica da sarna clássica e norueguesa.
Clínica Médica 4. Listar as observações laboratoriais associadas à sarna.
5. Descrever um diagnóstico diferencial para a sarna.
6. Descrever o tratamento farmacológico e não farmacológico para sarna clássica e sarna
norueguesa.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 163


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
7. Explicar as medidas de prevenção da infecção.

Tunguiase 1. Definir tunguiase. 1


(mataquenha) e 2. Identificar a etiologia e o modo de transmissão.
a Larva 3. Descrever a apresentação clínica e as complicações possíveis.
Migrans 4. Descrever o tratamento para tunguiase.
Cutânea 5. Descrever as medidas de prevenção da infecção.
6. Definir larva migrans cutânea.
7. Identificar a etiologia, o modo de transmissão e os factores de risco.
8. Descrever a apresentação clínica e as complicações possíveis.
9. Descrever o tratamento para larva migrans cutânea.

Micoses 1. Definir micose cutânea. 2


Cutâneas 2. Enumerar e definir os tipos de micoses cutâneas principais (tinha, candidiase, ptiriase
versicolor).
3. Identificar o modo de transmissão e as condições favoráveis ao desenvolvimento de micoses
em geral.
4. Descrever os seguintes tipos de tinhas (ou dermatofitoses):
a. Tinha do corpo ( tinea corporis);
b. Tinha do couro cabeludo ( tinea capitis;.
c. Tinha das unhas (onicomicosis);
d. Tinha dos pés (tinea pedis).
5. Enumerar as condições favoráveis (de risco) para o desenvolvimento de candidíase cutânea e
mucocutânea.
6. Descrever a apresentação clínica da candidíase cutânea.
7. Enumerar as condições favoráveis para o desenvolvimento da ptiriase versicolor.
8. Descrever a apresentação clínica da itiríase versicolor.
9. Elaborar o diagnóstico diferencial para formas de micoses cutâneas acima consideradas.
10. Descrever o tratamento farmacológico e não farmacológico para os diferentes tipos de micose
cutânea, incluindo o tratamento inicial e o tratamento das recaídas.

Eczema: 1. Definir eczema ou dermatite. 2


Atópico, de 2. Definir e distinguir entre fase aguda, subaguda e crónica, em termos de apresentação clínica
Contacto, e do eczema.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 164


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Seborreico 3. Enumerar e definir os tipos mais comuns de eczema no adulto (atópico, de contacto, de estase,
infectado, seborreico).
4. Identificar a predisposição genética do eczema atópico e a associação frequente com outras
reacções de hipersensibilidade como asma e rinite alérgica.
5. Enumerar os possíveis factores desencadeantes/agravantes do eczema atópico.
6. Descrever as manifestações clínicas do eczema atópico e as variações das mesmas de acordo
com a idade.
7. Listar as causas comuns do eczema de contacto.
8. Descrever as manifestações clínicas (forma aguda e crónica) do eczema de contacto.
9. Listar os factores agravantes (stress, infecção fúngicas, immunodepressao) do eczema
seborreico.
10. Descrever as manifestações clínicas do eczema seborreico no paciente imunocompetente e no
paciente imunodeprimido.
11. Elaborar um diagnóstico diferencial para os diferentes tipos de eczema.
12. Descrever o tratamento farmacológico e não farmacológico para a fase aguda e crónica e
recidivas dos diferentes tipos de eczema.
13. Identificar os critérios de referência ou transferência.

Urticária 1. Definir urticária e distinguir entre a forma aguda e crónica. 1


2. Enumerar as causas comuns conhecidas de urticária.
3. Descrever a apresentação clínica da urticária aguda e crónica.
4. Identificar as condições clínicas associadas à urticária que representam um perigo para vida e
descrever o manejo imediato de:
a. Choque anafiláctico;
b. Angioedema da glotide;
c. Doença sistémica severa.
5. Elaborar um diagnóstico diferencial para urticária.
6. Descrever o tratamento da urticária aguda e crónica.

Reacção 1. Listar os medicamentos e os remédios tradicionais mais frequentemente associados a reacções 4


Cutânea por adversas de tipo cutâneo.
Medicamentos 2. Listar e descrever as seguintes condições relacionadas a reacções cutâneas por medicamento,
de tipo benigno:
a. Erupções maculopapulosas (morbiliforme);

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 165


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
b. Eczema de contacto;
c. Urticária/angioedema;
d. Eritema pigmentado fixo;
e. Erupções por fotossensibilidade;
f. Alterações na pigmentação.
3. Listar e descrever as seguintes condições graves relacionadas a reacções cutâneas por
medicamentos:
a. Síndrome de hipersensibilidade;
b. Síndrome de Stevens-Johnson;
c. Necrólise epidérmica tóxica.
4. Elaborar um diagnóstico diferencial para reacções cutâneas por medicamentos.
5. Descrever os 4 graus de severidade da erupção cutânea por medicamento e para cada grau a
conduta terapêutica associada.
6. Identificar os critérios de referência ou transferência.
7. Explicar o método de desensibilização e indicações do mesmo.

Acne (vulgaris) 1. Definir acne. 1


2. Explicar a etiologia e identificar os factores desencadeantes e/ou agravantes da acne.
3. Descrever a apresentação clínica da acne leve, moderada e severa.
4. Descrever as complicações da acne.
5. Descrever o tratamento farmacológico e não farmacológico da acne.
6. Explicar a importância do apoio psicológico do paciente jovem com acne.

Alterações da 1. Descrever os factores normais determinantes da cor da pele. 2


Pigmentação 2. Definir hipopigmentação e hiperpigmentação.
3. Identificar as causas possíveis e as doenças que apresentam a hipopigmentação e a
hiperpigmentação.
4. Definir albinismo, vitiligo, melasma, dermatose papulosa nigra e hipo/hiperpigmentação pós-
inflamatória (após uma lesão cutânea).
5. Identificar a etiologia e os factores de risco do vitiligo.
6. Descrever a apresentação clínica do vitiligo (forma localizada/segmental, forma generalizada)
e o diagnóstico diferencial.
7. Identificar os factores de risco do melasma (familiaridade, exposição solar, alterações
hormonais).

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2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
8. Descrever a apresentação clínica do melasma e o diagnóstico diferencial.
9. Descrever a apresentação clínica da hipo/hiperpigmentação, decorrente de dermatoses
inflamatórias.
10. Descrever o manejo farmacológico e não farmacológico geral e específico para vitiligo,
melasma, e hipo/hiperpigmentação pós-inflamatória.
11. Explicar a importância das medidas de protecção (pele, olhos) contra os raios solares e do
apoio psicossocial ao paciente albino.

Psoríase 1. Definir psoríase e enumerar as formas comuns. 1


2. Explicar a etiologia, identificar os factores de risco e desencadeantes da psoríase.
3. Descrever os sintomas e sinais das várias formas de psoríase no paciente imunocompetente e
no paciente imunodeprimido.
4. Elaborar um diagnóstico diferencial para psoríase.
5. Descrever o manejo farmacológico e não farmacológico da psoríase.
6. Indicar os critérios de referência ou transferência.

Quistos, 1. Enumerar as causas possíveis de massa cutânea. 1


Lipomas, 2. Definir e descrever lipoma e quisto.
quelóides e 3. Identificar os critérios de referência ou transferência para massas cutâneas.
Outras Massas 4. Definir cicatriz hipertrófica e quelóide.
Cutâneas 5. Definir as causas possíveis de quelóide.
6. Descrever a apresentação clínica dos quelóides.
7. Descrever o tratamento farmacológico e não farmacológico dos quelóides.
8. Identificar os critérios de referência ou transferência.

Emergências 1. Identificar as situações dermatológicas de emergência: 1


Dermatológicas a. Queimaduras (3o e 4 o grau);
b. Síndrome de Steven Johnson/Necrolise epidérmica tóxica.
2. Descrever os sintomas e sinais que podem ser associados a cada emergência
dermatológica.
3. Explicar os cuidados e tratamento imediatos (estabilização) de um paciente com uma
emergência dermatológica.
4. Descrever o procedimento correcto para referir um paciente que apresenta uma

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 167


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
emergência dermatológica.

Laboratório 1. Identificar numa serie de imagens as condições dermatológicas como: 3


Humanístico a. Lesões pápulo-escamosas e placas;
b. Lesões eritematosas e eritemato-papulares;
c. Lesões papulares e/ou nodulares;
d. Lesões vesiculares;
e. Alteração da pigmentação.
2. Identificar numa série de preparados microscópicos, as três diferentes espécies de pedículos
humano, sarcoptes scabiei e tunga penetrans.
3. Demonstrar num manequim (se possível) como tratar apropriadamente as seguintes condições:
a. Abcesso;
b. Úlceras;
c. Verrugas.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 168


2º. Semestre
ESTÁGIO
Local do Estágio:
• Serviço de Dermatologia;
• Serviço de Consultas Externas;
• Enfermaria de Medicina;
Duração: 5 semanas
Supervisores:
• Médicos Generalistas;
• Técnicos de Medicina com experiência;
Técnicas a Demonstrar:
• Efectuar uma anamnese apropriada para um paciente com sintomas dermatológicos;
• Executar correctamente um exame físico relacionado com as queixas dermatológicas;
• Registar os resultados da anamnese e do exame físico, de forma exacta e concisa no
processo clínico do paciente;
• Desenvolver um diagnóstico diferencial adequado às queixas do paciente;
• Identificar os meios auxiliares de diagnóstico para proceder ao diagnóstico da
condição dermatológica apresentada;
• Desenvolver uma conduta terapêutica e um plano de seguimento adequado (incluindo
a transferência se necessário);
• Demonstrar o procedimento adequado para a colheita do esfregaço para colorações de
Gram, BK e preparação em KOH;
• Executar o tratamento apropriado de diferentes tipos de úlcera;
• Executar a incisão e drenagem de um abcesso.
Seminários de Discussão do Estágio:
• Apresentação de 1 caso clínico observado durante o estágio;
• Para cada paciente apresentado, é necessário incluir resultados relevantes da história clínica e
do exame físico, discutir os meios de diagnóstico utilizados e o diagnóstico diferencial. O
TM deverá descrever a conduta terapêutica do paciente, incluindo terapias farmacológicas e
não farmacológicas, a educação do paciente, o prognóstico, e o acompanhamento. Indicações
para a transferência imediata ou o encaminhamento adequado devem ser incluídas na
apresentação.
• O docente deve rever os casos com o grupo para:
o Evidenciar aspectos chave da anamnese e exame físico;
o Rever a fisiologia e fisiopatologia, se for apropriado;
o Rever as considerações efectuadas, para chegar a um diagnóstico diferencial;
o Discutir como desenhar e implementar uma conduta terapêutica.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 169


2º. Semestre
AVALIAÇÃO
Avaliação Teórica
• Um teste escrito parcial, com um peso de 20%;
• Exame escrito final, com um peso de 30%.

Avaliação Prática
• Demonstração de técnicas / procedimentos no laboratório (humanístico ou multi-
disciplinar, com um peso de 10%.

Avaliação do Estágio
• Apresentação de 1 caso observado durante o estágio, com um peso de 20%.
• Demonstração duma história clínica (anamnese e exame físico) dirigido ao sistema,
com paciente, 20%.

BIBLIOGRAFIA
• Van Hees, C, Naafs, B. Doenca de pele comuns na África.
• Fauci, K, Hauser, L, Jameson, L. Harrison. Medicina Interna. 17o ed. Mac Graw Hill; 2008
• Cook, G, Zumla, A. Doenças tropicais de Manson (Manson’s tropical diseases). 22o ed.
Saunders; 2009
• Collier, J, Longmore, M, Brinsden, M. Manual de Oxford de medicina tropical (Oxford
handbook of tropical medicine). 3o ed. Oxford University Press; 2008.
• Saxe, N, Jessop, S, Todd, G. Manual de dermatologia para o cuidado primário (Handbook of
dermatology for primary care).1o ed. Oxford Southern Africa; 1997.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 170


2º. Semestre
Disciplina do Sistema Gastrointestinal
Semestre: II
CARGA HORÁRIA
Horas por Duração Total
Semana (semanas) de Horas
Aulas Teórico-Práticas 21, 27, 20 3 68
Avaliação -- -- 2
Laboratório 6, 0, 3 3 9
Avaliação -- -- 2
Discussão de Estágio* 5 2 10
Número Total de Horas da Disciplina 91 horas
* Neste semestre, os estudantes terão 5 semanas (25h/semana) de estágio nas
enfermarias de pacientes internados e ambulatório e 2 semanas de estágio na
maternidade.

PRÉ-REQUISITOS:

• Anatomia e Fisiologia;
• Introdução às Ciências Médicas;
• Semiologia 1 e 2 (Exame Físico e Anamnese);
• Introdução a Meios Auxiliares Diagnósticos;
• Deontologia e Ética Profissional
DOCENTES:

• Médicos de Clínica Geral experientes;


• Técnicos de Medicina Especializados em Ensino, experientes.

COMPETÊNCIAS A SEREM ADQUIRIDAS ATÉ AO FINAL DA DISCIPLINA:


O Técnico de Medicina será capaz de realizar as seguintes tarefas:

1. Diagnosticar e tratar as patologias abaixo indicadas, com atenção especial às seguintes


tarefas:
a. Elaborar possíveis hipóteses de diagnóstico, com base na anamnese, no exame físico
e diagnóstico diferencial;
b. Usar e interpretar os resultados dos meios auxiliares de diagnóstico;
c. Criar um plano de tratamento / conduta, de acordo com a sua competência, baseado
no diagnóstico diferencial;
d. Criar e explicar ao paciente um plano de alta;
i. Resumo do tratamento;
ii. Seguimento;
iii. Prevenção e controlo da doença;
2. Reconhecer ou suspeitar emergências, executar as intervenções médicas imediatas e
referir/transferir, como apropriado.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 171


2º. Semestre
Lista de Doenças:
1. Disfagias
2. Esofagite e refluxo gastro-esofágico
3. Hérnia hiatal
4. Hemorragias digestivas altas por causa
5. Gastrite aguda atrófica e crónica e doença por H. pilori
6. Úlcera gastro-duodenal e suas complicações
7. Carcinoma gástrico
8. Diarreia aguda e crónica, por mecanismo e etiologia
9. Cólera
10. Disenteria bacteriana, amebiana e a enterotóxica
11. Parasitoses intestinais:
a. Ascaridiase
b. Ancilostomiase
c. Amebiase
d. Giardiase
e. Estrongiloidiase
f. Oxiuriase
g. Tricuriase
h. Teniase
i. Equinococose
12. Hemorragia Digestiva Baixa:
a. Diverticulose intestinal
b. Carcinoma colo-rectal
c. Hemorróides
d. Febre Tifóide
13. Diarreia crónica com malabsorção
a. Pancreatite crónica:
b. Fibrose cística do páncreas
c. Kwashiorkor
d. Mal-absorção pós-cirúrgica
e. Insuficiência biliar
f. Doença de crohn
g. Colite ulcerativa
h. Tuberculose intestinal
i. Doença celíaca
14. Hemorróides
15. Prolapso rectal
16. Fissura Anal
17. Abcesso e fístula perianal
18. Carcinoma rectal
19. Fibrose e cirrose hepática e suas complicações por hipertensão portal (ascite,
hemorragias).
20. Abcesso hepático bacteriano e amebiano
21. Neoplasia hepática

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 172


2º. Semestre
22. Hepatite aguda e crónica, por agente etiológico
23. Litíase e inflamação da vesícula biliar
24. Pancreatite aguda
25. Carcinoma pancreático
26. Carcinoma das vias biliares
27. Hérnias abdominais por tipo e localização

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 173


2º. Semestre
Plano Temático
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Terminologia 1. Definir os termos seguintes: 1
Comum em Doenças a. Anorexia;
Gastrointestinais b. Bulimia;
c. Vómitos;
d. Disfagia;
e. Odinofagia;
f. Hematemese;
g. Pirose;
h. Dispepsia;
i. Diarreia;
Terminologia j. Disenteria;
k. Esteatorreia;
l. Hematoquézia;
m. Melena;
n. Obstipação;
o. Icterícia;
p. Ascite;
q. Enfartamento pós prandial;
r. Flatulência;
s. Náuseas.

Anatomia 1. Descrever a sequência do tracto digestivo, realizando um desenho com a sua 2


localização, as estruturas anatómicas que os delimitam e a relação que tem com
outros órgãos.
Anatomia,
2. Descrever o fígado, a vesícula, a via biliar e o pâncreas, realizando um desenho
Fisiologia e
com a sua localização, as estruturas anatómicas que os delimitam e a relação que
Fisiopatologia
têm com outros órgãos.
3. Descrever a vascularização dos diferentes órgãos GI, indicando a relação entre o
sistema porta e o cava.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 174


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Fisiologia 1. Descrever as funções digestivas, absortivas e motoras de cada parte do tubo 2
digestivo (esófago, estômago, duodeno, delgado, cólon e recto-anus).
2. Listar as funções do parênquima hepático.
3. Descrever a função exócrina do sistema bilio-pancreático.

Fisiopatologia 1. Definir o refluxo gastro-esofágico e descrever as suas consequências a curto e 3


longo prazo.
2. Descrever as consequências anatómicas e fisiológicas da dilatação intestinal nos
diferentes níveis (obstrutiva e paralítica).
3. Definir os padrões de lesão hepática e sua evolução.
4. Listar as manifestações da insuficiência hepática.
5. Explicar as consequências sobre o fluxo vascular e a função hepática dos
diferentes tipos de hipertensão portal.
6. Definir as alterações analíticas nos diferentes tipos de icterícia, relacionando-as
com a sua fisiopatologia.
7. Explicar as consequências e manifestações clínicas da malabsorção.

Laboratório 1. Identificar, num modelo torácico-abdominal, o tubo digestivo e os órgãos 2


Humanístico anexos, indicando os níveis de obstrução mais frequentes e, explicando as
consequências fisiopatológicas destes.
2. Desenhar o esquema da via hepato-bilio-pancreática, indicando os níveis de
obstrução mais frequentes e, explicando as consequências fisiopatológicas
destes.
3. Desenhar o esquema de retorno venoso dos sistemas portal e cava inferior e as
suas colaterais, indicando os níveis de obstrução mais frequentes e, explicando
as consequências fisiopatológicas destes.
Anamnese 1. Descrever os componentes de uma história clínica orientada aos sindromas 2
Revisão da gastroenterológicos, incluindo:
a. Queixa principal: localização, radiação, tipo, severidade e cronologia (duração,
História Clínica
frequência e periodicidade);
b. Factores agravantes e atenuantes, tratamentos efectuados;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 175


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
c. Condições concorrentes, antecedentes pessoais e familiares;
d. Sintomas associados.
Exame Físico 1. Descrever a sistemática da inspecção visual da cavidade orofaríngea. 2
2. Listar os principais achados patológicos possíveis, numa inspecção da cavidade
orofaríngea.
3. Descrever a sistemática da inspecção visual do abdómen.
4. Listar os principais achados patológicos possíveis, numa inspecção visual do
abdómen.
5. Definir os 4 quadrantes e 9 sectores do abdómen em relação a marcas
anatómicas.
6. Descrever a sistemática da palpação do abdómen, incluindo a superficial,
profunda e sinais de irritação peritoneal, definindo todos os achados normais e os
patológicos mais comuns.
7. Descrever a sistemática da percussão do abdómen, definindo todas as áreas
mates e timpânicas normais e as patológicas mais comuns.
8. Descrever a sistemática da auscultação do abdómen, definindo os ruídos normais
e patológicos mais comuns.
9. Descrever a sistemática do toque rectal, listando os principais achados
patológicos possíveis.

Laboratório 1. Efectuar 3 anamneses completas com achados previsíveis no exame físico, 4


Humanístico (diagnostico de suspeita e estratégia de diagnóstico diferencial) em doentes
simulados com os principais sindromas gastroenterológicos.
2. Reconhecer no abdómen dum colega, as partes do abdómen (4 quadrantes e 9
sectores), indicando as referências anatómicas principais.
3. Realizar um exame orofaríngeo.
4. Realizar um exame físico abdominal completo (inspecção, palpação, percussão e
auscultação) sobre um colega, enquanto descrever em voz alta a sistemática
5. Explicar sobre o abdómen dum colega os sinais previsíveis das patologias mais
comuns (ascite, hepatomegalia, obstrução intestinal, peritonite local e difusa,
massas).

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 176


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Exames 1. Listar as indicações para o pedido das seguintes análises laboratoriais: 2
Laboratoriais a. Aspartato aminotransferase (AST). (131);
b. Alanina aminotransferase (ALT). (132);
c. Bilirrubina total, bilirrubina directa e indirecta. (133);
d. Albumina;
e. Amilase e Lipase séricas (143);
f. Exame parasitológico fezes. (137);
g. Exame bacteriológico básico (gram e cultura);
h. Sangue oculto nas fezes (145);
i. HbsAg;
j. Análise de líquido ascítico (proteínas, eritrocitos, leucócitos, bactérias,
amilase);
2. Conhecer os valores das análises considerados normais,
3. Explicar o significado de valores anormais, por excesso e por defeito,
Meios relacionando-os a principais patologias gastrointestinais.
Diagnósticos
Auxiliares Outros Meios 1. Listar as indicações e contra-indicações para o pedido de radiologia simples de 3
Diagnósticos abdómen (decúbito, de pé e lateral) nas principais condições GI.
2. Explicar a sistemática da leitura dum RX de abdómen, reconhecendo as
principais imagens normais.
3. Descrever as principais imagens radiológicas anormais: hepato-esplenomegália,
estenose pilórica, distensão intestinal (obstrutiva e paralítica), líquido livre e ar
livre peritoneais, colecções peritoneais e retroperitoneais, vólvulo, calcificações
bilio-pancreáticas.
4. Descrever o valor da ecografia abdominal, como meio diagnóstico e terapêutico
nas principais condições GI, listando as indicações e limitações para o seu
pedido.
5. Listar as indicações, contra-indicações e limitações para o pedido de endoscopia
alta (esófago-gastroscopia) e baixa (recto-colonoscopia).
6. Indicar os meios auxiliares de diagnóstico mais adequados para o apuramento do
diagnóstico diferencial de casos clínicos dados (10) dos sindromas GI mais

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 177


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
frequentes.
7. Ler em voz alta um RX abdominal normal, explicando a sistemática de leitura.

Disfagia e 1. Definir disfagia, explicando resumidamente a fisiopatologia das diferentes causas


Regurgitação da mesma: motoras (acalasia e EED), infecciosas (esofagite por cândida, por 2
CMV), cáusticas (esofagite por refluxo, ingestão caústicos) e compressivas
(carcinoma esofágico, massas mediastínicas extrínsecas, divertículos).
2. Listar os sintomas e sinais acompanhantes às diferentes condições que provocam
disfagia, enfatizando aqueles que orientam a uma causa grave e/ou cirúrgica
(transferível).
3. Listar os meios auxiliares disponíveis, apresentando as indicações para estudos
de contraste radiológico e endoscópicos.
4. Descrever a estratégia, no diagnóstico diferencial etiológico, das condições que
se apresentam como disfagia.
5. Listar as indicações de transferência, classificando-as pela sua urgência.
6. Descrever a estratégia terapêutica geral dentro da sua competência.
Clínica Médica:
7. Explicar o tratamento específico das condições que não precisam de ser
Gastro-
transferidas, indicando a evolução esperadae o prognóstico das mesmas.
Enterologia
8. Explicar o tratamento de manutenção, incluindo hidratação oral/endovenosa e a
nutrição por SNG, nos casos a espera de transferência.
9. Listar os critérios de não transferência nos casos terminais, indicando as medidas
paliativas.
Esofagite 1. Definir esofagite, refluxo gastro-esofágico (RGE) e hérnia hiatal, estabelecendo 2
as possíveis relações de causa e efeito entre eles.
2. Descrever os diferentes tipos de hérnia hiatal: deslizamento, paraesofágica,
congénitas e traumáticas.
3. Explicar a fisiopatologia do RGE e as suas consequências clínicas.
4. Enumerar as esofagites infecciosas habituais e a sua relação com a infecção por
HIV.
5. Listar os sintomas e sinais gerais da esofagite e os específicos das esofagites por
RGE e infecciosas.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 178


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
6. Descrever a estratégia de diagnóstico diferencial etiológico da esofagite.
7. Enumerar as indicações para estudos complementares avançados: serologia HIV,
radiologia com contraste e endoscopia alta.
8. Descrever a estratégia terapêutica geral da esofagite, incluindo a evolução
previsível e, enumerando as indicações médicas e cirúrgicas de transferência.
9. Descrever as medidas higiénico-dietéticas gerais da esofagite, indicando o
impacto clínico esperável.
10. Explicar o tratamento específico das esofagites infecciosas, incluindo a sua
monitoria e o prognóstico.

Hemorragia 1. Definir a hemorragia digestiva alta (HDA), descrevendo as condições etiológicas 2


Digestiva Alta habitualmente associadas à mesma: Mallory-Weiss, esofagite, varizes GE,
(HDA) carcinoma esofágico, gastrite erosiva, úlcera GD e carcinoma gástrico.
2. Listar os sintomas e sinais gerais duma HDA.
3. Enumerar os sintomas e sinais acompanhantes que podem ajudar no diagnóstico
da etiologia da HDA.
4. Classificar a HDA por graus de severidade e prognóstico, mediante os critérios
de gravidade do sangramento (por etiologia, intensidade, persistência, recidiva e
condições associadas).
5. Listar as indicações urgentes e electivas de endoscopia, de estudo radiológico,
com contraste e de ecografia.
6. Descrever a estratégia de diagnóstico diferencial etiológico da HDA.
7. Descrever a estratégia terapêutica geral dentro da sua competência.
8. Enumerar as medidas terapêuticas imediatas a tomar, perante uma HDA,
incluindo a sonda de Sengstaken, indicando o impacto previsível na condição do
paciente.
9. Enumerar as indicações de transferência urgente e diferida, explicando o
tratamento de manutenção e as medidas preparatórias para a transferência.
10. Descrever o tratamento específico das condições que não precisam de ser
transferidas, indicando a evolução previsível e o prognóstico das mesmas.
11. Descrever o tratamento, a longo prazo, as medidas higiénico-dietéticas

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 179


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
recomendadas e o prognóstico de cada condição etiológica.

Dispepsia e Dor 1. Descrever as bases fisiopatológicas das diferentes condições gástricas que se 2
Epigástrica costumam apresentar como dispepsia e/ou dor epigástica: gastrite aguda e
crónica, úlcera gastroduodenal (e doença por H. Pilori), e carcinoma gástrico.
2. Descrever as características da dor e os sintomas e sinais acompanhantes às
diferentes condições que provocam sintomas gastroduodenais, enfatizando
aqueles que orientam a uma causa grave e/ou cirúrgica (transferível).
3. Enumerar os meios auxiliares disponíveis, listando as indicações para estudos
laboratoriais, de contraste radiológico, endoscópicos e ecográficos.
4. Descrever a estratégia, no diagnóstico diferencial etiológico, das condições
gastroduodenais.
5. Listar as indicações de transferência, classificando-as pela sua urgência.
6. Descrever a estratégia terapêutica geral.
7. Explicar o tratamento específico das condições que não precisam de ser
transferidas, indicando a evolução previsível e o prognóstico das mesmas.
8. Explicar as complicações comuns das condições gastroduodenais: sangramento,
perfuração, penetração em pâncreas e obstrução.
9. Explicar o tratamento específico das complicações anteriores, classificando os
seus critérios de transferência, por urgência.
10. Explicar o tratamento de manutenção, incluindo hidratação oral/endovenosa e a
nutrição por SNG, nos casos a espera de transferência.
11. Descrever o tratamento, a longo prazo, as medidas higiénico-dietéticas
recomendadas e o prognóstico de cada condição etiológica.

Gastrite Aguda, 1. Definir e explicar as relações entre doença por H. Pylori, gastrite aguda, gastrite 2
Crónica e Úlcera crónica e úlcera gastroduodenal.
Gastroduodenal 2. Definir os conceitos de gastrite atrófica, infecciosa, metaplásica, granulomatosa,
hipertrófica, tóxica/medicamentosa e hemorrágica/erosiva.
3. Explicar a fisiopatologia da úlcera gastroduodenal e o papel do H. Pylori na
doença benigna gastroduodenal.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 180


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
4. Listar os sintomas e sinais gerais da gastrite aguda e os específicos da gastrite
hemorragica/erosiva.
5. Listar os sintomas e sinais gerais da gastrite crónica e da úlcera gastroduodenal.
6. Descrever a estratégia de diagnóstico diferencial das doenças benignas
gastroduodenais.
7. Explicar a farmacologia básica dos diferentes medicamentos antiácidos e
protectores gástricos.
8. Descrever a estratégia terapêutica geral da gastrite aguda, incluindo a evolução
esperada.
9. Explicar o tratamento específico da gastrite crónica e da úlcera gastroduodenal,
incluindo a sua monitoria e o prognóstico.
10. Descrever as medidas higiénico-dietéticas gerais das doenças benignas
gastroduodenais, indicando o impacto clínico esperado.
11. Listar as indicações médicas e cirúrgicas de transferência.
12. Definir as complicações da úlcera gastroduodenal (hemorragia, perfuração,
penetração, e estenose pilórica), explicando os seus critérios diagnósticos e as
indicações de transferência.

Gastroenterite 1. Definir os diferentes tipos de diarreia pelo seu mecanismo de produção 3


Aguda (osmótica, secretora, exudativa e motora), descrevendo as suas características
clínicas básicas e, relacionando-os com agentes etiológicos concretos.
2. Definir os diferentes tipos de diarreia pela sua apresentação clínica (aguda ou
crónica, com sangue, e com pus), descrevendo as suas características clínicas
básicas e, relacionando-os com agentes etiológicos concretos.
3. Listar por grupos (infecciosas, tóxicas, medicamentosa e outras) as causas
principais de diarreia aguda.
4. Descrever as possíveis características da diarreia (apresentação, características
das fezes, relação com alimentos e medicamentos, dor acompanhante, perda de
peso, febre, distensão), relacionando-as com agentes etiológicos específicos.
5. Enumerar os sinais físicos esperáveis numa diarreia aguda, indicando aqueles
que se relacionam com agentes etiológicos específicos

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 181


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
6. Listar os exames a serem realizados em um doente com diarreia aguda.
7. Enumerar os resultados laboratoriais esperados numa diarreia aguda, indicando
aqueles que se relacionam com agentes etiológicos específicos.
8. Descrever a estratégia de diagnóstico diferencial etiológico da diarreia aguda,
com base em sintomas, sinais e laboratório.
9. Indicar as etiologias mais comuns relacionadas com condições predefinidas
(crianças, HIV/SIDA).
10. Classificar a gravidade da diarreia aguda com base em critérios clínicos e
laboratoriais.
11. Descrever a estratégia terapêutica da diarreia aguda, incluindo a evolução
esperadae, enumerando as indicações de transferência.
12. Explicar o tratamento (oral e parenteral) da desidratação, incluindo a sua
monitoria clínica e laboratorial.
13. Enumerar as indicações para realizar tratamento antibiótico específico e as
dosagens destes.
14. Listar as condições de notificação obrigatória, definindo as medidas higiénicas e
de isolamento que deverão ser tomadas em cada caso.

Cólera 1. Explicar as características epidemiológicas e as vias de contágio do Vibrio 1


Cholerae.
4. Descrever os sintomas e sinais comuns da Cólera.
5. Listar os exames laboratoriais disponíveis e os resultados esperados.
6. Descrever a estratégia de diagnóstico de certeza.
7. Listar os critérios de gravidade e o prognóstico, em função da gravidade
estimada.
8. Enumerar as medidas higiénicas e de isolamento que deverão ser tomadas.
9. Explicar a estratégia de reposição de líquidos e electrólitos.
10. Listar outras medidas terapêuticas que deverão ser tomadas.
11. Descrever a evolução esperada, listando as indicações de consulta a um nível
superior.
12. Descrever a comunicação de casos de cólera, o estudo epidemiológico básico que

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 182


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
deve ser feito e as medidas comunitárias que devem ser tomadas.
13. Descrever a organização de um CTC (Centro de Tratamento de Cólera).

Disenteria 1. Definir disenteria, diferenciando a bacteriana (shigella, salmonela, 2


campylobacter), a amebiana e a enterotóxica (clostridium).
2. Descrever os sintomas e sinais comuns das disenterias e os aspectos diferenciais
das disenterias específicas.
3. Listar as indicações de estudos laboratoriais e microbiológicos e os resultados
esperáveis para definir a etiologia.
4. Listar outras condições bacterianas, parasitárias e não infecciosas que podem
provocar diarreia com sangue.
5. Explicar a terapêutica da disenteria bacteriana.
6. Explicar a terapêutica da disenteria amebiana.
7. Descrever a evolução esperável para cada tipo, indicando os sinais de gravidade
e complicação e as indicações de transferência.
8. Explicar o controlopós-alta que deve ser realizado (e o conteúdo e resultados
esperado).
9. Definir as medidas higiénicas e de isolamento que deverãoser tomadas em cada
caso.

Parasitoses 1. Definir os principais parasitas intestinais (ascaris, ancilostoma, ameba, giardia, 3


Intestinais estrongiloides, oxiuros, tricuris, tenia, e equinococo), indicando a sua
distribuição geográfica em Moçambique.
2. Descrever o ciclo vital de cada um dos agentes, indicando as vias de contágio
humano e as consequências patológicas (intestinais e extra-intestinais).
3. Enumerar os sintomas e sinais gerais das parasitoses intestinais e os específicos
de cada um dos parasitas.
4. Enumerar os meios laboratoriais disponíveis para o diagnóstico geral das
parasitoses e dos meios específicos, se houver, para cada agente.
5. Descrever a estratégia geral do diagnóstico (diferencial) etiológico da parasitose
intestinal.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 183


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
6. Explicar a terapêutica utilizada para o tratamento de cada um dos agentes
etiológicos, indicando o seguimento que se deve realizar e a evolução clínica
esperada.
7. Listar as indicações de transferência das parasitoses intestinais.
8. Descrever as recomendações que os pacientes devem ter para prevenir novas
infecções.
9. Explicar a estratégia de desparasitação periódica de grupos de risco (crianças,
grávidas, doentes crónicos).
Hemorragia 1. Definir a hemorragia digestiva baixa (HDB), descrevendo as condições 3
Digestiva Baixa etiológicas habitualmente associadas à mesma: divertículos intestinais,
(HDB) malformações vasculares, carcinoma colo-rectal, hemorróides, disenteria e
infecções (tifoidea).
2. Listar os sintomas e sinais gerais duma HDB.
3. Enumerar os sintomas e sinais acompanhantes que podem ajudar na depuração
da etiologia da HDB.
4. Classificar a HDB por graus de severidade e prognóstico, mediante os critérios
de gravidade do sangramento (por etiologia, intensidade, persistência, recidiva e
condições associadas).
5. Descrever a estratégia de diagnóstico diferencial etiológico da HDB.
6. Definir as “perdas ocultas de sangue pelo tubo digestivo”, descrevendo o seu
papel no estudo geral das anemias.
7. Descrever a estratégia terapêutica geral da HDB, d entro da sua competência.
8. Enumerar as medidas terapêuticas imediatas a tomar perante uma HDB,
indicando o impacto esperável na condição do paciente.
9. Enumerar as indicações de transferência urgente e diferida, para o diagnóstico
(endoscopia ou ecografia) e para tratamento, explicando a conduta terapêutica de
manutenção e as medidas preparatórias para a transferência.
10. Descrever o tratamento específico das condições que não precisam de ser
transferidas, indicando a evolução esperável e o prognóstico das mesmas.
11. Descrever o tratamento, a longo prazo, as medidas higiénico-dietéticas
recomendadas e o prognóstico de cada condição etiológica.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 184


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Diarreia Crónica e 1. Definir diarreia crónica com e sem malabsorção, explicando as consequências 3
Malabsorção fisiopatológicas subsequentes.
2. Descrever as causas principais de diarreia crónica: pancreatite crónica, fibrose
cística, kwashiorkor, pós-cirúrgica (resecções gastro-intestinais), insuficiência
biliar (obstrutiva ou tumoral), Crohn/Colite ulcerativa, TBC intestinal, doença
celíaca, isquemia crónica, diabetes, doenças autoimunes.
3. Enumerar as etiologias mais comuns relacionadas com condições predefinidas
(crianças, HIV/SIDA, operados gastrointestinais).
4. Listar os antecedentes, sintomas e sinais dum sindroma de malabsorção.
5. Enumerar as características específicas da diarreia crónica e os sintomas e sinais
acompanhantes, relacionando-as com agentes etiológicos específicos.
6. Enumerar os resultados laboratoriais esperados num sindroma de malabsorção,
indicando aqueles que se relacionam com agentes etiológicos específicos.
7. Classificar a severidade da malabsorção com base em critérios clínicos e
laboratoriais.
8. Enumerar as indicações para estudos complementares avançados: ecografia,
radiologia com contraste e endoscopia baixa.
9. Descrever a estratégia de diagnóstico diferencial etiológico da diarreia crónica,
com base em sintomas, sinais, laboratório e outros meios diagnósticos.
10. Descrever a estratégia terapêutica da diarreia crónica, incluindo a evolução
esperada e, enumerando as indicações de transferência.
11. Descrever as medidas higiénico-dietéticas gerais da malabsorção, indicando o
impacto clínico esperado.
12. Explicar o tratamento específico das condições não transferíveis de malabsorção,
incluindo a sua monitoria e prognóstico.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 185


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Hemorróides, 1. Descrever o sistema de retorno venoso da região recto-anal, explicando o 2
Prolapso e Fissura conceito de hemorróides.
Anal 2. Listar os critérios de classificação de hemorróides em 4 graus.
3. Explicar o significado e as implicações terapêuticas dos conceitos de
hemorróides externas e internas, não complicadas, sentinela, sangrantes, e
trombozadas.
4. Definir fissura anal, explicando a fisiopatologia.
5. Descrever o prolapso anal e a incontinência fecal, identificando etiologias e
grupos de risco.
6. Listar os factores predisponentes para o aparecimento de hemorróides, fissura
anal, prolapso e incontinência.
7. Enumerar os sintomas e sinais de hemorróides e fissura anal.
8. Enumerar os sintomas e sinais de prolapso anal e de incontinência fecal.
9. Diferenciar de outras condições que podem provocar sintomas e sinais
semelhantes, enfatizando as infecções e as malignidades ano-rectais.
10. Enumerar as condições urgentes da patologia anal, listando os critérios de
transferência.
11. Listar as indicações para um tratamento cirúrgico (transferência, por tanto) e a
sua urgência.
12. Descrever o tratamento médico para os casos sem indicação cirúrgica e para o
alívio dos sintomas à espera de tratamento definitivo.
13. Listar as medidas higiénico-dietéticas que previnem o aparecimento/recidiva de
hemorróides, fissura anal e prolapso.

Abscessos e Fístula 1. Definir abscesso e fístula perianal, estabelecendo a relação fisiopatológica entre 1
Perianais ambas.
Clínica Médica: 2. Listar as causas secundárias de fístulas (neoplásicas, infecciosas, Crohn).
Gastro- 3. Enumerar os sintomas e sinais de abscesso e fístula anal.
Enterologia 4. Enumerar os critérios para transferência (cirúrgica) urgente e electiva.
5. Descrever o tratamento médico para os casos sem indicação cirúrgica e para o
alívio dos sintomas à espera de tratamento definitivo.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 186


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
6. Listar as medidas higiéncico-dietéticas que previnem o aparecimento/recidiva de
abscesso e fístula perianais.

Massas Pélvicas 1. Descrever os sintomas e sinais gerais associados à uma massa pélvica 1
2. Enumerar as etiologias mais frequentes de uma massa pélvica, descrevendo as
suas características clínicas específicas: neoplasias de próstata, retenção crónica
de urina, miomas, carcinoma de colo, massas ováricas, carcinoma rectal,
colecções peritoneais.
3. Listar os meios auxiliares de diagnóstico disponíveis para o apuramento da
etiologia duma massa pélvica.
4. Descrever a estratégia do diagnóstico diferencial etiológico duma massa pélvica.
5. Listar as indicações para ecografia e para avaliação especializada da massa
pélvica (ginecológica e/ou cirúrgica).
6. Enumerar as indicações de transferência urgente e diferida.

Lesão Hepática. e 1. Definir os diferentes estádios de lesão hepática: esteatose, necrose, fibrose, 3
Insuficiência regeneração e malignização.
Hepática 2. Listar os agentes causais de lesão hepática: infecciosos (víricos agudos e
crónicos), tóxicos (álcool, fármacos), éstase biliar, éstase venoso, causas
genéticas.
3. Explicar as bases da fisiopatologia da insuficiência hepática aguda e crónica.
4. Descrever os sintomas e sinais da insuficiência hepática aguda (fulminante).
5. Descrever os sintomas e sinais da insuficiência hepática crónica.
6. Descrever os sintomas e sinais da encefalopatia hepática.
7. Enumerar as indicações de transferência, indicando a urgência e, explicando as
medidas terapêuticas de manutenção.

Hipertensão Portal 1. Definir Hipertensão Portal (HTP). 2


(HTP) 2. Desenhar o esquema da circulação portal e sua relação com os órgãos,
descrevendo as consequências da HTP sobre o fluxo portal e as vias de
circulação colateral.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 187


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
3. Descrever as causas mais comuns de HTP (trombose da porta, fibrose periportal
bilhárzica, cirrose hepática e HTP pós-sinusoidal), localizando-as sobre um
esquema do sistema porta.
4. Explicar as consequências da HTP: varizes GE e HDA, ascite e alterações
hemodinâmicas, esplenomegália, e circulação colateral.
5. Enumerar os sintomas e sinais comuns da HTP.
6. Enumerar os sintomas e sinais específicos da fibrose periportal (bilharziose
hepática) e da cirrose hepática.
7. Enumerar os meios diagnósticos disponíveis para a confirmação de HTP e para o
apuramento do diagnóstico etiológico, listando as indicações para endoscopia e
ecografia.
8. Descrever a estratégia geral do diagnóstico (diferencial) etiológico da HTP.
9. Enumerar as indicações de transferência na hemorragia digestiva por HTP.
10. Descrever as opções farmacológicas e dietéticas para prevenir as consequências
crónicas da HTP.

Abscesso Hepático e 1. Explicar a semiologia de uma massa no HD e epigastro, relacionando-a com as 2


Outras Massas no condições mais frequentes: neoplasia hepática, neoplasia gástrica, abscesso
HD e Epigastro hepático, benignidades (quistos hepáticos, pseudoquisto pancreático), massas
retroperitoneais (gânglios, massas renais).
2. Enumerar os sintomas e sinais acompanhantes da massa, que podem ajudar no
apuramento da etiologia.
3. Listar os sintomas e sinais do abscesso hepático amebiano.
4. Listar as características diferenciais entre abscesso hepático amebiano e
bacteriano.
5. Enumerar as possíveis complicações do abscesso hepático.
6. Listar os achados esperados para cada condição dos meios auxiliares de
diagnóstico (laboratoriais e não) disponíveis.
7. Explicar o papel da ecografia no diagnóstico diferencial das massas no HD e
epigastro, listando as indicações de transferência para avaliação ecográfica
diagnóstica e terapêutica.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 188


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
8. Descrever a estratégia diagnóstica diferencial da massa no HD e epigastro, com
base nas características da massa, sinais e sintomas acompanhantes e meios
auxiliares, enfatizando o diagnóstico diferencial entre abscesso hepático e
carcinoma hepatocelular.
9. Descrever o tratamento do abscesso hepático amebiano, a evolução esperada e as
indicações de transferência.
10. Descrever o tratamento do abscesso hepático bacteriano, a evolução esperadae as
indicações de transferência.
11. Enumerar as indicações médicas e cirúrgicas de transferência das massas no HD
e epigastro, indicando a sua urgência e prognóstico.
12. Explicar a história natural (com ou sem tratamento) e o prognóstico de cada
condição definida, indicando as medidas paliativas a tomar para os casos não
transferíveis.

Icterícia 1. Classificar os diferentes tipos de icterícia (metabólicas, hepatocelulares e 3


obstrutivas intra e extrahepáticas), descrevendo as bases fisiopatológicas de cada
uma.
2. Descrever as condições mais frequentes que provocam icterícia: hemólise,
malignidade hepática (primária e secundária), hepatite aguda (vírica e tóxica),
obstrução biliar benigna (litiase, áscaris e extrínseca) e maligna (carcinoma biliar
e pancreático).
3. Enumerar os sintomas e sinais gerais de cada tipo de icterícia.
4. Listar os exames laboratoriais necessários em caso de suspeita de icterícia,
indicando os resultados esperados para cada tipo de icterícia.
5. Listar as indicações para o pedido de ecografia no sindroma ictérico.
6. Descrever a estratégia diagnóstica para o apuramento da etiologia da icterícia.
7. Explicar as características particulares da icterícia em situações especiais:
neonatos, crianças, SIDA, grávidas e pós-operados.
8. Listar as medidas terapêuticas gerais aplicáveis a todos os casos de icterícia.
9. Enumerar as indicações de transferência das icterícias, indicando a sua urgência e
a eventual necessidade de cirurgia.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 189


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
10. Explicar o tratamento específico das icterícias mais frequentes antes definidas
que não precisam de ser transferidas.
11. Explicar a história natural (com e sem tratamento) de cada tipo de icterícia e o
seu prognóstico.

Hepatite Aguda e 1. Definir hepatite aguda, enumerando os agentes causais mais frequentes: vírus 3
Crónica específico, outros vírus, bactérias, fungos, tóxicos, medicamentos e doenças
sistémicas.
2. Definir hepatite crónica, enumerando os agentes causais mais frequentes: vírus
específico, álcool, medicamentos e doenças autoinmunes.
3. Listar as características epidemiológicas, clínicas e prognósticas diferenciais dos
diferentes tipos de vírus da hepatite.
4. Explicar as relações evolutivas entre hepatite aguda, crónica, cirrose e carcinoma
hepatocelular.
5. Listar os sintomas e sinais gerais da hepatite aguda.
6. Enumerar sintomas e sinais específicos das diferentes etiologias da hepatite
aguda.
7. Listar os sintomas e sinais gerais da hepatite crónica.
8. Enumerar sintomas e sinais específicos das diferentes etiologias da hepatite
crónica.
9. Listar os achados laboratoriais de suspeita e diagnósticos de hepatite aguda e
crónica.
10. Descrever o diagnóstico diferencial e etiológico das hepatites.
11. Descrever a terapêutica geral da hepatite aguda, incluindo as medidas higiénicas,
dietéticas e de isolamento.
12. Descrever a terapêutica geral da hepatite crónica, explicando o prognóstico e,
listando as indicações de transferência.
13. Listar as medidas preventivas do contágio da hepatite víral.

Litíase e inflamação 1. Explicar as bases fisiopatológicas da formação de cálculos na vesícula e via 2


da vesícula biliar biliar.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 190


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
2. Descrever os comportamentos dos cálculos (assintomáticos, dor, obstrução,
infecção).
3. Descrever os sintomas e sinais e tratamento da cólica biliar aguda.
4. Descrever o papel da ecografia na no diagnóstico da dor aguda no HD.
5. Listar as possíveis complicações da cólica biliar e as indicações de transferência.
6. Descrever os sinais, sintomas e o tratamento específico da colecistite.

Afecções do 1. Descrever so principais factores de risco para pancreatite aguda e crónica. 2


Pancreas 2. Distinguir os sinais e sintomas de pancreatite aguda e crónica.
3. Descrever medidas gerais de tratamento e indicações para transferência.

Emergências 1. Descrever as principais urgências esófagicas: rotura/perfuração esofágica, 2


Gastrointestinais. ingestão de cáusticos, hemorragia digestiva alta, corpos estranhos.
Generalidades. 2. Descrever as principais urgências abdominais gastrointestinais: abdómen agudo
(obstrutivo e peritonítico), trauma abdominal (fechado e aberto).
3. Descrever as principais urgências recto-anais: prolapso, hemorróides
trombosadas, fissura anal, abscesso perianal.
4. Explicar os cuidados e tratamento imediatos (estabilização) de um paciente com
uma emergência GI.
5. Descrever o procedimento correcto para referir um paciente que apresenta uma
emergência GI.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 191


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Hérnias da Parede 1. Definir o conceito de hérnia, descrever o mecanismo de produção e os factores 3
Abdominal predisponentes genéticos e adquiridos.
2. Definir os conceitos anatómicos e fisiológicos de hérnia primária, reproduzida,
irredutível, encarcerada e estrangulada.
3. Desenhar as regiões anatómicas sujeito de hérnias: epigástrica, linha alba,
umbilical, inguinal (indirecta e directa), femoral, lombares e incisionais.
4. Listar os sintomas e sinais das hérnias.
5. Descrever a estratégia do diagnóstico diferencial das hérnias, incluindo os sinais
e sintomas chave de outras massas inguino-crurais.
6. Estabelecer o grau de urgência para a transferência de cada tipo de hérnia.
7. Descrever as medidas terapêuticas imediatas de hérnias que devem ser
transferidas urgentemente.
8. Enumerar as recomendações para prevenir da ocorrência de hérnias e recidivas.

Laboratório 1. Interpretar o significado análises simuladas para diferentes condições GI. 3


Multidisciplinar 2. Reconhecer e interpretar as principais imagens radiológicas abdominais
patológicas.
3. Relacionar casos clínicos radiológicos (RX abdominais anormais no contexto de
casos clínicos) com as condições GI mais frequentes.
4. Simular as medidas de isolamento necessárias em casos de diarreia, disenteria e
cólera.
5. Identificar (ao vivo e em lâminas) o aspecto macro e microscópico de cada um
dos parasitas intestinais.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 192


2º. Semestre
ESTÁGIO
Local do Estágio:
• Serviço de Consulta Externa;
• Enfermarias de Medicina e Cirurgia (Enfermaria de Gastrenterologia, se houver).
Duração: 5 semanas
Supervisor:
• Médico Generalista;
• Técnico de Medicina experiente.
• Médico Internista (do Serviço), com experiência docente.
• Cirurgião ou Técnico de Cirurgia.
Técnicas a Demonstrar:
• Escrever uma história clínica completa para um paciente com sintomas GI;
• Efectuar um exame físico num paciente GI, incluindo exame orofaríngeo, abdominal,
rectal e dos orifícios herniários;
• Descrever as características duma massa abdominal;
• Diferenciar mediante exame físico os sinais de irritação peritoneal;
• Listar os meios auxiliares de diagnóstico (laboratoriais ou não) necessários para
efectuar um diagnóstico diferencial das principais condições sindrómicas GI;
• Desenhar a estratégia diagnóstica e conduta (árvores de decisão) dos principais
síndromes GI urgentes: hemorragia alta e baixa, diarreia grave, abdómen agudo;
• Realizar paracentese diagnóstica, evacuadora e lavagem peritoneal.
Seminários de Discussão do Estágio:
• Apresentação de 1 caso observado durante o estágio, que poderá ser entre os
seguintes*:
o Disfagia, em relação a condições benignas ou malignas;
o Gastrite aguda ou úlcera péptica;
o Dispepsia em relação a H. Pylori ou parasitoses intestinais;
o Hemorragia digestiva alta, em relação a HTP, gastrite-úlcera ou Neoplasia;
o Abdómen agudo obstrutivo;
o Abdómen agudo peritonítico;
o Hepatite aguda ou crónica;
o Icterícia, em relação ao carcinoma hepático ou obstrução biliar extrahepática (maligna ou
benigna);
o Massa em HD em relação ao carcinoma hepático ou abscesso amebiano;
o Diarreia com ou sem sangue;
o Patologia recto-anal;
o Hérnia simples ou complicada;

• Para cada paciente apresentado, é necessário incluir resultados relevantes da história clínica e
do exame físico, discutir os meios de diagnóstico utilizados e o diagnóstico diferencial. O TM
deverá descrever a conduta terapêutica do paciente, incluindo terapias farmacológicas e não
farmacológicas, a educação do paciente, o prognóstico, e o acompanhamento. Indicações para
a transferência imediata ou o encaminhamento adequado devem ser incluídas na apresentação.

• O docente deve rever os casos com o grupo para:


o Evidenciar aspectos chave da anamnese e exame físico;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 193


2º. Semestre
o Rever a fisiologia e fisiopatologia, se for apropriado;
o Rever as considerações efectuadas para chegar a um diagnóstico diferencial;
o Discutir como desenhar e implementar uma conduta terapêutica.

AVALIAÇÃO
Avaliação Teórica
• Um teste escrito parcial , com um peso de 20%;
• Teste escrito final, com um peso de 30%.

Avaliação Prática
• Demonstração de técnicas / procedimentos no laboratório (humanístico ou multi-
disciplinar) com um peso de 10%.

Avaliação do Estágio
• Apresentação de 1 caso observado durante o estágio, com um peso de 20%;
• Demonstração duma história clínica (anamnese e exame físico) dirigido ao sistema,
com um paciente, 20%.

BIBLIOGRAFIA
• Farreras, R. Medicina interna. 13ª ed. Elsevier (espanhol).
• Feldman M, Friedman L, Brandt LJ. Doenças do figado e gastrointestinais de
Sleisenger e Fordtran (Sleisenger and Fordtran's gastrointestinal and liver disease).
Elsevier; 2010.
• Yamada, T, Alpers, DH, Kalloo, AN, Kaplowitz, N. Livro de gastroenterologia
(Textbook of gastroenterology). Wiley-Blackwell; 2008.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 194


2º. Semestre
Disciplina de Saúde Sexual e Reprodutiva I: Sistema Reprodutor Feminino
Semestre: II
CARGA HORÁRIA
Horas por Duração Total
Semana (semanas) de Horas
Aulas Teórico-Práticas 21, 21 2 42
Avaliação -- -- 2
Laboratório 6, 2 2 8
Avaliação -- -- 2
Discussão de Estágio* 5 2 10
Número Total de Horas da Disciplina 64 horas
* Neste semestre, os estudantes terão 5 semanas (25h/semana) de estágio nas
enfermarias de pacientes internados e ambulatório e 2 semanas de estágio na
maternidade.

PRÉ-REQUISITOS:
• Anatomia e Fisiologia;
• Introdução às Ciências Médicas;
• Semiologia 1 e 2 (Exame Físico e Anamnese);
• Introdução a Meios Auxiliares de Diagnósticos;
• Deontologia e Ética Profissional.

DOCENTES:
• Técnicos de Medicina Especializados em Ensino, com experiência e Enfermeiras de SMI de
Nível Médio;
• Médicos da Clínica Geral.

COMPETÊNCIAS A SEREM ADQUIRIDAS ATÉ AO FINAL DA DISCIPLINA:


O Técnico de Medicina será capaz de realizar as seguintes tarefas:

5. Colher uma história clínica em ginecologia incluindo a:


a. Anamnese orientada a queixas ginecológicas;
b. Exame físico orientado ao sistema reprodutivo. Isto inclui execução das seguintes
técnicas:
v. Toque vaginal;
vi. Palpação bimanual;
vii. Exame com espéculo;
viii. Exame visual e de palpação da mama.

6. Pedir (ou executar) e interpretar os seguintes meios auxiliares diagnósticos:


a. Coloração de GRAM do corrimento;
b. Exame do corrimento a fresco;
c. Cultura do corrimento vaginal;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 195


2º. Semestre
d. Testes para confirmação de gravidez;
e. RPR;
f. Pesquisa de ovos de Schistosoma;
g. Exame da urina;
h. HIV teste rápido;
i. Ecografia.

7. Recomendar métodos de Planejamento Familiar


a. Fazer uma anamnese de uma mulher que deseja fazer o planeamento familiar;
b. Aconselhar a mulher e/ou o casal que deseja fazer o planeamento familiar acerca
dos possíveis métodos e as suas indicações, vantagens, desvantagens, normas
práticas, taxa de insucessos, efeitos colaterais, utilidade para prevenção de ITS,
contra-indicações e complicações possíveis. (métodos incluem: abstinência
periódica, coito interrompido, preservativo masculino e feminino, amamentação
prolongada, dispositivo intra-uterino (DIU), a pílula anticonceptivo, e métodos
hormonais injectáveis) tendo em conta a epidemia de HIV.

8. Diagnosticar, tratar ou dar seguimento às seguintes condições ou patologias de fórum


ginecológico:
a. Tumores ginecológicos marcados (suspeitar e transferir);
b. Profilaxia pós-exposição nos casos de violência sexual;
c. Dismenorreias (suspeitar e transferir).
d. Infertilidade:
a. Diagnóstico diferencial com primária e secundária (transferir);
b. Pesquisar as causas comuns de infertilidade (ITS, miomas);
c. Fazer aconselhamento básico do casal que busca conceber, e encaminhar ao outro
nível;
e. Sangramento vaginal (menorragia) (cuidados iniciais e transferir);
f. Perturbações do ciclo menstrual;
g. Malformações dos órgãos reprodutivos;
h. Aborto terapêutico:
a. Aconselhamento ao paciente;
b. Indicações para execução e transferir para execução;
i. Ruptura de gravidez extra-uterina (diagnosticar e conduta);
j. ITS:
i. Síndrome de corrimento vaginal;
ii. Gonococo (quando existem meios de diagnóstico);
iii. Clamidia (quando existem meios de diagnóstico);
iv. Cândida Albicans (quando existem meios de diagnóstico);
v. Tricomona Vaginalis (quando existem meios de diagnóstico);
vi. DIP (Classificar e tratar nas fases menos complicados);
vii. Herpes Simplex tipo 2 (quando existem meios de diagnóstico);
viii. Sífilis (quando existem meios de diagnóstico);
ix. Cancróide;
x. Condilomas e verrugas;
xi. Linfogranuloma Venério;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 196


2º. Semestre
xii. HIV.
k. Lesões do colo com suspeita de malignidade;
l. Lesões da mama com suspeita de malignidade;
m. Outros tumores do sistema reprodutor feminino:
i. Útero (fibromioma, cancro do endométrio);
ii. Ovário (suspeitar e referir);
9. Executar esvaziamento da cavidade uterina:
d. Identificar as indicações para execução das técnicas;
e. Fazer uma revisão da cavidade por aspiração;
f. Executar aspiração e curetagem;

10. Executar funções forénsicas:


a. Fazer observação ginecológica em caso de violação ou omissão de gravidez;
b. Reconhecer sinais e sintomas de um possível aborto criminal ou provocado;
c. Elaborar um relatório (informe) médico-legal quando solicitado;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 197


2º. Semestre
Plano Temático
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Anatomia do 1. Identificar as estruturas da pélvis óssea. 2
Sistema Reprodutivo 2. Listar as estruturas que formam a verdadeira pélvis.
Feminino 3. Identificar as estruturas da vulva e do períneo.
4. Identificar as estruturas do útero e anexos.
5. Identificar as estruturas da mama.

Laboratório 1. Identificar em modelos anatómicos as estruturas principais do aparelho sexual 2


Humanístico feminino

Fisiologia do 1. Definir menarca. 2


Sistema Reprodutivo 2. Descrever a função e interacção entre a hormona libertadora de
Feminino gonadotropina, a hormona folículo estimulante, e a hormona luteinizante
(GnRH, FSH e LH).
Fisiologia e
3. Listar as 3 fases do ciclo reprodutivo.
Anatomia do
4. Descrever eventos durante cada fase do ciclo reprodutivo com respeito a:
Sistema
a. FSH e LH;
Reprodutivo
b. Estrogénio e progesterona;
Feminino
c. Desenvolvimento do folículo e do corpo lúteo;
d. Endométrio uterino;
e. Muco cervical;
f. Menstruação.
5. Descrever as mudanças hormonais associadas à menopausa.
6. Descrever as fases do ciclo menstrual, no que diz respeito aos níveis
hormonais, eventos do ovário e fases endometriais, conforme descrito no
gráfico do ciclo menstrual.
7. Desenhar o diagrama do ciclo menstrual.

Exames 1. Descrever as indicações, a execução e interpretação do teste RPR. 1


Laboratoriais 2. Descrever as indicações, a execução e interpretação dos testes para detecção de ovos
Relacionados à Schistosoma.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 198


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Saúde Reprodutiva 3. Descrever a importância do teste de urina para gravidez.

Introdução 1. Descrever a anatomia e fisiologia do sistema sexual feminino. 1

Contracepção 1. Descrever as técnicas e a importância do aconselhamento contraceptivo. 3


2. Listar os actuais métodos contraceptivos utilizados em Moçambique.
3. Comparar e diferenciar a eficácia, a facilidade de utilização, indicações e
contra-indicações dos métodos contraceptivos disponíveis.
4. Explicar o uso da ‘pílula do dia seguinte’.
5. Explicar a importância da protecção contra as ITS, com diferentes métodos
contraceptivos (incluindo o conceito da dupla protecção).
6. Listar os benefícios não-contraceptivos de alguns contraceptivos, contendo
hormonas.
7. Listar os contraceptivos utilizados no Serviço Nacional de Saúde ( SNS), as
suas dosagens contra indicações, efeitos colaterais e interações com outros
Clínica Médica: medicamentos.
Sexual Feminina 8. Explicar o uso de "planeamento familiar natural" e o cálculo do período fértil
da mulher.
9. Descrever os métodos de esterilização feminina e masculina e comparar os
seus riscos e benefícios.

Laboratório 1. Identificar exemplos de contraceptivos utilizados no SNS. 2


Humanístico 2. Demonstrar a aplicação adequada de preservativos femininos e masculinos
no modelo.
3. Demonstrar a inserção de DIU no modelo.
4. Utilizar as habilidades básicas de aconselhamento com os parceiros.

Condições 1. Enumerar as possíveis causas do prurido vulvar. 2


Vulvulares 2. Enumerar as possíveis causas de úlceras vulvares.
3. Descrever 2 tipos de lesões verrugosas da vulva (condiloma lata, condiloma
accuminata).

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 199


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
4. Descrever tratamentos farmacológicos e não-farmacológicos de condições vulvares
benignas.
5. Discutir os critérios para referir um paciente ao especialista.

Cancros 1. Enumerar os factores de risco para o cancro do colo uterino. 2


Ginecológicos do 2. Descrever a apresentação clínica do cancro do colo uterino.
Colo Uterino 3. Descrever o uso do teste de Papanicolau na detecção e prevenção do cancro do colo
uterino.
4. Descrever as indicações, contra-indicações, riscos e benefícios dos seguintes
métodos utilizados para avaliar os pacientes com o cancro do colo uterino:
a. Teste de Papanicolau (líquido vs lâmina);
b. Biópsia cervical;
c. Curetagem endocervical (CEC).
5. Explicar quando os exames de Papanicolau são considerados satisfatórios ou não.
6. Discutir os critérios para referência ao outro nível.

Outros Tumores 1. Descrever a apresentação clínica e conduta do cancro da vulva. 3


ginecologicos 2. Explicar a importância do reconhecimento precoce do carcinoma da vulva.
3. Explicar a relação da hiperplasia endometrial e carcinoma.
4. Enumerar os factores de risco para o cancro uterino.
5. Descrever o papel da biópsia endometrial na detecção do cancro uterino.
6. Descrever os critérios para referência ao outro nível.
7. Enumerar os factores de risco para cancro do ovário.
8. Descrever a apresentação clínica do cancro do ovário.
9. Descrever a apresentação clinica do leiomioma do útero e sua conduta.
10. Descrever a apresentação clinica dos quistos benignos do ovário e a sua conduta.

Infecções 1. Enumerar os factores de risco para contracção das ITS. 4


Transmitidas 2. Explicar a relação entre HIV e outras ITS.
Sexualmente – ITS 3. Descrever métodos de prevenção das ITS.
(Introdução) 4. Explicar a importância da educação do paciente e do parceiro, no tratamento
das ITS.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 200


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
5. Descrever o processo de ‘notificação de parceiros’.
6. Descrever a abordagem sindrómica.
7. Descrever o papel da anamnese, do exame físico e dos exames de laboratório
na abordagem sindrómica.
8. Explicar a prevenção, os riscos e o tratamento das ITS na gravidez.
9. Identificar fontes para a amostra, os procedimentos de recolha, as substâncias
interferentes, os critérios de transporte e a metodologia de ensaio, para as
seguintes ITS em mulheres:
a. Sífilis;
b. Gonorreia;
c. Cancróide;
d. Clamídia;
e. HIV;
f. Tricomoníase;
g. Granuloma inguinal;
h. Linfogranuloma venéreo;
i. Papilomavírus humano (HPV);
j. Doença Pélvica Inflamatória (DIP).

Laboratório 1. Simular educação do paciente e parceiro na prevenção de DTS 2


Humanístico

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 201


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Corrimento Vaginal 1. Descrever as variações normais em secreções vaginais que podem ser 3
e Abcesso de confundidas com vaginite.
Bartholin 2. Descrever a história típica, o exame físico e os exames laboratoriais para
vaginite causada por candidíase vulvovaginal, vaginite por Tricomonas
vaginalis e vaginose bacteriana.
3. Descrever o tratamento da candidíase vulvovaginal, vaginite por
Trichomonas vaginalis e vaginose bacteriana, incluindo os parceiros sexuais,
se for indicado.
4. Descrever as diversas apresentações clínicas da clamídia e sua avaliação em
mulheres.
5. Descrever o quadro clínico e a avaliação da gonorreia em mulheres.
6. Enumerar as complicações da gonorria e clamídia.
7. Descrever a abordagem sindrómica do ‘corrimento vaginal’.
8. Descrever os sintomas, a apresentação clínica e o algoritmo para tratamento
Clínica Médica: do síndrome ‘corrimento vaginal’:
Sexual Feminina a. Vaginose bacteriana;
b. Vaginite por Tricomoníase;
c. Vaginite pós traumática;
d. Vaginite atrófica.
9. Descrever tratamentos famacológicos e não-farmacológicos de corrimento
vaginal, incluindo dosagens, contra indicações, efeitos colaterais e interações
com outros medicamentos.
10. Descrever os critérios para referência ao outro nível.
11. Descrever a preparação da solução de soro fisiológico e hidróxido de potássio para
diagnosticar a vaginite.
12. Descrever os sintomas, a apresentação clínica, as possíveis causas de infecções e o
tratamento do abcesso de Bartholin.

Laboratório 1. Executar o teste de KOH ou salinas na espécime de vaginite. 2


Humanístico 2. Demonstrar a colheita de amostras em manequins.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 202


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
3. Demonstrar a incisão e drenagem, utilizando catéter de Word em abcessos de
Bartholin.
4. Demonstrar a técnica para obter uma amostra da secreção vaginal misturada com
solução de salina e preparação de KOH.
5. Demonstrar a técnica para obter uma amostra cervical para os exames de gonorreia
e clamídia.

Doença Pélvica 1. Identificar os organismos mais comuns associados com a 3


Inflamatória Doença Inflamatória Pélvica (DIP).
(Síndrome da Dor 2. Identificar os factores de risco para DIP.
Pélvica Feminina ou 3. Descrever os sintomas e sinais típicos de DIP e identificar os critérios para
Síndrome da Dor) fazer o diagnóstico.
4. Identificar outras condições no diagnóstico diferencial dos pacientes com
suspeita de DIP.
5. Identificar potenciais sequelas da DIP a longo prazo.
6. Descrever o tratamento farmacológico da DIP.
7. Identificar os critérios de admissão para um paciente com DIP aguda para
tratamento com antibiótico via intravenosa (IV).
Úlceras Genitais 1. Comparar e diferenciar as lesões ulcerativas associadas à herpes simplex (HSV), 3
sífilis, linfogranuloma venéreo e cancroide.
2. Descrever a síndrome de ‘úlcera genital’.
3. Descrever o tratamento farmacológico da síndrome de ‘úlcera genital’.
4. Descrever a apresentação clínica de sífilis primária e secundária.
5. Descrever o quadro clínico associado à sífilis latente e terciária.
6. Comparar e diferenciar o primeiro surto e recorrências do HSV.
7. Explicar as indicações do exame RPR.
8. Enumerar outros estados patológicos que podem causar um positivo falso no RPR
ou nos resultados do VDRL.
9. Identificar, em imagens, a existência da linfadenopatia inguinal.
10. Utilizar os algoritmos da abordagem sindrómica em casos de DIP e úlceras genitais.
Bubão Inguinal 1. Descrever a apresentação clínica, avaliação e tratamento do linfogranuloma 1
venéreo (LGV) e granuloma inguinal.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 203


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas

Verrugas Genitais 1. Descrever a apresentação clínica, a avaliação e o tratamento dos condilomas 1


acuminados (Vírus do Papiloma Humano, HPV) e potenciais sequelas.

Infertilidade 1. Definir infertilidade. 2


2. Descrever a incidência da infertilidade em Moçambique.
3. Descrever a avaliação de infertilidade conduta.
4. Descrever as opções de tratamento para infertilidade.

Sangramento 1. Descrever a fisiologia normal do ciclo menstrual. 2


Vaginal Anormal 2. Definir o termo: hemorragia uterina disfuncional (HUD).
(Síndrome de 3. Descrever a hemorragia vaginal anormal por anomalias estruturais, (como
Sangramento) p.ex.a leiomioma).
4. Descrever a abordagem dos cuidados primários com relação à história,
estado físico e estudos diagnósticos e do tratamento de uma paciente com
hemorragia vaginal anormal.
5. Descrever os critérios para referência ao outro nível.
Clínica Médica:
Sexual Feminina Dor Pélvica 1. Distinguir a dismenorreia primária da dismenorreia secundária. 2
Feminina (Síndrome 2. Descrever a apresentação típica da dismenorreia primária, usando a idade,
da Dor) sintomas e resultados do exame pélvico.
3. Descrever o tratamento da dismenorreia primária com anti-inflamatórios não-
esteróides (AINEs) ou contraceptivos hormonais.
4. Enumerar as causas gerais da dismenorreia secundária.
5. Identificar os sintomas gerais e os resultados de exame pélvico de
endometriose.
6. Descrever etiologias, diagnósticos e tratamentos para a dor pélvica crónica e
dispareunia.
7. Descrever os critérios para referência ao outro nível.
Menopausa 1. Definir “menopausa” e identificar a idade normal e o período de tempo que 2
leva para ocorrer.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 204


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
2. Definir “menopausa prematura” e “menopausa cirúrgica”.
3. Descrever os sinais e sintomas normais da menopausa.
4. Descrever a apresentação clínica de vaginite atrófica.
5. Descrever as medidas preventivas que devem ser recomendadas para a prevenção da
osteoporose pós-menopausa;
6. Identificar as mulheres que se encontram em maior risco de fractura osteoporótica.

Seios 1. Descrever os métodos de detecção e prevenção do cancro da mama 1


(mamografia, palpação).
2. Enumerar os factores de risco para o cancro da mama.
3. Explicar a apresentação clínica, avaliação e tratamento da:
a. Doença de Paget;
b. Descarga do mamilo;
c. Mastalgia;
d. Mastite;
4. Descrever os critérios para referência ao outro nível.

Violência Sexual 1. Definir violência sexual segundo princípios de medicina legal. 2


(estupro) 2. Prevalência da violência sexual em Moçambique.
3. Explicar o impacto psicológico em vítimas de estupro.
4. Aconselhar pacientes vítimas de estupro.
5. Identificar medidas imediatas para um caso de estupro (seguindo o algoritmo de
violação sexual).

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 205


2º. Semestre
ESTÁGIO
Local do Estágio:
• Serviços de SMI;
• Consultas de Ginecologia e de ITS;
• Enfermaria de Ginecologia;
• Serviços de Medicina Legal (quando houver).
Duração: 2 semanas
Supervisores:
• Enfermeiras SMI experientes;
• Técnicos de Medicina experientes;
• Médicos de Clínica Geral experientes;
• Médicos Gineco-Obstétras.
Técnicas a Demonstrar:
• Verificar a existência da linfadenopatia inguinal;
• Inspeccionar a vulva;
• Introduzir adequadamente o espéculo na vagina e inspeccionar o colo do útero;
• Obter uma amostra da secreção vaginal misturada com solução salina e preparação de
KOH;
• Obter uma amostra cervical para testes de gonorreia e clamídia;
• Obter uma amostra para o teste de Papanicolau;
• Realizar um exame bimanual;
• Recolher amostras para os testes de Papanicolau, gonorreia/clamídia, preparação da gota
pingente para vaginite;
• Realizar exame da mama;
• Diagnosticar e tratar as doenças listadas nas competências acima;
• Aconselhar os pacientes sobre a contracepção e o planeamento familiar;
• Aconselhar e acompanhar pacientes vítimas de violência sexual.
Seminários de Discussão do estágio:
• Apresentação de 1 caso observado durante o estágio, que poderá ser entre os
seguintes:
o Casos de ITS (síndromes diferentes);
o Casos suspeito de cancro;
o Casos com queixa principal de infertilidade, dismenorreia ou sangramento
vaginal.

• Para cada paciente apresentado, é necessário incluir resultados relevantes da história clínica e
do exame físico, discutir os meios de diagnóstico utilizados, e o diagnóstico diferencial. O
TM deverá descrever a conduta terapêutica do paciente, incluindo terapias farmacológicas e
não farmacológicas, a educação do paciente, o prognóstico e o acompanhamento. Indicações
para a transferência imediata ou o encaminhamento adequado devem ser incluídas na
apresentação;
• Para além do acima mencionado o aluno deve discutir considerações éticas.

• O docente deve rever os casos com o grupo para:

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 206


2º. Semestre
o Evidenciar aspectos chave da anamnese e exame físico;
o Rever a fisiologia e fisiopatologia, se for apropriado;
o Rever as considerações efectuadas para chegar a um diagnóstico diferencial;
o Discutir como desenhar e implementar uma conduta terapêutica;
o Discutir considerações éticas.

AVALIAÇÃO
Avaliação Teórica
• Um teste escrito parcial, com um peso de 20%;
• Exame escrito final, com um peso de 30%.

Avaliação Prática
• Demonstração de técnicas / procedimentos no laboratório (humanístico ou multi-
disciplinar, com um peso de 10%.

Avaliação do Estágio
• Apresentação de 1 caso observado durante o estágio, com um peso de 20%.
• Demonstração de uma história clínica (anamnese e exame físico), dirigido ao sistema,
com paciente – 20% .

BIBLIOGRAFIA
• Diagnóstico diferencial para o pessoal clínico. MISAU-Unicef-Cooperação Italiana.
• Vio, F, Soares-Mendes, L. Terapia Médica do posto de saúde atè ao hospital de referência.
MISAU-Unicef-Cooperação Italiana; 1996

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 207


2º. Semestre
Disciplina de Saúde Sexual e Reprodutiva II::Obstetrícia
Semestre: II
CARGA HORÁRIA
Horas por Duração Total
Semana (semanas) de Horas
Aulas Teórico-Práticas 18, 19 2 37
Avaliação -- -- 2
Laboratório 9, 4 2 13
Avaliação -- -- 2
Discussão de Estágio* 5 2 10
Número Total de Horas da Disciplina 64 horas
* Neste semestre, os estudantes terão 5 semanas (25h/semana) de estágio nas
enfermarias de pacientes internados e ambulatório e 2 semanas de estágio na
maternidade.

PRÉ-REQUISITOS:
• Anatomia e Fisiologia;
• Introdução às Ciências Médicas;
• Semiologia 1 e 2 (Exame Físico e Anamnese);
• Introdução a Meios Auxiliares de Diagnósticos;
• Deontologia e Ética Profissional;
• Saúde Sexual e Reprodutiva I.

DOCENTES:
• Enfermeiros/as de Saúde Materno-infantil (nível médio) com experiência;
• Técnicos de Medicina Especializados em Ensino, com experiência clínica em obstetrícia;
• Médicos de Clínica Geral com experiência;
• Médicos Gineco-Obstétras.

COMPETÊNCIAS A SEREM ADQUIRIDAS ATÉ AO FINAL DA DISCIPLINA:


O Técnico de Medicina será capaz de realizar as seguintes tarefas:
2. Durante primeira visita pré-natal o TM deve:
i. Recolher uma história obstétrica completa;
j. Executar um exame físico completo e direccionado às grávidas;
k. Pedir e interpretar os seguintes exames:
ii. Hemograma, glicemia, urina II, HIV e CD4, RPR, grupo sanguíneo e RH ,
esfregaços vaginais para clamídia, gonorreia e vaginoses bacterianas, teste de
Papanicolau;
l. Preencher correctamente a ficha da consulta pré-natal, utilizar a roda da idade gestacional
e determinar a data provável do parto (DPP);
m. Aconselhar a mãe sobre os hábitos saudáveis a ter durante a gravidez: dieta, consumo de
álcool, prevenção de HIV e outras ITS;
n. Reconhecer as substâncias e os medicamentos tóxicos e teratógenos durante a gravidez;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 208


2º. Semestre
o. Aconselhar a mãe HIV positiva e o parceiro sobre os cuidados e tratamento a ter durante a
gravidez e o aleitamento (a gestão clínica da mãe HIV positiva será abordada no módulo
sobre o HIV/SIDA);
p. Descrever o plano de seguimento durante a gravidez e o plano do parto.

3. Nas visitas de seguimento o TM deve:


h. Realizar uma anamnese em relação ao desenvolvimento da gestação ;
i. Executar um exame físico especializado, incluindo:
ix. Verificação da progressão do peso da gestante e altura uterina, monitoando com a
DPP para verificar o aumento normal do peso materno e o crescimento normal do
feto;
x. Avaliação dos movimentos fetais;
xi. Avaliação da situação e apresentação fetal;
xii. Avaliação do encravamento fetal;
xiii. Auscultação do foco fetal;
xiv. Avaliação das mucosas para detecção de anemia;
xv. Medição da tensão arterial;
xvi. Avaliação de edema.
j. Pedir e interpretar os seguintes testes:
ii. Urina II , hemograma , bioquímica , RPR e HIV.
k. Fazer controlo periódico da mulher grávida, incluindo pesquisa de malária e infecção
urinária e ITS se for indicado;
l. Controlar a vacinação contra o tétano e administrar aos 2 meses e aos 6 meses, se
necessário, com um máximo de 5 doses;
m. Administrar os tratamentos preventivos incluindo ferro/ácido fólico, mebendazol,
tratamento profiláctico para malária, cotrimoxazol, PTV;
n. Classificar e referir, segundo as normas nacionais.

4. Diagnosticar, tratar ou dar seguimento às patologias abaixo indicadas, com atenção especial às
seguintes tarefas:
a. Elaborar possíveis hipóteses de diagnóstico, com base na anamnese, no exame físico
e diagnóstico diferencial;
b. Usar e interpretar resultados dos meios auxiliares de diagnóstico;
c. Criar um plano de tratamento / conduta, de acordo com a sua competência, baseado
no diagnóstico diferencial;
d. Reconhecer as situações de gravidez anormal e de alto risco;
e. Criar e explicar ao paciente um plano de alta:
i. Resumo do tratamento;
ii. Seguimento;
iii. Prevenção e controlo da doença.

Lista de patologias mais comuns na gravidez:


1. Hipertensão na gravidez (incluindo a pré-eclâmpsia e eclâmpsia).
2. Anemia (relacionada com a gravidez e com parasitose intestinal).
3. Hemorragia (placenta prévia, descolamento, ameaça de aborto).
4. Diabetes gestacional:

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 209


2º. Semestre
5. Infecções transmissíveis sexualmente (ITS), incluindo a sífilis, gonorreia, clamídia, herpes
genital, vírus do papiloma humano, e vaginose bacteriana.
6. Incompatibilidades do grupo sanguíneo (ABO/RH).
7. Hiperemese gravídica.
8. Polihidramnio.
9. Oligohidramnio.
10. Atraso do crescimento intrauterino.
11. Aborto (ameaça, inevitável, em curso, retido, séptico).
12. Risco de parto prematuro.
13. Pós-maturidade.

Lista de patologias agudas ou pré-existentes, que representam um risco para a gravidez:


a. Malária;
b. HIV;
c. Tuberculose;
d. Cardiopatias;
e. Epilepsia;
f. Infecções urinárias.

5. Dar assistência durante todas as fases do parto incluindo:


n. Diagnosticar as dores do parto normal, estágio do parto e saber a diferença entre parto
verdadeiro e falso.
o. Reconhecer e gerir ou referir um parto prematuro (ruptura precoce de membranas).
p. Administrar os ARVs para a profilaxia ou tratamento do HIV, em caso de mãe HIV
postiva, dependendo se está ou não está em TARV;
q. Controlar a evolução do parto através das contracções, do toque vaginal se for indicado e
registar correctamente no partograma;
r. Identificar, através do partograma, um trabalho de parto normal e anormal e referir em
caso de partograma com padrão anormal;
s. Realizar um parto normal e detectar um trabalho de parto arrastado e referir;
t. Prestar cuidados imediatos de parto à mãe e ao recém-nascido e dar seguimento em
consulta de puerpério;
u. Identificar as indicações e contra-indicações para executar amniotomia, e executá-la se
necessário;
v. Identificar as indicações e contra-indicações para executar a episiotomia e executá-la se
necessário;
w. Identificar apresentações e posições anormais do feto e referir;
x. Executar a manipulação activa do terceiro estágio do trabalho de parto;
y. Identificar e gerir o 4º estágio normal e anormal do parto e puerpério imediato (<24h)
normal e patológico, suas causas, complicações e tratamento;
z. Aplicar as normas de biosegurança em todos os estágios do parto.

6. Reconhecer as situações de parto complicado, prestar cuidados imediato, tratar e/ou referir as
seguintes condições:
a. Parto arrastado;
b. Sofrimento fetal e morte fetal intra-uterina;
c. Apresentação anómala e gestação múltipla não diagnosticada;
d. Acidente do cordão umbilical;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 210


2º. Semestre
e. Hemorragia;
f. Trabalho de parto obstruído;
g. Trabalho de parto prematuro;
h. Infecção uterina;
i. Verrugas, queloide;
j. Rotura da bolsa > 18horas;
k. Gravidez ectópica;
l. Eclâmpsia;
m. Embolia do líquido amniótico;
n. Posições viciosas;
o. Anomalias de inserção da Placenta;
p. Retenção de restos placentários;
q. Atonia uterina;
r. Laceração do canal de parto;
s. Ruptura uterina;
t. Coagulopatias, incluindo coagulação intravascular disseminada (CID).

7. Prestar os cuidados pós-operatórios a uma mulher após uma cesariana.

8. Prestar os cuidados imediatos ao recém-nascido normal e reconhecer, tratar e referir as


eventuais condições patológicas incluindo:
a. Avaliar o recém-nascido logo após o nascimento, incluindo os sinais vitais, o índice de
Apgar e prestar os cuidados de rotina ao recém-nascido normal;
b. Realizar o exame físico completo do recém-nascido à nascença, estabelecer a idade
gestacional;
c. Identificar os sinais e sintomas de emergência no recém-nascido (575);
d. Praticar a reanimação neonatal (683);
e. Planificar e organizar a transferência hospitalar de um recém-nascido;
f. Avaliar as condições patológicas neonatais mais frequentes que se podem apresentar logo
após o parto ou nas primeiras horas de vida, estabilizar e tratar ou referir tais condições
incluindo:
i. Sofrimento respiratório agudo, doença das membranas hialinas, aspiração do
mecónio, asfixia, apneia, cianose, bradicardia, convulsões, hipotonia, icterícia
neonatal, hipotermia, hipoglicemia, doença hemolitica fetal, hemorragias;
ii. Infecções congénitas (TORCH).
g. Administrar a profilaxia ARV ao recém-nascido filho de mãe HIV positiva e aconselhar a
mãe sobre os cuidados de seguimento (alimentação, cotrimoxazol, diagnóstico precoce,
consultas na CCR);
h. Aconselhar uma mãe com TB pulmonar sobre a profilaxia com INH para o seu bebé e as
contraindicações da vacina BCG;
i. Avaliar os sinais e sintomas da TB em bebé exposto a mãe com TB pulmonar.

9. Fazer a consulta pós-parto (7 dias após o parto) incluindo:


i. Prestar cuidados básicos pós-parto à mãe e ao recém-nascido;
j. Verificar o estado da vacina contra a tuberculose da criança;
k. Avaliar eventuais efeitos colaterais da profilaxia com INH, em caso do bebé de mãe com
TB pulmonar e apresentando sinais e sintomas de TB;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 211


2º. Semestre
l. Verificar a administração da profilaxia com ARV, na mãe e no bebé, em caso de mãe
HIV positiva e seus efeitos colaterais;
m. Aconselhar a mãe HIV positiva sobre o diagnóstico precoce e os cuidados para o seu
bebé, incluindo cotrimoxazol e seguimento na CCR;
n. Aconselhar sobre os diferentes métodos de planeamento familiar e sobre o reinício da
actividade sexual;
o. Identificar sinais e sintomas e causas de complicações do puerpério;
p. Diagnosticar e tratar ou referir as seguintes complicações do puerpério:
ii. Infecções puerperais, hematoma vulvo-vaginal, patologias da mama (mastites,
abcesso mamário, ingurgitamento mamário, fissuras), tromboflebites e embolia
pulmonar, psicose, fístulas vesicovaginal e rectovaginal.
10. Conhecer o Programa de Saúde Sexual e Reprodutiva, as estratégias para melhorar a saúde
materno infantil e seus indicadores.

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2º. Semestre
Plano Temático
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Anatomia e 1. Definir fecundação e gravidez. 2
Fisiologia da 2. Descrever a fisiologia do aparelho reprodutivo feminino.
Gravidez 3. Descrever os testes para o diagnóstico de gravidez, sua indicação (timing) e
Gravidez interpretação.
4. Descrever as alterações fisiológicas nos vários aparelhos em cada trimestre da gravidez.

Crescimento e 1. Definir mórula, embrião, feto, placenta, saco vitelino, líquido amniótico. 2
Desenvolvimento do 2. Explicar as etapas principais do desenvolvimento embrionário e do feto a partir da
Feto fecundação e a fisiologia do líquido amniótico.
3. Explicar o desenvolvimento da placenta e sua fisiologia.
Desenvolvimento 4. Definir o termo teratógeno e tóxico.
do Feto 5. Descrever os teratógenos e as substâncias tóxicas principais (medicamentos, vírus,
outras substâncias), o grau de toxicidade (segundo o formulário Nacional de
Medicamentos) e as consequências no desenvolvimento do embrião e feto.

Anamnese e Exame 1. Descrever os passos de uma anamnese obstétrica completa. 3


Físico Pré-Natal 2. Descrever os passos específicos e as modalidades do exame físico de uma mulher
Inicial grávida, explicando o propósito de cada passo.
3. Descrever os achados normais e anormais, de acordo com as semanas de gestação.
4. Descrever os exames laboratoriais de rotina na primeira consulta pré-natal, o propósito,
o resultado normal e anormal de cada um:
a. Hemograma completo e hemoglobina, bioquímica, glicemia, urina II, HIV e CD4,
Cuidados Pré- RPR, grupo sanguíneo e RH, esfregaços vaginais para clamídia, gonorreia e
Natais vaginose bacteriana, teste de Papanicolau.
5. Definir um plano inicial de cuidados para a promoção de uma gravidez saudável,
incluindo prevenção de doenças e tratamento (mebendazol, profilaxia para malária,
ferro/ácido fólico, cotrimoxazol, prevenção do tétano e rubéola, HIV, outras ITS).
6. Definir gravidez de alto risco (ARO) e as condições que a definem.
7. Descrever os sinais e sintomas de uma gravidez de ARO, explicar o manejo e as
indicações para referência.
8. Descrever as mensagens chave (parceiro, TPC, PTV, CCR) da educação para a saúde da

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2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
mulher grávida com HIV (mais detalhes no modulo de HIV/SIDA).
9. Definir o plano de parto.
10. Descrever a importância da participação do esposo e da família no plano de parto.

Laboratório 1. Simular o aconselhamento de uma mãe sobre os hábitos e cuidados a ter durante a 4
Humanístico gravidez e os possíveis teratógenos e substâncias tóxicas a evitar durante a gravidez.
2. Determinar a data provável do parto (DPP), usando a roda gestacional, com base na data
da última menstruação (DUM).
3. Preencher a ficha pré-natal correctamente.

Cuidados de 1. Definir situação e apresentação fetal e seus diferentes tipos. 4


Acompanhamento 2. Definir foco fetal.
Pré-natal 3. Identificar as principais perguntas a serem feitas numa consulta de rotina de
acompanhamento pré-natal.
4. Descrever os passos do exame físico de acompanhamento, o timing e o propósito de
cada passo.
5. Descrever os achados normais e anormais, dependendo das semanas de gestação.
6. Explicar a relação entre a altura uterina e a DPP.
7. Enumerar as análises de rotina (Urina 2, hemograma, bioquímica, RPR, HIV e CD4) nas
consultas de acompanhamento, a frequência, e os resultados normais e anormais.
8. Enumerar análises adicionais, com base nos sinais e sintomas apresentados.
9. Definir um plano de cuidados e descrever as mensagens para promoção de uma gravidez
saudável e para a prevenção de doenças (tétano, malária, infecções oportunistas, anemia,
parasitoses).
10. Para cada uma das complicações de gravidez indicadas abaixo:
a. Definir o termo e descrever as apresentações clínicas;
b. Enumerar as possíveis causas e factores de risco;
c. Descrever os exames auxiliares (laboratoriais, radiológicos) para o diagnóstico e os
diagnósticos diferenciais;
d. Descrever o manejo farmacológico e não-farmacológico, dentro das suas
competências;
e. Descrever as indicações para o internamento ou referência;

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2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
f. Descrever o plano de acompanhamento e as medidas de prevenção da condição:
i. Complicações relacionadas com a gravidez: Hiperemese gravídica,
hipertensão, pré-eclâmpsia e eclâmpsia, anemia, diabetes gestacional,
polihidramnio e oligohidramnio, sangramento pré-natal, atraso de crescimento
intra-uterino, aborto (ameaça, inevitável, em curso, retido, séptico), risco de
parto prematuro, pós-maturidade;
ii. Doenças infecciosas: Malária, tuberculose, infecção urinária, ITS;
iii. Condições crónicas: HIV/SIDA, cardiopatias, epilepsia;
Laboratório 1. Efectuar um exame físico obstétrico num manequim. 5
Humanístico 2. Medir a altura uterina num manequim e estimar a DPP.
3. Executar as manobras de Leopold num manequim.
4. Colocar correctamente o fetoscópio, com base na posição fetal.

Anatomia e 1. Definir trabalho de parto, descrever os estágios do parto e a duração normal de cada 2
Fisiologia do Parto estágio.
2. Descrever as indicações e explicar as modalidades de indução de trabalho de parto.
3. Discutir o padrão normal da dilatação cervical e descrever a fisiologia uterina normal
nos 4 estágios do parto.
4. Descrever os movimentos cardinais do feto, durante a progressão do trabalho de parto.
Avaliação Inicial de 1. Descrever os elementos da anamnese e do exame físico e a monitoa de uma mulher em 3
uma Mulher em trabalho de parto.
Trabalho de Parto 2. Descrever os sinais de um parto iminente.
3. Descrever os passos da avaliação rápida à chegada (e conduta) de uma mulher em
Parto trabalho de parto.
4. Diferenciar entre uma situação de parto urgente e não urgente.
5. Descrever a apresentação clínica e o manejo das seguintes condições obstétricas
presentes na admissão da paciente:
a. Trabalho de parto obstruído;
b. Infecção uterina;
c. Verrugas, queloide;
d. Trabalho de parto prematuro;
e. Rotura da bolsa > 18horas;
f. Gravidez ectópica;

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2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
g. Eclâmpsia;
h. Hemorragias anteparto.
6. Descrever os componentes do partograma, incluindo a curva de Friedman.
7. Descrever como preencher o partograma correctamente.

Gestão do 1º Estágio 1. Monitorar a evolução do trabalho de parto. 3


do Parto 2. Monitorar o bem-estar fetal, através da auscultação do foco fetal (AFF) e características
do líquido amniótico.
3. Descrever as indicações, contra-indicações e a técnica correta para execução do exame
vaginal estéril.
4. Definir amniotomia e descrever suas indicações, contra-indicações e a técnica correcta
para a execução.
5. Descrever os cuidados de suporte ao parto no primeiro estágio.
6. Avaliar o seroestado do HIV e definir estratégias como aconselhar para o teste de HIV,
em caso de seroestado desconhecido.
7. Descrever como administrar a profilaxia para o HIV, em caso de uma mulher HIV
positiva que não está em TARV.
8. Descrever os sinais das possíveis complicações, incluindo prolapso do cordão umbilical,
hemorragia, ruptura uterina, posições viciosas, sofrimento fetal.
9. Descrever as precauções universais e de biossegurança a serem implementadas em todas
as fases da assistência ao parto.
10. Preencher um partograma, incluindo a curva de Friedman, com base num caso clínico
apresentado.

Gestão do 2º Estágio 1. Enumerar os parâmetros a avaliar durante o 2° estágio, especificando a periodicidade da 3


do Parto avaliação.
(parto do bebé e 2. Descrever como monitorar e interpretar o foco fetal (FF).
cuidados imediatos 3. Identificar as indicações para a realização uma amniotomia.
do recém-nascido) 4. Descrever os cuidados de suporte ao 2° estágio do trabalho de parto (posições
fisiológicas e a modalidade de respiração), incluindo o manejo duma mulher HIV
positiva.
5. Descrever o posicionamento da mão para o apoio perineal, durante a saída da cabeça e
dos ombros do bebé.
6. Identificar as indicações e contra-indicações, a técnica correcta e as possíveis

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 216


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
complicações de uma episiotomia.
7. Descrever as indicações, contra-indicações e a técnica correcta do uso de ventosas.
8. Descrever as indicações e o uso do aspirador nasal no períneo e na observação do
mecónio.
9. Descrever como desfazer a circular de cordão umbilical.
10. Descrever a apresentação clinica, causas e manejo de emergência e encaminhamento das
seguintes complicações:
a. Trabalho de parto arrastado (2° estágio);
b. Sofrimento fetal e morte fetal intra-uterina;
c. Posição viciosa e situação fetal anómala;
d. Gravidez múltipla não diagnosticada;
e. Segundo gémeo retido.
11.Descrever a técnica para cortar o cordão umbilical.
Cuidados de Rotina 1. Descrever os componentes de uma avaliação inicial do recém-nascido, logo após 1
do Recém-Nascido o parto, incluindo os sinais vitais, índice de Apgar (definição e avaliação) e
Imediatamente Após determinação da idade gestacional.
o Parto 2. Descrever os componentes de cuidado no período pós-natal imediato ,em termos
de objectivos, técnica e sequência:
a. Secar/embrulhar e cuidados térmicos;
b. Avaliação de: frequência cardíaca, respiração, cor e tónus muscular;
c. Pesagem, perímetro craniano e comprimento;
d. Técnica de Canguru;
e. Início do aleitamento;
f. Profilaxia com vitamina K;
g. Cuidados com o cordão umbilical;
h. Profilaxia oftalmológica;
i. Profilaxia para o HIV;
j. Vacinação: BCG e poliomielite;
k. Registo do nascimento;
Reanimação Neonatal 1. Descrever o objectivo da reanimação neonatal; 1
2. Descrever os factores de risco comuns que são indicação para uma reanimação
neonatal;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 217


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
3. Descrever os sinais e sintomas do sofrimento neonatal que são indicação para
uma reanimação neonatal;
4. Descrever o algoritmo de reanimação neonatal, a sequência, as técnicas, a
importância de cada passo e a duração da reanimação antes de interromper;
5. Descrever a avaliação pós-reanimação.

Referência e 1. Explicar as razões da hospitalização dos recém-nascidos. 1


Transferência do 2. Indicar como estabilizar o recém-nascido antes da transferência e as práticas de cuidado
Recém-Nascido a serem aplicadas durante a transferência.
Doente 3. Descrever a necessidade de discutir com os pais/cuidador as razões da hospitalização e
transferência e as práticas a serem seguidas durante a transferência.
Laboratório Utilizando manequins: 4
Humanístico 1. Demonstrar as posições correctas para o apoio perineal.
2. Demonstrar como realizar um parto normal.
3. Gerir a circular do cordão no períneo, cortar e fazer o penso do cordão umbilical.
4. Realizar a manobra de emergência para gerir uma distocia do ombro.
5. Usar o aspirador nasal no períneo.
6. Fazer a reanimação neonatal.
7. Realizar todos os passos de avaliação e cuidado ao recém-nascido.
8. Preencher uma guia de transferência, com base nos cenários apresentados.

Gestão do 3º Estágio 1. Enumerar os parâmetros (da mãe e do recém-nascido) a acompanhar durante o 3° 2


do Parto estágio, especificando a periodicidade da avaliação.
(dequitadura) 2. Descrever o manejo activo da dequitadura (indicações e a modalidade do uso de
oxitocina, tração controlada do cordão umbilical, sinais do descolamento da placenta, e
exame da placenta).
3. Descrever as consequências da retenção prolongada da placenta incluindo o processo da
evacuação manual da placenta.
4. Descrever os passos do exame do períneo e colo uterino para detecção de lacerações,
classificar seus graus e descrever as indicações para referência.
5. Descrever os sinais e sintomas, manejo de emergência e condições para
encaminhamento das seguintes complicações de 3° estágio: hemorragia, placenta retida,
atonia uterina.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 218


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Gestão do 4º Estágio 1. Descrever os cuidados de suporte ao parto no 4° estágio, incluindo a monitoria dos 2
do Parto e Puerpério sinais vitais, quantidade de urina expelida, ingestão de líquidos e alimentos, ambulação
Precoce e amamentação precoce e frequente .
2. Descrever os sinais, sintomas, manejo de emergência e condições para encaminhamento
das seguintes complicações do 4° estágio: atonia uterina sépsis puerperal precoce,
hematomas vaginais, trombo, embolo, fístula, choque, hemorragia, DIC, anemia.
3. Descrever os cuidados pós-operatórios a prestar após uma cesariana.
4. Aconselhar a mulher como cuidar da ferida em casa.
Anatomia e 1. Descrever a fisiologia do feto e do recém-nascido na transição da vida intra-uterina para 0.5
Fisiologia do Feto e a vida extra-uterina.
do Recém-Nascido
Avaliação e Cuidados 1. Descrever os elementos da história clínica da mãe, da gravidez e do parto que podem 1.5
do Recém-nascido contribuir na determinação do diagnóstico de patologia neonatal.
2. Descrever passo a passo como realizar um exame físico completo no recém-nascido
(alimentação e vacinas serão abrangidas na disciplina de pediatria).
3. Reconhecer as condições patológicas mais frequentes que se apresentam no nascimento,
nas primeiras horas de vida ou na primeira semana.

Condições 1. Para cada uma das patologias apresentadas abaixo: 1


Patológicas no a. Indicar causas e factores de risco comuns;
O Recém-Nascido Período Neonatal b. Descrever a apresentação clínica;
c. Enumerar os principais elementos da história clínica, do exame físico e dos meios
diagnósticos auxiliares que podem ajudar a elaborar um diagnóstico e o diagnóstico
diferencial;
d. Descrever as possíveis complicações;
e. Descrever o manejo imediato e indicações para referência.
2. Lista de patologias:
i. Sofrimento respiratório agudo;
ii. Doença das membranas hialinas;
iii. Aspiração do mecónio:
iv. Asfixia;
v. Apneia:
vi. Icterícia neonatal, kernicterus:
vii. Hipoglicemia;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 219


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
viii. Hipotermia;
ix. Letargia;
x. Convulsões;
xi. Hipotonia;
xii. Doença hemolitica fetal, hidrope fetal;
xiii. Hemorragias;
xiv. Cianose;
xv. Bradicardia.

Infecções Congénitas 1. Enumerar as infecções congënitas mais comuns em Moçambique, indicando o agente 0.5
(TORCH) etiológico de cada uma delas.
2. Descrever a apresentação clínica ao nascimento e o manejo imediato (as infecções
congénitas serão abrangidas mais detalhadamente na disciplina de pediatria.)

Anatomia e 1. Definir puerpério e lóquio; 0.5


Fisiologia do 2. Descrever as modificações do útero durante o puerpério;
Puerpério 3. Descrever a endocrinologia da amamentação.

Cuidados no 1. Descrever a frequência das consultas pós-parto para mãe e para o recém-nascido. 2
Puerpério e 2. Listar os elementos da anamnese e do exame físico de uma puérpera.
Planeamento Familiar 3. Descrever os testes de rotina e outros indicados pelos sintomas.
4. Descrever a apresentação clínica, avaliação, tratamento e critérios para a referência das
seguintes situações do puerpério patológico:
a. Hipertensão;
Puerpério
b. Anemia;
c. Mastite, abcessos, fissuras, ingurgitamento;
d. Desconforto perineal ou hematomas;
e. Sépsis puerperal;
f. Fístula vesico-vaginal ou retro-vaginal;
g. Incontinência urinária;
h. Depressão ou psicose pós-parto;
i. Infecções coexistentes.
5. Listar as mensagens mais importantes para a mulher reconhecer os sinais de perigo das
complicações.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 220


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
6. Identificar como encaminhar a mulher HIV positiva para cuidados e tratamentos
apropriados, para si e para o recém-nascido (referência para consulta TARV e CCR);
7. Listar os passos do aconselhamento de uma mãe com TB pulmonar e as mensagens
chave sobre a profilaxia com INH, para o seu bebé e contra-indicações da vacina BCG.
8. Descrever os sinais e sintomas de TB em bebê de mãe com TB pulmonar.
9. Definir Planeamento Familiar (PF).
10. Aconselhar a mulher e o parceiro sobre as preocupações do reinício da actividade
sexual.
11. Descrever as opções oferecidas na consulta do PF.

Indicadores 1. Definir Saúde Sexual e Reprodutiva. 1


2. Definir taxa de fertilidade.
3. Definir taxa de cobertura de consulta pré-natal e pós-parto.
4. Definir taxa de cobertura vacinal do tétano.
5. Definir taxa de parto institucional e extra-institucional.
6. Definir taxa de cobertura de anticonceptivos.
7. Definir mortalidade materna, mortalidade perinatal e neonatal.
8. Descrever as causas mais comuns de morbilidade e mortalidade materna e perinatal em
Programa de
Moçambique.
Saúde Sexual e
Reprodutiva Monitoria e 1. Listar as fichas e os registos para monitoria do programa 1
Avaliação do 2. Descrever os programas de promoção da saúde sexual e reprodutiva, incluindo
Programa programas de saúde pré-natal e pós-natal.
3. Descrever o papel das parteiras tradicionais na saúde sexual e reprodutiva das mulheres
em Moçambique.
4. Enumerar estratégias para a promoção do engajamento das parteiras tradicionais com o
sistema de saúde.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 221


2º. Semestre
ESTÁGIO
Local do Estágio:
• Consulta Pré-Natal;
• Consulta Pós-Parto;
• Consulta de Planeamento Familiar;
• Maternidade: enfermaria e sala de partos.
Duração: 2 semanas
Supervisores:
• Enfermeira de SMI com experiência;
• Médicos de Clínica Geral experientes;
• Gineco-obstétras.
Técnicas a Demonstrar:
• Cuidados Pré-Natais:
o Colher a história clínica e realizar o exame físico pré-natal inicial e de seguimento
de uma mulher grávida, incluindo estabelecer a DPP e a avaliação do feto;
o Registar a histórica clínica e a avaliação do exame físico na ficha pré-natal;
o Elaborar um plano de seguimento para a mulher grávida;
o Aconselhar uma mulher grávida e seu parceiro sobre cuidados durante a gravidez,
plano de seguimento da gravidez e do parto, cuidados com o recém-nascido e
planeamento familiar;
o Desenvolver um plano de investigações laboratoriais e/ou radiológicas que podem
contribuir na determinação do diagnóstico e interpretar os resultados dos meios
auxiliares de diagnóstico;
o Indicar o diagnóstico principal e elaborar um plano de gestão imediata e a longo
prazo;
o Prestar cuidados e tratamento a mulheres grávidas com as seguintes condições:
infecção por HIV, TB, malária, pré-eclampsia, anemia, sangramento pré-natal,
diabetes gestacional, sinais de trabalho de parto prematuro, hiperemese gravídica;
o Desenvolver um plano de alta ou de transferência de uma mulher grávida,
puérpera ou do recém-nascido;
o Exercitar a medição da dilatação cervical.
• Cuidados da Maternidade:
o Demonstrar habilidade no manejo dos 4 estágios do trabalho de parto normal,
reconhecer as situações que podem levar a complicações e estabilizar, tratar ou
referir as complicações nos diferentes estágios (incluindo o recém-nascido);
o Admitir a parturiente nos cuidados do trabalho de parto, diferenciando o trabalho
de parto falso do verdadeiro, utilizar e interpretar o partograma, disponibilizar
instruções e prestar cuidado durante o trabalho de parto prestando assistência à
parturiente e monitorando o feto;
o Aplicar as medidas de biossegurança em todos os estágios do parto;
o Prestar cuidados ao recém-nascido;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 222


2º. Semestre
o Avaliar e tratar ou referir as condições patológicas neonatais que se apresentam
nas primeiras horas de vida e realizar a ressuscitação neonatal, se for necessário;
o Implementar as técnicas da manipulação activa para encorajar a dequitadura da
placenta e evitar a hemorragia pós-parto .
• Cuidados do Puerpério e do Recém-Nascido:
o Avaliar a evolução do puerpério normal e monitorar a puérpera para a detecção de
complicações;
o Colher a história clínica e realizar o exame físico completo da puérpera e do
recém-nascido, na consulta de seguimento, incluindo história nutricional,
crescimento e desenvolvimento psicomotor, avaliação do estado vacinal e
profilaxia para o HIV e a TB;
o Avaliar e tratar as seguintes complicações e infecções coexistentes: anemia,
mastites, desconforto perineal ou hematomas, sépsis puerperal, malária,
tuberculose, HIV, trombose, fístula, choque, anemia e hipertensão.
Seminários de Discussão de Estágio:
• Apresentação de 1 caso observado durante o estágio, que poderá ser entre os
seguintes:
o Observações e intervenções fundamentais em cuidados pré-natais;
o Gestão da parturiente HIV positiva;
o Gestão da parturiente portadora de doenças contagiosas ou severas (tuberculose, malária);
o Gestão do primeiro estágio do parto, incluindo a interpretação e utilização do partograma
para progressão do trabalho de parto;
o Gestão de um parto normal, incluindo a manipulação activa do terceiro estágio do
trabalho de parto;
o Gestão de hemorragia pós-parto precoce e atrasada;
o Gestão da sépsis puerperal;
o Avaliação pós-parto e do recém-nascido;
o Gestão de 3 patologias comuns do recém-nascido, incluindo a reanimação neonatal.
o Biossegurança na maternidade.

• Para cada paciente apresentado, é necessário incluir os resultados relevantes da


história clínica e do exame físico, discutir os meios de diagnóstico utilizados para
diagnosticar o paciente e o diagnóstico diferencial. O TM deverá descrever a conduta
terapêutica do paciente, incluindo terapias farmacológicas e não farmacológicas, a
educação do paciente, o prognóstico e o acompanhamento. Indicações para a
transferência imediata ou o encaminhamento adequado devem ser incluídas na
apresentação.
• O docente deve rever os casos com o grupo para:
o Evidenciar os aspectos chave da anamnese e do exame físico;
o Rever a fisiologia e fisiopatologia, se for apropriado;
o Rever as considerações efetuadas, para chegar a um diagnóstico
diferencial;
o Discutir como desenhar e implementar uma conduta terapêutica.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 223


2º. Semestre
AVALIAÇÃO
Avaliação Teórica
• Um teste escrito parcial, com um peso de 20%;
• Exame escrito final, com um peso de 30%.

Avaliação Prática
• Demonstração de técnicas / procedimentos no laboratório (humanístico ou multi-
disciplinar, com um peso de 10%.

Avaliação do Estágio
• Apresentação de 1 caso observado durante o estágio, com um peso de 20%;
• Demonstração de uma história clínica (anamnese e exame físico) dirigido ao sistema,
com paciente – 20%.

BIBLIOGRAFIA
• Universidade Americana de Enfermeiras-Parteiras. Técnicas de salvamento de vidas (Life
saving skills). 4o ed. 2009.
• Ministério de Saúde de Moçambique (MISAU). Conduta obstétrica. 1990.
• Ministério de Saúde de Moçambique (MISAU). Desenhos em obstetrícia. 1984.
• De Rezende, J. Obstetrícia. 8ª ed. Guanabara – Koogan.
• Ministério de Saúde de Moçambique (MISAU). Intervenções em obstetrícia. 1992.
• de Rezende, J. Obstetrícia fundamental. 4 ed. Guanabara Koogan.
• Ministério de Saúde de Moçambique (MISAU). Manuais de cuidados pré-natais. 1981.
• Ministério de Saúde de Moçambique (MISAU). Manual de obstetrícia prática. 1987.
• Ministério de Saúde de Moçambique (MISAU). Normas de atenção ao recém-nascido. 1992.
• Organização Mundial de Saúde (OMS). Gravidez, nascimento, pós-parto, e cuidados com o
recém-nascido: um guia para a prática essencial (Pregnancy, childbirth, postpartum and
newborn care: a guide for essential practice). 2006.: Disponível por:
http://whqlibdoc.who.int/publications/2006/924159084X_eng.pdf
• Gestão Integrada da OMS da Gravidez e Parto. Gestão das complicações na gravidez e parto:
um guia para parteiras e médicos (Managing complications in pregnancy and childbirth: A
guide for midwives and doctors). 2000.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 224


2º. Semestre
Disciplina de Saúde Sexual e Reprodutiva III:: Sistema Reprodutor
Masculino
Semestre: II
CARGA HORÁRIA
Horas por Duração Total
Semana (semanas) de Horas
Aulas Teórico-Práticas 18 1 18
Avaliação -- -- 1
Laboratório 6 1 6
Avaliação -- -- 2
Discussão de Estágio* 5 2 10

Número Total de Horas da Disciplina 37 horas


* Neste semestre, os estudantes terão 5 semanas (25h/semana) de estágio nas
enfermarias de pacientes internados e ambulatório e 2 semanas de estágio na
maternidade.

PRÉ-REQUISITOS:
• Anatomia e Fisiologia;
• Introdução às Ciências Médicas;
• Semiologia 1 e 2 (Exame Físico e Anamnese);
• Introdução a Meios Auxiliares de Diagnósticos;
• Deontologia e Ética Profissional;
• Saúde Sexual e Reprodutiva 1 e 2 (Feminino e Obstetrícia).

DOCENTES:
• Médicos de Clínica Geral:
• Técnicos de Medicina Especializados em Ensino e com experiência clínica.

COMPETÊNCIAS A SEREM ADQUIRIDAS ATÉ AO FINAL DA DISCIPLINA:


O Técnico de Medicina será capaz de realizar as seguintes tarefas:
4. Diagnosticar e tratar as patologias abaixo indicadas, com atenção especial às seguintes
tarefas:
a. Elaborar possíveis hipóteses de diagnóstico com base na anamnese, no exame físico e
diagnóstico diferencial;
b. Usar e interpretar resultados dos meios auxiliares de diagnóstico
c. De acordo com a sua competência, criar um plano de tratamento / conduta, baseado no
diagnóstico diferencial
d. Criar e explicar ao paciente um plano de alta
i. Resumo do tratamento
ii. Seguimento
iii. Prevenção e controle da doença

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 225


2º. Semestre
b. Reconhecer ou suspeitar emergências e executar as intervenções médicas imediatas e
referir/transferir como apropriado

c. Aconselhar o paciente para as seguintes situações:


e. Principais aspectos da prevenção do HIV/ITS;
f. Planeamento familiar e métodos anticoncepcionais;
g. Prevenção secundária para pacientes com ITS;
h. Os riscos e benefícios da circuncisão e cuidados do adulto recentemente circuncidado.

Lista de Doenças
1. Síndromes anatómicas e malformações congénitas:
i. Hipospadia;
ii. Epispádia;
iii. Fimose e parafimose;
iv. Estenose da uretra;
v. Hérnia inguinal.
2. Síndromes de úlceras genitais e bubão inguinal:
i. Sífilis;
ii. Infecção de Herpes Simplex;
iii. Linfogranuloma venéreo (Clamídia trachomatis);
iv. Cancroide (Haemophilus ducreyi).
3. Síndromes de uretrites/corrimento uretral:
i. Gonorreia;
ii. Infecções genitais por clamídias;
iii. Infecção bacteriana do sistema urinário (Cistite).
4. Síndromes da próstata:
i.Prostatites;
ii.Hipertrofia da próstata.
5. Síndromes do escroto e testículos:
i. Gangrena de Fournier (do escroto);
ii. Orquite;
iii. Epididimites;
iv. Hidrocele, varicocele e massa escrotal;
v. Edema escrotal (de insuficiência cardíaca, síndrome nefrítica, etc.);
vi. Torção do testículo;
6. Síndromes eréctil e reprodutor:
i. Infertilidade;
ii. Disfunção eréctil de causa orgânica (descartar causas psicogénicas);
7. Síndromes com manifestações dermatológicas:
i. Condilomata (Infecção com Vírus do Papiloma Humano (VPH);
ii. Sífilis;
iii. Candidíase genital;
iv. Balanite;
8. Vários:
a. Tricomoníase.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 226


2º. Semestre
Plano Temático
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Anatomia 1. Identificar as estruturas externas do sistema reprodutor masculino; 2
2. Enumerar as estruturas internas do sistema urogenital masculino e indicar a
sua localização, utilizando pontos de referência externos;
3. Identificar as estruturas anatómicas relevantes, envolvidas na circuncisão.
4. Enumerar as estruturas internas do sistema reprodutor masculino e indicar a
sua localização, utilizando pontos de referência externos e técnicas de
exame físico.
5. Descrever as seguintes variações anatómicas comuns no sistema urogenital
e reprodutor masculino:
a. Fimose;
b. Parafimose;
c. Testículo não descido;
d. Hipospadia;
Fisiologia e e. Epispádia;
Anatomia do 6. Circuncidado versus não circuncidado (Descrever a prevalência da
Sistema circuncisão em Moçambique.
Reprodutor 7. Identificar as várias práticas de circuncisão em diferentes áreas geográficas
Masculino e culturais de Moçambique.

Fisiologia 1. Descrever as funções normais da micção. 1


2. Descrever as funções das várias partes do sistema reprodutor masculino.
3. Descrever os importantes aspectos ao nível dos tecidos e células do prepúcio
relacionados com a transmissão de doenças
4. Enumerar os efeitos das hormonas reprodutoras masculinas (testosterona) no
corpo.
5. Descrever a via normal da produção do esperma.

Laboratório 1. Identificar todas as estruturas importantes em modelos anatómicos masculinos. 2


Humanístico 2. Localizar aproximadamente as estruturas anatómicas internas, usando pontos
referenciais externos.
3. Indicar onde ocorrem as seguintes funções: fluxo da urina, criação de sémen e

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 227


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
testosterona.

Anamnese 1. Colher uma anamnese relacionada com as seguintes queixas: 2


a. Micção normal e anormal;
b. Hematúria;
c. Corrimento uretral;
d. Úlceras genitais;
e. Complicações da circuncisão;
f. Dor (no escroto, abdominal, flanco, pénis);
g. Manifestações dermatológicas, comichão, erupção cutânea.
2. Colher uma história psicossocial completa na avaliação do paciente com queixas
urogenitais:
a. Família e relações sexuais;
Avaliação Clínica b. História sexual;
do Paciente com c. Parceiros actuais;
Queixas d. Uso de preservativo;
Urogenitais e. Estado serológico para o HIV.

Exame Físico 1. Enumerar os passos para a relização do exame físico do sistema urogenital 2
masculino:
a. Inspecção externa do pénis, pele, períneo, área perianal, procura de lesões
(incluindo retracção do prepúcio);
b. Palpação para detecção de adenopatia inguinal;
c. Palpação dos testículos e epidídimo;
d. Palpação do canal inguinal;
e. Exame rectal digital e palpação da próstata;
f. Palpação das áreas suprapúbicas.
2. Identificar os resultados normais e anormais do exame físico.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 228


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Aconselhamento 1. Enumerar os métodos disponíveis para prevenção geral do HIV/ITS e descrever a 1
sua eficácia relativa.
2. Explicar como a notificação ao parceiro(a) previne a transmissão do ITS;
3. Enumerar os métodos disponíveis para contracepção e planeamento familiar e
descrever a sua eficácia relativa.
4. Explicar os métodos de planeamento familiar e demonstrar o uso apropriado dos
métodos de contracepção masculina.
5. Descrever os riscos e benefícios da circuncisão, no que diz respeito à contracção
de ITSe HIV.

Laboratório 1. Identificar estratégias para aconselhar homens que procuram cuidados para ITS ou 2
Humanístico queixas urogenitais.
2. Realizar exames genitais masculinos nos voluntários seguindo guias
providenciadas.
3. Demonstrar as seguintes aptidões no exame genital masculino:
a. Inspecção externa do pénis, pele, períneo, área perianal, detecção de lesões
(incluindo retracção do prepúcio);
b. Palpação de adenopatia inguinal;
c. Palpação dos testículos e epidídimo;
d. Palpação do canal inguinal;
g. Exame rectal digital e palpação da próstata;
e. Palpação das áreas suprapúbicas e costo vertebrais.

Testes Laboratoriais 1. Enumerar os testes laboratoriais disponíveis para a avaliação das queixas 1
urogenitais masculinas (e descrevê-las em termos da utilidade e da interpretação
dos resultados normais e anormais):
Meios Diagnósticos
a. Colheita de urina e teste com a fita reagente;
Auxiliares b. Pesquisa de ovos de Schistosoma;
c. RPR/VDRL HIV;
d. Coloracão de GRAMM.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 229


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Laboratório 1. Realizar um teste de fita reagente (disptick). 2
multidiscplinar 2. Preparar e analisar uma lâmina de coloração de GRAMM.
3. Realizar o RPR ou o VDRL.
4. Realizar o teste rápido de HIV .

Introdução 1. Definir a abordagem sindrómica das ITS. 1


2. Explicar as vantagens e limitações da abordagem sindrómica das ITS.
3. Explicar o que deve considerar em caso de insucesso do tratamento.
4. Descrever os modos de transmissão das doenças transmitidas por via sexual.
5. Descrever a influência das ITS na transmissão do HIV.
6. Explicar como a circuncisão previne a transmissão do HIV e das ITS.
7. Descrever em termos leigos, os riscos e benefícios da circuncisão
médica/esterilizada versus tradicional/ritual.

Síndromes Anatómicos 1. Descrever a avaliação e referir as seguintes condições: 1


Abordagem para e Defeitos Congénitos a. Hipospadia;
Diagnóstico e b. Epispádia;
Tratamento das c. Fimose e parafimose;
d. Estenose da uretra;
Doenças do
e. Hérnia inguinal;
Sistema f. Doença de Peyronie;
Reprodutor g. Criptorquidia.
Masculino
Síndromes de Úlceras 1. Enumerar as condições associadas às úlceras genitais, incluindo: 1
Genitais/Bubão a. Vírus Herpes Simplex;
Inguinal b. Linfogranuloma Venéreo (Chlamydia trachomatis);
c. Cancroide (Haemophilus ducreyi);
d. Sífilis.
2. Descrever as apresentações clínicas comuns de úlceras genitais em cada uma das
causas mencionadas acima.
3. Debater o diagnóstico diferencial (incluindo o exame físico e os resultados
laboratoriais como RPR ou testes de confirmação de sífilis) e como obter um
diagnóstico definitivo.
4. Descrever a história natural do Vírus Herpes Simplex e explicar como é que difere

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 230


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
das outras condições.
5. Enumerar as 3 fases temporais da infecção com sífilis e os diferentes sinais e
sintomas de cada uma delas.
6. Descrever a gestão do paciente com úlceras genitais ou bubão inguinal.
7. Descrever o acompanhamento e prevenção das várias condições relacionadas com
úlceras genitais.

Síndromes de 1. Enumerar as condições associadas à uretrite: 2


Uretrites/Corrimento a. Gonorreia
Uretral b. Clamídia/‘Uretrites não gonocócicas’;
2. Descrever a apresentação clínica típica do paciente com uretrite.
3. Descrever o diagnóstico diferencial da uretrite.
4. Explicar porque é importante incluir o tratamento da gonorreia e clamídia para a
uretrite.
5. Descrever o tratamento da uretrite com antibióticos.
6. Descrever o acompanhamento e prevenção de várias condições relacionadas com
uretrite.
7. Descrever os critérios para referência ao outro nível.

Síndromes da Próstata 1. Descrever a avaliação e conduta das condições relacionadas com a próstata: 1
a. Hipertrofia da próstata;
b. Prostatites;
c. Cancro da próstata.
2. Descrever os critérios para referência ao outro nível.

Síndromes do Escroto e 1. Descrever a avaliação e conduta das condições relacionadas com dor ou massa no 1
dos Testículos escroto/testículos:
a. Gangrena de Fournier;
b. Torção testicular;
c. Orquite;
d. Epididimiorquite (em consequência do diagnóstico ou tratamento tardio de
gonorreia e chamídia);
e. Hidrocele, Varicocele;
f. Edema do escroto (insuficiência cardíaca, síndrome nefrítica);

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 231


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
g. Cancro dos testículos.
2. Descrever os critérios para referência ao outro nível.

Disfunção Eréctil e do 1. Descrever a função reprodutora masculina normal. 0.5


Sistema Reprodutor 2. Enumerar as causas da disfunção eréctil masculina e das funções reprodutoras.
3. Descrever a gestão apropriada da disfunção eréctil masculina e da infertilidade.

Síndromes com 1. Descrever a avaliação e tratamento das condições que provocam manifestações 1
Manifestações dermatológicas:
Dermatológicas a. Condilomata (infecção por VPH);
b. Sífilis;
c. Candidíase Genital;
d. Molusco Contagioso;
e. HIV.
2. Descrever os critérios para referência ao outro nível.

Infecção por 1. Descrever a apresentação clínica, avaliação e tratamento da tricomoníase em 0.5


Tricomoníase homens, incluindo sinais e sintomas na parceira sexual do paciente.
2. Descrever o teste diagnóstico disponível para tricomoníase (análise de secreções
vaginais).

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 232


2º. Semestre
ESTÁGIO
Local do Estágio
• Sala de Urgências
• Consulta externa
• Enfermaria de Cirurgia, Urologia, Dermatologia
Duração: 5 semanas
Supervisores:
• Técnicos de Cirurgia
• Médicos da Clínica Geral
• Cirurgiões
• Técnico de Medicina experiente
Técnicas a Demonstrar:
• Técnicas Clínicas Gerais:
o Efectuar uma história clínica completa e fazer um exame físico de um paciente com
queixas do foro sexual/reprodutor;
o Toque rectal;
o Desenvolver um diagnóstico diferencial para as queixas do paciente;
o Implementar uma conduta terapêutica e determinar o acompanhamento apropriado.
• Técnicas dos Meios Auxiliares de Diagnóstico:
o Fazer a recolha adequada de amostras (urina, sangue capilar para testes rapido de
HIV, tubo EDTA para RPR, fezes);
o Interpretar os resultados dos seguintes testes e demonstrar a sua utilidade na
gestão dos pacientes: teste de urina com a fita reagente (dipstick), teste de sangue
oculto nas fezes (guiac), exames das fezes para detecção de ovas e parasitas, RPR,
HIV;
• Técnicas de Aconselhamento e Testagem:
o Dar aconselhamento de prevenção primária do HIV/ITS a pacientes do sexo
masculino;
o Dar explicações fáceis de entender, sobre os métodos de planeamento familiar e
utilização adequada dos métodos disponíveis de anticoncepcionais masculinos;
o Explicar a prevenção secundária para pacientes com IST, incluindo casos que
requerem a notificação e tratamento da parceira;
• Técnicas Clínicas de Saúde Específicas ao Sistema Reprodutor:
o Realizar a abordagem sindrómica da gestão de ITS;
o Determinar situações em que a realização de testes auxiliares de diagnóstico seria
apropriada e realizar a recolha de amostras;
o Diagnosticar e tratar ITS;
o Determinar o acompanhamento adequado para os pacientes tratados e determinar
casos em que a avaliação ou tratamento dos parceiros seja necessário.
o
Seminário de Discussão do Estágio:
• Apresentação de casos observados durante o estágio. Cada aluno deve apresentar ao
grupo, um caso de ITS e outro de patologia urogenital para discussão.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 233


2º. Semestre
AVALIAÇÃO
Avaliação Teórica
• Parcial – um trabalho escrito baseado no material apresentado nas aulas teóricas, com um
peso de 10%;
• Participação em debates na aula ou nas dramatizações, com um peso de 10%;
• Exame escrito final do componente do sistema reprodutor masculino, com um peso de 50%.

Avaliação Prática
• Demonstração das aptidões técnicas no laboratório, com um peso de 10%.

Avaliação do Estágio
• Apresentação de 2 casos (relacionados com a saúde sexual masculina) observados durante o
estágio, cada um com peso de 10% (peso total de 20%).

BIBLIOGRAFIA
• Holmes, Sparling, Stamm. Doenças sexualmente transmitidas (Sexually transmitted diseases).
4o ed. McGraw-Hill; 2008.
• Ministério de Saúde de Moçambique (MISAU). Formulário nacional de medicamentos – ficha
técnica. 5o ed. Setembro 2007.
• MISAU-UNICEF, Cooperação Italiana. Diagnóstico diferencial – para o pessoal clínico: Guia
de uso prático.
• MISAU-UNICEF, Cooperação Italiana. Terapia médica – do posto de saúde até ao hospital de
referência: Guia de uso prático.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 234


2º. Semestre
Disciplina do Sistema Cardiovascular
Semestre: II
CARGA HORÁRIA
Horas por Duração Total
Semana (semanas) de Horas
Aulas Teórico-Práticas 21, 21 2 42
Avaliação -- -- 2
Laboratório 6, 2 2 8
Avaliação -- -- 2
Discussão de Estágio* 5 2 10
Número Total de Horas da Disciplina 64 horas
* Neste semestre, os estudantes terão 5 semanas (25h/semana) de estágio nas
enfermarias de pacientes internados e ambulatório e 2 semanas de estágio na
maternidade.

PRÉ-REQUISITOS:
• Anatomia e Fisiologia;
• Introdução às Ciências Médicas;
• Semiologia 1 e 2 (Anamnese e Exame Físico);
• Introdução a Meios Auxiliares de diagnóstico
• Enfermagem;
• Deontologia e ética profissional.
DOCENTES:
• Médicos de clínica geral com experiência em cardiologia;
• Técnicos de Medicina com experiência em ensino e com experiência clínica.

COMPETÊNCIAS A SEREM ADQUIRIDAS ATÉ AO FINAL DA DISCIPLINA:

O Técnico de Medicina será capaz de realizar as seguintes tarefas:


1. Diagnosticar e tratar as patologias abaixo indicadas, com atenção especial às seguintes
tarefas:
a. Elaborar possíveis hipóteses de diagnóstico, com base na anamnese, no exame físico
e diagnóstico diferencial;
b. Usar e interpretar resultados dos meios auxiliares de diagnóstico;
c. Criar um plano de tratamento / conduta, baseado no diagnóstico diferencial;
d. Criar e explicar ao paciente um plano de alta;
i. Resumo do tratamento;
ii. Seguimento;
iii. Prevenção e controlo da doença.
2. Oferecer aconselhamento centrado no paciente, abrangendo os seguintes factores:
a. Redução de risco em geral;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 235


2º. Semestre
b. Seguimento e prevenção secundária apropriados para pacientes com doenças
cardiovasculares determinadas.
3. Reconhecer ou suspeitar de emergências cardíacas e executar as intervenções médicas
imediatas e referir/transferir, como apropriado:
a. Edema agudo pulmonar;
b. Doença Coronária;
c. Emergência hipertensiva;
d. Tamponamento cardíaco;
e. Choque Cardiogénico;

Lista de Doenças
1. Hipertensão Arterial (HTA);
2. Hipercolesterolemia e outras dislipidemias;
3. Doença coronária;
4. Arteriopatia Periférica;
5. Insuficiência cardíaca;
6. Doença cardíaca reumática;
7. Endocardite Infecciosa;
8. Pericardite;
9. Cardiomiopatias;
10. Doença venosa.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 236


2º. Semestre
Plano Temático
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Terminologia 1. Definir os seguintes termos: 2
a. Dispneia;
b. Dispneia de esforço;
c. Ortopneia;
d. Dispneia paroxistica nocturna;
e. Palpitações;
f. Cianose (central e periférico);
g. Síncope;
h. Sopro;
i. Isquemia;
j. Angina;
k. Enfarte;
l. Arritmia.

Anatomia 1. Identificar as referências externas no peito respeitantes ao coração. 2


Fisiologia e 2. Identificar as quatro câmaras cardíacas e indicar o tamanho e as características
Anatomia normais de cada uma.
3. Identificar as quatro válvulas cardíacas, indicar o nome e descrever as suas
funções.
4. Identificar as artérias coronárias, segundo localização e nome.
5. Descrever o aspecto de uma válvula e uma artéria coronária.
6. Identificar os ramos principais do sistema circulatório.
7. Descrever a estrutura dos vasos sanguíneos de médio e grande calibre.

Fisiologia 1. Descrever as diferentes fases do ciclo cardíaco. 2


2. Descrever a circulação sistémica e pulmonar e suas funções principais.
3. Descrever a função do sistema nervoso autónomo, do sistema angiotensina e do
equilíbrio de sal (sódio e água), no controlo da tensão arterial.

Fisiopatologia 1. Explicar como os diferentes factores de risco produzem lesões a nível das 2
artérias, nos diferentes órgãos.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 237


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
2. Explicar o fenómeno da oclusão arterial aguda e a consequência da mesma.
3. Indicar os mecanismos através dos quais um enfarte do miocárdio pode causar
insuficiência cardíaca e choque cardiogénico.
4. Explicar a fisiopatologia da insuficiência cardíaca direita e esquerda.
5. Descrever a relação entre infecção estreptocócica, autoimunidade e lesões a
nível do pericárdio, endocardio e miocárdio na cardite da febre reumática.
6. Descrever o processo da endocardite infecciosa.
7. Descrever os diferentes mecanismos fisiopatológicos da pericardite aguda e
crónica e explicar a relação de cada mecanismo, com a apresentação clínica.
8. Descrever o mecanismo fisiopatológico da insuficiência venosa.
9. Explicar a relação entre estase, hipercoagulabilidade, dano vascular e formação
de trombos venosos.

Anamnese 14. Enumerar os componentes de uma anamnese orientada para os sintomas 3


cardiovasculares.
15. Enumerar queixas que normalmente são associadas a uma condição cardiovascular.
16. Enumerar as questões a cobrir para colher uma detalhada história do paciente,
incluindo:
a. Queixa principal;
b. Cronologia, localização, radiação, tipo e severidade da queixa;
c. Duração, frequência e periodicidade, factores agravantes e atenuantes;
d. Manifestações associadas;
Revisão da e. Antecedentes familiares;
História Clínica
Exame Físico 1. Enumerar e descrever os passos sequenciais e as técnicas necessárias para realizar os 3
seguintes exames, orientados aos sintomas cardiovasculares:
a. Exame do tórax (Inspecção, palpação, percussão ascultação);
b. Exame do sistema vascular;
c. Exame abdominal;
d. Exame da pele e anexos.
2. Explicar a técnica correcta para o uso do estetoscópio;
3. Identificar a localização dos focos principais de auscultação e explicar os passos
sequenciais e achados principais normais e anómalos da auscultação cardíaca;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 238


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas

Laboratório 1. Efectuar um exame físico num colega, com ênfase no sistema cardiovascular: 4
Humanístico a. Demonstrar os passos do exame físico;
b. Explicar os resultados que seriam considerados “normais”;
c. Explicar anomalias que podem ser encontradas e possível associação com
uma doença cardiovascular.
2. Demonstrar a técnica correcta para o uso do estetoscópio e do esfigmomanómetro.

Exames 1. Listar os exames laboratoriais disponíveis para a avaliação de doenças 2


Laboratoriais e cardiovasculares.
Outros 2. Explicar as indicações de cada teste.
3. Identificar os resultados que seriam considerados “normais”, bem como as
implicações referentes aos vários resultados anómalos.
4. Radiografia torácica:
a. Enumerar as indicações para o pedido de radiografia torácica nas doenças
Meios Auxiliares cardiovasculares;
de Diagnóstico b. Descrever os passos para avaliar correctamente a radiografia torácica;
c. Explicar como avaliar correctamente o tamanho da sombra cardíaca e
identificar os achados de edema pulmonar.
5. Listar as indicações para o pedido de ECG.

Laboratório 1. Identificar correctamente, numa serie de radiografias torácicas, os achados sugestivos 2


Humanístico de cardiomegalia, efusão pericardica, e edema pulmonar.

Introdução 1. Enumerar as doenças cardiovasculares. 1


2. Enumerar e descrever resumidamente os sintomas e sinais associados às doenças
cardiovasculares.
Clínica Médica 3. Explicar os princípios do diagnóstico diferencial para doenças cardiovasculares.

Hipertensão Arterial 1. Definir, classificar e distinguir a hipertensão primária da hipertensão secundária. 3


2. Definir a hipertensão maligna.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 239


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
3. Listar as causas possíveis de hipertensão secundária, incluindo a doença renal crónica,
doenças endócrinas e medicamentos.
4. Enumerar os factores de risco da hipertensão primária.
5. Identificar a hipertensão como factor de risco principal para o desenvolvimento de
doenças cardiovasculares.
6. Explicar que um paciente com hipertensão pode se apresentar assintomático, com
sintomas e sinais da doença primaria e/ou das complicações cardiovasculares.
7. Enumerar os meios auxiliares de diagnóstico para o diagnóstico diferencial entre
hipertensão primária e secundária.
8. Confrontar a evolução e prognóstico da hipertensão sem tratamento e da hipertensão
com tratamento.
9. Descrever o tratamento farmacológico e não farmacológico da hipertensão.
10. Enumerar os efeitos colaterais ou adversos, associados ao tratamento da hipertensão.
11. Identificar as classes de medicamentos anti-hipertensivos de escolha para as diferentes
condições concomitantes com a hipertensão.
12. Elaborar um plano de seguimento de um paciente, na terapia anti-hipertensiva
incluindo:
a. Elementos chave do exame físico de seguimento;
b. Controlo da adesão à terapia farmacológica e as alterações do estilo de vida;
c. Avaliação da resposta à terapia;
d. Educação do paciente sobre a auto gestão da condição crónica;
e. Identificação dos efeitos secundários aos medicamentos;
f. Identificação dos testes laboratoriais de seguimento;
g. Identificação dos critérios de referência/transferência.

Prevenção da 1. Listar as mudanças no estilo de vida, que podem minimizar o risco de 1


Hipertensão desenvolver a hipertensão ou podem ajudar a controlar a hipertensão e reduzir as
complicações.
2. Explicar a importância de executar rastreios rotineiramente para detectar
hipertensão, em pacientes com factores de risco.

Dislipidemia 1. Definir dislipidemia e distinguir hipercocolesterolemia, hipertrigliceridemia, 1


(hipercolesterolemia, primária e secundária.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 240


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
hipertrigliceridemia) 2. Listar as causas de dislipidemia secundária.
3. Descrever os factores de risco ambientais e genéticos para a dislipidemia.
4. Identificar a dislipidemia como um factor de risco principal para o
desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
5. Descrever as opções farmacológicas e não farmacológicas de tratamento da
dislipidemia.
6. Listar os efeitos colaterais ou adversos associados ao tratamento da dislipidemia.

Doença Coronária 1. Definir angina do peito (pectoris) e distinguir entre angina estável e instável. 2
2. Definir enfarte cardíaco.
3. Enumerar os factores de risco para as doenças das artérias coronárias.
4. Descrever os sintomas e sinais normalmente associados à angina pectoris e/ou
enfarte cardíaco.
5. Enumerar e descrever as complicações do enfarte cardíaco.
6. Descrever as apresentações atípicas do enfarte cardíaco no grupo alvo.
7. Descrever o diagnóstico diferencial para a dor torácica.
8. Listar os resultados dos exames laboratoriais e dos outros meios auxiliares de
diagnóstico, normalmente associados ao enfarte cardíaco.
9. Listar os medicamentos associados ao tratamento da doença cardíaca isquémica
e os seus efeitos colaterais ou adversos.
10. Explicar os critérios de referência/transferência para angina instável e enfarte
cardíaco.
11. Explicar a importância da mudança do estilo de vida na prevenção primária e
secundária das doenças das artérias coronárias.

Arteriopatia 1. Definir doença das artérias periféricas e identificar oslocais mais envolvidos. 2
Periférica 2. Enumerar os factores de risco para as doenças das artérias periféricas.
3. Distinguir entre isquemia aguda e crónica das artérias periféricas, em termos de
causa subjacente e apresentação clínica.
4. Descrever os sintomas e sinais da doença arterial periférica, na fase inicial e
avançada.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 241


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
5. Descrever as manobras diagnósticas para a avaliação da arteriopatia periférica.
6. Desenvolver um diagnóstico diferencial para as doenças das artérias periféricas.
7. Explicar os critérios de referência/transferência para arteriopatia periférica.
8. Identificar a emergência médica/cirúrgica, nos casos de arteriopatia periférica.
9. Explicar a importância da mudança do estilo de vida na prevenção primária e
secundária das doenças das artérias periféricas.

Insuficiência 1. Definir insuficiência cardíaca e distinguir entre insuficiência aguda e crónica. 4


Cardíaca 2. Definir e distinguir entre insuficiência cardíaca esquerda, direita e congestiva.
3. Indicar os critérios para a classificação da IC (Classes 1 a 4).
4. Listar as causas comuns de insuficiência cardíaca aguda e crónica.
5. Descrever os sintomas e sinais da insuficiência cardíaca crónica de tipo esquerdo,
direito e congestivo.
6. Enumerar os factores capazes de precipitar a descompensação aguda, nos pacientes com
insuficiência cardíaca crónica.
7. Descrever os sintomas e sinais da insuficiência cardíaca esquerda aguda.
8. Listar resultados das provas complementares que podem conduzir ao diagnóstico de
insuficiência cardíaca.
9. Desenvolver um diagnóstico diferencial para insuficiência cardíaca, incluindo causas
não cardíacas de edema pulmonar e congestão circulatória secundária a retenção
anormal de água e sais.
10. Descrever o tratamento farmacológico e não farmacológico da IC, em cada uma das
quatro fases.
11. Enumerar os efeitos colaterais/adversos associados ao tratamento da insuficiência
cardíaca crónica.
12. Explicar o impacto de condições co-mórbidas como hipertensão, hipercolesterolemia,
diabetes, insuficiência renal crónica e doença pulmonar obstrutiva crónica, sobre o
prognóstico de ICC.
13. Descrever os componentes de um plano de seguimento dum paciente com ICC e os
passos para controlar, incluindo:
a. Elementos chave do exame físico de seguimento;
b. Controlo da adesão à terapia farmacológica e as alterações do estilo de vida;
c. Avaliação da resposta à terapia;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 242


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
d. Educação do paciente sobre a auto gestão da condição crónica;
e. Identificação dos efeitos secundários aos medicamentos;
f. Identificação dos testes laboratoriais de seguimento;
g. Identificação dos critérios de referência/transferência.
14. Explicar a importância da mudança do estilo de vida para prevenir as exacerbações da
ICC.

Doença Cardíaca 1. Definir e distinguir febre reumática e doença cardíaca reumática; 2


Reumática 2. Identificar as crianças como grupo alvo para o desenvolvimento da febre reumática;
3. Indicar a porcentagem de pacientes com faringo-amigdalite estreptocócica que
desenvolvem febre reumática;
4. Enumerar os factores de risco para o desenvolvimento da faringo-amigdalite
estreptocócica.
5. Explicar os critérios de Jones modificados, para o diagnóstico de febre reumática.
6. Identificar os sintomas e sinais principais da cardite devida à febre reumática.
7. Enumerar as perturbações valvulares mais comuns na doença cardíaca reumática e as
complicações clínicas resultantes de cada uma delas.
8. Listar resultados das provas complementares que podem conduzir ao diagnóstico de
doença cardíaca reumática.
9. Explicar as diferentes medidas para a prevenção da febre reumática (benzatinica –
Clínica Médica incluindo riscos).
10. Dar continuidade a um plano de seguimento de um paciente com antecedentes de febre
reumática e doença cardíaca reumática incluindo:
a. Elementos chave da anamnese e exame físico de seguimento para a avaliação da
progressão das doenças cardíacas reumáticas.
b. Controlo da adesão à terapia farmacológica e as alterações do estilo de vida;
c. Avaliação da resposta à terapia;
d. Identificação dos efeitos secundários aos medicamentos;
e. Identificação dos testes laboratoriais de seguimento;
f. Identificação dos critérios de referência/transferência;

Endocardite 1. Definir endocardite. 2


Infecciosa 2. Definir e distinguir endocardite aguda e subaguda.
3. Enumerar as causas comuns de endocardite infecciosa e não infecciosa.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 243


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
4. Identificar as condições clínicas que põem o paciente em risco de desenvolver
endocardite.
5. Descrever os sintomas e sinais da endocardite, incluindo aqueles relacionados à
infecção, envolvimento das válvulas cardíacas, eventos embólicos e vasculite.
6. Listar os resultados de provas complementares que podem conduzir ao
diagnóstico de endocardite infecciosa.
7. Elaborar um diagnóstico diferencial para endocardite.
8. Explicar que a endocardite aguda representa uma emergência médica.
9. Descrever a gestão farmacológica e não farmacológica da endocardite.
10. Listar as indicações para profilaxia antibiótica para endocardite, incluindo
condições clínicas e manobras diagnósticas/terapêuticas.
Pericardite 1. Definir pericardite. 2
2. Definir pericardite constritiva e efusiva e tamponamento cardíaco.
3. Enumerar as causas conhecidas das principais infecciosas e não infecciosas de
pericardite.
4. Enumerar e descrever os sintomas e sinais da pericardite aguda.
5. Listar resultados de provas complementares que podem conduzir ao diagnóstico de
pericardite.
6. Distinguir entre pericardite constritiva e efusiva (a desenvolvimento rápido ou gradual),
em termos de apresentação clínica.
7. Explicar a tríade de Beck para o diagnóstico de tamponamento cardíaco.
8. Explicar que o tamponamento cardíaco representa uma emergência médica.
9. Elaborar um diagnóstico diferencial para pericardite.
10. Descrever a gestão farmacológica e não farmacológica da pericardite.

Cardiomiopatias 1. Definir cardiomiopatia. 1


2. Enumerar as principais causas conhecidas de cardiomiopatia dilatada, incluindo álcool,
gravidez e HIV.
3. Explicar os sintomas e sinais comuns de cardiomiopatias e possíveis complicações.
4. Listar os resultados de provas complementares que podem conduzir ao diagnóstico de
cardiomiopatia.
5. Descrever o prognóstico das cardiomiopatias.
6. Dar continuidade ao plano de seguimento para as cardiomiopatias.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 244


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas

Doença Venosa 1. Definir varizes e identificar os seus factores de risco. 2


2. Definir trombose venosa, identificar os factores predisponentes e os distúrbios
associados às condições predisponentes.
3. Descrever a apresentação clínica, incluindo a anamnese e os resultados do exame físico
da trombose venosa profunda e da trombose venosa superficial.
4. Identificar a embolia pulmonar como complicação principal da trombose venosa
profunda (TVP).
5. Elaborar um diagnóstico diferencial para trombose venosa, usando o sistema de decisão
para a suspeita clínica de TVP.
6. Descrever o tratamento farmacológico e não farmacológico da trombose venosa
profunda e superficial.
7. Enumerar os efeitos colaterais/adversos, associados ao tratamento da trombose venosa
profunda.
8. Explicar que os casos suspeitos de TVP devem ser referidos ou transferidos.
9. Explicar a importância das medidas de prevenção (farmacológicas e não
farmacológicas), em pacientes com risco de desenvolver TVP.
Emergências 5. Identificar as seguintes situações cardíacas de emergência: 3
Médicas a. Edema agudo pulmonar;
Cardíacas b. Síndrome coronário agudo;
c. Emergência hipertensiva;
d. Choque cardiogénico;
e. Tamponamento cardíaco;
f. Embolia pulmonar.
6. Descrever os sintomas e sinais que podem ser associados a cada emergência
cardíaca.
7. Explicar os cuidados e tratamento imediatos (estabilização) de um paciente com
uma emergência cardíaca.
8. Descrever o procedimento correcto para referir um paciente que apresenta uma
emergência cardíaca.
Laboratório 1. Demonstrar, juntamente com um colega, como conduzir uma sessão de 2
Humanístico aconselhamento durante uma consulta de seguimento para um paciente com ICC.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 245


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
2. Desenvolver um plano de seguimento a longo prazo, para um paciente com
insuficiência cardíaca crónica.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 246


2º. Semestre
ESTÁGIO
Local do Estágio:
• Sala de emergências;
• Consultas Externas de Medicina (e de Cardiologia, onde houver)
• Enfermaria de pacientes internados (de Cardiologia, onde houver)

Duração: 5 semanas
Supervisor: Docentes ou clínicos disponíveis.
Técnicas a Demonstrar:
• Competências Clínicas Gerais:
o Executar uma anamnese e exame físico completos num paciente com uma queixa
de origem cardiovascular;
o Registar, com precisão, os resultados da avaliação na ficha médica;
o Implementar um plano de tratamento e determinar o seguimento apropriado;
o Apresentar os achados, com precisão;
o Desenvolver um diagnóstico diferencial para a queixa do paciente;
o Reconhecer um cenário clínico que indique uma emergência, elaborar um plano,
estabilizar e preparar o paciente para o processo de transferência para uma
instituição de cuidados de nível mais elevado;
• Competências Clínicas Específicas:
o Identificar correctamente os seguintes sinais, num paciente com insuficiência
cardíaca congestiva:
 Crepitações pulmonares;
 Distensão venosa jugular a 45 graus;
 Refluxo abdomino-jugular positivo;
 Ritmo de Galope S3;
o Em pacientes com doença cardíaca valvular:
 Sopros produzidos por estenose ou regurgitação mitral e estenose aórtica e
insuficiência aórtica.
• Competências dos Meios Auxiliares de Diagnóstico:
o Interpretar uma radiografia torácica de um paciente com as seguintes
doenças/condições:
 Insuficiência cardíaca congestiva;
 Edema agudo pulmonar;
 Efusão pericárdica;
 Cardiomegália.
• Competências de Aconselhamento:
o Oferecer aconselhamento de prevenção primária geral, para pacientes que correm
o risco de doença da artéria coronária;
o Oferecer uma explicação fácil de compreender referente à redução do risco
cardíaco, incluindo modificação do regime alimentar e do estilo de vida;
o Explicar qual o seguimento apropriado e prevenção secundária para pacientes com
doença cardiovascular.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 247


2º. Semestre
Seminário de Discussão do Estagio:
• Apresentação de 1 caso observado durante o estágio, que poderão ser entre os
seguintes:
o Emergência hipertensiva;
o Enfarte agudo do miocárdio;
o Manifestação inicial de insuficiência cardíaca congestiva;
o Endocardite aguda;
o Febre reumática.
• Para cada paciente apresentado, é necessário incluir resultados relevantes da história clínica e
do exame físico, discutir os meios de diagnóstico utilizados para diagnosticar o paciente e o
diagnóstico diferencial. O TM deverá descrever a conduta terapêutica do paciente, incluindo
terapias farmacológicas e não farmacológicas, a educação do paciente, o prognóstico e o
acompanhamento. Indicações para a transferência imediata ou o encaminhamento adequado
devem ser incluídas na apresentação.
• Docente deve rever os casos com o grupo para:
o Evidenciar aspectos chave da anamnese e exame físico;
o Rever a fisiologia e fisiopatologia, quando for apropriado.
o Rever as considerações efectuadas para chegar a um diagnóstico diferencial;
o Discutir como desenhar e implementar uma conduta terapêutica.
AVALIAÇÃO
Avaliação Teórica
• Um teste escrito parcial, com um peso de 20%;
• Exame escrito final, com um peso de 30%.
Avaliação Prática
• Demonstração de técnicas / procedimentos no laboratório (humanístico ou multi-
disciplinar, com um peso de 10%.
Avaliação do Estágio
• Apresentação de 1 caso observado durante o estágio, com um peso de 20%.
• Demonstração de uma história clínica (anamnese e exame físico), dirigido ao sistema,
com paciente, 20%.
BIBLIOGRAFIA
• Fauci, A, Braunwald, E, Kasper, D. Harrison. medicina interna. 17o ed. McGraw Hill;
2008.
• Cook, G, Zumla, AI. Medicina tropical de Manson (Manson’s tropical medicine)
22oed. Saunders.
• Eddleston, M, Davidson, R, Brent, A, Wilkinson, R. Manual de Oxford de medicina
tropical (Oxford Handbook of Tropical Medicine). 3o ed. Oxford.
• Soares, Ducla. Semiologia médica: métodos e interpretação. Lidel; 2007.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 248


2º. Semestre
Disciplina de Sistema Respiratório
Semestre: II
CARGA HORÁRIA

Horas por Duração Total


Semana (semanas) de Horas
Aulas Teórico-Práticas 19, 20 2 39
Avaliação -- -- 2
Laboratório 8, 3 2 11
Avaliação -- -- 2
Discussão de Estágio* 5 2 10
Número Total de Horas da Disciplina 64 horas
* Neste semestre, os estudantes terão 5 semanas (25h/semana) de estágio nas
enfermarias de pacientes internados e ambulatório e 2 semanas de estágio na
maternidade.

PRÉ-REQUISITOS:
• Anatomia e Fisiologia;
• Introdução às Ciências Médicas;
• Semiologia 1 e 2 (Exame Físico e Anamnese);
• Introdução a Meios Auxiliares de Diagnóstico; Deontologia e Ética Profissional.
DOCENTES:
• Médicos de Clínica Geral;
• Técnicos de Medicina Especializados em Ensino com experiência clínica.

COMPETÊNCIAS A SEREM ADQUIRIDAS ATÉ AO FINAL DA DISCIPLINA:

O Técnico de Medicina será capaz de executar as seguintes tarefas:

1. Diagnosticar e tratar as patologias abaixo indicadas, com atenção especial às seguintes


tarefas:
a. Elaborar possíveis hipóteses de diagnóstico com base na anamnese, no exame
físico e diagnóstico diferencial;
b. Usar e interpretar os resultados dos meios auxiliares de diagnóstico;
c. Criar um plano de tratamento / conduta, baseado no diagnóstico diferencial, de
acordo com a sua competência;
d. Criar e explicar ao paciente um plano de alta:
i. Resumo do tratamento;
ii. Seguimento;
iii. Prevenção e controlo da doença.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 249


2º. Semestre
2. Reconhecer ou suspeitar as seguintes emergências respiratórias e executar as
intervenções médicas adequadas ou referir:
a. Crise asmática;
b. Pneumotórax espontâneo e sob tensão;
c. Insuficiência respiratória aguda de etiologia múltipla;
d. Edema agudo pulmonar;
e. Tromboembolia pulmonar;
f. Afogamento;
g. Intoxicação de monóxido de carbono.

3. Oferecer aconselhamento centrado no paciente, abrangendo os seguintes factores:


a. Factores de risco;
b. Seguimento e prevenção secundária apropriados para pacientes com doenças
respiratórias determinadas.
4. Realizar a seguinte técnica de diagnóstico/terapêuticas:
a. Toracocentese.

Lista de Doenças:
1. Asma brônquica, bronquites e outras doenças respiratórias alérgicas.
2. Pneumonias e broncopneumonia.
3. Tuberculose pulmonar (incluindo multiresistente).
4. Derrames pleurais e pleurisias.
5. Empiema.
6. Abcesso pulmonar.
7. Bronquiectasias.
8. Doença pulmonar crónica (DPOC e doença restritiva).
9. Gripe.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 250


2º. Semestre
Plano Temático
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Anatomia 8. Identificar a divisão do sistema respiratório no tracto superior e inferior. 2
9. Listar as estruturas principais do sistema respiratório e explicar como eles
interagem com estruturas anatómicas adjacentes.
10. Listar os músculos da respiração.
11. Identificar os diferentes tecidos que compõem o sistema respiratório e descrever
suas localizações.
12. Descrever, em termos gerais, a estrutura do alvéolo como a unidade central de
oxigenação e ventilação.
13. Listar os espaços (anatómicos e potenciais) do sistema respiratório.
14. Enumerar as estruturas internas do sistema respiratório e indicar a sua
localização, utilizando pontos de referência externos e técnicas de exame físico.

Fisiologia 6. Descrever, em termos gerais, as funções do sistema respiratório. 4


7. Descrever as funções das várias partes do sistema respiratório.
Anatomia e 8. Descrever como a interrupção da fisiologia respiratória normal pode resultar em
Fisiologia morte ou morbidade grave em poucos minutos.
9. Listar os componentes do ar no ambiente e seus papéis na função do corpo.
10. Delinear o caminho do oxigénio do ambiente ao nível dos tecidos do corpo,
incluindo o modo como ele é transportado no interior das células vermelhas do
sangue.
11. Descrever as interacções do sistema respiratório e sistema cardiovascular no
movimento de oxigénio e dióxido de carbono e entre os pulmões e os tecidos do
corpo.
12. Definir a frequência normal respiratória num paciente adulto:
a. Listar as causas e consequências da frequência respiratoria rápida e
prolongada;
b. Listar as causas e consequências da frequência respiratória diminuída e
aumentada.
13. Descrever como a inflamação por alergia ou por infecção pode afectar a função
do pulmão.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 251


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
14. Descrever causas e consequências da obstrução das vias areas superiores e
inferiores.
15. Descrever os efeitos do trauma torácico na função respiratória.

Laboratório 4. Identificar todas as estruturas do sistema respiratório em modelos anatómicos. 2


Humanístico 5. Localizar aproximadamente as estruturas anatómicas internas, usando pontos
referência externos.
6. Determinar correctamente a frequência respiratória normal.

Anammese 3. Enumerar os componentes da anamnese orientada para os sintomas respiratórios. 2


4. Descrever uma avaliação sistemática de queixas relacionadas com o aparelho
respiratório.
5. Enumerar e descrever os sintomas relacionados às doenças respiratórias.
6. Enumerar as questões a ter em conta para colher uma história detalhada do
paciente, incluindo:
f. Queixa principal;
g. Cronologia, localização, radiação, tipo e severidade da queixa;
h. Duração, frequência e periodicidade, factores agravantes e atenuantes;
d. Manifestações associadas.
Anamnese e Exame
7. Enumerar as condições respiratórias em que uma história familiar é importante.
Físico
8. Descrever o papel da exposição a químicos na avaliação do paciente com
queixas respiratórias:
f. História de tabagismo;
g. Exposição a químicos, partículas, e fumo (cozinhas de lenha ou carvão
intradomiciliarias);
h. Contacto com outras pessoas doentes (asbestose).

Exame Físico 3. Descrever como o estado mental de um paciente pode afectar a fisiologia 2
respiratória.
4. Enumerar os passos do exame físico do sistema respiratório.
5. Enumerar os sons audíveis durante a auscultação dos pulmões (normais e

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 252


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
patológicos).
6. Descrever o significado dos sons normais e anormais no exame físico.

Laboratório 4. Realizar simulações de pacientes que procuram cuidados para queixas 3


Humanístico respiratórias, com ênfase especial na anamnese completa, cuidados profissionais
centrados nos pacientes e atenção às urgências.
5. Realizar exame do tórax com inspecção, palpação, percussão, e auscultação dos
pulmões com estetoscópio.
6. Demonstrar as seguintes aptidões no exame respiratório:
a. Aparência geral do paciente;
b. Determinação dos sinais vitais;
c. Avaliação do trabalho respiratório geral do paciente;
d. Inspecção das mucosas e extremidades para sinais de cianose e de doença
pulmonar crónica (hipocratismo digital);
e. Inspecção e palpação do pescoço, os linfónodos cervicais, e a traqueia;
f. Inspecção do tórax (simetria, cicatrizes, hiperinflação);
g. Inspecção dos movimentos respiratórios do tórax (simetria, retracção,
músculos acessórios da respiração);
h. Palpação e percussão do tórax e auscultação dos pulmões (dor,
sensibilidade, deformidade, frémitos).

Testes 1. Descrever as diferenças entre unidades científicas de medição. 2


Laboratoriais e de 2. Enumerar os testes laboratoriais disponíveis para avaliação das queixas
Radiologia respiratórias (e descrevê-los em termos da utilidade e da interpretação dos
resultados normais e anormais):
Meios Auxiliares de a. Colheita da expectoração para tuberculose (baciloscopia e cultura);
Diagnóstico b. Coloração de Gram na amostra de expectoração;
c. Hemograma;
d. Velocidade de Hemosedimentação (VS).
3. RX torácico na avaliação do paciente com queixa respiratória:
a. Enumerar as indicações para o pedido de radiografia torácica nas doenças

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 253


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
respiratórias;
b. Rever os passos para avaliar correctamente a radiografia torácica.
4. Enumerar os testes laboratoriais disponíveis para avaliação do líquido pleural.
5. Descrever situações em que os testes auxiliares de laboratório e radiologia são
úteis para a gestão clínica.
6. Usar o Guia Laboratorial para encontrar mais detalhes sobre um teste específico.

Laboratório 1. Descrever como avaliar corectamente um RX do tórax. 3


Humanistico 2. Identificar as estruturas anatómicas normais num RX torácico
3. Descrever as anomalias que podem ser encontradas na observação de um RX
torácico.
4. Com base nas anomalias detectadas, determinar as doenças mais prováveis.

Introdução 1. Descrever a grande variedade na severidade de doenças respiratórias (de 1


insuficiência respiratória à asma crónica).
2. Descrever as queixas mais comuns de apresentação das doenças respiratórias.
3. Reconhecer que o diagnóstico diferencial de queixas respiratórias é amplo e
inclui as condições de outros sistemas.
4. Enumerar as doenças ou síndromes que podem afectar o sistema respiratório.

Asma Brônquica 1. Definir asma e descrever os seus dois mecanismos patológicos (inflamação das 3
Clínica Médica vias aéreas e broncoespasmo).
2. Descrever a história natural de asma, incluindo as complicações.
3. Descrever a escala de gravidade da asma.
4. Enumerar os factores mais comums que provocam ataques de asma aguda.
5. Descrever as apresentações clínicas comuns de asma.
6. Desenvolver o diagnóstico diferencial das várias apresentações de asma e
explicar como é que difere das outras condições.
7. Enumerar os sinais de exame físico mais comum de asma e como eles são usados
para monitorar a resposta ao tratamento.
8. Identificar os tipos diferentes de tratamento para asma aguda.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 254


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
9. Listar os tipos diferentes de tratamento preventivo ou profilático para asma
crónica.
10. Descrever o plano de gestão a longo prazo para asma crónica.

Pneumonia 1. Definir pneumonia e descrever a sua localização anatómica. 4


2. Descrever a escala de gravidade da pneumonia.
3. Descrever a história natural de pneumonia e as suas complicações comuns.
4. Enumerar as etiologias microbiológicas mais comuns de pneumonia.
5. Enumerar as etiologias microbiológicas mais raras, incluindo aquelas que se
apresentam nos pacientes HIV positivos.
6. Descrever as diferentes apresentações clínicas de pneumonia.
7. Enumerar e descrever os sintomas e sinais de pneumonia.
8. Identificar os sinais radiográficos de pneumonia e descrever como estão
relacionados aos sinais no exame físico.
9. Descrever o diagnóstico diferencial de pneumonia.
10. Descrever os tratamentos de pneumonia de várias gravidades:
a. Antibióticos;
b. Inaladores;
c. Analgésicos e anti-inflamatórios;
d. Oxigénio.
11. Identificar os casos de pneumonia que precisam de internamento ou
encaminhamento ao nível de atenção mais elevado.

Tuberculose (TB) 1. Definir TB pulmonar (bacilífera e não bacilífera). 4


Pulmonar 2. Descrever a importância de fazer o despiste precoce da tuberculose para evitar
transmissão a outras pessoas.
3. Descrever a história natural de TB pulmonar e de TB latente e activa em
diferentes grupos etários.
4. Enumerar os sinais e sintomas comuns de TB pulmonar.
5. Enumerar as complicações comuns de TB pulmonar.
6. Descrever o risco de progressão de TB latente a TB activa, em grupos diferentes.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 255


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
7. Identificar os sinais radiográficos de TB e descrever como eles estão
relacionados aos sinais no exame físico.
8. Identificar os sinais que podem ser diferentes no paciente HIV positivo.
9. Listar os testes diagnósticos disponíveis para a avaliação e seguimento de
pacientes com suspeito de TB.
10. Descrever o diagnóstico diferencial de TB.
11. Explicar o conceito de ‘tratamento presuntivo’ quando um diagnóstico definitivo
de TB não pode ser feito.
12. Listar as 4 categorias diagnósticas de TB (OMS).
13. Listar os medicamentos usados no tratamento de TB, incluindo os de segunda
linha.
14. Descrever as normas nacionais de Moçambique para tratar TB.
Derrame Pleural 1. Definir derrame pleural e descrever os seus mecanismos patológicos e sua 2
localização anatómica.
2. Identificar as causas de derrame pleural.
3. Enumerar os sinais e sintomas mais comuns de derrame pleural.
4. Descrever os sinais de derrame pleural no RX torácico.
5. Identificar o tratamento de derrame pleural, incluindo a necessidade de
toracocentese diagnóstica e/ou terapêutica.
6. Enumerar os diferentes testes disponíveis no líquido pleural (celularidade,
citoquímico, baciloscopia).
Clínica Médica
7. Diagnóstico diferencial.

Empiema 1. Definir empiema. 2


2. Explicar as causas de empiema (pneumonia bacteriana, bronquiectasia, abcesso
pulmonar, sobreinfecção de outros tipos de derrame pleural).
3. Explicar a importância de avaliar bem os pacientes com pneumonia para excluir
a possibilidade de derrame parapneumónico ou possível empiema.
4. Enumerar os critérios que definem o empiema (aspecto macroscópico do líquido
pleural, características de celularidade e bioquímicas).

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 256


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
5. Descrever a gestão dos pacientes com pneumonia e derrame pleural (paracentese
diagnóstica para excluir a possibilidade de empiema).
6. Explicar a necessidade de evacuar o empiema quando presente (urgência medica
para referir).
7. Diagnóstico diferencial.

Abcesso Pulmonar 1. Definir abcesso pulmonar. 1


2. Listar os factores predisponentes para o abcesso pulmonar.
3. Listar os agentes patogénicoos mais frequentemente implicados (anaeróbios,
multimicrobiana).
4. Descrever os sinais e sintomas de abcesso pulmonar.
5. Descrever os sinais de abcesso pulmonar no RX torácico.
6. Descrever o tratamento do abcesso pulmonar.
7. Identificar complicações do abcesso pulmonar.

Bronquiectasia 1. Definir bronquiectasias. 1


2. Listar os factores predisponentes para as bronquiectasias (TB na infância, tabaco,
doença ocupacional, asma na infância, HIV).
3. Descrever os sinais e sintomas de bronquiectasias.
4. Fazer o diagnóstico diferencial das bronquiectasias (principalmente com TB
pulmonar).
5. Descrever os sinais de bronquiectasias no Rx torácico.
6. Descrever o tratamento das bronquiectasias.
7. Identificar complicações da bronquiectasias.

Doença 1. Definir os seguintes termos: 3


Obstructiva a. Doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), incluindo bronquite crónica e
Pulmonar Crónica enfisema;
(DOPC) e b. Doença pulmonar restritiva (pulmonar intersticial).
Doença Restritiva 2. Definir e identificar as causas comuns de hipoventilação crónica (obesidade,

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 257


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Crónica doenças neuromuscular e da parede torácica).
3. Distinguir asma de DPOC.
4. Identificar e descrever os factores de risco principais da DPOC (tabagismo,
combustão de lenha, carvão intradomiciliaria).
5. Enumerar as ‘toxinas’ ocupacionais e ambientais (asbesto, carvão, sílica, poeiras
orgânicas, antibióticos), medicamentos, doenças granulomatosas (TB pulmonar)
causas possíveis de doença pulmonar restritiva.
6. Identificar a DPOC, a doença pulmonar restritiva e a hipoventilação crónica
como causas possíveis de insuficiência cardíaca direita (cor pulmonale crónico).
7. Descrever e comparar os sintomas e sinais associados à DPOC e às doenças
pulmonares restritivas (fase inicial e avançada).
8. Descrever os passos para a elaboração de um diagnóstico diferencial para DPOC
e doenças pulmonares restritivas (tosse crónica, dispneia).
9. Descrever a gestão farmacológica e não farmacológica das doenças pulmonares
obstrutivas e restritivas.
10. Descrever os passos para a elaboração de um plano de seguimento num paciente
que sofre de DPOC ou de doenças pulmonares restritivas, incluindo:
a. Elementos chave do exame físico de seguimento;
b. Controlo da adesão à terapia farmacológica e as alterações do estilo de vida;
c. Avaliação da resposta à terapia;
d. Identificação dos efeitos secundários aos medicamentos;
e. Apoio psicossocial e educação do paciente sobre a auto-gestão da condição
crónica;
f. Identificação dos meios auxiliares de seguimento;
g. Identificação dos critérios de referência/transferência.
11. Descrever as medidas possíveis para modificação do estilo de vida dos pacientes
em risco de desenvolvimento ou agravamento de DPOC.
12. Descrever o plano de saúde ocupacional para prevenção de doenças pulmonares
crónicas.

Meios Auxiliares 1. Enumerar as indicações e explicar o uso correcto do “espirómetro portátil “. 2

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 258


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
de Diagnóstico 2. Listar as indicações para o pedido do RX do tórax no seguimento de pacientes
com doenças respiratórias crónicas..

Laboratório 1. Efectuar correctamente a anamnese e o exame físico num colega, para consulta 3
Humanístico de seguimento de uma doença respiratória crónica:
a. Descrever os passos do exame físico;
b. Explicar as anomalias que podem ser encontradas na fase inicial, avançada e
descompensadas da DPOC.
2. Demonstrar como administrar correctamente um tratamento com nebulizador e
inalador.
3. Demonstrar como usar correctamente o “espirómetro portátil “.
4. Demonstrar como efectuar correctamente os exercícios de reabilitação pulmonar.

Gripe 1. Definir gripe e descrever as suas características principais. 2


2. Descrever a história natural da gripe.
3. Enumerar a etiologia microbiológica da gripe e reconhecer tipos diferentes da
gripe.
4. Descrever os sinais e sintomas comuns da gripe.
5. Descrever o diagnóstico diferencial da gripe.
6. Descrever o tratamento para gripe.
7. Descrever medidas gerais de prevenção.

Emergências 9. Identificar as situações respiratórias de emergência: 2


Respiratórias a. Crise asmática;
b. Pneumotórax;
c. Insuficiência respiratória aguda e suas diferentes causas;
d. Edema agudo pulmonar;
e. Embolia pulmonar;
f. Afogamento;
g. Intoxicação de monóxido de carbono.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 259


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
10. Descrever os sintomas e sinais que podem ser associados com cada emergência
respiratória.
11. Explicar os cuidados e tratamento imediatos (estabilização) de um paciente
com uma emergência respiratória.
12. Descrever o procedimento correcto para referir um paciente que apresenta
uma emergência respiratória.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 260


2º. Semestre
ESTÁGIO
Local do Estágio:
• Enfermaria de Medicina
• Serviço de Consulta Externa
Duração: 5 semanas
Supervisores: Médicos de Clínica Geral, Técnicos de Medicina
Técnicas a Demonstrar:
• Aptidão em Clínica Geral:
o Executar a história clínica completa e o exame físico de um paciente com queixas
respiratórias;
o Apresentar os resultados de forma concisa ao docente ou instrutor;
o Desenvolver um diagnóstico diferencial adequado às queixas do paciente;
o Documentar os resultados da avaliação, de forma exacta e concisa, no processo
clínico do paciente;
o Implementar um plano de tratamento e determinar o acompanhamento adequado;
o Executar técnicas especializadas de diagnóstico e de pequenas cirurgias como for
necessário (toracocentese);
• Aptidão em Meios Auxiliares de Diagnósticos:
o Executar uma flebotomia, demonstrando o procedimento adequado para a colheita
de sangue;
o Demonstrar o procedimento adequado para a colheita de amostras de líquidos
corporais diferentes (urina, expectoração, fezes);
o Interpretar o resultado de testes e demonstrar a sua utilidade no tratamento do
paciente;
o Identificar as indicações correctas para o pedido de RX torácico;
o Distinguir entre um RX torácico normal e com sinais patológicos;
• Competências de Aconselhamento:
o Oferecer aconselhamento de prevenção primária geral para pacientes que estão
sujeitos ao risco de doença pulmonar crónica (especial atenção ao habito
tabágico);
o Aconselhamento sobre os factores de risco em relação a doença pulmonar crónica,
incluindo modificação de estilo de vida;
o Explicar qual o seguimento apropriado e prevenção secundária para pacientes com
doença pulmonar crónica.

Seminários de Discussão do Estágio:


• Apresentação de 1 caso observado durante o estágio, que poderá ser entre os
seguintes:
• Para cada paciente apresentado, é necessário incluir resultados relevantes da história
clínica e do exame físico, discutir os meios de diagnóstico utilizados e o diagnóstico
diferencial. O TM deverá descrever a conduta terapêutica do paciente, incluindo
terapias farmacológicas e não farmacológicas, a educação do paciente, o prognóstico,

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 261


2º. Semestre
e o acompanhamento. As indicações para a transferência imediata ou o
encaminhamento adequado devem ser incluídas na apresentação.

• O docente deve rever os casos com o grupo para:


o Evidenciar aspectos chave da anamnese e exame físico;
o Rever a fisiologia e fisiopatologia, se for apropriado;
o Rever as considerações efectuadas para chegar a um diagnóstico diferencial;
o Discutir como desenhar e implementar uma conduta terapêutica.

AVALIAÇÃO
Avaliação Teórica
• Um teste escrito parcial, com um peso de 20%;
• Exame escrito final, com um peso de 30%.

Avaliação Prática
• Demonstração de técnicas / procedimentos no laboratório (humanístico ou multi-
disciplinar, com um peso de 10%.

Avaliação do Estágio
•Apresentação de 1 caso observado durante o estágio, com um peso de 20%.
•Demonstração duma história clínica (anamnese e exame físico) dirigido ao sistema,
com paciente – 20%.
BIBLIOGRAFIA
• Andreoli, Thomas E. CECIL - Medicina interna básica. 6o ed. Editora Elsevier; 2007.
• Barros, Elvino e Colaboradores. Antimicrobianos: consulta rápida. 4o ed. Editora
ArtMed; 2007.
• Burton, Paul E. G. Microbiologia para as ciências da saúde. 7o ed. Editora Guanabara
Koogan; 2005.
• Farias, Hélvio. Doenças infecciosas e parasitárias. 1o ed. Editora Reinventer; 2002.
• Fauci, K, Hauser, L, Jameson, L. Harrison medicina interna (Harrison’s internal
medicine). 17o ed. Mac Graw Hill; 2008.
• Guyton, Arthur C., Hall, John E. Fisiologia humana (Medical physiology) 11o ed.
Editora W.B. Saunders; 2005.
• Ministério de Saúde de Moçambique (MISAU). Formulário nacional de
medicamentos – ficha técnica. 5o ed. Setembro 2007.
• MISAU-UNICEF-Cooperação Italiana. Diagnóstico Diferencial – para o pessoal
clínico: Guia de uso prático.
• MISAU-UNICEF, Cooperação Italiana. Terapia médica – do posto de saúde ao
hospital de referência: Guia do uso prático.
• Stefani, Stephen D., Barros, Elvino e Colaboradores. Clínica médica – Consulta
rápida. 3o ed. Editora ArtMed; 2008.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 262


2º. Semestre
• West, John. Fisiologia respiratória (Respiratory physiology: The essentials). 8o ed.
Editora Wolters Kluwer; 2008.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 263


2º. Semestre
Disciplina de Procedimentos Clínicos
Semestre: II
CARGA HORÁRIA
Horas por Duração Total
Semana (semanas) de Horas
Aulas Teórico-Práticas 2-4 14 43
Avaliação -- -- 2
Laboratório 2-4 14 35
Avaliação -- -- 4
Discussão de Estágio* 5 1 5
Número Total de Horas da Disciplina 89 horas
* Neste semestre, os estudantes terão 5 semanas (25h/semana) de estágio nas
enfermarias de pacientes internados e ambulatório e 2 semanas de estágio na
maternidade.

PRÉ-REQUISITOS:
• Enfermagem;
• Anatomia e Fisiologia;
• Meios Auxiliares de Diagnósticos;
DOCENTES:
• Médicos de Clínica Geral
• Técnicos de Medicina Geral Especializados em Ensino
• Enfermeiros Gerais Especializados em Ensino

COMPETÊNCIAS A SEREM ADQUIRIDAS ATÉ AO FINAL DA DISCIPLINA


O Técnico de Medicina será capaz de realizar as seguintes tarefas:

30. Avaliar, dar assistência e transportar os sinistrados em situações de emergência.


31. Acalmar e orientar pacientes e as suas famílias numa emergência.
32. Proteger a vítima de traumas adicionais, medir o tempo da crise e tomar medidas de
suporte em caso de convulsões.
33. Avaliar, registar e interpretar os sinais vitais nos adultos, crianças e bebés. Isto inclui:
f. Temperatura axilar, bucal e rectal;
g. Respiração-FR;
h. Pulso-FC;
i. Tensão Arterial-TA;
j. Peso, altura.
34. Facilitar a respiração que inclui:
c. Reconhecer asfixia/sufocação, identificar causas, tomar medidas para remover a
causa e tomar medidas de suporte;
d. Identificar indicações para efectuar ressuscitação de adultos, crianças e bebés,
usando equipamentos disponíveis nos serviços de urgência.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 264


2º. Semestre
35. Avaliar, através do pulso carotídeo e femoral a necessidade de uma massagem
cardíaca.
36. Identificar a causa e gravidade de hemorragias e tomar medidas para o controlo de
hemorragia e do choque hipovolémico (pensos, suturas, hemostases, reposição da
volémia (soros/transfusões), incluindo:
a. Compressão e posição de Trendelemburg;
b. Medidas de prevenção de choque hipovolémico;
c. Tomar medidas específicas para hemorragia nasal e na palma da mão;
37. Identificar casos de hiperpirexia ou arrefecimento corporal e tratar.
38. Distinguir queimaduras do 1º grau, 2ºgrau, 3º grau e oferecer cuidados de socorros
relevantes.
39. Identificar entorses, reduzir inflamação, tratar a dor e imobilizar.
40. Identificar fracturas, tratar a dor, imobilizar e proteger de infecção, no caso de
fracturas expostas.
41. Controlar e, se for necessário, sedar pacientes com agitação psicomotora.
42. Identificar a necessidade de aplicação profiláctica de soros contra tétano e raiva.
43. Identificar e tratar reacções alérgicas (incluindo anafiláticas).
44. Executar os seguintes procedimentos de enfermagem no paciente inconsciente:
f. Tomar medidas para prevenir a obstrução das vias aéreas e infecção pulmonar;
g. Limpar os olhos e a pele (dar banho a um paciente inconsciente);
h. Tomar medidas para o controlo da bexiga e intestinos (incluindo colocação dum
cateter vesical);
i. Alimentar, através da sondagem naso-gástrica e manutenção do soro permanente.
j. Prevenir escaras.
45. Identificar a necessidade, reconhecer as precauções e executar os seguintes
procedimentos:
e. Oxigenoterapia;
f. Fisioterapia Respiratória;
g. Entubação Endotraqueal;
h. Toracocentese.
46. Administrar a terapêutica oral, anal, tópica e parentérica (intravenosa, subcutânea, e
intramuscular) em adultos, crianças e bebés. Isto inclui:
c. Indicações e contra-indicações das vias de administração;
d. Identificar complicações adversas ao tratamento e tomar medidas necessárias.
47. Colher os seguintes especímenes biológicos:
e. Sangue (incluindo para hematozoário);
f. Urina (colheita asséptica);
g. Fezes;
h. Expectoração;
48. Identificar a necessidade e executar as seguintes técnicas de enfermagem (incluindo,
aorganização do material necessário):
e. Sonda naso-gástrica para alimentação ou lavagem gástrica;
f. Algaliação;
g. Aspiração de secreções;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 265


2º. Semestre
h. Clister.
49. Administrar uma transfusão sanguínea. Isto inclui:
d. Identificar as indicações para transfusão de sangue total, concentrado de glóbulos
vermelhos, concentrado de plaquetas e plasma fresco congelado;
e. Seguir as normas de administração de uma transfusão sanguínea;
f. Reconhecer e tomar providências em nos seguintes acidentes transfusionais:
iv. Incompatibilidade;
v. Sobrecarga de volume;
vi. Transfusão de sangue mal conservado.
50. Aplicar as normas e rotinas de biossegurança nos hospitais, incluindo:
f. Técnicas básicas de protecção individual; (lavagem das mãos, luvas, mascaras,
aventais e óculos);
g. Técnicas de manipulação de equipamentos estéreis;
h. Desinfecção e esterilização de equipamentos, usando desinfectantes, autoclaves, e
estufa;
i. Utilização de desinfectantes para utensílios, mobiliário hospitalar e tecidos vivos;
j. Mistura de soluções de desinfectantes nas concentrações certas.
51. Executar pensos e ligaduras para contusões, ferimentos, escaras (úlceras de decúbito) e
queimaduras do 1º, 2º e 3º graus, de acordo com a região e técnica apropriada.
52. Orientar os pacientes de cuidados de luxação/entorse e imobilizações com talas
simples e gessadas.
53. Realizar as seguintes técnicas de diagnóstico/terapêuticas:
k. Punção lombar;
l. Paracentese;
m. Toracocentese;
n. Punção hepática.
o. Exame ginecológico;
p. Aspiração naso-traqueal;
q. Entubação naso-gástrica;
r. Lavagem gástrica ;
s. Algaliação;
t. Tratamento de condilomas.
54. Executar a reanimação cardiorrespiratória, se necessário.
55. Executar as seguintes técnicas e procedimentos nas crianças, quando necessário:
k. Administração de vacinas;
l. Medição do peso, altura, perímetro crâneo e perímetro braquial;
m. Reanimação neonatal (incluindo aspiração);
n. Recolha de urina e cateterização vesical;
o. Entubação com sonda naso-gástrica e colheita de suco gástrico para pesquisa de
BK;
p. Cateterização venosa periférica;
q. Remoção de corpos estranhos do ouvido ou nariz;
r. Punção lombar;
s. Algaliação;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 266


2º. Semestre
t. Realização do teste de Mantoux (tuberculina).
56. Prestar cuidados básicos e essenciais ao recém-nascido, incluindo a reanimação
neonatal.
57. Diagnosticar, tratar e/ou encaminhar as patologias abaixo descritas:
h. Obstrução das vias aéreas superiores (tratar);
i. Corpos estranhos no nariz, ouvido e no olho (tratar e transferir casos
complicados);
j. Escoriações, equimoses e hematomas (tratar);
k. Feridas incisas e contusas (limpas e sujas) (tratar);
l. Queimaduras do primeiro ao terceiro grau (tratar e em casos complicados
transferir);
m. Mordeduras por insectos e animais (venenosos e não venenosos) (tratar casos
simples ou transferir casos complicados);
n. Profilaxia antitetânica.
58. Executar as seguintes técnicas:
h. Sutura de feridas;
i. Drenagem de colecções purulentas;
j. Limpeza cirúrgica;
k. Tamponamento nasal anterior;
l. Cateterismo suprapúbico;
m. Cateterismo venoso subclávio;
n. Punção abdominal.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 267


2º. Semestre
Plano Temático
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Determinação de 1. Descrever os diferentes métodos de avaliação da temperatura: 1
sinais Vitais a. Bucal;
b. Rectal
c. Axilar
d. Timpânica.
2. Descrever os diferentes métodos de avaliação do pulso
a. Pulso radial;
b. Pulso apical.
3. Explicar o método auscultativo de avaliação da tensão arterial.
4. Descrever os diferentes métodos de avaliação da respiração.

Procedimentos Medição de Dados 1. Listar os dados antropométricos mais utilizados. 1


Básicos Antropométricos 2. Descrever os métodos de medição dos seguintes dados antropométricos:
a. Peso;
b. Altura;
c. Índice de massa corporal;
d. Perímetro braquial;
e. Perímetro craniano.

Laboratório 1. Demonstrar os métodos de avaliação do pulso nos colegas. 2


Humanístico 2. Aplicar o método auscultativo de avaliação da tensão arterial nos colegas.
3. Aplicar os métodos correctos de medição de dados antropométricos nos colegas.
4. Calcular o índice de massa corporal a partir dos dados recolhidos.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 268


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Protecção Individual 1. Descrever os métodos mais utilizados de lavagem de mãos: 1
a. Lavagem higiénica;
b. Lavagem asséptica;
c. Lavagem cirúrgica.
2. Descrever o método correcto de calçar luvas.
3. Explicar outras medidas de protecção individual:
a. Máscaras;
b. Aventais;
c. Óculos.

Controle de Manipulação de 1. Descrever as técnicas mais utilizadas de manipulação de equipamentos estéreis. 0.5
Infecções Equipamento Estéril
Desinfecção e 1. Descrever os métodos de desinfecção e esterilização de equipamentos, usando 0.5
Esterilização de desinfectantes, autoclaves e estufas.
Equipamentos 2. Explicar a utilização de desinfectantes para utensílios, mobiliário hospitalar e tecidos
vivos.

Laboratório 1. Demonstrar as técnicas mais utilizadas de manipulação de equipamentos estéreis 2


Humanístico 2. Demonstrar os métodos de desinfecção e esterilização de equipamentos usando
desinfectantes, autoclaves, e estufas
3. Demonstrar a mistura de soluções de desinfectantes nas concentrações certas

Colheita de 1. Listar o material necessário para a colheita. 1


expectoração 2. Descrever as regras para colheita de expectoração.
3. Identificar as opções de colheitas em indivíduos com expectoração escassa.
Colheita de
Colheita de Sangue 1. Descrever as regras de assepsia. 1
Amostras
2. Descrever a anatomia do sistema vascular.
3. Descrever a técnica de cateterização.
4. Listar o material necessário.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 269


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Laboratório 1. Executar a técnica de cateterização venosa. 2
Humanístico 2. Realizar um esfregaço numa lâmina.

Colheita de Urina 1. Listar o material necessário para a colheita. 1


2. Explicar como limpar o períneo antes da colheita
3. Colher o jacto médio urinário.
4. Descrever o procedimento para a colheita de urina de 24 horas.

Colheita de Fezes 1. Listar o material necessário para a colheita. 1


2. Explicar como limpar o períneo antes da colheita.
3. Descrever o método correcto para colher o material para a análise laboratorial.

Uso de Zaragatoas 1. Listar os tipos de amostra que podem ser recolhidas com zaragatoa. 1
2. Descrever o método correcto para colheita de amostras por zaragatoa.

Técnica de Punção- 1. Listar os tipos de amostra que podem ser recolhidas com punção aspirativa, com 1
Aspirativa agulha fina.
2. Listar o material necessário.
3. Descrever o método correcto para colheita de amostras, por punção aspirativa,
com agulha fina.

Punção Lombar 1. Listar as indicações de uma punção lombar. 1


2. Identificar as contra-indicações de uma punção lombar.
3. Descrever a anatomia da coluna vertebral e do sistema nervoso central.
4. Descrever a melhor posição do paciente para a punção lombar.
5. Identificar o local de punção, de acordo com a anatomia.
6. Listar o material necessário para a punção lombar.

Laboratório 1. Demonstrar a técnica de punção aspirativa em manequins. 3


Humanístico 2. Executar a técnica de punção lombar no manequim.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 270


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Testes Rápidos 1. Listar os tipos de testes mais utilizados. 1
2. Listar o material necessário para realizar os seguintes testes:
a. HIV;
b. Malária;
c. Sífilis;
d. TIG.
3. Interpretar os resultados obtidos.

Teste de Mantoux 1. Listar as indicações para a realização do teste de Mantoux. 1


Métodos
2. Descrever a técnica de realização do teste.
Diagnósticos
3. Interpretar os resultados.
4. Listar as diversas condições clínicas que influenciam os resultados do teste.

Laboratório 1. Executar os seguintes testes rápidos: 2


Humanístico a. HIV;
b. Malária;
c. Sífilis;
d. TIG.

Terapêutica Entérica 1. Descrever as técnicas de administração de terapêutica entérica: 1


a. Via oral;
b. Via sublingual;
Administração de c. Via anal;
Terapêutica d. Via nasal;
e. Via óptica;
2. Listar indicações e contra-indicações das diferentes vias de administração.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 271


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Terapêutica 1. Descrever as técnicas de administração de terapêutica parentérica: 1
Parentérica a. Via endovenosa;
b. Via intramuscular;
c. Via intradérmica;
d. Via subcutânea;
2. Listar indicações e contra-indicações das diferentes vias de administração.

Terapêutica Tópica 1. Descrever as técnicas de aplicação da terapêutica tópica: 1


a. Superficial;
b. Transdérmica;
c. Mucosas.
2. Listar indicações e contra-indicações da terapêutica tópica.

Administração de 1. Descrever a técnica de colocação e fixação de um catéter venoso periférico. 1


Soluções de Grande 2. Explicar o método de cálculo do gotejamento na infusão de soros.
Volume
Transfusões 1. Listar as indicações para transfusão, segundo o tipo de hemoderivado. 1
2. Explicar as normas e a técnica correcta de transfusão sanguínea.
3. Fazer o cálculo adequado de volume necessário para a transfusão, de acordo com as
características do doente.

Administração de 1. Explicar o uso do calendário de vacinação do Serviço Nacional de Saúde. 1


Vacinas 2. Descrever as diversas vias de administração de vacinas.

Laboratório 1. Com colegas ou mannequins demonstrar: 2


Humanístico a. As técnicas de administração de terapêutica entérica;
b. As técnicas de administração de terapêutica parentérica;
c. As técnicas de aplicação da terapêutica tópica.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 272


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Hemostásia 1. Descrever as medidas a adoptar perante uma hemorragia externa, incluindo a 1
minimização da perda de sangue:
a. Manobras de compressão;
b. Posição de Trendelenburg.
2. Explicar as medidas de prevenção do choque hipovulémico.
3. Descrever a conduta específica perante uma hemorragia nasal.

Sutura de Feridas 1. Estabelecer as diferenças entre uma ferida incisa e uma ferida contusa. 1
2. Estabelecer as diferenças entre uma ferida limpa e uma ferida suja.
3. Descrever as medidas de tratamento das feridas (incluindo feridas infectadas).
Pele e Sistema 4. Identificar as feridas que necessitam de sutura.
Músculo 5. Descrever as regras de assepsia.
Esquelético 6. Listar o material necessário.
7. Identificar os diversos tipos de fios de sutura.
8. Descrever os procedimentos de controlo da cicatrização das feridas.

Pensos 1. Descrever os diversos tipos de pensos 1


2. Listar o material necessário para executar um penso.
3. Identificar as feridas que necessitam de pensos.

Laboratório 1. Demonstrar a execução de pensos 2


Humanístico 2. Executar suturas de feridas no manequim

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 273


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Ligaduras 1. Diferenciar penso e ligadura 1
2. Listar os diferentes tipos de ligadura, atendendo a:
a. Forma e direcção
b. Finalidade
c. Localização
3. Descrever os procedimentos correctos para a execução de ligaduras, dependendo do tipo
4. Listar as complicações mais frequentes na execução de pensos e explicar o seu manejo

Ãvaliacao 1. Descrever os métodos de avaliação neurovascular para os nervos mais importantes: 1


neurovascular dos a. Nervo peronial
nervos b. Nervo tibial
c. Nervo radial
d. Nervo cubital
e. Nervo mediano

Laboratório 1. Demonstrar a execução de ligaduras 2


Humanístico 2. Realizar a avaliação neurovascular dos nervos estudados

Drenagem de 1. Classificar as infecções cirúrgicas 1


Colecções 2. Listar o material necessário para realizar uma limpeza cirúrgica
Purulentas e 3. Descrever a técnica cirúrgica
Limpeza Cirúrgica a. Abordagem da incisão
b. Descrever como remover o tecido necrótico (se aplicável)
4. Administração de antibioterapia profilática (se necessário, e as suas respectivas
indicações)

Queimaduras 1. Listar as causas de queimaduras 1


2. Identificar os pacientes que necessitam de hidratação
3. Descrever as regras de hidratação nos pacientes queimados, incluindo os
pacientes pediátricos
4. Avaliar as lesões por inalação através da história clínica

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 274


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
5. Descrever os seguintes tratamentos de suporte:
a. Cuidados com a ferida
b. Profilaxia anti-tetánica
c. Tratamento da dor
d. Suporte psicossocial
e. Descompressão gástrica
6. Identificar os pacientes graves que precisam transferência
7. Identificar os pacientes que necessitam de suporte nutricional

Avaliação, 1. Descrever o processo de avaliação da vítima, incluindo os sinais e sintomas cuja 1


Estabilização e verificação é mais importante
Transporte de 2. Listar os sinais vitais e formas de verificação
Pacientes 3. Descrever a posição lateral de segurança
4. Descrever os procedimentos correctos de transporte da vítima
5. Listar as contra-indicações para o transporte de uma vítima

Cateterismo Venoso 1. Identificar as indicações do cateterismo venoso subclávio 1


Primeiros Socorros Subclávio 2. Listar o material necessário para realizar o cateterismo
3. Descrever o método correcto para executar o cateterismo venoso subclávio
4. Listar as possíveis complicações do cateterismo
5. Descrever o método de retirada do cateter

Laboratório 1. Demonstrar o método de execução do cateterismo venoso subclávio no 3


Humanístico manequin
2. Demonstrar o método de retirada do cateter venoso subclávio no manequin

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 275


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Respiração Artificial 1. Descrever os diferentes métodos de respiração artificial: 1
a. Boca-boca
b. Boca-nariz
c. Boca-nariz-boca
d. Boca-máscara
e. Por aparelhos (entubação)

Oxigenoterapia 1. Identificar sinais de falta de oxigénio 1


2. Descrever os métodos de mensuração de oxigénio
3. Listar o material necessário
4. Descrever as diversas técnicas de oxigenoterapia

Laboratório 1. Demonstrar os diferentes métodos de respiração artificial no manequin 3


Humanístico 2. Demonstrar as diferentes técnicas de oxigenoterapia no manequim

Fisioterapia 1. Definir fisioterapia respiratória 1


Respiratória 2. Identificar os pacientes que necessitam de fisioterapia respiratória
3. Descrever a técnica de fisioterapia respiratória

Entubação 1. Definir o conceito de entubação endotraqueal 1


Endotraqueal 2. Descrever a anatomia das vias respiratórias superiores
3. Listar as indicações de uma intubação endotraqueal
4. Listar o material necessário para a entubação
5. Descrever o método correcto de entubação
6. Explicar a prevenção e diagnóstico de complicações

Laboratório 1. Demonstrar a técnica de entubação endotraqueal no manequim 2


Humanístico

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 276


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Aspiração de 1. Listar as indicações de uma aspiração nasotraqueal 1
Secreções 2. Listar o material necessário e as sondas adequadas para a aspiração de acordo
com as características do doente
3. Explicar a colheita de material aspirado para exames laboratoriais

Toracocentese 1. Definir derrame pleural 1


2. Descrever a diferença entre a toracocentese diagnóstica e terapêutica
3. Listar as indicações para uma toracocentese
4. Descrever a anatomia da caixa toráxica
5. Identificar o local da punção de acordo com a anatomia e o exame objectivo
6. Descrever a posição adequada do paciente para a toracocentese
7. Listar o material necessário para realizar a técnica
8. Explicar o manejo das possíveis complicações que podem surgir durante a
toracocentese

Laboratório 1. Executar a aspiração nasotraqueal no manequim 3


Humanístico 2. Executar a técnica de toracocentese nos manequins

Paracentese 1. Definir ascite 1


2. Listar as indicações da paracentese
3. Descrever a diferença entre paracentese diagnóstica e terapêutica
4. Descrever a anatomia da parede abdominal
Sistema Digestivo 5. Identificar os pontos de referência para uma paracentese
6. Descrever a posição adequada do paciente para a paracentese
7. Listar o material necessário para uma paracentese
8. Explicar o manejo das complicações que podem surgir durante uma paracentese

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 277


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Sonda Naso-Gástrica 1. Listar as indicações para uma entubação naso-gástrica 1
2. Listar o material necessário para a entubação
3. Descrever a técnica de entubação naso-gástrica
4. Descrever a técnica de aspiração do suco gástrico

Laboratório 1. Executar a técnica de paracentese nos manequins 2


Humanístico 2. Demonstrar introdução de sonda nasogástrica no manequim

Punção Hepática 1. Identificar os pacientes que necessitam de punção hepática 1


2. Listar as indicações para uma punção hepática
3. Descrever a anatomia do abdómen e do fígado
4. Identificar o local ideal para a punção
5. Listar o material necessário para a punção
6. Listar as indicações para referir o paciente, se necessário

Clister de Limpeza 1. Listar as indicações de um clister de limpeza 1


2. Listar o material necessário para realizar o clister
3. Descrever as técnicas para aplicar um clister de limpeza

Algaliação 1. Listar as indicações para algaliação 1


2. Listar o material necessário
3. Escolher o tamanho da algália com base nas características do paciente
4. Avaliar a diurese

Sistema Génito- Cateterismo 1. Listar as causas de retenção urinária 1


Urinário Suprapúbico 2. Listar as indicações de cateterização supra-púbica
3. Indicar o material necessário para a cateterização supra-púbica
4. Descrever a técnica de punção

Tratamento de 1. Identificar lesões condilomatosas nos genitais 1


Condilomas 2. Descrever o método de aplicação de podofilina

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 278


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Laboratório 1. Demonstrar algaliação no manequim 2
Humanístico 2. Demonstrar cateterização supra-púbica no manequim

Corpos Estranhos 1. Fossas nasais 1


a. Descrever a anatomia das fossas nasais
b. Listar o material necessário
c. Descrever a técnica de identificação e remoção do corpo estranho
d. Listar as indicações de transferência dos casos complicados
2. Ouvidos
a. Descrever a anatomia do canal auditivo
b. Listar o material necessário
c. Descrever a técnica de identificação e remoção do corpo estranho
d. Listar as indicações de transferência dos casos complicados
3. Olhos
Olhos, Nariz e a. Descrever a anatomia do olho
Ouvidos b. Listar o material necessário
c. Descrever a técnica de identificação e remoção do corpo estranho
d. Listar as indicações de transferência
Tamponamento 1. Descrever a anatomia do tracto respiratório superior 1
Nasal Anterior 2. Listar o material necessário, incluindo os fármacos utilizados
3. Descrever o procedimento correcto para executar o tamponamento
4. Estabelecer um plano de seguimento ou de transferência se necessário

Laboratório 1. Demonstrar a remoção de corpos estranhos do nariz e dos ouvidos nos 3


Humanístico manequins
2. Demonstrar o tamponamento nasal anterior

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 279


2º. Semestre
ESTÁGIO
Local do Estágio:
• Bancos de Socorro
• Salas de pensos e pequena cirurgia
• Enfermarias de medicina e cirurgia
Duração: 5 semanas
Supervisores:
• Médicos de Clínica Geral
• Técnicos de Medicina especializados em ensino
• Tecnicos de cirurgia
• Enfermeiros de nível superior
Técnicas a Demonstrar:
• Métodos de avaliação do pulso
• Método auscultativo de avaliação da tensão arterial
• Métodos de medição de dados antropométricos
• Cálculo do índice de massa corporal
• Mistura de soluções de desinfectantes
• Cateterização venosa
• Esfregaço em lâmina
• Punção aspirativa
• Punção lombar
• Testes rápidos
• Sutura de feridas
• Execução de pensos
• Execução de ligaduras
• Avaliação neurovascular
• Limpeza cirúrgica com drenagem de pus
• Massagem cardíaca
• Cateterismo venoso subclávio (colocação e retirada)
• Respiração artificial
• Oxigenoterapia
• Entubação endotraqueal
• Aspiração nasotraqueal
• Toracocentese
• Paracentese
• Introdução de sonda nasogástrica
• Punção hepatica
• Drenagem percutânea
• Algaliação
• Cateterização supra-púbica
• Remoção de corpos estranhos de nariz e ouvidos

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 280


2º. Semestre
Seminários de Discussão do Estágio:
• Apresentação de 1 caso observado durante o estágio a partir da lista de técnicas
listadas acimas

AVALIAÇÃO
Avaliação Teórica
• 1 teste escrito parcial , com peso de 20%
• Exame escrito final, com peso de 30%

Avaliação Prática
• Demonstração das técnicas acima mencionadas (pelo menos 6 delas), com peso de 5% cada
técnica (peso total de 30%)

Avaliação do Estágio
• Demonstração de 2 técnicas executadas no estágio, cada um com peso de 10% (peso total de
20%)

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 281


2º. Semestre
Disciplina de Deontologia e Ética Profissional II
Semestre: II
CARGA HORÁRIA
Horas por Duração Total
Semana (semanas) de Horas
Aulas Teórico-Práticas 2 14 26
Avaliação -- -- 2
Laboratório -- -- --
Discussão de Estágio* -- -- --
Número Total de Horas da Disciplina 28 horas
* Neste semestre, os estudantes terão 5 semanas (25h/semana) de estágio nas
enfermarias de pacientes internados e ambulatório e 2 semanas de estágio na
maternidade.

PRÉ-REQUISITOS:
• Introdução às Ciências Médicas.
• Ética e Profissionalismo I
DOCENTES:
• Médicos e Profissionais com experiência no ensino da Ética Profissional.
• Psicólogos clínicos com experiência no apoio psicossocial
• Técnicos de Medicina e enfermeiros com grande experiência profissional e de comprovada
conduta exemplar.

COMPETÊNCIAS A SEREM ADQUIRIDAS ATÉ O FINAL DA DISCIPLINA:


O Técnico de Medicina será capaz de realizar as seguintes tarefas:

10. Reconhecer os diversos tipos de erro médico e as formas práticas de os evitar, como os
ocorridos por:
a. Imperícia (decorrente da falta de observação das normas técnicas, por não preparação prática
ou por insuficiência de conhecimentos)
b. Imprudência (decorrente do assumir riscos para o paciente sem razão científica para seu
procedimento).
c. Negligência (decorrente do desleixo na acção médica por falta de uma estreita relação
médico-paciente-familia).
11. Manter a confidencialidade e o segredo profissional em todos os aspectos da sua prática
clínica e vida particular, seguindo os seguintes princípios:
a. Manutenção de confidencialidade de toda a informação pessoal, médica e terapêutica
b. Revelação quando é eticamente ou legalmente aconselhada
c. Revelação com consentimento e para o benefício do paciente
d. Revelação somente da informação essencial
12. Pedir o consentimento informado livre e esclarecido aos pacientes para as intervenções
clínicas, utilizando uma linguagem clara, após se ter assegurado que o paciente está
competente.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 282


2º. Semestre
13. Pugnar pelos direitos dos Técnicos de Medicina e cumprir com convicção os seus deveres
de boa conduta, responsabilidade, respeito pela integridade da pessoa, honestidade e
autenticidade.
14. Desempenhar as suas funções com alto profissionalismo e competência, comportando-se
de acordo com as Leis e Normas em vigor na República de Moçambique para o exercício
do acto médico.
15. Fazer a prescrição clínica, passar atestados e proceder transferências de pacientes, no
âmbito de acção dos Técnicos de Medicina, tendo em conta os princípios e normas éticas.
16. Desenvolver a prática profissional de inflexível combate à dor, aplicando os códigos dos
Cuidados Paliativos para os casos terminais de aliviar, assistir, evitar o ressentimento e
acompanhar o moribundo.
17. Tomar decisões éticas orientadas pelas leis Moçambicanas e regulamentos do Ministério
da Saúde nos conflitos e dilemas profissionais, nomeadamente do aborto e da eutanásia.
18. Realizar recolha de dados de saúde seguindo os princípios da bioética para respeito da
pessoa e seu ambiente.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 283


2º. Semestre
Plano Temático
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Erro Médico 1. Descrever o que é um erro médico 4
2. Enumerar os diversos tipos de erro médico e a sua implicação para um Técnico de
Medicina
3. Descrever as formas práticas de evitar os diversos tipos de erro médico
4. Reconhecer o que fazer em caso de erro médico
Exercício da
Segredo 1. Definir confidencialidade e segredo profissional. 4
Prática Profissional
Profissional e 2. Identificar os argumentos que determinam e condicionam a confidencialidade e segredo
Confidencialidade profissional.
3. Listar as razões que determinam, eticamente, a quebra do segredo profissional.
4. Aplicar os conceitos de confidencialidade e segredo profissional em todos os aspectos da
prática clínica e vida particular, salvo quando não aconselhado eticamente.

Leis e Normas em 1. Descrever as funções do Técnico de Medicina. 4


Vigor em 2. Descrever e interpretar as Leis e Normas em vigor na República de Moçambique para o
Moçambique exercício do acto médico.
3. Traduzir a prática profissional, comportando-se com alto profissionalismo e competência
de acordo com as Leis e Normas em vigor na República de Moçambique para o exercício
do acto médico.

Comportamento com Prescrição Médica 1. Descrever, sob o ponto de vista ético, as normas sobre prescrição clínica, atestados e 2
Alto Profissionalismo e Atestados transferências de pacientes.
e Competência 2. Produzir a prescrição clínica, atestados e transferências de pacientes, tendo em conta não
só as normas técnicas para o efeito, mas também os princípios e as normas éticas
relacionadas.

Dilemas 1. Listar conflitos e dilemas profissionais presentes na carreira do Técnico de Medicina 4


Profissionais 2. Definir aborto e eutanásia
3. Analisar a eutanásia e o aborto à luz da legislação em vigor em Moçambique

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 284


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
4. Descrever as causas das controvérsias existentes em redor da eutanásia e do aborto
5. Identificar os conflitos e dilemas profissionais quanto à eutanásia e ao aborto
6. Descrever situações em que o Técnico poderá enfrentar estes dilemas

Componentes e 1. Definir o conceito de consentimento informado livre e esclarecido 3


Processo de 2. Analisar a argumentação para a prática do consentimento informado livre e esclarecido
Obtenção do 3. Identificar as situações em que é necessário o consentimento informado do paciente
Consentimento 4. Descrever como proceder em casos em que o paciente não é capaz de dar um
Consentimento Informado consentimento informado
Informado 5. Utilizar a prática do consentimento informado livre e esclarecido, usando uma linguagem
clara, após se ter assegurado que o paciente está competente
6. Descrever debater e encontrar soloções às dilemas profissionais na obtenção de
consentimento informado

Cuidados Paliativos 1. Descrever dor e interpretá-la na sua dimensão sociocultural 3


2. Definir o que é um paciente em estado terminal
3. Definir cuidados paliativos
4. Identificar o apoio necessário ao paciente e sua família em casos terminais
A Dor e os Casos 5. Desenvolver estratégias para communicção e apoio em casos terminais
Terminais 6. Interpretar os códigos de cuidados paliativos de aliviar, assistir, evitar o ressentimento e
acompanhar o moribundo

Disseminação de 1. Listar as normas éticas que regem a disseminação de dados relativos a seres humanos, 1
Dados seguindo os princípios da bioética
Ética na 2. Descrever as razões pelas quais a disseminação de dados pode ser problemática
Disseminação de 3. Reconhecer, numa disseminação de dados, a aplicação dos princípios da bioética com o
Dados de Saúde respeito da pessoa e seu ambiente
4. Identificar como prevenir a disseminação de dados

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 285


2º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Juramento de Juramento de 1. Listar e interpretar as cláusulas do juramento do Técnico de Medicina 1
Hipocrates Hipocrates

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 286


2º. Semestre
AVALIAÇÃO
Avaliação Teórica
• Parcial - Frequência, com um peso de 10%
• Exame escrito final, com um peso de 30%.
• 3 Apresentações escrita da análise de dilemas éticos discutidos em grupo, com um peso total
de 60%
BIBLIOGRAFIA
• Amnistia Internacional. Código de ética e declaração relacionada à profissão de saúde
(Ethical codes and declaration relevant to the health professions). London: 2000.
• Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Coordenação de Rosentthal, Caio).
AIDS e ética médica. São Paulo, Brasil: 2001.
• Cunha, Djason B. Biodireito: O novo direito face à bioética. Revista da Esmape, 2001; 6 (13).
• Esperança Pina, JA. A responsabilidade dos médicos. Lisbon: LIDEL,
EdiçõesTécnicas, Lda; 1998.
• Filho, C de B. Ética na comunicação - da informação ao receptor. São Paulo: Editora
Moderna; 1995.
• Gallian, Dante Marcello. A (re) humanização da medicina. São Paulo: Universidade Federal
de São Paulo, Brasil; 2000.
• Goldim, José Roberto. Ética moral e direito. Rio Grande do Sul: Universidade Federal do Rio
Grande do Sul, Brasil; 2000.
• Kosovski, Ester. Ética na comunicação. Rio de Janieor: MAUAD; 1995.
• Kottow, Miguel H. Introdução à bioética. Chile: Editorial Universitaria, Santiago de Chile;
1995.
• Littlejohn, S.M. Fundamentos teóricos da comunicação humana. Rio de Janeiro: Guanabara;
1988.
• Lopez, Mário. Fundamentos da clínica médica, a relação paciente – médico. Rio de Janeiro:
Editora Médica e Científica Lda; 1997.
• Pitta, AM. Saúde e comunicação: visibilidade e silêncios. São Paulo: Hucitec Abrasco; 1995
• Segre, Marco, Cohen, Claudio. Bioética. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo,
Brasil; 2002
• Serrão, Daniel, Nunes, Rui. Ética em cuidados de saúde. Porto (Portugal): Porto Editora;
1998.
• Schwalbach, João. A ética e a deontologia médica. Associação Médica de Moçambique,
2001; 1(1).
• Schwalbach, João. A eutanásia. Revista dos Estudantes da Universidade de Lourenço
Marques, 1970; 1(1)
• Schwalbach, João. Saúde e medicina: o eu e o outro. Maputo (Moçambique): Livraria
Universitária, Universidade Eduardo Mondlane; 1998.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 287


2º. Semestre
3º. Semestre

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 288


3º. Semestre
Disciplina de Gestão e Administração I
Semestre: III
CARGA HORÁRIA
Horas por Duração Total
Semana (semanas) de Horas
Aulas Teórico-Práticas 35, 4 1, 3 45
Avaliação -- -- 2
Laboratório -- -- --
Discussão de Estágio* -- -- --
Número Total de Horas da Disciplina 47 horas
* Neste semestre, os estudantes terão 5 semanas (25h/s) de estágio nas enfermarias de
pacientes internados e ambulatório, e 3 semanas de estágio centrado no HIV.

PRÉ-REQUISITOS:
• Seminário Preparatório;
• Saúde da Comunidade;
• Ética e Profissionalismo I e II.
DOCENTES:
• Técnicos de Medicina com um mínimo de 5 anos de experiência como directores de uma
Unidade Sanitária (US);
• Técnicos Médios de Administração Hospitalar;
• Técnicos Superiores de Administração.

COMPETÊNCIAS A SEREM ADQUIRIDAS ATÉ AO FINAL DA DISCIPLINA:


O Técnico de Medicina será capaz de realizar as seguintes tarefas:

10. Tramitar expedientes e correspondências, incluindo:


a. Organizar um sistema de registo e arquivo de correspondência;
b. Seguir a hierarquia de autorizações nas seguintes unidades sanitárias (CS tipo II, Hospital
Rural, DDS, DPS).
11. Funcionar dentro das normas, estruturas, e hierarquias da sua unidade sanitária e do sistema
nacional de saúde incluindo:
a. Tomar decisões dentro da sua competência;
b. Solicitar aprovações/autorizações aos níveis de correctos de hierarquia;
c. Encaminhar informações aos níveis e departamentos correctos;
d. Encaminhar correspondências e transmitir diversas informações aos quadros indicados;
e. Transferir pacientes aos níveis de referência, de acordo com a patologia suspeita.
12. Planificar, organizar, coordenar, supervisionar e monitorar actividades e serviços para
maximizar o desempenho, a eficiência e a eficácia:
g. Orientar a equipa de planificação acerca do processo de planificação;
h. Preparar e implementar um diagnóstico de necessidades;
i. Avaliar forças e fraquezas institucionais;
j. Elaborar um plano anual;
k. Controlar o desempenho do plano, na base de actividades e indicadores do desempenho;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 289


3º. Semestre
l. Redigir relatórios sobre as actividades realizadas e as metas alcançadas.
13. Administrar recursos humanos, incluindo:
a. Divulgar, supervisionar e controlar o cumprimento dos deveres e direitos dos
trabalhadores, conforme o REGFAE (Regulamento do Estatuto Geral dos
Funcionários e Agentes do Estado);
b. Instruir procedimentos disciplinares;
c. Divulgar a hierarquia técnica/profissional;
d. Orientar os novos funcionários nas rotinas básicas da US;
e. Controlar a assiduidade conforme a lei do trabalho;
f. Organizar e elaborar as diversas escalas de trabalho, de forma garantir um pleno
funcionamento da US;
g. Resolver de forma harmoniosa os conflitos entre colegas ou entre pacientes e
funcionários (usando estilo de liderança apropriado ao contexto);
h. Elaborar planos de licença disciplinar e controlo de efectividade;
i. Controlar as ausências por diversas causas;
j. Gerir queixas da comunidade e de pacientes/familiares em relação aos serviços;
k. Motivar e fornecer suporte (moral e outro) aos colegas do serviço;
l. Fazer a supervisão técnica dos seus subordinados;
m. Elaborar propostas de colocação e movimentação de pessoal, de acordo com as
exigências dos serviços;
n. Elaborar os planos de formação continua dos seus subordinados;
o. Elaborar propostas de progressão dos seus subordinados;
p. Participar em consultas comunitárias e nos planos de melhoramento de serviços;
q. Executar várias técnicas de resolução de conflitos entre a comunidade e a US, de
forma a que todos os intervenientes sejam escutados e que as soluções sejam
imparciais.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 290


3º. Semestre
Plano Temático
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Conceitos de Gestão 1. Descrever o conceito de “administração”. 1
e Administração 2. Descrever o papel da administração no SNS.
3. Explicar as diferenças entre administração e gestão.
4. Descrever o papel da gestão no SNS.
Introdução aos
5. Explicar e diferenciar gestão e liderança.
Temas de
6. Descrever os vários tipos de gestão (financeira, RH, de material).
Administração e
7. Explicar a importância da formação em gestão para os Técnicos de Medicina.
Gestão
8. Listar e descrever as habilidades fundamentais de gestão.
9. Definir organigrama, estrutura hierárquica, normas e fluxograma de gestão e
administração.

Estrutura Nacional 1. Descrever o organigrama do MISAU. 1


2. Descrever em linhas gerais o papel das estruturas nacionais, provinciais e
distritais, dentro do sistema de saúde.
3. Distinguir em linhas gerais as funções principais do nível nacional, provincial
distrital e da US.

Estrutura Provincial 1. Descrever a estrutura do DPS. 1


2. Descrever as principais funções dos departamentos, repartições e secções da
A Estrutura
DPS.
Hierárquica do
3. Descrever em detalhe a estrutura de funcionamento da Repartição de Saúde (do
Sistema de Saúde
Médico Chefe).
Nacional
4. Descrever o Organigrama da Repartição de Saúde.

Estrutura ao Nível 1. Descrever a estrutura da Direcção Distrital de Saúde. 2


Distrital 2. Descrever as principais funções da Direcção Distrital de Saúde.
3. Descrever a estrutura de funcionamento da DDS .
4. Interpretar o organigrama dos serviços de saúde ao nível distrital.
5. Descrever o papel do Director Distrital de Saúde, do Director Clínico, do
Enfermeiro Chefe, do Responsável para a Saúde Comunitária, do Chefe Distrital

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 291


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
da Farmácia, do Responsável do PAV, da Responsável de SMI e dos
responsáveis clínicos das várias Unidades Sanitárias no distrito.
6. Listar as tarefas que o Director Distrital de Saúde deve desempenhar, de acordo
com o organigrama.
7. Listar as tarefas que o Director Clínico deve desempenhar, de acordo com o
organigrama.
8. Listar as tarefas que o Responsável das US deve desempenhar, de acordo com o
organigrama.

Estrutura ao Nível da 1. Descrever a estrutura do Centro de Saúde tipo 1 (CS1), CS2, Hospital Rural, 2
Unidade Sanitária Hospital provincial (ênfase no CS1 e CS2).
2. Descrever o organigrama do CS1, CS2, Hospital Rural, e Hospital Provincial.
3. Descrever os serviços principais do CS1, CS2, HR, e HP.
4. Descrever os cargos e as responsabilidades principais de todos os níveis do CS1
e CS2.
5. Para os cargos mencionados abaixo:
a. Descrever os cargos e as responsabilidades principais.
b. Descrever os níveis de decisão dos líderes e gestores dos CS1, CS2, (HR,
HP).
c. Explicar a hierarquia de autorizações no CS1 CS2, DDS, DPS, HR, e HP.
6. Lista de cargos:
a. Director do Hospital;
b. Director Clínico;
c. Administrador do Hospital;
d. Chefe de Secretaria;
e. Efermeiro Chefe;
f. Enfermeira Responsável do SMI;
g. Responsável da Saúde da Comunidade;
h. Responsável dos Serviços de Farmácia;
i. Responsável dos Serviços de Laboratório.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 292


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Normas de 1. Identificar o fluxograma de informações/comunicações entre as US/DDS e o 1
Funcionamento das DPS (detalhar para diferentes tipos de informações).
Estruturas 2. Descrever os horários de funcionamento dos seguintes serviços da US:
Províncias, Distritais a. Laboratório;
e das várias US b. Consultas Externas;
c. Serviços de urgência.

Correspondência e 1. Elaborar uma carta formal no estilo do SNS. 1


Comunicação Escrita 2. Preencher um registo de correspondência.
3. Explicar como organizar um arquivo de correspondência.
4. Elaborar correspondências profissionais para profissionais de saúde dos vários
níveis: ofícios, convocatória, avisos e cartas.

Planificação das 1. Identificar as actividades críticas ao nível das quatro US. 2


Actividades e dos 2. Descrever os membros das equipas intervenientes das actividades principais das
Serviços ao Nível da quatro US.
US 3. Descrever as etapas de planificação das actividades em geral e em cada tipo de
actividade especifica.
4. Descrever os tipos de planos que devem ser elaborados ao nível do distrito e ao
Planificação,
nível da US incluindo:
Organização,
a. Planos anuais;
Coordenação
b. Planos semestrais;
Supervisão e
c. Planos de acção trimestrais;
Monitoria de
d. Planos de trabalho semanais;
Actividades e
e. Horários de serviços .
Serviços
Diagnóstico de 1. Explicar o objectivo de um diagnóstico de necessidades e identificar o momento 2
Necessidades exacto para a sua elaboração.
2. Listar os passos de um diagnóstico de necessidades.
3. Descrever as seguintes técnicas para diagnóstico de necessidades:
a. Analise de forças e fraquezas institucionais.
4. Elaborar um protocolo para um diagnóstico de necessidades.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 293


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Elaboração de 1. Descrever um plano anual, listando e explicando os vários componentes do 2
Planos Anuais mesmo.
2. Elaborar objectivos gerais e específicos (MARTES).
3. Elaborar actividades que concorrem para o alcance dos objectivos do plano
anual.
4. Definir indicadores de desempenho para as actividades e para os objectivos
definidos.
5. Avaliar se as actividades concorrem ou não para os objectivos do plano anual .
6. Atribuir responsabilidades para os membros de uma equipa.
7. Elaborar um cronograma viável de implementação do plano anual.
8. Explicar os riscos de elaboração de planos excessivamente ambiciosos.
9. Interpretar um cronograma e avaliar a viabilidade (incluindo identificar a
precedência de actividades, sequência lógica, sobreposição de tarefas etc...).

Monitoria de 1. Explicar o objectivo da monitoria dos planos anuais. 3


Desempenho dos 2. Explicar e descrever os passos para monitoria sistemática dos planos. incluindo:
Planos Anuais a. Colheita de informação;
b. Análise de informação;
c. Seguimento das acções implementadas;
d. Implementação de acções correctivas.
3. Elaborar relatórios de desempenho.

Planos de Acção 1. Descrever o conteúdo de um plano de acção trimestral e o seu relacionamento 2


Semestrais e com o plano anual.
Trimestrais 2. Descrever os passos (incluindo consultas com a equipa) para a elaboração de um
plano de acção semestral/trimestral.
3. Elaborar um plano de acção semestral / trimestral.

Planos de Trabalho 1. Explicar a diferencia entre um plano de trabalho e um horário de serviço. 2


Semanais e Horários 2. Explicar o objectivo e a utilidade do horário de serviço.
de Serviços 3. Explicar as considerações chave para orientar a elaboração do horário de

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 294


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
serviço.
4. Elaborar o horário de um determinado serviço.

Introdução à Gestão 1. Definir a gestão e administração de recursos humanos; 0.5


de Recursos 2. Explicar o objectivo de gestão de recursos humanos;
Humanos 3. Explicar a interligação da administração e gestão de recursos humanos;

Estatuto Geral do 1. Listar os principais deveres, direitos e regalias do funcionário público. 9


Funcionamento do 2. Listar e explicar as principais normas éticas e deontológicas para o funcionário
Estado público.
3. Explicar a responsabilidade disciplinar e os passos principais de um processo
disciplinar.
4. Preencher correctamente os formulários do processo disciplinar.
5. Explicar os processos e as normas para deslocações e transferências.
6. Preencher correctamente os formulários ou cartas para deslocações e
Gestão e transferências.
Administração de 7. Explicar o regulamento de avaliação.
Recursos Humanos 8. Explicar os processos e as normas para obtenção de licenças (licença médica,
óbito, ferias, licença registada etc...).
9. Preencher correctamente a folha de avaliação (Folha de Classificação anual do
pessoal com função de direção e chefia (PP209, REGFAE ).
10. Explicar as responsabilidades do dirigente na formação.
11. Elaborar um plano de formação de curto e médio prazo.
12. Utilizar o “Estatuto Geral dos Funcionários do Estado” como fonte de referência
para solucionar os problemas dos funcionários.
Processos 1. Listar o conteúdo de um processo individual. 2
Individuais, Escalas 2. Preencher o formulário do processo individual.
e Calendários 3. Elaborar uma escala de trabalho.
4. Elaborar um calendário de férias.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 295


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
A Equipa do Centro 1. Identificar a equipa típica de um CS tipo 1 e tipo 2. 1
de Saúde 2. Descrever a hierarquia de supervisão da equipa.
3. Descrever o papel e as tarefas principais das categorias chave, incluindo Director
do Centro, Director clínico, Enfermeiro chefe, Responsável da Medicina
Preventiva, Responsável da SMI, Responsável da Administração, Responsável
da Farmácia e Responsável do Laboratório.

Introdução a 1. Definir as principais responsabilidades do líder e dos membros de uma equipa. 1


Líderança 2. Descrever o papel de um líder de uma equipa de saúde incluindo:
a. Guiar e apoiar a equipa;
b. Cuidar de pacientes e trabalhar com membros da comunidade;
c. Garantir o material e equipamento para o trabalho;
d. Ajudar a equipa a alcançar os seus objectivos;
e. Fazer com que as equipas assumam responsabilidades na execução das
actividades, de acordo com os objectivos traçados.
Gestão de Recursos
3. Listar e definir os seguintes estilos de liderança comuns: autocrática, anárquica
Humanos na US
(“deixa-andar”) e participativa (democrática).
4. Listar as condições/circunstâncias em que liderança participativa é mais
apropriada e circunstâncias em que liderança autocrática é mais apropriada, e os
vantagens / riscos de cada estilo.
5. Listar as habilidades essenciais para liderar uma equipa de saúde.

Comunicação com 1. Descrever os aspectos da comunicação eficazes para uma equipa de trabalho e os 1
Membros da Equipa resultados/riscos de um comunicação inadequada.
2. Listar os impedimentos comuns para uma comunicação eficaz e sugerir técnicas
ou dicas para ultrapassar os mesmos.
3. Listar e explicar dicas/sugestões para comunicação eficaz.
4. Listar, explicar e demonstrar as seguintes técnicas para comunicação eficaz:
a. Manter simplicidade e clareza nas suas mensagens e conversas (incluindo o
uso de palavras simples, em vez de palavras complexas);
b. Colher ideias, comentários e sugestões dos membros da equipa;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 296


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
c. Ser consciente da disposição e atitudes de membros da equipa que podem
influenciar a comunicação;
d. Explicar claramente as tarefas e as responsabilidades dos membros do
grupo;
e. Fazer perguntas para confirmar o entendimento.
5. Definir, explicar e demonstrar a escuta activa, incluindo:
a. Aplicar os dois momentos importantes para a resolução e decisão de
assuntos profissionais (envolvimento existencial e distanciamento
reflexivo);
b. Fazer perguntas e parafrasear para clarificar a compreensão;
c. Evitar distracções;
d. Considerar as características do comunicador para facilitar compreenção;
e. Usar “comunicação não verbal” apropriada.

Reuniões e 1. Listar as vários funções de reuniões, incluindo : 1


Encontros a. Comunicação de informação;
b. Troca de ideias;
c. Tomada de decisões.
2. Listar e explicar os passos de preparação de uma reunião, incluindo determinar:
a. Função da reunião;
b. Motivo da reunião;
c. Tipo de encontro;
d. Duração da reunião;
e. Local da reunião;
f. Quem vai convocar e organizar;
g. Como e quem será responsável para informar os participantes.
3. Explicar o propósito e a importância dos seguintes aspectos de conduzir uma
reunião:
a. Facilitação;
b. Elaboraração da acta;
c. Controlo do tempo.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 297


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
4. Listar e demonstrar algumas técnicas de facilitação.
5. Explicar o que deve constar numa acta de reunião.
6. Elaborar uma acta de uma reunião.

Motivação e Apoio 1. Definir motivação e explicar a sua importância no bom funcionamento de uma 1
aos Membros da equipa.
Equipa 2. Descrever o papel do líder em motivar e apoiar a sua equipa.
3. Listar e descrever maneiras de motivar uma equipa, dando exemplos de técnicas
que podem ser utilizadas.

Disciplinar Membros 1. Explicar o propósito de disciplinar membros de uma equipa. 1.5


da Equipa 2. Distinguir entre disciplinar (corrigir) e punir.
3. Comparar as formalidades do processo disciplinar legal e as considerações
principais da disciplina eficaz.
4. Explicar a importância de documentar oficialmente todas as intervenções
disciplinares e o risco de não documentá-las.
5. Listar e explicar orientações para guiar/orientar a disciplina.
6. Resumir todos os passos do processo disciplinar, orientado pelo REGFAE e
explicar os intervalos em que devem ser executados.

Formar/Capacitar 1. Descrever o propósito da formação contínua para funcionários de saúde. 1.5


Membros da Equipa 2. Explicar o papel do Director Clínico ou Director da Unidade Sanitária no âmbito
da capacitação/formação dos membros da sua equipa.
3. Listar e diferenciar os objectivos de capacitação, incluindo reciclagem,
actualização e aquisição de novas habilidades.
4. Listar as várias maneiras de formar/capacitar colegas e descrever o papel do
supervisor em cada um deles.
5. Listar as considerações principais na escolha de participantes para capacitação.
6. Listar e descrever os passos para ensinar uma habilidade ou um conhecimento a
um colega:
a. Explicar o que será ensinado e porque é importante;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 298


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
b. Explicar a técnica e para que serve, quando utilizá-la e os passos para a sua
execução;
c. Demonstrar a técnica necessária;
d. Observar o colega na demonstração;
e. Dar retorno apropriado;
f. Dar oportunidade para o aperfeiçoamento da técnica.

Resolver Conflitos e 1. Definir debate e discussão profissional e a sua importância no processo de 1.5
Problemas na Equipa gestão e administração.
2. Explicar a diferença entre debate e conflito.
3. Listar as causas mais comuns de conflitos e sugerir maneiras para os prevenir
4. Explicar o papel do supervisor na resolução de conflitos.
5. Explicar o papel do supervisor em resolver conflitos e efectuar reconciliação
atempadamente.
6. Descrever os passos e demonstrar uma estratégia para resolução de conflitos
incluindo:
a. Entrevistar os protagonistas e outros observadores individualmente;
b. Fazer todo esforço de apurar a verdade;
c. Interrogar cada um dos protagonistas e colher sugestões para a resolução
do conflito bem como para prontidão da reconciliação;
d. Determinar a solução apropriada;

Controle e Monitoria 1. Definir a monitoria de trabalho e explicar os objectivos da mesma, incluindo: 1


do Trabalho a. Manter o volume de trabalho e o padrão/qualidade esperados;
(supervisão) b. Avaliar o desempenho de membros da equipa;
c. Identificar as causas de deficiências no trabalho;
d. Ajudar a resolver problemas particulares dos membros da equipa;
e. Resolver conflitos.
2. Listar e descrever métodos e ferramentas de supervisão de trabalho nas seguintes
áreas:
a. Orientação/instrução;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 299


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
b. Utilização de “work schedules”, planos e horários de trabalho;
c. Visitas de supervisão.
3. Explicar o objectivo principal da avaliação de desempenho de trabalhadores.
4. Descrever as vantagens de avaliação contínua.
5. Descrever os componentes chave de uma avaliação incluindo discussão de:
a. Metas alcançadas e tarefas executadas;
b. Sucessos e fracassos;
c. Forças e fraquezas.
6. Explicar os princípios da retro-informação/crítica construtiva.
7. Identificar as causas comuns de fraco desempenho e medidas que o supervisor
pode tomar para resolver os mesmos:
a. Falta de habilidade/formação do trabalhador;
b. Recursos insuficientes;
c. Falta de orientação clara;
d. Falta de motivação;
e. Má coordenação entre os membros da equipa.

Delegação de 1. Explicar a diferença entre autoridade e responsabilidade e a importância de ter 1


Autoridade e autoridade adequada e assumir responsabilidades.
Responsabilidade 2. Definir delegação de autoridade e responsabilidade.
3. Listar as vantagens e desvantagens de delegação.
4. Listar os passos precisos para delegar eficazmente:
a. Ser claro acerca das tarefas/responsabilidades específicas;
b. Seleccionar pessoas com as habilidades e a capacidade de implementação
do trabalho;
c. Explicar aos outros membros da equipa sobre as razões para a delegação;
d. Não interferir no trabalho e ser responsavel pelos erros cometidos;
e. Apoiar a pessoa quando for preciso e dar seguimento ao trabalho.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 300


3º. Semestre
AVALIAÇÃO
Avaliação Teórica
• Parcial: 1 Exame sobre a hierarquia do SNS e planificação, com um peso de 15%;
• Final: 1 Exame, com um peso de 25%.

Avaliação Prática
• Exercícios sobre diversos assuntos (incluindo a elaboração de processo individual, carta
formal, e elaboração dum plano de necessidades), com um peso de 40%;
• Relatório da pesquisa sobre desafios da gestão de recursos humanos encontrados nos
Unidades Sanitárias do âmbito de competência, com um peso de 20%

BIBLIOGRAFIA
• Chiavenato I. Introdução à teoria geral de administração.
• Governo da Republica de Moçambique. Regulamento do estatuto geral dos funcionários e
agentes do estado (REGFAE). 1o ed. Ministério da Função Pública, Imprensa Nacional de
Moçambique.
• Ministério de Saúde (MISAU), Direcção Nacional de Recursos Humanos, Departamento de
Formação. Guião para o gestor distrital de saúde, 2003.
• MEDEX Primary Health Care Series. Trabalhando com a equipa de saúde (Working with the
health team). Honolulu: University of Hawaii; 1983.
• MEDEX currículo. Certificado do associado de ciência (Associate of science degree).
Cooperativa de Guayana: Ministério de Saúde, Departamento de Educação das Ciências da
Saúde. República; 2008.
• McMahon R. Barton E. Piot M. Sendo um líder: um guia para a gestão no cuidado primário
(On being in charge: a guide to management in primary health care). Geneva: Organização
Mundial de Saúde; 1992.
• Scuccato, R., Leopoldo da Costa, J, Mendes L. Guião para supervisão de Centros De Saúde:
Manual de utilização. MISAU - Direcção dos Recursos Humanos – Departamento de
Formação; 1997.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 301


3º. Semestre
Disciplina de Neurologia
Semestre: III
CARGA HORÁRIA
Horas por Duração Total
Semana (semanas) de Horas
Aulas Teórico-Práticas 28 1 28
Avaliação -- -- 2
Laboratório 3 1 3
Avaliação -- -- 2
Discussão de Estágio* 5 1 5

Número Total de Horas da Disciplina 40 Horas


* Neste semestre, os estudantes terão 5 semanas (25h/s) de estágio nas enfermarias de
pacientes internados e ambulatório, e 3 semanas de estágio centrado no HIV.

PRÉ-REQUISITOS:
• Anatomia e Fisiologia:
• Introdução às Ciências Médicas:
• Semiologia 1 e 2 (Exame Físico e Anamnese):
• Introdução a Meios Auxiliares de Diagnóstico:
• Deontologia e Ética Profissional;
• Procedimentos clínicos.

DOCENTES:
• Médicos da Clínica Geral com experiência;
• Técnicos de Medicina Especializados em Ensino com experiência clínica.

COMPETÊNCIAS A SEREM ADQUIRIDAS ATÉ O FINAL DA DISCIPLINA:

O Técnico de Medicina será capaz de realizar as seguintes tarefas:

1. Diagnosticar e tratar as patologias abaixo indicadas com atenção especial às seguintes tarefas:
a. Elaborar possíveis hipóteses de diagnóstico com base na anamnese, no exame físico e
diagnóstico diferencial;
b. Usar e interpretar resultados dos meios auxiliares de diagnóstico;
c. Criar um plano de tratamento / conduta, de acordo com a sua competência, baseado
no diagnóstico diferencial;
d. Criar e explicar ao paciente um plano de alta:
i. Resumo do tratamento;
ii. Seguimento;
iii. Prevenção e control da doença.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 302


3º. Semestre
2. Reconhecer ou suspeitar emergências neurológicas, executar as intervenções médicas
imediatas apropriadas e referir/transferir como apropriado.

Lista de Doenças
1. Convulsões;
2. Cefaleias;
3. Meningite e Encefalite;
4. Malária Cerebral;
5. Neurossífilis;
6. Acidente Vascular Cerebral;
7. Toxidade neurológica do consumo crónico de álcool;
8. Dor;
9. Neuropatias;
10. Doenças relacionadas às lesões dos neurónios motores;
11. Alterações no estado mental e na consciência.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 303


3º. Semestre
Plano Temático
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Termos Comuns 1. Definir os seguintes termos: 1
Associados à a. Neurónio;
Neurologia b. Axónio;
c. Dendrite;
d. Sinapse;
e. Neurotransmissores;
f. Sistema nervoso central, periférico, simpático, parassimpático;
g. Massa cinzenta e massa branca do cérebro;
h. Massa cinzenta e massa branca da medula espinal;
i. Tontura;
Terminologia j. Desmaio;
k. Sincope;
l. Vertigem;
m. Hidrocefalia;
n. Parestesia;
o. Paralisia;
p. Atrofia;
q. Fasciculação
r. Fibrilhação;
s. Junção neuromuscular;
t. Unidade motora.
Anatomia do 1. Identificar a estrutura do cérebro e do tecido nervoso. 1
Sistema Neurológico 2. Descrever a composição do sistema nervoso central e do sistema nervoso periférico.
Humano 3. Enumerar e identificar a localização das diferentes partes do cérebro associadas às
seguintes funções:
a. Linguagem e fala;
Fisiologia e b. Raciocínio complexo e controlos sociais;
Anatomia c. Controlo motor;
d. Funções sensoriais;
e. Audição;
f. Visão;
g. Emoção e memória;
h. Controlo motor fino e coordenação motora fina.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 304


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
4. Identificar cada um dos 12 pares de nervos cranianos e descrever as funções principais de
cada um.
5. Descrever a composição, produção e fluxo do líquido cerebrospinal.
6. Identificar estrutura da medula espinal num corte vertical anatómico.

Fisiologia 1. Descrever resumidamente os impulsos nervosos, incluindo o potencial de acção e 1


a transmissão sináptica.
2. Descrever resumidamente o papel dos neurotransmissores e indicar os
transmissores mais comuns.
3. Descrever resumidamente as funções do tronco cerebral.
4. Desenhar um diagrama do percurso da dor e dos arcos reflexos na medula
espinal.
5. Indicar os circuitos da medula espinal envolvidos no equilíbrio e postura.
6. Identificar os circuitos piramidais e extrapiramidais do controlo motor.
Fisiopatologia 1. Distinguir a fisiopatologia associada à disfunção dos neurónios motores 2
superiores e dos neurónios motores inferiores.
2. Descrever o processo de desmielinização.
3. Descrever o mecanismo do desenvolvimento de neuropatias periféricas.
4. Diferenciar desordens dos movimentos causados por danos no sistema piramidal
em oposição ao sistema extrapiramidal.
5. Identificar o mecanismo de aumento da pressão intracraniana e a sua
manifestação como papiledema e/ou alteração do estado mental.
6. Descrever as etiologias para indução do coma, incluindo etiologias traumáticas e
metabólicas.
7. Descrever o mecanismo fisiológico das convulsões.
8. Indicar as respostas anormais à dor, associadas a síndromes de dores crónicas.
Anamnese 1. Enumerar os componentes duma anamnese enfocada nos sintomas neurológicos. 2
2. Enumerar as queixas que, em geral, se encontram associadas a uma condição
Revisão da História neurológica
Clínica 3. Enumerar as perguntas necessárias para determinar os detalhes da história do paciente
incluindo:
a. Principal queixa;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 305


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
b. Cronologia, localização, radiação, tipo e gravidade da queixa;
c. Duração, frequência e periodicidade, factores agravantes e de alívio;
d. Manifestações associadas.

Exame Físico 1. Enumerar as técnicas necessárias para efectuar um exame focalizado nos sintomas 2
neurológicos:
2. Avaliação através da observação do aspecto, efeito e comportamento;
3. Avaliação de memória, capacidade de concentração e julgamento;
4. Registo de alterações no estado mental e na consciência;
5. Análise básica dos 12 pares de nervos cranianos;
6. Exame sensorial;
7. Exame da força motora;
8. Teste dos reflexos dos membros superiores e inferiores;
9. Avaliação da coordenação.

Laboratório 1. Realizar um exame físico num colega focalizado nos sintomas neurológicos: 3
Humanístico d. Demonstrar os passos do exame físico;
e. Explicar resultados que seriam considerados “normais”;
f. Explicar anomalias que podem ajudar a diagnosticar uma condição
neurológica.

Exame Laboratorial 1. Indicar o objectivo de fazer um exame do LCR. 1


2. Explicar os passos de uma punção lombar para obter LCR suficiente para uma avaliação
correcta.
3. Discutir as indicações mais comuns para a realização de um exame do LCR.
Meios Auxiliares
4. Listar as contra-indicações para este procedimento.
de Diagnóstico 5. Identificar os resultados do exame que são considerados normais.
6. Identificar anormalidades nos resultados que podem ajudar na identificação de problemas
neurológicos.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 306


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Convulsões 1. Definir convulsão. 2
2. Descrever os tipos de convulsões e diferenciar convulsões febris e convulsões de
outras etiologias.
3. Listar os modos de prevenção e tratamento das convulsões febris.
4. Reconhecer as convulsões como o sintoma decisivo de eclâmpsia.
5. Identificar e tratar o estado epiléptico como uma emergência médica.
6. Diagnosticar e tratar as convulsões provocadas por abstinência alcoólica.
7. Desenvolver um diagnóstico diferencial para convulsões, especialmente num
paciente que nunca teve convulsões.
8. Desenvolver uma conduta terapêutica para convulsões, com base na sua
competência.

Cefaleias 1. Listar vários tipos de cefaleia. 1


2. Descrever a apresentação clínica comum de cada tipo de cefaleia.
1. Listar as causas habituais de cada tipo de cefaleia.
Clínica Médica: 2. Desenvolver um diagnóstico diferencial para os diferentes tipos de cefaleia.
Neurologia 3. Descrever os tratamentos farmacológicos e não farmacológicos para cada tipo de
cefaleia.
4. Reconhecer a arterite temporal e a hemorragia subaracnoideia como emergências
médicas que se podem apresentar com cefaleia.

Meningite e 1. Definir meningite e encefalite. 2


Encefalite 2. Descrever a apresentação clínica comum da meningite.
3. Descrever a apresentação clínica comum da encefalite.
4. Enumerar as etiologias possíveis para meningite
5. Enumerar as várias etiologias da encefalite.
6. Desenvolver um diagnóstico diferencial para a meningite, incluindo encefalite.
7. Descrever os tratamentos para a meningite.
8. Descrever os tratamentos para a encefalite.
9. Enumerar os possíveis efeitos colaterais ou adversos associados ao tratamento da
meningite ou encefalite.
10. Identificar os procedimentos adequados para transferência de um paciente com meningite

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 307


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
ou encefalite, se for indicado.

Meningite 1. Descrever a apresentação clínica comum da meningite tuberculosa. 1


Tuberculosa 2. Descrever a etiologia da meningite tuberculosa.
3. Desenvolver um diagnóstico diferencial para a meningite tuberculosa incluindo outras
formas de meningite, encefalite e malária.
4. Descrever os tratamentos para a meningite tuberculosa.
5. Enumerar os possíveis efeitos colaterais ou adversos associados ao tratamento da
meningite tuberculosa.
6. Identificar os procedimentos adequados para transferência de um paciente com meningite
tuberculosa, se for indicado.

Malária Cerebral 1. Descrever a apresentação clínica comum da malária cerebral. 1


2. Descrever a etiologia da malária cerebral.
3. Desenvolver um diagnóstico diferencial para a malária cerebral, incluindo meningite e
encefalite.
4. Descrever os tratamentos para a malária cerebral.
5. Enumerar os possíveis efeitos colaterais ou adversos associados ao tratamento da malária
cerebral.
6. Identificar os procedimentos adequados para transferência de um paciente com malária, se
for indicado.
Neurossífilis 1. Descrever a apresentação clínica comum da neurossífilis. 1
2. Identificar a etiologia da neurossífilis.
3. Desenvolver um diagnóstico diferencial para a neurossífilis.
4. Descrever os tratamentos para a neurossífilis.
5. Enumerar os possíveis efeitos colaterais ou adversos associados ao tratamento da
neurossífilis.
6. Identificar os procedimentos adequados para transferência de um paciente com
neurossífilis, se for indicado.

Acidente Vascular 1. Definir o acidente vascular cerebral (AVC). 2


Clínica Médica:
Cerebral (AVC) 2. Distinguir um acidente vascular isquémico de um incidente vascular hemorrágico
Neurologia
(derrame cerebral ou AVC hemorrágico).

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 308


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
3. Descrever a apresentação clínica comum do AVC.
4. Descrever os sintomas e sinais que podem ser sugestivos de uma hemorragia
subaracnoideia.
5. Enumerar as etiologias possíveis de um acidente vascular hemorrágico.
6. Enumerar as etiologias possíveis de um acidente vascular isquémico.
7. Desenvolver um diagnóstico diferencial para um AVC.
8. Definir Acidente Isquémico Transitório (AIT) e distingui-lo clinicamente de um AVC.
9. Descrever os tratamentos farmacológicos e não farmacológicos para o tratamento de um
AVC.
10. Descrever a gestão de um AIT.
11. Listar os possíveis efeitos colaterais ou adversos associados ao tratamento de um AVC.
12. Identificar os procedimentos adequados para a transferência de um paciente com AVC,
se for indicado.

Toxidade 1. Descrever a apresentação clínica comum da toxidade neurológica do consumo crónico de 1


Neurológica do álcool.
Consumo Crónico 2. Enumerar as formas em que o consumo crónico de álcool pode afectar
de Álcool adversamente o sistema neurológico.
3. Desenvolver um diagnóstico diferencial para a toxidade neurológica do consumo crónico
de álcool.
4. Descrever os tratamentos farmacológicos e não farmacológicos para a toxidade
neurológica do consumo crónico de álcool.
5. Enumerar os possíveis efeitos colaterais ou adversos associados ao tratamento da toxidade
neurológica do consumo crónico de álcool.
6. Descrever as medidas de alteração do comportamento para a prevenção da toxidade
neurológica do consumo crónico de álcool, incluindo o aconselhamento.

Dor Aguda e 1. Definir dor. 2


Crónica 2. Explicar a fisiologia da dor.
3. Diferenciar estruturas orgânicas sensíveis à dor e estruturas pouco ou não
sensíveis.
4. Diferenciar dor localizada, referida e irradiada.
5. Descrever a fisiopatologia, etiologia e características dos seguintes tipos de dor:

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 309


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
a. Dor nociceptiva;
b. Dor neuropática;
c. Dor psicogénica.
6. Identificar e aplicar escalas verbais, escritas e gráficas para avaliação da dor e
monitorização da resposta ao tratamento.
7. Explicar as especificiades da avaliação diagnóstica (anamnese e exame fisico)
para um paciente com dor.
8. Diferenciar dor aguda e crónica em termos de sinais e sintomas.
9. Enumerar etiologias possíveis de dor aguda e crónica em várias partes do corpo.
10. Desenvolver um diagnóstico diferencial para a dor de um paciente em particular.
11. Descrever a abordagem gradual da OMS para tratamento farmacológico da dor.
12. Descrever as opções farmacológicas e não farmacológicas de tratamento para dor aguda,
diferenciando para os vários tipos de dor.
13. Descrever as opções farmacológicas e não farmacológicas de tratamento da dor crónica,
diferenciando para os vários tipos de dor.
14. Enumerar os possíveis efeitos colaterais ou adversos associados ao tratamento da dor.
15. Descrever as sequelas psicológicas, emocionais, culturais e sociais de viver com dores.
16. Desenvolver um plano de seguimento e avaliação dos pacientes com dores crónicas
incluindo:
a. Elementos chaves do exame físico de seguimento;
b. Controlo da adesão a terapia farmacológica e as alterações do estilo de vida;
c. Avaliação da resposta à terapia.

Paralisia Facial 1. Diferenciar paralisia facial central da periférica. 1


2. Enumerar as causas comuns de paralisia facial a nível central e periférica, incluindo a
paralisia de Bell.
3. Identificar e descrever os sintomas e sinais comuns da paralisia facial de tipo central e
periférica.
4. Desenvolver um diagnóstico diferencial para a paralisia facial.
5. Desenvolver um plano de tratamento específico para paralisia de Bell.

Doenças 1. Diferenciar lesões do primeiro neurónio e do segundo neurónio. 1


Relacionadas a 2. Identificar os sinais e sintomas comuns, identificados no exame físico, associados a

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 310


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Lesões dos lesões do primeiro (síndrome piramidal) e do segundo neurónio
Neurónios Motores 3. Enumerar as etiologias possíveis para doenças devidas a lesões do primeiro e do
segundo neurónio.
4. Desenvolver um diagnóstico diferencial para os sinais e sintomas das doenças devido a
lesões do primeiro e do segundo neurónio.
5. Identificar os procedimentos adequados para referir um paciente com doenças devidas a
lesões do primeiro ou segundo neurónio.
6. Identificar os sintomas e sinais clínicos associados a cada uma das seguintes doenças e
descrever como cada uma pode ser diagnosticada e tratada:
a. Poliomielite;
b. Tuberculose da coluna com sindroma de compressão medular (Mal de Pott);
c. Konzo;
d. Paraparesia e paralisia pós-traumática.

Alterações do 1. Definir e diferenciar entre delírio, demência e psicose aguda. 2


Estado Mental 2. Definir coma.
3. Usar a Escala de Coma de Glasgow para registar o nível de consciência.
4. Identificar os sinais e sintomas comuns identificados no exame físico, e
associados às alterações do estado mental.
5. Descrever alterações agudas e graduais do estado mental.
6. Enumerar as etiologias possíveis para as alterações agudas e graduais do estado mental.
7. Enumerar as etiologias possíveis para o coma, incluindo traumática (como um
aumento da pressão intracraniana) e metabólica (como diabética, hepática e
renal.).
8. Desenvolver um diagnóstico diferencial para alterações agudas e graduais do estado
mental.
9. Descrever os fármacos a usar na estabilização de pacientes com alterações agudas do
estado mental, de acordo com a sua competência.
10. Enumerar os possíveis efeitos colaterais ou adversos dos fármacos acima mencionados.
11. Identificar o procedimento adequado para referir um paciente com alterações do
estado mental, se for necessário.

Emergências 1. Reconhecer os sintomas clínicos, suspeitar/diagnosticar, tratar ou transferir as seguintes 1

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 311


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Neurológicas emergências neurológicas:
a. Traumatismo craniano;
b. Traumatismo da medula espinal;
c. Aumento da pressão intracraniana (PIC);
d. AVC (incluindo a hemorragia cerebral);
e. Arterite temporal.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 312


3º. Semestre
ESTÁGIO
Local do Estágio: Serviços hospitalares de pacientes internados e ambulatório.
Duração: 5 semanas
Supervisores: Profissionais de clínica geral com experiência na área de neurologia.
Técnicas a Demonstrar:
• Obter uma anamnese baseada nos sintomas neurológicos do paciente;
• Executar um exame físico do paciente focalizado no sistema neurológico completo;
• Identificar os meios auxiliares de diagnóstico para proceder ao diagnóstico dos
sintomas neurológicos do seu paciente.
Seminário de Discussão do Estágio:
• Apresentação de 1 casos observados durante o estágio:
o Os casos devem incluir pacientes com diferentes queixas neurológicas, com base numa
das doenças mencionadas acima;
o Para cada caso apresentado, é necessário incluir resultados relevantes da história clínica e
do exame físico, discutir os meios diagnósticos utilizado e o diagnóstico diferencial. O
TM deverá descrever a conduta terapêutica do paciente, incluindo terapias farmacológicas
e não farmacológicas, a educação do paciente, o prognóstico, e o acompanhamento.
Indicações para a transferência imediata ou o encaminhamento adequado devem ser
incluídas na apresentação.
o O docente deve rever os casos com o grupo para:
o Evidenciar aspectos chave da anamnese e exame físico;
o Rever a fisiologia e fisiopatologia, se for apropriado;
o Rever as considerações efectuadas para chegar a um diagnóstico
diferencial;
o Discutir como desenhar e implementar uma conduta terapêutica.
AVALIAÇÃO

Avaliação Teórica
• Um teste escrito parcial, com um peso de 20%;
• Exame escrito final, com um peso de 30%.
Avaliação Prática
• Demonstração de técnicas / procedimentos no laboratório (humanístico ou multi-
disciplinar, com um peso de 10%.
Avaliação do Estágio
• Apresentação de 1 caso observado durante o estágio, com peso de 20%
• Demonstração duma história clínica (anamnese e exame físico) dirigido ao sistema,
com paciente 20%

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 313


3º. Semestre
Disciplina do Sistema Músculo-Esquelético e Tecidos Moles
Semestre: III
CARGA HORÁRIA
Horas por Duração Total
Semana (semanas) de Horas
Aulas Teórico-Práticas 25 1 25
Avaliação -- -- 2
Laboratório 7 1 7
Avaliação -- -- 1
Discussão de Estágio* 5 1 5
Número Total de Horas da Disciplina 40 Horas
* Neste semestre, os estudantes terão 5 semanas (25h/s) de estágio nas enfermarias de
pacientes internados e ambulatório, e 3 semanas de estágio centrado no HIV.

PRÉ-REQUISITOS:
• Anatomia e Fisiologia;
• Introdução às Ciências Médicas;
• Semiologia 1 e 2 (Exame Físico e Anamnese);
• Introdução a Meios Auxiliares de Diagnósticos;
• Deontologia e Ética Profissional;
• Enfermagem.
DOCENTES:
• Medicos da Clínica Geral;
• Técnicos de Medicina Especializados em Ensino, com experiência clínica;
• Técnicos de Cirurgia.
COMPETÊNCIAS A SEREM ADQUIRIDAS ATÉ AO FINAL DA DISCIPLINA:
O Técnico de Medicina será capaz de realizar as seguintes tarefas:

3. Diagnosticar e tratar as patologias abaixo indicadas, com atenção especial às seguintes


tarefas:
a. Elaborar possíveis hipóteses de diagnóstico, com base na anamnese, no exame físico
e diagnóstico diferencial;
b. Usar e interpretar os resultados dos meios auxiliares de diagnóstico
c. Criar um plano de tratamento / conduta, de acordo com a sua competência, baseado
no diagnóstico diferencial.
d. Criar e explicar ao paciente um plano de alta:
i. Resumo do tratamento;
ii. Seguimento;
iii. Prevenção e controle da doença.

4. Reconhecer ou suspeitar emergências e executar as intervenções médicas imediatas e


referir/transferir como apropriado.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 314


3º. Semestre
Lista de Doenças/Condições:
1. Entorses;
2. Contusões;
3. Luxações;
4. Fracturas;
5. Osteoporose;
6. Gota;
7. Osteo-artrose;
8. LES;
9. Artrite reumatóide;
10. Deformidades dos membros inferiores;
11. Deformidades da coluna;
12. Hérnia do disco;
13. Osteomielite;
14. Artrite Séptica;
15. TB óssea e articular;
16. Piomiosite;
17. Bursite;
18. Fasciite;
19. Tendinite;
20. .Pé diabético;
21. Celulite;
22. Fleimão e gangrena.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 315


3º. Semestre
Plano Temático
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Anatomia 1. Enumerar os diferentes componentes do sistema musculo-esquelético e suas funções 1
principais.
2. Descrever a estrutura interna do osso.
3. Identificar os ossos do esqueleto humano e os pontos anatómicos principais.
4. Identificar a localização e os componentes das articulações pequenas e grandes das
extremidades.
5. Descrever a mecânica e o grau de mobilidade das articulações principais.
6. Identificar os grupos musculares esqueléticos principais e suas funções.
7. Descrever a localização, a estrutura e as funções básicas das cartilagens.
8. Descrever a estrutura e a função do tendão, do ligamento e da bursa.

Fisiologia 1. Descrever os processos fisiológicos envolvidos na formação, no crescimento e na 1


remodelação dos ossos.
2. Descrever a fisiologia geral do músculo estriado esquelético, incluindo a
Fisiologia e teoria dos filamentos deslizantes e a contracção muscular.
Anatomia 3. Definir tónus muscular.
4. Explicar a fisiologia das articulações.
5. Definir e explicar a interligação entre a imunidade mediada por célula e a
immunidade humoral.
6. Descrever a produção e excreção do ácido úrico.

Fisiopatologia 1. Enumerar e descrever sucintamente as quatro reacções vitais do organismo a uma 1


lésão (inflamação, hemostase, regeneração e resposta imunitária).
2. Descrever os processos fisiopatologicos envolvidos numa resposta inflamatória,
incluindo a formação de exsudados.
3. Descrever os sinais, sintomas e efeitos sistémicos da inflamação.
4. Diferenciar inflamação aguda e crónica.
5. Listar os agentes causais principais de inflamações crónicas.
6. Definir auto-imunidade e identificar os mecanismos que a auto-imunidade prevê.
7. Descrever o processo pelo qual a auto-imunidade provoca alterações patológicas ao
nível do sistema músculo-esquelético.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 316


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
8. Explicar as alterações patofisiológicas devidas à hiperuricemia, a nível da pele, das
articulações e dos rins.
9. Explicar a relação entre o envelhecimento normal, uso excessivo das articulações e
deterioração da cartilagem ao nível das articulações pequenas e grandes.

Anamnese 17. Enumerar os componentes de uma anamnese orientada para os sintomas 1


locomotores.
18. Enumerar as queixas que normalmente são associadas a uma condição locomotora.
19. Enumerar as questões a ter em conta para colher uma história detalhada do paciente,
incluindo:
e. Queixa principal;
f. Cronologia, localização, radiação, tipo e severidade da queixa;
g. Duração, frequência e periodicidade, factores agravantes e atenuantes;
h. Manifestações associadas.
20. Descrever as especificidades de uma anamnese para avaliar o grau de incapacide
física.

Exame Físico 1. Enumerar e descrever os passos sequenciais e as técnicas necessárias para realizar os 1
Revisão do Exame seguintes exames orientados aos sintomas locomotores:
a. Inspecção;
Clínico
b. Palpação;
c. Mobilidade.
2. Descrever os pontos gerais a observar na avaliação individual ou de grupos de
articulações e seus tecidos circundantes:
a. Sinais de inflamação (dor, calor, rubor, tumor) locais;
b. Mobilidade (diminuição da mobilidade) ou mobilidade anormal;
c. Presença de crepitações;
d. Deformidades;
e. Condições dos tecidos circundantes (atrofia muscular, nódulos,
mudanças da pele);
f. Força muscular;
g. Simetria ou assimetria das lesões;
h. Estado vascular.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 317


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
3. Explicar a importância de examinar cuidadosamente o paciente com uma condição
músculo-esquelética dolorosa.

Laboratório 1. Realizar uma história clinica num colega orientado nos sintomas e sinais 2
Humanístico locomotores:
g. Descrever os passos do exame físico;
h. Explicar resultados que seriam considerados “normais”;
i. Explicar anomalias que podem ajudar a diagnosticar uma condição
locomotora.

Exame Laboratorial 1. Listar os testes disponíveis para a avaliação de doenças músculo-esqueléticas e dos 1
tecidos mole, explicar as indicações de cada teste e interpretar os resultados:
a. VS;
b. Hemograma;
c. Colorações de Gram, Ziehl Nielsen, e amostras de líquido articular;
d. Análise da urina;
Meios Auxiliares e. Ureia e creatinina sérica;
de Diagnóstico f. Factor reumatóide (mencionar);
g. Ácido úrico sérico;
h. Cristais de urato no líquido sinovial (mencionar).

Outros Exames 1. Descrever as indicações e a utilidade de radiografias no processo diagnóstico de 1


distúrbios do sistema músculo-esquelético.
Introdução 1. Explicar como avaliar rapidamente as cicunstâncias de um trauma, a gravidade e/ou 1
risco sobre a vida do doente (avaliação primária).
2. Definir quando se considera um paciente como politraumatizado.
Clínica Médica: 3. Descrever a abordagem inicial ao paciente politraumatizado.
Trauma 4. Definir contusão.
Ortopédico 5. Definir entorse.
6. Definir luxação.
7. Definir fractura e fractura exposta.
8. Descrever a terminologia correcta para descrever uma fractura.
9. Descrever os sinais e sintomas principais de contusão, entorse, luxação e fractura.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 318


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
10. Explicar porque integrar a avaliação neurológica e vascular na avaliação do membro
ou região do corpo afectado pela fractura ou luxação.
11. Explicar como avaliar uma radiografia de ossos longos, em caso de suspeita
de fractura.
12. Descrever os princípios gerais do tratamento (farmacológico e não farmacológico) de
contusões, entorses, luxações e fracturas.
13. Descrever a abordagem inicial do paciente com fractura exposta.

Fracturas e Luxações 1. Descrever as caraterísticas particulares (anatomia, mobilidade) da cintura escapular. 1


do Cíngulo 2. Descrever os sintomas e sinais sugestivos de fracturas de clavícula, fracturas de
Escapular e do Braço escápula e fracturas do úmero proximal.
3. Descrever o típo de trauma que causa as fracturas da clavícula, da escapula e do
úmero proximal.
4. Enumerar as complicações principais ligadas às fracturas da clavícula, da escapula e
do úmero proximal.
5. Explicar as indicações para encaminhamento e avaliação com exames
complementares.
6. Descrever o tratamento específico conservador para fracturas (sem complicações) da
clavícula, da escapula e do úmero proximal.
7. Enumerar as possíveis luxações ao nível da cintura escapular.
8. Descrever os sintomas e sinais sugestivos de uma luxação da cintura escapular.
9. Descrever os típos de traumas que costumam causar luxações da cintura escapular.
10. Enumerar as complicações principais ligadas às luxações da cintura escapular.
11. Explicar as indicações para encaminhamento e avaliação com exames
complementares.
12. Descrever o tratamento específico para luxações (sem complicações) ao nível da
cintura escapular, dentro das suas .competências

Fracturas e Luxações 1. Descrever as caraterísticas particulares (anatomia, mobilidade) da articulação do 1


do Úmero e do cotovelo.
Cotovelo 2. Descrever os sintomas e sinais sugestivos de fracturas da diáfise do úmero, do
cotovelo, da cabeça do rádio e do olécrano.
3. Descrever o típo de trauma que costuma causar cada uma dessas fracturas.
4. Enumerar as complicações principais ligadas às fracturas de diáfise do úmero, do

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 319


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
cotovelo, da cabeça do rádio e do olécrano.
5. Explicar as indicações para encaminhamento e avaliação com exames
complementares.
6. Descrever o tratamento específico conservador para fracturas (sem complicações) da
diáfise do úmero, do cotovelo, da cabeça do rádio e do olécrano.
7. Descrever a apresentação clinica e conduta para uma luxação do cotovelo.

Fracturas e Luxações 1. Descrever a anatomia do antebraço, punho e mão. 1


do Antebraço, do 2. Descrever os sintomas e sinais sugestivos de fracturas do rádio e da ulna distal,
Punho e da Mão fracturas/luxações do carpo e fracturas das falanges e dos metacarpos.
3. Descrever o típo de trauma que costuma causar cada uma dessas fracturas e/ou
luxações.
4. Enumerar as complicações principais ligadas às fracturas do rádio e da ulna distal,
fracturas/luxações do carpo e fracturas das falanges e dos metacarpos.
5. Descrever em detalhe os sinais e sintomas da síndrome compartimental e como
prevenir e tratar.
6. Explicar as indicações para o encaminhamento e avaliação com exames
complementares.
7. Descrever o tratamento conservador para fracturas (sem complicações) do rádio e da
ulna distal, fracturas/luxações do carpo e fracturas das falanges e dos metacarpos.

Fracturas e Luxacões 1. Descrever a anatomia do cíngulo pélvico e da articulação do quadril. 1


do Cingulo Pélvico e 2. Descrever a vascularização dessa região.
do Quadril 3. Descrever os sintomas e sinais sugestivos de fracturas do pelve, do acetabulo e da
extremidade proximal da cabeça do fêmur.
4. Descrever o típo de trauma ou factores de risco principais, para cada uma destes
fracturas.
5. Enumerar as complicações principais ligadas às fracturas do pelve, do acetábulo e da
extremidade proximal da cabeça do fêmur .
6. Descrever em detalhe os sinais e sintomas sugestivos da necrose avascular da cabeça
do fêmur.
7. Explicar as indicações para o encaminhamento e avaliação com exames
complementares.
8. Descrever as opções de tratamento para fracturas do pelve, do acetábulo e da

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 320


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
extremidade proximal da cabeça do fêmur.
9. Descrever a apresentação clínica e o conduta (redução) para uma luxação (anterior ou
posterior) do quadril.

Fracturas e Luxações 1. Descrever a anatomia do joelho. 1


da Coxa, do Joelho e 2. Descrever os sintomas e sinais sugestivos de fracturas do fêmur (médio, distal) e
da Perna fracturas na região do joelho (fêmur, tíbia ou patela).
3. Descrever o tipo de trauma ou factores de risco principais para cada uma dessas
fracturas.
4. Enumerar as complicações principais ligadas às fracturas do fêmur (médio, distal) e
fracturas na região do joelho (fêmur, tíbia ou patela).
5. Explicar as indicações para o encaminhamento e avaliação com exames
complementares.
6. Estabilizar fracturas do fêmur (médio, distal) e fracturas na região do joelho (fêmur,
tíbia ou patela) e referir.
7. Descrever a apresentação clínica e conduta para uma luxação do joelho.

Fracturas e Luxações 1. Descrever a anatomia do pé e do tornozelo. 1


do Tornozelo e Pé 2. Descrever os sintomas e sinais sugestivos de fracturas do pilão tibial, do tornozelo,
do calcâneo, do tálus, dos metatarsos e das falanges
3. Descrever o tipo de trauma que costuma causar cada uma dessas fracturas.
4. Enumerar as complicações principais ligadas às fracturas do pilão tibial, do
tornozelo, do calcâneo, do tálus, dos metatarsos e das falanges.
5. Explicar as indicações para o encaminhamento e avaliação com exames
complementares.
6. Estabilizar fracturas (sem complicações) do planal tibial, do tornozelo, do calcâneo,
do tálus, dos metatarsos e das falanges.
7. Descrever a apresentação clínica e a conduta para uma luxação do tornozelo.

Fracturas e Luxações 1. Descrever a anatomia e fisiologia da coluna vertebral e da medula espinal. 1


da Coluna Vertebral 2. Descrever os sintomas e sinais sugestivos das fracturas vertebrais da coluna cervical
alta, coluna cervical baixa e da coluna tóraco-lombar.
3. Descrever como avaliar alguém com trauma vertebral (avaliação primária e
secundária).

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 321


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
4. Descrever a classificação das fracturas vertebrais da coluna torácica e lombar
(compressão, distração e rotação).
5. Descrever o tipo de trauma que costuma causar cada uma dessas fracturas.
6. Enumerar as complicações principais ligadas às fracturas dos diferentes níveis da
coluna.
7. Explicar como avaliar a gravidade da lesão medular pelo exame da função
neurológica sacral.
8. Explicar as indicações para o encaminhamento e avaliação com exames
complementares.
9. Identificar fracturas (sem complicações) da coluna vertebral e referir.
10. Identificar uma luxação ao nível da coluna vertebral e referir.

Fracturas em 1. Descrever as caraterísticas particulares dos ossos em crianças, suas consequências 0.5
Crianças e Idosos para apresentação das fracturas e as opções de tratamento.
2. Enumerar as causas comuns das quedas dos idosos.
3. Enumerar e descrever as fracturas comuns em idosos.

Laboratório 1. Preparar o material necessário e realizar passo-a-passo as seguintes técnicas e 3


Humanístico procedimentos num manequim ou num colega:
a. Immobilização de fracturas não complicadas ao nivel da clavicula,
antebraço, tíbia, etc…
2. Identificar numa série de imagens radiológicas, as fracturas e luxações mais
comuns.

Osteoporose 1. Definir e explicar a osteoporose. 0.5


2. Enumerar e descrever os tipos de osteoporose (pós-menopáusica, osteoporose sénil,
osteoporose secundária).
Clínica Médica: 3. Enumerar causas comuns de osteoporose secundária.
Ortopedia e 4. Descrever o espectro de sinais e sintomas de osteoporose.
Reumatologia 5. Explicar o papel da radiologia no processo diagnóstico de osteoporose.
6. Enumerar as complicações comuns ligadas à osteoporose.
7. Descrever as especificidades (sinais/sintomas e imagem radiográfica) das fracturas
vertebrais num paciente com osteoporose.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 322


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
8. Descrever as medidas de prevenção da osteoporose.

Osteoartrite (artrose) 1. Definir osteoartrite e explicar qual é o grupo etário comumente afectado. 1
2. Descrever os processos patofisiológicos principais envolvidos em osteoartrite.
3. Diferenciar osteoartrite primária e secundária.
4. Descrever o espectro e a evolução de sinais e sintomas de um paciente com
osteoartrite.
5. Enumerar as articulações comumente afectadas pela osteoartrite.
6. Descrever as complicações principais e comuns da artrose.
7. Desenvolver um diagnóstico diferencial para a artrose.
8. Descrever as opções farmacológicas e não-farmacológicas do tratamento de
osteoartrite.
9. Descrever os passos para a elaboração de um plano de seguimento, a longo prazo, de
pacientes com osteoartrite.
10. Explicar as indicações para transferência de um paciente com osteoartrite.

Distúrbios das 1. Definir e descrever as características (incluindo sinais e sintomas típicos da fase 0.5
Articulações e do inicial e avançada.
Tecido Conjuntivo 2. Descrever o perfil de pessoas comumente afectadas e causas / factores
desencadeantes.
3. Descrever o diagnóstico diferencial.
4. Descrever a conduta, seguimento e prognóstico das doenças listadas abaixo:
a. Artrite Reumatóide;
b. Lupus Eritematoso Sistêmico;
c. Polimiosite;
d. Espondilite Anquilosante.

Gota 1. Definir gota e descrever o perfil de pessoas (sexo e faixa etária) mais 0.5
comummente afectadas.
2. Descrever os sinais e sintomas articulares das crises de gota iniciais.
3. Descrever as causas e os factores desencadeantes da artrite gotosa aguda.
4. Descrever as articulações mais frequentemente afectadas pela gota.
5. Descrever os outros (não articulares) sintomas da artrite gotosa .

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 323


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
6. Diferenciar crises iniciais de crises seguintes.
7. Enumerar as complicações comuns associadas à gota.
8. Explicar como diagnosticar a gota.
9. Desenvolver o diagnóstico diferencial entre artrose, artrite reumatóide, gota e
pseudogota.
10. Descrever as opções de tratamento farmacológico (incluindo os efeitos
colaterais) e não farmacológico de gota.

Infecções Ósseo- 1. Definir osteomielite. 2


Articulares 2. Descrever os processos fisiopatológicos envolvidos na osteomielite.
3. Enumerar e descrever as etiologias e os factores de risco da osteomielite.
4. Descrever os sinais e sintomas da osteomielite aguda e crónica.
5. Enumerar as complicações comuns da osteomielite.
6. Descrever as especificidades da doença de Pott (etiologia, sintomas e sinais, e
tratamento).
7. Explicar como diagnosticar a osteomielite.
8. Explicar a utilidade e a interpretação das radiografias da área afectada pela
osteomielite.
9. Descrever as opções do tratamento farmacológico e não-farmacológico da
osteomielite.
10. Enumerar os critérios para a transferência de pacientes com osteomielite.
11. Definir artrite séptica.
12. Enumerar e descrever as etiologias e os factores de risco de artrite séptica.
13. Descrever os sinais e sintomas típicos de artrite séptica aguda e crónica.
14. Enumerar as complicações comuns de artrite séptica.
15. Explicar como diagnosticar a artrite séptica, incluindo a análise da amostra de
líquido sinovial.
16. Explicar a utilidade e a interpretação das radiografias da área afectada pela
artrite séptica.
17. Elaborar os diagnósticos diferenciais para um paciente com monoartrite e um
paciente com poliartrite em Moçambique.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 324


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
18. Descrever as opções do tratamento farmacológico e não-farmacológico de
artrite séptica.
19. Listar os critérios para transferência de pacientes com artrite séptica.

Distúrbios dos 1. Definir mialgia. 2


Músculos, das 2. Definir fibromialgia e identificar as pessoas comumente afectadas.
Bursas e dos 3. Descrever as causas ou os factores desencadeantes do síndrome de fibromialgia.
Tendões 4. Descrever o espectro e a evolução dos sinais e sintomas de um paciente com
fibromialgia.
5. Descrever as opções farmacológicas do tratamento de fibromialgia.
6. Definir piomiosite.
7. Descrever os sintomas e sinais de piomiosite.
8. Enumerar as complicações comuns de piomiosite.
9. Enumerar os pacientes em risco de desenvolver piomiosite.
10. Descrever as opções do tratamento para um paciente com piomiosite
11. Definir fascite.
12. Descrever os sintomas e sinais de fasciite necrosante.
13. Enumerar as complicações comuns de fasciite necrosante.
14. Enumera os pacientes em risco de desenvolver fasciite necrosante.
15. Descrever as opções de tratamento para um paciente com fasciite.
16. Definir bursite.
17. Descrever as causas ou os factores desencadeantes de bursite.
18. Enumerar as articulações mais suscetíveis à bursite.
19. Descrever o espectro e a evolução dos sinais e sintomas de um paciente com bursite.
20. Explicar como diagnosticar a bursite, incluindo o valor de radiografias no processo
diagnóstico da bursite.
21. Descrever as opções farmacológicas e não-farmacológicas do tratamento da bursite.
22. Definir tendinite e identificar as pessoas comumente afectadas.
23. Enumerar os tendões mais suscetíveis à inflamação.
24. Descrever a associação entre gonorréia e tenossinovite.
25. Descrever os sintomas e sinais de tendinite.
26. Descrever o fenómeno de dedo em gatilho.
27. Descrever as opções farmacológicas e não-farmacológicas do tratamento datendinite.
28. Descrever os critérios para a transferência.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 325


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas

Deformidades dos 1. Definir as seguintes condições e as suas causas: 1


Membros Inferiores a. Geno valgo;
e Pé Diabético b. Geno varo;
c. Geno recurvato;
d. Geno flexo;
e. Pé plano;
f. Pé cavo;
g. Pé valgo;
h. Pé varo;
i. Pé equino;
j. Pé calcâneo;
k. Halux valgo.
2. Listar critérios para a transferência de pacientes com as deformidades
mencionadas acima.
3. Definir pé diabético.
4. Descrever os processos fisiopatológicos envolvidos na evolução do pé
diabético.
5. Descrever o espectro de sinais e sintomas do pé diabético e sua classificação.
6. Enumerar as complicações principais do pé diabético.
7. Descrever as opções do tratamento (farmacológico e não farmacológico) do
pé diabético.

Deformidades da 1. Descrever a anatomia da coluna vertebral. 1


Coluna Vertebral e 2. Definir as seguintes condições e as suas causas:
Lombalgia a. Lordose cervical;
b. Cifose;
c. Lordose lombar;
d. Escoliose.
3. Listar critérios para a transferência de pacientes com as deformidades mencionadas
acima.
4. Definir lombalgia.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 326


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
5. Diferenciar entre lombalgia mecanica comun e lombalgia com irradiação
(lombociatalgia).
6. Definir hérnia do disco.
7. Descrever os sinais e sintomas de uma hérnia.
8. Descrever os passos do exame físico num paciente com sintomas sugestivos de uma
hérnia.
9. Elaborar o diagnóstico diferencial de lombalgia para:
a. Espondilite anquilosante;
b. Hérnia de disco.
10. Descrever as opções do tratamento (farmacológico e não farmacológico) para uma
hérnia de disco não complicada.
11. Listar critérios para a transferência de pacientes com hérnia de disco.

Celulite e Gangrena 1. Definir gangrena. 1


2. Descrever as possíveis etiologias de gangrena.
3. Enumerar e descrever as diferenças entre os diferentes tipos de gangrena (seca,
umida/gasosa).
4. Descrever os sinais e sintomas de gangrena e as áreas do corpo mais frequentemente
envolvidas.
5. Explicar as medidas do manejo imediato de gangrena.
6. Enumerar as possiveis complicações de gangrena.
7. Definir celulite.
8. Descrever a etiologia e factores de risco de celulite.
9. Descrever os sintomas e sinais da celulite e as possíveis complicações.
10. Descrever o tratamento farmacológico e não farmacológico para a celulite
11. Definir os critérios para referência ou transferência.

Laboratório 1. Identificar no modelo anatómico os vários componentes osteoarticulares da 2


Humanístico bacia, do joelho, do tornozelo, do pulso, do pé, da mão e da coluna.
2. Realizar, correctamente, num colega, um exame físico direccionado ao
sistema osteoarticular.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 327


3º. Semestre
ESTÁGIO
Local do Estágio:
• Enfermarias de Medicina e de Cirurgia
• Serviço de Consulta Externa
Duração: 5 semanas
Supervisores:
• Médicos de Clínica Geral
• Técnicos de Medicina Especializados em Ensino e com experiência clínica
• Técnicos de Cirurgia
Técnicas a Demonstrar:
• Efectuar um exame físico num paciente, com enfoque nos sintomas das doenças do
sistema osteomioarticular;
• Identificar os meios auxiliares de diagnóstico/seguimento para proceder ao
diagnóstico/seguimento das condições do sistema osteomioarticular.
Seminários de Discussão do Estagio
• Apresentação de 1 caso observado durante o estágio, que poderá ser entre os
seguintes:
o Um paciente com episódio agudo de mono-artrite ou poliartrite;
o Um paciente com queixa principal lombalgia;
o Um paciente vítima de trauma com luxação ou fractura.

• Para cada caso apresentado, é necessário incluir resultados relevantes da história clínica e do
exame físico, discutir os meios diagnósticos utilizado, e o diagnóstico diferencial. O TM
deverá descrever a conduta terapêutica do paciente, incluindo terapias farmacológicas e não
farmacológicas, a educação do paciente, o prognóstico e o acompanhamento. Indicações para
a transferência imediata ou o encaminhamento adequado devem ser incluídas na apresentação.

• O docente deve rever os casos com o grupo para:


o Evidenciar aspectos chave da anamnese e exame físico;
o Rever a fisiologia e fisiopatologia, se for apropriado;
o Rever as considerações efectuadas para chegar a um diagnóstico diferencial;
o Discutir como desenhar e implementar uma conduta terapêutica.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 328


3º. Semestre
AVALIAÇÃO

Avaliação Teórica
• Um teste escrito parcial, com um peso de 20%.
• Exame escrito final, com um peso de 30%.

Avaliação Prática
• Demonstração de técnicas / procedimentos no laboratório (humanístico ou multi-
disciplinar, com um peso de 10%.

Avaliação do Estágio
• Apresentação de 1 caso observado durante o estágio, com um peso de 20%;
• Demonstração de uma história clínica (anamnese e exame físico) dirigido ao sistema,
com um paciente, 20%.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 329


3º. Semestre
Disciplina de Otorrinolaringologia e Oftalmologia
Semestre: III
CARGA HORÁRIA
Horas por Duração Total
Semana (semanas) de Horas
Aulas Teórico-Práticas 25 1 25
Avaliação -- -- 2
Laboratório 7 1 7
Avaliação -- -- 1
Discussão de Estágio* 5 1 5
Número Total de Horas da Disciplina 40 Horas
* Neste semestre, os estudantes terão 5 semanas (25h/s) de estágio nas enfermarias de
pacientes internados e ambulatório, e 3 semanas de estágio centrado no HIV.

PRÉ-REQUISITOS:
• Anatomia e Fisiologia;
• Semiologia (Anamnese e Exame Físico);
• Introdução às Ciências Médicas.
DOCENTES:
• Médico de Clínica Geral Técnicos de Oftamologia com experiência;
• Técnicos de Otorrinolaringologia com experiência.

COMPETÊNCIAS A SEREM ADQUIRIDAS ATÉ AO FINAL DA DISCIPLINA:


O Técnico de Medicina será capaz de realizar as seguintes tarefas:

5. Diagnosticar e tratar as patologias abaixo indicadas, com atenção especial às seguintes


tarefas:
a. Elaborar possíveis hipóteses de diagnóstico com base na anamnese, no exame físico e
diagnóstico diferencial;
b. Usar e interpretar resultados dos meios auxiliares de diagnóstico;
c. Criar um plano de tratamento / conduta, de acordo com a sua competência, baseado
no diagnóstico diferencial;
d. Criar e explicar ao paciente um plano de alta:
i. Resumo do tratamento;
ii. Seguimento;
iii. Prevenção e controlo da doença.

Lista de Doenças
1. Obstruções do canal auditivo externo e corpos estranhos;
2. Otite externa ;
3. Eczema e herpes zóster otico (Síndrome de Ramsay Hunt) ;
4. Otite média;
5. Vertigem;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 330


3º. Semestre
6. Surdez (súbita) de causa desconhecida;
7. Rinite ;
8. Sinusite;
9. Epistaxe;
10. Presença de corpo estranho no nariz;
11. Faringite;
12. Laringite aguda;
13. Neoplasias da boca, faringe e laringe;
14. Inflamações das glândulas salivares;
15. Distúrbios refrativos;
16. Olho vermelho (conjuntivite, glaucoma, hemorragia subconjuntival);
17. Celulite orbital ;
18. Exoftalmia;
19. Lesões oculares (corpo estranho, queimadura);
20. Edema palpebral;
21. Obstrução do canal lacrimonasal;
22. Baixa visual progressiva;
23. Baixa visual súbita;
24. Distúrbios pupilares (miosis, mydriasis, argyll-robertson);
25. Alterações do campo visual.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 331


3º. Semestre
Plano Temático
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Anatomia 1. Identificar e descrever os três segmentos do aparelho auditivo: 1
a. Ouvido externo (pavilhão auricular, conduto auditivo externo);
b. Ouvido médio;
c. Ouvido interno (labirinto).
2. Identificar o nervo vestibulococlear (auditivo).
3. Identificar as cavidades nasais e seios perinasais.
4. Identificar a cavidade oral, amígdalas, faringe, laringe e as três glândulas salivares
maiores.

Fisiologia 1. Descrever basicamente: 1


a. As várias etapas fisiológicas de transmissão, conversão e condução do som de
ouvido externo até ao córtex;
b. Função do labirinto no controlo do equilíbrio (vestíbulo) e conversão eléctrica do
som (cóclea);
Otorrinolaringologia c. Função do nervo vestibulococlear;
d. Função da mucosa nasal e da tuba de Eustáquio;
e. Função da laringe e faringe;
f. Função das glândulas salivares;
g. Função das pregas vocais.

Fisiopatologia 1. Descrever a interligação em termos fisiopatológicos entre as cavidades nasais os 1


seios perinasais, o ouvido e o faringe.
2. Descrever os vários tipos de otorreia e rinorreia.
3. Explicar a relação entre enervação do ouvido e otalgia (otodinia e otalgia reflexa).
4. Explicar a classificação fisiopatológica da surdez de condução e da surdez neuro-
sensorial.
5. Identificar e descrever a relação entre anastomose vascular da área anterior do septo
nasal, micro-traumatismo e epistaxe.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 332


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Anamnese 1. Listar as perguntas chave para recolher uma história clínica direccionada à queixa 1
principal.
2. Listar e definir sintomas relacionados às doenças do ouvido.
3. Listar e definir os sintomas relacionados às cavidades nasais e paranasais.
4. Listar e definir os sinais e sintomas relacionados à boca, faringe e laringe.

Laboratório 1. Demonstrar os passos sequenciais para a avaliação de: 2


Revisão da História Humanístico a. Audição;
b. Sistema vestibular;
Clínica
c. Nariz e seios perinasais;
d. Cavidade oral e faringe;
e. Glândulas salivares;
f. Pescoço (presença de tumefacções.
2. Demonstrar a técnica correcta para o uso do otoscópio, identificar e descrever
basicamente as características da membrana timpânica normal.
3. Demonstrar como fazer uma avaliação básica da capacidade auditiva.

Exames 2. Descrever os seguintes testes disponíveis para avaliação de doenças ORL, explicar as 1
Laboratoriais indicações de cada teste e interpretar os resultados:
a. VS;
b. Hemograma;
c. Zaragatoa da faringe;
d. Colorações de GRAM e Ziehl-Nielsen (exsudato ótico);
e. RPR;
Meios Diagnósticos f. Serologia HIV.
Auxiliares 3. Explicar a técnica da zaragatoa da faringe, preservação e fluxo da amostra até ao
laboratório.
4. Explicar a técnica para a recolha de exsudato ótico e as tinções para diagnóstico.

Exames Não 1. Listar as indicações para o pedido do raio x nas doenças ORL. 0.5
Laboratoriais 2. Listar o propósito e as indicações dos exames complementares específicos para
avaliação da audição e do sistema vestibular:

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 333


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
a. Teste de Weber e Rinne;
b. Teste audiométrico;
c. Timpanometria;
d. Prova calórica.

Obstruções do 1. Listar as causas comuns de obstrução do canal auditivo externo. 0.5


Canal Auditivo 2. Explicar a técnica para remoção do cerúmen.
Externo 3. Explicar como remover correctamente um corpo estranho.

Otite Externa 1. Descrever a otite externa e identificar as causas comuns. 0.5


(Aguda e Crónica) 2. Listar os sintomas comuns e identificar as várias formas de otite externa.
3. Desenvolver um diagnóstico diferencial para otite externa.
4. Descrever o tratamento para várias formas de otite externa.

Herpes Zóster (HZ) 1. Definir Síndrome de Ramsay Hunt 0.5


Ótico (Síndrome de 2. Descrever os sintomas e sinais e identificar a localização das lesões do HZ ótico.
Ramsay Hunt) 3. Desenvolver um diagnóstico diferencial para o síndrome de Ramsay Hunt, incluindo
eczema, acidente vascular cerebral e paralisia de Bell.
4. Descrever o tratamento para o síndrome de Ramsay Hunt.

Otite Média (Aguda 1. Distinguir entre otite média aguda, crónica e serosa baseando-se na causa, no 0.5
e Crónica) e organismo envolvido e na apresentação clínica.
Complicações 2. Listar as possíveis complicações/sequelas da otite média.
3. Definir e descrever os sintomas e sinais da mastoidite e do coleosteatoma e suas
possíveis complicações.
4. Descrever o tratamento farmacológico e não farmacológico para as várias formas de
otite média, incluindo a utilização da terapia tópica e/ou sistémica e a drenagem.
5. Explicar a importância de referir e/ou transferir pacientes com otite crónica ou
suspeita de mastoidite com abcesso e coleosteatoma.

Perfuração da 1. Listar as causas comuns da perfuração da membrana timpânica. 0.5


Membrana 2. Descrever os sintomas comuns da perfuração da membrana timpânica.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 334


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Timpânica 3. Descrever o tratamento farmacológico e não farmacológico da perfuração da
membrana timpânica.

Vertigem 1. Definir e distinguir entre desmaio e vertigem. 1


2. Explicar a importância da identificação de sintomas e sinais acompanhantes e das
condições desencadeantes para o diagnóstico diferencial entre vertigem periférica e
central.
3. Listar e descrever as doenças abaixo mencionadas que são relacionadas com a
vertigem periférica:
a. Vertigem posicional paroxística benigna.
b. Vertigem secundária a medicamentos (aminoglicosidos, quinina, salicilatos)
e/ou álcool.
4. Descrever a execução correcta do teste diagnóstico para vertigem posicional
paroxística benigna (teste de Hallpike).

Surdez (súbita) de 1. Definir e diferenciar surdez de condução e surdez neuro-sensorial. 1


Causa 2. Listar as possíveis causas de surdez e identificar as causas de surdez súbita.
Desconhecida 3. Desenvolver um diagnóstico diferencial para surdez súbita.
4. Definir surdez de causa desconhecida e identificar os critérios diagnósticos (maiores
e menores).
5. Reconhecer a surdez súbita como urgência médica.
6. Descrever o tratamento apropriado para surdez súbita, incluindo o uso de esteróides.

Medicamentos 1. Listar os tipos de lesão do ouvido que podem ser provocadas pelo uso de certos 0.5
Ototóxicos medicamentos.
2. Listar os medicamentos que podem causar lesões do ouvido.
3. Descrever as medidas principais de precaução no uso de estes medicamentos.

Laboratório 1. Demonstrar e explicar a finalidade das seguintes manobras e testes para vertigem 2
Humanístico posicional benigna:
a. Teste diagnóstico de Hallpike.
2. Identificar e descrever as diferentes lesões da membrana timpânica numa série de
imagens otoscópicas.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 335


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas

Rinite e Sinusite 1. Definir rinite e distinguir rinite infecciosa, alérgica e a causada pelos medicamentos. 1
2. Identificar a associação da rinite alérgica a outras condições alérgicas, incluindo a
asma.
3. Definir sinusite e distinguir entre sinusite aguda e crónica.
4. Listar as causas de sinusite aguda e crónica e os factores predisponentes.
5. Descrever os sintomas e sinais da sinusite aguda e crónica e, em modo específico, as
características e diferentes localizações da dor sinusal.
6. Desenvolver um diagnóstico diferencial para sinusite.
7. Listar as complicações da sinusite aguda e crónica.
8. Descrever o tratamento para sinusite aguda e crónica.

Epistaxe 1. Definir epistaxe e listar as causas comuns. 0.5


Clínica Médica: 2. Identificar os sintomas e sinas sugestivos de perda de volume sanguíneo significativo
Nariz e Cavidades que fazem da epistaxe uma emergência médica.
3. Elaborar um diagnóstico diferencial para epistaxe.
Paranasais
Corpo Estranho no 1. Listar os tipos de corpo estranho mais comuns e o grupo alvo. 0.5
Nariz 2. Identificar os sintomas comuns relacionados à presença de corpo estranho na
cavidade nasal.
3. Explicar que um corpo estranho no nariz pode ser uma emergência médica.
4. Descrever a conduta terapêutica apropriada incluindo:
a. Remoção de um corpo estranho;
b. Referência e/ou transferência dos casos complicados.

Laboratório 1. Descrever e demonstrar as seguintes manobras para controlar a epistaxe: 1


Humanístico a. Compressão simples do septo nasal;
b. Tamponamento nasal anterior .

Faringite e Faringo- 1. Listar as causas virais e bacterianas de faringite e identificar a associação da infecção 1
Amigdalite por estreptococos beta-hemolíticos de grupo A a:

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 336


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
a. Glomerulonefrite aguda;
b. Febre reumática aguda.
2. Descrever os sintomas e sinais comuns da faringite e identificar aqueles sugestivos
de faringite estreptocócica.
3. Identificar e descrever os sintomas e sinais sugestivos das seguintes complicações de
faringite estreptocócica:
a. Abcesso periamigdalino;
b. Abcesso retrofaríngeo.
4. Descrever o tratamento apropriado para faringite, incluindo a prevenção da febre
reumática.
Laringite 1. Definir laringite e listar as causas e os sintomas comuns. 1
2. Definir epiglotite aguda e crupe (laringite epoglótica e laringotraqueobronquite
aguda).
3. Identificar a epiglotite aguda como causa de obstrução severa das vias aéreas
superiores.
4. Distinguir entre crupe e epiglotite aguda em termos de etiologia e apresentação
clínica.
5. Descrever o tratamento farmacológico e não farmacológico da epiglotite aguda e
crupe.
Neoplasias de 1. Identificar a associação entre uso do tabaco e carcinoma da boca, faringe e laringe e 0.5
Boca, Faringe, e entre a infecção por HIV e sarcoma de Kaposi.
Laringe 2. Identificar os principais sintomas e sinais cuja presença exige referência ou
transferência do paciente.
3. Identificar a relação entre linfodenopatias e/ou tumefacções da região do pescoço e
neoplasias da boca, faringe e laringe.

Glândulas Salivares 1. Listar e descrever os sintomas comuns das doenças das glândulas salivares maiores 1
Maiores (parotide, submandibular, sublingual).
2. Listar as causas comuns das doenças das glândulas salivares, incluindo sialolitíase e
causas infecciosas.
3. Desenvolver um diagnóstico diferencial para doenças das glândulas salivares
baseado na presença de:
a. Sintomas bilaterais ou unilaterais agudos;
b. Sintomas unilaterais recorrentes (sialolitíase);

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 337


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
c. Sintomas unilaterais crónicos (neoplasia, TB, Sjogren);
d. Aumento parotideo indolor bilateral (HIV, diabetes melito).
4. Descrever o tratamento da parotidite devida a causa infecciosa.

Anatomia 1. Identificar e descrever os componentes principais do globo ocular, dos anexos 0.5
oculares e da glândula lacrimal.
2. Identificar os nervos ópticos (II), oculomotores (III), trochleares (IV), abducentes
(VI), ramo oftálmico do trigêmeo (V) e faciais (VII).

Fisiologia 1. Descrever basicamente: 0.5


a. Processamento visual desde a fase inicial na retina até a elaboração visual final
associada à cognição.
Oftalmologia b. Definir o olho emétrope;
c. Movimentos extra-oculares normais;
d. Reacções pupilares normais;
e. Função da glândula lacrimalis.

Fisiopatologia 1. Descrever a fisiopatologia das complicações oculares, incluindo glaucoma. catarata, 0.5
retinopatia, estrabismo, olho míope e olho hipermétrope.
2. Definir cegueira.

Anamnese 1. Enumerar os componentes de uma história clínica orientada aos sintomas 0.5
ligados ao aparelho visual.
2. Listar e definir sintomas relacionados às doenças do olho.

Revisão do Exame Exame físico 1. Listar e descrever os passos consequenciais para avaliação de: 0.5
a. Exame ocular externo;
Clínico
b. Reflexos pupilares;
Oftalmológico c. Movimentação ocular;
d. Campo de visão;
e. Acuidade visual.

Laboratório 1. Realizar um exame clínico num colega enfocado nos sinais e sintomas de pertinência 2

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 338


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Humanístico oftalmológica:
a. Efectuar a anamnese oftálmica;
b. Efectuar os passos do exame físico e registar os resultados;
c. Explicar os resultados que seriam considerados normais;
d. Explicar as anomalias que podem ser encontradas e possivelmente associadas a
uma doença oftálmica.

Laboratoriais e 1. Listar os testes disponíveis para avaliação de doenças oftálmicas, explicar as 0.5
Outros Exames indicações de cada teste e interpretar os resultados:
Complementares a. Hemograma;
Específicos b. VS.
Meios Diagnósticos 2. Listar as indicações, finalidade e explicar basicamente a execução dos exames
Auxiliares complementares:
a. Tonometria bidigital;
b. Teste de cores;
c. Fundoscopia.

Distúrbios 1. Definir e descrever os sintomas de miopia. 0.5


Refrativos 2. Definir e descrever os sintomas de hipermetropia.
3. Definir e descrever os sintomas de presbiopia.
4. Descrever o tratamento (lentes corretivas) para distúrbios refrativos.

Olho Vermelho 1. Enumerar causas traumáticas e não traumáticas comuns de olho vermelho. 1
2. Distinguir entre causas severas e não-severas de olho vermelho.
Clínica Médica: 3. Descrever os passos principais na avaliação (anamnese e exame físico) de um
Olho paciente com olho vermelho.
4. Desenvolver o diagnóstico diferencial do olho vermelho.
5. Definir conjuntivite.
6. Descrever as causas mais frequentes, os factores de risco e o modo de
transmissão de conjuntivite.
7. Descrever a apresentação clínica, evolução e manejo das conjuntivites
alérgicas e infecciosas.
8. Definir glaucoma aguda.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 339


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
9. Descrever a apresentação clínica, evolução e manejo de glaucoma aguda.
10. Descrever a apresentação clínica, evolução e manejo de uma hemorragia
subconjuntival.

Tracoma 1. Definir o termo: tracoma e descrever a sua importância clínica. 0.5


2. Indicar os factores de risco, a causa e modo de transmissão.
3. Descrever a apresentação clínica, a progressão da doença, o tratamento
médico, indicação para referência cirúrgica.
4. Descrever as medidas de prevenção.

Pterigium 1. Definir pterigium. 0.5


2. Identificar os factores de risco.
3. Descrever a apresentação clínica, distinguindo entre a forma benigna e forma
progressiva e conduta.

Distúrbios da 1. Definir celulite orbital. 0.5


Órbita 2. Descrever as causas mais frequentes de celulite orbital.
3. Descrever a apresentação clínica e possíveis sequelas de celulite orbital.
4. Descrever o diagnóstico diferencial e o manejo em termo de exames
complementares e tratamento de celulite orbital.
5. Definir exoftalmia.
6. Descrever as causas mais frequentes de exoftalmia.
7. Descrever o diagnóstico diferencial e o manejo em termo de exames
complementares e tratamento de exoftalmia.

Lesões Oculares 1. Descrever as causas mais comuns de traumas oculares. 0.5


2. Descrever como remover corpos estranhos da superfície do olho.
3. Descrever o manejo imediato num paciente com queimadura química do olho.
4. Enumerar possíveis sequelas de queimaduras químicas dos olhos.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 340


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Distúrbios das 1. Descrever a função das pálpebras e das lágrimas 0.5
Pálpebras e 2. Descrever a apresentação clínica, evolução e manejo de:
Glândulas a. Obstrução do canal lacrimonasal;
Lacrimais b. Dacriocistite.
3. Desenvolver o diagnóstico diferencial de edema palpebral.
4. Definir hordéolo e calázio.
5. Comparar e descrever a apresentação clínica, o diagnóstico diferencial, a evolução
clínica e o tratamento de hordéolo e calázio.

Neuro- 1. Listar os sintomas que indicam a necessidade de uma avaliação neuro-oftalmológica. 1


Oftalmologia 2. Descrever os passos sequenciais de uma avaliação neuro-oftalmólogica básica.
3. Descrever as apresentações clínicas e o manejo de alterações da motilidade ocular
causadas por distúrbios dos nervos cranianos.
4. Descrever as alterações pupilares comuns e listar as suas causas.
5. Definir miosis, mydriasis e o síndrome de Argull-Robertson.
6. Descrever a amplitude do campo visual normal.
7. Listar e descrever causas comuns de alterações no campo visual.
8. Listar os sinais e sintomas do foro neuro-oftalmólogico que indicam a necessidade
de referir imediatamente ao especialista.

Baixa Visual 1. Listar e descrever as causas comuns de baixa visual progressiva e súbita e identificar 1
Progressiva e as causas que exigem uma referência imediata ao especialista.
Súbita 2. Definir cegueira e cegueira noturna.
3. Desenvolver um diagnóstico diferencial do síndrome ‘baixa visual progressiva’.
4. Descrever a etiologia, apresentação clínica, evolução e manejo de catarata.
5. Descrever a etiologia, a apresentação clínica, evolução e tratamento de tracoma.
6. Descrever a apresentação clínica, evolução e manejo de retinopatia hipertensiva e
diabética.
7. Descrever a fisiopatologia da deficiência de vitamina A.
8. Descrever a etiologia, a apresentação clínica, evolução, prevenção e tratamento de
xeroftalmia.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 341


3º. Semestre
ESTÁGIO
Local do Estágio:
• Serviço de consultas externas ORL e oftalmologia se houver;
• Onde não houver, Enfermaria de Medicina e Consultas Externas.

Duração: 5 semanas
Supervisores:
• Técnicos de ORL e de Oftalmologia;
• Médicos de Clínica Geral.

Técnicas a Demonstrar:
• Efectuar uma anamnese apropriada para um paciente com sintomas ORL e/ou
oculares;
• Executar correctamente um exame físico relacionado com as queixas ORL e/ou
oculares;
• Registar os resultados da anamnese e do exame físico de forma exacta e concisa no
processo clínico do paciente;
• Desenvolver um diagnóstico diferencial adequado às queixas do paciente;
• Identificar os meios auxiliares de diagnóstico para proceder ao diagnóstico da
condição ORL/ocular apresentada;
• Desenvolver uma conduta terapêutica e um plano de seguimento adequado;

Seminários de Discussão do Estágio:


• Apresentação de 1 caso observado durante o estágio;

• Para cada caso apresentado, é necessário incluir resultados relevantes da história clínica e do
exame físico, discutir os meios de diagnóstico utilizados e o diagnóstico diferencial. O TM
deverá descrever a conduta terapêutica do paciente, incluindo terapias farmacológicas e não
farmacológicas, a educação do paciente, o prognóstico e o acompanhamento. Indicações para
a transferência imediata ou o encaminhamento adequado devem ser incluídas na apresentação.

• O docente deve rever os casos com o grupo para:


o Evidenciar aspectos chave da anamnese e exame físico;
o Rever a fisiologia e fisiopatologia, se for apropriado;
o Rever as considerações efectuadas para chegar a um diagnóstico diferencial;
o Discutir como desenhar e implementar uma conduta terapêutica.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 342


3º. Semestre
AVALIAÇÃO
Avaliação Teórica
• Um teste escrito parcial, com um peso de 20%;
• Exame escrito final, com um peso de 30%.

Avaliação Prática
• Demonstração de técnicas / procedimentos no laboratório (humanístico ou multi-
disciplinar, com um peso de 10%.

Avaliação do Estágio
• Apresentação de 1 caso observado durante o estágio, com um peso de 20%.
• Demonstração de uma história clínica (anamnese e exame físico) dirigido ao sistema,
com um paciente, 20%.

BIBLIOGRAFIA
• Alcantara Maia, R; Cahali, S. Surdez súbita. Rev. Bras. Otorrinolaringol. São
Paulo Mar/Apr 2004; 70 (2).
• Collier, J; Longmore, M.; Brinsden, M. Manual de especialidades clínicas de Oxford (Oxford
handbook of clinical specialties). 7o ed. Oxford University Press; 2006.
• Fauci, K, Hauser, L, Jameson, L. Harrison: medicina interna. 17o ed. Mac Graw Hill; 2008.
• MISAU-UNICEF-Cooperação Italiana. Diagnóstico diferencial para o pessoal clínico. 1998.
• Soares, J.L. Ducla. Semiologia médica. 1o ed. LIDEL Editora; 2007.
• Swash, M. Métodos clínicos de Hutchinson (Hutchinson’s clinical methods). Saunders; 2002.
• Vio, F, Soares-Mendes, L. Terapia médica do posto de saúde até o hospital de referência.
MISAU-UNICEF-Cooperação Italiana; 1996.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 343


3º. Semestre
Disciplina de Estomatologia
Semestre: III
CARGA HORÁRIA
Horas por Duração Total
Semana (semanas) de Horas
Aulas Teórico-Práticas 22 1 22
Avaliação -- -- 2
Laboratório 5 1 5
Avaliação -- -- 2
Discussão de Estágio* 5 1 5
Número Total de Horas da Disciplina 36 Horas
* Neste semestre, os estudantes terão 5 semanas (25h/s) de estágio nas enfermarias de
pacientes internados e ambulatório, e 3 semanas de estágio centrado no HIV.

PRÉ-REQUISITOS:
• Anatomia e Fisiologia;
• Introdução às Ciências Médicas;
• Semiologia 1 e 2 (Exame Físico e Anamnese);
• Introdução a Meios Auxiliares de Diagnósticos;
• Deontologia e Ética Profissional;
• Saúde da Comunidade.
DOCENTES:
• Técnicos de Estomatologia;
• Dentistas.

COMPETÊNCIAS A SEREM ADQUIRIDAS ATÉ AO FINAL DA DISCIPLINA:


O Técnico de Medicina será capaz de executar as seguintes tarefas:

12. Fornecer informação adequada aos pacientes, famílias e comunidade para a promoção
de comportamentos e estilos de vida favoráveis á saúde oral e prevenção de doenças
problemas orais.
13. Ensinar aos pacientes, família e comunidade, as técnicas de escovação correctas e
acessíveis (comercias ou tradicionais), para uma higiene oral adequada.
14. Avaliar os problemas orais dos pacientes e, em colaboração com os pacientes,
priorizar as suas necessidades.
15. Reconhecer e tratar os sinais e sintomas de problemas orais provocados por
insuficiência de vitaminas, desnutrição e problemas fúngicos e referir os pacientes,
quando necessário.
16. Fazer recomendações nutricionais específicas aos pacientes com problemas de saúde
oral, provocados por insuficiências vitamínicas.
17. Reconhecer e tratar as seguintes condições de saúde oral e referir os pacientes, quando
necessário:

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 344


3º. Semestre
1. Deterioração dentária;
2. Estomatite aftosa (Aftas);
3. Gengivite / periodontite;
4. Angina de Vincent;
5. Angina de Ludwig;
6. Fendas orafaciais
7. Gengivoestomatite herpética;
8. Candidiase oral;
9. Sifilis;
10. Abcesso dentário.
18. Realizar observações orais em crianças e adultos.
19. Receitar e dispensar medicamentos e doses apropriadas para dor de dentes, infecção
oral e anestesia local em crianças e adultos.
20. Efectuar o exame oral aos pacientes elegíveis para o despiste precoce de lesões pré-
malignas (leucoplasias e eritroplasias) e seu encaminhamento para confirmação e
tratamento.
21. Reconhecer e referir pacientes com suspeita de cancro oris (NOMA) e fendas
orofaciais (confirmar se temos mais tempo na saúde oral ou na estomatologia)

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 345


3º. Semestre
Plano Temático
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Anatomia 1. Descrever a estrutura do crânio, particularmente o maxilar e a mandíbula. 4
2. Descrever a estrutura e função dos lábios, maçãs do rosto, língua, pavimento da boca
e véu palatal, amígdalas e gengivas.
3. Descrever a morfologia dos dentes, incluindo coroas e raízes da dentição temporária e
da dentição permanente.
4. Explicar os padrões normais de erupção da dentição temporária e da dentição
permanente.
5. Definir esmalte dentário, dentina, tecido da polpa e como se relacionam uns com os
outros.
6. Enumerar a localização dos nervos ligados aos dentes do maxilar e da mandíbula.
Fisiologia e 7. Desenhar e descrever um dente, mostrando as camadas do dente, incluindo o esmalte,
Anatomia dentina, cemento e câmara dos nervos.

Fisiopatologia 1. Descrever as manifestações orais de: 2


a. Insuficiência vitamínica;
b. Desnutrição;
c. Problemas fúngicos;
2. Cáries dental.

Laboratório 1. Identificar e dizer o nome de cada dente num manequim. 2


Humanístico 2. Identificar o número de raízes associadas a cada dente.

História 1. Dizer quais as perguntas devem ser feitas durante a elaboração da história clínica para 2
a obtenção de informações sobre os problemas de saúde oral do paciente.
2. Entrevistar pacientes e obter informações sobre os seus problemas de saúde oral.
3. Registar adequadamente os resultados, seguindo as directivas do curso.
4. Explicar os resultados aos pacientes numa linguagem fácil de entender e responder a
Revisão da História perguntas.
Clínica 5. Enumerar os benefícios dos pacientes entenderem os seus problemas de saúde oral.
6. Debater o impacto que a falta de boa comunicação com os pacientes pode ter sobre o
tratamento.

Exame Dentário 1. Descrever os sinais e sintomas de problemas comuns orais e dentários. 2

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 346


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
2. Identificar as maiores referências da boca e descrever a aparência normal, incluindo
lábios, maçãs do rosto, língua, pavimento da boca, amígdalas e gengivas.
3. Indicar (ou descrever) quando um dente pode ser salvo e quando deve ser extraído.

Laboratório 1. Fazer uma história clínica e exame oral de um colega. 3


Humanístico 2. Practicar a comunicação dos resultados do exame oral a um colega.

Deterioração 1. Descrever a aparência da decadência dentária. 1


Dentária 2. Enumerar as causas da decadência dentária.
3. Descrever os sinais e sintomas mais comuns de um dente cariado.
4. Enumerar e descrever as opções de tratamento.

Doenças da Mucosa 1. Descrever as lesões associadas a doenças da mucosa oral. 5


Oral (estomatite, 2. Identificar e descrever a apresentação clínica das seguintes doenças da mucosa oral:
gengivite e glossite) a. Estomatite aftosa (Aftas);
b. Gengivite /periodontite;
c. Gengivite necrosante aguda (Angina de Vincent);
d. Angina de Ludwig;
e. Fendas orofaciais;
f. Gengivoestomatite herpética;
Clínica Médica g. Candidíase oral;
h. Sífilis.
3. Descrever o diagnóstico diferencial para cada uma das doenças acima listadas.
4. Desenvolver a conduta terapêutica apropriada para as doenças acima mencionadas.

Abcesso Dentário 1. Definir e descrever os abcessos dentários. 1


2. Discutir as causas da condição.
3. Descrever os sinais e sintomas comuns dos abcessos dentários e quando é apropriado
tratá-los.

Farmacologia 1. Enumerar os medicamentos comuns usados na estomatologia para infecção, dor e 1


anestesia local.
2. Descrever os sinais e sintomas das reacções alérgicas a estes medicamentos e que
tratamento deve ser recomendado.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 347


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
3. Enumerar os factores que determinam as doses adequadas de cada medicamento.

Prevenção 1. Demonstrar como fazer escovas de dentes com materiais locais e substituir 4
substâncias naturais por pasta dentífrica.
2. Enumerar os alimentos saudáveis e não saudáveis que são bons e os que não são para
os dentes e as gengivas.
3. Técnicas de escovação adequadas.
4. Equipamentos usados para escovação.
5. Aconselhar acerca de produtos locais que devem ou não devem ser usados para a
escovação dentária.
6. Aconselhar acerca de tratamentos caseiros de dores de dente.
7. Aconselhar acerca de periodicidade, quando iniciar a escovar os dentes.
8. Importância de consultar o dentista.
9. Aconselhar acerca da prevenção de cáries em crianças pequenas.
10. Aconselhar acerca dos malefícios do álcool, tabaco.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 348


3º. Semestre
ESTÁGIO
Local do Estágio:
• Serviços de Estomatologia;
• Unidade Sanitária que oferece serviços de dentista;
Duração: 5 semanas
Supervisores: Dentistas e Técnicos com experiência em Medicina Dentária.
Técnicas a Demonstrar:
• Exames orais;
• Aconselhamento individual;
• Palestra de prevenção na sala de espera dos serviços de SMI e estomtologia.
Seminários de Discussão do Estágio:
• Apresentação de 2 casos
o Exames orais em 2 pacientes

AVALIAÇÃO
Avaliação Teórica
• Um teste escrito parcial, com um peso de 20%;
• Exame escrito final, com um peso de 30%.

Avaliação Prática
• Demonstração de técnicas / procedimentos no laboratório (humanístico ou multi-
disciplinar, com um peso de 10%.

Avaliação do Estágio
• Apresentação de 1 caso observado durante o estágio, com um peso de 20%;
• Demonstração duma história clínica (anamnese e exame físico) dirigida ao sistema,
com paciente, 20%.

BIBLIOGRAFIA
• Ministério de Saúde de Moçambique (MISAU), DNS. Guia educativo para a escola primária
sobre a saúde oral. 1993.
• Ministério de Saúde de Moçambique (MISAU). Manual de cárie e doença periodontal. 1983.
• Dickson, M. Onde não há dentista. Ed. Paulinas; 1985.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 349


3º. Semestre
Disciplina de Hematologia e Oncologia
Semestre: III
CARGA HORÁRIA
Horas por Duração Total
Semana (semanas) de Horas
Aulas Teórico-Práticas 24 1 24
Avaliação -- -- 2
Laboratório 3 1 3
Avaliação -- -- 2
Discussão de Estágio* 5 1 5

Número Total de Horas da Disciplina 36 horas


* Neste semestre, os estudantes terão 5 semanas (25h/s) de estágio nas enfermarias de
pacientes internados e ambulatório, e 3 semanas de estágio centrado no HIV.

PRÉ-REQUISITOS:
• Anatomia e Fisiologia;
• Introdução às Ciências Médicas;
• Semiologia 1 e 2 (Exame Físico e Anamnese);
• Introdução a Meios Auxiliares de Diagnóstico;
• Deontologia e Ética Profissional.
DOCENTES:
• Médicos de clínica geral, experientes;
• Técnicos de Medicina Especializados em Ensino, com experiência clínica

COMPETÊNCIAS A SEREM ADQUIRIDAS ATÉ O FINAL DA DISCIPLINA:


O Técnico de Medicina será capaz de realizar as seguintes tarefas:
1. Diagnosticar e tratar as patologias abaixo indicadas, com atenção especial às seguintes
tarefas:
a. Elaborar possíveis hipóteses de diagnóstico, com base na anamnese, no exame físico
e diagnóstico diferencial.
b. Usar e interpretar resultados dos meios auxiliares de diagnóstico;
c. Criar um plano de tratamento / conduta, de acordo com a sua competência, baseado
no diagnóstico diferencial;
d. Criar e explicar ao paciente um plano de alta:
i. Resumo do tratamento;
ii. Seguimento;
iii. Prevenção e controlo da doença.

2. Reconhecer ou suspeitar emergências, executar as intervenções médicas imediatas e


referir/transferir como apropriado.

3. Aconselhar o paciente sobre as diversas maneiras de prevenção do cancro.

Lista de Doenças

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 350


3º. Semestre
1. Anemia;
2. Doenças de coagulação do sangue e coagulopatias;
3. Leucemia e Linfoma;
4. Carcinoma da Pele;
5. Carcinoma da cabeça e pescoço;
6. Carcinoma da mama;
7. Carcinoma Bronco-Pulmonar;
8. Neoplasia Gastrointestinal;
9. Carcinoma uro-genital;
10. Carcinoma músculo esquelético;
11. Neoplasias Oculares.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 351


3º. Semestre
Plano Temático
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Terminologia 1. Definir os termos seguintes: 1
Comun em a. Hematologia;
Hematologia e b. Oncologia;
Oncologia c. Malignidade;
d. Neoplasma;
Terminologia e. Carcinogénese;
f. Discrasia;
g. Leucocitose;
h. Leucopenia;
i. Anemia.

Anatomia do 1. Explicar a função do sangue. 1


Sistema 2. Nomear os principais componentes do sangue.
Hematológico e dos 3. Descrever a estrutura dos vasos sanguíneos.
Órgãos Sólidos 4. Desenhar os ramos principais do sistema circulatório.
5. Listar e identificar as estruturas anatómicas com maior tendência para ser
afectadas por malignidade, numa figura bidimensional.
6. Identificar o tipo de circulação sanguínea nos órgãos, com maior tendência
para ser afectados por malignidade.
7. Listar as estruturas maiores do sistema linfático.
Fisiologia e
Anatomia Fisiologia 1. Identificar os constituintes do sangue produzidos pela medula óssea. 1
2. Descrever as funções do sistema circulatório.
3. Descrever as funções do sistema linfático.
4. Explicar o mecanismo de propagação da malignidade pelas vias hematológicas e
linfáticas.
5. Explicar as diferenças entre linfócitos B e linfócitos T, com base na sua função
normal no sistema imunitário.

Fisiopatologia 1. Descrever as funções celulares e da medula óssea normais. 1


2. Indicar as alterações fisiológicas associadas às lesões e à morte das células.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 352


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
3. Descrever o processo que na medula óssea leva ao desenvolvimento celular
anormal.
4. Explicar como o cancro se desenvolve a partir de células normais.
5. Explicar o papel dos linfócitos T e linfócitos B no desenvolvimento da
leucemia e linfoma.
6. Explicar o efeito da imuno-supressão, associada à infecção por HIV , no
desenvolvimento de malignidade secundária.
7. Explicar a diferença entre tumor localizado e tumor com metástases.

História Clínica 21. Enumerar os componentes de uma história clínica orientada para os sintomas 2
hematológicos e oncológicos em crianças e adultos.
22. Enumerar queixas que normalmente são associadas a uma condição hematológica ou
oncológica.
23. Enumerar as questões a ter em conta para colher uma detalhada história do paciente,
incluindo:
i. Queixa principal;
j. Cronologia, localização, radiação, tipo e severidade da queixa;
k. Duração, frequência e periodicidade, factores agravantes e atenuantes;
l. Manifestações associadas.
Revisão da História
Exame Físico 1. Enumerar as técnicas necessárias para realizar os seguintes exames orientados aos 2
Clínica sintomas hematológicos e oncológicos em crianças e adultos:
a. Exame dermatológico;
b. Exame dos nódulos linfáticos;
c. Exame pulmonar;
d. Exame cardiovascular;
e. Exame abdominal;
f. Exame da mama;
g. Exame pélvico;
h. Exame por toque rectal;
i. Exame da próstata.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 353


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Exames do Para cada um dos procedimentos abaixo: 2
Laboratório, 3. Explicar o objectivo e listar indicações e contra-indicações comuns.
Capacidades 4. Explicar quais os resultados considerados “normais”.
Técnicas e 5. Explicar quais as anomalias que podem auxiliar no diagnóstico de uma
Procedimentos condição hematológica ou oncológica:
Clínicos a. Biópsia da medula óssea;
b. Contagem Completa das células do Sangue;
c. Avaliação de esfregaços de sangue periférico;
d. Histopatologia numa amostra de tecido de um tumor sólido;
e. Radiografia torácica;
Meios Diagnósticos f. Radiografias de ossos longos.
Auxiliares
Laboratório 3. Efectuar um exame físico num colega, com ênfase na pele, no abdómen e nos 3
Humanístico sistemas linfático, pulmonar e cardiovascular:
j. Descrever os passos do exame físico;
k. Explicar os resultados que seriam considerados “normais”;
l. Explicar anomalias que podem ajudar a diagnosticar uma condição
hematológica ou oncológica;
m. Listar exames laboratoriais ou procedimentos necessários para diagnosticar
as condições que pode vir a encontrar.

Introdução 1. Descrever a anatomia e fisiologia do sistema circulatório. 1


2. Descrever a fisiopatologia das doenças do sangue.
3. Descrever a fisiopatologia da malignidade de tumores líquidos e sólidos.
Medicina Clínica:
Prevenção do 1. Listar as mudanças no estilo de vida que podem minimizar o risco da 2
Hematologia/
Cancro e Detecção incidência de cancro e definir a qual tipo de cancro estas mudanças estão
Oncologia
Precoce relacionadas.
2. Explicar a importância do aconselhamento do paciente para a redução da
incidência de cancro.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 354


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Anemia 1. Definir anemia. 3
2. Descrever as três categorias gerais de anemia, em termos de processos de:
produção, destruição e perda.
3. Enumerar as etiologias mais frequentes da anemia.
4. Descrever as características clínicas mais comuns da anemia em crianças e
adultos.
5. Identificar sinais condizentes com a anemia nas histórias clínica;
6. Listar resultados de exames físicos associados à anemia.
7. Descrever o diagnóstico diferencial para a anemia.
8. Listar resultados laboratoriais que podem conduzir ao diagnóstico de anemia.
9. Descrever opções farmacológicas e não-farmacológicas de tratamento da
anemia.
10. Listar possíveis efeitos colaterais ou adversos associados ao tratamento da
anemia.
11. Distinguir entre anemias microcíticas e anemias macrocíticas, com base nos
resultados do hemograma e apresentação clínica.
12. Avaliar anemias hemolíticas.
13. Fornecer o suplemento nutricional para anemia, se for indicado,
14. Listar as indicações dos fármacos hematológicos/oncológicos comuns.

Procedimentos: 1. Descrever todos os casos em que é necessária uma transfusão sanguínea. 1


Transfusão 2. Indicar os riscos e benefícios gerais da transfusão sanguínea no tratamento da
Sanguínea anemia.
3. Descrever as possíveis reacções a uma transfusão, sinais, sintomas e medidas
Medicina Clínica:
a tomar caso venham a ocorrer.
Hematologia/
Defeitos da 1. Definir coagulação sanguínea. 2
Oncologia
Coagulação 2. Definir hemofilia, trombocitopenia e coagulação intravascular disseminada.
3. Listar causas comuns de doenças de coagulação em crianças e adultos;
4. Descrever os sinais clínicos e sintomas associados a defeitos na coagulação do
sangue e afecções hemorrágicas.
5. Descrever as condições descritas na história clínica associadas ao processo

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 355


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
anormal de coagulação do sangue.
6. Descrever os resultados do exame físico, associados ao processo anormal de
coagulação do sangue.
7. Descrever o diagnóstico diferencial para os defeitos na coagulação sanguínea.
8. Listar observações laboratoriais normalmente associadas com os defeitos na
coagulação sanguínea.
9. Listar os tratamentos farmacológicos e não-farmacológicos para os defeitos de
coagulação.
10. Enumerar os efeitos colaterais ou adversos, associados ao tratamento dos
distúrbios de coagulação e afecções hemorrágicas.
11. Identificar os sinais de doença por citotoxicidade.
12. Listar as causas mais comuns de hipercoagulabilidade ou trombofilia,
incluindo carcinoma, imobilidade, estrogénios (incluindo contraceptivos) e
gravidez.
13. Enumerar os cuidados recomendados para a prevenção de coágulos
sanguíneos.
14. Identificar os sinais e sintomas mais comuns de trombose venosa profunda.
15. Identificar os sinais e sintomas mais comuns de embolia pulmonar.

Leucemia e Linfoma 1. Definir leucemia e Linfoma. 2


2. Descrever os sintomas de uma história clínica normalmente, associados à
leucemia e linfoma em crianças e adultos.
3. Descrever resultados do exame físico em crianças e adultos, normalmente
associados à leucemia e linfoma.
4. Descrever os diagnósticos diferenciais para leucemia e linfoma.
5. Listar observações laboratoriais que podem levar à consideração de um
diagnóstico de leucemia ou linfoma.
6. Explicar, em linhas gerais, o prognóstico de um paciente diagnosticado com
leucemia ou linfoma.
7. Descrever o procedimento correcto para referir um paciente com suspeita de
leucemia ou linfoma.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 356


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
8. Explicar que:
a. O vírus de Epstein Barr é associado ao linfoma de Burkitt.
b. Ovírus herpes SK é associado ao sarcoma de Kaposi.
9. Rever a apresentação clínica do sarcoma de Kaposi em todas as formas, em
crianças e adultos.
10. Descrever opções de tratamento para o sarcoma de Kaposi para crianças e
adultos.

Tumores sólidos 1. Definir tumor sólido. 2


2. Descrever a metastização do tumor por via sanguínea e linfática.
3. Listar os sistemas e órgãos mais vulneráveis ao desenvolvimento de tumores.
4. Descrever os sinais e sintomas em crianças e adultos que estão normalmente
associados a diferentes tipos de tumores sólidos, numa história clínica.
5. Descrever os resultados do exame físico em crianças e adultos, normalmente
associados aos diferentes tipos de tumores sólidos.
6. Descrever o diagnóstico diferencial para um tumor sólido nos vários órgãos do
corpo humano.
7. Explicar o prognóstico de um paciente diagnosticado com os tumores sólidos
mais comuns.
8. Descrever o procedimento correcto para referir um paciente com suspeita de um
tumor sólido.
9. Identificar sinais e sintomas comuns de um carcinoma metastizado.
10. Criar um plano de cuidados paliativos para pacientes com um cancro em
estado terminal.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 357


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Emergências 13. Identificar as situações de hematológicas e oncológicas de emergência. 1
Hematológicas e 14. Descrever os sinais e sintomas que podem ser associados a uma emergência
Oncológicas hematológica/oncológica em crianças e adultos.
15. Descrever resultados do exame físico em crianças e adultos que podem estar
associados a uma emergência hematolócia/oncológica.
16. Explicar os cuidados e tratamento imediatos (estabilização) de um paciente
com uma emergência hematolócia/oncológica.
17. Descrever o procedimento correcto para referir um paciente que apresenta
uma emergência hematolócia/oncológica.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 358


3º. Semestre
ESTÁGIO
Local do Estágio:
• Serviço de Consulta Externa;
• Enfermarias de Medicina, Cirurgia, Pediatria;
• Serviços de Oncologia e Dermatologia.
Duração: 5 semanas
Supervisor: Técnicos de Medicina, Médicos de Clínica Geral.

Técnicas a Demonstrar:
• Abrir um ‘processo clínico’ para um paciente com sintomas hematológicos e/ou
oncológicos;
• Efectuar um exame físico num paciente, focando-se nos sistemas do corpo humano
relacionados com as suas queixas hematológicos e/ou oncológicos e associados com a
metastização de um tumor sólido maligno;
• Identificar os meios de diagnóstico necessários para efectuar um diagnóstico da
condição hematológica e/ou oncológica de um paciente.

Discussão de Estágio:
• Apresentação de 1 caso observado durante o estágio, que poderá ser entre os
seguintes:
• Condição hematológica, de um paciente com anemia ou distúrbio de coagulação;
• Condição hematológica/oncológica de um paciente com leucemia ou linfoma (se for
possível);
• Paciente com um tumor sólido de preocupação oncológica (dois tumores sólidos de diferente
sistemas de órgãos podem ser apresentados se o paciente com o tumor líquido não se
apresentar durante o estágio).
• Para cada paciente apresentado, é necessário incluir resultados relevantes da história clínica e
do exame físico, discutir os meios de diagnóstico utilizados e o diagnóstico diferencial. O TM
deverá descrever a educação do paciente, o prognóstico e o acompanhamento. Indicações para
a transferência imediata ou o encaminhamento adequado devem ser incluídas na apresentação.

• O docente deve rever os casos com o grupo para:


o Evidenciar aspectos chave da anamnese e exame físico;
o Rever a fisiologia e fisiopatologia, for apropriado;
o Rever as considerações efectuadas, para chegar a um diagnóstico diferencial;
o Discutir como desenhar e implementar uma conduta terapêutica.

AVALIAÇÃO
Avaliação Teórica
• Um teste escrito parcial, com um peso de 20%;
• Exame escrito final, com um peso de 35%.

Avaliação Prática

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 359


3º. Semestre
• Demonstração de técnicas / procedimentos no laboratório (humanístico ou multi-
disciplinar, com um peso de 15%.
Avaliação do Estágio
• Apresentação de 3 casos observados no estágio – 30%.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 360


3º. Semestre
Disciplina de Saúde Mental
Semestre: III
CARGA HORÁRIA
Horas por Duração Total
Semana (semanas) de Horas
Aulas Teórico-Práticas 27, 19 2 46
Avaliação -- -- 2
Laboratório 4, 8 2 12
Avaliação -- -- 2
Discussão de Estágio* 5 2 10

Número Total de Horas da Disciplina 72 Horas


* Neste semestre, os estudantes terão 5 semanas (25h/s) de estágio nas enfermarias de
pacientes internados e ambulatório, e 3 semanas de estágio centrado no HIV.

PRÉ-REQUISITOS:
• Ética e Profissionalismo I;
• Meios Auxiliares de Diagnóstico;
• Semiologia 1 2 (Anamnese e Exame Físico).

DOCENTES:
• Técnicos de Psiquiatria e Saúde mental;
• Psicólogos ou responsáveis pela área de apoio psicossocial em Unidades Sanitárias que
oferecem TARV;
• Médicos Generalistas.

COMPETÊNCIAS A SEREM ADQUIRIDAS ATÉ O FINAL DA DISCIPLINA:


O Técnico de Medicina será capaz de realizar as seguintes tarefas:
4. Reconhecer, numa consulta, sinais e sintomas duma possível doença mental;
5. Levantar hipótese diagnóstica e tomar as medidas apropriadas com relação aos transtornos
abaixo indicados com atenção especial às seguintes tarefas:
a. Realizar anamnese psiquiátrica e exame mental;
b. Identificar emergências do fórum psiquiátrico e tomar medidas apropriadas;
c. Fazer o diagnóstico diferencial entre alterações de comportamento referentes a queixas
psíquicas e doenças orgânicas (como malária cerebral, meningite, encefalopatia por HIV,
etc.);
d. Fazer um diagnóstico sindrómico e dar encaminhamento adequado aos transtornos
identificados.
6. Acolher e orientar o utente e a família sobre a situação de saúde, tratamentos disponíveis e
fontes de apoio.

Lista de Doenças:
1. Transtornos geralmente diagnosticados pela primeira vez na infância ou na
adolescência:

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 361


3º. Semestre
a. Atraso mental;
b. Transtorno de aprendizagem;
c. Transtorno de habilidades motoras;
d. Transtorno de comunicação;
e. Transtornos globais de desenvolvimento;
f. Transtornos de déficit de atenção e comportamento disruptivo.
2. Delirium, demência, transtorno amnésico e outros transtornos cognitivos.
3. Transtornos relacionados a substâncias químicas.
4. Esquizofrenia e outros transtornos psicóticos.
5. Transtornos de humor:
a. Depressivos;
b. Bipolares.
6. Transtornos de ansiedade.
7. Transtornos somatoformes.
8. Transtornos sexuais.
9. Transtornos de alimentação.
10. Transtornos de sono.
11. Outras condições que podem ser foco de atenção clínica:
a. Factores psicológicos que afectam a condição clínica;
b. Transtornos dos movimentos induzidos por medicamentos.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 362


3º. Semestre
Plano Temático
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Breve História da 1. Identificar as diferenças entre o modelo da psiquiatria clássica e o modelo 1
Psiquiatria actual de psiquiatria.
2. Explicar o que é DSM-IV e o que é CID-10.
3. Definir saúde mental.
4. Explicar a relação entre saúde mental e saúde pública.

Saúde Mental em 1. Explicar como os transtornos mentais são compreendidos pela população em 3
Moçambique: geral em Moçambique e identificar quais são os desafios para actuação em
Contextualização saúde mental no país.
2. Descrever as possíveis estratégias para lidar com os desafios identificados.
Introdução: Actuação
3. Descrever como a atenção em saúde mental está estruturada no Serviço
em Saúde Mental
Nacional de Saúde e qual é o papel do Técnico de Medicina Geral nesta área
em cada nível de atenção.
4. Explicar a diferença de actuação entre o Técnico de Medicina Geral, o
Técnico de Psiquiatria e Saúde Mental e demais profissionais de saúde mental
(psicólogo, médico psiquiatra).

Ética em Psiquiatria 1. Definir ética e explicar a importância da ética em saúde mental. 1


2. Listar e explicar quais devem ser os cuidados éticos no atendimento do utente
e familiares em saúde mental.

Anamnese 1. Explicar como deve ser a postura do TM para facilitar a conversa com o 3
utente sobre aspectos da saúde mental.
2. Definir entrevista, entrevista clínica e rede de apoio.
Avaliação em Saúde
3. Explicar o uso de perguntas abertas na entrevista clínica.
Mental 4. Enumerar as questões a ter em conta para colher uma detalhada história do
paciente, incluindo:
a. Identificação geral;
b. Queixa principal;
c. Cronologia, tipo e severidade da queixa;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 363


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
d. Duração, frequência, intensidade e periodicidade, factores agravantes e
atenuantes;
e. Manifestações associadas;
f. Tratamentos já realizados (inclusive tradicionais);
g. Significado do sintoma para o paciente e para seus familiares;
h. Histórico familiar de sintomas e transtornos mentais;
i. Mapeamento da rede de apoio.
Exame de Estado 1. Definir exame de estado mental. 2
Mental 2. Descrever os componentes essenciais e as etapas de um exame de estado
mental.
3. Identificar perguntas que podem orientar o exame de estado mental.

Análises 1. Explicar o objectivo e a utilização de análises laboratoriais em psiquiatria, 2


Laboratoriais em principalmente para triagem de doença orgânica.
Psiquiatria 2. Listar as análises que podem ser utilizadas para o diagnóstico diferencial.
3. Listar as situações onde o TM deve solicitar análises.
4. Explicar qual deve ser a conduta do TM frente ao resultado das análises.

Laboratório 1. Conduzir uma anamnese abordando as questões de saúde mental registar no 4


Humanístico processo.
2. Demonstrar os passos da história clínica com anamnese, mapeamento de rede
de apoio e exame mental.
3. Listar perguntas abertas que podem ajudar na entrevista clínica.

Classifp1ams d5(e, m)- Tc 0 Tw 25.46 -11(p1)-14(am)-5


trar0 Tcexs
0err.A.(do3[ 0er31(.AMC211.84 80.117.5 .5 8m)Tw re foq4 80.117.5 .28 258.1168.26228 80.5

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 364


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Humor 2. Explicar a diferença entre tristeza e depressão e meios de identificar a
depressão.
3. Descrever os sinais e sintomas dos transtornos de humor, em especial a
depressão (em seus diferentes graus) e transtorno bipolar.
4. Descrever exemplos de pacientes ou de pessoas conhecidas que apresentaram
sintomas de depressão leve, moderada e grave, com base na sua experiência.
5. Listar perguntas que podem ser feitas na anamnese para ajudar a identificar
transtornos de humor.
6. Descrever qual deve ser a conduta do TM diante desse quadro:
a. Postura diante do utente;
b. Informações a serem transmitidas ao utente e seu familiar;
c. Medicamentos possíveis a serem prescritos;
d. Listar alternativas terapêuticas;
e. Encaminhamentos (transferência ou seguimento).
Transtornos de 1. Explicar o que são transtornos de ansiedade e listar suas classificações; 2
Ansiedade 2. Explicar os meios de identificar transtornos de ansiedade.
3. Descrever os sinais e sintomas dos transtornos de ansiedade.
4. Listar perguntas que podem ser feitas na anamnese para ajudar a identificar
transtornos de ansiedade.
5. Descrever qual deve ser a conduta do TM diante desses quadros:
a. Postura diante do utente;
b. Informações a serem transmitidas ao utente e seu familiar;
c. Medicamentos possíveis a serem prescritos;
d. Listar alternativas terapêuticas;
e. Encaminhamentos (transferência ou seguimento).

Psicoses 1. Explicar o que é psicose e listar suas classificações. 3


(esquizofrenia e 2. Definir esquizofrenia.
outros transtornos 3. Explicar a diferença entre delírio e alucinação.
psicóticos) 4. Descrever os meios para identificar uma psicose.
5. Descrever os sinais e sintomas da esquizofrenia e outros transtornos

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 365


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
psicóticos.
6. Listar perguntas que podem ser feitas na anamnese para ajudar a identificar
transtornos psicóticos.
7. Descrever qual deve ser a conduta do TM diante desse quadro:
a. Postura diante do utente;
b. Informações a serem transmitidas ao utente e seu familiar;
c. Medicamentos possíveis a serem prescritos;
d. Listar alternativas terapêuticas (grupos de apoio, conversa com a família,
referência para psicoterapia ou avaliação psicológica);
e. Encaminhamentos (transferência ou seguimento).
Transtornos 1. Definir e explicar como identificar: 3
Geralmente a. Transtorno de aprendizagem;
Diagnosticados pela b. Transtorno de défice de atenção e comportamento disruptivo;
Primeira Vez na c. Transtorno de habilidades motoras;
Infância ou na d. Transtorno de comunicação;
e. Transtornos globais de desenvolvimento.
Adolescência
2. Listar e descrever problemas no desenvolvimento psicomotor e retardo
mental.
3. Explicar o que é abuso sexual e suas consequências para o desenvolvimento
da criança e do adolescente.
4. Descrever qual deve ser a conduta do TM diante desses quadros:
a. Postura diante do utente;
b. Informações a serem transmitidas ao utente e seu familiar;
c. Medicamentos possíveis a serem prescritos;
d. Listar as alternativas terapêuticas;
e. Encaminhamentos (transferência ou seguimento).
5. Descrever qual deve ser a conduta do TM diante de uma suspeita de abuso
sexual de crianças ou adolescentes.
6. Listar perguntas que podem ser feitas na anamnese para ajudar a identificar
esses transtornos.
Delirium, Demência, 1. Explicar a diferença entre delírio e demência. 2
Transtorno 2. Identificar quadros orgânicos que podem apresentar sintomas parecidos.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 366


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Amnésico e Outros 3. Descrever os meios para identificar transtornos cognitivos.
Transtornos 4. Listar perguntas que podem ser feitas na anamnese para ajudar a identificar
Cognitivos transtornos cognitivos.
5. Descrever qual deve ser a conduta do TM diante desses quadros:
a. Postura diante do utente;
b. Informações a serem transmitidas ao utente e seu familiar;
c. Medicamentos possíveis a serem prescritos;
d. Listar as alternativas terapêuticas;
e. Encaminhamentos (transferência ou seguimento).

Transtornos 1. Definir: 2
Relacionados a a. Abuso de substâncias psicoativas;
Substâncias b. Dependência de substâncias psicoativas;
Químicas c. Transtornos relacionados com o álcool;
i. Intoxicação alcóolica;
ii. Dependência do álcool.
d. Transtornos relacionados com cocaína, cannabis, opióides e
tabaco/nicotina.
2. Explicar como o TM pode identificar casos de dependência química.
3. Descrever qual deve ser a conduta do TM diante desses quadros:
a. Postura diante do utente;
b. Informações a serem transmitidas ao utente e seu familiar;
c. Medicamentos possíveis a serem prescritos;
d. Listar as alternativas terapêuticas;
e. Encaminhamentos (transferência ou seguimento).

Transtornos 1. Definir transtorno de somatização, transtorno conversivo e hipocondria. 1


Somatoformes 2. Listar sinais e sintomas dos transtornos somatoformes.
3. Descrever qual deve ser a conduta do TM diante desses quadros:
a. Postura diante do utente;
b. Informações a serem transmitidas ao utente e seu familiar;
c. Medicamentos possíveis a serem prescritos;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 367


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
d. Listar as alternativas terapêuticas;
e. Encaminhamentos (transferência ou seguimento).

Disfunções Sexuais 1. Definir disfunções sexuais. 2


2. Listar as principais disfunções sexuais encontradas na prática profissional.
3. Explicar como identificar a causa da disfunção sexual.
4. Listar sinais e sintomas das disfunções sexuais.
5. Descrever qual deve ser a conduta do TM, em especial com relação a:
a. Disfunção eréctil masculina;
b. Vaginismo;
c. Ejaculação precoce.

Transtornos de 1. Definir bulimia e anorexia. 1


Alimentação 2. Descrever os sinais e sintomas de bulimia e anorexia.
3. Descrever qual deve ser a conduta do TM diante desses quadros:
Classificações a. Postura diante do utente;
b. Informações a serem transmitidas ao utente e seu familiar;
Diagnósticas em
c. Medicamentos possíveis a serem prescritos;
Psiquiatria d. Listar as alternativas terapêuticas;
(Nosologia) e. Encaminhamentos (transferência ou seguimento).
Transtornos de Sono 1. Definir transtorno de sono e listar suas classificações. 1
2. Descrever os sinais e sintomas de transtornos de sono.
3. Descrever qual deve ser a conduta do TM diante desses quadros:
a. Postura diante do utente;
b. Informações a serem transmitidas ao utente e seu familiar;
c. Medicamentos possíveis a serem prescritos;
d. Listar as alternativas terapêuticas;
e. Encaminhamentos (transferência ou seguimento).
Epilepsia 1. Definir epilepsia. 1
2. Descrever sinais e sintomas de epilepsia.
3. Listar meios diagnósticos para epilepsia.
4. Nomear os medicamentos disponíveis no país para epilepsia.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 368


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
5. Explicar qual deve ser a conduta do TM nesses casos:
a. Postura diante do utente;
b. Informações a serem transmitidas ao utente e seu familiar;
c. Medicamentos possíveis a serem prescritos;
d. Listar as alternativas terapêuticas;
e. Encaminhamentos (transferência ou seguimento).

Aspectos 1. Explicar como o SIDA pode afectar a saúde mental do utente. 1


Psiquiátricos da 2. Listar sinais e sintomas psiquiátricos que podem estar relacionados com o
Síndrome da SIDA.
Imunodeficiência 3. Nomear análises que podem auxiliar no diagnóstico diferencial.
Adquirida (SIDA) 4. Explicar qual deve ser a conduta do TM nesses casos (ressaltar o papel do TM
na adesão aos cuidados e tratamento):
a. Postura diante do utente;
b. Informações a serem transmitidas ao utente e seu familiar;
c. Medicamentos possíveis a serem prescritos;
d. Listar as alternativas terapêuticas;
e. Encaminhamentos (transferência ou seguimento).

Laboratório 1. Demonstrar o atendimento de pacientes simulados com queixa relativa a 4


Humanístico transtorno mental (procurar elaborar casos com transtornos diferentes e mais
comuns na realidade).
2. Identificar a queixa principal e tomar as medidas que julgar necessárias com
relação a:
a. Pedido de análises complementares;
b. Tratamento;
c. Encaminhamentos;
d. Informação para o utente e para a família sobre sua hipótese diagnóstica e
encaminhamentos.
3. Descrever como se sentiu nos atendimentos, que dificuldades foram
percebidas e como poderia superá-las.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 369


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Princípios Gerais de 1. Descrever os mecanismos de acção cerebral das diferentes estratégias de 1
Psicofarmacologia tratamento usadas em psiquiatria.

Condutas Esperadas 1. Listar os medicamentos disponíveis no Serviço Nacional de Saúde (SNS). 2


2. Descrever as intervenções terapêuticas possíveis farmacológicas e não
farmacológicas para os seguintes problemas:
a. Psicoses;
b. Depressão;
c. Ansiedade e insónia;
d. Abuso de álcool e outras substâncias químicas;
Noções de
e. Atraso no desenvolvimento psicomotor.
Tratamento
3. Listar medicamentos que podem apresentar problemas de interacção com
Psiquiátrico
outros medicamentos, em especial com os antirretrovirais.
4. Descrever quais os sintomas que podem ocorrer em caso de interacção
medicamentosa.

Fluxo de 1. Explicar qual deve ser o limite de actuação do TM e dar exemplos de 1


Atendimento de situações que deverão ser referidas.
Acordo com o SNS 2. Explicar como funciona a rede de referência e contra-referência em saúde
(rede de referência e mental.
contra-referência) 3. Desenvolver uma proposta de fluxo de atendimento.

Emergências 1. Descrever qual deve ser a conduta do TM com relação a abordagem do 3


Psiquiátricas utente, da família, tratamento, aspectos éticos e legais e encaminhamentos nos
seguintes casos:
a. Tentativa de suicídio;
Situações Especiais b. Violência doméstica;
c. Abuso sexual;
d. Abuso de idoso;
e. Luto.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 370


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Abordagem Familiar 1. Listar e descrever os componentes da técnica do aconselhamento (apoio 2
emocional, informação e avaliação).
2. Explicar a diferença entre atendimento individual e familiar.
3. Discutir o papel da família no seguimento de utentes com transtorno mental.
4. Listar as vantagens e desvantagens do atendimento familiar.
5. Descrever em que situações o TM deve envolver a família.

Laboratório 1. Conduzir dois atendimentos simulados com grupos familiares: 4


Humanístico a. Tentativa de suicídio;
b. Violência doméstica seguida de abuso sexual.
2. Observar e avaliar os atendimentos simulados realizados:
a. Anotar os pontos fortes e fracos do atendimento e dar sua opinião de como
o atendimento poderia ser melhorado;
b. Anotar quais foram as dificuldades sentidas durante o atendimento;
c. Compartilhar com o grupo os sentimentos vivenciados durante os
atendimentos;
d. Propor estratégias para intervir nessas situações.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 371


3º. Semestre
ESTÁGIO

Local do Estágio:
• Hospitais Psiquiátricos (Infulene, Nampula);
• Unidades Sanitárias que tenham um técnico de psiquiatria com experiência;
• Unidades Sanitárias que oferecem aconselhamento e TARV e que têm profissionais
responsáveis pelo apoio psicossocial (psicólogos ou técnicos de psiquiatria).
Duração: 5 semanas
Supervisores:
• Técnicos de Psiquiatria;
• Médicos Psiquiatras.
Técnicas a Demonstrar:
• Realizar uma anamnese, tendo em conta as questões de saúde mental;
• Efectuar um exame mental;
• Aplicar os componentes básicos do aconselhamento (apoio emocional, avaliação e
informação) nos atendimentos realizados;
• Identificar os meios de diagnóstico necessários para efectuar um diagnóstico
diferencial em saúde mental (diferenciar patologias de origem orgânica das de origem
psíquica);
• Orientar o paciente e os familiares acerca da situação de saúde e encaminhamento
proposto.

Seminários de Discussão do Estágio:


• Apresentação de 1 caso observado durante o estágio, que poderá ser entre os
seguintes:
o Depressão;
o Esquizofrenia (se for possível);
o Abuso sexual;
o Abuso de álcool ou outra substância psicoativa;
o Problemas de desenvolvimento psicomotor.
• Para cada caso apresentado, é necessário incluir resultados relevantes da história clínica e do
exame físico, discutir os meios de diagnóstico utilizados para diagnosticar o paciente, e o
diagnóstico diferencial. O TM deverá descrever a conduta terapêutica do paciente, incluindo
terapias farmacológicas e não farmacológicas, a educação do paciente, o prognóstico, e o
acompanhamento. Indicações para a transferência imediata ou o encaminhamento adequado
devem ser incluídas na apresentação.
• Compartilhar sentimentos e dificuldades encontradas;
• Discutir em grupo estratégias e caminhos possíveis na condução dos casos;
• O docente deve rever os casos com o grupo para:
o Evidenciar aspectos chave da anamnese e exame físico;
o Rever a fisiologia e fisiopatologia, se for apropriado;
o Rever as considerações efectuadas para chegar a um diagnóstico diferencial;
o Discutir como desenhar e implementar uma conduta terapêutica.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 372


3º. Semestre
AVALIAÇÃO
Avaliação Teórica
• Um teste escrito parcial , com um peso de 20%;
• Exame escrito final, com um peso de 30%.

Avaliação Prática
• Demonstração de técnicas / procedimentos no laboratório (humanístico ou multi-
disciplinar, com um peso de 10%.

Avaliação do Estágio
• Apresentação de 1 caso observado durante o estágio, com um peso de 20%.
• Demonstração duma história clínica (anamnese e exame físico) dirigido ao sistema,
com paciente, 20%.

BIBLIOGRAFIA
• Associação Americana de Psiquiatria. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos
mentais: DSM-IV-TR. 4o ed. Porto Alegre: Artes Médicas; 2002.
• Bercherie, P. Os fundamentos da clínica. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor; 1989.
• Brambatti, LP, Carvalho, W. A adesão ao tratamento em pessoas vivendo com HIV/AIDS:
barreiras e possibilidades. Revista de Saúde do Distrito Federal 2005; 16 (3/4): 7-21.
• Cunha, JA. Psicodiagnóstico-V. Porto Alegre: Artes Médicas; 2008.
• Dalgalarrondo, P. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. Porto Alegre: Artmed;
2000.
• Ey, H, Bernard, P, Brisset, CH. Manual de psiquiatria. 5o ed. Rio de Janeiro: Masson.
• Kaplan, H, Sadock, B. Compêndio de psiquiatria. Porto Alegre: Artes Médicas; 1990.
• Kaplan, H, Sadock, B. Tratado de psiquiatria. 6o ed. Porto Alegre: Artmed; 1999.
• Matsinhe, C. Tábula rasa: Dinâmica da resposta moçambicana ao HIV/SIDA. Maputo: Texto
Editores; 2005.
• Ministério da Saúde da República de Moçambique (MISAU) Formação em Aconselhamento
TARV e adesão ao tratamento. Maputo: 2007.
• Murphy, M., Cowan, R. Psiquiatria: série blueprints. Rio de Janeiro: Revinter; 2009.
• Mwamwenda, T. Psicologia Educacional: Uma perspectiva Africana. Maputo: Texto Editores;
2006.
• Nogueira, MJ. Diagnóstico psiquiátrico: Um guia. São Paulo: Lemos; 2002.
• Organização Mundial de Saúde (OMS). CID 10 – Classificação de transtornos mentais e de
comportamento da CID 10. Porto Alegre: Artes Médicas; 1998.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 373


3º. Semestre
Disciplina de Doenças Infecciosas
Semestre: III
CARGA HORÁRIA

Horas por Duração Total


Semana (semanas) de Horas
Aulas Teórico-Práticas 26, 29 2 55
Avaliação -- -- 2
Laboratório 4 1 4
Avaliação -- -- 1
Discussão de Estágio* 5 2 10
Número Total de Horas da Disciplina 72 horas
* Neste semestre, os estudantes terão 5 semanas (25h/s) de estágio nas enfermarias de
pacientes internados e ambulatório, e 3 semanas de estágio centrado no HIV.

PRÉ-REQUISITOS:
• Anatomia e Fisiologia;
• Introdução as Ciências Médicas;
• Semiologia 1 e 2;
• Introdução a Meios Auxiliares de Diagnóstico;
• Enfermagem;
• Sistemas Gastrointestinal, Reprodutivo/Sexual, Cardiovascular e Respiratório;
• Hematologia e Oncologia;
• Saúde Mental;
• Dermatologia;
• Saúde da Comunidade;
• Mais de 10 semanas de estágio.

DOCENTES:
• Médicos de Clínica Geral experientes;
• Técnicos de Medicina Especializados em Ensino, com experiência clínica;
• Para secções laboratoriais: Técnicos de Laboratório experientes.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 374


3º. Semestre
COMPETÊNCIAS A SEREM ADQUIRIDAS ATE AO FINAL DA DISCIPLINA:
O Técnico de Medicina será capaz de realizar as seguintes tarefas:

5. Diagnosticar e tratar as patologias abaixo indicadas, com atenção especial às seguintes


tarefas:
a. Elaborar possíveis hipóteses de diagnóstico, com base na anamnese, no exame
físico e diagnóstico diferencial;
b. Usar e interpretar resultados dos meios auxiliares de diagnóstico.
c. Criar um plano de tratamento / conduta, de acordo com a sua competência,
baseado no diagnóstico diferencial;
d. Criar e explicar ao paciente um plano de alta:
i. Resumo do tratamento;
ii. Seguimento;
iii. Prevenção e controlo da doença.

6. Implementar medidas básicas de controlo da transmissão de doenças infecciosas a


nível das unidades sanitárias.

Lista de Doenças
1. Malária;
2. Tuberculose;
3. Lepra;
4. Sépsis;
5. Febre tifóide e paratifóide;
6. Brucelose;
7. Peste;
8. Febre recorrente por mordedura de carraça;
9. Filaríase;
10. Schistosomíase;
11. Tripanossomíase;
12. Febres hemorrágicas;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 375


3º. Semestre
Plano Temático
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Classificação dos 1. Listar e descrever os diferentes tipos de agentes infecciosos (vírus, bactéria, 2
Agentes Infecciosos fungo, parasita).
2. Avaliar as diferenças entre os tipos de agentes infecciosos nos seguintes
termos:
a. Estrutura;
b. Ciclo vital;
c. Espectro da doença;
d. Tipo de terapia antimicrobiana.

Imunologia 1. Definir imunidade. 2


2. Descrever os diferentes tipos de imunidade no organismo humano:
a. Física;
b. Celular;
c. Humoral.
Introdução às 3. Indicar os meios através dos quais uma pessoa pode adquirir imunidade a um
Doenças Infecciosas agente infeccioso (exposição, vacinação, anticorpos adquiridos via materna).
4. Descrever como a imunidade materna é passada para o bebé.
5. Indicar a duração da imunidade protectora materna.
6. Explicar a razão pela qual um teste serológico positivo (detecção de anticorpos)
implica a existência de contacto com agentes infecciosos.
7. Enumerar os factores associados à redução da imunidade em geral (idosos,
crianças, prematuridade, malnutrição, HIV/SIDA, medicamentos (esteróides),
doenças crónicas, malignidade, diabetes, gravidez, alterações da barreira
cutânea).

Vacinas 1. Definir vacina e o seu mecanismo geral de acção. 1


2. Descrever os objectivos de uma vacina.
3. Listar e descrever os diferentes tipos de vacina.
4. Identificar as doenças para as quais existe uma vacina.
5. Explicar a razão da administração múltipla de algumas vacinas.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 376


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
6. Descrever os efeitos secundários comuns das vacinas.
7. Explicar as limitações que podem ser associadas às vacinas.

Interacções 1. Definir os seguintes termos relacionados às doenças infecciosas: 0.5


Patogénio- a. Exposição, infecção (latente, activa, aguda, crónica), imunidade, portador,
Hospedeiro reactivação, tratamento e quimioprofilaxia.
2. Descrever as possíveis situações após a exposição a um agente infeccioso
(doença aguda, doença sub-clínica, infecção crónica/latente, reactivação,
transmissão, imunidade).
3. Descrever como algumas infecções latentes podem se tornar activas.

Princípios de 1. Enumerar os diferentes tipos de agentes antimicrobianos: 1


Terapêutica a. Anti-bacterianos;
Antimicrobiana b. Anti-virais;
c. Anti-micóticos;
d. Anti-helmínticos.
e. Anti-protozoários
2. Descrever as diferentes vias de administração de agentes antimicrobianos.
3. Diferenciar tratamento empírico de tratamento específico.
4. Descrever a diferença entre tratamento (curativo), tratamento intermitente e
profilaxia.

Anamnese 1. Descrever os aspectos fundamentais para obtenção da história na medida em 2


que se relacionam especificamente às doenças infecciosas:
a. Estado imunológico do hospedeiro (normal ou imuno-comprometido,
estado do HIV se conhecido, idade, co-morbidades, estado nutricional);
Revisão da História
b. História de vacinações;
Clínica
c. Co-morbidades médicas (cancro, diabetes, malnutrição, alcoolismo);
d. Infecções prévias (história de tuberculose, lepra, etc.);
e. Exposição ambiental (ocupação, fonte de água, exposição a doenças de
origem alimentar, uso de redes mosquiteiras, membros da família

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 377


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
doentes, outros contactos com pessoas doentes, exposição a animais);
f. História sexual (parceiros sexuais, uso de preservativos);
g. Factores de risco comportamental (Tabaco, Álcool, estupefacientes).
2. Identificar os aspectos mais importantes da história clínica para o
desenvolvimento de um diagnóstico diferencial.
Exame Físico 1. Indicar as anormalidades dos sinais vitais que possam indicar a presença de 2
infecções:
a. Hipotensão;
b. Taquicardia;
c. Taquipneia;
d. Febre.
2. Identificar os quatro sinais e sintomas fundamentais da inflamação e como são
úteis na avaliação de infecções (calor, dor, tumor, rubor).
3. Descrever os passos necessários para efectuar um exame físico, prestando
atenção especial aos seguintes sinais de infecção:
a. Sinais vitais anómalos (especialmente febre, hipotensão);
b. Sinais e sintomas fundamentais da inflamação;
c. Erupções cutâneas;
d. Linfadenopatia;
e. Infecção secundária de feridas;
f. Exsudado purulento;
g. Estado mental alterado;
h. Meningismo;
i. Sons respiratórios anormais;
j. Sopro cardíaco;
k. Abdómen agudo;
l. Hepatomegália/Esplenomegália;
m. Lesões genitais.
4. Identificar as erupções cutâneas indicativas de doenças infecciosas específicas
ou síndromes relacionados, usando imagens.
Laboratório 1. Realizar uma história clínica (anamnese e exame físico) num colega, centrada 2

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 378


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Humanístico em sinais de infecções.

Microbiologia 1. Enumerar os tipos de espécimes biológicos, normalmente usados para o 1


diagnóstico de doenças infecciosas.
2. Descrever os passos para a colheita dos diferentes espécimes biológicos
3. Explicar a diferença entre exame directo e exame de cultura.
4. Identificar os testes usados para o exame directo, explicar as indicações e
interpretar os resultados:
a. Gota espessa e esfregaço hemático para detecção do plasmódio,
tripanossoma e borrélia.
b. Exame parasitológico de fezes e urina.
c. Coloração de Zielh-Neelsen da expectoração (baciloscopia) e de outros
fluidos orgânicos;
d. Exame a fresco e coloração pelo Gram do corrimento uretral ou
vaginal;
e. Coloração pelo Gram de fluidos orgânicos (escarro, urina, liquido
Meios Auxiliares de
peritoneal, pleural);
Diagnóstico
f. Tinta da China para diagnóstico de Criptococo.
5. Identificar as indicações dos exames de cultura mais usados em Moçambique
(cultura para micobactéria, vibrio cholerae e urinocultura).
6. Explicar o significado de uma cultura positiva para bactéria da tuberculose.

Serologia 1. Definir teste serológico. 1


2. Descrever o significado de um teste serológico positivo.
3. Definir os termos ‘falso-positivo’ e ‘falso-negativo’.
4. Identificar as diferentes causas associadas a resultados ‘falso-positivos’ e
‘falso-negativos’.
5. Explicar como interpretar os testes serológicos em recém-nascidos.
6. Explicar a relação entre exposição a uma infecção, período janela,
seroconversão e positividade do teste serológico.
7. Descrever os testes serológicos mais frequentemente, usados em Moçambique

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 379


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
(HIV, sífilis, hepatite).

Outros Testes de 1. Identificar os resultados anómalos do hemograma que podem indicar a 1


Diagnóstico e presença de infecção e orientar o diagnóstico diferencial.
Radiologia 2. Explicar as indicações e limitações do teste rápido de malária e descrever os
passos para execução correcta do teste.
3. Explicar as indicações e limitações da prova de Mantoux.
4. Indicar outros testes úteis para o diagnóstico e seguimento de doenças.
infecciosas (VS, bioquímica, contagem CD4, carga viral do HIV).
5. Indicar os testes radiológicos que podem ser úteis para o diagnóstico de
doenças infecciosas.
6. Identificar que sinais no RX torácico podem indicar a presença de uma
infecção.
7. Descrever como o resultado do RX pode ajudar a orientar o diagnóstico
diferencial (infiltrado lobar, infiltrado difuso, lesão cavitária, efusão, padrão
miliar).

Laboratório 1. Demonstrar a execução correcta da colheita dos diferentes espécimes 2


Multidisciplinar biológicos.
2. Observar, com o uso do microscópio, diferentes esfregaços de sangue
periférico corados (Giemsa, Gram, Zielh-Neelsen) e preparações a fresco por
ovas ou parasitas.
3. Demonstrar a execução e interpretação correcta do teste rápido de malária.
4. Identificar, numa serie de imagens radiológicas do tórax, os sinais que podem
serem associados a doenças infecciosas.
Fármacos 1. Identificar as classes principais de antibióticos. 2
Antibacterianos 2. Descrever em termos gerais os diferentes mecanismos de acção das diferentes
Farmacologia e classes de antibióticos.
Vacinologia 3. Diferenciar a duração terapêutica para os diferentes tipos de infecções com
base nos factores patogénicos, hospedeiros e farmacocinéticos (desde uma
única dose até a terapêutica para toda a vida).

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 380


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
4. Explicar o termo ‘espectro antimicrobiano’.
5. Descrever em termos gerais o espectro da actividade de vários antibióticos.
6. Definir resistência terapêutica natural, primária e secundária.
7. Descrever as condições e as práticas que podem resultar em resistência ao
antibiótico.
8. Explicar a razão subjacente à terapia combinada.
9. Enumerar as possíveis reacções adversas associadas às diferentes classes de
antibióticos.

Fármacos Anti- 1. Listar os fármacos anti-maláricos disponíveis em Moçambique. 1


Maláricos 2. Descrever as indicações e contra-indicações de cada fármaco, de acordo com o
Formulário Nacional de Medicamentos.
3. Explicar o problema da resistência aos fármacos anti-maláricos e a consequente
introdução da terapia combinada.
4. Enumerar os diferentes regimes indicados para o tratamento da malária não
complicada, severa/complicada e durante a gravidez.
5. Explicar a diferença entre tratamento, profilaxia e tratamento presuntivo (TPI)
intermitente.

Outros Fármacos 1. Listar os fármacos anti-parasitários disponíveis em Moçambique. 0.5


Anti-Parasitários 2. Descrever os regimes usados no tratamento das parasitoses intestinais suspeitas
em Moçambique.
3. Descrever uma terapêutica anti-parasitária intestinal, segundo o diagnóstico
sindrómico.

Fármacos Anti- 1. Identificar e descrever os fármacos anti-tuberculose da primeira linha, 1


Tuberculose e Anti- disponíveis em Moçambique.
Lepra 2. Explicar porque se usa a terapia combinada para o tratamento da tuberculose.
3. Explicar porque o tratamento combinado da tuberculose consta de uma fase
intensiva e de uma fase de manutenção e tem uma longa duração.
4. Descrever o regime usado no tratamento de tuberculose latente em relação à

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 381


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
tuberculose activa.
5. Definir tuberculose multidrogas-resistente (TB-MDR).
6. Listar os fármacos de segunda linha disponíveis para o tratamento da
tuberculose multidrogas-resistente ( TB-MDR) em Moçambique.
7. Explicar a importância de reservar os antibióticos com efeito tuberculostático
para o manejo de TB resistente.
8. Listar os fármacos usados no tratamento da lepra.
9. Descrever os diferentes regimes para tratamento da lepra.

Outros Agentes 1. Listar os principais fármacos anti-virais disponíveis em Moçambique. 1


Antimicrobianos 2. Descrever o uso clínico dos fármacos anti-virais.
(anti-virais, anti- 3. Listar os principais fármacos anti-micóticos (uso tópico e sistémico),
micóticos, excluindo disponíveis em Moçambique.
anti-retrovirais) 4. Descrever o uso clínico dos fármacos anti-micóticos.
5. Identificar as toxicidades comuns dos fármacos anti-micóticos sistémicos.

Uso Clínico de 1. Listar as vacinas disponíveis em Moçambique. 1


Vacinas 2. Descrever o programa de vacinação em Moçambique.
3. Enumear as indicações e formas de administração de cada vacina.
4. Descrever os cuidados apropriados para preservação e uso das vacinas.
5. Explicar o aconselhamento apropriado para um paciente ou pai/mãe antes e
depois da administração de uma vacina.
6. Identificar as contra-indicações associadas ao uso dos diferentes tipos de
vacina.
Febre 1. Explicar a relação entre febre e doenças infecciosas. 3
2. Enumerar os diferentes padrões da febre e identificar a associação com
Abordagem da algumas condições infecciosas.
Febre nas Doenças 3. Enumerar os factores que podem influenciar a presença da febre.
Infecciosas 4. Explicar a importância do conhecimento da epidemiologia local e do estado
imunitário (imunocompetente versus imunodeprimido) do paciente na
identificação das causas mais prováveis da infecção.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 382


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
5. Distinguir entre febre sem foco e febre com foco e descrever os sintomas e
sinais principais associados que podem orientar o diagnóstico diferencial.
6. Explicar os passos de uma história clínica e exame físico detalhados em
pacientes com febre.
7. Identificar os sinais e sintomas das seguintes infecções comuns “localizadas”:
a. Pneumonia;
b. Infecções genito-urinárias;
c. Enterocolite infecciosa;
d. Celulite;
e. Meningite;
f. Faringite estreptocócica;
g. TB pulmonar e ganglionar.
8. Identificar os exames laboratoriais básicos que podem ajudar no diagnóstico
diferencial da febre sem foco.
9. Elaborar um diagnóstico diferencial para febre com foco e febre sem foco.
10. Explicar a importância do início da terapia empírica em pacientes com
apresentação clínica severa e diagnóstico presuntivo de doença infecciosa
11. Identificar as causas principais de febre persistente que não responde a terapia
antimicrobiana.

Introdução 1. Definir malária. 0.5


2. Identificar as espécies do Plasmodium, causas comuns responsáveis pela
malária no mundo e em Moçambique.
3. Descrever a distribuição geográfica, incidência e mortalidade da

Malária Epidemiologia 1. Identificar e descrever os factores principais que influenciam na distribuição da 1


malária (temperatura, humidade, ambiente, pluviosidade).
2. Identificar os grupos vulneráveis (gravidez, crianças com idade inferior a 5
anos, imunodeprimidos).
3. Definir a taxa parasitária e a sua utilidade
4. Explicar os padrões de endemicidade:

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 383


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
a. Malária estável;
b. Malária instável;
c. Zonas livres.
5. Explicar a relação entre nível de transmissão de malária, grupo alvo envolvido
e severidade da malária.

Ciclo de Vida e 1. Descrever a via de transmissão principal da malária 1


Transmissão do 2. Descrever o ciclo de vida do Plasmódio.
Plasmódio a. Ciclo exoeritrocitário (fase hepática);
b. Ciclo eritrócito assexual e sexual (fase hemática);
c. Ciclo esporogónico (no anofeles fémea);
3. Explicar o conceito de hipnozoito (espécies vivax e ovale).
4. Identificar as outras vias de transmissão da infecção (vertical, transfusão
hemática).

Patogenese/ 1. Explicar a relação entre intensidade da transmissão, 1


Fisiopatologia desenvolvimento/manutenção da imunidade parcial contra a infecção e o grau
de severidade da apresentação clínica.
2. Explicar a relação entre destruição do glóbulo vermelho infectado e
sintomatologia da malária.
3. Definir e explicar a patogénese da recaída e recrudescência.
4. Identificar e descrever os factores genéticos de protecção parcial contra a
malária severa.
5. Descrever a base fisiopatológica das diferentes formas de malária complicada.

Clínica Médica 1. Identificar os dois factores relacionados com o tipo de apresentação clínica: 2
a. Espécie de plasmódio envolvida;
b. Grau de imunidade parcial.
2. Definir malária não complicada.
3. Identificar as espécies de plasmódio associadas à malária não complicada e
período de incubação da infecção.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 384


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
4. Descrever os sintomas e sinais comuns da malária não complicada.
5. Enumerar e interpretar os exames laboratoriais para o diagnóstico de malária
(teste rápido, microscopia directa).
6. Desenvolver o diagnóstico diferencial para a malária não complicada.
7. Descrever as complicações crónicas da malária:
a. Nefropatia quartana (Plasmodium Malariae);
b. Esplenomegalia malárica hiperreactiva.
8. Definir malária complicada/severa segundo os critérios da OMS
(manifestações clínicas e testes laboratoriais).
9. Identificar as formas de malária severa/complicada mais comuns na criança e
no adulto.
10. Descrever os sintomas e sinais principais das diferentes formas de malária
severa.
11. Listar os testes e resultados laboratoriais que podem conduzir ao diagnóstico de
malária severa ou complicada.
12. Desenvolver o diagnóstico diferencial por cada forma de malária
severa/complicada.
13. Identificar os critérios de referência/transferência.

Malária na Gravidez 1. Explicar a relação entre malária e gravidez. 1


2. Descrever as consequências da malária na gravidez, para a mulher e para o
bebé.
3. Descrever as características da apresentação clínica da malária na gravidez nas
áreas com malária estável e nas áreas com malária instável.
4. Explicar a importância da terapia presuntiva intermitente na prevenção da
anemia e do baixo peso ao nascimento.

Tratamento 1. Descrever o tratamento específico (primeira e segunda linha) e não específico 1


da malária não complicada.
2. Descrever os efeitos adversos, interacções medicamentosas e contra-indicações
dos medicamentos de primeira e segunda linha.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 385


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
3. Descrever o tratamento específico (terceira linha) e não especifico para várias
formas de malária severa/complicada.
4. Descrever os efeitos adversos, interacções medicamentosas e contra-indicações
dos medicamentos usados na malária severa/complicada.
5. Descrever o tratamento da malária na gravidez.
6. Identificar as várias formas de tratamento pré referência para a malária,
7. Explicar a importância do seguimento clínico e/ou laboratorial pós tratamento.

Prevenção 1. Descrever as diferentes medidas de prevenção da malária: 0.5


a. Controlo do vector (uso de redes mosquiteiras, repelentes, fumigação);
b. Profilaxia farmacológica.

Introdução 1. Definir tuberculose; 0.5


2. Identificar os agentes etiológicos da tuberculose (Micobacterium tuberculosis
complex).
3. Identificar a prevalência, incidência e mortalidade da tuberculose a nível
mundial e em Moçambique.
4. Explicar porque a OMS tem declarado a tuberculose uma emergência a nível
mundial e em África.

Epidemiologia 1. Identificar a via principal e as vias secundárias de transmissão da tuberculose 1


Tuberculose (M. Tuberculosis, M. Bovis).
2. Listar os factores de risco principais de transmissão da infecção.
3. Diferenciar tuberculose latente e tuberculose activa.
4. Enumerar os factores de risco principais para o desenvolvimento da
tuberculose activa.
5. Indicar o risco de transmissão anual do doente com TB pulmonar não tratada
BK+ e BK-.
6. Indicar o risco anual de desenvolver TB activa respectivamente no indivíduo
imunocompetente e no indivíduo imunodeprimido por HIV.
7. Identificar e explicar os 4 factores principais que podem modificar a

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 386


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
epidemiologia da TB:
a. Desenvolvimento socioeconómico;
b. Vacinação com BCG;
c. Tratamento da tuberculose;
d. Infecção por HIV.

Patogenese/ 1. Descrever a história natural da infecção primária (formação do complexo 1


Fisiopatologia primário, resolução ou progressão em doença activa).
2. Explicar a função do sistema imunitário do hospedeiro nas seguintes situações:
a. Contenção da infecção primária;
b. Disseminação local e/ou hematógena da infecção
c. Desenvolvimento de tuberculose activa (pulmonar e extra-pulmonar)
primária e pós-primária;
d. Desenvolvimento de tuberculose extra-pulmonar.
3. Explicar a relação entre o grau de imunidade e desenvolvimento de lesões
abertas.

Clínica Médica 1. Explicar a relação entre as diferentes apresentações clínicas da tuberculose 2


pulmonar e as interacções entre as micobactérias e o sistema imunitário dos
hospedeiros.
2. Definir os sintomas constitucionais e sintomas locais da tuberculose.
3. Descrever resumidamente as diferentes apresentações clínicas da tuberculose
pulmonar.
4. Indicar a frequência de tuberculose extra-pulmonar nos doentes HIV positivos
e doentes HIV negativos.
5. Listar as localizações principais da tuberculose extra-pulmonar e descrever as
apresentações clínicas mais frequentes:
a. Tuberculose ganglionar;
b. Tuberculose óssea;
c. Tuberculose abdominal;
d. Tuberculose genito-urinária;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 387


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
e. Tuberculose pleural;
f. Tuberculose meníngea;
g. Tuberculose pericárdica.
6. Definir tuberculose disseminada ou miliar.
7. Discutir a co-existência de formas pulmonar e extrapulmonar da tuberculose
8. Enumerar as sequelas principais de tuberculose e descrever as manifestações
mais frequentes.
9. Identificar os meios auxiliares de diagnóstico indicados em caso de suspeita
tuberculose segundo a sua localização e interpretar os resultados.
10. Discutir o diagnóstico diferencial para as várias formas de tuberculose.
11. Identificar os critérios de referência.

Tratamento e 1. Identificar os três objectivos principais da terapia anti-tuberculose. 3


Seguimento 2. Explicar a importância do tratamento integrado dos pacientes com co-
infectados com TB/HIV.
3. Explicar a classificação dos casos de tuberculose usada em Moçambique.
4. Descrever os regimes de tratamento de primeira linha usados em Moçambique
(PNCT) incluindo: indicações, medicamentos, dosagem, duração do
tratamento.
5. Descrever os efeitos secundários mais frequentes, interacções medicamentosas
e contra-indicações dos medicamentos de primeira linha.
6. Descrever o manejo dos efeitos secundários.
7. Identificar as indicações para terapia corticosteróide
8. Identificar os casos especiais que precisam de ser referidos.
9. Explicar a importância da adesão ao tratamento.
10. Descrever os factores que podem afectar a adesão ao tratamento:
a. Factores relacionados ao paciente;
b. Factores relacionados ao tratamento;
c. Factores relacionados ao serviço de saúde que oferece o tratamento.
11. Descrever as medidas possíveis para apoiar a adesão ao tratamento.
12. Descrever as diferentes componentes do seguimento do paciente em terapia

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 388


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
anti-tuberculose:
a. Visitas clínicas;
b. Testes bacteriológicos;
c. Adesão.
13. Explicar o manejo dos pacientes que interrompem o tratamento.

Tuberculose Multi- 1. Definir tuberculose mono, poli, multidrogas-resistente (TB-MDR) e 1


Resistente e tuberculose extremamente resistente (TB-XDR).
Tuberculose 2. Identificar as causas principais de desenvolvimento de multi- resistência a
Extremamente terapia anti-tuberculose.
Resistente 3. Descrever o diagnóstico de tuberculose multi-resistente.
4. Identificar os critérios de elegibilidade para tuberculose multidrogas-resistente.
5. Definir regime de segunda linha standard e regime de segunda linha
individualizado.
6. Explicar as formas de prevenção da tuberculose multidrogas-resistente e
tuberculose extremamente resistente.

Controlo 1. Descrever a primeira forma de controlo, com base no diagnóstico e tratamento 1


precoce dos pacientes contagiosos.
2. Descrever as medidas de controlo da tuberculose a nível das unidades
sanitárias:
a. Medidas de prevenção pessoal (pessoal de saúde, paciente, visitante);
b. Medidas administrativas;
c. Medidas ambientais;
d. Higiene hospitalar.

Prevenção 1. Identificar e explicar os benefícios e limitações da terapia profilática com 1


isoniazida (TPI).
2. Identificar as indicações a quimioprofilaxia em Moçambique para as pessoas
HIV – e HIV+.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 389


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
3. Identificar e explicar os benefícios e limitações da vacina antituberculosa
(BCG).
4. Identificar as indicações para a BCG.

Lepra 1. Definir a lepra. 2


2. Descrever a distribuição da lepra a nível mundial e a nível de Moçambique.
3. Descrever o agente etiológico, a via de transmissão da lepra e os factores de
risco para desenvolver a doença.
4. Explicar como a resposta imunitária do hóspede perante a infecção vai
determinar as diferentes formas clínicas e histológicas da doença.
5. Classificar as diferentes formas clínicas da lepra em relação ao tipo de resposta
imune:
a. Lepra indeterminada;
b. Lepra tuberculoide ou Paucibacilar;
c. Lepra borderline
d. Lepra lepromatosa ou multi-bacilar.
Outras Doenças
6. Definir e descrever as reacções leprosas (tipo 1 e 2).
Infecciosas com
7. Descrever os sinais e sintomas da lepra relacionando-os às diferentes formas
Apresentação
clínicas, incluindo as manifestações:
Multisistêmica
a. Cutâneas;
b. Nervosas;
c. Oculares;
d. Mucosas;
e. Osteo-articulares.
8. Identificar as sequelas associadas à lepra não tratada.
9. Discutir o diagnóstico diferencial da lepra.
10. Explicar a técnica para o diagnóstico microbiológico (bacilos cópia) e o
controlo após o tratamento.
11. Descrever os regimes de tratamento para as diferentes formas da lepra e para
reacções leprosas.
12. Descrever os efeitos secundários principais, interacções medicamentosas e

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 390


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
contra-indicações dos medicamentos anti-lepra.

Sepsis 1. Descrever as seguintes condições em termos fisiopatológicos e clínicos: 1


a. Sépsis;
b. Sépsis severa;
c. Shock séptico.
2. Enumerar as várias infecções que podem resultar em sépsis (infecções
urinárias, ginecológicas, cutâneas, pulmonares, intestinais e infecções
relacionadas a uso de catéteres).
3. Definir e contrastar as diferentes manifestações da doença meningocócica,
incluindo bacteriemia, doença localizada e quadro séptico (meningococemia).
4. Descrever o manejo da sepsis, incluindo:
a. Administração de fluidos intravenosos;
b. Terapia antibiótica;
c. Medidas de suporte complementares;
d. Critérios de referência.
Febre Tifóide e 1. Definir a febre tifóide e paratifóide (febre entérica). 1
Paratifóide 2. Identificar os agentes etiológicos envolvidos.
3. Descrever a distribuição mundial das febres entéricas (regiões endémicas
incluindo Moçambique).
4. Descrever a via de transmissão e os factores que favorecem a infecção (carga
bacilar, pH gástrico).
5. Descrever a fisiopatologia da febre entérica:
a. Penetração e multiplicação a nível to tecido linfóide;
a. Bacteriemia primária;
b. Multiplicação a nível hepatoesplénico;
c. Bacteriemia secundária e infecção multisistémica.
6. Descrever os sinais e sintomas clássicos da doença e variações possíveis de
apresentação e gravidade.
7. Enumerar os testes diagnósticos (microbiologia, serologia) e os interpretar os
resultados laboratoriais, associadas à febre entérica.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 391


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
8. Enumerar as complicações principais da febre entérica
9. Desenvolver o diagnóstico diferencial para febre entérica.
10. Descrever o tratamento da febre entérica:
a. Medidas de isolamento entérico;
b. Antibióticos;
c. Terapia de suporte.
11. Explicar o problema da recorrência pós-tratamento e co-infecção com
schistosoma.
12. Explicar o conceito de portador assintomático e sua importância na
manutenção de casos de doença activa (transmissão mantida na comunidade).
13. Descrever as várias medidas de prevenção da infecção.

Brucelose 1. Definir a brucelose. 1


2. Identificar os agentes etiológicos, reservatórios, via de transmissão aos
humanos e grupos de risco.
3. Descrever a distribuição da brucelose a nível mundial e em Moçambique.
4. Descrever a apresentação clínica da brucelose (sintomas constitucionais e
sintomas relacionados a envolvimento de diferentes sistemas corporais).
5. Descrever os critérios para referência do paciente.
6. Listar as causas principais para o diagnóstico diferencial da brucelose
(tuberculose, malária febre tifóide, endocardite, meningite, artrite, hepatite...).
7. Descrever o tratamento da brucelose.

Peste 1. Definir a peste. 0.5


2. Descrever a distribuição mundial e em Moçambique.
3. Identificar o agente etiológico, reservatórios, vector e vias de transmissão da
peste.
4. Descrever a apresentação clínica dos seguintes tipos de peste:
a. bubónica;
b. pneumónica;
c. septicémica.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 392


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
5. Listar os exames laboratoriais indicados para o diagnóstico da peste.
6. Listar causas de diagnóstico diferencial da peste.
7. Descrever o tratamento para peste.
8. Explicar a importância do início do tratamento empírico, o mais cedo possível.
9. Identificar as medidas de saúde pública para prevenção e controlo da peste.

Febre Recorrente 1. Definir a febre recorrente. 0.5


por Mordedura de 2. Identificar o agente etiológico (borrelia), vectores, reservatórios, via de
Carraça transmissão e factores de risco da febre por mordedura de carraça.
3. Explicar a estimativa de alta incidência da doença.
4. Descrever a apresentação clínica da febre recorrente e possíveis complicações.
5. Listar os testes e resultados laboratoriais que podem conduzir ao diagnóstico de
febre recorrente.
6. Indicar como diferenciar esta doença entre outras que se apresentam com febre.
7. Descrever o tratamento da febre recorrente.

Filariase 1. Definir a filaríase linfática. 1


2. Descrever a distribuição da filaríase em Moçambique.
3. Identificar as espécies de filária, vector e via de transmissão.
4. Descrever resumidamente o ciclo de vida das filárias.
5. Descrever a apresentação clínica da filaríase linfática:
a. Filaríase linfática aguda;
b. Filaríase linfática crónica (elefantíase, hidrocele);
6. Identificar os testes laboratoriais para o diagnóstico de filaríase.
7. Descrever o diagnóstico diferencial da filaríase.
8. Descrever o tratamento da filaríase linfática (aguda e crónica).
9. Identificar os efeitos adversos possíveis da terapia anti-filariase.
10. Explicar as medidas de saúde pública para a prevenção e controlo da filaríase.

Schistossomíase 1. Definir Schistosomíase. 2

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 393


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
2. Enumerar as espécies de schistosoma envolvidas nos diferentes tipos de
schistosomíase e identificar distribuição das mesmas a nível mundial e em
Moçambique.
3. Descrever o ciclo de vida, via de transmissão, factores de risco da infecção.
4. Descrever a relação entre localização dos parasitas adultos, deposição
progressiva das ovas, reacção granulomatosas e desenvolvimento de doença
crónica.
5. Explicar a relação entre o grau de severidade da doença crónica e o grau de
exposição a infecção.
6. Descrever resumidamente a apresentação clínica da infecção aguda (febre de
Katayama).
7. Descrever os sintomas e sinais das principais formas de doença crónica
a. Doença hepato-esplénica;
b. Doença intestinal;
c. Doença genito-urinária;
d. Doença pulmonar (cor pulmonale).
8. Listar os testes e resultados laboratoriais que podem conduzir ao diagnóstico de
schistosomíase.
9. Discutir o diagnóstico diferencial para as diferentes formas de schistosomíase.
10. Descrever o tratamento da schistosomiase.
11. Descrever as medidas de saúde pública para o controlo da infecção.

Tripanossomíase 1. Definir tripanossomíase africana. 1.5


(Doença do Sono) 2. Identificar e comparar os agentes etiológicos, via de transmissão, vector,
reservatório principal, epidemiologia das duas formas de tripanossomíase
africana.
3. Descrever a distribuição da tripanossomíase em Moçambique.
4. Definir fase hemolinfática e fase meningo-encefálica da doença.
5. Descrever os sintomas e sinais associados à fase inicial e à fase tardia, tipo de
decurso clínico.
6. Identificar os testes laboratoriais para o diagnóstico e o estadiamento da

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 394


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
tripanossomíase.
7. Discutir o diagnóstico diferencial para tripanossomíase.
8. Descrever o tratamento da forma hemolinfática e da forma meningo-encefálica.
9. Identificar os efeitos adversos associados ao tratamento e medidas de
prevenção dos mesmos.
10. Explicar as medidas para prevenção e controlo dos surtos de tripanossomíase:
a. Controlo do vector;
b. Tratamento dos animais infectados;
c. Diagnóstico e tratamento dos casos humanos.

Febres 1. Definir febres hemorrágicas; 0.5


Hemorrágicas 2. Enumerar os diferentes tipos de febres hemorrágicas em África e identificar,
(Febre amarela, quais são epidemiologicamente relevantes em Moçambique (Febre do Vale do
Febre do Vale do Rift e indirectamente a febre amarela).
Rift) 3. Identificar os agentes etiológicos, vectores, e vias de transmissão da febre do
Vale do Rift e da febre amarela.
4. Descrever sucintamente a apresentação clínica comum das febres hemorrágicas
e identificar os sintomas e sinais mais específicos da febre do Vale do Rift e da
febre amarela.
5. Explicar o manejo dos casos suspeitos de febre hemorrágica.
6. Descrever as medidas de prevenção da febre amarela e da febre do Vale do
Rift:
a. Vacinação (febre amarela);
b. Controlo dos vectores;
c. Medidas de higiene hospitalar.

Epidemiologia Geral 1. Indicar as vias de transmissão das doenças infecciosas. 0.5


Prevenção e Preventiva 2. Indicar as práticas que podem contribuir para a disseminação de doenças
Controlo das infecciosas a nível da unidade de saúde ou os costumes e comportamentos a
Infecções nível comunitário.
3. Definir a função do técnico de medicina na prevenção das infecções a nível da

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 395


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
unidade sanitária e na promoção da saúde na comunidade.
Prevenção e 1. Explicar porque as unidades sanitárias são locais com elevado risco de 1.5
Controlo das transmissão das infecções.
Doenças Infecciosas 2. Definir e explicar a importância da implementação de um plano de
a Nível da Unidade prevenção/controlo das infecções a nível da unidade sanitária.
Sanitária 3. Descrever as seguintes medidas de controlo das infecções:
a. Medidas individuais;
b. Medidas administrativas;
c. Medidas ambientais;
d. Higiene hospitalar.
4. Descrever um plano de saúde ocupacional para o pessoal de saúde.

Determinantes 1. Identificar os factores sociais que influenciam a susceptibilidade de uma pessoa 0.5
Sociais de Doenças a doenças infecciosas.
Infecciosas 2. Definir a relação entre a realização educacional e os comportamentos de risco
para a saúde.
3. Descrever como as alterações demográficas podem afectar a incidência de
doenças infecciosas.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 396


3º. Semestre
ESTÁGIO
Local de Estágio:
• Enfermaria de Medicina;
• Serviço de Consulta Externa;
• Serviço de Tuberculose;
• Serviço TARV;
• Consulta Pré-Natal/maternidade (para mulher grávida com malária).
Duração: 5 semanas
Supervisores:
• Médicos com experiencia clínica;
• Técnicos de Medicina com experiencia clínica.
Técnicas a Demonstrar:

• Competências Clínicas:

o Efectuar uma anamnese apropriada para um paciente com sintomas relacionados a


doenças infecciosas;
o Executar correctamente o exame físico de um paciente que apresente uma doença
infecciosa suspeita;
o Registar os resultados da história clínica e do exame físico, de forma exacta e
concisa no processo clínico do paciente;
o Desenvolver um diagnóstico diferencial adequado às queixas do paciente;
o Identificar os meios auxiliares de diagnóstico para proceder ao diagnóstico da
condição infecciosa apresentada;
o Desenvolver uma conduta terapêutica e um plano de seguimento adequado
(incluindo a transferência se necessário);
o Seleccionar, de forma lógica, o agente antimicrobiano correcto para a terapêutica
empírica, de acordo com as linhas de orientação do MISAU;
o Reconhecer as reacções adversas aos medicamentos antimicrobianos e fazer o
manejo e a gestão apropriados das mesmas.
• Competências dos Meios Auxiliares de Diagnóstico:
o Demonstrar como realizar a colheita de diferentes espécimes biológicos: sangue,
urina, expectoração, fezes;
o Interpretar os resultados dos testes;
o Efectuar e interpretar testes de diagnóstico rápido para a malária;
o Interpretar os resultados da baciloscopia;
o Interpretar os resultados do hemograma em relação às doenças infecciosas;
o Identificar o uso apropriado do RX torácico e interpretar as anomalias detectadas;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 397


3º. Semestre
Seminários de Discussão de Estágio:
• Apresentação de 1 caso clínico observado durante o estágio;
• Para cada paciente apresentado, é necessário incluir resultados relevantes da história
clínica e do exame físico, discutir os meios de diagnóstico utilizados e o diagnóstico
diferencial. O TM deverá descrever a conduta terapêutica do paciente, incluindo
terapias farmacológicas e não farmacológicas, a educação do paciente, o prognóstico
e o acompanhamento. Indicações para a transferência imediata ou o encaminhamento
adequado devem ser incluídas na apresentação.

• O docente deve rever os casos com o grupo para:


o Evidenciar aspectos chave da anamnese e exame físico;
o Quando apropriado, rever a fisiologia e fisiopatologia;
o Rever as considerações efectuadas para chegar a um diagnóstico diferencial;
o Discutir como desenhar e implementar uma conduta terapêutica.

AVALIAÇÃO
Avaliação Teórica
• Um teste escrito parcial, com um peso de 20%;
• Exame escrito final, com um peso de 30%.

Avaliação Prática
• Demonstração de técnicas / procedimentos no laboratório (humanístico ou multi-
disciplinar, com um peso de 10%.

Avaliação do Estágio
• Apresentação de 1 caso observado durante o estágio, com um peso de 20%;
• Demonstração duma história clínica (anamnese e exame físico) com um paciente,
dirigida ao sistema, 20%.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 398


3º. Semestre
BIBLIOGRAFIA

• Burton. Microbiologia para as ciências da saúde. Guanabara-Koogan.


• Collier, J, Longmore, M, Brinsden, M. Manual de medicina tropical de Oxford
(Oxford handbook of tropical medicine). 3o ed. Oxford University Press; 2008.
• Cook, G, Zumla, A. Doenças tropicais de Manson (Manson’s tropical diseases). 22o
ed. Saunders; 2009.
• Jawetz. Microbiologia médica. McGraw Hill Interamericana.
• Mandel, Bennett e Dolin. Principios e práticas das doenças infecciosas (Principles and
practice of infectious diseases). 6o ed.
• Medecins Sans Frontieres. Guia clínica: Manual de diagnóstico e tratamento (Clinical
guidelines: Diagnosis and treatment manual). 7o ed. 2006.
• MISAU, UNICEF, Cooperação Italiana. Diagnóstico diferencial – para o pessoal
clínico: guia de uso prático.
• MISAU, I-TECH, PEPFAR. Disciplina de avaliação e manejo dos doentes com
HIV/SIDA - manual de referência 2009.
• MISAU. Formulário nacional de medicamentos – ficha técnica. 5o ed. Setembro 2007.
• MISAU. Manual clínico de tuberculose.
• Organização Mundial de Saúde (OMS). Guia para o tratamento de malária (Malaria
treatment guidelines). 2006.
• Peakman, Mark, Col. Imunogia básica e clínica. Guanabara-Koogan.
• Programa Nacional de Controlo da Malária, MISAU. Malária: Formação em manejo
dos casos. 2009.
• Spicer . Bacteriologia, Micologia e parasitologia clínica.
• Terapia Médica – do Posto de Saúde até ao Hospital de Referência. Guia de Uso
Prático. Ministério da Saúde (MISAU), UNICEF, Cooperação Italiana
• Tuberculosis: Practical guide for clinicians, nurses, laboratory technicians and
medical auxiliaries, 2008- fifth edition, Medecins Sans Frontieres

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 399


3º. Semestre
Disciplina do Sistema Endócrino
Semestre: III
CARGA HORÁRIA
Horas por Duração Total
Semana (semanas) de Horas
Aulas Teórico-Práticas 2-4 6 17
Avaliação -- -- 1
Laboratório 2 3 4
Avaliação -- -- 2
Discussão de Estágio* 5 1 5
Número Total de Horas da Disciplina 29 horas
* Neste semestre, os estudantes terão 5 semanas (25h/s) de estágio nas enfermarias de
pacientes internados e ambulatório, e 3 semanas de estágio centrado no HIV.

PRÉ-REQUISITOS:
• Anatomia e Fisiologia;
• Introdução às Ciências Médicas;
• Semiologia 1 e 2 (Exame Físico e Anamnese);
• Introdução a Meios Diagnóstico;
• Deontologia e Ética Profissional.

DOCENTES:
• Médicos de Clínica Geral experientes;
• Técnicos de Medicina Especializados em Ensino, com experiência clínica.

COMPETÊNCIAS A SEREM ADQUIRIDAS ATÉ AO FINAL DA DISCIPLINA:


O Técnico de Medicina será capaz de realizar as seguintes tarefas:

1. Diagnosticar e tratar as patologias abaixo indicadas, com atenção especial às seguintes tarefas:
a. Elaborar possíveis hipóteses de diagnóstico com base na anamnese, no exame físico e
diagnóstico diferencial;
b. Usar e interpretar resultados dos meios auxiliares de diagnóstico;
c. Criar um plano de tratamento / conduta, de acordo com a sua competência, baseado no
diagnóstico diferencial.
d. Criar e explicar ao paciente um plano de alta:
i. Resumo do tratamento;
ii. Seguimento;
iii. Prevenção e controle da doença.

2. Reconhecer ou suspeitar emergências e executar as intervenções médicas imediatas e


referir/transferir como apropriado:
a. Crise hipertireoidea;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 400


3º. Semestre
b. Cetoacidose diabética;
c. Coma hiperosmolar e hipoglicémico;
d. Pancreatite aguda.

Lista de Doenças:
1. Hipertiroidismo;
2. Hipotiroidismo;
3. Obesidade;
4. Diabetes mellitus;
5. Hipoparatiroidismo;
6. Hiperparatiroidismo;
7. Patologias das glândulas supra-renais: Síndroma de Cushing;
8. Outras condições: ginecomastia e disfunção da erecção.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 401


3º. Semestre
Plano Temático
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Terminologia 1. Definir os seguintes termos: 0.5
Comum a. Sistema endócrino;
b. Exócrino;
Terminologia c. Hormona;
d. Metabólico inicial, intermédio e final;
e. Libertação diurna e nocturna;

Anatomia e 1. Identificar os órgãos endócrinos e suas funções; 2


Fisiologia 2. Descrever a anatomia topográfica da glândula pituitária, as hormonas produzidas e
suas funções;
3. Descrever a anatomia topográfica da tiroide.
4. Explicar a função da tiroide, o mecanismo de produção e regulação de tiroxina, seus
metabolitos activos e a sua relação com o iodo
5. Identificar a Anatomia topográfica do pâncreas e distinguir entre a componente
exócrina e endócrina.
6. Descrever as hormonas produzidas pelo pâncreas, sua função e fisiologia, incluindo
as hormonas contra-reguladoras.
7. Descrever a anatomia topográfica das glândulas supra-renais.
8. Descrever as hormonas produzidas, suas funções e fisiologia.
Anatomia e 9. Descrever a anatomia topográfica das paratiroides.
Fisiologia 10. Descrever as hormonas produzidas, suas funções e fisiologia.

Fisiopatologia da 1. Definir hipotiroidismo, hipertiroidismo, eutiroidismo. 1


Tiróide 2. Explicar a fisiopatologia da disfunção da produção das hormonas tiroideias e os
efeitos do hiper- e hipotiroidismo a nível do metabolismo do sistema
musculoesquelético, gastrointestinal, sistema nervoso central e autónomo, sistema
cardiovascular e dermatológico.
3. Descrever o processo auto-imune associado ao desenvolvimento da doença de graves
e da tireoidite de Hashimoto.
4. Explicar a relação entre produção de auto anticorpos, hiperactividade simpática e
oftalmopatia associada à tiroide.
5. Descrever a relação entre baixo consumo de iodo e hipotiroidismo.
6. Descrever a fisiopatologia no desenvolvimento do bócio.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 402


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas

Fisiopatologia do 1. Definir pré-diabetes e diabetes mellitus, tipo 1 e tipo 2, e diabetes insípido. 1.5
Pâncreas 2. Descrever a fisiopatologia da diabetes tipo 1 e tipo 2, diabetes gestacional e diabetes
insípida.
3. Definir o termo resistência a insulina, glicosuria, cetonuria, cetoacidose diabética,
estado hiperosmolar hiperglicémico, coma hipoglicémico.
4. Descrever a fisiopatologia da cetoacidose diabética e estado hiperosmolar
hiperglicêmico, os factores desencadeantes e relação com a diabetes de tipo 1 e tipo
2.
5. Definir microangiopatia e macroangiopatia diabética, sua fisiopatologia e os factores
que precipitam tais complicações.
6. Explicar a relação da microangiopatia e macroangiopatia com as principais
complicações crónicas do diabetes a nível ocular, renal, neurológico, e
cardiovascular.

Fisioatologia das 1. Definir hiperparatiroidismo e hipoparatiroidismo. 1


Paratiróides e das 2. Descrever a fisiopatologia do metabolismo do cálcio.
Glândulas Supra- 3. Descrever a fisiopatologia das hormonas supra-renais: glucocorticoides e
Renais mineralcorticoides, sua regulação e interacção com o metabolismo dos carboidratos,
lipídos, proteínas e electrolitos.

Anamnese 24. Enumerar os componentes de uma história clínica orientada para os sintomas e sinais 1
de doenças endócrinas.
25. Enumerar as queixas que normalmente são associadas às patologias endócrinas, em
relação aos órgãos afectados.

Revisão da História
Clínica Exame Físico 4. Enumerar e descrever os passos e as técnicas necessárias para realizar o exame físico 1
orientado aos sintomas endócrinos:
a. Exame da tiróide;
b. Grau de obesidade;
c. Exame dos diferentes aparelhos que podem ser afectados pelas doenças
endócrinas.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 403


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Exames 1. Listar os testes básicos de laboratório para o diagnóstico e seguimento das 1
Laboratoriais disfunções das glândulas endócrinas (tiróide, pâncreas, paratiróides, glândulas
supra-renais).
2. Identificar as indicações e interpretação dos resultados dos seguintes testes da
disfunção do pâncreas (valores normais e anormais):
Meios Auxiliares a. Glicemia ***;
Diagnóstico b. Teste rápido de urina (glicosuria, corpos cetónicos; proteínuria) ***;
c. Hemograma *****;
d. Ureia e creatinina sérica ***.
3. Listar outros meios auxiliares diagnósticos úteis para o diagnóstico diferencial.
4. Explicar o uso e a manutenção do aparelho para o teste rápido da glicemia
(glucómetro).

Introdução 1. Descrever a epidemiologia das doenças endócrinas em Moçambique 0.5


2. Descrever as causas principais de obesidade, as consequências mais comuns em
Moçambique e as medidas de prevenção.
3. Comparar a actual prevalência do diabetes mellitus em Moçambique e há 20 anos.

Hipotiroidismo e 1. Listar as causas comuns de hipo e hipertiroidismo. 1.5


Hipertiroidismo 2. Definir os diferentes tipos de bócio (difuso, nodular, multinodular) e as causas
possíveis.
Introdução às 3. Descrever os elementos da anamnese que podem contribuir para o diagnóstico e para
o diagnóstico diferencial.
Doenças
4. Descrever a apresentação clínica de hipo- e hipertiroidismo, incluindo os sintomas de
Endócrinas compressão das estruturas vizinhas pelo bócio.
5. Descrever as análises auxiliares que podem contribuir na elaboração do diagnóstico e
do diagnóstico diferencial.
6. Descrever os tipos de hipotiroidismo e hipertiroidismo que precisam de seguimento a
longo prazo (doença de Graves, nódulo tóxico, tireoidite de Hashimoto,
tireoidectomia).
7. Descrever uma estratégia de saúde pública para prevenir a deficiência de iodo.

Laboratório 4. Efectuar uma história clínica e um exame físico num colega, com ênfase nos 2

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 404


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Humanístico sintomas de hipotiroidismo e hipertiroidismo, incluindo a palpação da tiróide:
n. Demonstrar os passos do exame físico;
o. Explicar resultados que seriam considerados “normais”;
Obesidade e 1. Definir os termos excesso de peso, obesidade e síndrome metabólica. 1
Síndrome 2. Descrever as principais características do síndrome metabólico e as consequências
Metabólica mais frequentes (doença cardiovascular e diabetes mellitus).
3. Listar as causas possíveis de obesidade (genéticas, hormonais, sócio culturais) e
explicar a relação entre estilo de vida e a incidência de obesidade.
4. Descrever como recolher a anamnese e efectuar o exame físico direccionado a um
paciente obeso e com síndrome metabólico.
5. Descrever as análises auxiliares que podem contribuir na elaboração do diagnóstico e
do diagnóstico diferencial.
6. Descrever a abordagem terapêutica do paciente obeso com enfoque na educação
alimentar e actividade física.
7. Explicar a importância do aconselhamento sobre nutrição e actividade física às
crianças e jovens que vivem em ambientes urbanos e em risco de adoptar um estilo
de vida pró obesidade.
8. Simular, com um colega, como aconselhar um paciente obeso sobre o estilo de vida
Clínica Médica saudável.
Diabetes Mellitus 1. Descrever os critérios da OMS para o diagnóstico de pré-diabetes e diabetes mellitus, 2
tipo 1 e tipo 2.
2. Descrever as causas e os factores de risco de diabetes Mellitus do tipo 1 e 2.
3. Descrever a apresentação clínica da fase inicial dos diferentes tipos de diabetes.
4. Descrever os critérios do diagnóstico de diabetes relacionada com a malnutrição.
5. Descrever a apresentação clínica das complicações microvasculares e
macrovasculares da diabetes mellitus e o tempo necessário para as produzir
(neuropatia diabética, nefropatia diabética, retinopatia diabética).
6. Descrever as análises auxiliares que podem contribuir na elaboração do diagnóstico e
do diagnóstico diferencial para a diabetes mellitus.
7. Descrever em linhas gerais o tratamento farmacológico (insulina injectável,
hipoglicemizantes orais) e não farmacológico (dieta, exercício físico) para o
tratamento das diferentes formas de diabetes mellitus (fase inicial e crónica).
8. Descrever os efeitos colaterais da terapia com insulina e/ou hipoglicemizantes orais.
9. Seguimento ao plano de tratamento do paciente com diabetes mellitus incluindo:

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 405


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
a. Anamnese e exame físico de seguimento;
b. Controlo da adesão à terapia farmacológica e do estilo de vida;
c. Avaliação pontual da resposta à terapia (clínica e laboratorial);
d. Educação do paciente sobre a autogestão da condição crónica;
e. Prevenção e diagnóstico precoce das complicações agudas e crónicas nos
diferentes aparelhos;
f. Efeitos secundários aos medicamentos e Identificação de critérios de
referência ou transferência.
10. Explicar a importância do rastreio da pré-diabetes nas pessoas com factores de risco
para diabetes mellitus.
11. Explicar o impacto positivo da modificação do estilo de vida na prevenção da
diabetes mellitus e suas complicações.
Hipoglicemia 1. Definir hipoglicemia. 0.5
2. Descrever as causas mais frequentes de hipoglicemia.
3. Descrever a apresentação clínica, o diagnóstico diferencial e o manejo inicial.

Laboratório 1. Recolher uma história clínica e efectuar um exame físico num colega para a consulta 2
Humanístico de seguimento de um paciente diabético incluindo:
a. Enumerar as 4 componentes para avaliação do pé no paciente diabético
(pulso, sensibilidade, presencia de feridas e estado das unhas).
2. Demonstrar o uso e a manutenção correcta do glucómetro.
3. Demonstrar o uso e a interpretação correcta do teste rápido da urina.
4. Demonstrar o uso das diferentes preparações de insulina disponíveis em
Moçambique em termos de escolha, combinação e dosagem.

Hiper-Paratiroidismo 1. Classificar as diferentes formas de hiperparatiroidismo e hipoparatiroidismo. 0.5


e Hipo- 2. Descrever as causas mais frequentes e a apresentação clínica de hiperparatiroidismo
Paratiroidismo e hipoparatiroidismo.

Síndrome de 1. Definir síndrome de Cushing. 0.5


Cushing 2. Definir as causas mais frequentes e a apresentação clínica.

Ginecomastia, 1. Definir os termos ginecomastia e disfunção da erecção. 0.5


Disfunção da 2. Descrever as causas mais comuns das duas condições.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 406


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Erecção 3. Descrever as manifestações clínicas das duas condições.
4. Descrever as análises auxiliares que podem contribuir para o diagnóstico e para o
diagnóstico diferencial.
5. Aconselhar o paciente em caso de disfunção da erecção e listar as indicações para
transferir.

Emergências 1. Identificar e definir as condições das seguintes emergências endócrinas: 1


Endócrinas a. Crise hipertiroidea;
b. Cetoacidose diabética;
c. Coma hiperosmolar;
d. Coma hipoglicémico;
e. Pancreatite aguda.
2. Descrever os sintomas e sinais que podem ser associados a cada emergência
endócrina.
3. Explicar os cuidados e tratamento imediatos (estabilização) de um paciente
com uma emergência endócrina.
4. Descrever o procedimento correcto para referir um paciente que apresenta uma
emergência endócrina.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 407


3º. Semestre
ESTÁGIO
Local do Estágio
• Consultas externas;
• Enfermaria de pacientes internados.
Duração: 5 semanas
Supervisor: Médicos gerais e Técnicos de Medicina com experiência.
Técnicas a Demonstrar:
• Efectuar um exame físico num paciente focalizando os sinais e sintomas de doenças
do sistema endócrino;
• Identificar os meios auxiliares de diagnóstico e seguimento para proceder ao
diagnóstico e seguimento das condições do sistema endócrino;
• Demonstrar habilidade de aconselhar os pacientes sobre:
o Um estilo de vida saudável para a prevenção da obesidade;
o A educação da autogestão da terapia da diabetes mellitus;
o A gestão dos problemas da disfunção da erecção.
• Demonstrar habilidade de usar correctamente o glucómetro portátil.
Seminários de Discussão de Estágio
• Apresentação de 1 caso observado durante o estágio, que poderá ser entre os
seguintes:
o Um caso de manejo de um paciente com diabetes mellitus tipo 2;
o Um caso de manejo de um paciente com hipo ou hipertiroidismo;
o Um caso de manejo de um paciente com obesidade.

Para cada caso apresentado, é necessário incluir resultados relevantes da história clínica e do
exame físico, discutir os meios de diagnóstico utilizados e o diagnóstico diferencial. O TM
deverá descrever a conduta terapêutica do paciente, incluindo terapias farmacológicas e não
farmacológicas, a educação do paciente, o prognóstico, e o acompanhamento. Indicações para
a transferência imediata ou o encaminhamento adequado devem ser incluídas na apresentação.
• O docente deve rever os casos com o grupo para:
o Evidenciar aspectos chaves da anamnese e do exame físico;
o Rever a fisiologia e fisiopatologia, se for apropriado;
o Discutir como elaborar e implementar um plano de gestão farmacológico e
não farmacológico ao longo prazo.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 408


3º. Semestre
AVALIAÇÃO

Avaliação Teórica
• Parcial: 1 trabalho escrito com base nos tópicos apresentados nas aulas, com um peso
de 10% e 1 exame escrito no fim da primeira semana, com um peso de 15% (peso
total de 25%).
• Final: 1 exame teórico prático, com um peso de 15%.

Avaliação Prática
• Demonstração de técnicas no laboratório humanístico, com um peso de 20%.

Avaliação do Estágio
• Apresentação de casos observados durante o estágio, com um peso de 40%.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 409


3º. Semestre
Avaliação e Manejo dos Doentes com HIV e SIDA
Semestre: III
CARGA HORÁRIA

Horas por Duração Total


Semana (semanas) de Horas
Aulas Teórico-Práticas 25, 27, 25 3 77
Avaliação -- -- 2
Laboratório 6, 4, 2 3 12
Avaliação -- -- 2
Discussão de Estágio* 10 3 30
Número Total de Horas da Disciplina 123 horas
* Neste semestre, os estudantes terão 5 semanas (25h/s) de estágio nas enfermarias de
pacientes internados e ambulatório, e 3 semanas de estágio centrado no HIV.

PRÉ-REQUISITOS:
• Anatomia e Fisiologia;
• Introdução às Ciências Médicas;
• Semiologia (Anamnese e Exame Físico);
• Meios Auxiliares de Diagnóstico; Dermatologia;
• Sistema Gastrointestinal, Sexual e Reprodutivo, Cardiovascular e Respiratório;
• Hematologia e Oncologia;
• Saúde da Comunidade;
• Estomatologia;
• Saúde Mental;
• Doenças Infecciosas;
• Mais de 10 semanas de Estágio.

DOCENTES:
• Médicos de Clínica Geral
• Técnicos de Medicina
• Para as sessões de Prevenção de Transmissão Vertical (PTV) e CCR: Enfermeiras de
Saúde Materno e Infantil (SMI).

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 410


3º. Semestre
COMPETÊNCIAS A SEREM ADQUIRIDAS ATÉ AO FINAL DA DISCIPLINA:

O Técnico de Medicina será capaz de realizar as seguintes tarefas:


1. Demonstrar aptidão na abordagem clínica do paciente HIV positivo:
a. Abrir um ‘processo clínico’ para um paciente recentemente diagnosticado;
b. Colher uma anamnese e efectuar um exame físico, incluindo:
i. Avaliação da queixa principal;
ii. História da doença actual;
iii. História clínica antecedente – Incluindo, antecedentes ginecológicos e
obstétricos, data do diagnóstico para HIV, história de infecções oportunistas,
antecedentes de tratamento, antecedentes de internamento, exames
laboratoriais efectuados que sejam relevantes;
iv. História psicossocial, incluindo aspectos específicos relacionados com
HIV/SIDA:
1. Ambiente familiar;
2. Detalhada história sexual e de exposição;
3. Medidas para prevenção e redução do risco;
4. Ambiente psicossocial, estigma, apoio social.
v. Historia familiar;
vi. Exame Físico – com capacidade de reconhecer os sinais e sintomas
específicos de:
1. Abordagem sistemática do paciente com HIV;
2. Infecções oportunistas (IOs);
3. Reacções adversas ao Tratamento Anti-retroviral (TARV).
c. Utilização e interpretação dos meios auxiliares de diagnóstico:
i. Testes Laboratoriais;
ii. Testes Radiológicos.
d. Executar técnicas especializadas de diagnóstico:
i. Punção Lombar;
ii. Toracocentese;
iii. Paracentese.
e. Desenvolver um diagnóstico diferencial;
f. Tomar uma conduta terapêutica;
g. Transferir adequadamente pacientes em estado grave ou de estadio IV para outros
clínicos ou serviços de cuidados especializados;
h. Registar a ficha clínica do paciente de forma apropriada e ser capaz de transmitir
claramente a informação médica aos outros clínicos, no caso de transferência ou
partilha de cuidados;
i. Desenhar um plano de alta compreensivo e seguro;
j. Determinar o acompanhamento adequado.
2. Ser capaz de pedir os seguintes testes e interpretar os seus resultados de forma
rigorosa:

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 411


3º. Semestre
a. Testes básicos para avaliação e acompanhamento de pacientes com HIV (Teste de
diagnóstico rápido HIV, ELISA, CD4, hemograma, ALT, AST, bilirubina,
amilase, glicose, trigliceridos, colesterol, lactato, urinálise, tinta de china, etc.);
b. Radiografia (torácica, abdominal, vertebral e de extremidades);
c. Esfregaço de expectoração para tuberculose;
d. RPR;
e. Exame das fezes para detecção de ovos e parasitas.
3. Demonstrar aptidão para aconselhamento, incluindo:
a. Aconselhamento pré-teste HIV;
b. Aconselhamento pós-teste HIV;
c. Aconselhamento pré-TARV;
d. Aconselhamento pós-TARV de adesão ao tratamento;
e. Profilaxia pós-exposição;
f. Aconselhamento preventivo geral para HIV/ITS.
4. Cuidar do paciente HIV positivo (incluindo profilaxia e tratamento de infecções
oportunistas e condições associadas):
a. Estadios Clínicos:
i. Paciente adulto com HIV;
ii. Mulher grávida com HIV;
iii. Criança exposta ou infectada por HIV*;
iv. Reconhecer pacientes em estadio IV, gravemente doentes, a necessitar
transferência para serviços com níveis de cuidados mais elevados.
b. Diagnóstico presuntivo ou definitivo e tratamento de IOs nos adultos abaixo do
estadio IV:
i. Tuberculose:
1. Tuberculose pulmonar;
2. Tuberculose extra pulmonar ou disseminada;
3. Tuberculose do sistema nervoso central (meningite).
ii. Sarcoma de Kaposi:
1. Cutâneo;
2. Visceral;
3. Pulmonar.
iii. Meningite por Cryptococcus ou Criptococcose extra pulmonar;
iv. Pneumonia por Pneumocystis jiroveci (Pneumocistose);
v. Candidíase (Aftas, Esofagite);
vi. Zona, ou infecção por Varicela Zóster;
vii. Infecção pelo Vírus Herpes Simplex;
viii. Encefalopatia /demência por HIV;
ix. Leucoencefalopatia multifocal progressiva;
x. Infecção aguda por HIV;
c. Diagnóstico presuntivo ou definitivo e tratamento de IOs nas crianças menos
estadio IV*:
i. Tuberculose;
ii. Sarcoma de Kaposi;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 412


3º. Semestre
iii. Pneumonia por Pneumocystis jiroveci (Pneumocistose);
iv. Pneumonia intersticial linfocitica (LIP);
v. Encefalopatia por HIV;
d. Diagnóstico e tratamento de IOs nas mulheres grávidas abaixo do estadio IV:
e. Diagnosticar e tratar as seguintes condições associadas:
i. Malária;
ii. Sífilis.
f. Prescrição de tratamento profilático para IOs em adultos;
g. Prescrição de tratamento profilático para IOs em crianças*;
h. Prescrição de tratamento profilático para IOs em mulheres grávidas;
i. Iniciar correctamente a profilaxia com Cotrimoxazol, ou Dapsona:
i. Identificar indicações e contra-indicações para a profilaxia com cotrimoxazol;
ii. Iniciar dapsona em pacientes com contra-indicações para cotrimoxazol;
iii. Diagnosticar e tratar reacções adversas (1 e 2) ao cotrimoxazol e/ou dapsona;
iv. Reconhecer as indicações para suspender cotrimoxazol ou dapsona em
pacientes com Síndrome de Reconstituição Imunitária.
j. Prescrição de tratamento profilático para a Tuberculose c com isoniazida:
i. Executar o despiste da TB activa para pacientes com HIV;
ii. Identificar indicações e contra-indicações para a profilaxia com isoniazida;
iii. Iniciar isoniazida nos pacientes elegíveis.
5. Tratamento Anti-retroviral (TARV):
a. Prescrever TARV a um paciente adulto;
b. Prescrever TARV a um paciente pediátrico*;
c. Prescrever TARV a uma mulher grávida;
d. Prescrever TARV a um paciente com Tuberculose;
e. Identificar interacções entre medicamentos TB-TARV e recomendar as alterações
adequadas ao tratamento;
f. Identificar indicações e contra-indicações para TARV de primeira linha e para
tratamentos de primeira linha alternativos;
g. Iniciar uma alternativa ao tratamento de primeira linha (D4T, EFV);
h. Referir pacientes que necessitam TARV, mas têm contra-indicações para ambos o
tratamento de primeira linha e tratamento de primeira linha alternativo;
i. Diagnosticar e tratar reacções adversas ao TARV:
i. Gerir efeitos secundários do TARV, de 1º e 2º grau;
ii. Referir efeitos secundários do TARV, de 3º e 4º grau.
j. Diagnosticar e tratar pacientes com Síndrome Inflamatória de Reconstituição
Imunitária (SIRI);
k. Seguimento de pacientes em TARV de segunda linha;
l. Coordenar a atenção ao paciente sob TARV, com outra atenção medica indicada;
m. Seguimento de pacientes em TARV (adulto, pediátrico, mulher grávida):
i. Seguimento clínico;
ii. Seguimento laboratorial (adequada monitorização e interpretação das
contagens de CD4);
iii. Monitorar a adesão ao tratamento.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 413


3º. Semestre
n. Seguimento de pacientes que não estão em TARV;
o. Diagnosticar suspeita má adesão ao tratamento;
p. Cuidar dos pacientes internados;
i. Estabilizar pacientes em estado crítico e eventualmente os encaminhar para os
serviços de cuidados adequados;
ii. Cuidar dos pacientes internados nas enfermarias de Medicina, Cirúrgia e
outros.
6. Prevenir a transmissão do HIV de mãe-para-filho e dar acompanhamento à criança
exposta:
a. Reconhecer o prognóstico correcto para bébés recém-nascidos de mães com HIV
e aconselhar as mães de forma apropriada;
b. Elaborar uma história clínica e exame físico completos de uma mulher sero-
positiva grávida;
c. Executar os testes laboratoriais adequados da mãe sero-positiva:
i. Testagem do HIV com teste rápido;
ii. Contagem CD4;
iii. RPR.
d. Fazer o estadiamento clínico da mulher grávida seropositiva;
e. Determinar quais são as mulheres grávidas sero-positivas elegíveis para a terapia
anti-retroviral;
f. Diagnosticar e tratar IOs nas mulheres grávidas seropositivas abaixo do estadio
IV;
g. Transferir ou referir a paciente para outros níveis de atenção (casos complexos, ou
a necessitar reencaminhamento);
h. Avaliar e acompanhar a criança exposta ao HIV*:
i. Efectuar o diagnóstico apropriado e testar a criança exposta ao HIV;
ii. Estadiamento da criança infectada;
iii. Prescrever a profilaxia com AZT para a criança exposta;
iv. Prescrever a profilaxia com cotrimoxazol para a criança exposta;
v. Prescrever ART para o paciente pediátrico elegível.
7. Demonstrar aptidões administrativas e de gestão, incluindo:
a. Executar actividades administrativas ao nível distrital e/ou provincial:
i. Partilhar a responsabilidade entre os programas ITS/HIV/SIDA;
ii. Coordenar as actividades de cuidados domiciliários;
iii. Coordenar com o programa nacional de combate à TB (PNCT);
iv. Coordenar os programas de PTV;
v. Ser membro do comité TARV; aconselhar o comité para a adesão ao TARV.
b. Participar em programas de adesão ao TARV:
i. Monitorar o envolvimento comunitário no seguimento de pacientes que
abandonam o TARV;
ii. Coordenar as actividades de seguimento de pacientes com problemas de
adesão;
iii. Coordenar as actividades de busca activa de faltosos e abandonos.
c. Executar outras funções administrativas:

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 414


3º. Semestre
i.Avaliação dos MMIAS (Mapa Mensal de Informação ARV);
ii.Convocar e liderar o Comité TARV onde não há médico;
iii.Visitar postos satélite do serviço de TARV;
iv. Controlo do stock de impressos do paciente com HIV;
v. Coordenar e/ou elaborar um resumo mensal dos movimentos de pacientes
com HIV;
vi. Coordenar os pedidos de impressos;
vii. Coordenar os pedidos de medicamentos para pacientes com HIV;

*Competências relacionadas com a avaliação pediátrica, incluindo cuidado e tratamento


serão abordadas no Plano Temático de Pediatria

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 415


3º. Semestre
Plano Temático

Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas


Epidemiologia 4. Descrever a epidemiologia global do HIV/SIDA. 0.5
5. Descrever a epidemiologia do HIV/SIDA na África Subsaariana.
6. Descrever a epidemiologia do HIV/SIDA em Moçambique.
7. Explicar as principais vias de transmissão do HIV e a relevância desta epidemia
em Moçambique.
8. Identificar comportamentos de risco que contribuíram para a disseminação da
epidemia de HIV/SIDA em Moçambique.

Imunologia 1. Descrever os vários componentes do sistema imunitário. 1


2. Perceber a importância das células CD4+ (Linfócitos T CD4+) no
funcionamento normal do sistema imunitário.
3. Identificar os níveis normais das células CD4+ para diferentes idades.
Introdução à
Epidemiologia,
Virologia 1. Descrever o ciclo de vida do vírus HIV: 1
Imunologia e
a. Entrada na célula (receptor CD4);
Virologia da
b. Integração e latência (incapacidade para “curar” HIV).
Infecção por HIV
2. Identificar os efeitos do HIV no sistema imunitário em geral e nas células CD4
em particular.
3. Descrever as diferenças entre HIV e SIDA.
4. Descrever a história natural da progressão da infecção por HIV para SIDA:
a. Enfatizar os 5-7 anos de período de latência “assintomático”.
5. Descrever os modos de transmissão do HIV:
a. Enumerar factores associados com elevado risco de transmissão:
b. Discutir mitos comuns relacionados com a transmissão do HIV:
c. Enumerar os métodos usados para prevenir a transmissão do HIV em
diferentes cenários (PTV incluindo amamentação, transmissão sexual,
reutilização de agulhas, ou transfusões sanguíneas).

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 416


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Aconselhamento 1. Definir aconselhamento, explicar os seus objectivos e a importância. 2
2. Distinguir o aconselhamento de apoio ao paciente do aconselhamento médico.
3. Explicar a importância da confidencialidade (e os riscos de não respeitar as
regras de confidencialidade).
4. Identificar as barreiras ao aconselhamento e explicar o que o técnico de saúde
pode fazer para ajudar os pacientes a ultrapassar essas barreiras.
5. Listar as características de um bom aconselhamento.
6. Estigma:
a. Definir estigma;
b. Identificar comportamentos normais de estigmatização dos técnicos de
saúde (incluindo dos próprios estudantes);
c. Indicar como evitar estes comportamentos;
d. Definir estratégias para desfazer mitos e medos em relação ao HIV;
e. Articular estratégias para lidar com o estigma.
Aconselhamento e
7. Para cada um dos tipos de aconselhamento abaixo, descrever e explicar quando
Exames
deve ser efectuado, o objectivo (benefícios), principais passos do processo de
Relacionados com o
aconselhamento, aconselhamento médico necessário e explicar ao conselheiro o
HIV
que fazer e o que evitar:
a. Aconselhamento pré-teste HIV;
b. Aconselhamento pós-teste HIV ;
c. Aconselhamento pré-TARV;
d. Aconselhamento sobre importância da adesão para pacientes no TARV
(enumerar as consequências da má adesão e factores associados à má
adesão);
e. Profilaxia pós-exposição;
f. Prevenção geral do HIV/ITS.

Testes 1. Para os seguintes testes HIV (testes rápidos serológicos, testes de padrão para 1.5
anti-corpos do HIV):
a. Descrever o teste incluindo os parâmetros avaliados;
b. Explicar as limitações do teste;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 417


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
c. Explicar o processo de colheita da amostra;
d. Explicar para onde enviar a amostra para análise incluindo os requisitos de
armazenamento e transporte;
e. Demonstrar a interpretação de resultados;
f. Explicar as implicações de um resultado positivo ou negativo para cada
tipo de teste, incluindo os passos seguintes para cada caso.
2. Identificar os locais onde se podem fazer testes
a. Aconselhamento e Testagem em Saúde (ATS);
b. Prevenção de Transmissão Vertical (PTV);
c. Clínica de Tuberculose (TB);
d. Unidade de Cuidados Primários;
e. Unidade Hospitalar.

Laboratório 1. Demonstrar o uso de preservativos masculinos/femininos. 4


Humanístico 2. Demonstrar testes rápidos de HIV (fluidos orais e picada do dedo).
3. Demonstrar (pré, pós, iniciação do TARV e adesão) aconselhamento em
cenário de teste (dramatização).

Abordagem ao 9. Abertura de um processo clínico para o paciente. 3


Paciente HIV 10. Reconhecer sinais de perigo com necessidade de um reencaminhamento
Positivo imediato.
11. Listar, descrever e demonstrar os aspectos chave da história clínica
completa de um paciente com HIV:
Cuidados de Rotina a. Avaliação da queixa principal;
do Paciente Adulto b. História da doença actual;
HIV Positivo c. História clínica antecedente – incluindo antecedentes ginecológicos e
obstétricos (para a mulher), data e local do diagnóstico para HIV, história
de infecções oportunistas, antecedentes de tratamento, antecedentes de
internamento, exames laboratoriais relevantes;
d. História psicossocial – incluindo aspectos específicos relacionados com
HIV/SIDA:

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 418


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
i. Ambiente familiar;
ii. Detalhada história sexual e de exposição;
iii. Medidas para prevenção e redução do risco;
iv. Ambiente psicossocial, estigma, apoio social.
e. História familiar.
12. Executar correctamente um exame físico e interpretar os seus resultados –
com capacidade de reconhecer os sintomas e sinais específicos do HIV:
síndrome de caquexia , infecções oportunistas, reacções adversas ao TARV.
13. Explicar o processo de desenvolvimento de um diagnóstico diferencial e da
implementação de uma conduta terapêutica.
14. Avaliar e priorizar os problemas do paciente.

Interpretação dos 7. Enumerar os testes disponíveis para avaliação e acompanhamento de pacientes 3


Testes de com HIV, explicar a correcta utilização de cada teste e interpretar os resultados:
Diagnóstico a. Teste de diagnóstico rápido do HIV (Unigold, Determine);
b. Teste de diagnóstico padrão (ELISA, Western Blot);
c. PCR-ADN do HIV extraído de uma gota de sangue seco (DBS);
d. Contagem de CD4, percentagem de CD4.
8. Enumerar os testes laboratoriais, radiológicos, e as técnicas especializadas mais
comuns para diagnóstico de IOs; explicar as correcta indicações de cada teste
abaixo e interpretar os resultados:
a. Esfregaço da expectoração para Tuberculose (Baciloscopia);
b. Punção lombar para Meningite;
c. Raio X torácico para infecções pulmonares:
i. Enumerar os passos a seguir durante a revisão de um raio X
torácico;
ii. Identificar estruturas anatómicas normais num raio X torácico;
iii. Reconhecer anomalias na observação de um raio X torácico
(infiltrados difusos, infiltrados focais, nódulos, lesões e derrames
pleurais);
iv. Determinar qual(is) o(s) diagnóstico(s) adequado(s), com base nas

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 419


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
anomalias detetadas.
d. Exame de fezes para ovos e parasitas;
e. Teste de RPR para sífilis;
f. Tinta de China, teste para antigenio criptocócico para o diagnóstico de
Meningite criptocócica.
9. Listar os testes de rotina mais comuns, disponíveis para o seguimento de
pacientes com HIV, explicar a indicação de cada teste e interpretar os
resultados:
a. Hemograma;
b. Glucose;
c. Função hepática (ALT, AST, Bilirubina);
d. Amilase;
e. Lactato;
f. Colesterol;
g. Urinálise.
10. Reconhecer as diferenças entre unidades científicas.
11. Perceber as limitações dos testes laboratoriais em geral.
12. Usar o Guia Laboratorial.

Emergências 5. Listar, descrever e reconhecer os seguintes “sinais de perigo” num paciente 3


Relacionadas com HIV positivo:
HIV a. Febre alta;
b. Nível de consciência alterado;
c. Incapacidade de comer, beber ou andar;
d. Choque, desidratação grave;
e. Diarreia grave e malnutrição;
f. Descamação mucocutanea;
g. Cefaleia severa e/ou meningismo;
h. Insuficiência respiratória – obstrucção do tracto respiratório superior,
taquipneia ou cianose;
i. Convulsões ou sinais neurológicos focais;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 420


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
j. Abdómen cirúrgico;
k. Hepatite e insuficiência hepática;
l. Emergências hematológicas.
6. Identificar testes laboratoriais “críticos”.
7. Tomar importantes decisões na identificação e gestão das emergências clínicas:
a. Explicar a importância da continuidade dos tratamentos TARV ou TB
mesmo em pacientes gravemente doentes;
b. Enumerar as indicações para a transferência de pacientes graves;
c. Enumerar e descrever os passos mais importantes para estabilizar um
paciente antes de o transferir para um serviço de nível mais elevado;
d. Explicar a importância da documentação na transferência de um paciente
para outra unidade de saúde;
e. Completar correctamente formulários de transferência ou, se estes não
estiverem disponíveis, listar a informação-chave que deve ser registada,
enviá-la com o paciente e manter uma cópia no arquivo;
f. Determinar o tipo de acompanhamento correcto para pacientes com
diferentes acuidades.

Estadiamento 1. Explicar a importância e aplicações práticas dos estadios. 2.5


Clínico 2. Descrever o processo do estadiamento clínico.
3. Explicar a utilidade acrescida do estadiamento imunológico.
4. Descrever as características dos diferentes estadios, de acordo com o sistema de
classificação da OMS.
5. Classificar pacientes com diferentes sintomatologias, de acordo com o sistema
de classificação da OMS (I, II, III e IV),

Prevenção de IOs 1. Uso do algoritmo do Cotrimoxazol para determinar elegibilidade; 2


2. Enumerar e explicar os critérios de eligibilidade para Cotrimoxazol:
a. Identificar as indicações e contra-indicações do Cotrimoxazol;
b. Explicar o apropriado uso de Dapsona como alternativa ao Cotrimoxazol;
c. Explicar os benefícios da profilaxia com Cotrimoxazol ou Dapsona;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 421


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
d. Identificar reacções adversas ao Cotrimoxazol ou Dapsona e listar as
alterações ao tratamento daí resultantes;
e. Descrever as doses correctas de Cotrimoxazole e Dapsona.
3. Perceber os riscos e benefícios da profilaxia com Isoniazida:
a. Identificar os passos principais a seguir antes de iniciar a profilaxia com
Isoniazida (ex. testar para Tuberculose activa);
b. Distinguir os pacientes que devem fazer profilaxia com Isoniazida;
c. Listar potênciais reacções adversas provocadas pela Isoniazida e explicar
quais as terapias alternativas para estes casos;
d. Descrever a dose profilática correcta de Isoniazida.

Malária no Paciente 1. Descrever a epidemiologia da Malária em pacientes HIV positivos e HIV 3


HIV Positivo negativos
a. Explicar a importância de factores geográficos e sasonais na epidemiologia
da Malária;
b. Explicar as diferenças em susceptibilidade entre pacientes HIV positivos e
HIV negativos;
c. Explicar as diferenças em severidade e apresentação;
d. Explicar as diferenças na resposta à terapia e a maior probabilidade de
recorrência em pacientes HIV positivo;
e. Perceber o impacto da Malária no estadiamento clínico;
f. Desenvolver um diagnóstico diferêncial para Malária;
2. Explicar os efeitos da Malária no HIV/SIDA (CD4, CV).
3. Identificar métodos disponíveis para prevenção da Malária:
a. Cotrimoxazol;
b. TARV;
c. Redes mosquiteiras impregnadas com inseticida.
4. Uso dos algoritmos para diagnóstico da Malária como guia para
acompanhamento clínico de casos confirmados de Malária:
a. Diagnóstico e tratamento adequado dos casos de Malária;
b. Diagnóstico e tratamento adequado dos casos de Malária em grávidas.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 422


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Laboratório 1. Introdução aos testes de diagnóstico rápido de Malária e exames para detecção 2
Humanístico de parasitas no sangue periférico:
a. Indicar os diferentes testes disponíveis para detecção de Malária;
b. Correcta colheita de amostras (ex. picagem do dedo, sangue,
esfregaço/gota expessa );
c. Interpretação correcta dos resultados dos diferentes testes.

HIV e TB 1. Descrever a sobreposição das epidemiologias da TB e do HIV: 4


a. Explicar a diferença entre TB latente e activa;
b. Explicar a epidemiologia da TB em Moçambique;
c. Explicar as vias de transmissão da TB;
d. Explicar o problema de resistência da TB à medicamentos;
e. Enumerar e descrever os diferentes tipos clínicos da TB (pulmonar, pleural,
disseminada, meníngea, pericárdica, abdominal, ganglionar, óssea );
f. Explicar a relação entre o grau de immunodepressao, resultado da
baciloscopia e apresentação clínica da TB no paciente com HIV;
g. Enumerar os métodos de diagnóstico da TB.
2. Explicar os efeitos da TB em pacientes com HIV e o efeito do HIV na
susceptibilidade e progressão da TB:
a. Saber que pacientes com HIV têm mais probabilidade de contraír TB;
b. Explicar a razão por que os pacientes com HIV têm maior probabilidade de
desenvolver TB activa;
c. Explicar os tipos de TB mais comuns em pacientes com HIV;
d. Explicar oSíndrome Inflamatório de Reconstituição Imunológica (SIRI) da
TB e os factores de risco para o desenvolvimento da SIRI;
e. Explicar como a TB pode influênciar o estadio clínico.
3. Identificar estratégias de prevenção da TB em pacientes com HIV:
a. Enumerar e explicar os métodos básicos de controlo de infecção para
diminuição da transmissão nosocomial da TB;
b. Despistar rotineiramente todos os pacientes com HIV para TB activa;
c. Descrever os riscos da utilização de Isoniazida como Terapia Preventiva

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 423


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
(TPI) em pacientes com TB activa;
d. Iniciar a prescrição de TPI nos pacientes elegíveis.
4. Descrever as interacções entre os medicamentos anti-tuberculosos e anti-
retrovirais:
a. Enumerar os medicamentos TARV a evitar durante o tratamento da TB;
b. Enumerar os medicamentos TARV e anti-TB com sobreposição de
toxicidades;
c. Descrever as interacções farmacológicas mais importantes entre alguns
medicamentos anti-TB e os medicamentos do TARV;
5. Explicar a complexidade de gestão da co-infecção HIV-TB:
a. Saber quais os critérios para iniciar TARV em pacientes com HIV-TB;
b. Seleccionar o regime do TARV apropriado para pacientes em tratamento
para TB;
c. Explicar os riscos do tratamento precoce com TARV em pacientes
infectados com TB (ex. toxicidade hepática, SIRI, complexidade do
regime, adesão);
d. Explicar os riscos de adiar o TARV em pacientes infectados com TB
(imunosupressão progressiva, adicional ocorrência de SIDA ou morte);
e. Descrever os princípios para bem acompanhar pacientes co-infectados com
HIV-TB.

Laboratório 1. Identificar os diferentes achados radiográficos de TB activa e das suas sequelas 2


Humanístico (cavitaçoes,infiltrados, adenopatias intratoracicas, derrame pleural, padrão
miliár, fibrose , calcificaçoes,).
2. Demonstrar a técnica correcta de colheita de amostras de expectoração,
aplicando os procedimentos adequados ao controlo da infecção.

Febre 1. Explicar a importância de usar a abordagem sistemática no tratamento de um 3


Abordagem
paciente com HIV e febre.
Sistemática do
2. Descrever o diagnóstico diferêncial de febre num paciente HIV positivo em
Paciente com HIV
relação a:

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 424


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
a. IOs;
b. Reacções adversas aos medicamentos;
c. SIRI;
d. O próprio HIV;
e. Outras infecções não relacionadas com HIV (malária, viroses respiratórias,
gastroenterites).
3. Utilizar os algoritmos da febre para identificar e tratar a causa mais provável de
febre:
a. Usar o algoritmo para identificar pacientes com “sinais de perigo”;
b. Descrever o procedimento básico para tratamento de pacientes graves com
febre.
4. Explicar a importância de reduzir o uso de anti-maláricos e descrever os riscos
do seu uso excessivo.
5. Descrever as situações em que a febre se deve ao próprio HIV (febre de estadio
III ou IV).

Síndrome de 1. Reconhecer os diferentes termos e meios usados para a classificação 2


Caquexia sistemática de perda de peso e malnutrição:
a. Definir os termos seguintes: perda de peso, malnutrição, síndrome de
caquexia;
b. Explicar a influência da malnutrição na progressão do HIV;
c. Enumerar as causas de perda de peso nos pacientes com HIV;
d. Demonstrar como calcular e interpretar o Índice de Massa Corporal (IMC);
e. Explicar a diferença entre “caquexia” e “síndrome de caquexia” (estadio IV
da OMS);
f. Explicar a diferença entre perda de peso e massa corporal e como se
relacionam com o estadio clínico do HIV do paciente.
2. Descrever o diagnóstico diferencial de perda de peso no paciente HIV positivo
e distinguir entre as infecções oportunistas (ex. TB, diarreia devido a infecções
crónicas) e ao síndrome de caquexia causada pelo próprio HIV.
3. Utilizar o algoritmo para diagnóstico do esgotamento clínico para auxiliar na

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 425


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
classificação, diagnóstico e tratamento de pacientes com síndrome de
esgotamento.
4. Explicar a função dos suplementos calóricos nos pacientes com HIV:
a. Enumerar os critérios de eligibilidade para receber apoio alimentar e
reabilitação nutricional em Moçambique;
b. Explicar o processo de triagem de pacientes a receber apoio alimentar e/ou
reabilitação nutricional em Moçambique.

Anemia 1. Explicar a importância de uma abordagem sistemática no diagnóstico da anemia 2


utilizando métodos diferentes de diagnóstico:
a. Interpretar os vários parametros de um hemograma;
b. Enumerar os valores normais ou previsíveis para os diferentes parâmetros
de um hemograma;
c. Enumerar as diferentes definições de anemia em pacientes com HIV;
d. Definir Leucopenia e Trombocitopenia;
e. Identificar anemia de estadio III, Leucopenia, e Trombocitopenia;
f. Enumerar as observações resultantes de um exame físico associado com
anemia.
2. Descrever o diagnóstico diferêncial da anemia e as diferenças entre grupos
epidemiológicos (ex. crianças < 5 anos, grávidas, pacientes adultos):
a. Deficiência nutricional;
b. Infecção parasitária (parasita intestinal, malária);
c. Infecção oportunista;
d. O próprio HIV;
e. Reacção adversa a medicamentos;
f. Malária;
g. Malignidade.
3. Utilização do algoritmo para diagnóstico da anemia para auxiliar na
classificação, diagnóstico e tratamento de pacientes com anemia:
a. Identificação rápida de pacientes com “sinais de perigo”;
b. Identificação de pacientes com malária;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 426


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
c. Identificar e referir pacientes com leucopenia e trombocitopenia
concomitante.
4. Enumerar e administrar correctamente os diferentes tratamentos para anemia
(em função da causa identificada):
a. Transfusão sanguínea;
b. Suplemento nutritivo (ex. ácido fólico, sal ferroso );
c. Tratamento de uma condição subjacente (quando aplicável, ex. malária).

Doenças 1. Explicar a importância de uma avaliação sistemática das queixas do aparelho 2


Respiratórias respiratório, incluindo a abordagem geral e métodos de diagnóstico disponíveis:
a. Identificar “sinais de perigo” para doenças respiratórias e reconhecer de
imediato quando reencaminhar ou internar um paciente;
b. Identificar aspectos chave da história clínica do paciente que ajudam no
diagnóstico das diferentes condições respiratórias;
c. Descrever os resultados do exame físico e a sua importância;
d. Interpretar diferentes resultados dos raios X;
e. Enumerar outros métodos de diagnóstico disponíveis (ex. BK,
toracocentese);
f. Reconhecer o impacto das doenças respiratórias no estadiamento do
paciente.
2. Descrever o diagnóstico diferêncial para queixas de doenças respiratórias
agudas e crónicas, incluindo as seguintes doenças:
a. Pneumonia bacteriana;
b. Pneumonia por pneumocistis Jirovecii (PCP);
c. TB pulmonar (infiltrativa, cavitária, miliár, êxito fibrotico);
d. Influenza e outras viroses.
3. Utilizar os dois algoritmos para diagnóstico das doenças respiratórias para
auxiliar na classificação, diagnóstico e tratamento de pacientes com problemas
respiratórios:
a. Explicar porque há dois algoritmos diferentes, para grave e crónica;
b. Desenhar uma conduta terapêutica adequada com auxílio do algoritmo.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 427


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
4. Enumerar diferentes opções de tratamento de doenças respiratórias e entender
qual a opção correcta:
a. Antibióticos;
b. Corticosteróides;
c. Broncodilatadores;
d. Terapia para TB.
5. Perceber a importância da Síndrome Inflamatória de Reconstituição
Imunológica (SIRI) e a sua relação com as infecções pulmonares:
a. Descrever o desenvolvimento previsível da SIRI ao longo do tempo;
b. Enumerar infecções com elevada probabilidade de causar SIRI;
c. Descrever os princípios básicos de tratamento da SIRI.

Laboratório 1. Reconhecer anomalias durante a observação de um raio X torácico (infiltrados 2


Humanístico difusos, infiltrados focais, nódulos, lesões e derrames pleurais).
2. Com base nas anomalias detectadas, determinar qual(is) o(s) diagnóstico(s)
adequado(s).

Pele, Membranas 1. Explicar a importância de exames sistemáticos ao nível dermatológico, das 5


Mucosas, e Nódulos membranas mucosas e dos nódulos linfáticos, incluindo a abordagem geral e os
Linfáticos métodos de diagnóstico disponíveis:
a. Colher uma história clínica específica (ou direcionada) e fazer um exame
dermatológico;
b. Definir e utilizar a terminologia correcta para descrição das lesões;
c. Identificar os casos que requerem reencaminhamento para outros níveis de
atenção (ex. Síndrome grave de Stevens Johnson, Sarcoma de Kaposi);
2. Identificar e descrever as manifestações dermatológicas do HIV e ser capaz de
desenvolver um diagnóstico diferêncial para:
a. Erupção cutânea devido a uma infecção aguda de HIV;
b. Infecções oportunistas e outras (ex. criptococose disseminada, herpes
Zoster, sífilis, sarna, molusco contagioso, verrugas, tinha, celulite);
c. Sarcoma de Kaposi;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 428


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
d. Erupção cutânea devido a medicamentos;
e. Outras condições comuns (dermatite seborreica, erupção papular
pruriginosa, psoriase).
3. Identificar e descrever as doenças orais e esofágicas mais comuns em doentes
com HIV, incluindo:
a. Candidíase (oral, esofágica e quelite angular);
b. Leucoplasia pilosa oral;
c. Sarcoma de Kaposi;
d. Herpes (labial e suspeito de H. esofágico);
e. Úlceras aftosas;
f. Síndrome de Steven Johnson.
4. Identificar as principais causas de linfoadenopatia generalizada ou localizada,
em pacientes infectados com HIV:
a. Maligna;
b. Infecciosa;
c. Reactiva.
5. Utilizar o algoritmo para diagnóstico da linfoadenopatia para auxiliar na
classificação, diagnóstico e tratamento de pacientes com linfoadenopatia:
a. Identificar pacientes que necessitam de acompanhamento específico e
reencaminhamento aos serviços de especialidade para biópsias ou incisão
cirúrgica de nódulos linfáticos.
6. Enumerar os tratamentos básicos disponíveis para tratamento das doenças
dermatológicas mais comuns e descrever as condições que requerem
reencaminhamento aos serviços de especialidade.
7. Descrever a fisiopatologia , apresentação clínica e tratamento do Sarcoma de
Kaposi (SK):
a. Enumerar as zonas anatómicas mais comuns para o aparecimento do SK;
b. Identificar as formas de SK que podem causar risco-de-vida ;
c. Fazer o diagnóstico diferêncial de lesões similares ao SK;
d. Utilizar o algoritmo para diagnóstico do SK para auxiliar na classificação,
diagnóstico e tratamento de pacientes com suspeitas do SK;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 429


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
e. Descrever as opções disponíveis para tratamento do SK;
f. Decidir quando referir para cirurgia ou quimioterapia.

Gastroenterologia 1. Explicar a importância de uma avaliação sistemática do paciente com dor 4


abdominal, diarreia, icterícia ou hemorragia gastrointestinal, incluindo a
história clínica, o exame físico e meios diagnósticos disponíveis:
a. Reconhecer “sinais de perigo” e a necessidade de reencaminhamento para
níveis de atenção superiores (ex. “abdómen cirúrgico”, hemorragia
gastrointestinal, dor abdominal relacionada com a gravidez);
2. Identificar e descrever as várias complicações gastrointestinais causadas por
infecções oportunistas, reacções adversas aos medicamentos e efeitos do
próprio HIV em pacientes HIV positivos.
3. Descrever como diferentes causas são mais ou menos prováveis a diferentes
níveis de imunosupressão. Desenvolver um diagnóstico diferencial do seguinte:
a. Infecções comuns (cólera, salmonella, parasitoses intestinais ).
b. Infecções oportunistas (suspeito de Citomegalovírus - CMV,
Cryptosporidium, Microsporidium, Isospora , Cyclospora );
c. TB abdominal;
d. Medicamentos (e.g. pancreatite);
e. Enterocolite por HIV.
4. Descreveras causas de hepatite aguda e doença hepática crónica e como elas se
relacionam com o tratamento do HIV:
a. Hepatite viral (Hep A, B, C);
b. Hepatite alcoólica e cirrose;
c. Toxicidade aos medicamentos;
d. Sobreposição do espectro de actividade do TARV e hep B (Lamivudina,
Tenofovir).
5. Utilizar o algoritmo para diagnóstico da diarréia para auxiliar na classificação,
diagnóstico e tratamento de pacientes com diarreia e dor abdominal:
a. Distinguir entre casos graves, a necessitarem reencaminhamento e queixas
comuns que podem ser tratadas pelo técnico.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 430


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
6. Reconhecer a influência das várias causas de diarreia no estadiamento clínico
do HIV/SIDA.

Neurologia 1. Explicar a importância de uma avaliação sistemática do paciente com cefaleia , 4


nível de consciência alterado, ou alterações da função cognitiva, incluindo
história clínica, exame físico e testes de diagnóstico (meios diagnósticos )
disponíveis:
b. Identificar sinais de perigo relacionados com a alteração do nível de
consciência;
c. Enumerar sinais e síntomas de processos do Sistema Nervoso Central
(SNC) que podem auxiliar na avaliação clínica;
d. Enumerar os testes de fluido cerebrospinal que podem auxiliar na avaliação
da infecção no SNC;
2. Desenvolver um diagnóstico diferencial para as diferentes sintomatologias,
incluindo cefaleia, nível de consciência alterado, meningismo.
3. Descrever as diferentes condiçoes que se podem manifestar com alterações do
nível de consciência, da função cognitiva do déficits neurológicos focais, e com
a cefaleia:
a. Meningite por Cryptococcus;
b. Toxoplasmose cerebral;
c. Encefalopatia/Demência por HIV ;
d. Leucoencefalopatia multifocal progressiva;
e. Tuberculose do SNC;
f. Reacções adversas aos medicamentos (principalmente Efavirenz);
g. Linfoma primário do SNC (só mencionar).
4. Utilizar o algoritmo para diagnóstico da dor de cabeça e nível de consciência
alterado para auxiliar na classificação, diagnóstico e tratamento de pacientes
com problemas do SNC.
5. Enumerar os vários tratamentos (medicamentos e procedimentos) disponíveis
para tratamento de problemas no SNC e reconhecer situações clínicas em que
devem ser utilizados empiricamente:

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 431


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
a. Antibióticos;
b. Agentes anti-fúngicos;
c. Tratamento da Toxoplasmose;
d. Punção Lombar.
6. Identificar os sinais e síntomas de neuropatia periférica e diferênciar de outras
condições neurológicas:
a. Desenhar uma conduta terapêutica para neuropatia periférica;

Introdução à TARV 1. Explicar os objectivos da terapia anti-retroviral (TARV). 3


2. Descrever a complexidade do tratamento do HIV e explicar por que o
tratamento de pacientes com HIV é muito mais do que simplesmente prescrever
TARV.
3. Explicar porque nem todos os pacientes com HIV necessitam TARV imediato e
descrever em que situações o TARV deve ser iniciado.
4. Enumerar os medicamentos anti-retrovirais existentes em Moçambique.
5. Explicar os vários tipos/classes de medicamentos anti-retrovirais e as
consequentes implicações do seu uso.
6. Explicar a necessidade do TARV combinado e descrever as consequências de
usar apenas os medicamentos em forma simples.
Tratamento Anti-
7. Perceber a importância da educação e comunicação com o paciente na
Retroviral (TARV)
manutenção de uma boa adesão.
8. Explicar ao paciente, em termos acessíveis, as consequências de uma má
adesão.
9. Perceber o processo administrativo que os pacientes têm de cumprir para
iniciarem TARV em Moçambique:
a. Enumerar os passos envolvidos no processo para iniciar TARV;
b. Descrever quem é responsável pelos diferentes passos para iniciar TARV.

Início do TARV 1. Identificar os pacientes elegíveis para TARV, usando o algoritmo: 3


a. Estadio IV da OMS;
b. Estadio III da OMS com CD4 < 350;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 432


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
c. Qualquer paciente com CD4 < 250.
2. Perceber a importância de uma adequada preparação do paciente para iniciar
TARV e sublinhar a importância da adesão.
3. Enumerar as contra-indicações de iniciar TARV.
4. Enumerar os medicamentos de “primeira linha” e “primeira linha alternativa”
do TARV e enunciar os motivos para optar pela primeira linha alternativa:
a. Co-infecção TB-HIV;
b. Mulher grávida infectada com HIV;
c. Efeitos secundários aos fármacos de primeira linha;
d. Polineuropatia periférica preesistente ao tratamento TARV.

Seguimento TARV: 1. Identificar e tratar “sinais de perigo” em pacientes em TARV. 3


Falência Terapêutica 2. Avaliar e encorajar a adesão.
3. Enumerar as possíveis reacções adversas do TARV (ver abaixo).
4. Descrever a esperada resposta clínica e laboratorial ao TARV.
5. Identificar as manifestações de SIRI em pacientes que recentemente iniciaram
TARV.
6. Identificar sinais clínicos e laboratoriais de falência terapêutica do TARV.
7. Identificar pacientes que podem necessitar reencaminhamento para o TARV de
segunda linha.
8. Elaborar um plano de seguimento clínico e laboratorial contínuo.

Laboratório 1. Fazer uma demonstração prática de “como preparar pacientes para o TARV”: 2
Humanístico a. Aconselhamento aos pacientes para adesão ao tratamento.

Reacções Adversas 1. Identificar as reacções adversas do TARV que são mais comuns, descrever os 2
seus sinais e sintomas, descrever terapia com Cotrimoxazol e terapia da TB:
a. Síndrome de Steven Johnson;;
b. Hepatite;
c. Neuropatia periférica;
d. Alterações Neuropsiquiátricas;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 433


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
f. Náusea;
g. Diarreia;
h. Reacções cutâneas;
i. Anemia;
j. Acidose láctica;
k. Síndrome de hipersensibilidade ao Abacavir;
l. Pancreatite;
2. Perceber a classificação das reacções adversas em função da severidade.
3. Descrever o tratamento de reacções adversas legeiras (grau 1) ou moderadas
(grau 2).

Síndrome 1. Descrever SIRI. 2


Inflamatória da 2. Reconhecer as diversas manifestações da SIRI:
Reconstituição a. Descrever as IOs mais comumente associadas com SIRI;
Imunitária (SIRI) b. Descrever o seu previsível desenvolvimento ao longo do tempo e factores
de risco para SIRI.
3. Identificar as formas de SIRI que podem ser fatais:
a. Vários tipos de SIRI pulmonar;
b. SIRI com meningite criptocócica.
4. Descrever o tratamento de casos simples de SIRI.
5. Descrever SIRI-TB.
6. Identificar os casos de SIRI que requerem acompanhamento médico.

Profilaxia Pós- 1. Descrever a profilaxia pós-exposição em Moçambique. 1


Exposição 2. Explicar os métodos básicos de prevenção e precauções padrão.
3. Descrever o tratamento e acompanhamento após a exposição ao HIV.
4. Avaliar o risco de infecção por HIV para diferentes tipos de exposição e
determinar as necessidades de profilaxia pós-exposição.
5. Enumerar os regimes usados em Moçambique para a profilaxia pós-exposição e
descrever os seus ricos, contra-indicações e alternativas.
6. Explicar a importância do aconselhamento para o paciente e o profissional de

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 434


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
saúde expostos:
a. Enumerar os efeitos co-laterais previstos;
b. Explicar a importância da adesão;
c. Resumir informação chave sobre exposição ao HIV a transmitir ao
paciente.
7. Determinar o seguimento clínico e laboratorial adequado a um paciente ou
profissional de saúde expostos.

Avaliação da 1. Definir/explicar as estratégias de prevenção da transmissão vertical (PTV) do 4


Gravidez em HIV de mãe-para-filho em termos da sua utilidade, execução, etc…
Pacientes HIV 2. Descrever os critérios de eligibilidade para os diferentes tipos de tratamento
Positivo com antiretrovirais na mulher grávida.
3. Explicar como os critérios de eligibilidade para TARV duma mulher grávida
diferem dos usados para uma mulher não-grávida.
4. Explicar, descrever, e usar o protocolo nacional para PTV.
5. Enumerar as estratégias de prevenção da transmissão do HIV de mãe-para-filho
durante a gravidez, durante e após o parto.
6. Enumerar os factores de risco associados à transmissão vertical do HIV.
7. Explicar a importância do aconselhamento antes de iniciar o TARV.
Gravidez e HIV 8. Explicar a probabilidade de transmissão em diferentes circumstâncias e
demonstrar como transmitir esta informação ao paciente usando linguagem
acessível.
9. Perceber como prescrever o TARV correctamente e a profilaxia contra IOs na
mulher grávida infectada com HIV e identificar as diferenças em relação a
mulher não-grávida.
10. Desenhar um plano adequado para acompanhamento da mulher grávida
infectada com HIV.
11. Descrever o complexo papel da amamentação na transmissão do HIV de mãe-
para-filho:
a. Enumerar os benefícios da amamentação na saúde geral da criança;
b. Descrever os riscos de transmissão do HIV a crianças em fase de

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 435


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
amamentação;
c. Descrever o complexo equilíbrio que é proteger a criança de morrer, ou
adoecer de uma qualquer outra causa, contra contraír HIV;
d. Explicar as directivas nacionais para amamentação.

Programa 1. Descrever de modo geral os aspectos chave do plano nacional de combate a 1


ITS/HIV/SIDA ITS/ HIV/SIDA.
2. Descrever as actividades a serem implementadas a nível distrital e provincial.
3. Descrever os vários níveis de responsabilidade na implementação e
coordenação a nível distrital.
4. Descrever as reuniões de coordenação em termos de frequência, função de
equipa e objectivos principais.
5. Enumerar os vários dados estatísticos a serem produzidos.

Programa de 1. Descrever os objectivos e a estrutura para implementação do programa de 2


Cuidados cuidados domiciliários em Moçambique.
Domiciliários 2. Definir e descrever as actividades de cuidados domiciliários em Moçambique.
Administração e 3. Descrever o perfil dos activistas envolvidos na implementação do programa ao
Gestão nível comunitário.
4. Descrever rotinas de supervisão e monitoria dos programas a nível distrital.

Progama de 1. Descrever de modo geral os objectivos principais e as áreas de intervenção do 2


Combate a Programa Nacional de Combate à tuberculose (PNCT).
Tuberculose (PNCT) 2. Descrever a interligação entre o Programa de Combate ao HIV/SIDA e o
PNCT.
3. Descrever detalhadamente as actividades de prevenção e seguimento
comunitário (DOT) do PNCT.
4. Descrever o perfil do funcionário de saúde responsável pelo programa de TB a
nível das Unidades de Saúde (US) e a nível distrital.
5. Descrever o fluxograma de atendimento ao paciente com TB/HIV :
a. Descrever e demonstrar o despiste de TB para o paciente com HIV e vice-

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 436


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
versa;
b. Preencher correctamente os registos de TB e HIV;
c. Preencher correctamente as fichas de referências;
d. Descrever as estratégias para integrar o seguimento e a monitoria de
tratamento de HIV e TB a nível comunitário.

Programa de 1. Descrever o fluxograma da mulher grávida entre os diferentes serviços de 0.5


prevenção da atendimento a nível das Unidades de Saúde (serviço SMI e consulta
transmissão vertical geral/serviço TARV).
(PTV)
Comité TARV 1. Descrever as funções do Comité TARV. 1
2. Enumerar as categorias e os perfis dos membros do Comité TARV.
3. Descrever as normas de funcionamento do Comité TARV.
4. Descrever os passos de avaliação do paciente para:
a. Iniciar TARV;
b. Alterar o regime de tratamento por falência terapêutica e/ou reacções
adversas;
c. Avaliar má adesão.

Programa de adesão 1. Definir o conceito de adesão e as categorias de má adesão (faltosos, abandono). 1


ao TARV 2. Descrever o processo de monitoria da adesão a nível da unidade sanitária e a
nível comunitário.
3. Descrever as várias medidas para lidar com os vários tipos de má adesão.
4. Descrever as várias estratégias para recuperação do paciente faltoso/abandono
conforme as normas nacionais.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 437


3º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Gestão de 1. Descrever os passos administrativos de manejo do TARV e dos medicamentos 1
Medicamentos Anti- para tratamento de infecções oportunistas.
Retrovirais e do 2. Preencher correctamente os registos de movimento dos medicamentos anti-
Tratamento de retrovirais (diários e mensais) e o MMIA.
Infecções 3. Preencher correctamente os formulários de requisição para os medicamentos do
Oportunistas tratamento de Infecções Oportunistas.

Gestão dos 1. Listar todos os impressos usados no serviço TARV e descrever em relação aos 2
Impressos do termos seguintes:
Serviço TARV a. Objectivos;
b. Indicações;
c. Funcionário responsável pelo preenchimento;
d. Funcionário responsável para verificação e/ou análise;
e. Arquivo.
2. Descrever a estrutura para a organização sistemática de todos os arquivos
ligados ao serviço TARV.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 438


3º. Semestre
ESTÁGIO
Local do Estágio:
• Aconselhamento e Testagem de Saúde (ATS);
• Enfermaria de Medicina;
• Serviço TARV / consultas de doenças crónicas (primeira consulta e seguimento);
• Consulta Pré-Natal/Maternidade.
Duração: 3 semanas
Supervisores: Docentes ou clínicos disponíveis.
Técnicas a Demonstrar:
• Aptidão em Clínica Geral:
o Executar a história clínica completa e o exame físico de um paciente com HIV;
o Apresentar os resultados de forma concisa ao docente ou instrutor;
o Desenvolver um diagnóstico diferencial e adequado às queixas do paciente;
o Registar os resultados da avaliação, de forma exacta e concisa, no processo clínico
do paciente;
o Implementar um plano de tratamento e determinar o acompanhamento adequado.
• Aptidão em Diagnóstico Auxiliar:
o Interpretação de hemogramas virada a alterações comuns de pacientes
seropositivos;
o Identificar o uso apropriado do raio X torácico ;
o Distinguir entre observações normais e anormais num raio X torácico.
• Habilitação em Aconselhamento e Testagem:
o Executar de forma correcta um teste rápido para HIV (picada do dedo);
o Demonstrar uma abordagem adequada em termos de sensibilidade e
confidencialidade nos vários tipos de aconselhamento (pré-teste, pós-teste,
iniciação TARV, adesão, profilaxia pós-exposição, prevenção geral para HIV)
o Demonstrar o uso de preservativos masculinos/femininos.
• Aptidão em Clínica Especificamente Relacionada ao HIV:
o Utilização, sempre que apropriado, de algoritmos clínicos para auxiliar na
classificação, diagnóstico e tratamento de pacientes;
o Reconhecer pacientes gravemente doentes e reencaminhar ou transferí-los
conforme apropriado;
o Executar o estadiamento clínico de pacientes adultos com HIV;
o Diagnosticar e tratar infecções oportunistas;
o Determinar a elegibilidade para profilaxia com Cotrimoxazol/Isoniazida;
o Prescrever profilaxia com Cotrimoxazol;
o Determinar a elegibilidade para TARV;
o Prescrever TARV;
o Executar um seguimento adequado de pacientes em TARV;
o Reconhecer e tratar as reacções adversas a medicamentos;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 439


3º. Semestre
o Avaliar e tratar mulheres grávidas infectadas com HIV (incluindo o
aconselhamento apropriado relacionado com HIV, estadiamento clínico,
elegibilidade para tratamento de profilaxia com Cotrimoxazol, elegibilidade para o
TARV).
Seminários de Discussão do Estágio:
• Apresentação de casos observados durante o estágio. Cada estudante deve apresentar
um caso por semana (3 casos em total);

Para cada caso apresentado, é necessário incluir resultados relevantes da história clínica e
do exame físico, discutir os meios de diagnóstico utilizados e o diagnóstico
diferencial. O TM deverá descrever a conduta terapêutica do paciente, incluindo
terapias farmacológicas e não farmacológicas, a educação do paciente, o prognóstico,
e o acompanhamento. Indicações para a transferência imediata ou o encaminhamento
adequado devem ser incluídas na apresentação;

• O docente deve rever os casos com o grupo para:


o Evidenciar os aspectos chave da história clínica/exame físico;
o Rever as considerações efectuadas durante o teste de diagnóstico e salientar as que
mais significativamente permitirão reduzir o diagnóstico diferencial;
o Rever a fisiologia/fisiopatologia, se for apropriado.
o Discutir como desenhar e implementar um plano de tratamento (conduta
terapêutica);
o Discutir e demonstrar considerações a incluir no aconselhamento.

AVALIAÇÃO
Avaliação Teórica
• Parcial: 2 ensaios escritos, baseados na matéria das aulas teóricas, cada um com peso
de 10% (peso total 20%);
• Parcial: 1 teste escrito, com um peso de 15%;
• Final: 1 exame escrito cumulativo, com um peso de 20%.

Avaliação Prática
• Demonstrar aptidão técnica no laboratório, com um peso de 15%.

Avaliação do Estágio
• Apresentação de 2 casos observados durante o estágio, com um peso de 5% cada
(total 30%).

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 440


3º. Semestre
BIBLIOGRAFIA
• MISAU, I-TECH, PEPFAR. Disciplina de avaliação e manejo dos doentes com
HIV/SIDA - Manual de referência, 2009.
• Ministério de Saúde de Moçambique (MISAU). Formulário nacional de
medicamentos – ficha técnica. 5o ed. Setembro 2007.
• Organização Mundial de Saúde (OMS). Intervenções essenciais da prevenção e do
cuidado para os adultos e adolescentes que vivem com o HIV em áreas de recursos-
limitados, 2008
• Organização Mundial de Saúde (OMS). Profilaxia pós-exposição para a prevenção da
infecção do HIV – co-directrizes OMS/ILO directrizes em profilaxia após-exposição
(PPE) para prevenir a infecção do HIV, 2007.
• Organização Mundial de Saúde (OMS). Directrizes na profilaxia Co-Trimoxazol para
infecções relacionadas com o HIV - entre crianças, adolescentes, e adultos -
recomendações para uma aproximação de saúde pública, 2006.
• Organização Mundial de Saúde (OMS). Directrizes para monitorização de pacientes
para cuidado do HIV e a terapia antiretroviral (TARV), 2006
• Organização Mundial de Saúde (OMS). Directrizes para a prevenção e tratamento de
doenças oportunistas nos adultos e adolescentes infectados com o HIV –
recomendações do CDC, NIH, Associação de Medicina do HIV e da Sociedade
Americana de Doenças Infecciosas. MMWR Abril 10, 2009; 58 (RR-4).
• Organização Mundial de Saúde (OMS). Exemplos de definições de casos de HIV da
OMS para a fiscalização e a classificação clínica revisada do plataforma e a
classificação imunológica de doença do HIV -Relacionada nos adultos e nas crianças,
2007
• Organização Mundial de Saúde (OMS). Terapia antiretroviral para infecções de HIV
em adultos e adolescentes: recomendações para uma aproximação de saúde pública,
2006.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 441


3º. Semestre
4º. Semestre

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 442


4º. Semestre
Disciplina de Sistema Urinário
Semestre: IV
CARGA HORÁRIA
Horas por Duração Total
Semana (semanas) de Horas
Aulas Teórico-Práticas 29, 23 2 52
Avaliação -- -- 2
Laboratório 2, 4 2 6
Avaliação -- -- 2
Discussão de Estágio* 5 2 10
Número Total de Horas da Disciplina 72 horas
* Neste semestre, os estudantes terão 4 semanas (25h/semana) de estágio nas
enfermarias de pacientes internados e de pacientes do ambulatório e 4 semanas de
estágio na Pediatria e nos serviços de SMI.

PRÉ-REQUISITOS:
• Anatomia e Fisiologia;
• Introdução às Ciências Médicas;
• Semiologia 1 e 2 (Exame Físico e Anamnese);
• Introdução a Meios Auxiliares de Diagnóstico;
• Deontologia e Ética Profissional;
• Saúde Sexual Masculina;
• Saúde Sexual Feminina;
• Procedimentos Clínicos.
DOCENTES:
• Médicos de Clínica Geral e Técnicos de Medicina Especializados em Ensino com experiência
clínica

COMPETÊNCIAS A SEREM ADQUIRIDAS ATÉ AO FINAL DA DISCIPLINA:


O Técnico de Medicina será capaz de realizar as seguintes tarefas:
1. Diagnosticar e tratar as patologias abaixo indicadas, com atenção especial às seguintes
tarefas:

o Elaborar possíveis hipóteses de diagnóstico com base na anamnese, no exame físico e


diagnóstico diferencial;
o Usar e interpretar resultados dos meios auxiliares de diagnóstico;
o Criar um plano de tratamento / conduta, De acordo com a sua competência, baseado
no diagnóstico diferencial.
o Criar e explicar ao paciente um plano de alta:
 Resumo do tratamento;
 Seguimento;
 Prevenção e controlo da doença.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 443


4º. Semestre
2. Reconhecer ou suspeitar emergências e executar as intervenções médicas imediatas e
referir/transferir, como apropriado.

Lista de Doenças:

1. Renais:
a. Alterações hidroelectrolíticas;
b. Insuficiência renal;
c. Síndroma nefrítico;
d. Glomerulonefrite;
e. Síndroma nefrótico;
f. Pielonefrite;
g. Tuberculose renal e urinária;
h. Nefrotoxicidade;
i. Nefropatias específicas de doenças sistémicas;
j. Massa renal.
2. Urinárias:
a. Uropatia obstrutiva alta;
b. Hidronefrose;
c. Retenção urinária;
d. Hematuria. Schistosomiase vesical;
e. Carcinoma vesical;
f. Litíase urinária;
g. Infecção urinária;
h. Malformações nefrourinárias;
i. Alterações funcionais da micção;
j. Incontinência e fístulas.
3. Reconhecer ou suspeitar emergências urinárias e executar as intervenções médicas adequadas
ou referir/transferir, como apropriado:
a. Insuficiência renal aguda;
b. Cólica nefrítica;
c. Retenção urinária aguda;
d. Sépsis de origem urinária;
e. Trauma renal, vesical e uretral.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 444


4º. Semestre
Plano Temático
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Terminologia 2. Definir os termos seguintes: 1
Comum em Doenças t. Anúria;
Urinárias u. Oligúria;
v. Poliúria;
w. Polaquiúria;
x. Disúria;
y. Tenesmo;
z. Nictúria;
aa. Retenção;
bb. Piúria;
Terminologia
cc. Hematúria;
dd. Proteinúria;
ee. Cetonúria;
ff. Pneumatúria;
gg. Bilirrubinúria;
hh. Fecalúria;
ii. Incontinência;
jj. Micção;
kk. Enurese.

Anatomia 4. Descrever a sequência do aparelho urinário (rim, uréter, bexiga, próstata, 2


uretra), realizando um desenho com a sua localização e a relação que tem
com outros órgãos e estruturas anatómicas, incluindo a vascularização.
5. Explicar o esquema anatomofuncional do nefrónio e dos túbulos colectores.
Anatomia,
6. Descrever as partes anatómicas do rim (cortical, medular, pélvis, artéria e
Fisiologia e
veia, cálices, pirâmides e colunas), relacionando macro e microscopia.
Fisiopatologia
Fisiologia 4. Listar as funções do rim, uréter, bexiga e uretra. 2
5. Descrever as funções de formação da urina: filtração, reabsorção, excreção.
6. Explicar resumidamente a regulação dos balanços de água, electrólitos e

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 445


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
ácido-base pelo rim.
7. Definir o papel do rim no sistema de regulação da tensão arterial.
8. Descrever o papel do rim na eliminação de tóxicos e medicamentos.
9. Descrever o sistema de transporte, armazenamento e excreção da urina.
10. Explicar o mecanismo de enchimento e esvaziado da bexiga, incluindo os
sistemas de continência e anti-refluxo.

Fisiopatologia 8. Explicar a progressão da lesão renal (esclerose glomerular, esclerose 2


tubular, atrofia renal) e as suas consequências funcionais.
9. Descrever as consequências hidroelectrolíticas e ácido-base da insuficiência
renal aguda e crónica.
10. Descrever as consequências da IRC nos diferentes aparelhos.
11. Explicar as diferenças fisopatológicas entre síndrome nefrótico e nefrítico.
12. Descrever as consequências anatómicas e fisiológicas da obstrução urinária
nos diferentes níveis (cálice, união pielo-ureteral, uréter, próstata, uretra).
13. Explicar resumidamente a fisiopatologia da retenção e da incontinência
urinária.

Laboratório 4. Identificar os diferentes componentes da anatomia do aparelho urinário num 2


Humanístico modelo anatómico, explicando a função de cada um.
5. Indicar no modelo anterior os níveis de obstrução mais frequentes,
explicando as consequências fisiopatológicas destes.

Anamnese 2. Descrever os componentes de uma história clínica orientada para os 2


síndromes urinários, incluindo:
a. Queixa principal, localização, radiação, tipo, severidade e cronologia (duração,
Revisão da História frequência e periodicidade);
Clínica b. Factores agravantes e atenuantes, tratamentos efectuados;
c. Condições concorrentes, antecedentes pessoais e familiares;
3. Relacionar as queixas mais comuns com as principais condições urinárias,
com base nos diagnósticos diferenciais sindrómicos.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 446


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
4. Relacionar os antecedentes pessoais e familiares mais comuns com as
principais condições urinárias, com base nos diagnósticos diferenciais
sindrómicos.

Exame Físico 10. Descrever a técnica da palpação renal bimanual. 2


11. Descrever os principais achados patológicos possíveis (dor, massa) numa
palpação renal bimanual.
12. Descrever a técnica da palpação hipogástrica.
13. Explicar os principais achados patológicos possíveis (dor, massa) numa
palpação hipogástrica.
14. Descrever a técnica do toque rectal.
15. Explicar os principais achados patológicos possíveis (dor, massa) num toque
rectal.
16. Listar outros componentes do exame físico da avaliação do doente renal
(cardiovascular, neurológico, endocrinológico).

Exames Para cada uma das análises laboratoriais listadas abaixo: 3


Laboratoriais 4. Listar as indicações para sua requisição.
5. Conhecer os valores considerados normais.
6. Interpretar os valores anormais, relacionando-os às principais patologias
urinárias:
a. Electrólitos: Na, K;
b. Ureia;
Meios Diagnósticos
c. Creatinina;
Auxiliares
d. Análise macroscópica de urina;
e. Análise microscópica de urina (eritrócitos, leucócitos, bactérias,
fungos, parasitas –schistosoma-, cilindros, cristais, mucos);
f. Urina II. Análise microbiológica de urina (gram, BK, cultura,
antibiograma).
7. Descrever o valor dos exames laboratoriais seguintes nas diferentes
condições urinárias:

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 447


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
a. Hemograma;
b. Bioquímica geral;
c.
Outros Meios 8. Listar as indicações e limitações para o pedido de RX simples de abdómen 1
Diagnósticos nas principais condições urinárias.
9. Explicar a sistemática da leitura das imagens do aparelho urinário num RX
de abdómen, reconhecendo as principais imagens normais.
10. Descrever as principais imagens radiológicas anormais: tamanho e posição
dos rins, litíases urinárias.

Introdução 1. Relacionar a anatomia e fisiologia dos órgãos do aparelho urinário com os 1


principais sintomas e sinais e com os principais síndromes urinários.

Alterações 10. Definir as alterações hidroelectrolíticas básicas: desidratação, desidratação 3


Hidroelectrolíticas e hiper e hiponatrémica, hiper e hiponatremia, hiper e hipopotasemia, hiper e
Ácido-Base hipocalcemia.
11. Definir as alterações ácido-base: acidose (metabólica e respiratória) e
alcalose (metabólica e respiratória).
12. Explicar a fisiopatologia das alterações hidroelectrolíticas e ácido-base
básicas acima definidas e os mecanismos de compensação.
Clínica Médica:
13. Listar sintomas e sinais relacionados às alterações hidroelectrolíticas e
Urinária
ácido-base.
14. Listar os valores laboratoriais normais e anormais das alterações
hidroelectrolíticas (urea creatinina, Na e K).
15. Listar as patologias renais e não renais que causam as diferentes alterações
hidroelectrolíticas.
16. Explicar o tratamento específico das alterações hidroelectrolíticas,
indicando a evolução esperada e o prognóstico.

Insuficiência Renal 8. Definir a insuficiência renal aguda, explicando a fisiopatológia dos três 2

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 448


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Aguda – IRA tipos de IRA.
9. Enumerar as etiologias básicas dos três tipos de IRA.
10. Definir necrose tubular aguda (NTA), listando os principais factores
associados.
11. Definir as fases evolutivas de IRA e o prognóstico.
12. Descrever os sintomas e sinais gerais de IRA.
13. Descrever os sintomas e sinais associados às principais etiologias de IRA.
14. Enumerar os resultados das análises laboratoriais para o diagnóstico de IRA
e as características que diferenciam os três tipos.
15. Descrever a estratégia do diagnóstico diferencial etiológico
16. Listar as medidas preventivas para evitar uma determinada IRA.
17. Descrever o tratamento geral da IRA, incluindo o manejo de líquidos e a
dieta e por etiologias específicas.
18. Descrever o papel da diálise na IRA, listando as indicações absolutas para a
transferência.

Insuficiência Renal 1. Definir a insuficiência renal crónica, explicando resumidamente as suas 2


Crónica - IRC bases fisiopatológicas.
2. Enumerar as etiologias principais da IRC.
3. Descrever os sintomas e sinais gerais da IRC em relação a sua fase
evolutiva, incluindo a IRC terminal (síndroma urémico), clasificando-os por
sistemas: hidroelectrolíticos, metabólicos e endócrinos, cardiovasculares,
respiratórios, digestivos, hematológicos, ósseos, neurológicos, e
dermatológicos.
4. Enumerar os resultados das análises laboratoriais para o diagnóstico de IRC.
5. Listar outros meios diagnósticos (laboratoriais ou não) que ajudam a
estabelecer a etiologia e a fase evolutiva da IRC.
6. Descrever as medidas higiénico-dietéticas.
7. Descrever o tratamento específico das diferentes condições associadas (por
sistemas).
8. Explicar a evolução natural da IRC e o seu prognóstico.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 449


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
9. Explicar a importância do ajusto de doses de medicamentos num doente
urémico e os critérios de referência.

Síndroma Nefrítica e 12. Definir síndroma nefrítico 2


Glomerulonefrite 13. Listar os mecanismos imunológicos e não imunológicos de lesão
glomerular.
14. Enumerar as principais glomerulonefrites primárias (aguda, rapidamente
progressiva e crónica) e secundárias (ligadas a outras doenças).
15. Listar os sintomas e sinais gerais de um síndrome nefrítico agudo.
16. Listar os sintomas e sinais específicos das glomerulonefrites rapidamente
progressivas, crónicas e secundárias.
17. Descrever a estratégia de diagnóstico diferencial geral e específico de
síndroma nefrítico.
18. Enumerar os achados laboratoriais que orientam ao diagnóstico de síndrome
nefrítico e os que orientam ao diagnóstico específico.
19. Descrever a estratégia terapêutica geral de síndrome nefrítico.
20. Enumerar as indicações de transferência, explicando o tratamento de
manutenção e as medidas preparatórias para a transferência
21. Descrever o tratamento específico das condições que não precisam ser
transferidas, indicando a evolução esperada e o prognóstico.

Síndrome Nefrótica 1. Definir síndrome nefrótico. 2


2. Listar as principais condições ligadas ao síndrome nefrótico.
3. Explicar resumidamente a fisiopatologia geral de síndrome nefrótico.
4. Listar os sintomas e sinais gerais de síndrome nefrótico agudo.
5. Enumerar as manifestações extrarrenais do síndrome nefrótico.
6. Enumerar os achados laboratoriais que orientam ao diagnóstico de síndrome
nefrótico e os que orientam ao diagnóstico etiológico.
7. Descrever a estratégia de diagnóstico diferencial etiológico de síndrome
nefrótico.
8. Descrever a estratégia terapêutica geral de síndrome nefrótico.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 450


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
9. Enumerar as indicações de transferência, explicando o tratamento de
manutenção e as medidas preparatórias para a transferência.
10. Descrever o tratamento específico das condições etiológicas e das
manifestações extrarrenais que não precisam ser transferidas, indicando a
evolução esperada e o prognóstico das mesmas.

Infecções das Vias 1. Definir infecção das vias urinárias, bacteriúria assintomática, infecção 2
Urinárias Baixas recidivante e reinfecção.
2. Enumerar os factores que predispõem às infecções da via urinária.
3. Explicar as causas que provocam diferenças epidemiológicas, clínicas e
terapêuticas entre a infecção urinária masculina e feminina.
4. Listar os agentes causais mais frequentes, indicando a epidemiologia e via
de contágio de cada um.
5. Enumerar as cistites não infecciosas mais frequentes.
6. Listar os sintomas e sinais da cistite aguda não complicada, diferenciando-
os das complicações da cistite aguda (pielonefrite).
7. Enumerar os resultados laboratoriais (urina e urocultura) esperados numa
infecção das vias urinárias.
8. Listar as indicações para ecografia e urografia endovenosa nas infecções
complicadas ou recorrentes.
9. Descrever a estratégia terapêutica da infecção aguda da via urinária,
incluindo a evolução esperável e enumerando as indicações de transferência.
10. Definir o tratamento antibiótico da infecção da via urinária, por grupos
etários, de sexo e com factores de risco (grávidas, HIV, diabetes, IRC).

Pielonefrite 15. Definir pielonefrite aguda e crónica. 2


16. Enumerar os factores que predispõem às infecções da via urinária superior.
17. Listar os agentes causais mais frequentes, indicando a epidemiologia e o
mecanismo de entrada de cada um.
18. Listar os sintomas e sinais gerais da pielonefrite aguda.
19. Listar os sinais e sintomas das complicações da pielonefrite aguda (abcessos

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 451


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
renais e perirrenais).
20. Enumerar os resultados laboratoriais esperados numa pielonefrite aguda.
21. Descrever a estratégia de diagnóstico diferencial da pielonefrite aguda.
22. Listar as indicações para ecografia e urografia endovenosa nas pielonefrites
aguda e crónica.
23. Descrever a estratégia terapêutica da pielonefrite aguda, incluindo a
evolução esperada e enumerando as indicações de transferência.
24. Definir o tratamento antibiótico da infecção da via urinária superior, por
grupos etários e de risco (grávidas, HIV, diabetes, IRC).

Tuberculose Renal e 1. Enumerar as formas possíveis de tuberculose do aparelho urinário, 2


Urinária explicando os mecanismos de contágio e disseminação.
2. Descrever as formas de apresentação clínica precoce e tardia dos diferentes
tipos de tuberculose urinária, explicando a evolução e prognóstico de cada
uma.
3. Listar os meios de diagnóstico laboratoriais e radiológicos disponíveis para
a confirmação de tuberculose urinária.
4. Descrever a estratégia de diagnóstico diferencial de cada uma das formas.
5. Descrever a estratégia terapêutica da tuberculose urinária.
6. Listar as indicações para transferência.

Nefrotoxicidade 10. Definir nefropatia tóxica. 2


11. Classificar os agentes nefrotóxicos mais frequentes (antibióticos, anti-
inflamatórios, contrastes radiológicos, drogas, e metais pesados) em relação
aos mecanismos de nefrotoxicidade.
12. Classificar os agentes nefrotóxicos mais frequentes em relação ao síndrome
clínico do aparelho urinário que provocam.
13. Descrever aspectos clínicos específicos das nefropatias tóxicas mais
comuns.
14. Descrever a estratégia diagnóstica geral quando se suspeita uma nefropatia
tóxica.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 452


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
15. Explicar as medidas terapêuticas gerais a tomar.
16. Listar as indicações para transferência.

Nefropatias 1. Seguir os passos abaixo em relação às seguintes doenças sistémicas: 2


Específicas a. HIV/SIDA;
b. Diabetes;
c. Gravidez complicada;
d. HTA (Nefroangioesclerose);
e. Malária;
f. Infecção por streptococco ß hemolític.o
2. Descrever resumidamente a fisiopatologia e o tipo de lesão renal que apresentam,
explicando a sua evolução natural.
3. Relacionar cada fase evolutiva da lesão renal com síndromes clínicos específicos.
4. Listar aspectos clínicos específicos que apresentam.
5. Listar os resultados dos meios diagnósticos (laboratoriais e não) que possam ajudar
a caracterizar as doenças.
6. Enumerar para cada condição os aspectos específicos da terapêutica, além do
tratamento geral das respectivas síndromes clínicas.
7. Listar instruções higiénico-dietéticas que melhorem o controlo e evolução das
diferentes condições.
8. Listar as indicações de transferência para cada condição.

Massa Renal 1. Explicar a semiologia de uma massa abdominal-lumbar, relacionando-a com 1


as condições mais frequentes: neoplasia renal (Wilms em crianças), abcesso
renal e perirrenal, quistos renais, massas não renais (neuroblastoma,
adenopatias, miosite, esplenomegália).
2. Enumerar os sintomas e sinais acompanhantes à massa e os seus critérios de
referência.

Nefropatia 1. Definir e diferenciar obstrução urinária alta e baixa. 3


Obstrutiva e 2. Definir e diferenciar nefropatia obstrutiva e nefropatia por refluxo.
Hidronefrose 3. Listar as causas mais comuns de nefropatia obstrutiva (litiase, tumor,

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 453


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
infecção, sangue, schistosoma, compressão extrínseca, malformações),
classificando-as pelo nível de obstrução.
4. Descrever a fisiopatologia e evolução natural da nefropatia obstrutiva para
os diferentes níveis de obstrução e da nefropatia por refluxo, explicando as
consequências anatómicas e funcionais de cada uma.
5. Enumerar os sintomas e sinais comuns da nefropatia obstrutiva, dependendo
do nível de obstrução, da fase evolutiva e das etiologias mais frequentes.
6. Descrever a apresentação clínica habitual da nefropatia por refluxo.
7. Enumerar os meios diagnósticos disponíveis para a confirmação de
nefropatia obstrutiva e por refluxo e para o diagnóstico etiológico, listando
as indicações para ecografia.
8. Descrever a estratégia geral do diagnóstico (diferencial) etiológico da
nefropatia obstrutiva.
9. Listar as indicações de transferência para diagnóstico e/ou tratamento
médico ou cirúrgico.

Uropatia Obstrutiva 1. Definir retenção urinária aguda e crónica, com e sem compensação vesical. 2
Baixa e Retenção 2. Enumerar as causas mais comuns de uropatia obstrutiva baixa (litíase,
Urinária carcinoma vesical, prostata, estenose uretral, malformações, bexiga
neurogénia, medicamentos).
3. Descrever a fisiopatologia e evolução natural da uropatia obstrutiva baixa
com e sem compensação vesical.
4. Enumerar os sintomas e sinais comuns da uropatia obstrutiva baixa,
dependendo da fase evolutiva.
5. Listar outros sintomas e sinais específicos das etiologias obstrutivas mais
frequentes.
6. Descrever a estratégia geral do diagnóstico (diferencial) etiológico da
uropatia obstrutiva baixa.
7. Listar as indicações de transferência para diagnóstico e/ou tratamento
médico ou cirúrgico.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 454


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Hematúria Renal e 1. Definir hematúria, macro- e microscópica, diferenciando-a de 2
Urológica hemoglobinúria, mioglobinúria e uretrorragia.
2. Classificar por localização anatómica as condições etiológicas
habitualmente associadas à hematúria.
3. Descrever a prova dos 3 copos e relacionar a hematúria inicial, terminal ou
total com etiologias específicas.
4. Enumerar os sintomas e sinais associados que podem ajudar no diagnóstico
etiológico da hematúria.
5. Listar os resultados laboratoriais que podem ajudar no diagnóstico
etiológico da hematúria.
6. Explicar a fisiopatologia e história natural da schistosomiase urinária e do
carcinoma vesical, descrevendo as características epidemiológicas, clínicas
e laboratoriais que os diferenciam.
7. Descrever a estratégia de diagnóstico diferencial etiológico da hematúria.
8. Enumerar as medidas terapêuticas imediatas a tomar perante uma hematúria.
9. Enumerar as indicações de transferência urgente e diferida, para diagnóstico
etiológico e para tratamento, explicando a conduta terapêutica de
manutenção e as medidas preparatórias para a transferência.
10. Descrever o tratamento específico das condições que não precisam de ser
transferidas, indicando a evolução esperada e o prognóstico das mesmas.
11. Descrever o tratamento a longo prazo, as medidas higiénico-dietéticas
recomendadas e o prognóstico de cada condição etiológica.

Litiase Urinária 12. Definir litíase urinária, listando os diferentes tipos de cálculos. 2
13. Explicar resumidamente o metabolismo e os mecanismos de formação dos
diferentes tipos de cálculos e a história natural (com e sem tratamento) de
cada tipo de litíase urinária e seu prognóstico;
14. Listar as condições patológicas mais frequentes que provocam litíase
urinária, assim como os factores associados e predisponentes específicos
dos diferentes tipos de urolitíase.
15. Enumerar os diferentes quadros clínicos (dolorosos, infecciosos,

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 455


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
obstrutivos) que a litiase pode provocar, dependendo do seu tamanho,
localização e factores associados, bem como os critérios de referência.
16. Listar as medidas higiénico-dietéticas preventivas dos diferentes tipos de
cálculos.

Malformações 1. Definir malformações nefrourinárias. 1


Nefrourinárias 2. Explicar a relação das malformações nefrourinárias e infecções recorrentes das vias
urinárias.
3. Descrever brevemente as malformações neforurinárias mais frequentes.
4. Identificar as indicações de transferência, especificando a urgência da mesma.

Alterações 1. Seguir os passos abaixo em relação às seguintes condições: 1


Funcionais da a. Bexiga neurogénica (atónica e espástica);
Micção e Fistulas b. Incontinência (de urgência, por esforço, por transbordamento, total);
c. Cistocele;
d. Fístula.
2. Definir ,de maneira geral, cada condição.
3. Relacionar cada uma delas com etiológias específicas e factores
predisponentes e precipitantes.
4. Explicar resumidamente a fisiopatologia, a história natural e prognóstico.
5. Descrever a estratégia para seu diagnóstico diferencial.
6. Listar as medidas terapêuticas específicas iniciais.
7. Listar as medidas higiénico-dietéticas e a monitoria para o seu controlo a
longo prazo.
8. Listar as indicações de transferência para cada condição, especificando a
urgência da mesma.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 456


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Doenças 1. Descrever as causas mais comuns associadas a doenças renovasculares, 1
Renovascuales factores predisponentes e precipitantes.
2. Explicar a fisopatologia, a história natural e prognóstico.
3. Descrever as manifestações clínicas nos outros aparelhos possivelmente
afectados.
4. Descrever a estratégia para o diagnóstico e o diagnóstico diferencial.
5. Listar as medidas terapêuticas específicas iniciais.

Emergências 6. Explicar brevemente a fisiopatologia e apresentação clínica das seguintes 2


Urinárias: condições:
Generalidades a. Insuficiência renal aguda;
b. Cólica nefrítica;
c. Retenção urinária aguda;
d. Sépsis de origem urinária;
e. Trauma renal, vesical (intra e extraperitoneal) e uretral.
7. Listar os meios auxiliares de diagnósticos disponíveis na emergência
urinária, enumerando as indicações para o pedido de ecografia.
8. Esboçar a estratégia terapêutica geral da emergência urinária.
9. Enumerar as indicações de transferência imediata da emergência urinária,
explicando as medidas preparatórias para a transferência.

Laboratório 6. Desenhar o esquema dum nefrónio, indicando as zonas de filtração, 4


Humanístico reabsorção e secreção da água e dos diferentes electrólitos.
7. Desenhar sobre um esquema das vias urinárias os diferentes níveis de
obstrução indicando as etiologias mais comuns a cada nível e as suas
consequências anatomo-funcionais.
8. Discutir o diagnóstico diferencial (etiológico) das seguintes condições IRA,
IRC, microhematúria e proteinúria.
9. Interpretar o significado de análises simuladas para diferentes condições
urinárias, através de casos clínicos.
10. Reconhecer e interpretar as principais imagens radiológicas (simples e com

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 457


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
contraste) urinárias patológicas.
11. Relacionar casos clínicos radiológicos (RX abdominais anormais no
contexto de casos clínicos) com as condições GU mais frequentes.
12. Realizar a prova dos 3 copos (micção sequenciada), explicando o
significado das diferentes possibilidades numa hematúria.
13. Realizar correctamente uma algaliação uretral num modelo anatómico
feminino e masculino, descrevendo os limites da técnica e as suas possíveis
complicações.
14. Realizar correctamente uma punção suprapúbica num modelo anatómico,
descrevendo os limites da técnica e as suas possíveis complicações.
15. Descrever no exame físico as diferentes características (tamanho,
mobilidade, superfície, dureza, dor) das massas lombares e hipogástricas.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 458


4º. Semestre
ESTÁGIO
Local do Estágio:
• Serviço de Consulta Externa;
• Enfermarias de Medicina e Cirurgia (Nefrologia e Urologia, se houver);
• Serviço de Urgências;
Duração: 4 semanas
Supervisor: Médico da Clínica Geral;
Técnicas a Demonstrar:
• Efectuar uma anamnese apropriada para um paciente com sintomas nefro-urológico;
• Executar correctamente um exame físico relacionado com as queixas nefro-urológico;
• Registar os resultados da anamnese e do exame físico de forma exacta e concisa no
processo clínico do paciente;
• Desenvolver um diagnóstico diferencial adequado às queixas do paciente;
• Identificar os meios auxiliares de diagnóstico para proceder ao diagnóstico da
condição apresentada;
• Desenvolver uma conduta terapêutica e um plano de seguimento adequado;
• Realizar punção suprapúbica evacuadora;
• Inserir sonda uretral em homens e mulheres e realizar manutenção e lavagem da
mesma;
• Inserir sonda uretral hemostática (para compresão e lavagem vesical);
• Realizar técnicas cirúrgicas básicas: cistostomia suprapúbica para inserção de sonda
com anestesia local.
Seminários de Discussão de Estágio:
• Apresentação de 1 casos observado durante o estágio, que poderá ser entre os seguintes:
o Insuficiência renal aguda;
o Insuficiência renal crónica;
o Glomerulonefrite aguda;
o Síndrome nefrótico;
o Hematúria;
o Hidronefrose;
o Schistosomiase urinária aguda ou crónica;
o Litiase urinária;
o Cancro vesical;
o Retenção urinária.
• Para cada caso apresentado, é necessário incluir resultados relevantes da história clínica e do
exame físico, discutir os meios de diagnóstico utilizados e o diagnóstico diferencial. O TM
deverá descrever a conduta terapêutica do paciente, incluindo terapias farmacológicas e não
farmacológicas, a educação do paciente, o prognóstico, e o acompanhamento. Indicações para
a transferência imediata ou o encaminhamento adequado devem ser incluídas na apresentação.

• O docente deve rever os casos com o grupo para:


o Evidenciar aspectos chave da anamnese e exame físico;
o Rever a fisiologia e fisiopatologia, se for apropriado;
o Rever as considerações efectuadas para chegar a um diagnóstico diferencial;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 459


4º. Semestre
o Discutir como desenhar e implementar uma conduta terapêutica.
AVALIAÇÃO
Avaliação Teórica
• Um teste escrito parcial, com um peso de 20%;
• Exame escrito final, com um peso de 30%.

Avaliação Prática
• Demonstração de técnicas / procedimentos no laboratório (humanístico ou multi-
disciplinar) com um peso de 10%.

Avaliação do Estágio
• Apresentação de 1 caso observado durante o estágio, com um peso de 20%.
• Demonstração duma história clínica (anamnese e exame físico) dirigido ao sistema,
com paciente, 20%.

BIBLIOGRAFIA
• Avendaño, H. Nefrologia clínica (español). Panamericana; 2009.
• Farreras, Rozman. Harrison medicina interna (español). 13o ed. McGraw Hill Interamericana.
• Penn. Manual de urologia (Manual of urology). Saunders; 2007.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 460


4º. Semestre
Disciplina de Pediatria
Semestre: IV
CARGA HORÁRIA
Horas por Duração Total
Semana (semanas) de Horas
Aulas Teórico-Práticas 27-29 14 276
Avaliação -- -- 6
Laboratório 2-4 14 42
Avaliação -- -- 6
Discussão de Estágio* 10 4 40
Número Total de Horas da Disciplina 370 horas
* Neste semestre, os estudantes terão 4 semanas (25h/semana) de estágio nas
enfermarias de pacientes internados e de pacientes do ambulatório e 4 semanas de
estágio na Pediatria e nos serviços de SMI.

PRÉ-REQUISITOS:
• Anatomia e Fisiologia, Enfermagem, Introdução a Meios Auxiliares de Diagnóstico,
Semiologia (Anamnese e Exame Físico), Introdução às Ciências Médicas, Dermatologia,
Gastrointestinal, Saúde Sexual e Reprodutiva Masculina e Feminina, Obstetrícia,
Cardiovascular, Respiratório, Hematologia e Oncologia, Procedimentos Clínicos,
Estomatologia, Otorrinolaringologia, Neurologia, Saúde Mental, Doenças Infecciosas,
Endócrino, Musculoesquelético, HIV e Doenças Relacionadas, Geniturinário
• Mais de 15 semanas de estágio

DOCENTES:
• Técnicos de Medicina especializados em ensino com experiência clínica
• Médicos de clínica geral
• Para as secções referentes a recém-nascidos: Pediatras, enfermeiras de Saúde Materno-Infantil
do nível médio e superior com experiência no tratamento de recém-nascidos,
• Para as secções de CCR/HIV Pediátrico: Pediatras, Médicos de clínica geral com experiência
no atendimento e tratamento de crianças Seropositivas, Técnicos de Medicina ou enfermeiras
de Saúde Materno-Infantil com experiência em PTV (prevenção de transmissão vertical)/CCR

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 461


4º. Semestre
COMPETÊNCIAS A SEREM ADQUIRIDAS ATÉ AO FINAL DA DISCIPLINA:
O Técnico de Medicina será capaz de realizar as seguintes tarefas:

8. Monitorizar o crescimento e desenvolvimento psicomotor infantil


9. Aconselhar pais sobre os princípios de nutrição/alimentação para o crescimento e
desenvolvimento de recém-nascidos e crianças saudáveis e doentes
10. Conhecer os pacotes de cuidado, promoção da saúde infantil e prevenção das doenças,
incluindo Atenção Integrada das Doenças Infantis (AIDI) e Programa Alargado de Vacinação
(PAV)
11. Utilizar os princípios gerais da terapêutica pediátrica com fármacos
12. Usar os meios de diagnóstico, fazendo a sua interpretação em pediatria e utilizar as técnicas
adequadas em recém-nascido e crianças segundo a idade
13. Diagnosticar e tratar as patologias abaixo indicadas na criança e recém-nascido (incluindo
bebés prematuros), com atenção especial às seguintes tarefas:
g. Elaborar uma história clínica completa (incluindo a história da mãe) e executar um exame
físico completo
h. Elaborar possíveis hipóteses de diagnóstico com base na história e no exame físico
(diagnóstico diferencial)
i. Usar e interpretar resultados dos meios auxiliares de diagnóstico
j. Baseado no diagnóstico diferencial, criar um plano de tratamento imediato para o paciente
k. Avaliar a condição do paciente (incluindo hospitalização e referência)
l. Criar um plano de alta e explicar aos pais da criança
14. Avaliar os sinais de emergência, urgência, fazer a gestão imediata (estabilizar e fazer análise
apropriada) e seguir as indicações para referir o recém-nascido ou a criança com as seguintes
apresentações:
b. Obstrução das vias aéreas superiores incluindo sufocamento, asfixia, dificuldades
em respirar , coma , convulsões , desidratação grave , shock (hipovolémico,
anafiláctico, séptico)), hipoglicemia , síndrome de distress respiratório , febre alta
, palidez acentuada, dores fortes, irritabilidade/letargia, desnutrição aguda grave,
edema dos pés, hipotermia .

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 462


4º. Semestre
Lista de Doenças

1. Patologias do Estado Nutricional


a. Desnutrição aguda grave: kwashiorkor (marasmo, kwashiorkor merismático , desnutrição
aguda, leve, moderada, falência de crescimento, desnutrição crónica, obesidade e excesso
de peso , deficiência de micronutrientes
b. RN: dificuldade de amamentar em recém-nascido saudável, de baixo peso e prematuro
2. Aparelho Oftalmológico
a. Conjuntivite, celulite periorbital e orbital, abrasão corneana, hordéolo e chalázio,
estrabismo, deficiência de vitamina A, tracoma, traumas
b. RN: conjuntivite neonatal, dacrostenose
3. Estomatologia
a. Cavidade oral, higiene oral, cáries dentárias, abcessos e traumatismos, lesões dos lábios e
da mucosa oral , lesões da língua, gengivite, estomatite, úlcera aftosa, estomatite angular,
quielite, candidíase, noma ou cancrum oris
b. RN: candidíase, língua presa, anomalias do palato
4. Otorrinolaringologia
a. Inflamação das glândulas salivares , parotidite , hipoacusia, otites , mastoidite , corpos
estranhos no canal auditivo , impacto do cerume
b. RN: Anomalias do ouvido (atresia / estenose do conduto)
5. Aparelho Respiratório
a. Pneumonia , tosse convulse , rinite, sinusite, gripe , sinusite, corpos estranhos no nariz,
epistaxes , faringite , tonsilite , abcessos tonsilares, abcessos retrofaríngeos , hipertrofia
das adenóides, difteria , laringotraqueobronquite e epiglotite , inalação de corpo estranho,
bronquiolite , broncoespasmo reactivo, pieira, asma , estado de mal asmático , derrame
pleural e empiema , tuberculose pulmonar e não pulmonar
b. RN: Apneia do recém-nascido, pneumonias no recém-nascido, broncopneumonia
aspirativa, taquipneia do recém-nascido, síndrome de dificuldade do recém-nascido
6. Aparelho Cardiovascular
a. Doença cardíaca congénita cianótica e não cianótica , insuficiência cardíaca congestiva ,
doença cardíaca reumática e febre reumática , pericardite, miocardite, fibrose miocárdica,
b. RN: malformações cardíacas com sinais/sintomas no primeiro mês de vida
7. Aparelho Gastrointestinal
a. Gastroenterite aguda e crónica , cólera , diarreia persistente , hemorragia digestiva baixa ,
disenteria, shigelose , outras causas de diarreia , intolerância à lactose, parasitoses
intestinais , helmintíases intestinais , esquistosomíase intestinal , amebíase, invaginação ,
vómito incluindo hematémese, , estenose pilórica e refluxo gastroesofágico, apendicite,
hérnia umbilical, hepatite , lesões anais e rectais, obstipação , encoprese , febre tifóide
b. RN: Obstrução intestinal, infecção do cordão umbilical, cólicas abdominais, icterícia
neonatal, regurgitação, diarreias no recém-nascido, e má-formações congenitas
(onfalocele, ânus imperfurado)
8. Aparelho Geniturinário
a. Glomerulonefrite aguda , esquistosomíase urinária , síndrome nefrítica e nefrítico ,
infecções do aparelho urinário , enurese , insuficiência renal , malformações do
rim , balanite/fimose/parafimose, hidrocele, hérnia inguinal, varicocele , vaginite,
vulvite, corpo estranho vaginal, hemorragias , carúnculas uretral e vaginal

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 463


4º. Semestre
b. RN: Criptorquidismo, pseudocriptorquidismo, circuncisão masculina, hipospadias,
epispádias, infecções urinárias no recém-nascido
9. Aparelho Musculoesquelético
a. Artrite séptica , artrite causada por febre reumática , tuberculose óssea e articular, doença
de Perthes, sinovite mono articular transitória, artrite reumatóide juvenil, osteomielite,
piomiosite, raquitismo , genu varo, valgo , síndrome mão-pé, pé chato, escoliose,
torcicolo , acondroplasia, osteogénese imperfeita,
b. RN: displasia congénita da articulação coxofemoral, pé boto, polidactilia e sindactilia,
traumas neonatais: (Cephaloematoma, caput succedaneum, cefalohematoma, hemorragia
subgaleal luxação da anca, fracturas, paralisia braquial, lesões da pele e dos tecidos
moles)
10. Sistema Neurológico
a. Alteração da consciência, convulsões, convulsões febris , epilepsia , meningite,
meningoencefalite, meningococcémia , encefalite, malária cerebral , síndroma de
Guillain barrè, poliomielite e outras causas de paralisia , tétano , raiva ,
deficiências incluindo atraso psicomotor
b. RN: espasmos e convulsões neonatais, meningite no recém-nascido, síndrome
alcólica fetal, kernicterus, encefalopatia hipóxica isquemica, paralisia facial e
outras má-formações congénitas frequentes (Hidrocefalia, espinha bífida,
mielomeningocelo, microcefalia, e anencefalia)
11. Pele
a. Impetigo e outras infecções bacterianas da pele , síndrome de pele escaldada , dermatite
atópica /eczema , dermatite de contacto, dermatite seborreica, picadas de insectos
escabiosa e pediculose, alergia, urticária, síndrome de Stevens Johnson, exantemas virais,
micose da pele e do couro cabeludo , larva migrans cutânea , lepra, acne, alterações de
pigmentação da pele: albinismo
b. RN: Marcas de nascimento, hemangioma, mancha mongólica, condições dermatológicas
limitantes e não patológicas do recém-nascido
12. Sistema Hematológico e Linfático
a. Anemias, indicações para transfusão , linfadenopatia,
b. RN: Doença hemorrágica do recém-nascido , anemias no recém-nascido
13. Sistema Endócrino
a. Diabetes , cetoacidose diabética , doenças da tiróide, patologias do crescimento,
hipopituitarismo e hiperpituitarismo, patologias da puberdade,
b. RN: hipotiroidismo neonatal e , filho de mãe diabética
14. Doenças Alérgicas
a. Alergias ambientais, anafilaxia
15. Infecções Sistémicas
a. Febre , sépsis , malária , HIV/SIDA ,
b. RN: Infecções neonatais congénitas e adquiridas: bacterianas e virais,
toxoplasmose , rubéola congénita, Citomegalovírus – CMV, herpes simplex ,
sífilis congénita , tétano neonatal
16. Saúde Mental
a. Maus tratos infantis: abuso, negligência, traumas não acidentais , abuso sexual
17. Doenças Congénitas
a. Síndrome de Down

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 464


4º. Semestre
Plano Temático
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Introdução 1. Definir os seguintes termos: 2
3. Pediatria, recém-nascido, lactante, criança, adolescente, mortalidade, morbilidade,
taxa de mortalidade infantil (<12 meses), taxa de mortalidade neonatal (<28 dias),
taxa de mortalidade pós-natal (entre 28 dias e 12 m), taxa de mortalidade perinatal,
taxa de mortalidade em crianças com idade inferior a 5 anos (0- 5 anos),
Problemas Infantis mortalidade proporcional .
Comuns e Causas 2. Indicar as principais causas de morbilidade e mortalidade infantil em Moçambique.
da Mortalidade 3. Explicar como os factores ambientais (i.e., falta de acesso a água potável e saneamento)
e sociais (i.e., pobreza, educação materna) são importantes causas subjacentes da
mortalidade infantil.

Crescimento Físico 1. Definir: crescimento, desenvolvimento psicomotor, crescimento normal, 4


crescimento anormal, peso, altura, comprimento, perímetro craniano, perímetro
braquial, Índice de Massa Corporal (IMC), velocidade de crescimento, desvio
padrão
2. Indicar quais são os anos cruciais para o crescimento infantil
3. Descrever a importância do controle do crescimento
4. Descrever os factores que determinam e influenciam o crescimento:
a. Genéticos
Crescimento e b. Doenças
Desenvolvimento c. Nutrição
Psicomotor d. Ambientais-sociais
5. Descrever os instrumentos disponíveis para o controle do crescimento: altímetro,
curva de peso por idade, curva do perímetro craniano, curva de velocidade de
crescimento, tabela de peso por altura
6. Descrever passo a passo como medir e monitorizar o crescimento, como
interpretar as medidas de crescimento, como calcular e interpretar os indicadores
de crescimento: peso por idade, peso por altura/comprimento, índice de massa
corporal.
7. Definir como preencher e interpretar as tabelas de crescimento padrão da OMS

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 465


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
(diferençando as tabelas para rapazes e raparigas) e do MISAU
8. Definir os principais indicadores do estado nutricional infantil
9. Listar os principais factos a serem partilhados com o cuidador durante a consulta
em relação ao crescimento da criança e as recomendações de cuidados com base
nos resultados encontrados
10. Descrever a dentição normal: dentes de leite e definitivos.
11. Descrever como a erupção da dentição pode ser usada para avaliar a idade de
uma criança.
12. Descrever as indicações de referência em caso de atraso da dentição

Desenvolvimento 1. Definir os termos: desenvolvimento psicomotor visual-motor, cognitivo, motor, 2


Psicomotor social e adaptativo, e coordenação motora grossa e fina.
2. Descrever a importância da avaliação e monitorização do desenvolvimento e o
impacto da promoção do desenvolvimento da primeira infância na determinação
da saúde na fase adulta
3. Explicar os factores (intrínsecos e extrínsecos) que influenciam o
desenvolvimento psicomotor ao longo da infância
4. Indicar os períodos mais importantes do desenvolvimento psicomotor
5. Indicar as principais metas de desenvolvimento psicomotor nas diferentes faixas
etárias até aos 5 anos.

Desenvolvimento na 1. Definir os termos: puberdade, menarca, telarca 1


Puberdade 2. Descrever a progressão da maturação puberal em rapazes e raparigas (estádios de
Tanner) e a faixa de idade normal da puberdade
3. Explicar as modificações físicas normais no desenvolvimento sexual que
geralmente são causa de preocupação entre os adolescentes e os pais/cuidador
4. Explicar os princípios de educação sexual

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 466


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Abordagem da 1. Definir AIDI e as faixas etárias às quais se aplica 2
Atenção Integrada às 2. Explicar como o AIDI incorpora estratégias de prevenção, acompanhamento e
Doenças Infantis aconselhamento nas maiores áreas de saúde infantil.
Atenção Integrada 3. Descrever a abordagem do AIDI: classificar - tratar - aconselhar - acompanhar.
às Doenças Infantis 4. Indicar os sinais/sintomas e condições clínicas abrangidas pelos algoritmos AIDI
(AIDI) e descrever os sinais de referência (caderno de mapas)

Introdução 1. Definir CCR 1


2. Definir as condições que são critérios para referir as crianças à consulta de CCR
Consulta de 3. Descrever o acompanhamento por cada condição e os critérios de alta
Crianças em Risco 4. Identificar a importância da monitorização e avaliação no âmbito da CCR
(CCR) 5. Identificar os indicadores mais usados para monitorização/avaliação da CCR

Programa Alargado 1. Definir os termos: PAV, cobertura vacinal, cadeia do frio, vacina, sistema 1.5
de Vacinação - PAV imunológico, imunidade, anticorpos, vacina, vacina viva, atenuada,
recombinada, eficácia da vacina e sua importância clínica
2. Descrever a importância das vacinas na prevenção de doenças nas pessoas
vacinadas e na população em geral
3. Descrever o desenvolvimento do sistema imunológico nas crianças
Vacinas 4. Identificar a importância da monitorização e avaliação no âmbito do programa PAV.
5. Identificar os indicadores usados para monitorização/avaliação neste programa e
conhecer as fichas
6. Descrever como a cobertura vacinal é controlada em Moçambique e porque é
importante.
7. Definir cobertura vacinal de DPT3 e de sarampo

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 467


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Calendário Vacinal 1. Explicar o calendário vacinal de Moçambique e para cada vacina explicar: 2
a. As doenças que evitam
b. A idade mínima de administração da primeira dose
c. O intervalo aconselhado entre as doses (se forem recomendadas doses
posteriores)
d. Se a vacina é viva, atenuada ou recombinada
e. Método de administração e localização anatómica (se for o caso)
f. Possíveis efeitos secundários
2. Explicar as indicações e contra-indicações
3. Explicar o que fazer em caso de falta de vacina
4. Saber explicar como informar os pais antes da vacinação: abordando as questões
comuns ou percepções erradas que os pais/cuidador podem ter sobre as vacinas
em Moçambique
5. Descrever a importância do rastreio do estado vacinal durante as consultas de
crianças saudáveis ou doentes.
6. Explicar as medidas a tomar quando o cartão do peso não está disponível ou não
está preenchido na sessão do PAV e os pais/cuidadores dizem já ter sido
administrada.
7. Explicar as medidas a tomar quando foi realizada uma campanha de vacinação e
você suspeita que uma criança já levou uma vacina que deve ser administrada
em conformidade com o calendário
8. Descrever como avaliar a situação da criança relativamente à BCG com base no
exame físico.
9. Listar as indicações e contra-indicações das crianças filhos de mães HIV
positivos.

Laboratório 1. Demonstrar habilidade de aconselhar os pais/cuidadores sobre os benefícios das 4


Humanístico vacinas, os potenciais efeitos secundários graves (para os quais é preciso voltar
ao CS) e leves incluindo as medidas que os pais devem tomar em casa para a
gestão de efeitos colaterais leves (como febre, edema/induração localizada no
ponto da injecção).

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 468


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
2. Preencher correctamente as folhas de resultados e no cartão do peso da criança
de acordo com as vacinas administradas
3. Demonstrar habilidade para avaliar o cartão do peso de uma criança para
determinar se o calendário vacinal se encontra actualizado e saber aconselhar
sobre as próximas vacinas que devem ser administradas e quando.
4. Demonstrar habilidade para preparar e interpretar mapas de parede e outros
registos sobre a vacinação.
5. Num manequim, especificar a localização anatómica apropriada para
administração de cada vacina.

Anamnese 1. Descrever as peculiaridades gerais da anamnese pediátrica 3


a. Informações dos pais/cuidador (incluindo interpretações)
b. Informações da criança dependendo da idade: pré-escolar, escolar,
adolescentes
2. Explicar a importância da participação da criança no processo de elaboração da
história.
3. Explicar a consulta de adolescentes em duas situações: adolescente com
acompanhante e adolescente sozinho
4. Descrever todos os componentes de uma avaliação pediátrica completa:
a. Quem acompanha a criança e idade da criança
Avaliação
b. Queixa principal e história da doença actual
Pediátrica
c. Antecedentes pessoais incluindo
i. História da mãe (obstétrica, doenças crónicas)
ii. Doenças da infância
iii. Alergias, acidentes, internamentos, outras doenças
d. História nutricional
e. História vacinal
f. Desenvolvimento neuromotor, afectivo, cognitivo
g. Condições sócio-ambientais
h. Condições familiares
5. Realçar as especificidades da anamnese do recém-nascido

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 469


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas

Exame Físico 1. Descrever as técnicas que mantêm a criança calma durante o exame físico, com 3
base na sua idade
2. Diferençar entre o exame físico da criança e do adulto
3. Explicar os componentes do exame físico: inspecção, palpação, percussão,
auscultação
4. Descrever como executar o exame físico pediátrico e como cada aparelho deve
sempre ser avaliado e estar mencionado no processo clínico na ordem seguinte:
a. Aspecto geral incluindo eventuais sinais de emergência e urgência
b. Evolução estaturo-ponderal
c. Desenvolvimento psicomotor
d. Sinais vitais
e. Cabeça, ouvido
f. Pescoço
g. Aparelho respiratório
h. Aparelho cardiovascular
i. Abdómen
j. Aparelho geniturinário
k. Aparelho musculoesquelético
l. Aparelho neurológico
m. Inspecção e palpação da pele e tecidos moles

Laboratório 1. Demonstrar um exame físico pediátrico completo num manequim. 2


Humanístico
Diagnóstico e 1. Elaborar uma sinopse clínica 2
Conduta 2. Desenvolver uma lista de problemas e diagnósticos diferenciais com base na
anamnese e exame físico.
3. Listar as análises laboratoriais e auxiliares, o tratamento imediato (incluindo
estabilização, referência, hospitalização ou alta)
4. Descrever como elaborar um plano de gestão com base no exame físico,
anamnese e meios diagnósticos auxiliares.
5. Definir um plano de acompanhamento.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 470


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
6. Explicar como aconselhar pais/cuidador sobre o diagnóstico e o plano de gestão
imediato
7. Descrever como explicar aos pais/cuidador as medidas de prevenção da doença e
promoção da saúde.

Avaliação dos Sinais 1. Definir emergência e urgência 1


de Emergência e 2. Descrever a importância da avaliação dos sinais de emergência segundo a idade.
Urgência 3. Definir os sinais e sintomas de emergência e descrever a apresentação clínica:
obstrução das vias respiratórias, dificuldade respiratória grave, coma,
convulsões, desidratação grave.
4. Indicar os testes de laboratório que devem ser realizados em presença de sinais
de urgência (teste da malária, hemograma completo, glicemia).
5. Descrever quando e como realizar a reavaliação dos sinais de urgência

Estabilização e 1. Descrever os instrumentos e medicamentos essenciais para a gestão de uma 2.5


Tratamento Inicial situação de emergência
de Situações de 2. Definir abordagem ABC
Emergências e
Emergência 3. Descrever gestão de cada sinal de emergência.
Urgências em
4. Descrever como posicionar uma criança inconsciente e explicar a importância
Pediatria
deste aspecto.
5. Descrever a gestão das vias aéreas superiores: incluindo posicionamento,
limpeza das secreções e ventilação mecânica.
6. Definir asfixia e descrever o grupo etário com maior risco de asfixia.
7. Descrever como identificar a asfixia num bebé ou criança.
8. Descrever as manobras de gestão da criança asfixiada segundo a idade.
9. Descrever as técnicas para administrar oxigénio e as indicações
10. Descrever a gestão do choque numa criança com e sem sinais de desnutrição
graves
11. Descrever a gestão da desidratação grave após gestão do choque inicial.
12. Definir hipoglicemia, as causas, a gestão.
Laboratório 1. Demonstrar habilidade para posicionar a criança inconsciente 4

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 471


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Humanístico 2. Demonstrar habilidade de gestão das vias respiratórias em criança com
obstrução: posição adequada das vias respiratórias, limpeza de secreções e
ventilação mecânica.
3. Demonstrar habilidade de gestão do bebé e criança asfixiado
4. Demonstrar como administrar oxigénio através de sondas nasais e cateteres
nasais.

Sinais de Urgência 1. Descrever a importância da avaliação dos sinais de urgência após avaliação e 2
gestão dos sinais de emergência.
2. Indicar e descrever os sinais de prioridade que requerem avaliação e tratamento
imediatos, e descrever a gestão inicial (estabilização) de cada um dos seguintes:
a. Bebé com idade inferior a 2 meses
b. distress respiratório
c. febre alta
d. dores intensas
e. continuação da irritabilidade ou letargia
f. desnutrição aguda grave
g. palidez intensa

Referência Urgente 1. Descrever os passos (fluxograma) para referência urgente: 1


de Crianças que a. Identificação dos sinais de urgência e de prioridade
Precisam de b. Estabilização das crianças e tratamento inicial antes da referência
Hospitalização 2. Descrever os cuidados que podem reduzir os riscos de agravamento durante a
Imediata transferência
Referência da
3. Explicar aos pais/cuidador a necessidade de referir a criança
Criança Doente
4. Preencher uma guia de transferência completa
5. Organizar o transporte em termos de meio e pessoal de saúde acompanhante

Laboratório 1. Elaborar uma guia de transferência que inclua os principais pontos com base nos 2
Humanístico cenários apresentados.
Cuidado de Recém- Introdução 1. Descrever as causas principais da morte de recém-nascidos no primeiro mês de 1

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 472


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Nascidos: vida (em prematuros e de termo) em Moçambique e os factores que põem em
Introdução risco o recém-nascido (demográficos, sociais, da gravidez, parto, saúde da mãe,
factores da criança)
2. Descrever as intervenções baseadas na comunidade para a melhoria da saúde neonatal e
a redução da mortalidade.

Avaliação e 4. Descrever os elementos da história clínica da mãe, da gravidez e do parto que 1


Cuidados do Recém- podem contribuir na determinação do diagnóstico de patologia neonatal
Nascido 5. Descrever passo a passo como realizar um exame físico completo no recém-nascido
6. Reconhecer as condições patológicas mais frequentes que se apresentam no
nascimento, nas primeiras horas de vida ou na primeira semana

Cuidados de Rotina 1. Descrever a classificação do recém-nascido segundo o peso, a idade gestacional 2


do Recém-Nascido e peso/idade gestacional e definir cada termo
Após Alta 2. Explicar a importância das visitas de rotina pós parto, incluindo dos bebés
nascidos em casa.
3. Descrever quando é que estas visitas devem ser efectuadas e a importância de manter o
calendário.
4. Explicar a importância dos recém-nascidos serem avaliados imediatamente quando
trazidos a uma consulta
5. Descrever como realizar um exame completo do bebé durante a primeira semana
de vida, nas consultas de acompanhamento ou em caso de recém-nascido doente
6. Explicar as alterações físicas normais no período neonatal, suas causas, os
cuidados a prestar, como explicar aos pais/cuidador estas alterações
7. Descrever as indicações para referência e para hospitalização dos recém-
nascidos e bebés doentes com idade inferior a 2 meses
8. Indicar como estabilizar o recém-nascido antes da hospitalização
9. Descrever a necessidade de discutir com os pais/cuidador as razões da
hospitalização
Laboratório 1. Realizar uma sessão de aconselhamento aos pais/cuidador para explicar os 4
Humanístico cuidados de rotina a prestar ao recém-nascido em casa incluindo os

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 473


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
sinais/sintomas de perigo.
2. Demonstar reanimação neo natal com manequin

Recém-nascido de 1. Descrever a classificação dos bebés de baixo peso e definir cada termo. 2.5
Baixo Peso 2. Descrever os problemas mais comuns dos bebés de baixo peso, os factores de risco,
apresentação clínica, diagnóstico diferencial, gestão, prognóstico e intervenções de
prevenção para cada uma das condições:
a. Dificuldades de aleitamento
b. Alterações de temperatura (hipotermia, hipertermia)
c. Apneia
d. Enterocolite necrosante
e. Icterícia
f. Hemorragia intraventricular
g. Anemia da prematuridade
h. Retinopatia da prematuridade
i. Sépsis
3. Descrever as necessidades alimentares de bebés de baixo peso ao longo do 1° mês de
vida

Causas Comuns de 1. Classificar as infecções neonatais segundo o modo de transmissão (congénitas, 1


Mortalidade intraparto, adquirida no hospital) e apresentação da sintomatologia
Neonatal 2. Descrever as infecções bacterianas neonatais mais comuns e os patógenos
responsáveis entre os Gram-positivos, os Gram Negativos e os Fungos
3. Descrever os factores de risco, apresentação clínica, diagnóstico diferencial,
resultados laboratoriais, gestão e prevenção
4. Descrever as infecções do grupo TORCH
Toxoplasmose 1. Definir toxoplasmose congénita e a sua importância clínica 0.5
Cuidado de Recém- Congénita 2. Indicar a etiologia microbiológica e modo de transmissão.
Nascidos: 3. Descrever a apresentação clínica, o diagnóstico diferencial, resultados
Infecções Neonatais laboratoriais, gestão, indicações para referência.
4. Descrever as medidas de prevenção

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 474


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas

Sífilis Congénita 1. Definir sífilis congénita e a sua importância clínica 1


2. Indicar a etiologia microbiológica e modo de transmissão.
3. Descrever a apresentação clínica, o diagnóstico diferencial, resultados
laboratoriais, gestão do recém-nascido, da mãe, do seu parceiro, indicações para
referência.
4. Descrever as medidas de tratamento e prevenção

Rubéola Congénita 1. Definir rubéola congénita e a sua importância clínica 0.5


2. Indicar a etiologia microbiológica e modo de transmissão.
3. Descrever a apresentação clínica, o diagnóstico diferencial, resultados
laboratoriais, gestão, indicações para referência
4. Descrever as medidas de prevenção.

Infecção por 1. Definir infecção por CMV congénita e a sua importância clínica 0.5
Citomegalovírus 2. Indicar a etiologia microbiológica e modo de transmissão.
(CMV) 3. Descrever a apresentação clínica, o diagnóstico diferencial, resultados laboratoriais,
gestão e indicações para referência

Infecção por Herpes 1. Definir Infecção por HSV-2 congénita e a sua importância clínica 0.5
Simplex Vírus 2 2. Indicar a etiologia microbiológica e modo de transmissão.
(HSV-2) 3. Descrever a apresentação clínica, o diagnóstico diferencial, resultados laboratoriais,
gestão e indicações para referência

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 475


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Tétano Neonatal 1. Definir tétano e a sua importância clínica. 1
2. Indicar a etiologia microbiológica da infecção, os factores de risco e modo de
transmissão.
3. Descrever a apresentação clínica, diagnóstico diferencial, gestão, necessidade de
referência urgente para internamento hospitalar
4. Descrever as medidas de prevenção (incluindo vacinação da mãe, cuidados
durante o parto e pós-parto).

TB Congénita 1. Definir TB congénita 0.5


2. Descrever como os elementos da história materna e do recém-nascido e o exame
físico podem contribuir para o diagnóstico
3. Descrever a gestão da TB congénita
4. Descrever as medidas de prevenção de TB em recém-nascido de mãe com TB

HIV (ver capítulo do 1. Descrever os possíveis sinais e sintomas de infecção sintomática pelo HIV à nascença 0.5
HIV)
Condições Neonatais 1. Definir apneia e indicar as causas mais comuns no primeiro mês de vida 0.5
Comuns: 2. Descrever os principais elementos da história clínica e resultados físicos que podem
Apneia ajudar na oração do diagnóstico e diagnóstico diferencial
3. Descrever a história natural e gestão da apneia neonatal dependendo da duração e
frequência
Cuidado de Recém- Convulsões e 1. Definir e descrever a diferença entre convulsões e espasmos em termos de fisiopatologia 0.5
Nascidos: Espasmos e apresentação
Condições 2. Indicar causas comuns das convulsões neonatais
Neonatais 3. Diferençar convulsões e espasmos de jitteriness (resposta exagerada aos estímulos
leves)
4. Indicar os principais elementos da história clínica e exame físico que podem contribuir
para a oração do diagnóstico, diagnóstico diferencial e gestão

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 476


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Hipertermia e 1. Definir hipotermia e hipertermia e descrever a sua importância clínica 0.5
Hipotermia 2. Indicar as causas comuns de hipotermia e hipertermia
3. Indicar os principais elementos da história clínica, exame físico e resultados
laboratoriais que podem ajudar no diagnóstico e diagnóstico diferencial
4. Descrever a gestão da hipotermia e hipertermia neonatal.

Icterícia Neonatal 1. Indicar as causas comuns de icterícia patológica após a primeira semana de vida e as 0.5
possíveis sequelas
2. Indicar e descrever os principais elementos da história clínica, exame físico e
resultados laboratoriais que podem contribuir para o diagnóstico, diagnóstico
diferencial e gestão

Letargia 1. Definir letargia e indicar causas comuns 0.5


2. Indicar e descrever os principais elementos da história clínica, exame físico e resultados
laboratoriais que podem contribuir para o diagnóstico e diagnóstico diferencial
3. Descrever a gestão da letargia num recém-nascido.

Recém-nascido 1. Definir hipotonia e indicar causas comuns 0.5


Hipotónico 2. Indicar e descrever os principais elementos da história clínica, exame físico e resultados
laboratoriais que podem contribuir para o diagnóstico e diagnóstico diferencial
3. Descrever a gestão da hipotonia num recém-nascido
Hipoglicemia 1. Definir hipoglicemia, descrever a sua importância clínica e indicar causas 0.5
comuns e as possíveis sequelas
2. Indicar e descrever os principais elementos da história clínica, exame físico e
resultados laboratoriais que podem contribuir para o diagnóstico e diagnóstico
diferencial.
3. Descrever a gestão do recém-nascido com hipoglicemia confirmada ou suspeita.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 477


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Dificuldade na 1. Definir dificuldade de aleitamento/alimentação e baixo ganho de peso e descrever a sua 0.5
Alimentação importância clínica.
2. Indicar causas comuns, os factores de risco da dificuldade de aleitamento/alimentação e
as possíveis consequências
3. Descrever os principais elementos da história clínica, exame físico que podem contribuir
para o diagnóstico e diagnóstico diferencial
4. Descrever a gestão da dificuldade de aleitamento/alimentação e do baixo ganho
de peso de um recém-nascido.

Vómito e Distensão 1. Definir vómito e distensão abdominal. 0.5


Abdominal 2. Indicar a fisiologia da regurgitação, causas comuns do vómito e distensão
abdominal e descrever a importância clínica
3. Descrever os principais elementos da história clínica, do exame físico e
resultados laboratoriais que podem ajudar a elaborar um diagnóstico e o
diagnóstico diferencial
4. Descrever a gestão do vómito e distensão abdominal
Anemia e 1. Definir anemia num recém-nascido com base na idade cronológica e gestacional 1
Hemorragias e descrever a importância clínica
2. Indicar causas comuns de anemia, hemorragia e importância clínica.
3. Descrever os principais elementos da história clínica, do exame físico e os resultados de
laboratório que podem ajudar a elaborar um diagnóstico, o diagnóstico diferencial
4. Descrever a gestão da hemorragia e anemia num recém-nascido

Desidratação 1. Descrever as causas comuns e a importância clínica da desidratação no recém-nascido. 1


2. Indicar os principais elementos da história clínica, do exame físico e os resultados de
laboratório que podem ajudar na avaliação do grau de desidratação e oração do
diagnóstico, diagnóstico diferencial.
3. Descrever a gestão da desidratação num recém-nascido de acordo com o grau de
desidratação
Patologias Conjuntivite 1. Descrever os sinais/sintomas da conjuntivite 0.5
Neonatais Comuns 2. Descrever as etiologias microbiológicas comuns da conjuntivite neonatal e modo
por Aparelho: de transmissão
Visual 3. Descrever a manifestação clínica e laboratorial, o diagnóstico diferencial, e a

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 478


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
gestão
4. Descrever intervenções de prevenção (incluindo identificação e tratamento de
IST materna pré-natal e profilaxia dos olhos aquando do nascimento)

Dacrostenose 1. Definir dracostenose e descrever a porção anatómica do olho envolvida. 0.5


2. Descrever a apresentação clínica, diagnóstico diferencial, gestão e evolução
clínica.

Estrabismo 1. Definir estrabismo fisiológico e tipos 0.5


Fisiológico 2. Descrever a evolução, a gestão e como aconselhar os pais/cuidador

Candidíase Oral 1. Descrever a fisiopatologia da candidíase oral em lactantes 0.5


2. Descrever a etiologia microbiológica, factores de risco, resultados clínicos, o
diagnóstico diferencial, a gestão.
Patologias Língua presa 1. Definir língua presa e descrever a porção anatómica afectada 0.5
Neonatais Comuns 2. Descrever a importância clínica, apresentação clínica, a evolução, a gestão e os
por Aparelho: riscos do corte desnecessário.
Estomatologia Anomalias do 1. Definir fenda do palato e lábio leporino e descrever a porção anatómica 0.5
palato: (fenda do afectada
palato, lábio 2. Descrever a importância clínica, apresentação clínica, a evolução, a gestão
leporino)
Patologias Anomalias do 1. Definir atresia e estonose de conduto e descrever a porção anatómica afectada 1
Neonatais Comuns ouvido 2. Descrever a importância clínica, apresentação clínica, a evolução, a gestão
por Aparelho:
Otorrinolaringologia
Pneumonia 1. Descrever a importância clínica da pneumonia no período neonatal e a sua relação com 1
Patologias a sépsis
Neonatais Comuns 2. Indicar as 3 etiologias microbiológicas mais comuns e modo de transmissão.
por Aparelho: 3. Descrever a apresentação clínica, resultados radiológicos, diagnóstico diferencial e
Respiratório gestão

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 479


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Broncopneumonia 2. Definir a condição 1
aspirativo 3. Indicar causas e factores de risco comuns
4. Descrever a apresentação clínica
5. Descrever as possíveis complicações
6. Descrever o manejo imediato e indicações para referência

Taquipnea 1. Definir a condição 1


transitória 2. Indicar causas e factores de risco comuns
3. Descrever a apresentação clínica
4. Descrever as possíveis complicações
5. Descrever o manejo imediato e indicações para referência

Doença da 1. Definir a condição 1


membrana hialina 2. Indicar causas e factores de risco comuns
3. Descrever a apresentação clínica
4. Descrever as possíveis complicações
5. Descrever o manejo imediato e indicações para referência

Síndrome de 1. Definir acondição 1


dificuldades 2. Indicar causas e factores de risco comuns
respiratórias 3. Descrever a apresentação clínica
4. Descrever as possíveis complicações
5. Descrever o manejo imediato e indicações para referência

Doença Congénita 1. Definir doença congénita do coração, cianótica e não cianótica 1


do Coração (CHD) 2. Descrever a fisiopatologia das seguintes lesões mais comuns da doença
congénita: defeito do septo interventricular, defeito do septo atrial persistência
Patologias
do duto arterioso, tetralogia de Fallot, Coarctação da Aorta, estenose valvular
Neonatais Comuns
3. Descrever as causas/factores associados mais comuns
por Aparelho:
4. Descrever e comparar a apresentação clínica, o diagnóstico diferencial (cianótica
Cardiovascular
a não cianótica), gestão inicial e necessidade de referência

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 480


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Regurgitação, 1. Definir regurgitação e refluxo gastrointestinal 1
Refluxo 2. Indicar a fisiologia da regurgitação e refluxo gastroesofágico, causas comuns e
Gastroesofágico, descrever a importância clínica
Vómito 3. Descrever os principais elementos da história clínica, do exame físico e
resultados laboratoriais que podem ajudar a elaborar um diagnóstico e o
diagnóstico diferencial, a gestão

Hematémese 1. Definir hematemese e descrever as 3 causas mais comuns do vómito de sangue 1


durante o período neonatal e a importância clínica de cada uma delas.
2. Descrever e comparar apresentações clínicas, resultados laboratoriais, gestão,
necessidade de referência.

Obstrução Intestinal 1. Descrever as porções do aparelho gastrointestinal mais afectadas. 0.5


Patologias 2. Descrever a importância clínica, apresentação clínica, resultados radiológicos,
Neonatais Comuns diagnóstico diferencial, gestão inicial e necessidade de referência.
por Aparelho:
Gastrointestinal Anus Imperfurado 1. Definir anus imperfurado 0.5
2. Descrever a conduta

Infecção do Cordão 1. Descrever o processo normal da separação do cordão umbilical e cicatrização. 0.5
Umbilical 2. Explicar como o umbigo não cicatrizado pode ser um ponto de entrada de
infecções que se podem tornar rapidamente sistémicas.
3. Indicar as etiologias microbiológicas comuns da infecção umbilical.
4. Descrever factores de risco, apresentação clínica, diagnóstico diferencial, gestão,
indicação para referência, prevenção

Hérnia Umbilical e 1. Definir hérnia umbilical (e seus graus) e onfalocele. 0.5


Onfalocele 2. Descrever apresentação clínica, gestão inicial e necessidade de referência para
uma gestão cirúrgica definitiva

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 481


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Diarreia 1. Definir diarreia no recém-nascido 1
2. Descrever as causas mais comuns de diarreia no recém-nascido, as
complicações, a gestão, as medidas de prevenção

Cólicas Abdominais 1. Definir cólica, descrever a evolução clínica, explicar como aconselhar os 0.5
pais/cuidadores sobre como tratar um bebé que sofre de cólicas

Infecção das Vias 1. Definir e comparar a sua importância clínica nos dois tipos de infecção. 1.5
Urinárias Superiores 2. Descrever e comparar a porção anatómica afectada.
e Inferiores 3. Descrever os factores de risco, a apresentação clínica, as possíveis complicações,
os resultados laboratoriais, o diagnóstico diferencial, a gestão

Hérnia Inguinal e 1. Definir hérnia inguinal e hidrocele e comparar a sua importância clínica 0.5
Hidrocele 2. Descrever e comparar factores de risco, apresentação clínica (em recém-nascidos
do sexo masculino e do sexo feminino), diagnóstico diferencial, história natural,
gestão, indicação para referência
Patologias 3. Descrever o papel da transiluminação na distinção das duas condições
Neonatais Comuns Criptorquidismo e 1. Definir Criptorquidismo e pseudo-criptorquidismo e descrever a sua importância clínica 1
por Aparelho: Pseudo- 2. Descrever como fazer o exame físico (a palpação da bolsa escrotal), como
Geniturinário Criptorquidismo diferençar entre testículo retráctil, bolsa escrotal vazia, reflexo cremastérico,
diagnóstico diferencial e a evolução de cada situação
3. Definir o plano de acompanhamento e as indicações para referência
Hipospadia e 1. Definir os termos hipospadia, epispádia, graus e descrever seu significado clínico 0.5
Epispádia 2. Descrever a apresentação clínica, o diagnóstico diferencial a necessidade de
referência para avaliação cirúrgica e gestão

Circuncisão 1. Descrever os benefícios, indicações e contra-indicações e potenciais 0.5


Masculina complicações da circuncisão

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 482


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Displasia Congénita 1. Definir Displasia congénita da articulação coxofemoral 0.5
da Articulação 2. Descrever os sinais e sintomas
Coxofemoral 3. Descrever a conduta

Pé Boto 1. Definir pé boto 0.5


2. Descrever a conduta das mesmas

Patologias Polidactilia e 1. Definir polidactilia e sindactilia 0.5


Neonatais Comuns Sindactilia 2. Descrever a conduta das mesmas
por Aparelho:
Musculoesquelético Trauma Neonatal 1. Listar os factores de risco (maternos e fetais) de traumas durante o nascimento 1
2. Descrever a apresentação clínica, diagnóstico, diagnóstico diferencial, manejo, e
indicações para referência das seguintes condições:
a. Cephaloematoma, caput succedaneum, hemorragia subgaleal
b. Paralisia braquial, facial
c. Fracturas
d. Luxação da anca
e. Lesões da pele e dos tecidos moles

Paralisia Cerebral 1. Definir PC 1


(PC) 2. Descrever as causas, os factores de risco, a apresentação clínica, o diagnóstico
diferencial, a gestão e o plano de acompanhamento

Encefalopatia 1. Definir encefalopatia hipóxica isquêmica 0.5


Patologias
Hipóxica Isquêmica 2. Descrever as causas, os factores de risco, a apresentação clínica, o diagnóstico
Neonatais Comuns
diferencial, a gestão e o plano de acompanhamento
por Aparelho:
Neurológico
Meningite Neonatal 1. Distringuir a apresetnação clinica de meningite nos neonatos dos outros grupos 1
etários
2. Descrever as causas, os factores de risco, o diagnóstico diferencial, o tratamento
e acompanhamento

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 483


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Kernicterus 1. Definir Kernicterus 0.5
2. Descrever as causas, os factores de risco, a apresentação clínica, o diagnóstico
diferencial, a gestão e o plano de acompanhamento

Sindrome Alcoólico 1. Definir síndrome alcoólico fetal 0.5


Fetal 2. Descrever as causas, os factores de risco, a apresentação clínica, o diagnóstico
diferencial, a gestão e o plano de acompanhamento
3. Descrever a prevenção do sindrome alcoólico fetal

Má formações 1. Definir , descrever a apresentação clínica e o manejo inicial das seguintes condições: 0.5
Congénitas a. Hidrocéfalo e seus graus
b. Espinha bifida e seus graus
c. Mielomeningocelo
d. Microcefalia
e. Anencefalia

Patologias Doença 1. Descrever a fisiopatologia da deficiência de vitamina K no período neonatal e a sua 0.5
Neonatais Comuns Hemorrágica do importância clínica
por Aparelho: Recém-nascido 2. Descrever a apresentação clínica, os resultados laboratoriais, gestão, necessidade de
Hematológico referência para internamento hospitalar
3. Descrever as medidas de prevenção
Anemia 1. Definir anemia no recém nascido 0.5
2. Descrever a apresentação clínica, os resultados laboratoriais, e o diagnóstico diferencial
3. Descrever o tratamento da anemia no recém nascido

Infecções 1. Indicar as etiologias microbiológicas mais comuns, descrever a importância clínica das 0.5
Dermatológicas infecções dermatológicas nos recém-nascidos e explicar como podem evoluir
Patologias rapidamente para infecções sistémicas.
Neonatais Comuns 2. Descrever os factores de risco, a apresentação clínica, o diagnóstico diferencial,
por Aparelho: a gestão (com ou sem sinais de sépsis)
Dermatológico 3. Descrever as medidas de prevenção

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 484


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Hemangiomas 1. Definir hemangioma 0.5
2. Descrever a aparência e localização típica dos hemangiomas, a evolução, a
importância clínica
3. Descrever as indicações de referência para o cirurgião (localização, grau)

Mancha Mongólica 1. Descrever o aspecto e localização da mancha mongólica, a evolução e gestão 0.5

Dermatite 1. Descrever a apresentação clínica, localização típica, diagnóstico diferencial, gestão e 0.5
Seborreica evolução clínica

Condições Auto 1. Descrever a apresentação clínica, fisiologia, evolução e gestão das seguintes: acne 0.5
Limitantes e Não neonatal, milia, eritema tóxico e escamação da pele após o primeiro dia de vida
Patológicas
Patologias Endocrinologia 1. Descrever as causas e as manifestações clínicas e gestão das seguintes condições: 1
Neonatais Comuns a. Hipotiroidismo neonatal
por Aparelho: Filho de mãe diabética
Endócrino
Síndrome de Down 1. Descrever o defeito cromossómico, as manifestações clínicas nos diferentes aparelhos, o 0.5
Outros Defeitos
prognóstico
Congénitos
Aleitamento 1. Definir os termos: aleitamento materno exclusivo (AME), aleitamento materno 3
misto (AMM), alimento de substituição, colostro
2. Descrever os benefícios do aleitamento materno para a mãe e para o bebé
3. Definir colostro e debater a sua importância clínica
4. Explicar a diferença da necessidade de alimentação segundo a idade e estado
Nutrição patológico, descrever a alimentação recomendada por cada faixa etária
5. Descrever a frequência da alimentação dos recém-nascidos e lactantes em
relação à idade e tipo de alimentação
6. Explicar o mecanismo da sucção e que a produção de leite é estimulada pela
sucção
7. Explicar o efeito da utilização da nutrição de substituição na produção do leite

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 485


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
materno
8. Descrever como avaliar se a quantidade de leite materno ingerido é adequada
9. Descrever a técnica correcta de amamentação: posição do bebé, da boca no
mamilo
10. Explicar as recomendações para o aleitamento materno dependendo do estado de
seropositividade da mãe
11. Definir o tempo ideal para o aleitamento materno exclusivo e do aleitamento em
geral e debater a sua importância clínica
12. Explicar as barreiras comuns ao aleitamento exclusivo e como aconselhar as
mães e familiares a ultrapassar essas barreiras
13. Explicar os riscos e benefícios relacionados com o uso de alimentos de
substituição e as indicações
14. Descrever como preparar os alimentos de substituição e as implicações
nutricionais da preparação inadequada
15. Explicar o padrão de ganho de peso normal em bebés
16. Descrever os problemas mais comuns que dificultam ou impedem a
amamentação incluindo a importância clínica e a gestão:
a. Factores físicos maternos
b. Crenças tradicionais
c. Factores da criança
d. Práticas incorrectas

Aleitamento e HIV 1. Descrever os riscos de transmissão do HIV através do leite materno e as medidas para 0.5
reduzir esses riscos
2. Descrever as indicações e contra-indicações para o aleitamento materno por uma mãe
seropositiva
3. Descrever os riscos relacionados a “amamentação mista” para o lactante de mãe
seropositiva
4. Explicar como aconselhar uma mãe seropositiva sobre as opções de aleitamento do bebé
de acordo com as directrizes do MISAU

Laboratório 1. Simular o aconselhamento duma mãe sobre as vantagens do aleitamento 2

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 486


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Humanístico materno exclusivo em caso de mãe seropositiva ou negativa
2. Demonstrar como preparar adequadamente o alimento de substituição

Alimentação 1. Definir os termos: desmame e alimentação suplementar 1


Suplementar 2. Explicar o período ideal e as razões para o desmame e a introdução de alimentos
suplementares
3. Explicar os tipos de alimentos suplementares e a sequência de introdução em
relação à idade
4. Explicar porque é que a introdução de alimentos complementares comporta um
risco maior de desnutrição e explicar como reduzir os riscos
5. Descrever os alimentos complementares disponíveis localmente e as indicações
para a sua introdução em relação às diferentes idades e necessidades alimentares
e as informações para a preparação desses alimentos
Laboratório 1. Simular o aconselhamento duma mãe/cuidador sobre a introdução de alimentos 2
Humanístico complementares apropriados segundo a idade e em relação aos alimentos
disponíveis localmente
Desnutrição 1. Definir os termos: fome, segurança/insegurança alimentar, subalimentação, 3
desnutrição, desnutrição aguda, crónica
2. Explicar que a desnutrição é uma importante causa subjacente da mortalidade
infantil e descrever a epidemiologia em Moçambique
3. Explicar os parâmetros utilizados para a avaliação nutricional e as indicações
para a utilização de cada um: peso, altura/comprimento, peso por idade,
altura/comprimento por idade, peso por altura/comprimento, circunferência
braquial
4. Explicar a relação entre o tipo de parâmetro antropométrico e o tipo de
desnutrição que identifica (peso por idade→ desnutrição aguda e crónica; peso
por altura→ desnutrição aguda; altura por idade →Desnutrição crónica)
5. Descrever como ler as tabelas peso por altura, a curva peso por idade e a medida
da circunferência braquial
6. Explicar a importância da avaliação do estado nutricional em todas as crianças
(saudáveis e doentes) e explicar como fazer essa avaliação segundo os seguintes

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 487


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
passos:
a. Avaliação do crescimento (antropometria: peso por idade,
altura/comprimento por idade, peso por altura/comprimento, perímetro
craniano, velocidade de crescimento, perimetro braquial)
b. História alimentar nas diferentes faixas etárias (0-6 meses, 6-23 meses, >24
meses)
c. Observação do aleitamento
d. Avaliação da saúde da criança e da mãe (incluindo a história da gravidez)
e. Entradas e perdas em caso de doença
7. Explicar como as doenças da infância são um factor de risco de falência de
crescimento
8. Explicar o aumento das necessidades alimentares durante uma doença, a
importância do aumento da ingestão de líquidos e comida
9. Explicar as condições de desnutrição que requerem tratamento hospitalar e as
que podem ser tratadas em casa

Desnutrição Aguda 1. Definir os termos: desnutrição aguda leve, moderada e grave, marasmo, 3
Grave kwashiorkor e kwashiorkor marasmático
2. Definir os termos: comida terapêutica, alimentação terapêutica pronta a ingerir
(ATPU)
3. Descrever como avaliar e classificar a desnutrição aguda através das medidas
antropométricas, indicadores de nutrição e sinais clínicos
4. Indicar as complicações que podem acompanhar a desnutrição aguda grave e
descrever a sua importância clínica
5. Descrever as indicações para referência hospitalar ou centro de alimentação
terapêutica e para o tratamento domiciliar da desnutrição aguda
6. Explicar a gestão da desnutrição aguda grave sem complicações incluindo a
frequência das consultas, o uso de ATPU, a avaliação nutricional nas consultas,
sinais de referência, indicações de alta
7. Explicar a gestão da desnutrição aguda grave com complicações nas diferentes
fases: fase 1, fase de transição, fase 2, gestão das complicações, medicamentos

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 488


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
de rotina, avaliações de rotina, critérios de alta, plano de acompanhamento

Desnutrição Aguda 1. Definir desnutrição aguda moderada em relação ao peso por altura e desvio 0.5
Moderada padrão
2. Explicar a importância do acompanhamento de crianças com desnutrição
moderada para evitar a evolução em desnutrição aguda grave.
3. Explicar a gestão da malnutrição moderada em crianças infectadas e não
infectadas pelo HIV

Falência de 1. Definir falência de crescimento, baixo peso para idade 0.5


Crescimento 2. Descrever a sua importância clínica, apresentação clínica e gestão
3. Descrever as possíveis causas de falência de crescimento (orgânicas e não
orgânicas) e identificar as mais frequentes no contexto de Moçambique
Desnutrição Crónica 1. Definir desnutrição crónica 0.5
2. Definir o indicador nutricional de desnutrição crónica
3. Definir as causas mais comuns da desnutrição crónica, a gestão
Desnutrição e HIV 1. Explicar as situações que são frequentemente associadas a Desnutrição: TB, HIV 2
e a necessidade de fazer o rastreio de TB e HIV em todas as crianças com
qualquer sinal de desnutrição
2. Explicar o ciclo vicioso desnutrição-HIV-desnutrição
3. Explicar a gestão da desnutrição em crianças seropositivas
4. Explicar a progressão do ganho do peso em crianças infectadas desnutridas
relativamente às crianças não infectadas

Obesidade 1. Definir excesso de peso e obesidade usando o IMC indicado para a idade e a 0.5
curva de peso por idade
2. Descrever as causas e as complicações para a saúde e gestão do excesso de peso
e obesidade

Deficiências de 1. Definir o termo micronutriente 3


Micronutrientes 2. Indicar as principais deficiências de micronutrientes e as suas causas e para cada

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 489


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
uma descrever a apresentação clínica, potenciais sequelas, tratamento e
prevenção:
a. Deficiência de Vit. A
b. Deficiência de Vit. C
c. Deficiência de Vit. D
d. Deficiência de Vit. K
e. Deficiência do grupo/complexo B
f. Deficiência de Iodo
g. Deficiência de Ferro
h. Deficiência de Zinco
i. Deficiência de Magnésio
3. Indicar alimentos ricos em micronutrientes

Anatomia e 1. Descrever as principais estruturas anatómicas e funções dos olhos/aparelho visual e 0.5
Fisiologia estruturas circundantes

Avaliação Clínica 1. Enumerar os componentes de uma história clínica orientada para as patologias 1
do aparelho visual
2. Descrever como efectuar o exame físico das estruturas anatómicas dos olhos e da
função de visão

Doenças Conjuntivite 1. Definir o termo: conjuntivite 0.5


Oftalmológicas 2. Descrever as causas mais frequentes, os factores de risco, o modo de transmissão
3. Descrever a apresentação clínica, evolução e gestão das conjuntivites alérgicas e
infecciosas.
4. Descrever os meios de prevenção da conjuntivite alérgica

Celulite Periorbital e 4. Definir os termos: celulite periorbital e orbital 1


Orbital 5. Descrever as estruturas anatómicas afectadas nas duas patologias.
6. Descrever as causas mais frequentes e os modos de transmissão

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 490


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
7. Descrever e comparar a importância clínica, o grupo etário de maior risco, a
apresentação clínica, as sequelas
8. Descrever o diagnóstico diferencial, a gestão em termo de exames
complementares e tratamento
9. Descrever as indicações para internamento, o tratamento domiciliar e o
acompanhamento

Abrasão Corneana 1. Definir o termo abrasão corneana 0.5


2. Descrever a apresentação clínica, o diagnóstico diferencial, a gestão, as
indicações para referência.

Hordéolo e Chalázio 1. Definir os termos: hordéolo e chalázio 0.5


2. Descrever as partes anatómicas do olho envolvidas
3. Comparar e descrever apresentação clínica, diagnóstico diferencial, evolução
clínica e tratamento

Doenças 1. Definir os termos: xerosi conjuntival, xerosi corneal, Manchas de Bitot, 0.5
Oftalmológicas fotofobia, queratomalácia e exoftalmia
Provocadas por 2. Descrever as partes anatómicas do olho afectadas.
Deficiência de 3. Descrever a fisiopatologia da deficiência da vitamina A
Vitamina A 4. Descrever a apresentação clínica, incluindo os estágios dos sintomas/sinais
oftalmológicos e as alterações patológicas, o diagnóstico diferencial, gestão,
indicação para referência
5. Descrever as medidas de prevenção

Tracoma 5. Definir o termo: tracoma e descrever a sua importância clínica. 0.5


6. Indicar os factores de risco, a causa e modo de transmissão.
7. Descrever a apresentação clínica, a progressão da doença, o tratamento médico,
indicação para referência cirúrgica
8. Descrever as medidas de prevenção

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 491


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Traumatismo Ocular 1. Descrever as causas mais comuns de traumas oculares em crianças 0.5
2. Descrever as indicações para referência urgente e internamento

Estrabismo 1. Definição de estrabismo, pseudoestrabismo, exotorpia, esotropia, nistagmo 0.5


2. Descrever as indicações para referência

Anatomia e 1. Descrever as principais estruturas da cavidade oral e estruturas circundantes e 0.5


Fisiologia suas funções

Avaliação Clínica 1. Enumerar os componentes de uma história clínica orientada para avaliação da 1
cavidade oral
2. Definir como fazer o exame físico da cavidade oral e estruturas circundantes em
crianças dependendo da idade
3. Descrever os exames auxiliares para determinar o diagnóstico

Higiene Oral 1. Definir o termo higiene oral 0.5


Otorrino- 2. Descrever os factores importantes na prevenção de algumas doenças orais: hábitos
laringologia: alimentares (açúcar), índice de fluoreto na água e higiene oral
Doenças da 3. Descrever as técnicas de higiene oral
Cavidade Oral
Cáries Dentárias e 1. Definir cáries dentárias, abcessos e descrever a sua importância clínica. 0.5
Abcessos 2. Descrever os estágios da formação de cáries e os factores de risco
3. Descrever a apresentação clínica e o tratamento incluindo as indicações para
referência

Gengivite 1. Definir gengivite 0.5


2. Descrever as causas comuns da gengivite e o tratamento

Traumatismo 1. Diferençar entre um traumatismo dos dentes de leite e dos dentes permanentes 0.5
Dentário 2. Descrever as causas principais de traumatismo dentário em crianças

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 492


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
3. Explicar a diferença na gestão do traumatismo dentário dependendo do envolvimento
dos dentes de leite ou permanente e da estrutura óssea adjacente
Laboratório 1. Demonstrar as técnicas apropriadas de higiene oral e demonstrar habilidade para 2
Humanístico explicá-las aos pais/cuidador.

Estomatite, Úlcera 1. Definir os termos: estomatite, estomatite primária, recorrente, herpangina, úlcera 1
Aftosa,, Queilite, aftosa, queilite, candidíase, noma ou estomatite gangrenosa ou cancrum oris
Candidíase, 2. Definir os agentes etiológicos, os factores de risco e modo de transmissão das
Cancrum Oris estomatites
(Noma) 3. Descrever a apresentação clínica, diagnóstico diferencial, as possíveis
complicações de cada condição
4. Descrever o tratamento de cada condição e explicar as indicações de um
tratamento local e sistémico
5. Descrever a associação frequente da infecção pelo HIV em crianças com
candidíase e em bebés com e candidíase recorrente
Glossite e Língua 1. Definir glossite 0.5
Geográfica 2. Definir as causas nutricionais e explicar o tratamento
3. Definir língua geográfica

Parotidite 1. Descrever o termo parotidite 1


2. Indicar as etiologias (microbiológica e imunológica) e modo de transmissão
3. Descrever a apresentação clínica, diagnóstico diferencial de parotidite infecciosa
e não infecciosa, tratamento
4. Explicar a fisiopatologia da parotidite associada a infecção pelo HIV e como
fazer o diagnóstico diferencial com as parotidites infecciosas
5. Descrever os sinais/sintomas possivelmente associados a parotidite por HIV

Anatomia e 1. Descrever as principais estruturas anatómicas do ouvido externo e interno e suas 0.5
Doenças Auditivas Fisiologia funções

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 493


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Avaliação Clínica 1. Enumerar os componentes de uma história clínica orientada para avaliação do 1
ouvido e da função auditiva
2. Definir como fazer o exame físico do ouvido externo e da função auditiva,
dependendo da idade da criança
3. Descrever como utilizar um ortoscópio e a posição ideal da criança segundo a
idade
4. Descrever os exames auxiliares que podem ajudar a determinar o diagnóstico

Hipoacusia 1. Definir hipoacusia e diferentes graus 0.5


2. Descrever o papel fundamental que a audição desempenha no desenvolvimento
da linguagem e como é que a perca de audição provoca atrasos na linguagem e
no desenvolvimento psicomotor em geral
3. Indicar as causas comuns
4. Descrever a apresentação clínica nas diferentes faixas etárias
5. Descrever o tratamento dependendo da causa e importância da referência para
avaliação e acompanhamento
Otite Média (OM) 1. Definir Otite Média aguda e crónica 1
2. Descrever as estruturas anatómicas afectadas e os factores anatómicos
característicos da infância que predispõem a OM
3. Indicar etiologias microbiológicas comuns por grupo etário e modo de
transmissão
4. Descrever a apresentação clínica, diagnóstico diferencial, tratamento (1 e 2 linha
terapêutica)
5. Descrever as complicações da otite média aguda e crónica e as indicações para o
internamento

Otite Externa (OE) 1. Definir Otite Externa e as estruturas anatómica do ouvido afectadas 0.5
2. Indicar etiologias microbiológicas comuns e modo de transmissão
3. Descrever factores de risco, apresentação clínica, diagnóstico diferencial e
tratamento
4. Explicar como aconselhar a mãe/cuidador na gestão das secreções dos ouvidos

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 494


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
em caso de infecção e na limpeza diária

Mastoidite 1. Definir mastoidite e descrever as estruturas anatómicas afectadas 0.5


2. Indicar as etiologias microbiológicas comuns por grupo etário e modo de
transmissão e fisiopatologia
3. Descrever a apresentação clínica, o diagnóstico diferencial, o tratamento e a
indicação de internamento hospitalar

Corpos Estranhos 1. Debater os corpos estranhos mais comuns em crianças, a apresentação clínica, as 0.5
potenciais complicações, a gestão e indicações para referência
2. Debater os potenciais problemas relacionados com tentativas múltiplas para
remoção de um corpo estranho

Impacto do Cerume 1. Descrever porque é que a produção do cerume é abundante nas crianças 0.5
2. Descrever as indicações para remoção do cerume
3. Descrever o procedimento para remoção do cerume e complicações decorrentes de um
procedimento impróprio

Laboratório 1. Identificar as estruturas orais e auditivas em modelos de ouvidos 2


Humanístico 2. Demonstrar habilidade para avaliar a cavidade oral usando a espátula oral
incluindo a posição ideal segundo a idade da criança
3. Demonstrar habilidade para usar o otoscópio incluindo a posição da criança
segundo a idade
4. Identificar membrana timpânica normal, OM, OE e corpos estranhos de fotos
otoscópicas

Anatomia e 1. Descrever as principais estruturas anatómicas das vias respiratórias superiores e 1


Fisiologia inferiores e suas funções
Aparelho
2. Identificar a localização das estruturas internas com base nas referências externas
Respiratório
3. Descrever o desenvolvimento das estruturas anatómicas com a idade e como
estão relacionadas com as doenças específicas da idade pediátrica

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 495


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas

Avaliação Clínica 1. Enumerar os componentes de uma história clínica orientada para avaliação de 1
sinais/sintomas respiratórios
2. Definir como fazer o exame físico do aparelho respiratório, dependendo da idade
da criança
3. Descrever como utilizar o estetoscópio e a posição ideal para a auscultação
pulmonar segundo a idade da criança
4. Descrever os exames auxiliares que podem ajudar a determinar o diagnóstico:
raio-X ao tórax, cultura de secreções
5. Descrever os valores normais de frequência respiratória por faixa etária

Pneumonia 1. Definir os termos bronquite, broncopneumonia, pneumonia e descrever a sua 2


importância clínica
2. Descrever a epidemiologia da pneumonia infantil em Moçambique, indicando o
grupo etário de maior risco
3. Indicar as etiologias microbiológicas comuns, os factores de risco e modo de
transmissão por grupo etário
4. Descrever a apresentação clínica, as complicações, o diagnóstico diferencial
5. Descrever os exames auxiliares (laboratório e radiológicos)
6. Descrever a gestão domiciliar e hospitalar (1ª e 2ª linha) e as indicações para o
internamento

Tosse Convulsa - 1. Definir o termo tosse convulsa e a sua importância clínica. 0.5
Pertussis 2. Indicar a etiologia microbiológica, factores de risco e modo de transmissão
3. Descrever apresentação clínica, diagnóstico diferencial, tratamento, indicações
para referência
4. Descrever as complicações
5. Descrever as medidas de prevenção

Rinite e Epistaxe 1. Definir rinite 0.5


2. Descrever a etiologia microbiológica (viral, bacteriana, alérgica), factores de

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 496


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
risco e indicar o modo de transmissão
3. Descrever apresentação clínica, diagnóstico diferencial, tratamento e medidas de
prevenção
4. Definir epistaxis
5. Definir as causa mais comuns em crianças
6. Descrever a gestão dependendo da causa

Gripe 1. Definir gripe e descrever a importância clínica 0.5


2. Indicar a etiologia microbiológica, factores de risco e modo de transmissão
3. Descrever apresentação clínica, complicações, diagnóstico diferencial,
tratamento e medidas de prevenção
Sinusite 1. Definir sinusite 0.5
2. Indicar etiologias microbiológicas por faixa etária, factores de risco e modo de
transmissão
3. Descrever apresentação clínica, diagnóstico diferencial e tratamento

Corpos Estranhos no 1. Descrever os corpos estranhos no nariz mais frequentes em criança 0.5
Nariz 2. Descrever a apresentação clínica, complicações, diagnóstico diferencial, gestão e
indicações para referência
3. Debater os potenciais problemas relacionados com as múltiplas tentativas para
remoção de um corpo estranho
4. Descrever o procedimento para remoção de um corpo estranho do nariz

Faringite, Tonsilite 1. Definir faringite, tonsilite e hipertrofia das adenoides e descrever a sua 0.5
(amigdalite) e importância clínica
Hipertrofia das 2. Descrever a etiologia microbiológica (viral, bacteriana) por faixa etária, factores
Adenoides de risco e modo de transmissão
3. Descrever a apresentação clínica por cada causa, diagnóstico diferencial,
tratamento, indicações para referência
4. Descrever as complicações: abcessos tonsilares ou retrofaríngeos, febre
reumática e glomerulonefrite

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 497


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas

Difteria 1. Definir difteria e descrever a sua importância clínica 0.5


2. Descrever a etiologia, factores de risco e modo de transmissão
3. Descrever a apresentação clínica, diagnóstico diferencial, tratamento, indicações
para referência
4. Descrever as medidas de prevenção

Laringotraqueo- 1. Definir laringotraqueobronquite e epiglotite e descrever a sua importância clínica 0.5


bronquite 2. Indicar etiologias microbiológicas e modo de transmissão
(Garrotilho) e 3. Descrever como fazer o diagnóstico diferencial entre as duas condições
Epiglotite 4. Descrever a apresentação clínica, o tratamento e as indicações para referência
Inalação de Corpo 1. Definir inalação de corpos estranhos 0.5
Estranho 2. Descrever os corpos estranhos mais frequentemente inalados em crianças
3. Descrever factores de risco, faixas etárias de maior risco, causas mais comuns,
diferenças da apresentação clínica com base na localização anatómica do corpo
estranho, gestão, indicações para referência
4. Descrever como fazer o diagnóstico diferencial entre corpo estranho inalado e
ingerido
5. Descrever medidas de prevenção

Bronquiolite 1. Definir bronquiolite e debater a sua importância clínica 0.5


2. Indicar etiologia microbiológica, faixa etária, factores de risco e modo de
transmissão
3. Descrever apresentação clínica, diagnóstico diferencial, tratamento, indicações
para referência
4. Descrever possíveis sequelas

Broncoespasmo 1. Definir broncoespasmo reactivo (pieira), asma, estado asmático, crise de asma 1.5
Reactivo e aguda, broncoespasmo leve, moderado, grave, atopia, adejo nasal
Asma 2. Descrever a fisiopatologia do broncoespasmo e da asma
3. Descrever as causas e os factores desencadeantes mais comuns de

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 498


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
broncoespasmo e da crise de asma aguda em crianças da segunda faixa etária
4. Descrever factores de risco, apresentação clínica e complicações, diagnóstico
diferencial
5. Descrever as indicações para requisitar testes de Laboratório e raio-X ao tórax e
saber interpretar os exames auxiliares
6. Descrever o tratamento agudo de crise asmática leve, moderada e grave e as
indicações para referência
7. Descrever o tratamento de manutenção após uma crise aguda leve, moderada e
grave
8. Descrever o prognóstico a longo prazo para o broncoespasmo e a asma infantil
segundo a idade de início da sintomatologia, da frequência dos ataques e das
causas
9. Desenvolver um plano de cuidados crónicos de uma criança com asma
persistente incluindo um plano de acompanhamento
10. Descrever as medidas ambientais que os pais/cuidador devem ter para evitar a
exposição a factores desencadeantes

Derrame Pleural e 1. Definir empiema e derrame pleural 0.5


Empiema 2. Descrever a fisiopatologia do derrame pleural e empiema
3. Indicar as principais etiologias microbiológicas e as condições clínicas
associadas
4. Descrever a apresentação clínica, o quadro radiológico característico, o
diagnóstico diferencial, tratamento e as indicações para referência e
internamento

Epidemiologia 1. Definir os termos: infecção por Myc Tuberculosis, tuberculose activa, 1


Tuberculose tuberculose latente, complexo de Ghon, BK, tuberculose pulmonar, tuberculose
(pulmonar, extra extra pulmonar
pulmonar e latente) 2. Descrever a epidemiologia da tuberculose pediátrica em Moçambique.
3. Descrever a circunstância mais frequente de infecção na população pediátrica e
as formas de transmissão da mãe para o bebé

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 499


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
4. Descrever a importância de fazer o despiste da tuberculose em crianças e o
acompanhamento dos contactos de casos com TB
5. Descrever a relação entre a infecção pelo HIV e a TB e descrever a importância do
rastreio do HIV como parte da gestão da TB e vice-versa

Prevenção 1. Descrever como prevenir a transmissão da tuberculose (em casa, na Unidade Sanitária) 1
2. Descrever como prevenir a infecção do Myc TB:
a. Indicações para a profilaxia com INH dependendo da idade, e co-infecção
pelo HIV; dosagem e duração da profilaxia
b. Vacina BCG: benefícios, indicações e contra-indicações
3. Descrever o serviço onde a criança em contacto com um caso de TB deve ser seguida

Fisiopatologia 1. Descrever a história natural da tuberculose infantil segundo a idade e o estado 1


imunológico; explicar as diferenças da tuberculose no paciente adulto
2. Descrever as apresentações clínicas mais comuns da tuberculose em crianças segundo a
idade e estado imunológico
3. Descrever as formas de TB com maior mortalidade em crianças

Diagnóstico 1. Descrever os componentes de uma história clínica orientada para o diagnóstico 1


de tuberculose
2. Descrever os sinais e sintomas característicos de tuberculose em crianças
3. Descrever os testes indicados para o diagnóstico de suspeita de tuberculose,
segundo a localização suspeita, explicar a utilização correcta de cada teste e a
interpretação do resultado:
a. Teste de Mantoux (ou teste com Tuberculina)
b. Baciloscopia, exame citoquímico e cultura (do escarro, liquor, aspirado
gástrico, líquido pleurico, ascítico ou outras amostras)
c. Aspirado com sonda nasogástrica
d. Exames radiológicos: Raio-X do tórax, da coluna, TAC cerebral, abdominal,
ecografia abdominal
e. Ago aspirado ganglionar (ou outra biopsia de tecido)
f. Punção lombar

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 500


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
g. Toracentesi
h. Paracentese
4. Descrever a interpretação do teste de Mantoux em relação a idade, estado imunológico e
outros factores que podem determinar um resultado falso positivo ou falso negativo

Tratamento 1. Explicar o conceito de ‘tratamento presuntivo’ em caso de falta de confirmação do 1


diagnóstico
2. Indicar os medicamentos usados no tratamento da tuberculose nas crianças, incluindo os
que estão disponíveis em forma líquida ou xarope e os possíveis efeitos colaterais
3. Descrever o tratamento de tb em crianças de Moçambique: medicamentos na fase
intensiva e de manutenção, duração a seguida do tipo de tb, acompanhamento
4. Explicar as razões por que é necessário tratar a tuberculose com medicamentos
múltiplos simultâneos e explicar a importância de adesão ao tratamento
5. Descrever a gestão de tb em crianças co-infectadas com HIV, sem e em TARV
6. Descrever as indicações para referir a criança

Monitoria e 1. Identificar a importância da monitorização e avaliação no âmbito do programa de 0.5


Avaliação controlo da tuberculose
2. Conhecer as fichas/registos utilizados para o acompanhamento de crianças com TB ou
em profilaxia com INH
3. Identificar os indicadores pediátricos mais usados para monitorização/avaliação do
programa de TB

Anatomia e 1. Descrever as principais estruturas anatómicas do sistema cardiovascular e as suas 0.5


Fisiologia funções
2. Identificar a localização das estruturas internas com base nas referências externas
Sistema
Cardiovascular
Avaliação Clínica 1. Definir: tons cardíacos, frequência cardíaca, pulso, ritmo cardíaco, taquicardia, 1
bradicardia, arritmia, tensão arterial, hipotensão e hipertensão, sopros, cianose,
cianose central e periférica, cardiomegalia, hepatomegalia, hipocratismo digital

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 501


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
2. Enumerar os componentes de uma história clínica orientada para a avaliação de
sinais/sintomas cardiovasculares
3. Definir como fazer o exame físico do aparelho cardiovascular
4. Descrever como utilizar o estetoscópio e a posição ideal para a auscultação
cardíaca segundo a idade da criança e como palpar os pulsos
5. Listar os exames auxiliares que podem ajudar a determinar o diagnóstico e o que
cada exame vai investigar: raio-X ao tórax, , testes de Laboratório
6. Descrever os valores normais de frequência cardíaca e de tensão arterial por
faixa etária
7. Descrever os tons cardíacos normais e anormais
8. Descrever osopro e a sua importância clínica

Laboratório 1. Demonstrar habilidade para fazer um exame do sistema cardiovascular completo, 3


Humanístico incluindo auscultação cardíaca e palpação dos pulsos
2. Identificar e descrever os tons normais e anormais numa gravação de sons cardíacos
pediátricos e relacioná-los com as possíveis condições patológicas subjacentes

Doenças Cardíacas 1. Definir febre reumática e descrever a sua importância clínica 2


Adquiridas: Doença 2. Indicar a etiologia e a fisiopatologia da sua evolução
Cardíaca Reumática 3. Descrever as informações anamnésticas e clínicas importantes para o diagnóstico
e Febre Reumática 4. Descrever os critérios de Jones para o diagnóstico de febre reumática
5. Descrever a apresentação clínica, resultados laboratoriais, os critérios de
diagnóstico, diagnóstico diferencial, gestão, indicação para referência e sequela
6. Definir doença cardíaca reumática aguda e descrever a sua importância clínica
7. Descrever a fisiopatologia da doença cardíaca reumática.
8. Descrever a sua apresentação clínica, resultados radiológicos, diagnóstico
diferencial, gestão da condição aguda e acompanhamento, indicações para
referência
9. Definir doença reumática cardíaca crónica e descrever a sua importância clínica
10. Desenvolvimento de um plano de tratamento de cuidados crónicos para uma
criança com doença reumática crónica incluindo um plano de acompanhamento

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 502


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas

Pericardite, 1. Definir pericardite, miocardite e fibrose miocárdica 1


Miocardite e Fibrose 2. Indicar as principais causas
Miocárdica 3. Descrever a apresentação clínica, resultados radiológicos, diagnóstico
diferencial, gestão inicial, indicações de internamento urgente e prognóstico

Anatomia e 1. Descrever as principais estruturas anatómicas do aparelho gastrointestinal e suas 1


Fisiologia funções
2. Identificar a localização das estruturas internas com base nas marcas externas
3. Explicar em que parte do aparelho gastrointestinal são absorvidos os diferentes
nutrientes e micronutrientes; e que anomalias em diferentes partes do trato
gastrointestinal podem causar anomalias da absorção e influenciar o estado
nutricional

Avaliação Clínica 1. Enumerar os componentes de uma história clínica orientada para a avaliação de 1
sinais/sintomas gastrointestinais
2. Definir como fazer o exame físico do aparelho gastrointestinal, palpação,
Aparelho percussão e auscultação do abdómen
Gastrointestinal 3. Descrever os exames auxiliares que podem ajudar a determinar o diagnóstico:
raio-X do abdómen, ecografia abdominal, testes de laboratório

Gastroenterite 1. Definir e comparar em termos de relevância clínica os seguintes termos: diarreia, 5


disenteria, diarreia aguda, diarreia persistente, crónicas, melena, obstipação,
gastroenterite, enteropatia, má absorção, desidratação leve, moderada, grave, esofagite,
gastrite.
2. Descrever os diferentes mecanismos da diarreia (secretiva, osmótica, aumento e redução
da motilidade, inflamação da mucosa), as consequencias relacionadas com cada tipo de
mecanismo e dar exemplos
3. Indicar as causas e os factores de risco da gastroenterite aguda e crónica por faixa etária
incluindo outras patologias não primariamente intestinais que podem apresentar diarreia

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 503


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
(malária, infecções respiratórias)
4. Descrever a epidemiologia da diarreia infantil em Moçambique, indicando o grupo
etário de maior risco e as causas mais comuns.
5. Descrever a importância e principais meios de prevenção da gastroenterite
6. Descrever o ciclo infeccioso gastroenterite  enteropatia  má absorção 
desnutrição  aumento do risco de infecção  gastroenterite infecciosa
7. Descrever a apresentação clínica, diagnóstico diferencial, evolução clínica e gestão da
diarreia
8. Descrever as etiologias infecciosa mais comum e por cada faixa etária, descrever as
manifestações clínicas, os meios diagnósticos e o tratamento:
a. Diarreias virais: rotavírus,
b. Diarreias bacterianas: E. Coli, Enterobacterias, vibrio colera
c. Diarreias protozoárias.
9. Descrever os exames auxiliares para o diagnóstico incluindo o exame directo das fezes e
a cultura e relacionar os achados com a possível etiologia
10. Descrever a gestão da diarreia aguda (reidratacao e terapia farmacológica)
11. Definir o termo desidratação leve, moderada e grave e descrever a importância clínica e
a evolução nas diferentes faixas etárias
12. Descrever como avaliar o grau de desidratação em crianças e classificar o grau de
desidratação com base no exame físico
13. Descrever os termos reidratação oral, endovenosa e alimentação contínua
14. Descrever a composição da solução de reidratação oral e sua função em crianças com
diarreia e vómitos
15. Explicar como administrar SRO a crianças com diarreia com base no seu grau de
desidratação. Explicar como gerir a administração de SRO a uma criança com vómitos
16. Indicar os fluidos adequados e inadequados para crianças com diarreia que os pais
podem administrar em casa e a quantidade segundo o peso da criança
17. Explicar o risco das SRO preparadas em casa (aumentar a diarreia por efeitos osmótico
do açúcar, preparar uma desidratação ipernatrémica)
18. Explicar a importância de continuar a oferecer alimentos e/ou leite materno a uma
criança com diarreia
19. Descrever as indicações para uma reidratacao intravenosa:
a. Descrever a composição das soluções intravenosas disponíveis
b. Descrever a dose de fluidos a ser administrada segundo o grau de desidratação e do

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 504


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
peso
c. Descrever a importância e processo de utilização de uma tabela de fluidos para
controlar a gestão da reidratação: controlo de entradas e saídas e balanço, controle
do peso
20. Descrever os benefícios do zinco na estabilização das diarreias, as indicações, dose e
duração
21. Descrever os tratamentos farmacológicos da diarreia segundo a etiologia e apresentação
clínica
22. Descrever como os antieméticos e antiperistálticos não são recomendados para crianças
com vómitos e diarreia e descrever as indicações para o uso
23. Descrever a gestão de condições de diarreia específicas:
a. Disenteria
b. Cólera
24. Descrever as causas mais comuns de diarreia persistente e crónica, a importância
clínica, as potenciais sequelas e o tratamento

Laboratório 1. Simular o aconselhamento dos pais/cuidador sobre: 3


Humanístico a. Preparação adequada da SRO pré-constituída
b. A modalidade de administrar fluidos adequados e comida/leite materno e a
quantidade diária mínima
c. A importância da alimentação continuada/amamentação.
d. Fluidos adequados e inadequados para crianças com diarreia
e. Quando voltar para reavaliação
2. Demonstrar habilidade para desenvolver um plano de gestão de desidratação leve,
moderada e grave e preencher uma tabela de fluidos com os planos desenvolvidos

Febre Entérica ou 1. Descrever a importância clínica da febre tifóide 1


Tifóide 2. Indicar a etiologia microbiológica, modo de transmissão, factores de risco e
fisiopatologia
3. Descrever o grupo etário de maior risco, a apresentação clínica, os resultados
laboratoriais, diagnóstico diferencial, a gestão, as indicações para referência hospitalar,
para cirurgia e prevenção

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 505


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Diarreia Crónica 1. Descrever a fisiopatologia da diarreia crónica associada ao HIV e secção 0.5
Associada a HIV anatómica afectada
2. Descrever a importância clínica da diarreia associada ao HIV incluindo a sua
contribuição para a má absorção e desnutrição
3. Descrever o diagnóstico diferencial e o tratamento

Diarreia Associada a 1. Descrever os antibióticos que determinam mais frequentemente diarreia em 0.5
Antibióticos crianças
2. Descrever a fisiopatologia e secção anatómica afectada
3. Descrever a apresentação clínica, diagnóstico diferencial, evolução clínica e
gestão

Intolerância à 1. Descrever o termo intolerância e os graus 0.5


Lactose 2. Descrever a fisiopatologia e a secção anatómica afectada
3. Descrever os factores de risco, a apresentação clínica, o diagnóstico diferencial,
evolução clínica e a gestão da intolerância à lactose

Infecções 1. Definir os termos: parasitas, protozoários, helmintos, hospedeiro definitivo, 4


Provocadas por intermédio
Parasitas e 2. Descrever a importância clínica dos protozoários e helmintos intestinais,
Helmintíases incluindo os seus efeitos nos outros aparelhos para além do gastrointestinal
Intestinais 3. Descrever como são transmitidos e o papel do acesso a melhores condições
sanitárias na prevenção destas infecções e intervenções de prevenção
4. Descrever por cada helminto listado em baixo a epidemiologia, importância
clínica, faixa etária mais afectada, modo de transmissão (incluindo hospedeiro
intermédio e definitivo), partes anatómicas afectadas, fisiopatologia da
sintomatologia, manifestações clínicas, complicações, diagnóstico (aparência a
olho nu, fezes, outros testes), tratamento, controlo e prevenção da re-infecção:
a. Infecção por Trichuris Trichiura
b. Infecção por Ancilóstomo duodenal
c. Infecção por lombrigas ou Ascaris lumbricóides

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 506


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
d. Infecção por Enterobius vermicularis
e. Infecção por Strongyloides stercoralis
f. Infecção por cestodes: Ténia
g. Infecção por trematodes: Schistosomiase intestinal e oriental
5. Descrever por cada protozoário listado em baixo a epidemiologia, importância
clínica, faixa etária mais afectada, modo de transmissão, partes anatómicas
afectadas, fisiopatologia da sintomatologia, manifestações clínicas,
complicações, diagnóstico (fezes, outros testes), tratamento, controle e
prevenção da re-infecção:
a. Amebíase: intestinal invasiva e não invasiva, extra-intestinal
b. Giardiase
6. Descrever a relevância clínica das Coccidioses em crianças com HIV
(Cryptosporidium, Cyclospora, Isospora)

Invaginação 1. Definir os termos invaginação, intussuscepção, hérnia e debater a sua 0.5


Intestinal importância clínica
2. Descrever a secção anatómica do aparelho gastrointestinal mais frequentemente
afectada
3. Descrever o grupo etário de maior risco, apresentação clínica, resultados da
análise laboratorial das fezes, ecografia abdominal, diagnóstico diferencial,
tratamento e indicações para referência
Estenose Pilórica 1. Definir estenose pilórica e seus graus, debater a sua importância clínica 0.5
2. Descrever o grupo etário de maior risco, apresentação clínica, diagnóstico
diferencial, gestão (com base na gravidade dos sintomas), indicação para
referência

Apendicite 1. Definir apendicite 0.5


2. Descrever o grupo etário de maior risco, apresentação clínica, as complicações, o
diagnóstico diferencial por faixas etárias, o tratamento (estabilização) e as
indicações para referência cirúrgica

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 507


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Hérnia Umbilical 1. Definir hérnia umbilical 0.5
2. Descrever a apresentação clínica, evolução clínica mais frequente, possíveis
sequelas, indicação para referência cirúrgica

Hepatite 1. Definir hepatite, hepatite aguda e crónica 1


2. Descrever as principais causas infecciosas da hepatite em crianças (HBV, HAV,
HCV, HIV) e factores de risco e modo de transmissão
3. Descrever as apresentações clínicas, os exames auxiliares de laboratório, o
diagnóstico diferencial, a gestão, a evolução clínica, prognóstico
4. Descrever as medidas de prevenção para a hepatite A, B e C.
5. Descrever as indicações de referências

Fissuras Anais, 1. Definir os termos fissuras anais, hemorróidas e graus, prolapso rectal, tenesmo 0.5
Hemorróidas, 2. Descrever a relevância clínica de cada condição em crianças
Prolapso Rectal, 3. Descrever a apresentação clínica, tratamento e prevenção
Tenesmo
Obstipação e 1. Definir obstipação e encoprese 0.5
Encoprese 2. Descrever as faixas etárias de maior risco, os factores de risco, as causas, a
apresentação clínica, o diagnóstico diferencial e o tratamento não farmacológico
3. Saber aconselhar os pais/cuidador sobre as medidas de prevenção e as práticas
perigosas realizadas em casa para resolver a obstipação

Anatomia e 1. Descrever as principais estruturas anatómicas do aparelho geniturinário, suas 1


Aparelho Fisiologia funções, diferenciar as vias urinárias superiores e vias urinárias inferiores
Geniturinário 2. Descrever a importância da anatomia na determinação do risco de contrair
infecções das vias urinárias superiores e inferiores em raparigas e rapazes

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 508


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Avaliação Clínica 1. Enumerar os componentes de uma história clínica orientada para avaliação de 1
sinais/sintomas do aparelho urinário e genital
2. Definir como fazer o exame físico do aparelho urinário e genital
3. Descrever os exames auxiliares que podem ajudar a determinar o diagnóstico: exame da
urina (bioquímica, microscópica, cultura), raio-X do abdómen, ecografia abdominal,
pélvica, testes de laboratório

Glomerulonefrite 1. Definir Glomerulonefrite Aguda e debater a sua importância clínica 0.5


Aguda 2. Descrever a fisiopatologia da glomerulonefrite aguda
3. Descrever as causas mais comuns, os factores de risco, o grupo etário de maior
risco, a apresentação clínica (incluindo a aparência da urina a olho nu),
resultados laboratoriais, diagnóstico diferencial, tratamento, evolução clínica,
prognóstico e indicação para referência

Schistosomíase 1. Descrever a causa, modo de transmissão (incluindo hospedeiro intermédio), os 0.5


Urinária factores de risco
2. Descrever as partes do aparelho urinário afectadas
3. Descrever a apresentação clínica, resultados laboratoriais, diagnóstico
diferencial, potenciais complicações, tratamento e prevenção

Síndrome Nefrítica 1. Definir síndrome nefrítica e debater a sua importância clínica 0.5
2. Indicar que a principal causa em crianças, o grupo etário de maior risco
3. Descrever a apresentação clínica, aparência da urina a olho nu, resultados
laboratoriais, diagnóstico diferencial, tratamento, evolução clínica, prognóstico e
indicação para referência

Infecções do 1. Descrever a importância clínica das infecções das vias urinárias superiores 1
Aparelho Urinário comparativamente às infecções das vias urinárias inferiores.
2. Descrever os factores anatómicos e fisiológicos de risco segundo a idade e o
sexo
3. Indicar etiologias microbiológicas comuns por faixa etária e modo de

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 509


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
transmissão
4. Descrever a apresentação clínica, potenciais sequelas, o diagnóstico diferencial,
o tratamento e o acompanhamento em caso de infecções repetitivas
5. Descrever como avaliar a urina a olho nu, interpretar os resultados da análise
bioquímica da urina e do exame ao microscópio, do dipstick, interpretar os
resultados da cultura
6. Descrever como obter uma amostra de urina estéril dependendo da idade e a
cooperação da criança

Laboratório 1. Demonstrar habilidade para explicar aos pais/cuidador como recolher uma 3
Humanístico amostra de urina “estéril” e demonstrar num manequim
2. Demonstrar habilidade para preparar uma amostra de urina para ser examinada
ao microscópio e para avaliar/ler a amostra
3. Demonstrar como realizar e interpretar um teste de dipstick de urina

Enurese 1. Definir enurese incluindo primária, secundária, nocturna e diurna 0.5


2. Descrever as possíveis condições subjacentes, apresentação clínica, evolução,
diagnóstico diferencial e gestão

Insuficiência Renal 1. Definir insuficiência renal, aguda e crónica 0.5


2. Indicar as causas comuns por faixa etária da insuficiência renal aguda
3. Indicar causas comuns da insuficiência renal crónica
4. Descrever apresentação clínica, resultados laboratoriais, diagnóstico diferencial e
gestão incluindo necessidade de referência

Fimose, Parafimose 1. Descrever os termos fimose, parafimose, balanite, balanopostite, 0.5


e Balanite 2. Descrever a fisiologia da retractabilidade do prepúcio, as modalidades correcta e
errada, as complicações que podem surgir de uma retracção forçada do prepúcio
3. Descrever as modalidade de higiene do prepúcio em rapazes circuncidados e não
circuncidados tanto numa idade anterior como posterior à retractabilidade do
prepúcio

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 510


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
4. Descrever factores de risco, etiologia microbiológica, apresentação clínica,
diagnóstico diferencial, tratamento e indicações para referência

Patologias dos 1. Definir os termos hidrocelo, hérnia inguinal, torção do testículo, torção da 1
Testículos e do hidátide do Morgagni, varicocelo
Escroto: Hidrocelo, 2. Descrever por cada condição acima mencionada a apresentação clínica, o
Hérnia Inguinal, diagnóstico diferencial, as potenciais complicações, o tratamento, indicações
Varicocelo para referência
Vulvite e 1. Definir vulvite e vulvovaginite e comparar a sua importância clínica em idade 0.5
Vulvovaginite pré puberal e na puberdade
2. Descrever os factores de risco, etiologia microbiológica, apresentação clínica,
diagnóstico diferencial e tratamento na base da faixa etária e etiologia
3. Descrever os sinais e sintomas que se apresentam ou levam a suspeita de abuso
sexual

Corpo Estranho 1. Debater a apresentação clínica, diagnóstico diferencial, gestão, potencial sequela 0.5
Vaginal e indicações para referência

Carúncula Uretral e 1. Definir carúncula e indicar a localização anatómica 0.5


Vaginal nas 2. Descrever as idades de maior risco
Raparigas 3. Descrever a sua apresentação clínica, diagnóstico diferencial, evolução clínica e
gestão segundo a idade
4. Descrever a importância de distinguir entre carúncula e causas de saliências
uretrais/vaginais provocados por abuso sexual

Sangramento e 1. Definir menorragia, metrorragia, menometrorragia 0.5


Massas Vaginais 2. Descrever as causas das condições acima mencionadas
3. Descrever os elementos da história, a apresentação clínica, o exame físico para o
diagnóstico diferencial
4. Descrever as indicações para referência
Sistema Músculo- Anatomia e 1. Descrever o desenvolvimento do aparelho esquelético, a fisiologia do cálcio, 1

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 511


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
esquelético Fisiologia fósforo e vitamina D na regulação do crescimento ósseo
2. Identificar a localização dos ossos e articulações que geralmente se apresentam
com patologia em crianças com base em referências externas

Avaliação Clínica 1. Enumerar os componentes de uma história clínica orientada para avaliação de 0.5
sinais/sintomas do aparelho musculoesquelético
2. Definir como fazer o exame físico do aparelho musculoesquelético
3. Descrever os exames auxiliares que podem ajudar a determinar o diagnóstico de
patologias do aparelho musculoesquelético

Artrite, Artralgias, e 1. Definir artrite, artrite séptica, artrite asséptica, artrite reactiva, artrite reumática, 1.5
Reumática artralgia
2. Descrever os 4 sinais/sintomas para uma avaliação completa de uma articulação:
dor, calor, mobilidade, cor da pele
3. Indicar etiologias microbiológicas comuns e modo de transmissão da artrite
séptica e descrever a fisiopatologia
4. Indicar as articulações geralmente afectadas
5. Descrever apresentação clínica, complicações, diagnóstico diferencial, resultados
radiológicos, laboratoriais, tratamento, indicações de referência (para aspiração
das articulações, internamento hospitalar)
6. Definir doença reumática e descrever a fisiopatologia
7. Descrever apresentação clínica, complicações, diagnóstico diferencial,
tratamento
Sinovite 1. Definir sinovite monoarticular transitória e as articulações mais frequentemente 0.5
Monoarticular afectadas
Transitória, 2. Descrever a fisiopatologia e as causas
3. Descrever a apresentação clínica, o exame físico, o diagnóstico diferencial e o
tratamento e o prognóstico

Doença de Perthes 1. Definir a doença de Perthes e descrever a articulação afectada, descrever a 0.5

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 512


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
fisiopatologia
2. Descrever os factores de risco, apresentação clínica, diagnóstico diferencial,
gestão inicial, necessidade de referência, potenciais complicações a longo prazo
Artrite Reumatóide 1. Definir Artrite reumatóide juvenil e descrever a apresentação clínica, os exames 0.5
auxiliares para o diagnóstico, o diagnóstico diferencial, as complicações, a
gestão

Tuberculose Óssea e 1. Descrever os ossos e as articulações geralmente afectadas na tuberculose óssea 0.5
Articular 2. Descrever apresentação clínica, complicações, resultados radiológicos, análises
laboratoriais, tratamento e referência

Osteomielite 1. Definir osteomielite e debater a sua importância clínica. 0.5


2. Indicar as etiologias microbiológicas comuns, os factores de risco e modo de
transmissão
3. Indicar os ossos que são mais frequentemente afectados
4. Descrever apresentação clínica, complicações, diagnóstico diferencial,
tratamento, indicações para referência

Piomiosite 1. Definir mialgia, miosite e piomiosite e debater a sua importância clínica 0.5
2. Indicar as etiologias microbiológicas comuns e modo de transmissão.
3. Indicar os músculos que são mais frequentemente afectados
4. Descrever a apresentação clínica, resultados laboratoriais, diagnóstico
diferencial, tratamento, indicações para referência

Síndrome Mão-Pé 1. Definir Síndrome mão-pe 0.5


2. Descrever os factores de risco, sintomas clínicos, diagnóstico diferencial,
resultados laboratoriais e gestão

Fracturas 1. Indicar os tipos de fracturas comuns em crianças, as causas e os critérios de 0.5


referência

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 513


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Escoliose 1. Definir escoliose, as curvaturas normais da coluna 0.5
2. Descrever a idade de maior risco e as possíveis causas
3. Descrever a manifestação clínica, exames diagnósticos e diagnóstico diferencial e
gestão

Genu Varo 1. Definir genu varo, genu valgo, genu varo patológico, acondroplasia 0.5
Fisiológico e 2. Descrever a apresentação clínica das 3 condições
Patológico (doença 3. Descrever a apresentação radiológica do genu varo patológico e não patológico e
de Blount) e Valgo, os resultados laboratoriais
Acondroplasia 4. Descrever a indicação para referência

Pé Chato 1. Definir pé chato 0.5


2. Descrever como determinar os casos patológicos no exame físico.
3. Descrever a gestão das duas condições

Torcicolo 1. Definir torcicolo infantil 0.5


2. Indicar causas comuns do torcicolo por faixa etária (lactantes e crianças
maiores).
3. Descrever a manifestação clínica, sintomas clínicos, diagnóstico diferencial,
tratamento
Acondroplasia, 1. Definir acondroplasia, osteogenesi imperfecta 0.5
Osteogenesi 2. Descrever apresentação clínica e diagnóstico diferencial
Imperfecta,
Anatomia e 1. Descrever as estruturas anatómicas que constituem o sistema nervoso central e 1
Fisiologia periférico; a fisiologia do líquido cefalorraquidiano
Aparelho 2. Descrever os nervos cranianos, suas funções e anatomia topográfica
Neurológico 3. Descrever a anatomia topográfica dos nervos periféricos (dermatomeros
correspondentes)

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 514


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Avaliação Clínica 1. Enumerar os componentes de uma história clínica orientada para avaliação de 1
sinais/sintomas do aparelho neurológico
2. Definir como fazer o exame físico do aparelho neurológico
3. Demonstrar uso de escala de Adelaide
4. Descrever os exames auxiliares que podem ajudar a determinar o diagnóstico de
patologias do aparelho neurológico
5. Definir os termos: força, tom, reflexo, reflexo primário, sensibilidade,
motricidade (voluntária e involuntária), coordenação

Alteração da 1. Definir: situação mental alterada, coma, inconsciência, letargia, convulsão, 1


Consciência epilepsia, estado epiléptico e descrever a sua importância clínica
2. Descrever a fisiopatologia das convulsões e as consequências a nível cerebral
3. Indicar as causas importantes (neurológicas e não-neurológicas) da situação
mental alterada e das convulsões agudas
4. Enumerar os componentes de uma história clínica orientada para avaliação de
uma criança que se apresenta com convulsões ou com um historial de convulsões
5. Descrever a gestão inicial (estabilização) da situação mental alterada e das
convulsões agudas e do estado epiléptico
6. Descrever os exames auxiliares que podem ajudar a determinar o diagnóstico e o
diagnóstico diferencial
7. Descrever o tratamento e o plano de acompanhamento de criança com
convulsões dependendo da etiologia e as indicações para referência

Convulsões Febris 1. Definir: convulsões febris 0.5


2. Descrever os elementos da história e a apresentação clínica típicos de convulsões
febris, o diagnóstico diferencial, a gestão inicial, o prognóstico a longo prazo
3. Descrever como explicar o diagnóstico e as medidas de prevenção aos
pais/cuidador

Malária Cerebral 1. Definir malária cerebral 0.5


2. Descrever a apresentação clínica, as possíveis sequelas, os testes de laboratório

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 515


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
auxiliares, o diagnóstico diferencial
3. Descrever o tratamento imediato, de suporte e monitorização

Epilepsia 1. Discutir as causas e os factores de risco de epilepsia 0.5


2. Descrever o tipo de epilepsia em criança dependendo da idade e como se
apresentam
3. Descrever as apresentações clínicas, complicações, tratamento agudo e crónico e
plano de acompanhamento
4. Discutir o impacto social e psicológico da epilepsia e a necessidade de apoio
social e educação comunitária

Meningite 1. Definir a meningite, meningoencefalite, meningococcémia e descrever a 2


fisiopatologia
2. Explicar que o diagnóstico de meningite é uma emergência
3. Descrever as causas mais comum por faixa etária
4. Descrever a apresentação clínica (e descrever os sinais neurológicos), as
complicações, os exames laboratoriais auxiliares, o diagnóstico diferencial, o
tratamento (em particular da meningite por Meningococo, Hemofilus Ib, TB,
Toxoplasma, Criptococco)
5. Desenvolver um plano de gestão de fluidos por 24 horas
6. Descrever as indicações e contra-indicações para a punção lombar
7. Descrever como interpretar o resultado da análise microscópica, bioquímica e da
cultura do LCR com base na possível etiologia
8. Descrever as medidas de prevenção para as crianças e para os contactos
dependendo da etiologia
9. Descrever o plano de acompanhamento após a alta

Encefalite 1. Definir encefalite e fisiopatologia; descrever a sua importância clínica 1


2. Descrever a diferença entre meningite e encefalite e meningoencefalite
3. Indicar as etiologias microbiológicas comuns, descrever a apresentação clínica, o
diagnóstico diferencial, o tratamento

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 516


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Poliomielite e 1. Definir paralisia flácida e espástica, e atrofia muscular 1
Paralisia 2. Definir poliomielite, etiologia e modo de transmissão e indicar que é a causa
principal de paralisia infantil em Moçambique
3. Descrever a fisiopatologia da poliomielite
4. Descrever a apresentação clínica, diagnóstico diferencial, resultado do LCR,
tratamento, indicação para referência, prognóstico
5. Descrever a gestão e plano de acompanhamento de um membro paralisado
6. Descrever a importância da notificação dos casos de poliomielite
7. Descrever medidas de prevenção; descrever o papel das pessoas assintomáticas e
ligeiramente sintomáticas na difusão da poliomielite

Paralisia Provocada 1. Descrever os elementos da história e a apresentação de paralisia provocada por 0.5
por Injecções injecções
2. Descrever o risco de lesão do nervo ciático e parálise associada com as práticas
inadequadas de dar injecções
3. Descrever a gestão e evolução clínica da lesão do nervo ciático.

Síndroma de 1. Definir Síndroma de Guillain Barrè 0.5


Guillain Barrè 2. Descrever as causas e factores de risco, a faixa etária mais afectada
3. Descrever os elementos da história clínica que podem contribuir para o
diagnóstico e o diagnóstico diferencial
4. Descrever a apresentação clínica, diagnóstico diferencial, resultado do LCR,
tratamento, indicação para referência, possíveis complicações e prognóstico

Tétano 1. Definir o tétano e debater a sua importância clínica. 1


2. Indicar a etiologia microbiológica, factores de risco, modo de transmissão,
fisiopatologia
3. Descrever a apresentação clínica, diagnóstico diferencial, tratamento,
prognóstico
4. Descrever medidas de prevenção: em crianças, em mulheres grávidas, na gestão
de feridas e traumas

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 517


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Raiva 1. Definir a raiva e debater a sua importância clínica 1
2. Indicar a etiologia microbiológica, factores de risco, modo de transmissão, os
animais hospedeiros, a fisiopatologia
3. Descrever a apresentação clínica, diagnóstico diferencial, tratamento e
prognóstico
4. Descrever a gestão de mordeduras de animais em relação à prevenção da raiva

Crianças com 1. Definir o termo deficiência e descrever a sua importância clínica 2


Deficiências 2. Indicar os tipos mais comuns de deficiências incluindo deficiência visual,
deficiência auditiva, incapacidade física devida a paralisia cerebral ou parálise,
atraso mental, atraso ou deficiência na fala
3. Definir o atraso do desenvolvimento e atraso mental
4. Indicar as causas importantes do atraso no desenvolvimento e atraso mental.
Comparar os sintomas clínicos, gestão e prevenção das seguintes condições:
a. Deficiência de iodo (maternal e infantil)
b. Deficiência de ferro como causa de ligeiras deficiências no QI e fraca
performance académica)
c. Doenças congénitas: Síndrome de Down
d. Asfixia perinatal
e. Infecções: meningite, malária cerebral, encefalopatia por HIV
f. Privação ambiental/negligência e abuso
5. Descrever o papel da identificação precoce e intervenção e reabilitação precoce
na redução do grau e efeito das deficiências
6. Descrever as atitudes e as barreiras da sociedade perante essas situações, como
podem ser ultrapassadas e como as crianças com deficiências podem contribuir
para a sociedade
7. Descrever como explicar aos pais/cuidador o diagnóstico e o prognóstico
8. Desenvolver um plano de gestão de cuidados crónicos para uma criança com
deficiência

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 518


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Anatomia e 1. Descrever a anatomia da pele e os estratos e anexos que podem ser afectados 0.5
Fisiologia
Avaliação Clínica 1. Enumerar os componentes de uma história clínica orientada para avaliação de 1
patologias da pele ou de patologias de outro aparelho com manifestações
dermatológicas
2. Definir como fazer o exame físico da pele
3. Descrever os exames auxiliares que podem ajudar a determinar o diagnóstico de
patologias da pele

Problemas 1. Definir os seguintes termos e descrever os estratos da pele afectados nas seguintes 1
Apresentados situações patológicas: dermatite, dermatose, eritema, escoriação, ulcera, pápula, nódulo,
macula, bola, vesícula, pústula, edema, petéquia, hiperceratose, hipopigmentação,
hiperpigmentação

Infecções 1. Definir impetigo, celulite, foliculite, abcessos 1


Doenças da Pele Dermatológicas 2. Indicar as causas bacterianas mais frequentes, os factores de riscos em crianças
Bacterianas e segundo a idade, modo de transmissão
Síndrome de Pele 3. Descrever as manifestações clínicas, a localização mais frequente dependendo da
Escaldada (ou etiologia, o diagnóstico diferencial e as complicações.
doença de Ritter) 4. Descrever o tratamento dependendo da causa e extensão da lesão (tópico vs. oral
vs. antibióticos intravenosos)
5. Descrever as medidas de prevenção das infecções cutâneas.
6. Definir síndrome de pele escaldada (ou doença de Ritter)
7. Descrever etiologia, idade típica, apresentação clínica, possíveis complicações,
diagnóstico diferencial, tratamento

Eczema/Dermatite 1. Definir atopia, eczema, dermatite atópica, dermatite seborreica 0.5


Atópica/ Dermatite 2. Descrever as causa, os factores de risco e agravantes
seborreica 3. Descrever a apresentação clínica, o diagnóstico diferencial, complicações
4. Descrever o tratamento agudo e crónico (farmacológico e não farmacológico)

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 519


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Dermatite de 1. Definir dermatite de contacto 0.5
Contacto 2. Descrever as causas comuns, sintomas clínicos, diagnóstico diferencial e
tratamento

Picadas de Insectos, 1. Definir míase (infestação de larva de mosca), escabiose, escabiose norueguesa e 1
Infestações: pediculose
Escabiose, Míase, 2. Indicar e comparar as etiologias microbiológicas, factores de risco e modo de
Pediculose transmissão
3. Descrever a manifestação clínica, o diagnóstico diferencial, o tratamento
4. Descrever as medidas de controlo e prevenção da escabiose e pediculose nos
familiares e contactos

Alergias: Urticária 1. Definir urticária, reacção urticarioide e fisiopatologia. 1


2. Descrever as causas comuns que provocam urticária (alimentos, medicamentos,
picadas de insectos, infecções sistémicas, contactos com substancias urticantes,
factores psicogénicos)
3. Descrever a apresentação clínica (os diferentes graus) e os possíveis sintomas
sistémicos associados
4. Descrever como fazer o exame físico em caso de urticária
5. Descrever o tratamento agudo e de manutenção dependendo do grau e causa da
urticária

Síndrome de Stevens 1. Definir Síndrome de Stevens Johnson (SSJ) 1


Johnson 2. Descrever as causas comuns
3. Descrever a apresentação clínica e sintomas associados, diagnóstico diferencial
4. Descrever a gestão, indicação para cuidados hospitalares urgentes e prognóstico

Exantemas Virais 1. Definir exantema, exantema viral, enantema e indicar a sua importância clínica 3
2. Descrever as doenças virais associadas a exantema (varicela, sarampo,
escarlatina, rubéola, VI doença, V doença, herpes simplex (primária vs.
recorrente)

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 520


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
3. Descrever a apresentação do exantema (aparência, distribuição e evolução) da
varicela, sarampo, escarlatina, rubéola, VI e V doença, herpes simplex (primária
vs. recorrente)
4. Descrever os outros sinais/sintomas associados com essas patologias e fazer o
diagnóstico diferencial
5. Descrever o tratamento por cada patologia
6. Descrever as medidas de prevenção

Infecções 1. Definir verrugas (comum, plana, condiloma), molusco contagioso e discutir a 1


Dermatológicas importância clínica
Virais 2. Descrever a etiologia, factores de risco e o modo de transmissão
3. Descrever as manifestações clínicas dermatológicas (lesão da pele e localização)
e sistémicas, o diagnóstico diferencial, o tratamento e as indicações para o
internamento
Micose da Pele 1. Definir tinha do corpo, da cabeça, inguinal, candidíase da “fralda” 0.5
2. Descrever a etiologia, os factores de risco e o modo de transmissão
3. Descrever as lesões típicas e a localização, o diagnóstico diferencial, o
tratamento

Larva Migrans 1. Definir larva migrans cutânea 0.5


Cutânea 2. Indicar a etiologia microbiológica, os factores de riscos e modo de transmissão
3. Descrever as manifestações cutâneas, as localizações mais frequentes,
diagnóstico diferencial, o tratamento e as medidas de prevenção

Lepra 1. Definir lepra e descrever a importância clínica 1


2. Indicar a etiologia microbiológica, factores de risco, modo de transmissão e
fisiopatologia
3. Descrever as manifestações clínicas, incluindo as fases da doença, diagnóstico
diferencial, o tratamento, indicação para referência
4. Descrever medidas de prevenção e educação comunitária acerca da doença e
estigma associado

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 521


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Acne 1. Definir acne e descrever a importância clínica em adolescentes 0.5
2. Descrever a fisiopatologia da acne
3. Descrever as manifestações cutâneas incluindo localização, diagnóstico
diferencial e tratamento

Albinismo 1. Definir albinismo e descrever a importância clínica


2. Descrever a causa do albinismo.
3. Descrever as manifestações clínicas dermatológicas e sistémicas ass6ciad(a)4(l)-2(i)e as

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 522


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
morbilidade, mortalidade, desenvolvimento intelectual a longo prazo e
performance escolar.
3. Descrever as causas mais importantes da anemia infantil em Moçambique
4. Descrever os sinais e sintomas clínicos associados por cada etiologia, os exames
de laboratório auxiliares e o diagnóstico diferencial, o tratamento
5. Descrever as indicações para uma transfusão

Anemias 1. Definir anemias nutricionais e indicar as causas mais comuns 2


Nutricionais 2. Descrever a importância clínica da anemia Ferropénica
3. Descrever a fisiopatologia: fase inicial até à anemia, sinais/sintomas clínicos,
resultados laboratoriais e diagnóstico diferencial
4. Indicar os alimentos ricos em ferro; descrever o papel da Vitamina C na
absorção do ferro
5. Descrever a principal origem do ferro nos primeiros 6 meses de vida. Explicar a
indicação de suplementação de ferro a partir dos 6 meses de vida e as possíveis
complicações associadas ao excesso de ferro
6. Descrever as indicações e contra-indicações da suplementação de ferro;
7. Descrever a gestão da anemia ferropénica: suplemento com sal ferroso,
aconselhamento de dietas ricas em ferro e a ingestão da concomitante vitamina
C, plano de monitorização da Hgb
8. Descrever anemia por deficiência de folato e os alimentos ricos em folato
9. Descrever factores de risco, significado clínico, resultados laboratoriais e gestão
da anemia por deficiência de folato

Anemias 1. Definir anemia hemolítica, hereditária e adquirida e indicar os 3 tipos mais comuns de 3
Hemolíticas anemias hemolíticas hereditárias
2. Descrever o padrão hereditário, o significado clínico do estado do portador, a
fisiopatologia, a importância clínica da anemia falciforme (drepanocítica)
3. Descrever as manifestações clínicas segundo a idade, a evolução dos
sinais/sintomas, o prognóstico da anemia falciforme (drepanocítica)
4. Descrever o teste para o diagnóstico de drepanocitose.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 523


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
5. Descrever os outros resultados laboratoriais e comparar com outras causas de
anemia.
6. Explicar as complicações e sua fisiopatologia, apresentação clínica, diagnóstico,
diagnóstico diferencial e tratamento:
a. Dor abdominal, das extremidades, por crise vaso-oclusiva.
b. Crise de dor por sequestro (incluindo dactilite e sdr mãos-pes)
c. Crise aplástica, necrose avascular óssea
d. Aumento do risco de infecções
e. Nefropatia, cálculos biliares
f. Derrames, ulceras das pernas
7. Explicar a indicação para transfusão de sangue, a contra-indicação para o suplemento de
ferro
8. Descrever orientações para a prevenção das crises da anemia falciforme
(drepanocítica).
9. Explicar como aconselhar os pais relativamente ao risco de drepanocitose em gravidezes
futuras e o papel do planeamento familiar
10. Descrever factores desencadeantes da hemólise aguda
11. Descrever os sintomas clínicos, resultados laboratoriais, diagnóstico diferencial,
evolução clínica e gestão da hemólise aguda
12. Descrever a gestão a longo prazo, incluindo aconselhamento sobre como evitar
os medicamentos e alimentos que provocam hemólise
13. Descrever a fisiopatologia, os factores de risco, sinais/sintomas clínicos,
resultados laboratoriais, diagnóstico diferencial, gestão e prevenção da anemia
causada por malária

Anemia por Perdas 1. Descrever as infecções bacterianas e parasíticas que determinam perda de sangue 2
intestinal
2. Descrever as condições metabólicas que podem determinar anemia: intolerância
ao Glúten (celiaquia), outras intolerâncias alimentares
3. Descrever as condições inflamatórias: doença de Crhon, sdr hemolítico-urémico
4. Descrever factores de risco, sintomas/sinais clínicos, resultados laboratoriais,

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 524


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
testes das fezes para detecção de hemorragias ocultas, diagnóstico diferencial e
gestão e prevenção
5. Descrever as causas relacionadas com hemorragias das vias urinárias: Schistosomiase
urinária, nefrite, sdr hemolítico-urémico insuficiência renal
6. Descrever sinais/sintomas, resultados laboratoriais, diagnóstico diferencial, gestão,
indicação para referência, prognóstico e prevenção.
7. Definir anemia aplástica
8. Indicar as causas principais em crianças incluindo medicamentos como o
cloranfenicol, cotrimoxazol, infecções como parvo vírus da anemia aplástica
9. Descrever os sintomas clínicos, resultados laboratoriais, gestão, necessidade de
referência e prognóstico
10. Explicar que as infecções sistémicas podem causar anemia
11. Descrever as causas mais comuns, HIV, TB, malária, desenvolver um
diagnóstico diferencial
12. Causas traumáticas de perda de sangue

Linfadenopatias 1. Definir linfadenopatia e linfadenite e descrever a sua importância clínica em 2


crianças
2. Definir linfadenopatia reactiva e descrever a fisiopatologia
3. Descrever as causas mais comuns em crianças, os factores de predisposição da
linfadenopatia reactiva
4. Descrever a apresentação clínica, o diagnóstico diferencial, a gestão, as
complicações, a evolução clínica
5. Definir linfoadenite infecciosa
6. Descrever as etiologias microbiológicas comuns e factores de risco da
linfoadenite infecciosa
7. Das seguintes causas de linfadenopatias descrever apresentação clínica,
incluindo possíveis sintomas sistémicos, os meio de diagnóstico auxiliares, o
diagnóstico diferencial, a gestão:
a. Linfadenite por Tb
b. Linfadenite por Vírus da parotidite

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 525


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
c. Linfadenite por Toxoplasma
d. Linfadenite por EBV
e. Linfadenite por Bartonella Henselae (doença de arranhadura de gato)
8. Descrever as indicações para fazer aspirado ganglionar e excisão e drenagem
9. Linfadenite tumoral (ver PT Hematologia e Oncologia)

Anatomia e 1. Definir e descrever as glândulas endócrinas e suas funções 0.5


Fisiologia 2. Definir os termos endócrino e exócrino

Avaliação Clínica 1. Enumerar os componentes de uma história clínica orientada para avaliação de 1
patologias do sistema endócrino dependendo da glândula afectada
2. Descrever s exame físico para a avaliação das patologias relacionada com o
sistema endócrino
3. Descrever os exames auxiliares que podem ajudar a determinar o diagnóstico de
patologias do sistema endócrino

Diabete 1. Definir diabete mellitus, tipo 1, tipo 2, diabete insípido e descrever qual é a mais 3
comum em crianças
Sistema
2. Descrever a fisiopatologia, causas e factores de risco de cada forma
Endócrino
3. Descrever a apresentação clínica inicial e os sinais e sintomas de uma crise
hipoglicémica
4. Descrever os exames laboratoriais auxiliares e descrever os valores normais e
anormais
5. Descrever os diferentes tipos de insulina, duração de acção e dose de ataque e
indicações de referência.

6. Definir a cetoacidose diabética e descrever a fisiopatologia, a importância


clínica, a manifestação clínica, os resultados laboratoriais, o diagnóstico
diferencial, a estabilização e indicações de referência.
7. Descrever as dificuldades de tratamento da diabetes em adolescentes

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 526


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Patologias da 1. Descrever a glândula da tiróide, sua localização, as hormonas tiroideias e sua 1
Tiróide função
2. Definir hipertiroidismo e descrever as causas mais comuns em crianças
3. Descrever como avaliar a tiróide no exame físico
4. Descrever os sinais/sintomas de hipertiroidismo no historial e exame físico
5. Definir bócio tiroideo, as possíveis causas
6. Descrever o bócio por deficiência de iodina, explicar fisiopatologia básica,
sintomas clínicos, complicações e indicações para referência
7. Explicar as medidas de prevenção de deficiência de iodina
8. Definir hipotiroidismo e descrever a sua importância clínica, causas principais,
apresentação clínica , importância clínica e indicações para referência
9. Definir tiroidite

Patologias do 1. Explicar as fases do crescimento, a velocidade de crescimento e os factores 1


Crescimento: genéticos e ambientais relacionados com o crescimento
Hipopituitarismo e 2. Definir baixa estatura: descrever as causas principais da baixa estatura
Hiperpituitarismo 3. Definir Hipopituitarismo
4. Descrever as Possíveis causa de deficiência da hormona do crescimento
5. Definir hiperpituitarismo, gigantismo, acromegalia
6. Descrever as causa mais frequentes, e indicações para referência

Puberdade Precoce e 1. Definir puberdade, menarca, menstruação, telarca, ginecomastia, puberdade 1.5
Retardada precoce e retardada, pseudopuberdade
Pseudopuberdade 2. Descrever as faixas de idade por sexo do início do desenvolvimento sexual, e as
fases de desenvolvimento (Estádios de Tunner) em rapazes e raparigas
3. Definir a ginecomastia nos rapazes, descrever a apresentação clínica, o
diagnóstico diferencial, a evolução clínica, a gestão
4. Definir hermafroditismo e pseudo-hermafroditismo
5. Definir Hipogonadismo primário e secundário
6. Listar critérias de referência

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 527


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Anatomia e 1. Definir os termos anafilaxia, alergia, atopia, alérgeno 0.5
Fisiologia 2. Descrever a fisiopatologia das alergias

Avaliação Clínica 1. Enumerar os componentes de uma história clínica orientada para avaliação de 1
patologias alérgicas
2. Descrever os exames físicos para a avaliação de reacções alérgicas, sinais e
sintomas relacionados, possíveis complicações
Doenças Alérgicas 3. Descrever os exames auxiliares que podem ajudar a determinar o alérgeno

Patologias Alérgicas 1. Descrever os principais alergénios em crianças: alimentos, substâncias químicas, ácaros, 1
pólen, medicamentos
2. Descrever por cada causa as manifestações locais e sistémicas e como fazer o
diagnóstico diferencial
3. Descrever o tratamento agudo e crónico
4. Descrever as medidas de prevenção

Febre 1. Definir febre e os diferente tipos (hipertermia, febre remitente, crónica, 1


persistente, febre de origem desconhecida)
2. Explicar as diferentes técnicas para medir a temperatura (rectal, oral, axilar,
inguinal, auricular) e indicar qual é a mais adequada por idade
3. Descrever a importância clínica e causas comuns de febre infantil em
Moçambique
4. Descrever as informações importantes na recolha da anamnese de uma criança
Doenças Infecciosas com febre, a importância da idade, como fazer o exame físico e quais os exames
de laboratório que podem auxiliar no diagnóstico diferencial

Sépsis 1. Definir sépsis e descrever a sua importância clínica 1.5


2. Indicar as etiologias microbiológicas mais comuns e o seu modo de infecção
3. Descrever o grupo etário de maior risco, apresentação clínica, resultados laboratoriais,
diagnóstico diferencial, gestão inicial e necessidade de referência hospitalar urgente

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 528


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Malária 1. Definir malária, seus agentes etiológicos e vector, recidiva e recrudescência 3
2. Descrever a epidemiologia da malária em Moçambique (morbilidade,
mortalidade) e a importância clínica na infância
3. Descrever o ciclo vital do plasmódio e a fisiopatologia da malária.
4. Descrever a apresentação clínica (malária não complicada, complicada,
incluindo a malária cerebral)
5. Descrever como fazer o diagnóstico, como interpretar os resultados laboratoriais:
hemograma, VS, gota estendida ou esfregaço e gota espessa, teste rápido
6. Descrever o tratamento domiciliar e hospitalar (1ª e 2ª linha), descrever as
indicações para internamento; descrever o acompanhamento durante o
internamento para monitorização dos possíveis efeitos colaterais dos
medicamentos
7. Descrever a linhas de tratamento para cada plasmódio
8. Descrever as medidas de prevenção em crianças e do feto (pulverização interior com
insecticidas, redes tratadas com insecticida, tratamento preventivo intermitente TPI, na
gravidez, descrever o papel potencial do TPI nas crianças
Introdução 1. Descrever a prevalência e mortalidade do HIV em adultos e crianças em 1
Moçambique, em África e no mundo
2. Descrever as principais formas de transmissão em crianças
3. Descrever as diferenças na progressão da infecção por HIV em crianças
4. Definir criança exposta ao HIV e criança infectadas pelo HIV, criança afectada
pelo HIV

HIV em Crianças Prevenção 1. Descrever as principais estratégias de prevenção do HIV pediátrico: 2


a. Critérios para profilaxia em mulher grávida e recém-nascido: medicamentos,
dosagem, início e duração
b. Critérios para o tratamento de mulher grávida: medicamentos, início e dosagem
c. Práticas de amamentação em crianças expostas ao HIV
d. Planeamento familiar, práticas de parto

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 529


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Diagnóstico 1. Definir Diagnóstico Precoce Infantil e enumerar os benefícios do diagnóstico precoce 4
Laboratorial e 2. Descrever os exames laboratoriais para o diagnóstico em crianças, a indicação por faixa
Clínico etária e descrever os disponíveis em Moçambique
3. Definir diagnóstico presuntivo e suas implicações
4. Descrever os algoritmos utilizados em Moçambique para diagnóstico de HIV em
crianças dependendo da idade
5. Definir o termo Aconselhamento e Testagem Iniciado pelo Provedor (ATIP) e os
serviços pediátricos onde deve ser implementado
6. Definir o termo estadiamento clínico, imunológico
7. Reconhecer a importância do estadiamento como parte do diagnóstico
8. Descrever as diferenças entre o estadiamento clínico e imunológico em crianças e
adultos
9. Descrever as principais doenças (as frequentes em Moçambique) que pertencem aos 4
estádios
10. Debater os efeitos do estadiamento clínico inadequado

Cuidados das 1. Descrever os serviços de atendimento de crianças expostas ao HIV e infectadas pelo 2
Crianças Infectadas HIV
ou Expostas 2. Saber aconselhar os pais/cuidador sobre a importância de testar imediatamente uma
criança exposta ao HIV e saber interpretar e explicar aos pais/cuidador o resultado do
teste (dependendo da idade e do teste)
3. Descrever os componentes de cuidados para as crianças expostas e para as infectadas
(antes e depois de iniciar o TARV): avaliação clínica, psicossocial, laboratorial,
frequência das consultas
4. Descrever o fluxograma do acompanhamento da criança exposta na consulta da criança
em risco (CCR)
5. Descrever os critérios para iniciar a profilaxia com Cotrimoxazol e INH, a posologia, a
duração

Aparelho 1. Definir infecção oportunista (IO), descrever as mais comuns em crianças por etiologia, 1.5
Gastrointestinal por aparelho
2. Descrever as IO mais comuns do aparelho gastrointestinal, a apresentação clínica o
diagnóstico diferencial, o tratamento das seguintes: candidíase oral, diarreias aguda e

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 530


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
crónica
3. Descrever o relacionamento entre IOs gastrointestinais e desnutrição
4. Associar as doenças do aparelho gastrointestinal ao estádio clínico correspondente

Aparelho 1. Descrever as IO mais comuns do aparelho respiratório, a apresentação clínica, o 2


Respiratório diagnóstico diferencial, o tratamento das seguintes: OMA, OMC, pneumonia bacteriana,
LIP, TB pulmonar, PCP
2. Associar as doenças do aparelho respiratório ao estádio clínico correspondente

Pele 1. Descrever as condições e infecções mais comuns da pele, a apresentação clínica, o 1.5
diagnóstico diferencial, o tratamento das seguintes: prurigo, impetigo, infecções por
herpes simplex V, por VZV, molusco contagioso, liquem plano, escabiose, tinha,
Sarcoma de Kaposi, verrugas
2. Identificar as patologias de pele que requerem referência
3. Associar as doenças da pele ao estádio clínico correspondente

Aparelho 1. Descrever as condições e infecções mais comuns do aparelho neurológico, a 1.5


Neurológico apresentação clínica, o diagnóstico diferencial, o tratamento das seguintes:
Encefalopatia por HIV, meningite bacteriana e TB, Toxoplasmose, Criptococose)
2. Associar as doenças do sistema neurológico ao estádio clínico correspondente

Aparelho 1. Descrever as IO mais comuns do aparelho hematológico-linfático, a apresentação 1


Hematológico e clínica o diagnóstico diferencial, o tratamento das seguintes: anemia, neutropenia,
Linfático trombocitopenia, hepatoesplenomegalia, linfadenite, parotidite
2. Associar as doenças do aparelho hematológico-linfático ao estádio clínico
correspondente

Aconselhamento e 1. Definir aconselhamento, apoio psicossocial, revelação, explicar o seu objectivo e 1


Apoio Psicossocial importância
2. Descrever as características que tornam o aconselhamento e o acompanhamento das
crianças diferente relativamente ao dos adultos (crianças não independente, idade,
revelação)
3. Descrever a abordagem baseada na família para o aconselhamento pré, pós-teste e pré-
TARV, revelação e para o acompanhamento da criança segundo a idade

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 531


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas

TARV 1. Descrever as metas do TARV em crianças em Moçambique 4


2. Descrever medicamentos, associações e formulações pediátricas disponíveis em
Moçambique; 1ª e 2ª linha
3. Descrever os critérios de elegibilidade para iniciar o TARV em crianças
4. Descrever contra-indicações para iniciar o TARV ou determinados medicamentos ARV
5. Descrever os passos para preparar a criança e a família para iniciar o TARV
(dependendo da idade)
6. Descrever o acompanhamento de uma criança em TARV (frequência das consultas,
exames de laboratório)
7. Descrever as interacções importantes entre os ARV’s e outros medicamentos como os
para TB
8. Indicar as reacções adversas comuns dos ARV em crianças e diferenciar os graus
9. Descrever as indicações para interromper o TARV e para referir a criança

Falência Terapêutica 1. Definir o termo falência terapêutica, falência virológica, imunológica e clínica 2
2. Descrever os sinais clínicos e laboratoriais de falência terapêutica
3. Descrever a conduta em caso de suspeita de falência terapêutica
4. Diferençar entre falência terapêutica e Síndrome Inflamatório de Reconstituição Imune
5. Descrever as causas mais comuns de SIRI e a gestão
Monitorização & 1. Identificar a importância da monitorização e avaliação no âmbito do programa de 1
Avaliação HIV/SIDA pediátrico
2. Identificar os indicadores mais usados para monitorização/avaliação neste programa

Saúde Mental 1. Descrever problemas de saúde mental comuns que afectam as crianças (stress 1
pós-traumático, depressão)
Saúde Mental
2. Descrever as causas ou condições que podem determinar stress pós-traumático e
depressão
Maus Tratos Abuso, Negligência 1. Definir os termos: negligência, abuso, trauma não acidental (TNA), Síndrome da 2
Infantis e Traumas Não criança maltratada

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 532


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Acidentais 2. Descrever os factores de risco de abuso relacionados com a família (doença
mental, stress económico, álcool e drogas) e a criança (criança com deficiência,
doença crónicas)
3. Descrever os elementos da história clínica que levam a suspeita de TNA e como
aprofundar e elaborar uma história para o diagnóstico (relato da criança,
dependendo da idade, dos pais/cuidador)
4. Descrever como identificar os seguintes TNA: mordeduras, lacerações,
arranhões, contusões, fracturas e queimaduras, hemorragias da retina
5. Descrever as manifestações clínicas sistémicas que podem aparecer em caso de
abuso, negligência segundo a idade da criança (crescimento físico,
comportamento, desenvolvimento, fala, performance na escola)
6. Descrever a gestão (clínica, apoio psicossocial) de situações de abuso e
negligência e para onde referir a criança
7. Explicar o papel dos profissionais de saúde no processo de denúncia do abuso a
autoridades
8. Debater a importância de documentação clara dos resultados da história e do
exame físico
9. Debater a importância do envolvimento dos familiares no debate, apoio e gestão
Abuso Sexual 1. Definir abuso sexual e todas as práticas incluídas nessa definição 1
2. Descrever as idades mais afectadas
3. Descrever as várias apresentações clínicas (evidentes e não evidentes, sinais de
doenças transmitidas por via sexual)
4. Descrever a gestão e a referência (médico, legal, social e psicológico)
5. Descrever a profilaxia das infecções transmitidas por via sexual incluindo HIV

Introdução 1. Descrever os estágios na gestão do recém-nascido e criança doente admitida para 1


internamento hospitalar
Cuidados da
2. Descrever a importância da mãe e do recém-nascido estarem no mesmo quarto
Criança
3. Descrever as precauções a tomar para impedir a propagação de infecções pelos
Hospitalizada
visitantes e pelos profissionais de saúde

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 533


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Tratamento de 1. Definir tratamento de suporte e monitorização e porque é que são importantes 2
Suporte e 2. Descrever os elementos do tratamento de suporte e monitorização e sua
Monitorização frequencia:
a. Controle e monitorização dos fluidos
b. Controle da febre e monitorização da temperatura
c. Controle dos sinais vitais
d. Controle da dor e sedação
e. Terapia com oxigénio
f. Administração de medicamentos
g. Ingestão de nutrientes
h. Cuidados pré, intra e pós operatórios
i. A brincadeira como terapia
j. Reavaliação clínica

Alta e 1. Explicar o processo de alta incluindo: 1


Aconselhamento a. Critérios temporais da alta com base nas condições do recém-nascido ou da
criança e situação doméstica
b. Aconselhamento dos pais/cuidadores sobre o acompanhamento em casa e
eventuais consultas de acompanhamento para o recém-nascido e as crianças
c. Verificação da situação vacinal e dar as vacinas necessárias
d. Preenchimento de guia de alta e de referência (se indicada)

Apoio Emocional 1. Descrever as reacções comuns dos pais às doenças graves ou falecimento dos 1
aos Pais/Cuidador da filhos
Criança em 2. Descrever as formas adequadas para comunicar aos pais/cuidadores da criança a
Situações de Doença doença e/ou o falecimento e formas de apoio
Grave ou Morte
Laboratório 1. Simular como comunicar uma doença grave, lesão ou morte aos pais e oferecer 2
Humanístico apoio emocional

Meios Diagnósticos Testes de 1. Descrever os procedimentos utilizados nos cuidados pediátricos (incluindo o 4

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 534


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Auxiliares Diagnóstico e recém-nascido), a indicação para cada procedimento, o equipamento necessário,
Procedimentos a técnica e potenciais complicações:
Pediátricos a. Medição da temperatura por via axilar, oral e rectal
b. Colheita de amostras de sangue
c. Medição da glicemia
d. Administração de injecções (via intramuscular, intradérmica, subcutânea e
intravenosa)
e. Administração de medicamentos por via oral, oftalmológica, ótica, tópica,
rectal, intravenosa e intra-óssea
f. Estabelecimento do acesso intravenoso (incluindo recém-nascido, lactante) e
intra-óssea
g. Transfusão de sangue: dosagem, velocidade de infusão, prevenção de
reacção alérgica
h. Colocação de um tubo nasogástrico, e orogástrico
i. Punção lombar e preparação de amostra do LCR para leitura ao microscópio
j. Drenagem de abcesso
k. Cateterismo vesical e punção suprapúbica em situação de emergência
l. Oximetria de pulso — colocação e interpretação
m. Toracocentese em situaçãode emergência
n. Preparação da amostra de sangue periférico—espessa e fina—para exame
dos glóbulos brancos, glóbulos vermelhos, plaquetas e parasitas da malária
o. Testes para diagnóstico rápido da malária
p. Teste rápido de HIV e PCR DBS
q. Colheita de urina e preparação da amostra para a leitura ao microscópio
r. Preparação da amostra para leitura ao microscópio das fezes
s. Teste de sangue oculto nas fezes
t. Aspirado gástrico para esfregaço e cultura de Myc TB
u. Teste de Mantoux
v. Aplicação e injecção de anestesia local
w. Limpar, debridar e suturar feridas cutâneas
x. Imobilização provisória de fracturas comuns

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 535


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
y. Imobilização de uma criança durante um procedimento
2. Descrever os valores normais (por idade se for o caso) e a interpretação dos
testes de diagnóstico e procedimentos:
a. Hemograma
b. bilirrubinemia
c. VS
d. Glicemia
e. Função hepática e renal
f. Análise microscópica e química do LCR, urina, líquido pleural, esfregaço
para Myc TB
g. Cultura e sensibilidade do LCR, urina, sangue, secreções de ferida, fezes,
líquido das articulações e expectoração
h. Tipagem do sangue e prova cruzada
i. Testes de HIV (rápido e PCR DBS)
j. CD4
k. Noções básicas de leitura de raio-X do tórax, abdómen e ossos
Laboratório 1. Demonstrar o maior número possível de procedimentos indicados acima usando 5
Humanístico o equipamento disponível no Laboratório Humanístico
2. Demonstrar capacidade para interpretar os resultados dos testes

Princípios Gerais 1. Definir as formas de administração de medicamentos: sistémica (oral, rectal e 1


intravenosa, intra-óssea, intramuscular) vs. topical (oftalmológica e ótica) e as
diferenças nos efeitos terapêuticos
2. Descrever como a dosagem dos medicamentos pediátricos deve ser baseada no
Princípios da
peso das crianças (ou área da superfície do corpo ) dependendo do medicamento)
Terapêutica
3. Descrever a diferença entre os medicamentos de 1ª linha e os medicamentos de 2
Infantil com
ª linha e a relevância
Fármacos
Anticonvulsivos 1. Indicar os principais anticonvulsivos usados no tratamento das convulsões, do 1
estado epiléptico, no tratamento crónico da epilepsia e descrever como são
administrados

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 536


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
2. Descrever a dosagem e técnica de administração de um anticonvulsivo durante
uma convulsão
3. Descrever os efeitos secundários e em particular os graves que devem ser
monitorizados em crianças

Fármacos Anti- 1. Definir medicamentos anti-infecciosos 2


Infecciosos: 2. Explicar o conceito de anti-infecciosos de largo espectro e espectro estreito, as
indicações no uso dos dois tipos de drogas
3. Explicar porque é importante limitar o uso destes medicamentos à sua indicação
específica
4. Indicar os principais antibióticos, anti-retrovirais, antiparasitários e antifúngicos
pediátricos usados em Moçambique e descrever as suas principais indicações (1ª
e 2ª linha), via de administração e efeitos secundários comuns
5. Antimaláricos: descrever os diferentes antimaláricos, 1ª e 2ª linha, indicações, as
associações aconselhadas

Farmacos para 1. Indicar os principais tipos de medicamentos usados para tratar a crise asmática e 1
Tratamento de Asma o broncopasmo na fase aguda e de manutenção
e Broncoespasmo 2. Descrever como são administrados, modo de acção, efeitos secundários comuns
3. Descrever as indicações para utilizar um nebulizador e um espaçador com um
inalador-doseador para administrar medicação inalada

Laboratório 1. Demonstrar como administrar medicação inalada com e sem espaçador com colega 2
Humanístico
Medicamentos 1. Descrever a indicação para uso da digoxina, dosagem, os seus modos de acção, 0.5
Cardiovasculares via de administração e efeitos secundários comuns, monitorização

Insulina 1. Descrever as diferentes formas de insulina e o padrão de acção das diferentes formas 1
2. Descrever como ter um diário de injecções de insulina

Gestão da Dor e 1. Indicar os principais tipos de medicamentos (sistémicos e locais) usados para 0.5

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 537


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Sedação gestão da dor e sedação
2. Descrever dosagem, possíveis associações, efeitos secundários comuns
Suplementos de 1. Definir macronutriente e micronutriente, vitaminas lipossolúveis e 1
Micronutrientes hidrossolúveis e descrever as que pertencem aos dois tipos
2. Descrever os efeitos secundários devidos a sobredosagem.
3. Indicar os principais micronutrientes usados em Moçambique, indicação, via de
administração (zinco, vitamina A, ácido fólico, sal ferroso, vitamina K e
vitamina B6)

Anti-Histamínicos 1. Descrever os principais anti-histamínicos usados em Moçambique, indicações, 0.5


dosagem e efeitos secundários comuns

Esteróides Tópicos 1. Descrever os esteróides tópicos disponíveis em Moçambique 0.5


2. Descrever indicações e efeitos secundários comuns (incluindo a diferente
potência de preparações em gel, creme ou pomada)

Medicamentos 1. Indicar as principais gotas e pomada oftalmológica e gotas otológicas 0.5


Oftalmológicos e 2. Descrever dosagem, possíveis associações
Otológicos
Antissépticos 1. Indicar os antissépticos tópicos comuns disponíveis em Moçambique 0.5
2. Descrever indicações para uso e modo de acção

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 538


4º. Semestre
ESTÁGIO
Local do Estágio:
• Consultas de SMI: Consulta Pós-natal (CPN)
• Consulta de criança saudável: PAV, Consulta do Peso
• Consulta de criança doente: Triagem de Pediatria, Consulta externa de Pediatria
(incluindo Serviços TARV)
• Consulta de Criança em Risco (CCR)
• Enfermaria Pediátrica
• Berçário
Duração: 4 semanas
Supervisores:
• Técnicos de Medicina
• Enfermeiras de Saúde Materno-Infantil (do nível médio e superior)
• Enfermeiras pediatras do nível superior
• Médicos de clínica geral
• Pediatras
Técnicas a Demonstrar:
• Competências Clínicas Gerais:
o Obter o historial neonatal e pediátrico completo
o Executar um exame físico pediátrico, incluindo o neonatal, numa criança saudável
e doente, focando, nesse caso, no aparelho relacionado com as principais queixas
o Documentar o historial e a avaliação do exame físico no processo clínico.
o Elaborar uma lista de problemas e diagnósticos diferenciais baseados no historial e
exame físico.
o Desenvolver um plano de investigações laboratoriais e/ou radiológicas que podem
contribuir para determinar o diagnóstico. Interpretar os resultados dos meios
auxiliares.
o Indicar o diagnóstico principal e elaborar um plano de gestão imediata e a longo
prazo (se for o caso de patologias crónicas)
o Avaliar o desenvolvimento psicomotor, o crescimento e o estado de nutrição de
uma criança e determinar se é normal ou anormal. (Incluindo medir o peso,
altura/comprimento, perímetro craniano e perímetro braquial, como preencher a
curva de crescimento, calcular o IMC, peso/altura e ler as tabelas padrão da OMS)
o Demonstrar habilidade para avaliar, reconhecer e gerir as emergências pediátricas
(incluindo as do recém-nascido) e referir se for o caso.
o Demonstrar habilidade para fazer um plano de acompanhamento hospitalar
(preenchimento do processo clínico, requisição de analises complementares,
tratamento de suporte) e de alta ou transferência (preenchimento de guia de alta ou
transferência) de recém-nascidos e crianças.
• Competências Clínicas Especificas:
o Diagnosticar e tratar (ou referir se for o caso) as doenças indicadas nas
competências e objectivos supramencionados.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 539


4º. Semestre
o Descrever o plano de tratamento de uma criança com desnutrição aguda grave e moderada
com e sem HIV
• Competências de Aconselhamento:
o Informar e aconselhar os pais/cuidador sobre:
o cuidados de rotina diária do recém-nascido, lactante e crianças em geral, para
um desenvolvimento normal
o Alimentação correcta segundo a idade da criança e eventual condição patológica
seja da mãe ou da criança (aleitamento, desmame, alimentos complementares,
técnicas)
o Medidas de prevenção das doenças infecciosas na infância (PAV)
o Diagnóstico e plano de tratamento da doença diagnosticada, incluindo o
tratamento domiciliar por parte dos pais, o internamento ou a transferência.
o A importância de fazer o teste de HIV em todas as crianças e em particular no
caso de mãe HIV positiva ou em caso de criança doente (ATIP).
o os passos a serem seguidos e os cuidados em caso de maus-tratos
• Meios Auxiliares de Diagnóstico e Tratamento:
o Demonstrar habilidade de executar os procedimentos terapêuticos e/ou
diagnósticos em recém-nascidos e crianças segundo a idade e a patologia em
questão incluindo:
o Aplicar vacinas
o Teste de PCR DBS para o HIV
o Punção lombar
o Acesso venoso, ósseo
o Aspirado naso-gastrico para TB
o Teste de Mantoux
o Administrar medicamentos por inalação, com e sem espaçador
o Medição da temperatura por via axilar, oral e rectal
o Oximetria de pulso
o Obter amostra de secreções do olho em recém-nascido; demonstrar a técnica
para limpar a secreção purulenta dos olhos, aplicar gotas/pomadas terapêuticas
ou profilácticas
o Utilizar otoscópio e a espátula (incluindo a imobilização segundo a idade)
o Demonstrar como remover o cerume
o Interpretar o resultado dos exames auxiliares em recém-nascidos e crianças
segundo a idade e a patologia em questão.
o Administrar o tratamento adequado a patologia a crianças e recém-nascidos
segundo o peso e a via de administração mais apropriados.
o Demonstrar saber ler a roda de dosagem dos medicamentos ARV

Discussão de Seminário do Estágio:


• Apresentação de 3 casos observados durante o estágio, que poderá ser entre os
seguintes:

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 540


4º. Semestre
o Apresentação de 1 caso neonatal.
o Apresentação de 2 caso de crianças com sinais/sintomas de patologia em 2
aparelhos diferentes.
• Para cada caso apresentado, é necessário incluir resultados relevantes da história clínica e do
exame físico, discutir os meios diagnósticos utilizado para diagnosticar o paciente, e o
diagnóstico diferencial. O TM deverá descrever a conduta terapêutica do paciente, incluindo
terapias farmacológicas e não farmacológicas, a educação do paciente, o prognóstico, e o
acompanhamento. Indicações para a transferência imediata ou o encaminhamento adequado
devem ser incluídas na apresentação.

• O docente deve rever os casos com o grupo para:


o Evidenciar aspectos chave da anamnese e exame físico
o Quando apropriado, rever a fisiologia e fisiopatologia
o Rever as considerações efectuadas para chegar a um diagnóstico diferencial
o Discutir como desenhar e implementar uma conduta terapêutica

AVALIAÇÃO
Avaliação Teórica
• Parcial: 3 testes escritos, cada um com peso de 10 % (peso total de 30%)
• Final: Exame cumulativo final com peso de 15%

Avaliação Prática
• Demonstração das capacidades técnicas no laboratório, 3 testes práticos com peso de 5%
(peso total de 15%)

Avaliação do Estágio
• Apresentação de 3 casos observados durante o estágio, cada um com peso de 10% (total
30%)
• Demonstração duma história clínica (anamnese e exame físico) dirigido ao sistema,
com paciente 10%

BIBLIOGRAFIA
Referências/livros recomendados para os alunos:
1. OMS. Gestão dos problemas neo-natais: um guia para médicos, enfermeiras, e parteiras
(Managing newborn problems: a guide for doctors, nurses, and midwives). Geneva:
Organização Mundial de Saúde; 2003.
2. OMS. Livro para o cuidado hospitalar de crianças: Orientação para a gestão de doenças
comuns com recursos limitados (Pocket book of hospital care for children: guidelines for the
management of common illnesses with limited resources). Geneva, Switzerland: World
Health Organization; 2005.
3. OMS. IMCI Livreto para as configurações de HIV (Chart Booklet for HIV settings).
Organização Mundial de Saúde e UNICEF; 2008.
4. UNICEF. Fatos para a vida (Facts for life). New York: UNICEF; 2002.
5. OMS. Cuidado primário da criança: um manual para os trabalhadores em saúde (Primary
child care: a manual for health workers). 2o ed. Oxford: Macmillan; 2009.

Referências/livros adicionais recomendados para os alunos:

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 541


4º. Semestre
6. Stanfield JP. Doenças de crianças em clima subtropical e tropical (Diseases of children in
the subtropics and tropics). 4o. ed. London: Arnold; 1991.
7. Wardlaw T, Johansson E, Hodge M. Pneumonia: O matador de crianças que ficou no
esquecimento (Pneumonia: the forgotten killer of children). New York: UNICEF : Geneva,
Switzerland : Organização Mundial de Saúde; 2006.
8. OMS. Gestão da criança com infecção grave ou desnutrição grave: guia para o cuidado ao
primeiro nível de referência em países em desenvolvimento (Management of the child with a
serious infection or severe malnutrition: Guidelines for care at the first-referral level in
Developing countries). Geneva: WHO; 2000.
9. OMS. O tratamento de diarréia: Um manual para médicos e outros trabalhadores de saúde
(The treatment of diarrhea: A manual for physicians and other senior health workers).
Geneva: WHO; 2005.
10. OMS, UNICEF. Gestão de pneumonia em comunidades (Management of pneumonia in
community settings). Geneva: WHO and UNICEF; 2004.
11. WHO, UNICEF. Gestão clínica de diarréia aguda (Clinical management of acute
diarrhea). Geneva: WHO and UNICEF; 2004.

Livros para os docentes:


12. Stanfield JP, Versluys Z, Balldin B. Saúde da criança: um manual para trabalhadores de
medicina e saúde em unidades sanitárias e hospitais rurais (Child health: a manual for
medical and health workers in health centres and rural hospitals). 2o ed. Nairobi, Kenya:
African Medical and Research Foundation; 1999.
Referências adicionais usadas para preparar o Plano Temático de Pediatria:
13. Darmstadt GL, Bhutta ZA, Cousens S, Adam T, Walker N, de Bernis L. Intervenções
baseadas em evidências e custo eficazes: quantos bebés recém-nascidos poderemos salvar?
ntervenções Evidence-based, cost-effective interventions: how many newborn babies can we
save? Lancet 2005;365(9463):977-88.
14. Edmond K, Bahl R. Alimentação ideal do recém-nascido de baixo peso (Optimal feeding
of low-birth-weight infants). Geneva: Organização Mundial de Saúde; 2006.
15. Heymann DL. Manual do controle de doenças transmissíveis (Control of communicable
diseases manual). 19th / David L. Heymann, editor. ed. Washington, DC: American Public
Health Association; 2008.
16. Kliegman R, Behrman R, Jenson H, Stanton B. Livro de pediatra de Nelson (Nelson
Textbook of Pediatrics). 18 ed. Philadelphia: Elsevier Science; 2007.
17. OMS. Recomendações para a alimentação complementar da criança em aleitamento
materno (Guiding principles for complementary feeding of the breastfed child). Organização
Mundial de Saúde e UNICEF; 2004.
18. OMS. Atualização técnica das recomendações para a gestão integrada da doença
prevalente na infância: evidência e recomendações para outras adaptações (Technical updates
of the guidelines on integrated gestão of childhood illness (IMCI): Evidence and
recommendations for further adaptations). Geneva, Switzerland; 2005.
19. OMS. Suplementaçõo de ferro em crianças onde a transimssão de malária é intensa e
onde as doenças infecciosas são muito prevalentes (Iron supplementation of young children
in regions where malária transmission is intense and infectious disease highly prevalent).
Geneva: WHO; 2006.
20. OMS. Guia para o tratamento de malária (Guidelines for the treatment of malária).
Organização Mundial de Saúde; 2006.
21. OMS. Mosquiteiros tratdos com insecticidio (Insecticide-Treated Mosquito Nets: a WHO
Position Indicarment). Geneva: Organização Mundial de Saúde; 2007.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 542


4º. Semestre
22. OMS. Relatório mundial para a prevenção dos acidentes com crianças (World report on
child injury prevention). Organização Mundial de Saúde; 2008.
23. OMS. Consulta rápida: Principios e recomendações revisados - HIV e alimentação da
criança (Rapid advice: Revised principles and recommendations - HIV and infant feeding).
Geneva: Organização Mundial de Saúde; 2009.
24. OMS. Consulta rápida: O uso do tratamento antiretroviral para tratar gravidas e para
prevenir infecção de HIV em crianças (Rapid Advice: Use of antiretroviral drugs for treating
pregnant women and preventing HIV infection in infants). Geneva: Organização Mundial de
Saúde; 2009.
25. OMS. Relatório mundial de malária 2009 (World malaria report 2009). Geneva:
Organização Mundial de Saúde; 2009.
26. OMS. Razões médicas aceitáveis para uso de substitutos do leite materno (Acceptable
medical reasons for use of breast-milk substitutes). Geneva: OMS; 2009.
27. OMS, UNICEF. Diarréia: Porquê crianças ainda estão morrendo e o que podemos fazer
sobre esse assunto (Diarrhea: Why children are still dying and what can be done about it).
Geneva; 2009.
28. OMS, UNICEF. Visitas de domícilio para recém-nascido: uma estratégia para melhorar a
sobrevivência (Home visits for the newborn child: a strategy to improve survival). Geneva:
OMS e UNICEF; 2009.
29. OMS, UNICEF, WFP, UNHCR. Consulta na gestão alimentar de subnutrição moderada
em crianças com menos de 5 anos (Consultation on the Dietary Management of Moderate
Malnutrition in Under-5 Children). Organização Mundial de Saúde e UNICEF; 2008.
30. OMS, UNICEF, WFP, UNSSCN. Relatório sobre a gestão da desnutrição aguda severa
baseada na comunidade (Joint Indictment on the community-based management of severe
acute malnutrition). Geneva: WHO and UNICEF; 2007.
31. MISAU. Cuidados clínicos às crianças em risco – segundo diferentes patologias. Power
point sintomas. 29 de outubro 2009.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 543


4º. Semestre
Disciplina de Geriatria
Semestre: IV
CARGA HORÁRIA
Horas por Duração Total
Semana (semanas) de Horas
Aulas Teórico-Práticas 33 1 33
Avaliação -- -- 2
Laboratório -- -- --
Discussão de Estágio* 5 2 10
Número Total de Horas da Disciplina 45 horas
* Neste semestre, os estudantes terão 4 semanas (25h/semana) de estágio nas
enfermarias de pacientes internados e de pacientes do ambulatório e 4 semanas de
estágio na Pediatria e nos serviços de SMI.

PRÉ-REQUISITOS:
• Anatomia e Fisiologia;
• Introdução às Ciências Médicas;
• Semiologia 1 e 2 (Exame Físico e Anamnese);
• Introdução a Meios Auxiliares de Diagnóstico;
• Deontologia e Ética Profissional;
• Saúde Mental.
DOCENTES:
• Técnicos de Medicina Especializados em Ensino, com experiência clínica.
• Médicos de Clínica Geral;
• Técnicos de Psiquiatria.

COMPETÊNCIAS A SEREM ADQUIRIDAS ATÉ AO FINAL DA DISCIPLINA:


O Técnico de Medicina será capaz de realizar as seguintes tarefas:

1. Diagnosticar e tratar as patologias abaixo indicadas, com atenção especial às seguintes


tarefas:

a. Elaborar possíveis hipóteses de diagnóstico com base na anamnese, no exame


físico e diagnóstico diferencial;
b. Usar e interpretar resultados dos meios auxiliares de diagnóstico;
c. Criar um plano de tratamento / conduta, de acordo com a sua competência,
baseado no diagnóstico diferencial.
d. Criar e explicar ao paciente um plano de alta:
i. Resumo do tratamento;
ii. Seguimento;
iii. Prevenção e controlo da doença.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 544


4º. Semestre
2. Reconhecer ou suspeitar emergências e executar as intervenções médicas imediatas e
referir/transferir, como apropriado.
3. Reconhecer e tratar os pacientes que necessitam de cuidados paliativos, incluindo:
a. Identificação das situações em que os cuidados paliativos são apropriados;
b. Tratamento da dor e outros sintomas constrangedores;
c. Oferta de cuidados psicológicos quando estiverem disponíveis;
d. Remeter para apoio espiritual e social, quando for possível.
4. Aplicar os princípios de reabilitação no diagnóstico e formulação do plano de
tratamento para pacientes que sofrem de invalidez física ou deficiência, incluindo:
a. Ter conhecimento dos princípios de reabilitação;
b. Ser capaz de distinguir incapacidade, invalidez e deficiência;
c. Estar informado ou recomendar para outro profissional de saúde, com vista a
promover a máxima independência do paciente, i.e., fisioterapia e terapia
ocupacional;
d. Determinar se existem problemas especiais que podem ser minorados com
tratamento médico, como a espasticidade, dor crónica ou contracturas;
5. Ser um participante activo na equipa de cuidados de saúde, através de:
a. Compreensão dos papéis e competências dos diferentes membros de uma equipa
interdisciplinar;
b. Valorização das competências do trabalho em equipa;
c. Trabalho como chefe de equipa, usando competências de chefia, quando
necessário;
d. Utilização de competências de boa comunicação.

Lista de doenças:
1. Incontinência urinária;
2. Quedas e instabilidade da postura;
3. Delírio;
4. Demência;
5. Depressão;
6. Imobilidade;
7. Úlceras de pressão;
8. Desnutrição;
9. Abuso de idosos;
10. Extrema debilidade.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 545


4º. Semestre
Plano Temático
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Introdução e 1. Diferenciar geriatria de gerontologia. 0.5
Epidemiologia 2. Explicar e discutir os objectivos principais dos cuidados geriátricos.
3. Discutir o envelhecimento global.
4. Descrever as alterações demográficas no contexto moçambicano.
5. Descrever os desafios associados à prestação de cuidados de saúde a uma
população em envelhecimento.

Anatomia e 1. Descrever as mudanças fisiológicas (ex. perda dos mecanismos de controlo 0.5
Fisiologia homeostático) e anatómicas principais associadas com o envelhecimento normal.
2. Descrever como as mudanças fisiológicas do envelhecimento determinam a
apresentação das doenças nos adultos mais idosos.

Anamnese do 1. Discutir as diferenças entre a elaboração da história clínica de uma pessoa idosa 1.5
Paciente Idoso e de um adulto mais jovem, incluindo:
Introdução ao a. Maiores probabilidades de haver mais de uma queixa activa;
Cuidado dos Idosos b. Geralmente as condições têm uma apresentação mais complexa;
c. O idoso pode priorizar os problemas de saúde de uma forma diferente dos
profissionais de saúde.
2. Enumerar e descrever os passos a tomar para elaboração da história clínica
completa de um(a) idoso(a), incluindo:
a. Fazer perguntas direccionadas a mais de uma queixa activa;
b. Enumerar as perguntas a fazer para avaliar o nível de apoio social e a
situação familiar;
c. Enumerar as perguntas a fazer para avaliar o estado funcional e
independência;
d. Enumerar e descrever as perguntas que revelam o estado mental, incluindo
(sentido de orientação espaço-temporal, razão para a consulta, contactos
prévios de cuidados de saúde);
e. Descrever como incentivar um idoso a exprimir alguns comentários
subjectivos que indiquem a sua percepção do seu estado de saúde;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 546


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
f. Solicitar informações dos familiares se existirem dificuldades de linguagem
ou de comunicação.
3. Demonstrar, numa dinâmica de grupo, a habilidade de fazer perguntas sobre
tópicos sensíveis, tais como consumo de álcool e de drogas, deficiência
cognitiva e abuso de idosos.

Exame Físico do 1. Enumerar as técnicas necessárias para proceder a um exame físico, incluindo: 1
Paciente Idoso a. Demonstrar sensibilidade à possibilidade de dor e mobilidade reduzida
devido a condições neurológicas ou reumatológicas;
b. Desencadear uma avaliação do estado mental, incluindo sentido de
orientação espaço-temporal e avaliação da disposição;
c. Proceder a uma avaliação rápida da capacidade e deficiência visual,
capacidade e deficiência auditiva e deficiência de linguagem;
d. Observar e registar a marcha e a mobilidade;
e. Proceder a um exame completo das mamas em idosas, se isso for
mencionado na história clínica.
2. Para cada um destes procedimentos:
a. Explicar o seu propósito;
b. Descrever como são feitos (passo a passo), (e em que ordem devem ser
feitos, se isto for definido);
c. Indicações;
d. Que anormalidades procura.

Abordagem da 1. Definir "reacção adversa" e discutir as razões que os idosos são particularmente 1
Terapia vulneráveis aos efeitos adversos de medicamentos.
Farmacológica nos 2. Definir polifarmácia e explicar as possiveis consequências (problemas de
Idosos adesão, toma de dosagens incorrectas).
3. Definir a não-adesão médica e listar outros factores que podem estar associados
à não-adesão em idosos.
4. Descrever abordagens para ajudar pacientes idosos sofrendo de polipatologias a
tomar correctamente os seus medicamentos.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 547


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
5. Descrever a interacção dos medicamentos normalmente usados em idosos.

Anatomia 1. Rever as estruturas do trato urinário (bexiga, uretra, colo vesical e complexo 1
Urogenital, e esfincteriano parauretral).
Epidemiologia e 2. Descrever a fisiologia da micção.
Etiologia da 3. Identificar as estruturas circundantes i.e. o recto.
Incontinência 4. Descrever a incidência de incontinência no mundo e em Moçambique.
Urinária 5. Explicar a relutância dos idosos em procurar ajuda para a incontinência.
6. Definir incontinência.
7. Enumerar as causas reversíveis e permanentes da incontinência urinária nos
idosos.
8. Descrever as consequências da incontinência urinária, tanto médicas como
sociais.
9. Descrever o espectro de sintomas de incontinência urinária.
10. Descrever os critérios de referência.
Incontinência
Anamnese e Exame 1. Descrever os sinais e sintomas de incontinência urinária. 1
Urinária
Físico 2. Enumerar as técnicas/procedimentos a fazer durante o exame físico orientado
para a incontinência, incluindo:
a. Exame abdominal (palpação presença de massa ou distenção vesical, força
muscular,...);
b. Exame rectal para detectar o alargamento ou irregularidade da próstata,
impacto fecal, força da parede vaginal e esfíncter anal;
c. Exame vaginal para detecção de vaginite atrófica, corrimento, fistulas,
presença de prolapsos, massas pelvicas;
d. Exame geral para identificar condições como edema, mobilidade limitada
ou disturbios neurológicos que possam conduzir à incontinência;
e. Explicar como reproduzir a queixa de incontinência com manobras
provocativas como a tosse, riso, esforço abdominal.
3. Para cada um destes procedimentos:
a. Explicar o seu propósito;

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4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
b. Descrever como são feitos (passo a passo), (e em que ordem devem ser
feitos, se isto for definido);
c. Indicações;
d. Que anormalidades procura.

Testes Laboratoriais 1. Solicitar e interpretar as seguintes análises: 0.5


a. Urina II;
b. Ureia e creatinin;a
c. Glicémia.

Tratamento de 1. Explicar os princípios básicos do tratamento de incontinência urinária com 1.5


Incontinência causas reversíveis.
Urinária 2. Rever o tratamento das infecções das vias urinárias.
3. Descrever o tratamento do impacto fecal.
4. Enumerar outras causas da incontinência e o tratamento para elas:
a. Diabetes;
b. Imobilidade;
c. Vaginite atrófica;
d. Drogas e álcool;
e. Delírio;
5. Descrever as causas da incontinência por bexiga hiperativa.
6. Descrever os sintomas típicos incontinência por bexiga hiperativa.
7. Descrever o tratamento da incontinência por bexiga hiperativa (incluindo o uso
de fármacos anticolinérgicos).
8. Descrever a incontinência causada por stresse/esforço e como pode ser
diagnosticada.
9. Explicar porque incontinência por esforço afeta sobretudo os idosos de sexo
feminino.
10. Explicar as diferentes formas de abordagem terapêutica da incontinência por
esforço.
11. Explicar como é avaliada a falha do tratamento.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 549


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
12. Discutir as opções para os pacientes em que o tratamento falhou ou que não
podem tolerar o tratamento.

Definição dos 1. Definir e descrever uma queda. 1


Termos e a 2. Definir instabilidade da postura.
Epidemiologia 3. Definir e explicar osteoporose.
4. Descrever a relação entre queda e osteoporose.
5. Descrever a incidência de fracturas associadas às quedas.
6. Descrever a incidência de osteoporose em Moçambique.

Etiologia das Quedas 1. Enumerar as causas intrínsecas e extrínsecas das quedas nos idosos 1
2. Diferênciar as causas intrínsecas das quedas:
a. Musculoesquelético
b. Neurológicas
c. Cardiovasculares
d. Gastrointestinal
Quedas e
e. Metabólico/ Endocrino
Instabilidade da
f. Relacionadas com os medicamentos
Postura
3. Descrever as consequências médicas, sociais e psicológicas das quedas
4. Enumerar as fracturas comuns em idosos

Anamnese e Exame 1. Descrever as perguntas a fazer quando se recolhe a história clínica para 2
Físico identificar as causas da queda
2. Enumerar as técnicas e os passos a serem efectuados durante o exame físico de
uma pessoa vítima de uma queda, incluindo:
a. Verificar a pulsação e auscultação cardíaca para detectar arritmia
b. Verificar a tensão arterial, deitado e em pé, para detector a hipotensão
ortostática
c. Exame do sistema nervoso para detecção de características da doença de
Parkinson, acidente vascular cerebral , pé-pendente e neuropatia periférica
d. Exame das articulações para detectar inflamação ou deformação das

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4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
mesmas
e. Exame da marcha
f. Exame dos pés
g. Teste do equilíbrio junto à cama
h. Exame básico de acuidade visual
i. Exame básico auditivo
j. Verificar s há sinais de lesões traumáticas (fracturas, escoriações,
hemorragias)
3. Para cada um destes procedimentos
a. Explicar o seu propósito
b. Descrever como são efectuados
c. Descrever as indicações para os fazer
Descrever que tipo de anormalidades procura
4. Identificar as seguintes fracturas no raio-X:
a. Fractura da cabeça do fémur
b. Fractura do pescoço do fémur
c. Fractura intertrocantérica do fémur
d. Fractura subtrocantérica do colo do fémur
e. Fractura do úmero proximal
f. Fractura da extremidade distal do antebraço (fractura de Colles)
g. Fractura de cóccix
h. Fractura de vértebra

Tratamento das 1. Rever o tratamento disponível para os idosos vitima de quedas, dependendo das 1
Quedas causas subjacentes das quedas no paciente, incluindo:
a. Revisão e alteração da medicação
b. Conselhos e tratamento da hipotensão ortostática
c. Conselhos para aqueles com anormalidades da marcha e encaminhamento
contínuo para fisioterapia
d. Avaliação das causas ambientais das quedas e conselhos sobre perigos
ambientais

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4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
e. Reduzir o risco de mais quedas e fracturas
f. Tratamento da osteoporose
g. Programas de exercícios para melhorar o equilíbrio e a flexibilidade
2. Descrever outros conselhos e gestão que poderão reduzir a ocorrência de quedas
futuras
3. Aconselhar os pacientes que sofreram uma queda
4. Aconselhar a família e os profissionais de saúde
5. Descrever os benefícios dos auxiliares da marcha e enumerar os auxiliares
disponíveis
6. Enumerar critéria de referência

Etiologia e Sintomas 1. Definir delírio 1


do Delírio 2. Diferenciar delírio e psicose
3. Enumerar as causas comuns do delírio
4. Descrever o espectro de sintomas que um idoso em delírio pode apresentar
5. Diferenciar entre o delírio hiperactivo e o hipoactivo
6. Enumerar os medicamentos que estão geralmente associados ao delírio
7. Descrever porque é que geralmente não é diagnosticado
8. Explicar as consequências (morbididade e mortalidade) de delírio

Anamnese e Exame 1. Descrever as perguntas a fazer quando se recolhe a história clínica para: 1
Delírio
Físico a. Identificar as causas do delírio
b. Distinguir entre delírio e demência, e entre delírio e psicose
2. Enumerar os procedimentos a serem executados num exame físico orientado
para o delírio, incluindo:
a. Exame do peito para excluir infecções das vias respiratórias inferiores (ex.
pneumonia grave,..)
b. Exame para exclusão de infecções das vias urinárias
c. Exame para exclusão de desidratação
d. Exame para exclusão de doenças neurológicas como acidente vascular
cerebral, hematoma subdural, epilepsia ou meningite

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 552


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
3. Para cada um destes passos:
a. Explicar o seu propósito
b. Descrever como são executados
c. Descrever as indicações para os mesmos
d. Descrever que tipo de anormalidades procura

Teste Laboratoriais e 1. Descrever a utilidade, execução e interpretação das seguintes análises para um 0.5
Exames paciente em delírio:
Complementares a. Hemograma
b. Análise de sangue para ureia e electrólitos
c. Serologia HIV
d. RPR
e. Exame do LCR
2. Descrever a utilidade de uma radiografia do tórax no processo diagnóstico de um
paciente idoso em delírio
a.
Tratamento e 1. Explicar os princípios básicos do tratamento do delírio 1
Prevenção do Delírio a. Identificação imediata e tratamento da causa subjacente
b. Inibição dos medicamentos que possam contribuir para o delírio
c. Tratamento de suporte, incluindo gestão da hipoxia, corrigir a desidratação e
distúrbios hidroeléctrolíticos, combater desnutrição e evitar complicações
do imobilismo, se indicado
d. Abordagem não farmacológicas ao sono e ansiedade
2. Enumerar os factores modificáveis de risco para o delírio
3. Identificar os critérios de referencia, incluindo:
b. Suspeitas de hematoma subdural
c. Insuficiência renal
d. Insuficiência cardíaca

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 553


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Anatomia, 1. Definir e descrever o que é demência . 1
Epidemiologia e 2. Descrever a incidência mundial da demência e a estimativa da sua prevalência
Etiologia da em Moçambique
Demência 3. Explicar as dificuldades em obter uma estimativa adequada da sua incidência
4. Rever as estruturas principais do cérebro
5. Enumerar as causas reversíveis e irreversíveis da demência
6. Explicar a classificação de demências
7. Descrever os sintomas e a evolução da demência
8. Explicar as diferenças principais entre delírio e demência
9. Diferenciar demência de “perda de memória senil benigna”

Anamnese e Exame 1. Descrever as perguntas a fazer quando recolher a anamnese que o poderão 1
Físico alertar para a possível presença de demência
2. Descrever a utilidade de recolher uma anamnese comprovativa de terceiros
3. Descrever as técnicas a serem incluídas num exame orientado para a demência
Demência especialmente o uso de uma avaliação cognitiva
a. Explicar como isto é feito
b. Explicar as anormalidades que procura
4. Descrever a utilidade das pontuações da avaliação cognitiva como uma linha de
base e ao longo da duração da doença
5. Descrever situações em que a apresentação clínica é atípica e pode representar
outras patologias, incluindo:
a. Perda de memória em adultos com idade inferior a 65 anos
b. Perda de memória associada à seropositividade
c. O diagnóstico diferencial com hipotiroidismo e outras patologias

Testes Laboratoriais 1. Explicar a utilidade, execução e interpretação das seguintes análises para um 0.5
e Exames paciente com sintomas de demência:
Complementares a. Hemograma completa
b. Glicemia
c. Ureia e creatinina em sangue

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 554


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
d. RPR
e. HIV
f. Análise do LCR
2. Descrever a utilidade de uma radiografia do tórax no processo diagnóstico de um
paciente idoso com sintomas de demência
3. Descrever a utilidade da TAC do cérebro em alguns casos de demência

Tratamento da 1. Explicar os princípios básicos do tratamento e apoio para pacientes com 1


Demência demência
2. Descrever os tratamentos disponíveis para a demência
3. Explicar a importância de intervenções não farmacológicas tais como a mudança
do comportamento, atenção aos problemas da incontinência urinária, apoio
família
4. Enumerar os problemas dos estágios finais da doença e como podem ser
encarados:
a. Vaguear
b. Falta de apetite
c. Agressividade para com os outros
d. Falta de visão que pode potencialmente colocar os pacientes em perigo

Definição dos 1. Definir a úlcera de pressão e descrever a sua classificação (estágio I  VI) 0.5
Termos e Descrição 2. Enumerar as localizações mais comuns das úlceras de pressão
de Úlceras de 3. Enumerar as causas e os factores de risco para o desenvolvimento de úlceras de
Pressão pressão
Úlceras de Pressão
Anamnese e Exame 1. Listar as perguntas que devem ser feitas quando uma pessoa tem uma úlcera de 1
Físico pressão, incluindo uma avaliação do seu risco para desenvolver uma úlcera, se
isso ainda não aconteceu
2. Explicar a importância de fazer perguntas para determinar o nível de dor
3. Enumerar as técnicas a serem executadas quando se avalia uma úlcera de

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 555


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
pressão, incluindo;
a. Exame directo da úlcera de pressão e determinar a classificação do estádio
das ulceras
b. Exame da pele e outros pontos de pressão
c. Exame da situação nutricional
d. Exame de mobilidade
e. Exame de outras co-morbidades
f. Exame da continência
4. Explicar como identificar as mudanças da pele que precedem a ruptura da pele
nos pacientes vulneráveis ao desenvolvimento de úlceras de pressão
5. Explicar a importância de verificar se há sinais de septicemia
6. Para cada um dos passos acima, explique porque eles são feitos, o que está a ser
avaliado e como interpretar os resultados de qualquer anormalidade

Testes Laboratoriais 1. Explicar a utilidade de fazer uma colheita de amostra com zaragatoa para 0.5
coloracao de gram e/ou cultura e a interpretação dos resultados
2. Discutir o que fazer onde estes testes não estáo disponíveis

Tratamento das 1. Descrever os pensos e os tratamentos tópicos disponíveis Descrever as 1


Úlceras de Pressão indicações para usar antibióticos, nestes casos
2. Explicar os tratamentos não-farmacológicos tais como almofadas e colchões
libertadores da pressão, pensos e a importância da boa nutrição e higiene
3. Descrever o que pode ser feito para evitar o desenvolvimento de úlceras de
pressão em adultos vulneráveis
3. Descrever os critérios de referência incluindo:
a. Úlcera de pressão destrutiva e profunda
b. Úlcera de pressão que não responde ao cuidado da ferida podendo vir a
precisar de desbridamento

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 556


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Etiologia da 1. Definir desnutrição em adultos 1
Desnutrição 2. Definir anorexia
3. Descrever as causas da desnutrição em adultos
a. Secundário ao envelhecimento
b. Por alterações sócio-economicos, interacções medicamentos
4. Rever as principais síndromes da desnutrição
a. Calórico-Marasmo
b. Proteica-Kwashiorkor
c. Proteicocalórico

Anamnese e Exame 1. Enumerar as perguntas a fazer na recolha enfocada da anamnese que poderão 1
Físico identificar a desnutrição e determinar a sua causa, incluindo
a. Quantidade de dieta ingerida
b. Restrições religiosas
c. Condições gerais de vida
Desnutrição 2. Descrever como fazer uma avaliação da desnutrição incluindo:
a. Estado mental
b. Pele (buscar sinais como palidez, queilose, petéquias, hiperceratose,
alopecia, ulcera de decúbito, ...)
c. Olhos (presença de blefarite, cegueira nocturna,..)
d. Sistema cardiovascular (sinais de insuficiência cardíaca congestiva)
e. Sistema nervoso (presença de neuropatia periférica)
f. Presença de edema
3. Calcular o índice da massa muscular

Testes Laboratoriais 1. Rever os testes laboratoriais que podem ser úteis num paciente desnutrido 0.5
e Tratamento 2. Descrever os princípios do tratamento da desnutrição
a. Cuidados gerais
b. Suplemento nutricional
3. Diferenciar o tratamento de desnutrição dado à adultos do tratamento de crianças
desnutridas

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 557


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Definição e Gestão 1. Definir abuso de idosos 0.5
2. Descrever diferentes cenários de abuso – físico, financeiro, sexual, emocional
3. Discutir a prevalência do abuso em Moçambique
4. Falar sobre os princípios de gestão de abuso de idosos, incluindo
Abuso de Idosos encaminhamento para agências de protecção social
Anamnese e Exame 1. Enumerar as características da Anamnese que podem alertar a equipa de saúde 0.5
Físico para a presença de abuso
2. Descrever o que procurar quando se suspeita de um diagnóstico de abuso físico
ou sexual
Definição 1. Definir debilidade e dar exemplos de debilidade leve e debilidade grave 0.5
2. Descrever como reconhecer quando esta fase ocorre
3. Distinguir a debilidade da fase terminal
4. Descrever as causas comuns de debilidade grave em idosos

Anamnese e Exame 1. Enumerar os diferentes componentes da Anamnese de um idoso com debilidade 0.5
Físico incluindo uma lista de problemas e história social e familiar
2. Descrever a realização de um exame físico num idoso com debilidade, tendo em
atenção:
a. A integridade da pele e mudanças de pressão
b. Estado nutricional
Debilidade
c. Presença de dor e esclarecer a causa da dor
d. Avaliação da continência
e. Avaliação da presença de prisão de ventre
f. Avaliação da boca e do nível de hidratação

Testes Laboratoriais 1. Descrever as investigações apropriadas para os idosos com debilidade 0.5
e Tratamento 2. Enumerar o tratamento (medicamentoso e não-medicamentoso) disponível para:
a. Falta de apetite
b. Pele frágil
c. Dores
d. Prisão de ventre

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 558


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Definição 1. Definir o que são cuidados paliativos 0.5
2. Descrever as situações clínicas em que os cuidados paliativos são apropriados
3. Descrever exemplos de abordagens paliativas farmacológicas utilizados para
diminuir o sofrimento na fase final da vida
4. Discutir os aspectos éticos e jurídicos dos cuidados paliativos

Conduta 1. Descrever os medicamentos mais comuns utilizados em cuidados paliativos e 2


suas indicações, doses e vias de
administração
2. Descrever o que pode ser feito pelos pacientes na fase terminal, acerca de:
a. Alívio da dor
Cuidados Paliativos b. Conforto respiratório (redução das secreções, inalações, nebulizadores,
oxigénio)
c. Cuidados da bexiga e dos intestinos
d. Cuidados dermatológicos
e. Nutrição e hidratação
3. Descrever o papel, função e desenvolvimento de uma equipa multidisciplinar na
prática de cuidados paliativo
4. Discutir a importância do apoio psicossocial
5. Descrever os métodos para gerir as questões psicológicos, sociais e espirituais
dos pacientes em cuidados paliativos e suas famílias.
6. Discutir a gestão da dor e luto, bem como o papel da equipa multidisciplinar no apoio
aos familiares em luto

Apresentação 1. Debater a apresentação atípica de algumas das doenças comuns que se podem 0.5
manifestar nos idosos, incluindo:
Apresentação a. Infecção respiratorias
Atípica das b. Síndrome coronária aguda
Doenças Comuns c. Abdómen agudo
d. Infecção das vias urinárias
e. Desidratação

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 559


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
História Clínica e 1. Descrever os sinais e sintomas que podem conduzir ao diagnóstico das 0.5
Exame Físico condições quando estas têm uma apresentação clínica invulgar
2. Descrever os sinais físicos que podem estar ausentes ou atenuados em idosos
com os diagnósticos enumerados acima

Epidemiologia e 1. Definir incapacidade, invalidez e deficiência Enumerar as estatísticas conhecidas 0.5


Etiologia da do número de pessoas deficientes, seja qual for a causa, em Moçambique
Invalidez e 2. Agrupá-las por causa se estas estatísticas forem conhecidas
Deficiência 3. Enumerar as causas comuns da invalidez em Moçambique
4. Descrever o quadro demográfico da invalidez, em Moçambique

Conduta da 1. Descrever os princípios da reabilitação 0.5


Invalidez e
Invalidez 2. Descrever o papel do fisioterapeuta e do terapeuta ocupacional
Deficiência
3. Definir o tratamento actual disponível para contracturas dos membros,
elasticidade e dor crónica
4. Descrever auxiliares de marcha e sua utilização
5. Enumerar os serviços apropriados a que as pessoas com incapacidades podem
aceder
6. Descrever os direitos legais e outros dos incapacitados em Moçambique

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 560


4º. Semestre
ESTÁGIO
Local do Estágio:
• Consultas de doenças crónicas
• Consultas externas
• Enfermaria de Medicina
Duração: 4 semanas
Supervisor:
• Técnico de Medicina
• Médicos da clínica geral
Técnicas a Demonstrar:
• Elaboração da anamnese e exame físico (incluindo exame neurológico de um paciente
idoso
• Interpretação dos raio-X mostrando fracturas comuns
• Interpretação dos resultados de uma Amostra de Urina do Jacto Médio
• Avaliação da nutrição usando a circunferência do meio do braço e o índice da massa
corporal

Seminário de Discussão de Estágio


• Apresentação de 1 caso observado durante o estágio, que poderá ser entre os
seguintes:
o Avaliação inicial de um paciente que sofreu uma queda
o Avaliação de deficiência cognitiva
o Avaliação de um paciente com invalidez física a longo prazo
o Gestão de pacientes com doenças crónicas tais como diabetes
o Avaliação de pacientes idosos débeis e desnutridos
o Avaliação e gestão da incontinência urinária
o Gestão de pacientes com necessidade de cuidados paliativos

• Para cada caso apresentado, é necessário incluir resultados relevantes da história


clínica e do exame físico, discutir os meios diagnósticos utilizado para diagnosticar o
paciente, e o diagnóstico diferencial. O TM deverá descrever a conduta terapêutica do
paciente, incluindo terapias farmacológicas e não farmacológicas, a educação do
paciente, o prognóstico, e o acompanhamento. Indicações para a transferência
imediata ou o encaminhamento adequado devem ser incluídas na apresentação.

• O docente deve rever os casos com o grupo para:


o Evidenciar aspectos chave da anamnese e exame físico
o Quando apropriado, rever a fisiologia e fisiopatologia
o Rever as considerações efectuadas para chegar a um diagnóstico diferencial
o Discutir como desenhar e implementar uma conduta terapêutica

AVALIAÇÃO
Avaliação Teórica
• 1 teste escrito parcial , com peso de 20%

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 561


4º. Semestre
• Exame escrito final, com peso de 30%

Avaliação Prática
• Demonstração de técnicas / procedimentos no laboratório (humanístico ou multi-
disciplinar com peso de 10%

Avaliação do Estágio
• Apresentação de 1 caso observado durante o estágio, com peso de 20%
• Demonstração duma história clínica (anamnese e exame físico) dirigido ao sistema,
com paciente 20%

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 562


4º. Semestre
Disciplina de Gestão e Administração II
Semestre: IV
CARGA HORÁRIA
Horas por Duração Total
Semana (semanas) de Horas
Aulas Teórico-Práticas 3-4 12 46
Avaliação -- -- 2
Laboratório - - -
Discussão de Estágio* - - -
Número Total de Horas da Disciplina 48 horas
* Neste semestre, os estudantes terão 4 semanas (25h/semana) de estágio nas
enfermarias de pacientes internados e de pacientes do ambulatório e 4 semanas de
estágio na Pediatria e nos serviços de SMI.

PRÉ-REQUISITOS:
• Seminário Preparatório;
• Ética e Profissionalismo I e II;
• Saúde da Comunidade;
• Gestão e Administração I;
• Enfermagem.
DOCENTES:
• Técnicos de Medicina com um mínimo de 5 anos de experiência como directores de uma US;
• Técnicos Médios de Administração Hospitalar;
• Técnicos Superiores de Administração.

COMPETÊNCIAS A SEREM ADQUIRIDAS ATÉ AO FINAL DA DISCIPLINA:


O Técnico de Medicina será capaz de realizar as seguintes tarefas:
14. Administrar instalações, materiais e equipamentos das Unidades Sanitárias incluindo:
a. Verificar e aprovar requisições para todo o material;
b. Controlar o preenchimento correcto atempado das fichas de controlo de stock;
c. Verificar, resumir e aprovar os planos de necessidades de materiais consumíveis
para sua US e a sua área de saúde (PAV, SMI, enfermagem, farmácia, laboratório,
raio-X se, limpeza);
d. Elaborar os planos de distribuição de produtos consumíveis para sua US e a sua
área de saúde;
e. Supervisionar e analisar a utilização do material (através do movimento de
requisições e fichas de stock);
f. Elaborar a proposta de planos de manutenção de imóveis;
g. Elaborar propostas para manutenção/reparações/reposição de equipamentos.
15. Desenvolver planos de gestão e administração financeira incluindo:
a. Em conjunto com os membros do seu colectivo elaborar a proposta do orçamento
e previsão de alocação e fluxo de fundos de acordo com as necessidades;
b. Monitorar o fluxo e a aplicação correcta de fundos;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 563


4º. Semestre
c. Monitorar a aplicação de normas de contabilidade;
d. Verificar e aprovar as requisições de fundos de funcionamento;
e. Verificar e aprovar as requisições de pagamento;
f. Verificar o preenchimento correcto de livros de escrituração obrigatória;
g. Verificar e aprovar o processamento de salários e outras remunerações.
16. Organizar e supervisionar serviços clínicos incluindo:
a. Estruturar as actividades clínicas de acordo com o nível de unidade sanitária;
b. Organizar a funcionalização do organigrama clínico;
c. Elaborar e supervisionar as escalas clínicas;
d. Organizar e supervisionar o sistema de controlo de medicamentos críticos
incluindo níveis e qualidade de prescrição (estupefacientes, medicamentos para
epidemias, etc...);
e. Liderar a coordenação intersectorial para responder à demanda de serviços;
f. Convocar e facilitar reuniões clínicas (discutir casos ou problemas de diferentes
serviços);
g. Fazer a revisão de processos clínicos;
h. Fazer a análise e tomar decisões de transferência e evacuações de doentes;
i. Fazer a divulgação e controlo de cumprimento de protocolos terapêuticos;
j. Controlar o cumprimento de normas de biossegurança);
k. Fazer a monitoria das taxas de:
i) Mortalidade intra-hospitalar;
ii) Utilização de serviços (TMP, TOC, etc.).

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 564


4º. Semestre
Plano Temático
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Introdução a Gestão 1. Definir em linhas gerais as tarefas principais na gestão e administração do: 0.5
e Administração de a. Património do SNS;
Recursos Materiais b. Material consumível;
c. Meios de transporte.

Gestão e Controle de 1. Definir e em linhas gerais e descrever os processos do sistema logístico de 8


Materiais aprovisionamento.
Consumíveis Não 2. Listar as linhas de responsabilidade ao nível do distrito e do nível das várias
Medicamentosos unidades sanitárias.
3. Listar e descrever as normas e procedimentos das etapas de
aprovisionamento:
a. Estimativa/cálculo de necessidades;
b. Procura/aquisição;
c. Recepção/armazenamento;
Administração e
d. Distribuição.
Gestão de Recursos
4. Descrever o processo e frequência de aquisição de materiais não
Materiais
consumíveis através dos mercados locais, do armazém provincial ou através
de doadores.
5. Descrever os passos de verificação, aprovação e elaboração de requisições
para todo material (medico, cirúrgico, de limpeza, etc.).
6. Descrever o processo de controlo do preenchimento correcto e atempado
das fichas de controlo de stock.
7. Descrever as normas e os critérios de armazenamento dos vários tipos de
stock.
8. Verificar, resumir e aprovar os planos de necessidades de material
consumível para a US e as respectivas áreas de saúde (PAV, SMI,
enfermagem, farmácia, laboratório, raio-X, limpeza).
9. Elaborar os planos de distribuição de matérias consumíveis para a US e a
área de saúde.
10. Supervisionar e analisar a utilização do material (através do movimento de

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 565


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
requisições e fichas de stock).

Gestão e 1. Definir património e diferenciar dos bens consumíveis. 3


Manutenção do 2. Listar o que compõe o património de um Centro de Saúde (edifícios e infra-
Património do SNS estruturas, apetrechamento e mobiliário, equipamentos técnicos diversos,
meios de transporte).
3. Descrever o papel do gestor da Unidade Sanitária:
a. Na manutenção do inventário dos bens do estado;
b. Na manutenção dos bens patrimoniais para evitar deterioração.
4. Descrever e demonstrar os processos de elaboração e manutenção do
inventário do património incluindo registo correcto da aquisição, abate,
inutilização e movimento de uma direcção para outra.
5. Indicar os processos e periodicidade do inventário físico.
6. Descrever, explicando o propósito, a importância, e a responsabilidade no
centro de saúde da manutenção preventiva, reparação e reabilitação.
7. Explicar os processos de comunicação de necessidades de manutenção ao
Núcleo Provincial de Manutenção.
8. Descrever as principais actividades de manutenção da responsabilidade dos
funcionários do distrito.
9. Elaborar uma proposta de plano de manutenção de imóveis.
10. Elaborar propostas para manutenção/reparações/reposição de equipamentos.
11. Elaborar o orçamento para a manutenção do património de um Centro de
Saúde.

Gestão, Controle e 1 Definir gestão de medicamentos. 13


Dispensa de 2 Listar e explicar o ciclo de aprovisionamento de medicamentos, incluindo
Medicamentos os ciclos de selecção, procura, distribuição e uso.
3 Explicar a diferença entre o abastecimento regular (via clássica),
abastecimento especial, e abastecimento programado de Kits.
4 Listar e explicar os passos de recepção de medicamentos.
5 Preencher as partes relevantes da Guia de Remessa/Entrada e do relatório

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 566


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
de Ocorrência.
6 Listar e explicar os 4 passos do processo de abertura dos Kits.
7 Preencher a lista de embalagem do Kit “A” e Kit “B”.
8 Listar os produtos nas fichas de stock individuais.
9 Explicar os princípios e as particularidades da conservação de
medicamentos.
10 Listar os elementos adversos dos medicamentos (calor, luz, humidade,
ratos, insectos, e roubo) e fornecer orientações sobre como protegê-los.
11 Explicar a importância de verificar os prazos de validade e fornecer
orientações acerca das normas dessa verificação.
12 Listar as regras de arrumação de medicamentos, e explicar como seguir
esses regulamentos.
13 Listar os produtos que requerem condições especiais de armazenamento
(vacinas, insulina, oxitócicos, estupefacientes, psicotrópicos, inflamáveis) e
para cada tipo explicar as condições.
14 Explicar a utilização da Ficha de stock (objectivo) ao nível do depósito do
Centro de Saúde.
15 Preencher o Modelo (3) Ficha de Stock.
16 Definir os processos de inutilização de stock.
17 Preencher a guia de remessa para a devolução de stock.
18 Explicar o processo através do qual os serviços do ambulatório e
internamento devem solicitar medicamento ao depósito da US.
19 Explicar a hierarquia de responsabilidades para distribuição e gestão de
medicamentos nos serviços ambulatórios e de internamento.
20 Serviços ambulatórios:
a. Listar os objectivos da receita médica;
b. Preencher o formulário da receita médica e indicar que componentes
são da responsabilidade do prescritor e do farmacêutico;
c. Preencher o formulário de receita médica de estupefacientes e
substâncias psicotrópicas;
d. Descrever os passos que o farmacêutico deve seguir após recepção da

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 567


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
receita médica para:
i. Verificar a receita;
ii. Recolher e embalar os medicamentos;
iii. Confirmar as instruções e explicar ao paciente.
21 Serviços de Internamento:
a. Descrever o processo de controlo e gestão dos medicamentos,
utilizando a Ficha de Stock (modelo 03);
b. Preencher a Ficha de controlo de stock;
c. Descrever o processo de realização do inventário mensal ao nível das
enfermarias e do serviço ambulatório.
d. Descrever o processo de solicitação de medicamentos, utilizando a
Requisição Interna/Balancete;
e. Resumir o processo de preenchimento de Requisição Interna/Balancete
dos medicamentos, incluindo a periodicidade e responsabilidade;
f. Identificar o preenchimento correcto da Requisição Interna/Balancete;
g. Descrever os processos de encomenda, controlo e levantamento no
depósito fornecedor;
h. Listar e descrever as normas de dispensa de medicamentos nas
enfermarias.
22 Descrever o processo de requisição de um reforço de medicamentos pela
via clássica.
23 Preencher uma Requisição Especial de Reforço.
24 Listar as pastas de arquivo da farmácia de unidade sanitária, incluindo
pastas de:
a. Requisições/Balancete;
b. Guias de Remessa/Entrada;
c. Requisição de reforço;
d. Requisições internas;
e. Receitas médicas.

Gestão e Gestão e 1. Descrever os princípios e as normas de um sistema de contabilidade (cada 7.5

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 568


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Administração Administração movimento de fundo precisa ser devidamente autorizado, ter o
Financeira Financeira comprovativo, ser devidamente registado no livros etc...).
2. Preencher um formulário de requisição de pagamento.
3. Explicar como organizar os arquivos de comprovação de gasto (recibos)
conforme as normas do SNS.
4. Preencher correctamente os livros de contabilidade.
5. Elaborar uma proposta de orçamento.
6. Confrontar gastos com um orçamento aprovado (análise de fluxo de
fundos).
7. Descrever uma reconciliação bancária e explicar a importância e
periodicidade.
8. Fazer uma reconciliação bancária.
9. Elaborar um relatório financeiro.

Atendimento 1. Explicar a importância crítica da supervisão frequente da qualidade do 9


Externo atendimento externo.
(Triagem de adultos 2. Explicar o papel do responsável clínico na supervisão.
e crianças, 3. Listar e explicar as normas básicas que devem orientar a organização do
urgências, consulta atendimento externo.
médica) 4. Listar os indicadores que devem ser medidos na supervisão de atendimentos
externos:
Organização e a. Número total de consultas na US;
Supervisão de b. Tabela com número e percentagem das actividades de atendimento
Serviços Clínicos externo;
c. Razão das consultas/habitante;
d. Razão das consultas de triagem/clínico-dia;
e. Percentagem de receitas com 3 ou mais e com prescrição de
antibióticos;
f. Percentagem de casos de malária com confirmação laboratorial
registada;
g. Tabela referente ao número das causas mais frequentes de consultas;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 569


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
h. Condições e equipamento que garantem a qualidade do diagnóstico e do
tratamento na consulta;
i. Disponibilidade de condições e equipamento por atendimento de
emergência;
j. Qualidade de execução duma consulta de triagem de adultos;
k. Qualidade de execução duma consulta de triagem de crianças.
5. Para cada um dos indicadores acima mencionados indica o que se deve
medir, como calcular (se relevante), a frequência e o processo de recolher
os dados, e o preenchimento de formatos (quando relevante).
6. Listar os passos de uma “boa”consulta externa (de triagem) de adultos e
crianças.
7. Controlar a qualidade de execução de uma consulta de adultos, usando a
Lista de Controlo de Execução duma Consulta de Triagem de Adultos (#3)
e Crianças (#4).

Maternidade 1. Explicar o papel do director clínico perante os serviços da maternidade, 5


Internamento, incluindo a sua responsabilidade de decidir se um ARO pode ser tratado no
Cuidados de Centro de Saúde ou se deve ser referido a um nível de atendimento mais
Enfermagem, diferenciado.
Biossegurança e 2. Listar as patologias graves e emergências de maternidade que geralmente
Referência ao Nível podem ser atendidas num CS.
Superior 3. Listar os indicadores que devem ser medidos na supervisão de atendimentos
externos:
a. Número de partos comparando com o ano anterior;
b. Percentagem de partos ARO’s sobre o total de partos;
c. Cobertura de partos institucionais;
d. Taxa de morte materna;
e. Taxa de natimortalidade geral;
f. Taxa de focos perdidos intra-parto;
g. Razão de partos/parteira-dia na maternidade-sede.
4. Para cada um dos indicadores acima mencionados indica o que se deve

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 570


4º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
medir, como calcular (se relevante), a frequência e o processo de recolher
os dados, e o preenchimento de formatos (quando relevante).
5. Verificar e demonstrar o preenchimento do livro de registo de maternidade.
6. Descrever as considerações principais no atendimento de um parto,
incluindo as rotinas de observação e o preenchimento correcto do processo
de internamento.
7. Descrever e demonstrar o preenchimento do livro de partos.
8. Descrever o equipamento requisitado para a sala de partos (Lista de
controlo no. 1).
9. Descrever os medicamentos e artigos para a sala de partos (Lista de
controlo no. 2).
10. Descrever as considerações para o conforto e qualidade do internamento na
maternidade (Lista de controlo no. 3).
11. Descrever as considerações principais na organização e qualidade do
internamento sob os seguintes 2 aspectos:
a. Aspectos hoteleiros como o estado das camas, a alimentação o estado de
higiene das casas de banho e das enfermarias;
b. Aspectos Clínicos incluindo:
i. Verificar o preenchimento correcto e actualizar atempadamente o
livro de registo;
ii. Descrever o propósito do processo clínico;
iii. Listar as informações que devem constar no processo clínico;
iv. Demonstrar o processo de verificação do processo clínico;
v. Descrever o propósito e processo para organizar reuniões técnicas
com o pessoal do internamento.
12. Listar os equipamentos precisos para esterilização e manutenção de
biossegurança.
13. Listar as normas de biossegurança, incluindo processos de esterilização.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 571


4º. Semestre
AVALIAÇÃO
Avaliação Teórica
• Um teste escrito parcial , com um peso de 20%;
• Exame escrito final, com um peso de 30%.

Avaliação Prática
• Um exercício ligado ao preenchimento de formatos para o controlo de stock, com um peso de
15%;
• Um excercício ligado à gestão financeira, com um peso de 15%.

Avaliação do Estágio
• Relatório da pesquisa sobre desafios encontrados no controlo de materiais nos Centros de
Saúde, Hospitais e Unidades Sanitárias, com um peso de 20% (a ser elaborado durante o
estágio rural integral no 5º semestre)

BIBLIOGRAFIA
• Chiavenato I. Introdução à teoria geral de administração.
• Governo da Republica de Moçambique. Regulamento do estatuto geral dos funcionários e
agentes do estado (REGFAE). 1o ed. Ministério da Função Pública, Imprensa Nacional de
Moçambique.
• Ministério de Saúde (MISAU), Direcção Nacional de Recursos Humanos, Departamento de
Formação. Guião para o gestor distrital de saúde, 2003.
• MEDEX Primary Health Care Series. Trabalhando com a equipa de saúde (Working with the
health team). Honolulu: University of Hawaii; 1983.
• MEDEX currículo. Certificado do associado de ciência (Associate of science degree).
Cooperativa de Guayana: Ministério de Saúde, Departamento de Educação das Ciências da
Saúde. Republica; 2008.
• McMahon R. Barton E. Piot M. Sendo um líder: um guia para a gestão no cuidado primário
(On being in charge: a guide to management in primary health care). Geneva: Organização
Mundial de Saúde; 1992.
• Scuccato, R., Leopoldo da Costa, J, Mendes L. Guião para supervisão de Centros De Saúde:
Manual de utilização. MISAU - Direcção dos Recursos Humanos – Departamento de
Formação; 1997.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 572


4º. Semestre
5º. Semestre

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 573


5º. Semestre
Disciplina de Gestão e Administração III
Semestre: V
CARGA HORÁRIA
Horas por Duração Total
Semana (semanas) de Horas
Aulas Teórico-Práticas 33 1 33
Avaliação -- -- 2
Laboratório -- -- --
Discussão de Estágio* -- -- --
Número Total de Horas da Disciplina 35 horas
* Neste semestre os estudantes terão 4 semanas (25 h/ semana) de estágio na sala de
emergências.

PRÉ-REQUISITOS:
• Seminário Preparatório;
• Deontologia e Ética Profissional I e II;
• Gestão e Administração I e II.
DOCENTES:
• Técnico de Medicina com um mínimo de 5 anos de experiência como directores de uma US;
• Técnicos Médios de Administração Hospitalar;
• Técnicos Superiores de Administração.

COMPETÊNCIAS A SEREM ADQUIRIDAS ATÉ O FINAL DA DISCIPLINA:


O Técnico de Medicina será capaz de realizar as seguintes tarefas:
17. Supervisionar Unidades Sanitárias periféricas, incluindo:
a. Supervisionar as actividades clínicas;
b. Verificar o preenchimento correcto da documentação clínica;
c. Verificar a qualidade das prescrições;
d. Verificar o funcionamento dos sistemas administrativos;
e. Resolver problemas logísticos da US;
f. Desenvolver as relações comunitárias.
18. Administrar o Sistema de Informações de Saúde (SIS), incluindo:
i. Preencher registos que alimentam o “Pacote Básico” do SIS;
j. Arquivar processos e fichas que alimentam o SIS;
k. Preencher os impressos do “Pacote Básico” do SIS;
l. Treinar e supervisionar os quadros de saúde no preenchimento dos livros de registo e
impressos da sua área;
m. Utilizar o Pacote Básico do SIS para lançar dados e produzir os relatórios relevantes;
n. Interpretar e explicar os relatórios e gráficos do pacote básico aos colegas;
o. Facilitar a reunião do núcleo de planificação estatística da US onde trabalha;
p. Elaborar relatórios estatísticos descritivos semestralmente e anualmente para apresentação
a outros níveis hierárquicos.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 574


5º. Semestre
Plano Temático
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Introdução a 1. Explicar o objectivo da supervisão da US periférica. 1
Supervisão da US 2. Explicar o enquadramento da US no organigrama do distrito.
Periférica 3. Explicar e contrastar o papel do Director Distrital e Director Clínico, em
relação à US periférica.
4. Listar e comparar as diferentes visitas de supervisão:
a. Supervisão Rápida / Preventiva;
b. Supervisão regular / Construtiva;
c. Visita de seguimento ou para resolver um problema específico /
Correctiva.
5. Listar a frequência de visitas à US, recomendada pelo SNS.
6. Listar as questões/considerações chave que devem ser respondidas numa
visita de supervisão.

Como Realizar uma 1 Explicar os objectivos principais de uma supervisão rápida. 9


Supervisão
Supervisão Rápida/ 2 Listar os membros da equipa ideal e da equipa mínima de supervisão rápida
(Gestão) da US
Preventiva (e indicar as responsabilidades de cada membro).
Periférica
3 Listar o conteúdo do “Kit de Supervisão Rápida” e a preparação precisa
para uma supervisão rápida.
4 Descrever os passos e as “perguntas chave” que devem ser respondidas no
processo de supervisão rápida.
5 Descrever o Processo de Avaliação de Desempenho da US:
a. Descrever as considerações chave e o processo de uma supervisão de
consultas médicas;
b. Listar os “15 indicadores de uma consulta de pediatria perfeita”;
c. Demonstrar o preenchimento correcto do “Modelo de Supervisão nas
Consultas”;
d. Demonstrar o preenchimento correcto dos 10 Cartões de Supervisão da
US e na base desses elaborar a “Ficha de Avaliação de qualidade de
Serviço”.
6 Descrever o processo de análise do desenvolvimento da US, em comparação

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 575


5º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
com desempenho das outras US no distrito:
a. Elaborar gráficos, mostrando o desenvolvimento da US e comparar
com o desempenho de outras US;
b. Explicar e demonstrar como dar retorno ao responsável e à equipa da
US.
7 Descrever o processo para apoiar o responsável da US na elaboração de um
plano de acção trimestral para atender às fraquezas identificadas.
8 Descrever os passos seguintes de supervisão e capacitação para resolver os
problemas identificados na visita.
9 Descrever as vantagens e limitações da visita de supervisão rápida.

Como Realizar uma 1 Descrever a diferença entre uma visita de supervisão rápida e uma visita de 5
Supervisão Regular / supervisão regular.
Construtiva 2 Descrever o papel do Director Distrital e Director Clínico na visita de
supervisão distrital.
3 Descrever as indicações de uma visita de supervisão.
4 Encontrar informações relevantes no instrumento obrigatório de supervisão,
o “Guião para Supervisão de Centros e Postos de Saúde”.
5 Listar as actividades que devem ser realizadas antes da visita.
6 Descrever as actividades que devem ser realizadas depois da visita de
supervisão, incluindo a elaboração de relatórios, a disseminação de
resultados e a elaboração de planos para resolver problemas identificados e
reforço dos pontos fortes.

Sistema de 1. Descrever os Sistemas de Informação de saúde e explicar em linhas gerais 9


Informação de Saúde os propósitos e objectivos.
Sistema de 2. Descrever as normas que definem quem, como e quando se devem realizar
Informação de as várias actividades do SIS e qual é a periodicidade do envio e do fluxo.
Saúde 3. Descrever as actividades principais do SIS, incluindo registo, recolha,
elaboração, apresentação, interpretação e utilização dos dados.
4. Descrever as considerações principais no controlo de qualidade do SIS.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 576


5º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
5. Descrever todos os registos que alimentam o “Pacote Básico” do SIS e
preenchê-los correctamente.
6. Arquivar correctamente os vários processos e fichas que alimentam o SIS.
7. Definir e interpretar os seguintes indicadores derivados do recenseamento e
dos inquéritos:
a. Taxa bruta de mortalidade;
b. Taxa de mortalidade infantil;
c. Taxa bruta de natalidade;
d. Taxa de prevalência de infecção por tuberculose;
e. Taxa de seroprevalência do vírus HIV.
8. Definir, interpretar e calcular os indicadores chave do SIS.
9. Interpretar e explicar os relatórios e gráficos do pacote básico.
10. Facilitar a reunião do núcleo de planificação estatística da US onde
trabalha.
11. Elaborar relatórios estatísticos e descritivos semestralmente e anualmente
para apresentação a outros níveis hierárquicos.

SIS na Sala de 1. Preencher manualmente ou usando Excel os 15 impressos (relevantes) do 9


Informática “Pacote Básico” do SIS.
2. Calcular os indicadores chave do SIS.
3. Abrir o programa do Pacote Básico no computador.
4. Lançar e apagar/corrigir dados no programa do Pacote Básico.
5. Produzir e exportar para Excel os relatórios através do programa do Pacote
Básico.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 577


5º. Semestre
ESTÁGIO
Local do Estágio Rural: Centro de Saúde Rural e Núcleo de Estatística Distrital.
Duração: 8 semanas
Supervisores: Técnicos de Medicina Preventiva, Directores Clínicos e Directores ao nível
distrital.
Técnicas a Demonstrar:
• Realizar uma visita de supervisão rápida de uma US periférica, incluindo
fornecimento de retorno a equipa da US;
• Controlar a qualidade na recolha de dados para o SIS;
• Demonstrar o preenchimento correcto de uma ficha de controlo de stock
• Elaborar os planos de distribuição de matérias consumíveis para sua US e sua área de
saúde;
• Demonstrar a elaboração e manutenção do inventário do património, incluindo o
registo correcto de movimentos;
• Preencher as partes relevantes da Guia de Remessa/Entrada e do Relatório de
Ocorrência para os medicamentos;
• Demonstrar os 4 passos do processo de abertura dos Kits;
• Demonstrar o preenchimento correcto da lista de embalagem do Kit “A” e kit “B”;
• Preencher correctamente o Modelo (3) Ficha de Stock para os medicamentos;
• Preencher correctamente o formulário da receita médica;
• Preencher correctamente um formulário de requisição de pagamento;
• Elaborar uma proposta de orçamento;
• Fazer uma reconciliação bancária;
• Elaborar um relatório financeiro;
• Controlar a qualidade de execução de uma consulta de adultos usando a Lista de
Controlo de Execução de uma Consulta de Triagem de Adultos (#3) e Crianças (#4);
• Verificar e demonstrar o preenchimento correcto do livro de registo de maternidade;
• Demonstrar o processo de verificação de um processo clínico;

Seminário Pós Estágio Rural:


• Discussão de problemas e desafios encontrados no controlo de materiais no CS
durante o estágio rural;
• Discussão do controlo de qualidade de execução de uma consulta de adultos e
crianças;
• Análise de desafios da gestão de recursos humanos no CS e um plano para
melhoramento;
• Discussão dos problemas e desafios encontrados na Supervisão Rápida.

AVALIAÇÃO
Avaliação Teórica
• Parcial: 1 teste escrito, com um peso de 15%;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 578


5º. Semestre
• Final: 1 exame final, com um peso de 15%.

Avaliação Prática
• Preenchimento das 15 fichas do Pacote Básico do SIS, cada uma com peso de 3% (peso total
de 45%);
• Elaboração de um relatório do SIS que inclui, pelo menos, 1 gráfico, com um peso de 10%.

Avaliação do Estágio
• Relatório sobre uma visita de supervisão rápida a uma US, com um peso de 15%.

BIBLIOGRAFIA
• Ministério de Saúde (MISAU), Direcção Nacional de Recursos Humanos, Departamento de
Formação. Guião para o gestor distrital de saúde, 2003.
• Scuccato, R., Leopoldo da Costa, J, Mendes L. Guião para supervisão de Centros De Saúde:
Manual de utilização. MISAU - Direcção dos Recursos Humanos – Departamento de
Formação; 1997.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 579


5º. Semestre
Disciplina de Medicina Legal
Semestre: V
CARGA HORÁRIA
Horas por Duração Total
Semana (semanas) de Horas
Aulas Teórico-Práticas 33 1 33
Avaliação -- -- 2
Laboratório -- -- --
Discussão de Estágio* 5 2 10
Número Total de Horas da Disciplina 45 horas
* Neste semestre os estudantes terão 4 semanas (25 h/ semana) de estágio na sala de
emergências.

PRÉ-REQUISITOS:
• Anatomia e Fisiologia;
• Semiologia 1 e 2;
• Deontologia;
 Todas as disciplinas de ciências médicas, incluindo Introdução às Ciências Médicas.
DOCENTES:
 Enfermeiros com experiência na área de Medicina Forense;
 Técnicos de Medicina Especializados em Ensino com experiência;
 Médicos de Clínica Geral;
 Especialistas em Medicina Legal.

COMPETÊNCIAS A SEREM ADQUIRIDAS ATÉ AO FINAL DA DISCIPLINA:


O Técnico de Medicina será capaz de realizar as seguintes tarefas:
12. Confirmar os óbitos intra- e extra-hospitalares e emitir parecer sobre a causa da morte, tendo
em conta os sinais, a historia clínica e a informação fornecida pelos familiares e outros
acompanhantes e preenchimento de certificados de óbito.
13. Integrar-se nas equipas da polícia de investigação criminal para observar no caso de
ocorrência de óbitos extra-hospitalares e emitir parecer sobre a causa da morte (tendo em
conta os sinais visíveis no óbito – não executam autópsias).
14. Examinar vítimas de agressões físicas (incluindo agressões sexuais – violação e tentativa de
violação) e emitir parecer médico ou certificação de assistência da primeira intenção.
15. Examinar e emitir uma guia de transferência com seu parecer para o médico legista mais
próximo, em caso de incapacidade permanente e doenças profissionais.
16. Examinar pacientes e emitir atestados médicos, segundo as normas hospitalares vigentes e
emitir guias de transferência, em casos de necessidade de seguro médico.
17. Denunciar as suspeitas de más práticas médicas e condutas de enfermagem, de acordo com o
seu nível de conhecimento.
18. Fazer a avaliação e emitir parecer em caso de necessidade de interrupção da gravidez, se a lei
o permitir. Sugerir a interrupção da gravidez em circunstâncias especiais.
19. Fazer a avaliação e parecer em casos suspeitos de infanticidio, tendo em conta os sinais que o
infante apresente.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 580


5º. Semestre
20. Fazer avaliação quando se tratar de aborto ilegal, baseando-se em sinais colhidos durante o
exame visual, informação fornecida pela policia, familiares e acompanhantes, no caso de
aborto ilícito.
21. Fazer a investigação e referência aos Serviços de Acção Social de casos suspeitos de abuso ou
negligência de crianças, deficientes físicos ou mentais, idosos e pessoas sofrendo de
invalidez.
22. Fazer uma revisão da organização do poder judicial em Moçambique, desde a localidade até
ao centro. Saber em que situações e circunstâncias poderão abordar cada um desses sistemas.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 581


5º. Semestre
Plano Temático
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Terminologia 1. Definir os seguintes termos: 1
a. Medicina Legal ou Forense;
b. Tanatologia;
c. Traumatologia forense;
Introdução ao d. Obstetrícia forense;
Estudo da e. Medicina do trabalho.
Medicina Legal
Introdução 1. Identificar as características de Medicina Legal. 4
2. Descrever a importância da Medicina Legal e sua aplicação prática.
3. Listar as actividades que constituem as perícias médico-legais.

Organização do 1. Descrever a organização do poder judicial em Moçambique, desde o nível da 1


Poder Judicial localidade até ao nível central.
2. Listar a função de cada um dos componentes deste sistema (Tribunais e
Procuradoria/Ministério Público).
Poder Judicial em 3. Explicar a relação entre a Medicina Legal e o Poder Judicial.
Moçambique 4. Enumerar os documentos médico-legais que o Técnico de Medicina terá que
preencher e a sua utilidade para o sistema judicial:
a. Certificados;
b. Atestados.

Terminologia 1. Definir morte. 5


2. Enumerar e diagnosticar os sinais que caracterizam a morte.
3. Diferenciar a morte natural da morte violenta.
4. Descrever os passos de um reconhecimento e levantamento cadavérico.
Tanatologia e 5. Listar e definir os destinos a dar ao cadáver.
Certificação da 6. Descrever os critérios para identificar o destino de um cadáver.
Morte
Certificado de Óbito 1. Descrever o propósito do certificado de óbito. 1
2. Descrever o processo de registo do certificado de óbito.
3. Explicar como obter o certificado de óbito.

Traumatologia Classificação de 1. Identificar as diferentes lesões e traumatismos. 4

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 582


5º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Forense Lesões Traumáticas 2. Classificar os diferentes agentes que produzem lesões.
3. Identificar as características das feridas por arma branca e arma de fogo.
4. Classificar as lesões contusas.

Certificação das 1. Elaborar o certificado das lesões. 3


Lesões 2. Descrever as características da lesão examinada (número, localização).
3. Explicar como manusear o certificado (que fontes usará para obter a informação e a
pedido de quem será passado o certificado).
4. Identificar a partir de imagens, vários tipos de lesão e preencher o certificado.

Terminologia 1. Identificar os sinais gerais e comuns dos tipos de asfixia mais frequentes 4
Asfixiologia (enforçamento, afogamento, estrangulamento e esganadura).
Forense 2. Elaborar um certificado de óbito de uma morte por asfixia mecânica.

Terminologia dos 1. Definir os seguintes termos: 2


Delitos Sexuais a. Violação;
Contemplados no b. Estupro;
Sexologia Forense Código Penal c. Atentado ao pudor.
2. Descrever os passos de um exame físico genital, anal e extra genital, nos casos de
suspeita de crimes sexuais.
3. Reconhecer as vítimas dos delitos sexuais e certificar ou fazer atestado.
Gravidez, Aborto e 1. Identificar as questões médico-legais que se podem apresentar no período obstétrico. 2
Parto de Interesse 2. Identificar as características de uma gravidez e parto recente.
Médico-Legal 3. Definir aborto.
4. Estabelecer os elementos que determinam o aborto ilícito.
5. Descrever as situações em que se deve suspeitar de um aborto ilegal.
Obstetrícia Forense
Infanticídio 1. Definir infanticídio. 2
2. Descrever os sinais no infante que podem sugerir infanticídio.
3. Descrever as situações em que se deve suspeitar de infanticídio.
4. Descrever os processos de reportae decasos suspeitas de infanticídio.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 583


5º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Doença Profissional, 2
Acidentes de 1. Descrever a anamnese e exame dum paciente e:
Medicina Legal do
a. Emitir um atestado em casos de enfermidade comum;
Trabalho e Seguro Trabalho e Seguro
b. Transferir os casos de incapacidade permanente e doenças profissionais.
Médico Médico

Abusos e Maus 1. Identificar as vítimas de agressão em mulheres e crianças, violência doméstica, 2


Medicina Legal Tratos violência nos idosos, deficientes físicos ou mentais.
Social 2. Transferir aos serviços de apoio às vítimas de abuso.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 584


5º. Semestre
ESTÁGIO
Local do Estágio: Serviços de Medicina Legal (quando houver), Morgue e Banco de
Socorros.
Duração: 4 semanas
Supervisores:
• Enfermeiros com experiência na área de Medicina Forense;
• Técnicos de Medicina Especializados em Ensino, com experiência;
• Médicos de Clínica Geral;
• Especialistas em Medicina Legal;
• Pós-graduados em Medicina Legal e Especialistas em Medicina Legal (quando houver).
Técnicas a Demonstrar:
• Descrever as características e a localização das lesões;
• Certificar a primeira intenção das lesões;
• Emitir relatórios de sanidade;
• Emitir guias de transferência e certificados de óbito.
Seminários de Discussão do Estágio:
• Apresentação de 1 caso observado durante o estágio, que poderá ser entre os
seguintes:
o Apresentação das lesões e como certificar no vivo;
o Diagnóstico de morte e certificado de óbito.

AVALIAÇÃO
Avaliação Teórica
• Parcial: 1 exame escrito, com um peso de 15%;
• Final: 1 exame cumulativo final, com um peso de 30 %.
Avaliação Prática
• Demonstração do preenchimento dos certificados de óbito, atestados de doença e
certificados de primeira intenção, com um peso de 15% cada (Total de 45%).
Avaliação do Estágio
• Apresentação de 1 caso observado no estágio, com um peso de 10%.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 585


5º. Semestre
Disciplina de Ensino e Supervisão de Estágio
Semestre: V
CARGA HORÁRIA
Horas por Duração Total
Semana (semanas) de Horas
Aulas Teórico-Práticas 33 1 33
Avaliação -- -- 2
Laboratório -- -- --
Discussão de Estágio* -- -- --
Número Total de Horas da Disciplina 35 horas
* Neste semestre os estudantes terão 4 semanas (25 h/ semana) de estágio na sala de
emergências.

PRÉ-REQUISITOS:
• Todas as disciplinas clínicas.
DOCENTES:
• Técnicos de Saúde Especializidos em Ensino/Pedagogia
• Psicopedagôgos.

COMPETÊNCIAS A SEREM ADQUIRIDAS ATÉ O FINAL DA DISCIPLINA:


O Técnico de Medicina será capaz de ministrar as disciplinas do curso e supervisionar
estagiários dos cursos de Técnicos de Medicina, Agentes de Medicina e Enfermagem, do nível
básico e médio. Para tanto se requer que seja capaz de :
17. Identificar as competências a serem desenvolvidas pela disciplina em foco;
18. Identificar e desenvolver objectivos de aprendizagem MARTE para alcançar as
competências;
19. Preparar os respectivos planos de aula;
20. Seleccionar os conteúdos a serem leccionados aos alunos para alcance dos objectivos de
aprendizagem;
21. Organizar os conteúdos de forma que facilitem aprendizagem;
22. Seleccionar métodos de ensino apropriados aos objectivos de aprendizagem;
23. Identificar e utilizar métodos expositivos e participativos de ensino e aprendizagem de
maneira eficaz, para cada conteúdo;
24. Elaborar textos de apoio;
25. Explicar acerca do funcionamento da Unidade Sanitária em que trabalha;
26. Integrar os objectivos do estágio com a teoria estudada na sala de aula;
27. Executar uma simulação clínica;
28. Explicar as técnicas e o raciocínio clínico ao longo da execução das tarefas clínicas;
29. Observar e fornecer retro-informação;
30. Elaborar e facilitar a discussão de casos clínicos;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 586


5º. Semestre
31. Avaliar a aprendizagem do estudante e adaptar os planos de aulas, se necessário;
32. Avaliar objectivamente os estagiários, usando materiais de avaliação padronizados
(fichas de avaliação e guiões de aprendizagem).

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 587


5º. Semestre
Plano Temático
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Teorias de Explicar a relação entre o ensino dos profissionais de saúde e a melhoria da 4
Aprendizagem qualidade dos serviços de saúde em Moçambique.
Explicar a importância de ensino e aprendizagem contínua para profissionais de
saúde (reciclagem e actualização).
Explicar que os componentes informais do ensino no local de trabalho são
igualmente importantes em relação aos formais.
Explicar a importância e responsabilidade do profissional de saúde na
aprendizagem contínua e no ensino de colegas durante a sua carreira.
Definir pensamento crítico.
Explicar a importância de habilidades de pensamento crítico para os futuros
Introdução à
profissionais de saúde.
Ciência da
Listar as responsabilidades do docente.
Educação
Listar as responsabilidades dos estudantes.
Descrever as qualidades de um bom docente e de seu relacionamento com os
estudantes.
Descrever como aplicar os princípios de aprendizagem de adultos na sala de aulas.
Listar e descrever quatro estilos de aprendizagem (visual, auditivo, cinestésico,
lógico).
Identificar o próprio estilo de aprendizagem.
Explicar como os estilos de aprendizagem têm impacto sobre o ensino.
Explicar como criar um ambiente adequado à aprendizagem.

Planificação de Aulas 1. Descrever um plano de aula: 4


a. Para que serve;
b. Os componentes que o compõem;
Aulas Teórico-
c. Como deve ser utilizado pelo docente.
Práticas 2. Descrever a relação entre o plano de aulas e o plano temático.
3. Explicar os passos do processo de elaboração de um plano de aulas incluindo:
a. Definição de objectivos;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 588


5º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
b. Organização de conteúdo (e atribuição de tempo);
c. Selecção dos métodos de ensino e materiais precisos;
d. Determinação das actividades de ensino;
e. Definição do método de avaliação.

Objectivos de 1. Explicar o que é um objectivo de aprendizagem e qual a sua utilidade no 3


Aprendizagem processo de ensino.
2. Descrever as características que todos os objectivo de aprendizagem devem
ter (MARTE - (Mensurável, Alcançável, Realistico, de Tempo limitado,
Específico).
3. Explicar a importância de utilizar verbos activos na elaboração de objectivos.
4. Definir os três domínios de aprendizagem (cognitivo, psicomotor e afectivo)
relacionando-os com os objectivos.
5. Definir objectivos claros, específicos e mensuráveis para as três categorias de
aprendizagem: cognitiva, psicomotora e afectiva.

Organização de 1. Descrever os passos para sequenciar o conteúdo duma aula incluindo: 2


Conteúdo a. Definir o nível de revisão de conhecimentos (pré-requisitos);
b. Aumentar o nível de detalhe para cada tema que vai ensinar;
c. Dividir em componentes teóricos e componentes práticos;
d. Estimar quanto tempo irá precisar para ensinar cada tema;
e. Colocar os temas da aula na ordem em que pretende ensinar.
2. Listar as considerações chave para sequenciar conteúdo.
3. Organizar e sequenciar o conteúdo duma aula, com base em princípios pedagógicos.

Métodos e Estratégias 1. Descrever os diferentes métodos e estratégias de ensino utilizados durante as aulas 4
de Ensino teóricas.
2. Explicar como cada um dos métodos e estratégias pode ser utilizado.
3. Explicar as vantagens e desvantagens de cada um dos métodos e estratégias em sala de
aula.
4. Escolher os métodos de ensino mais apropriados para os objectivos de aprendizagem

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 589


5º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
de várias categorias.
5. Explicar a importância de ter estratégias alternativas de ensino.

Avaliação da 1. Identificar a finalidade da avaliação e sua importância no processo de 4


Aprendizagem aprendizagem.
2. Identificar a relação entre os objectivos de aprendizagem e o processo de
avaliação.
3. Descrever os três tipos de avaliação, diagnóstica, formativa e sumativa e dar
exemplos de cada um.
4. Descrever como a avaliação contínua pode orientar o plano de aulas.

Introdução 1. Descrever a importância do estágio na aprendizagem do conteúdo clínico e a sua 2


relação com a teoria ensinada na sala de aula.
2. Listar os obstáculos ao ensino e aprendizagem durante o estágio clínico.

O Papel do Supervisor 1. Discutir o papel do supervisor durante o estágio e seu impacto na aprendizagem dos 3
durante o Estágio estagiários.
2. Listar as responsabilidades do supervisor durante o estágio.
3. Listar as responsabilidades do estagiário durante o estágio.
4. Descrever as características de um bom relacionamento entre o supervisor e os
estagiários.
Estágio Clínico 5. Discutir o impacto da falta de apoio ao estagiário na sua aprendizagem e na qualidade
dos serviços de saúde.
6. Descrever estratégias de resolução de conflitos, remediação de erros do aluno,
reforços ao aluno a serem usados no estágio.
7. Demonstrar o uso das estratégias acima listadas.
8. Descrever os passos de integração de estagiários no local de estágio.
9. Descrever o comportamento correcto / ético no ensino do estagiário perante o paciente.

Métodos e Estratégias 1. Descrever os diferentes métodos e estratégias de ensino utilizados durante o estágio. 5
de Ensino 2. Explicar como cada um dos métodos e estratégias pode ser utilizado.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 590


5º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
3. Discutir em que momento do estágio cada um dos métodos e estratégias pode ser
utilizado.
4. Explicar os alcances e limites de cada um dos métodos e estratégias no estágio.
5. Demonstrar os diferentes métodos e estratégias de ensino utilizados durante o estágio.

Avaliação e 1. Descrever as formas de avaliação durante o estágio. 2


Seguimento do 2. Listar os instrumentos utilizados para a avaliação, seguimento e sua utilidade.
Estagiário 3. Descrever a importância do seguimento do estagiário para a sua aprendizagem.
4. Listar as dificuldades enfrentadas pelo supervisor para fazer o seguimento apropriado
do estagiário.
5. Utilizar correctamente os vários instrumentos de avaliação e seguimento padronizados
(guiões e fichas de avaliação).

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 591


5º. Semestre
AVALIAÇÃO
Avaliação Teórica
• Parcial - 1 teste escrito, com peso de 20 %;
• Final - 1 exame escrito, com peso de 30%.

Avaliação Prática
• Desenvolver um exemplo de plano de aulas, de acordo com um tópico seleccionado pelo
professor, com peso de 20%;

• Desenvolver e apresentar individualmente uma aula de 10 minutos de duração, utilizando


métodos participativos, com base num tópico seleccionado pelo professor., com peso de 15%;

• Demonstrar uma simulação clínica, com peso de 15%.

BIBLIOGRAFIA
• Bellodi, PL, Martins, MA. Tutoria - Mentoring na formação médica. Coleção temas
de psicologia e educação médica. Disponível por:
http://www.fm.usp.br/tutores/livro/livro.php
• Berbel, Neusi Aparecida Novas. A problematização e a aprendizagem baseada em
problemas: diferentes termos ou diferentes caminhos? In Interface –Comunicação,
Saúde, Educação, 2 (2) 1998. 139-153
• Bordenave, JED. Alguns fatores pedagógicos. Em Capacitação pedagógica para o
instrutor/supervisor área da saúde. Disponível por:
www.opas.org.br /rh/publicacoes /textos_apoio/pub06CPT1.pdf
• Bordenave, J.D. Pereira, A. Estratégias de ensino aprendizagem. 4o ed.
Petropólis:Vozes; 1982.
• Despresbiteris, Lea. Avaliando competências na escola de alguns ou na escola de
todos? Disponível por:
www.senac.br/informativo/BTS/273/boltec273d.htm
• Freire, P. Educação e mudança. 24o ed. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra; 2001.
• Pereira.ALF. As tendências pedagógicas e a prática educativa nas ciências de saúde.
Cad. de Saúde Pública. l19(5) Rio de Janeiro. Sept./Oct.2003.
• Stedile, NLR e Friedlander, MR. Metacognição e ensino de enfermagem: uma
cognição possível? Rev. Latino-Am. Enfermagem 2003, 11(6). 792-799 Disponível
por:
htpp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
11692003000600014&Ing=pt&nrm=iso

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 592


5º. Semestre
Disciplina de Traumas e Emergências
Semestre: V
CARGA HORÁRIA
Horas por Duração Total
Semana (semanas) de Horas
Aulas Teórico-Práticas 22, 29, 32, 21 4 104
Avaliação -- -- 2
Laboratório 13, 6, 3, 10 4 32
Avaliação -- -- 2
Discussão de Estágio* 10 3 30
Número Total de Horas da Disciplina 170 horas
* Neste semestre os estudantes terão 4 semanas (25 h/ semana) de estágio na sala de
emergências.

PRÉ-REQUISITOS:
• Anatomia e Fisiologia;
• Introdução às Ciências Médicas;
• Semiologia 1 e 2 (Anamnese e Exame Físico);
• Ética e Profissionalismo 1 e 2;
• Meios Auxiliares de Diagnósticos;
• Procedimentos Clínicos;
• Sistema Cardiovascular, Respiratório, Gastrointestinal, e Genitourinário;
• Hematologia e Oncologia;
• Dermatologia;
• Pediatria;
• Saúde Mental.
DOCENTES:
• Médicos de Clínica Geral;
• Técnicos de Medicina Especializados em Ensino e com experiência clínica em serviços de
urgência.
• Técnicos de Cirurgia.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 593


5º. Semestre
COMPETÊNCIAS A SEREM ADQUIRIDAS ATÉ AO FINAL DA DISCIPLINA:
O Técnico de medicina será capaz de realizar as seguintes tarefas:
5. Diferenciar uma situação de emergência e não de emergência e entre as emergências médicas
e cirúrgicas.
6. Diagnosticar e tratar as patologias abaixo indicadas com atenção especial às seguintes tarefas:
h. Elaborar possíveis hipóteses de diagnóstico com base na história e no exame físico
(diagnóstico diferencial);
i. Dar assistência imediata a situações de emergências e estabilizar o paciente, incluindo os
primeiros socorros (ABCD);
j. Usar e interpretar resultados dos meios auxiliares de diagnóstico;
k. Criar um plano de tratamento para o paciente, baseado no diagnóstico diferencial,
l. Avaliar a condição do paciente (incluindo hospitalização e referência);
m. Criar as condições necessárias para, no caso de estar indicada, realizar uma transferência
com garantias;
n. Criar e explicar ao paciente o plano de acompanhamento e a forma de prevenir e
controlar a doença;
7. Reconhecer uma situação de Trauma e Politrauma;
8. Diagnosticar, estabilizar e tratar ou referir os traumas/politraumas abaixo indicados com
atenção especial as seguintes tarefas:
g. Efectuar primeiros socorros (ABCD) nas vítimas de traumas;
h. Recolher uma história clínica que identifique as circunstâncias de um trauma, a
gravidade e/ou o grau de risco sobre vida do doente;
i. Recolher os sinais clínicos numa sequência lógica que o permita tomar decisões imediatas
de salvamento ou para atenuar a progressão de um estado choque pós-trauma;
j. Fazer uma abordagem sistemática do doente traumatizado/politraumatizado
usando o ABCD, avaliar a sua gravidade usando o e estabelecer a conduta e
cuidados imediatos de salvamento;
k. Distinguir um trauma externo do interno e presumir o segmento ao órgão afectado
e sua gravidade;
l. Solicitar e interpretar exames laboratoriais e complementares necessários em cada caso.

Lista de Emergências
1. Apresentações clínicas de Emêrgencias:
a. Cefaleia, Dispneia, Dor torácica, Coma, Choque (séptico, hipovulémico,
anafiláctico) , Anafilaxia, Dor abdominal, Hemoptise, Paragem cardio-
respiratória.
2. Emergências do Aparelho Cardiovascular:
a. Médicas:
i. Enfarto do Miocárdico Agudo (IM) , Angina , Insuficiência cardíaca
congestiva descompensada , Crise hipertensiva;
b. Cirúrgicas:
i. Tamponamento cardíaco.
3. Emergências do Aparelho Respiratório
a. Médicas:

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 594


5º. Semestre
i. Obstrução das vias aéreas superiores, Crise Asmática Severa, Exacerbação de Doença
Pulmonar Obstrutiva Crónica (COPD), Pneumonia Grave, Abcesso Pulmonar ,
Tromboembolismo Pulmonar, Edema Agudo do Pulmão
b. Cirúrgicas:
i. Pneumotorax hipertensivo, Obstrução das vias aéreas superiores, Abcesso
retrofaríngeo e das amígdalas, epiglotite, laringoespasmo agudo (CROUP), Derrame
pleural massivo, Hemoptise massiva.
4. Emergências do Aparelho Gastrointestinal
a. Médicas:
i. Hemorragia gastrointestinal massiva alta e baixa, Insuficiência hepática aguda,
Ascite massiva com alteração hemodinâmica, Diarreia aguda grave.
b. Cirúrgicas:
i. Abdómen agudo: Invaginação, vólvolos (e outros causas de oclusão),
apendicite aguda, peritonite, perfuração de úlcera péptica, pancreatite aguda;
ii. Hérnias complicadas.
5. Emergência Hematológicas
a. Médicas:
i. Coagulação Intravascular Disseminada (CID), Anemia grave;
ii. Doenças citotóxicas: doença hemolítica do recém-nascido, anemia hemolítica,
incompatibilidade transfusional.
6. Emergências do Aparelho Neurológico:
a. Médicas:
i. Meningite (bacteriana, criptococose, toxoplasmose, tuberculose) , Meningo-
encefalite (virais nas crianças), Estado epiléptico, convulsões, Malária cerebral
, Acidente vascular cerebral (AVC) isquémico, hemorrágico, Ataque
Isquémico Transitório (TIA), Síndroma de compressão medular (TB da
coluna) , Sindromas de hipertensão intracranial, Neuralgias periféricas.
7. Emergências Endocrinológicas/Metabólicas
a. Médicas:
i. Desequilíbrio hidroelectrolítico grave, acetoacidose diabética, coma
hiperosmolar e hipoglicémico, Crise Hipertiroidea.
8. Emergências do aparelho Genitourinário
a. Médicas:
i. Cólica renal, insuficiência renal aguda , retenção urinária aguda, hematúria,
orquiepididimite.
b. Cirúrgicas:
i. Escroto agudo: gangrena do escroto (gangrena de Fournier), torsão do
testículo ), torsão do epidídimo;
ii. Fimose, parafimose.
9. Emergências do Aparelho Músculo-Esquelético
a. Medicas:
i. Artrite séptica, Luxações: acrómio-clavicular, do cotovelo, mandibular
b. Cirúrgicas:
i. Infecções dos tecidos moles (Gangrena e Fleimão), Piomiosite profunda,
Osteomielite.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 595


5º. Semestre
10. Emergências Psiquiátricas
a. Médicas:
i. Psicose aguda (diagnóstico diferencial com alucinações e delírios (alterações por
substâncias como drogas e doenças "orgânicas" e com a depressão), Crise de
ansiedade e de histeria , depressão grave, tentativas de suicídio.
11. Emergências Obstétricas
i. Sangramento vaginal (menorragia) cuidados iniciais e transferir, aborto
séptico/choque séptico, ruptura de gravidez extra-uterina (diagnosticar e conduta).
12. Outras Emergências:
a. Médicas:
i. Intoxicações agudas: alimentos, medicamentos, medicamentos tradicionais,
petróleo e seus derivados, insecticidas, fertilizantes, rodenticidas, produtos de
limpeza, monóxido de carbono, ingestão de plantas, tabaco, álcool, Tétano
(348), Raiva, Mordeduras por animais, cobras, escorpião, Hipotermia,
Afogamento (em água doce e salgada) e soterramento, Electrocussão.
b. Cirúrgicas:
i. Queimaduras, Ingestão de ácidos e cáusticos.

Lista de Traumas
1. Cabeça e pescoço
a. Otorragias, rinorragias e licorreia (tratar);
b. Obstrução das vias aéreas superiores (tratar);
c. Lesões oculares/ perioculares, nasais e auriculares (tratar);
d. Corpos estranhos no nariz, ouvido e no olho (tratar e transferir casos complicados);
e. Lesões cervicais dos tecidos moles e do couro cabeludo (tratar) ;
f. Lesões osteonervosas do crânio e da coluna cervical (tratar as superficiais e transferir as
profundas.)
2. Tórax
a. Trauma torácico fechado e aberto (estabilizar e transferir);
b. Contusão torácica (estabilizar e transferir);
c. Hemotórax e pneumotórax (estabilizar e transferir);
d. Pneumotórax e pneumotórax sob tensão (estabilizar e transferir) ;
e. Feridas do tórax e enfisema subcutâneo da parede torácica (estabilizar e transferir) (786);
f. Fractura de costelas e volet costal (estabilizar e transferir);
g. Ferida transfixiva do tórax (estabilizar e transferir).
3. Abdómen
a. Trauma abdominal fechado (estabilizar e referir);
b. Trauma abdominal aberto (estabilizar e referir);
c. Retorragias (Tratar casos simples e referir casos complicados).
4. Pélvis e Genitais
a. Hematúrias pós-trauma (estabilizar e transferir);
b. Fractura da bacia e lesões da bexiga (estabilizar e transferir);
c. Lesões dos genitais externos (tratar).
5. Coluna Vertebral
a. Clínica de lesão vertebral com lesão medular (estabilizar e transferir);
b. Luxação da coluna por segmentos (estabilizar e transferir);

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 596


5º. Semestre
c. Fracturas da coluna cervical, torácica e lombar (estabilizar e transferir).
6. Extremidades
a. Feridas e outras lesões dos tecidos moles (tratar);
b. Lesões articulares, contusões, entorse e luxações (tratar);
c. Luxações (tratar);
d. Fracturas fechadas e expostas (tratar casos simples e transferir as complicadas);
e. Síndrome de compartimento hipertensivo pós-traumático;
7. Pele e tecidos moles
a. Escoriações, equimoses e hematomas (tratar);
b. Feridas incisas e contusas (limpas e sujas) (tratar);
c. Queimaduras do primeiro ao terceiro graus (tratar e em casos complicados transferir);
d. Mordeduras por insectos e animais (venenosos e não venenosos) (tratar casos simples ou
transferir casos complicados).

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 597


5º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Atendimento Inicial 1. Diferenciar urgência de emergência. 2
à Vítima de Trauma 2. Enumerar os sinais e sintomas que alertam a presença de uma emergência
ou Emergência (adulto/criança).
3. Diferenciar uma emergência médica de uma cirúrgica.
4. Explicar a importância de começar o atendimento inicial ao paciente com uma
análise rápida da cena do evento.
5. Listar as etapas sequenciais do atendimento inicial à vítima de trauma ou
emergência.
6. Explicar como fazer a avaliação primária completa “ABCD” (em adulto e
criança):
a. “A”– Vias aéreas com controlo cervical;
b. “B”– Respiração (existente e qualidade);
c. “C”– Circulação com controle de hemorragias;
d. “D” – Estado neurológico.
7. Explicar como fazer a abordagem secundária (passo “E” – Expor a vítima a
procura de lesões e controle térmico).
Introdução
8. Enumerar e explicar os sinais vitais e sinais de apoio que se deve verificar e
definir valores “normais” e “anormais” para cada um.
9. Diferenciar a anamnese feita em uma situação de emergência de uma
anamnese feita em uma consulta clínica.
10. Descrever as diferenças na abordagem feita com uma vítima em situação de
emergência médica/cirúrgica e com uma vítima de trauma.
11. Descrever o tipo de sinais e sintomas que justificariam a assistência imediata.
12. Explicar as regras principais e as técnicas de imobilização/transporte em
situações de emergência.

Laboratório 1. Efectuar os seguintes procedimentos com um colega ou um manequim (e 4


Humanístico quando apropriado, identificar os resultados que são considerados “normais”):
a. Verificar se está consciente e a respirar;
b. Palpar os pulsos radial, carotídeo e femoral;
c. Avaliar a temperatura, humidade e coloração da pele e enchimento capilar;
d. Exame das pupilas;

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5º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
e. Exame físico segmentar e completo:
i. Exame da cabeça;
ii. Exame do tórax;
iii. Exame do abdómen;
iv. Exame da região pélvica;
v. Exame dos membros inferiores;
vi. Exame dos membros superiores;
vii. Exame da coluna.
f. Colocar uma pessoa na posição lateral de segurança;
g. Imobilização da coluna;
h. Aplicação do colar cervical em vítima sentada ou deitada.

Fisiologia, 1. Descrever a anatomia e fisiologia do aparelho respiratório. 1


Fisiopatologia e 2. Definir os seguintes termos: dispneia, ‘falta de ar’, asfixia, hipoxia, polipneia,
Anatomia taquipneia, cianose central e cianose periférica.

Obstrução e 1. Identificar uma emergência, devida à obstrução e diferenciar uma obstrução 2


Controle das Vias parcial (leve) de uma obstrução total (grave).
Aéreas 2. Diferenciar obstrução por líquido de uma obstrução por sólido.
Controle de Vias 3. Listar as principais causas de obstrução aguda de vias aéreas e os perigos
Aéreas (A) imediatos.
4. Enumerar as causas frequentes de obstrução de vias aéreas por corpo estranho
(OVACE) em adultos e crianças.
5. Diferenciar OVACE e paragem cardiorespiratória.
6. Explicar os principais procedimentos em caso de desobstrução, diferenciando
entre pacientes inconscientes e conscientes e obstrução por sólidos e líquidos.
7. Descrever as técnicas manuais (invasivas e não invasivas), mecânicas e cirúrgicas de
controlo de vias aéreas, incluindo indicações e contra-indicações de cada técnica.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 599


5º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Laboratório 1. Realizar passo-a-passo as seguintes técnicas e procedimentos num manequim: 3
Humanístico a. Verificar se há respiração;
b. Verificar se há obstrução das vias aéreas;
c. Manobra de tracção de mandíbula;
d. Manobra de inclinação da cabeça e elevação do mento;
e. Rolamento de 90° (manobra de emergência para remoção de líquidos);
f. Utilização de uma unidade de sucção fixa;
g. Remoção manual (obstrução por sólido);
h. Manobra de Heimlich (paciente em pé, sentado ou deitado);
i. Compressão torácica (paciente em pé, sentado ou deitado);
j. Desobstrução das vias aéreas em lactentes (palmadas no dorso –
compressões torácicas);
k. Inserir cânula de Guedel, cânula orofaríngea (incluindo a escolha do
tamanho da cânula);
l. Intubação endotraqueal (incluindo a escolha do tamanho da cânula).

Fisiologia, 1. Descrever a anatomia e fisiologia do sistema cardiovascular. 1


Fisiopatologia e 2. Explicar a diferença entre morte clínica e morte biológica.
Anatomia 3. Explicar a evolução da morte clínica até à morte biológica (ou morte encefálica) e
relacionar esta evolução com os possíveis cenários em termos de sequelas após a
RCP.

Paragem 1. Enumerar as causas mais frequentes de paragem respiratória. 1


Ressuscitação 2. Explicar quanto tempo leva para uma paragem respiratória causar danos cerebrais
Respiratória
Cardiopulmonar irreversíveis.
(RCP) 3. Explicar as indicações e a importância da ventilação artificial.
4. Descrever como fazer a ventilação artificial em adulto, criança, e latente.

Paragem 1. Listar as causas mais frequentes de uma paragem cardíaca em adultos. 2


Cardiopulmonar 2. Listar os três sinais que demonstram que uma vítima está em paragem
cardiopulmonar.
3. Explicar e demonstrar como avaliar a circulação.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 600


5º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
4. Explicar como fazer massagem cardíaca em adulto, criança e latente.
5. Explicar todos os procedimentos de uma ressuscitação cardiopulmonar (RCP)
em um adulto, incluindo possíveis complicações das manobras.
6. Explicar quando e como se deve reavaliar o estado da vítima na sequencia de
manobras de RCP.
7. Explicar quando se deve interromper a RCP.
8. Explicar qual é o tratamento após-ressucitação em caso de sucesso com a
RCP.
9. Descrever o uso de fármacos na RCP.
10. Explicar as indicações para aplicação do desfibrilador.

Laboratório 1. Realizar passo-a-passo as seguintes técnicas e procedimentos em um manequim: 2


Humanístico a. Respiração artificial (boca-boca, boca-nariz, e com ambu);
b. Massagem cardíaca externa em adulto, criança e bebé;
c. Demonstrar os procedimentos ABC de uma ressuscitação cardiopulmonar
realizada por apenas uma pessoa e por uma equipa de duas pessoas.

Fisiologia, 1. Descrever a anatomia e fisiologia do sistema circulatório e cardíaco. 1


Fisiopatologia e
Anatomia
Hemorragias 1. Definir os seguintes termos: hemorragia interna e externa, hemorragia arterial, 1.5
venosa e capilar, hemoglobina, hematócrito, coagulação intravascular
disseminada (CID).
Controle de
2. Diferenciar entre hemorragia interna e externa, listar os sinais e sintomas, e
Hemorragias e
explicar os métodos de controlo para cada um.
Choque
3. Diferenciar entre hemorragia arterial, venosa e capilar.
4. Explicar os factores determinantes da gravidade da hemorragia.
5. Descrever o tipo de sinais e sintomas que justificariam a assistência imediata
de um médico para um paciente apresentando uma hemorragia.
6. Listar os valores normais de hematócrito ou hemoglobina, explicar como
interpretar os resultados e a utilidade desses testes.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 601


5º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
7. Explicar a fisiopatologia, os sinais e sintomas e as avaliações iniciais do
diagnóstico de CID.
8. Explicar as indicações para estabelecer os tipos diferentes de acesso venoso
periférico em situações de emergência.

Choque 1. Definir os seguintes termos: choque, choque hipovolémico. 2


2. Explicar os mecanismos que podem levar ao estado de choque e a progressão
do choque.
3. Explicar as causas e os sinais e sintomas de choque em geral.
4. Enumerar as medidas imediatas a aplicar e explicar as modalidades do
tratamento definitivo em caso de choque hipovolémico.
5. Explicar as especificidades dos sinais e sintomas típicos e cuidados de
emergência a aplicar para os seguintes tipos de choque:
a. Choque cardiogénico;
b. Choque neurogénico;
c. Choque psicogénico;
d. Choque anafiláctico;
e. Choque séptico.
6. Descrever as indicações para uma transfusão de sangue, os testes laboratoriais
da rotina pré-transfusional e as normas a seguir durante a administração de
uma transfusão sanguínea.

Laboratório 1. Realizar passo-a-passo as seguintes técnicas e procedimentos em um colega 2


Humanístico voluntário:
a. Pressão digital sobre o ponto de pulso (ao nível da artéria braquial, artéria
femoral, e artéria temporal);

Dor Torácica Fisiologia, 1. Descrever a anatomia e fisiologia cardíaca, enfatizando a circulação coronária. 1
Retrosternal: Fisiopatologia e 2. Descrever as fases do ciclo cardíaco e os batimentos cardíacos normais.
Infarto do Anatomia 3. Descrever a etiologia, os factores de risco e a fisiopatologia da aterosclerose.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 602


5º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Miocárdio (IM) ou 4. Listar as condições clínicas patológicas resultantes da aterosclerose.
Angina 5. Descrever os factores de risco para o IM e explicar a importância de
identificar precocemente o enfarto agudo do miocárdio.

Avaliação e Manejo 1. Diferenciar as doenças coronárias angina de peito e enfarto do miocárdio 1


Imediato (IM), incluindo a etiologia, a patogénese e os sinais e sintomas de cada um.
2. Enumerar outras patologias a incluir no diagnóstico diferencial da dor
retroesternal.
3. Explicar o atendimento de emergência de angina de peito (incluindo
administração de vasodilatador sublingual).
4. Explicar quais são as principais complicações do IM.
5. Explicar os principais objectivos do atendimento ao paciente com um IM.
6. Descrever os passos no atendimento de emergência do IM.
7. Descrever os diferentes passos no seguimento e encaminhamento do paciente
com IM.

Avaliação e Manejo 1. Definir tamponamento cardíaco. 0.5


Imediato 2. Descrever as causas mais comuns.
Tamponamento 3. Descrever as manifestações clínicas.
Cardíaco 4. Descrever os diferentes passos no atendimento de um paciente com suspeita
de tamponamento cardíaco e como encaminhá-lo.

Fisiologia, 1. Descrever os mecanismos fisiológicos de controlo da tensão arterial. 0.5


Fisiopatologia e 2. Listar os valores normais da tensão arterial.
Anatomia 3. Definir hipertensão e hipotensão e suas causas mais frequentes.

Crise Hipertensiva Avaliação e Manejo 1. Definir crise hipertensiva, incluindo os sinais e sintomas principais. 0.5
Imediato 2. Descrever as especificidades de anamnese, exame físico e exames
complementares em caso de crise hipertensiva.
3. Descrever os diferentes passos no atendimento de um paciente em crise
hipertensiva e o tratamento imediato.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 603


5º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
4. Descrever como estabilizar uma crise hipertensiva e como encaminhar para o
nível superior.

Laboratório 1. Avaliar em um colega voluntário a tensão arterial (usando posições diferentes: 2


humanístico sentado, deitado, braço esquerdo, braço direito).

Fisiologia, 1. Descrever a mecânica da ventilação pulmonar e os princípios físicos das 1


Fisiopatologia e trocas gasosas.
Anatomia 2. Listar as frequências respiratórias normais para adultos, crianças e bebés.
3. Explicar como avaliar e descrever a frequência respiratória e qualidade da
respiração.
4. Listar factores que podem alterar a velocidade e a profundidade da respiração.

Introdução 1. Definir os seguintes termos técnicos: ortopneia, dispneia paroxística nocturna, 2


taquipneia, apneia e hipopneia.
2. Listar doenças agudas na área de cardiologia e pneumologia que provocam
dispneia e especificar quais são as mais frequentes em adultos e em crianças.
3. Enumerar e explicar outras causas de dispnéia (psiquiátricas, metabólicas, e
Dispnéia hematológicas).
4. Enumerar sinais e sintomas de dispneia aguda grave.
5. Descrever os aspectos da anamnese e do exame físico que poderão facilitar o
diagnóstico diferencial da dispneia e o papel de exames complementares no
diagnóstico.
6. Explicar e demonstrar como fazer a leitura sistematizada de uma radiografia
do tórax (imagens normais).
7. Explicar o atendimento imediato ao paciente com dispneia severa.

Obstrução das Vias 1. Listar os sinais e sintomas de obstrução das vias aéreas superiores. 2
Aéreas Superiores 2. Explicar os sintomas característicos e o tratamento das seguintes causas
comuns de obstrução das vias aéreas superiores:

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 604


5º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
a. Anafilaxia (incluindo uso de epinefrina);
b. Asfixia;
c. Infecções graves das vias aéreas superiores (abcesso da faringe, difteria,
abcesso peritonsilar, epiglottite, laringoespasmo).

Crise Asmática 1. Listar as alterações na mecânica ventilatória em caso de crise asmática e obstrução 2
da via aérea inferior.
2. Descrever a fisiopatologia da asma brônquica.
3. Explicar os principais sinais e sintomas e os achados característicos do exame físico
de um paciente em crise asmática.
4. Diferenciar uma crise asmática leve, moderada e grave.
5. Explicar como diferenciar asma brônquica de doença pulmonar obstrutiva crónica
(DPOC).
6. Explicar o tratamento da crise asmática e de manutenção.
7. Explicar as opções farmacológicas e não-farmacológicas de tratamento para a
melhora dos sintomas agudos.

Pneumotórax 1. Explicar os conceitos básicos da fisiopatologia do pneumotórax. 2


2. Descrever os sinais e sintomas característicos do exame físico de pacientes
com pneumotórax.
3. Definir os diferentes tipos de pneumotórax.
a. Traumático;
b. Não traumático.
4. Explicar o papel da radiologia para a confirmação do diagnóstico do
pneumotórax e descrever as imagens radiológicas típicas de um pneumotórax.
5. Identificar os princípios básicos da conduta e do tratamento em caso de um
pneumotórax (incluindo indicações para transferência).
6. Descrever a ‘conduta expectante’ e as suas indicações.
7. Identificar as indicações/contra-indicações e modalidades de uma
toracocentese e a drenagem pleural selada.
8. Descrever os sinais e sintomas específicos de um pneumotórax.
9. Descrever as especificidades do tratamento do pneumotórax.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 605


5º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas

Tromboembolismo 1. Definir os seguintes termos: trombose, embolia. 2


Pulmonar 2. Identificar os factores de risco relacionados com tromboembolismo pulmonar.
3. Explicar a relação entre trombose venosa profunda e tromboembolismo pulmonar.
4. Explicar o quadro clínico agudo (sinais e sintomas) de tromboembolismo pulmonar.
5. Descrever a utilidade da radiografia do tórax no diagnóstico de tromboembolismo
pulmonar.
6. Explicar as opções farmacológicas e não-farmacológicas do tratamento de
tromboembolismo pulmonar, incluindo as indicações para transferência do paciente.

Edema Agudo do 1. Definir os seguintes termos: edema, edema pulmonar. 2


Pulmão 2. Enumerar as causas comuns de edema agudo pulmonar (cardíacas e outras não
relacionadas às cardiopatias).
3. Descrever os sinais e sintomas de um paciente com edema pulmonar.
4. Descrever como fazer o diagnóstico diferencial com uma crise asmática, embolia
pulmonar e pneumotórax.
5. Descrever opções farmacológicas e não-farmacológicas do tratamento de edema
agudo do pulmão.

Insuficiência 1. Definir os seguintes termos: insuficiência cardíaca, insuficiência cardíaca 1


Cardíaca compensada, descompensada, cardiomegália.
(congestiva) 2. Enumerar as causas comuns de insuficiência cardíaca.
Descompensada 3. Explicar os sinais e sintomas característicos de insuficiência cardíaca.
4. Enumerar os sinais e sintomas clínicos sugestivos para insuficiência cardíaca
descompensada.
5. Definir as investigações indicadas em caso de suspeita de insuficiência cardíaca.
6. Explicar os achados característicos na radiografia do tórax de um paciente com
insuficiência cardíaca descompensada.
7. Descrever as opções farmacológicas e não-farmacológicas do tratamento da
insuficiência cardíaca descompensada e não-descompensada.
8. Descrever o encaminhamento do paciente.

Abcesso Pulmonar 1. Identificar os factores predisponentes para um abcesso pulmonar. 1

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 606


5º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
2. Explicar brevemente a etiologia do abcesso pulmonar.
3. Explicar os sinais e sintomas de um paciente com abcesso pulmonar.
4. Descrever como fazer o diagnóstico diferencial da tuberculose pulmonar.
5. Explicar os achados característicos na radiografia do tórax de um paciente
com abcesso pulmonar.
6. Descrever os cuidados e tratamento para um paciente com abcesso pulmonar.

Tamponamento 1. Definir tamponamento cardíaco. 1


Cardíaco 2. Enumerar as causas comuns e os sinais e sintomas de tamponamento cardíaco.
3. Explicar como fazer o diagnóstico diferencial com um pneumotórax de
tensão.
4. Explicar qual é a complicação principal de um tamponamento cardíaco.
5. Descrever os cuidados e tratamento para um paciente com tamponamento
cardíaco.

Laboratório 1. Realizar passo-a-passo as seguintes técnicas e procedimentos em um manequim ou 2


humanístico pacientes simulados:
a. Avaliação geral de um paciente com dispneia severa e dor torácica através de
técnicas de anamnese adequadas, enfatizando factores de risco e antecedentes;
b. Utilização de exame físico para gerar e avaliar o diagnóstico diferencial de
dispneia;
c. Identificação de técnicas adequadas de atendimento imediato, correspondendo
aos achados da avaliação do paciente.

Hemoptise 1. Definir hemoptise, expectoração hemoptóica. 1


2. Diferenciar sangue originário do trato gastrointestinal alto, baixo e do trato
respiratório.
3. Enumerar as causas comuns de hemoptise pulmonar e cardíaca.
Hemoptise 4. Diferenciar hemoptise maciça e hemoptise leve ou moderada.
5. Explicar opções farmacológicas e não-farmacológicas do tratamento para hemoptise
maciça.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 607


5º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Alteração do Nível 1. Descrever a anatomia e as funções das principais estruturas do sistema nervoso. 2
de Consciência - 2. Definir consciência, alteração do nível de consciência e estado de coma.
Estado de Coma 3. Listar e explicar as possíveis causas de alteração do estado mental (“AEIOU”).
4. Explicar a importância de priorizar a avaliação e atendimento “ABC” num paciente
com estado mental alterado.
5. Explicar como construir uma avaliação diagnóstica para um paciente com alteração
do estado mental.
6. Explicar como utilizar e interpretar os resultados da escala de Glasgow em adulto e
criança.
7. Descrever a técnica de punção lombar e os possíveis resultados do líquido-cefalo-
raquídeo (LCR).
8. Explicar as indicações de punção lombar em pacientes com alteração do nível de
consciência e outros sintomas neurológicos.
9. Listar e descrever outros exames laboratoriais necessários em pacientes com
Emergências alteração do nível de consciência.
Neurológicas:
Alteração do Nível
de Consciência Acidente Vascular 1. Explicar os aspectos básicos da fisiopatologia do AIT e do AVC. 1
Cerebral (AVC) e 2. Explicar os factores de risco e os sinais e sintomas do AVC e do AIT.
Ataques Isquêmicos 3. Explicar a relação entre a localização da lesão, o tipo do AVC e o quadro
Transitórios (AIT) clínico.
4. Explicar os diferentes passos no atendimento do paciente apresentando sinais
de AVC.

Convulsões 1. Definir status epilepticus, convulsões febris. 1


2. Explicar as diferentes formas de crises convulsivas e listar as causas comuns.
3. Explicar como fazer a anamnese e o exame físico no paciente com ou que
teve convulsões.
4. Explicar os diferentes passos no atendimento do paciente apresentando
convulsões, incluindo o posicionamento e o tratamento farmacológico.

Meningite 1. Definir meningite. 1

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 608


5º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Bacteriana 2. Explicar os sinais e sintomas de meningite bacteriana.
3. Explicar as etiologias bacterianas comuns para os diferentes grupos etários e
as outras causas possíveis de meningite (haemophilus Ib, criptococo,
tuberculose, toxoplasmose).
4. Explicar o uso de antibióticos e esteróides no tratamento da meningite
bacteriana.

Tétano 1. Definir tétano e explicar os processos fisiopatológicos do tétano. 1


2. Listar as e explicar as possíveis causas de espasmos ou contracções
musculares.
3. Descrever os sinais e sintomas em ordem de aparência dos 4 tipos de tétano:
a. Local;
b. Generalizado;
c. Cefálico;
Emergências d. Neonatal.
Neurológicas com 4. Explicar como fazer uma anamnese e exame físico no paciente com espasmos
Espasmos e ou contracções musculares repentinas.
Contracções 5. Descrever os tratamentos farmacológicos e não farmacológicos para o tétano.
Musculares
Repentinas Raiva 1. Definir raiva. 1
2. Explicar a epidemiologia, fisiopatologia e os sinais e sintomas de raiva.
3. Listar várias outras patologias a incluir no diagnóstico diferencial de raiva.
4. Explicar as opções actuais de tratamento para raiva e seus resultados.
5. Explicar como fazer a limpeza de ferimentos no caso de mordedura suspeita e a
importância de profilaxia pós-exposição.
6. Explicar a importância, os calendários e grupos alvo para a vacinação contra a raiva.

Cefaleia 1. Definir cefaleia primária e secundária. 2


2. Enumerar os componentes e resultados da anamnese, do exame físico e
Cefaleia
neurológicos orientados para os sintomas de uma cefaleia.
3. Diferenciar, através de dados da anamnese e do exame físico, as cefaleias

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 609


5º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
primárias das cefaleias secundárias.
4. Listar causas da cefaleia secundária, sobretudo as que podem ameaçar a vida.
5. Explicar as indicações para encaminhamento e avaliação com exames de
imagem tipo tomografia.
6. Rever as opções farmacológicas e não-farmacológicas do tratamento para a
cefaleia

Tuberculose da 1. Descrever a anatomia e função das diferentes estruturas que formam a coluna 2
Coluna com vertebral.
Síndrome de 2. Descrever os sinais e sintomas da tuberculose óssea (local e sistémica) e da
Tuberculose da Compressão compressão medular.
Medular 3. Explicar como fazer a anamnese e o exame físico num paciente suspeito de ter
Coluna com
tuberculose espinhal.
Síndrome de 4. Descrever os exames complementares indicados na avaliação diagnóstica de um
Compressão paciente suspeito de ter tuberculose espinhal.
Medular 5. Explicar o manejo de um paciente apresentando uma paraplegia por compressão
medular, causada pela doença de Pott.

Laboratório 1. Realizar passo-a-passo um exame neurológico completo nos colegas. 2


Humanístico
Definir Emergências 1. Listar as emergências psiquiátricas comuns e explicar as diferentes etiologias. 1
Emergências Psiquiátricas - 2. Explicar quando se deve considerar alterações no pensamento, sentimentos ou
Psiquiátricas: Etiologia comportamentos, como uma emergência psiquiátrica.
Alterações de 3. Listar condições médicas comuns ou com risco de vida que podem estar ligadas a
problemas psiquiátricos.
Comportamentos
4. Explicar o diagnóstico diferencial de causa orgânica e psiquiátrica de um paciente
que se apresenta com sinais e sintomas de uma emergência psiquiátrica.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 610


5º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Conceitos Gerais de 1. Identificar os componentes de uma avaliação psiquiátrica no serviço de 1
Atendimento de emergência.
Emergências 2. Explicar os princípios básicos de atendimento ao paciente apresentando
Psiquiátricas alterações comportamentais, incluindo como fazer a anamnese e o exame
físico.
3. Identificar o papel de exames complementares na avaliação de um paciente
com alterações comportamentais.
4. Identificar os medicamentos nas emergências psiquiátricas e as possíveis
complicações de sua utilização.
5. Explicar o conceito de contenção na gestão de alguns pacientes com
alterações comportamentais e as indicações para a sua aplicação.
6. Explicar os princípios e as técnicas das terapias psicossociais para poder
explicá-las a um paciente e fazer um encaminhamento, quando indicado.
Ansiedade 1. Listar os sinais e sintomas associados a uma crise de ansiedade aguda ou um ataque 1
de pânico.
2. Explicar o manejo farmacológico e não-farmacológico de uma crise de ansiedade
aguda (incluindo indicações para transferência).
Psicose Aguda, 1. Descrever os sinais e sintomas de psicose aguda. 1.5
Delírio, Depressão e 2. Explicar o manejo farmacológico e não-farmacológico de um episódio de
Tentativa de psicose (incluindo indicações para transferência).
Suicídio 3. Descrever os sinais e sintomas de delírio.
4. Enumerar problemas clínicos frequentemente associados ao delírio.
5. Explicar o manejo farmacológico e não-farmacológico de um episódio de
delírio (incluindo indicações para transferência).
6. Descrever os sinais e sintomas de depressão.
7. Descrever os principais factores de risco para o suicídio e como avaliar o risco
de suicídio na pessoa depressiva.
8. Explicar o manejo farmacológico e não-farmacológico de uma depressão
aguda (incluindo indicações para transferência).
9. Explicar como fazer o diagnóstico diferencial entre psicose, delírio e
depressão.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 611


5º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas

Uso de 1. Definir intoxicação e dependência. 2


Substâncias/Drogas 2. Descrever as substâncias comummente consumidas em Moçambique que podem
causar dependência.
3. Descrever os factores predisponentes para o uso de substâncias.
4. Descrever os possíveis sinais e sintomas de uma intoxicação alcoólica.
5. Discutir as sequelas psiquiátricas, médicas gerais e sociais do abuso ou dependência
de álcool.
6. Explicar o manejo para um paciente com intoxicação alcoólica, explicando também o
caso específico de coma alcoólico.
7. Explicar e descrever os sinais e sintomas de síndrome de abstinência de álcool.
8. Definir delirium tremens.
9. Explicar o manejo e tratamento (farmacológico e não farmacológico) de um paciente
apresentando síndrome de abstinência de álcool.
10. Identificar o papel da família, grupos de apoio e programas de reabilitação para a
recuperação de pacientes com transtornos por uso de substância.
Laboratório 1. Realizar passo-a-passo as seguintes técnicas e procedimentos em um manequim ou 2
Humanístico pacientes simulados:
a. Avaliação psiquiátrica de um paciente com alucinações através de técnicas
de anamnese;
b. Usar palavras correctas para descrever os sinais observados no exame do
estado mental;
c. Identificar as técnicas adequadas de atendimento imediato, correspondendo
aos achados da avaliação do paciente.

Anatomia 1. Descrever a localização na cavidade abdominal dos principais órgãos (intra e retro- 1
peritoneais), do aparelho digestivo, urinário e reprodutor e dos grandes vasos
arteriais e venosos.
Emergências 2. Descrever a separação entre a cavidade abdominal e o tórax e entre a cavidade
Gastro-Intestinais abdominal e a cavidade pélvica.
3. Listar as emergências médicas e cirúrgicas do aparelho gastrointestinal.

Hemorragia 1. Definir hematemese, melena, rectorragia e hematoquezia. 1

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 612


5º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Digestiva 2. Descrever as consequências fisiopatológicas básicas do sangramento digestivo grave,
relacionando-as com o espectro de sinais e sintomas.
3. Descrever os passos de anamnese detalhada do paciente com hemorragia digestiva.
4. Enumerar causas de sangramento gastrointestinal pela sua localização e sintomas e
sinais acompanhantes.
5. Enumerar os resultados do exame físico, relacionando-os com causas comuns de
hemorragia digestiva.
6. Explicar os critérios clínicos e laboratoriais de avaliação quantitativa e qualitativa do
sangramento, indicando a gravidade e prognóstico do mesmo.
7. Listar as indicações dos exames complementares avançados (endoscopia, ecografia)
na avaliação de um paciente com hemorragia digestiva.
8. Enumerar as medidas imediatas a tomar perante uma hemorragia digestiva grave.
9. Enumerar as indicações de transferência imediata, listando as medidas preparatórias
para uma transferência com garantias.
10. Descrever o tratamento das condições que não precisam de transferência, indicando a
evolução esperada das mesmas.

Dor Abdominal 1. Definir abdómen agudo. 2


Aguda 2. Descrever os sinais e sintomas característicos de um abdómen agudo.
3. Enumerar causas comuns de abdómen agudo em crianças e adultos,
relacionando-os com as características da dor (tipo, velocidade de instauração,
localização, irradiação).
4. Identificar sinais e sintomas acompanhantes que ajudam a apontar a origem
ou causa de abdómen agudo.
Dor Abdominal -
5. Enumerar as questões a cobrir para colher uma anamnese detalhada do
Abdómen Agudo
paciente com dor abdominal aguda.
6. Enumerar os resultados esperados no exame físico, relacionando-os com as
causas habituais de abdómen agudo.
7. Descrever o papel de radiografia do tórax e abdómen, exames de sangue e de
urina, ecografia e cirurgia exploradora de emergência na avaliação de um
paciente suspeito de abdómen agudo.
8. Descrever a estratégia terapêutica geral para um paciente com abdómen

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 613


5º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
agudo.
9. Enumerar as indicações de transferência imediata (para cirurgia ou
diagnóstico avançado), listando as medidas preparatórias para uma
transferência com garantias.
10. Identificar as indicações e contra-indicações do uso de analgésicos em
pacientes com sinais e sintomas de abdómen agudo.

Obstrução Intestinal 1. Explicar as consequências fisiopatológicas básicas da obstrução em cada nível do 2


tubo digestivo, relacionando-as com os sinais e sintomas de apresentação.
2. Enumerar e descrever as condições mais frequentes que se apresentam como
abdómen agudo obstrutivo (adulto e criança): estenose pilórica, bridas pós-
operatórias, invaginação intestinal, vólvulo, tumores colo-rectais, ílio paralítico e
hérnias encarceradas/estranguladas.
3. Enumerar os sintomas e sinais acompanhantes que orientam a cada uma das
condições etiológicas.
4. Listar os achados esperados dos meios auxiliares de diagnóstico para cada condição
mencionada acima.
5. Descrever a estratégia do diagnóstico diferencial (etiológico) da obstrução intestinal.
6. Descrever as medidas terapêuticas gerais do abdómen agudo obstrutivo.
7. Enumerar as indicações de transferência imediata, explicando as medidas
preparatórias para a transferência.
8. Descrever o tratamento das condições que não precisam de transferência, indicando a
evolução esperado das mesmas.

Abdómen Agudo 1. Definir peritonite e explicar a fisiopatologia básica da sépsis e do choque 2


Peritonítico: séptico.
Generalidades 2. Enumerar e descrever as condições mais frequentes que se apresentam com
abdómen agudo peritonítico: primária, apendicite, colecistite, perfuração
gástroduodenal, pancreatite, perfuração infecciosa do intestino (tifoidea,
diverticulite), isquemia intestinal, abcessos localizados, peritonite
ginecológica (DIP).
3. Enumerar os sintomas e sinais de suspeita de peritonite e os que orientam a

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 614


5º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
cada uma das condições mencionadas acima.
4. Listar os achados esperados dos meios auxiliares de diagnóstico para cada
condição mencionada acima.
5. Descrever características particulares da peritonite em pacientes especiais:
criança, idoso, mulher fértil, com diabetes, HIV positivo.
6. Descrever a estratégia do diagnóstico diferencial (etiológico) da peritonite,
incluindo o papel da ecografia e da paracentese no apuramento da causa.
7. Enumerar e descrever outras condições que simulam abdómen agudo
peritonítico (crise falciforme, gravidez ectópica, rotura de baço, crise reno-
ureteral, piomiosite da parede abdominal, abcesso do psoas, tuberculose
intestinal e peritoneal), indicando os critérios para as descartar.
8. Descrever as medidas terapêuticas gerais do abdómen agudo peritonítico.
9. Enumerar as indicações de transferência imediata, explicando as medidas
preparatórias para a transferência.
10. Descrever o tratamento das condições que não precisam transferência,
indicando a evolução esperda das mesmas.

Pancreatite Aguda 1. Descrever os sinais e sintomas de pancreatite aguda. 0.5


2. Explicar a estratégia para o diagnóstico de pancreatite aguda e para a avaliação da
sua gravidade e prognóstico.
3. Descrever a estratégia terapêutica para um paciente com pancreatite aguda.
4. Enumerar as indicações de transferência imediata, explicando as medidas
preparatórias para a transferência.

Apendicite Aguda 1. Descrever os sinais e sintomas de apendicite aguda. 0.5


2. Explicar a estratégia para o diagnóstico de apendicite aguda.
3. Descrever o tratamento para um paciente com apendicite aguda a espera de
transferência para receber tratamento cirúrgico.

Perfuração de Úlcera 1. Descrever os sinais e sintomas de úlcera péptica perfurada. 1


Péptica 2. Explicar a estratégia para o diagnóstico da perfuração de úlcera péptica.
3. Descrever o tratamento para um paciente com úlcera péptica perfurada a espera de

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5º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
transferência para receber tratamento cirúrgico.

Crise Hipertiroidea 1. Definir hipertiroidismo, crise hipertiroidea. 1


2. Descrever os sinais e sintomas principais da crise hipertiroidea.
3. Enumerar causas comuns.
4. Descrever sinais e sintomas clínicos de apresentação.
5. Explicar os exames laboratoriais que poderão contribuir ao diagnóstico.
6. Identificar as indicações para referir.

Cetoacidose 1. Explicar o processo fisiopatológico da evolução de hiperglicemia ao 1


Diabética cetoacidose diabética nos pacientes com diabetes tipo I.
2. Explicar porque a cetoacidose diabética é uma emergência médica.
3. Descrever os sinais e sintomas característicos de cetoacidose diabética.
4. Explicar o que significa respiração de Kussmaul.
5. Descrever os níveis de glicose no sangue de pacientes com cetoacidose
Emergências diabética e identificar o uso de ‘urine dipstick’ no diagnóstico de cetoacidose
Metabólicas diabética.
6. Identificar os cuidados imediatos e medidas gerais de tratamento do paciente
com cetoacidose diabética.

Coma Hiperosmolar 1. Explicar o processo fisiopatológico de hiperglicemia ao coma hiperosmolar 1


nos pacientes com diabetes tipo II.
2. Descrever os sinais e sintomas característicos de coma hiperosmolar.
3. Descrever os níveis de glicose no sangue de pacientes em coma hiperosmolar
e identificar o uso de ‘urine dipstick’ no diagnóstico de coma hiperosmolar.
4. Identificar os cuidados imediatos e medidas gerais de tratamento do paciente
em coma hiperosmolar.
5. Explicar as diferenças entre cetoacidose e coma hiperosmolar.

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Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Coma 1. Enumerar as possíveis causas e a fisiopatologia de hipoglicemia. 1
Hipoglicemico 2. Explicar os sintomas neurológicos e os sinais de hipoglicemia.
3. Descrever os diferentes grupos de pacientes (diabéticos e não-diabéticos)
vulneráveis para desenvolver hipoglicemia.
4. Explicar os testes de laboratório úteis e a utilidade de dosagem de glicose no
sangue no processo diagnóstico.
5. Explicar o tratamento de hipoglicemia diferenciando entre pacientes
conscientes e inconscientes.

Insuficiência Renal 1. Definir insuficiência renal aguda e crónica. 1


Aguda 2. Explicar os processos fisiopatológicos principais envolvidos na insuficiência renal
aguda.
3. Descrever os sinais e sintomas principais de insuficiência renal aguda.
4. Enumerar causas comuns (pré-renal, renal e pós-renal) de insuficiência renal aguda.
5. Explicar os exames laboratoriais que poderão contribuir ao processo diagnóstico ou a
avaliação da gravidade do estado do paciente.
6. Descrever os casos em que a insuficiência renal aguda pode ser reversível.
7. Explicar como monitorar o balanço hídrico.
Emergências 8. Descrever opções farmacológicas e não-farmacológicas do tratamento para o
Renais e Urológicas paciente com insuficiência renal aguda.

Cólica Renal 1. Definir cólica renal. 1


2. Explicar os processos fisiopatológicos de uma crise de cólicas renais.
3. Descrever os sinais e sintomas de cólica renal.
4. Explicar como fazer o diagnóstico e o diagnóstico diferencial de cólica renal.
5. Explicar o tratamento de cólica renal.

Retenção Urinária 1. Definir retenção urinária aguda. 0.5


Aguda 2. Descrever os sinais e sintomas de retenção urinária aguda.
3. Explicar as possíveis etiologias de retenção urinária aguda.

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5º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
4. Descrever o manejo imediato de um paciente com retenção urinária aguda.

Parafimose 1. Definir parafimose e os diferentes graus. 0.5


2. Descrever os sinais e sintomas de parafimose.
3. Explicar o manejo imediato de parafimose (redução manual, incisão).

Escroto Agudo 1. Definir ‘escroto agudo’. 2


2. Enumerar as causas principais de ‘escroto agudo’.
3. Explicar como fazer o diagnóstico diferencial de torção dos apêndices
testiculares, orquiepididimites e outras causas de escroto agudo.
4. Identificar entre as causas mencionadas acima as que constituem emergências.
5. Descrever o tratamento imediato de um paciente com escroto agudo causado
pela torção dos apêndices testiculares e pela orquiepididimites.

Gangrena de 1. Definir gangrena de Fournier. 0.5


Fournier 2. Explicar os processos fisiopatológicos relacionados com a gangrena de
Fournier.
3. Enumerar factores predisponentes para desenvolver gangrena de Fournier.
4. Descrever os sinais e sintomas de gangrena de Fournier.
5. Explicar o tratamento de gangrena de Fournier.

Laboratório 1. Realizar passo-a-passo as seguintes técnicas e procedimentos num manequim: 3


Humanístico a. Colocar uma sonda vesical (em homem, mulher e criança);
b. Punção vesical supra-púbica.

Fisiologia e 1. Definir a hipersensibilidade 1


Fisiopatologia 2. Listar e explicar, com exemplos, os 4 tipos de reacção de hipersensibilidade:
a. Tipo 1: Anafiláctica ou imediata;
Reacções de
b. Tipo 2: Citotóxica;
Hipersensibilidade
c. Tipo 3: Imune complexo;
d. Tipo 4: Tardia.
3. Explicar os principais processos patofisiológicos que ocorrem durante uma reacção

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5º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
alérgica.

Anafilaxia 1. Definir anafilaxia. 1


2. Enumerar diferentes tipos de antígenos exógenos (alérgenos) que podem causar
reacções anafilácticas.
3. Descrever os sinais e sintomas característicos de uma reacção alérgica leve,
moderada e severa.
4. Explicar quais são os órgãos frequentemente afectados na anafilaxia.
5. Explicar o tratamento de uma reacção alérgica (leve, moderada e severa), incluindo o
uso de anti-histamínicos, corticosteróides, B-agonistas e aminofilina.

Doenças Citotóxicas 1. Explicar o quadro clínico e tratamento de diferentes exemplos de 1


hipersensibilidade citotóxica:
a. Doença hemolítica do recém-nascido;
b. Anemia hemolítica;
c. Reacções com alguns medicamentos;
d. Incompatibilidade transfusional;
e. Doenças auto-imune como tiroidite.

Infecções de tecidos 1. Descrever o que é gangrena, fleimão, e piomiosite. 2


moles 2. Explicar a etiologia de gangrena, fleimão, e piomiosite.
3. Listar os diferentes tipos de gangrena.
4. Descrever os sinais e sintomas de gangrena, fleimão, e piomiosite e as áreas
Emergências – do corpo mais frequentemente envolvidas.
Infecções dos 5. Explicar as modalidades do manejo imediato de gangrena, fleimão, e
Tecidos Moles e piomiosite e as possíveis complicações.
Osteo-Articulares 6. Explicar a importância de tratar correctamente e a tempo as infecções das
partes moles.

Infecções Osteo- 1. Explicar a importância de diagnosticar precocemente as infecções 2


Articulares osteoarticulares.
2. Definir osteomielite e artrite séptica.

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Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
3. Explicar as diferentes etiologias de osteomielite e artrite séptica.
4. Descrever os sinais e sintomas clínicos de osteomielite e artrite séptica.
5. Explicar quais são as articulações mais frequentemente acometidas pela artrite
séptica.
6. Explicar como construir a avaliação diagnóstica (anamnese e exame físico)
em caso de suspeita de um episódio de osteomielite ou de artrite séptica.
7. Descrever a utilidade de exames complementares para ajudar no processo
diagnóstico de osteomielite e artrite séptica.
8. Explicar o tratamento (farmacológico e não-farmacológico) de osteomielite e
artrite séptica.
9. Diferenciar os sinais, sintomas e tratamento de artrite, tendinite e bursite.

Atendimento Inicial 1. Descrever o que é a cinemática do trauma. 2


à Vítima de Trauma 2. Descrever o risco maior de traumas e ferimentos em crianças e os factores de
riscos segundo a idade.
3. Descrever os acidentes que podem ser prevenidos em crianças e como
aconselhar os pais/cuidadores sobre a prevenção.
4. Explicar a importância de avaliar a segurança, a cena e a cinemática do
trauma.
5. Explicar os processos traumáticos que podem acontecer durante os seguintes
Atendimento Inicial tipos de acidentes automobilísticos: colisão frontal, colisão traseira, colisão
à Vítima de lateral e capotamento, atropelamento.
Trauma 6. Explicar o tipo de trauma mais provável a partir de:
a. Uma queda de altura com aterragem pelos pés;
b. Uma explosão;
c. Ferimentos por arma branca, arma de fogo.
7. Explicar como construir uma anamnese que identifique as circunstâncias de
um trauma, a gravidade e/ou risco sobre a vida do doente.
8. Diferenciar traumas internos e externos.
9. Explicar quando se considera um paciente como politraumatizado.
10. Diferenciar entre os mecanismos de trauma do adulto e da criança.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 620


5º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
11. Descrever a avaliação primária rápida e a avaliação primária completa
(“ABCD”) para uma vítima de trauma.
12. Listar os componentes diferentes da abordagem secundária (Passo “E”).

Ferimentos e 1. Definir ‘ferimento’. 2


Curativos 2. Explicar a terminologia correcta para descrever os diferentes tipos de
ferimentos fechados e abertos e dar exemplos de cada um deles.
3. Explicar os passos diferentes de atendimento de vítimas com ferimentos.
4. Explicar como fazer a limpeza da superfície do ferimento e protecção da lesão
na fase pré-hospitalar.
5. Explicar o uso de anti-sépticos, bandagens, e ataduras no atendimento inicial
da vítima de trauma com ferimentos.
6. Explicar o que são curativos, quais são os diferentes tipos de curativos e as
suas funções.
7. Explicar as indicações e contra-indicações para suturar uma ferida.
8. Explicar as especificidades de cuidados no caso de uma ferida contaminada.
9. Explicar as indicações para a administração do toxóide tetânico e de ATS e a
modalidade de administração.
10. Explicar as especificidades dos cuidados imediatos dos seguintes tipos de
ferimentos:
a. Escoriações;
b. Feridas incisivas;
c. Feridas lacerantes;
d. Avulsões;
e. Feridas perfurantes;
f. Ferimentos em cabeça/tórax e abdómen;
g. Eviscerações.

Fracturas e Luxações 1. Definir fractura, consolidação, imobilização, tracção, osteoporose. 2


2. Explicar as diferenças principais entre fracturas em adultos e crianças.
3. Descrever o padrão típico de fracturas dos ossos longos em crianças (ao rx) e

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 621


5º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
diferenciar esse padrão com fracturas acidentais e não-acidentais.
4. Descrever os sinais e sintomas de uma fractur.a
5. Explicar a vulnerabilidade de mulheres depois da menopausa e homens idosos
para sofrer fracturas.
6. Explicar a terminologia correcta para descrever uma fractura.
7. Explicar como avaliar uma radiografia de ossos longos em caso de suspeita de
fractura.
8. Explicar as indicações para fazer o raio-X.
9. Explicar os cuidados e tratamento (incluindo critérios para transferência).
10. Explicar as indicações dos diferentes métodos de redução e imobilização das
fracturas.
11. Definir luxação, entorse.
12. Explicar em que articulações as luxações ocorrem mais comummente.
13. Descrever os sinais e sintomas de uma luxação.
14. Explicar as manobras de manipulação de luxações acrómio-clavicular, do
cotovelo, do punho, dos dedos dos pés e das mãos, do joelho e do mandibular.

Laboratório 1. Realizar passo-a-passo as seguintes técnicas e procedimentos em um 6


Humanístico manequim:
a. Demonstrar como fazer ‘em sequência’ o exame físico de cabeça, pescoço,
tórax, abdómen, pélvis/genitais, membros inferiores e superiores, e o
dorso;
b. Imobilização de fracturas (com gesso ou tala);
c. Limpeza da ferida e protecção;
d. Suturas básicas.
2. Interpretar radiografias de ossos longos de vítimas de trauma com suspeita de
fracturas.
3. Demonstrar como aplicar uma ligadura triangular/ ligadura em rolo ou atadura
de crepe nas seguintes partes do corpo:
a. Crânio (frontal, temporal, facial);
b. Ombro;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 622


5º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
c. Pescoço;
d. Tórax;
e. Cox e/ou glúteo;
f. Articulações;
g. Mão;
h. Ossos longos.
Traumatismo 1. Descrever as estruturas anatómicas do crânio e relacioná-las com a 3
Cranioencefálico e fisiopatologia do trauma.
Traumas na Face 2. Definir: concussão, coma, contusão, hemorragia intracraniana (incluindo
hemorragia epidural, hemorragia subdural, hemorragia parenquimal),
hipertensão intracraniana.
3. Explicar o que é um traumatismo cranioencefálico (TCE) e como classificar.
4. Descrever os 3 tipos de fractura craniana (fechadas, abertas, deprimidas),
comparar a importância clínica, apresentação, manejo e indicação para
referência urgente.
5. Descrever a importância de obter uma anamnese detalhada (e as perguntas
chaves) da dinâmica do trauma e dos sintomas que surgiram imediatamente
Diferentes Tipos de após o TCE.
Lesões e traumas 6. Explicar como fazer a avaliação de um paciente com trauma cranioencefálico
(incluindo avaliações neurológicas sucessivas).
7. Explicar como usar e interpretar a escala de Glasgow.
8. Explicar o tratamento de emergência de vitimas de TCE, incluindo critérios
para transferência.
9. Explicar como diagnosticar, prevenir e tratar a hipertensão intracraniana.
10. Descrever como imobilizar um paciente com suspeita de trauma do pescoço,
como fazer a gestão das vias respiratórias, e comparar com a gestão de
paciente sem suspeita de traumatismo do pescoço.
11. Explicar como diagnosticar, tratar e/ou encaminhar as seguintes patologias ao
nível da face, da cabeça e do pescoço:
a. Otorragias, rinorragias, rinolicorreia, otolicorreia;
b. Obstrução das vias aéreas superiores;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 623


5º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
c. Lesões oculares/perioculares, nasais e auriculares;
d. Corpos estranhos no nariz, ouvido e no olho;
e. Lesões dos tecidos moles do pescoço e do couro cabeludo;
f. Lesões osteonervosas do crânio e da coluna cervical.
12. Explicar quais são as principais tomadas radiográficas para esta parte do
corpo, as suas indicações e a interpretação
Trauma ao Nível da 1. Descrever a anatomia e fisiologia da medula espinal, dos nervos periféricos e 2
Coluna Vertebral e da coluna vertebral.
Trauma 2. Definir traumatismo raquimedular (TRM).
Raquimedular 3. Explicar o espectro de sinais e sintomas e as localizações mais frequentes de
TRM.
4. Enumerar sinais clínicos que sugerem um TRM cervical.
5. Explicar a importância da imobilização adequada.
6. Explicar como fazer a avaliação da vítima com suspeita de TRM em vítimas
conscientes e inconscientes.
7. Explicar o tratamento e a abordagem da vitima com TRM, incluindo critérios
para transferência.
8. Explicar como diagnosticar, tratar e/ou encaminhar as seguintes patologias ao nível
da coluna:
a. Luxação da coluna;
b. Fracturas da coluna cervical, tórax e lombar.

Traumas ao Nível do 1. Descrever a anatomia geral do tórax e da parede torácica. 1.5


Tórax 2. Explicar os diferentes tipos de trauma que podem afectar o tórax.
3. Explicar como fazer a avaliação da vítima com suspeita de traumas ao nível
do tórax.
4. Descrever a utilidade de radiografias no processo de avaliação de uma pessoa
com trauma torácico.
5. Listar e explicar os sintomas, sinais e manejo imediato das patologias com
risco imediato de vida.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 624


5º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
Traumas do 1. Descrever a anatomia geral do abdómen (localização dos principais órgãos). 2
Abdómen e Traumas 2. Explicar a relação entre os mecanismos do acidente e as possíveis lesões
da Pélvis abdominais.
3. Descrever os órgãos internos mais vulneráveis a lesões nas crianças.
4. Definir trauma abdominal aberto, fechado.
5. Explicar qual é a principal causa de morte nas primeiras horas em vítimas
com traumas abdominais.
6. Explicar as especificidades do exame físico do paciente com suspeita de
lesões abdominais.
7. Descrever os sinais e sintomas indicativos de trauma abdominal.
8. Identificar a utilidade de radiografias abdominais no processo de avaliação de
uma pessoa com trauma abdominal.
9. Explicar como fazer a leitura de uma radiografia abdominal.
10. Explicar como diagnosticar, tratar e/ou encaminhar pacientes que apresentam:
a. Trauma abdominal fechado;
b. Trauma abdominal aberto;
c. Feridas da parede e da cavidade abdominal.
11. Descrever as estruturas principais do anel pélvico.
12. Descrever sinais indicativos de fracturas da bacia.
13. Explicar como fazer a avaliação para excluir ou confirmar fractura da bacia
ou lesões da bexiga.

Trauma Músculo- 1. Descrever a anatomia e fisiologia músculo-esquelética. 1


Esquelético (TME) 2. Explicar como fazer o exame primário e secundário e. se necessário, fazer a
ressuscitação, no paciente apresentando TME.
3. Enumerar e explicar os sinais, sintomas e tratamento de lesões ameaçadoras de vida
do TME.
4. Enumerar e explicar os sinais, sintomas e tratamento de lesões ameaçadoras do
membro.

Laboratório 1. Realizar passo-a-passo as seguintes técnicas e procedimentos em um 2


Humanístico manequim:

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 625


5º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
a. Curativo de 3 pontos (para tamponamento imediato da lesão de um
pneumotórax aberto).
2. Interpretar radiografias de tórax e abdómen dos pacientes vítimas de trauma
do tórax e/ou abdómen.

Introdução 1. Descrever os diferentes processos fisiológicos envolvidos na termoregulação 1


humana.
2. Descrever a estrutura da pele.
3. Descrever as diferenças da pele em crianças e em adultos e como influenciam a
morbidade e mortalidade relacionada com as queimaduras.
4. Descrever os riscos maiores de as crianças se queimarem.
5. Descrever como a maioria das queimaduras pode ser evitada e como aconselhar os
pais/cuidadores sobre as medidas de prevenção.
6. Listar os passos envolvidos na cicatrização da epiderme e da ferida profunda.

Queimaduras 1. Explicar os diferentes tipos de queimaduras. 2


2. Descrever como avaliar se a queimadura é acidental ou não (ou se é sinal de
abuso).
Queimaduras e 3. Explicar como classificar a gravidade (3 graus).
Hipotermia 4. Descrever e extensão de queimaduras e dar exemplos, usando a tabela de
avaliação de queimaduras por idade e calculo da superfície corporal
queimada.
5. Descrever as indicações para o tratamento externo e para o internamento.
6. Explicar os diferentes passos (em sequência) no atendimento do paciente
queimado.
7. Descrever o manejo do paciente queimado depois da estabilização e avaliação
do grau e extensão da queimadura:
a. Reposição de fluidos;
b. Prevenção e tratamento de infecções (AB e Tétano);
c. Controlo da dor;
d. Manejo da nutrição;
e. Prevenção de contracturas;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 626


5º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
f. Fisioterapia e reabilitação.
8. Explicar as indicações e contra-indicações para uso de curativos húmidos e frios com
soro fisiológico.
9. Explicar que tipo de curativo se deve utilizar se a extensão da queimadura for muito
grande.
10. Explicar o uso dos tratamentos farmacológicos no atendimento inicial ao
queimado.
11. Enumerar os sinais de alerta para eventuais queimaduras de vias aéreas.
12. Explicar os tipos de lesão grave que podem surgir e o tratamento indicado, em
caso de inalação de fumaça e subprodutos de combustão.
13. Explicar os procedimentos específicos no atendimento inicial a vítima de
queimaduras químicas.
14. Explicar as indicações para a transferência do paciente queimado.

Laboratório 1. Demonstrar habilidade de usar as tabelas para calcular a extensão da queimadura, 2


Humanístico calcular os fluidos, as calorias, a dosagem dos medicamentos em um caso de
queimaduras de terceiro grau e >15% de extensão numa criança.
2. Demonstrar a utilização de talas num manequim, posicionamento anatómico e
mobilização passiva para prevenir contracturas.

Hipotermia 1. Definir hipotermia. 1


2. Enumerar grupos de pacientes e vítimas propensos a desenvolver hipotermia.
3. Descrever os sinais e sintomas de hipotermia.
4. Explicar o atendimento inicial em caso de hipotermia.

Afogamento 1. Definir afogamento. 2


2. Descrever o risco maior em crianças e os factores de riscos associados.
3. Descrever como aconselhar os pais/cuidadores sobre as estratégias de
Afogamento prevenção.
4. Explicar os mecanismos que levam a morte num acidente de submersão em
água salgada e água doce.
5. Explicar o que é a síndrome de imersão ou ‘choque térmico’.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 627


5º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
6. Descrever os sinais e sintomas principais de afogamento.
7. Explicar a classificação e os diferentes passos específicos no atendimento das
vítimas de afogamento (água salgada e doce).
8. Descrever a diferença da técnica de reanimação em pacientes com suspeita de
traumatismo do pescoço.
9. Descrever a indicação para referência urgente.
Electrocussão 1. Definir electrocussão. 1
2. Explicar os factores que influenciam a gravidade dos efeitos de electrocussão.
Electrocussão
3. Explicar os possíveis efeitos da corrente eléctrica sobre o organismo humano.
4. Explicar os diferentes passos no atendimento da vítima de electrocussão.
Intoxicações 1. Descrever as portas de entrada de substâncias tóxicas no organismo. 2
Exógenas 2. Listar as intoxicações exógenas comuns em Moçambique.
3. Descrever o risco mais elevado de intoxicação em crianças e o relacionamento
com a idade.
4. Descrever as medidas de prevenção da maioria das intoxicações em crianças e
como aconselhar os pais/cuidadores.
5. Explicar como obter uma anamnese para identificar a substância responsável
pelo envenenamento o mais breve possível (nome e quantidade).
6. Descrever a diferença entre substâncias com efeito imediato e as com efeito
Intoxicações tardio.
Exógenas 7. Conhecer os antídotos disponíveis.
8. Classificar o tipo de intoxicação por ingestão, inalação e contaminação da
pele e dos olhos.
9. Explicar os sinais e sintomas mais comuns das seguintes intoxicações
exógenas: monóxido de carbono, álcool, fármacos (paracetamol, aspirina),
rodentecidas, plantas, detergentes, querosene, tabaco, cáusticos.
10. Explicar os diferentes passos do atendimento à vítima de envenenamento
incluindo as indicações e contra-indicações das seguintes medidas (segundo o
tipo de intoxicação):
a. Avaliar o ABC;
b. Descontaminação da pele;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 628


5º. Semestre
Tópico Conteúdo Objectivos de Aprendizagem Horas
c. Lavagem dos olhos;
d. Descontaminação gastrointestinal:
i. Protecção das vias aéreas;
ii. Aspiração e lavagem gástrica;
iii. Uso de absorventes como carvão activado;
iv. Indução de vómito (estimulo manual ou usando xarope de
Ipecacuana;
v. Dar água de beber para diluir o veneno;
vi. Promover a eliminação com uso de diuréticos e administração de
antídotos.
11. Descrever as particularidades terapêuticas da esofagite por ingestão de
cáusticos, listando as indicações para a transferência.
Mordeduras e 1. Explicar e dar exemplos de animais venenosos 1.5
picadas por animais 2. Diferenciar formas diferentes de envenenamento por animais (picada, mordedura,
ingestão e contacte).
3. Explicar o mecanismo de acção de soro antiveneno.
4. Descrever as diferentes cobras venenosas comuns em Moçambique.
5. Descrever os espectros diferentes de manifestações locais e sistémicas em vítimas de
mordeduras de cobra.
6. Explicar o manejo de um paciente vítima de mordedura de cobra.
7. Descrever as diferentes aranhas venenosas comuns em Moçambique.
8. Descrever os espectros diferentes de manifestações locais e sistémicas em vítimas de
picadas de aranha venenosa.
9. Explicar o manejo de um paciente vítima de picada de aranha venenosa.
10. Descrever os espectros diferentes de manifestações locais e sistémicas em vítimas de
picadas de escorpião, abelha, vespa.
11. Explicar o manejo de uma vítima de picada de escorpião abelha, vespa.
12. Descrever as mordeduras mais comuns: por animal e por humanos.
13. Descrever como diferenciar uma mordedura por humano acidental e não acidental.
14. Descrever a gestão da ferida incluindo limpeza, desbridamento, contra-indicações
para fechamento com suturas ou gesso e profilaxia do tétano.
15. Descrever as indicações para antibióticos empíricos.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 629


5º. Semestre
ESTÁGIO
Local do Estágio: Banco de socorros de preferência num hospital provincial ou hospital rural
maior.
Duração: 4 semanas
Supervisores:
• Médico de Clínica Geral;
• Técnicos de Medicina com experiência na gestão de emergências e vítimas de trauma.
• Técnicos de Cirurgia.
Técnicas a Demonstrar:
• Atendimento inicial correcto e suporte básico de vida adaptada para vítimas de trauma
e vítimas de emergências clínicas, incluindo:
o Avaliação primária rápida e completa;
o Abordagem secundária com exame físico segmentar completo e em caso de
necessidade proceder a respiração artificial ou ressuscitação cardiopulmonar;
o Controlo e tratamento de hemorragias e choque (incluindo transfusões de sangue);
o Imobilização, curativos e organizar/acompanhar transporte de vítimas de trauma
ou emergências.
• Pacientes com emergências clínicas:
o Avaliação geral através de técnicas de anamnese, exame físico e exames
laboratoriais ou outros exames complementares de pacientes (não vítimas de
trauma) com as seguintes queixas principais:
o Dor torácica retroesternal;
o Dispneia severa;
o Crise de hipertensão;
o Hemoptise;
o Nível de consciência alterada;
o Convulsões;
o Cefaleia intensa;
o Alteração aguda de comportamento;
o Hemorragia digestiva;
o Dor abdominal intensa;
o Obstrução intestinal;
o Pancreatite aguda;
o Apendicite aguda;
o Perfuração de úlcera péptica;
o Insuficiência hepática aguda;
o Anúria/oligúria;
o Anafilaxis;
o Dores articulares intensas;
o Gerar e motivar o diagnóstico diferencial e assegurar o manejo imediato destes
mesmos pacientes (não vítimas de trauma) incluindo:
o Acesso venoso;
o Acesso intra-ósseo (em caso que o venoso não seja acessível);

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 630


5º. Semestre
o Sondagem nasogástrica;
o Sondagem vesical;
o Punção lombar;
o Toracocentese e drenagem pleural;
o Paracentese;
o Sondagem vesical suprapúbica.
• Pacientes vítimas de trauma:
o Avaliação geral através de técnicas de anamnese, exame físico e exames
laboratoriais ou outros exames complementares;
o Identificar as patologias com risco imediato ou potencial de vida;
o Assegurar o manejo imediato (estabilizar e transferir);
• Pacientes com queimaduras, com sinais de intoxicação ou vítimas de
afogamento/electrocussão/mordeduras de animais:
o Avaliação geral através de técnicas de anamnese, exame físico e exames
laboratoriais ou outros exames complementares;
o Assegurar o manejo imediato.
• Redução da hérnia inguinal.
Seminários de Discussão do Estágio:
• Apresentação de 1 caso observado durante o estágio, que poderá ser entre os
seguintes:
o Caso de ‘avaliação e manejo imediato de vítima de trauma’;
o Caso de ‘avaliação e manejo de pacientes apresentando uma emergência
cardiovascular ou respiratória’;
o Caso de ‘avaliação e manejo de pacientes com emergência neurológica ou
psiquiátrica’;
o Caso de ‘avaliação e manejo de pacientes com emergência gastrointestinal’.
• Para cada caso apresentado, é necessário incluir resultados relevantes da história clínica e do
exame físico, discutir os meios de diagnóstico utilizados , e o diagnóstico diferencial. O TM
deverá descrever a conduta terapêutica do paciente, incluindo terapias farmacológicas e não
farmacológicas, a educação do paciente, o prognóstico, e o acompanhamento. Indicações para
a transferência imediata ou o encaminhamento adequado devem ser incluídas na apresentação.

• O docente deve rever os casos com o grupo para:


o Evidenciar aspectos chave da anamnese e exame físico;
o Rever a fisiologia e fisiopatologia, Se for apropriado;
o Rever as considerações efectuadas para chegar a um diagnóstico diferencial;
o Rever o manejo imediato de emergências comuns (incluindo hemorragias,
choque, abdómen agudo, nível de consciência alterada) ou como
complemento/clarificação dos casos apresentado pelos estudantes.

AVALIAÇÃO
Avaliação Teórica
• Um teste escrito parcial, com um peso de 20%;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 631


5º. Semestre
• Exame escrito final, com um peso de 30%.

Avaliação Prática
• Demonstração de técnicas / procedimentos no laboratório (humanístico ou
multidisciplinar, com um peso de 10%.

Avaliação do Estágio
• Apresentação de 1 caso observado durante o estágio, com um peso de 20%.
• Demonstração de uma história clínica (anamnese e exame físico) dirigido ao sistema,
com paciente 20%.

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5º. Semestre
ANEXO I: LISTA DE DOENÇAS E PATOLOGIAS

Dermatologia
1. Piodermite (impétigo, foliculite/forunculose, antraz, abcesso);
2. Erisipela;
3. Úlceras;
4. Antrax cutâneo (carbúnculo);
5. Lesões cutâneas da sífilis;
6. Tuberculose cutânea;
7. Herpes simplex;
8. Herpes zóster;
9. Exantemas virais;
10. Molusco contagioso;
11. Verrugas;
12. Sarcoma de Kaposi
13. Pediculose;
14. Sarna;
15. Larva migrans cutânea;
16. Tunguiase (mataquenha);
17. Infecções fúngicas (tinha, cândida, ptiriase versicolor);
18. Eczema atópico;
19. Eczema de contacto;
20. Eczema seborreico
21. Urticária;
22. Erupções cutâneas de origem medicamentosa;
23. Acne;
24. Alterações de pigmentação da pele;
25. Psoríase;
26. Quistos, lipomas e outras massas;
27. Cicatriz hipertrófica e quelóide;

Sistema Gastrointestinal
1. Disfagias
2. Esofagite e refluxo gastro-esofágico
3. Hérnia hiatal
4. Hemorragias digestivas altas por causa
5. Gastrite aguda atrófica e crónica e doença por H. pilori
6. Úlcera gastro-duodenal e suas complicações
7. Carcinoma gástrico
8. Diarreia aguda e crónica, por mecanismo e etiologia
9. Cólera
10. Disenteria bacteriana, amebiana e a enterotóxica
11. Parasitoses intestinais:
12. Ascaridiase
13. Ancilostomiase
14. Amebiase
15. Giardiase
16. Estrongiloidiase

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 633


Anexo 1: Lista de Patologias
17. Oxiuriase
18. Tricuriase
19. Teniase
20. Equinococose
21. Hemorragia Digestiva Baixa:
22. Diverticulose intestinal
23. Carcinoma colo-rectal
24. Hemorróides
25. Febre Tifóide
26. Diarreia crónica com malabsorção
27. Pancreatite crónica:
28. Fibrose cística do páncreas
29. Kwashiorkor
30. Mal-absorção pós-cirúrgica
31. Insuficiência biliar
32. Doença de crohn
33. Colite ulcerativa
34. Tuberculose intestinal
35. Doença celíaca
36. Hemorróides
37. Prolapso rectal
38. Fissura Anal
39. Abcesso e fístula perianal
40. Carcinoma rectal
41. Fibrose e cirrose hepática e suas complicações por hipertensão portal (ascite, hemorragias).
42. Abcesso hepático bacteriano e amebiano
43. Neoplasia hepática
44. Hepatite aguda e crónica, por agente etiológico
45. Litíase e inflamação da vesícula biliar
46. Pancreatite aguda
47. Carcinoma pancreático
48. Carcinoma das vias biliares
49. Hérnias abdominais por tipo e localização

Sistema Reprodutor Feminino


1. Tumores ginecológicos marcados (suspeitar e transferir);
2. Profilaxia pós-exposição nos casos de violência sexual;
3. Dismenorreias (suspeitar e transferir).
2. Infertilidade:
a. Diagnóstico diferencial com primária e secundária (transferir);
b. Pesquisar as causas comuns de infertilidade (ITS, miomas);
c. Fazer aconselhamento básico do casal que busca conceber, e encaminhar ao outro nível;
3. Sangramento vaginal (menorragia) (cuidados iniciais e transferir);
4. Perturbações do ciclo menstrual;
5. Malformações dos órgãos reprodutivos;
6. Aborto terapêutico:

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 634


Anexo 1: Lista de Patologias
a. Aconselhamento ao paciente;
b. Indicações para execução e transferir para execução;
7. Ruptura de gravidez extra-uterina (diagnosticar e conduta);
8. ITS:
a. Síndrome de corrimento vaginal;
b. Gonococo (quando existem meios de diagnóstico);
c. Clamidia (quando existem meios de diagnóstico);
d. Cândida Albicans (quando existem meios de diagnóstico);
e. Tricomona Vaginalis (quando existem meios de diagnóstico);
f. DIP (Classificar e tratar nas fases menos complicados);
g. Herpes Simplex tipo 2 (quando existem meios de diagnóstico);
h. Sífilis (quando existem meios de diagnóstico);
i. Cancróide;
j. Condilomas e verrugas;
k. Linfogranuloma Venério;
l. HIV.
9. Lesões do colo com suspeita de malignidade;
10. Lesões da mama com suspeita de malignidade;
11. Outros tumores do sistema reprodutor feminino:
a. Útero (fibromioma, cancro do endométrio);
b. Ovário (suspeitar e referir);

Obstetrícia
1. Hipertensão na gravidez (incluindo a pré-eclâmpsia e eclâmpsia).
2. Anemia (relacionada com a gravidez e com parasitose intestinal).
3. Hemorragia (placenta prévia, descolamento, ameaça de aborto).
4. Diabetes gestacional:
5. Infecções transmissíveis sexualmente (ITS), incluindo a sífilis, gonorreia, clamídia, herpes
genital, vírus do papiloma humano, e vaginose bacteriana.
6. Incompatibilidades do grupo sanguíneo (ABO/RH).
7. Hiperemese gravídica.
8. Polihidramnio.
9. Oligohidramnio.
10. Atraso do crescimento intrauterino.
11. Aborto (ameaça, inevitável, em curso, retido, séptico).
12. Risco de parto prematuro.
13. Pós-maturidade.
14. Malária;
15. HIV;
16. Tuberculose;
17. Cardiopatias;
18. Epilepsia;
19. Infecções urinárias.
20. Parto arrastado;
21. Sofrimento fetal e morte fetal intra-uterina;
22. Apresentação anómala e gestação múltipla não diagnosticada;
23. Acidente do cordão umbilical;
24. Hemorragia;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 635


Anexo 1: Lista de Patologias
25. Trabalho de parto obstruído;
26. Trabalho de parto prematuro;
27. Infecção uterina;
28. Verrugas, queloide;
29. Rotura da bolsa > 18horas;
30. Gravidez ectópica;
31. Eclâmpsia;
32. Embolia do líquido amniótico;
33. Posições viciosas;
34. Anomalias de inserção da Placenta;
35. Retenção de restos placentários;
36. Atonia uterina;
37. Laceração do canal de parto;
38. Ruptura uterina;
39. Coagulopatias, incluindo coagulação intravascular disseminada (CID).

Sistema Reprodutor Masculino


1. Síndromes anatómicas e malformações congénitas:
a. Hipospadia;
b. Epispádia;
c. Fimose e parafimose;
d. Estenose da uretra;
e. Hérnia inguinal.
2. Síndromes de úlceras genitais e bubão inguinal:
a. Sífilis;
b. Infecção de Herpes Simplex;
c. Linfogranuloma venéreo (Clamídia trachomatis);
d. Cancroide (Haemophilus ducreyi).
3. Síndromes de uretrites/corrimento uretral:
a. Gonorreia;
b. Infecções genitais por clamídias;
c. Infecção bacteriana do sistema urinário (Cistite).
4. Síndromes da próstata:
a. Prostatites;
b. Hipertrofia da próstata.
5. Síndromes do escroto e testículos:
a. Gangrena de Fournier (do escroto);
b. Orquite;
c. Epididimites;
d. Hidrocele, varicocele e massa escrotal;
e. Edema escrotal (de insuficiência cardíaca, síndrome nefrítica, etc.);
f. Torção do testículo;
6. Síndromes eréctil e reprodutor:
a. Infertilidade;
b. Disfunção eréctil de causa orgânica (descartar causas psicogénicas);
7. Síndromes com manifestações dermatológicas:
a. Condilomata (Infecção com Vírus do Papiloma Humano (VPH);
b. Sífilis;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 636


Anexo 1: Lista de Patologias
c. Candidíase genital;
d. Balanite;
8. Vários:
b. Tricomoníase.

Sistema Cardiovascular
1. Hipertensão Arterial (HTA);
2. Hipercolesterolemia e outras dislipidemias;
3. Doença coronária;
4. Arteriopatia Periférica;
5. Insuficiência cardíaca;
6. Doença cardíaca reumática;
7. Endocardite Infecciosa;
8. Pericardite;
9. Cardiomiopatias;
10. Doença venosa.

Sistema Respiratório
1. Asma brônquica, bronquites e outras doenças respiratórias alérgicas.
2. Pneumonias e broncopneumonia.
3. Tuberculose pulmonar (incluindo multiresistente).
4. Derrames pleurais e pleurisias.
5. Empiema.
6. Abcesso pulmonar.
7. Bronquiectasias.
8. Doença pulmonar crónica (DPOC e doença restritiva).
9. Gripe.

Hematologia e Oncologia
1. Anemia;
2. Doenças de coagulação do sangue e coagulopatias;
3. Leucemia e Linfoma;
4. Carcinoma da Pele;
5. Carcinoma da cabeça e pescoço;
6. Carcinoma da mama;
7. Carcinoma Bronco-Pulmonar;
8. Neoplasia Gastrointestinal;
9. Carcinoma uro-genital;
10. Carcinoma músculo esquelético;
11. Neoplasias Oculares.

Estomatologia
1. Deterioração dentária;
2. Estomatite aftosa (Aftas);
3. Gengivite / periodontite;
4. Angina de Vincent;
5. Angina de Ludwig;

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 637


Anexo 1: Lista de Patologias
6. Fendas orofaciais
7. Gengivoestomatite herpética;
8. Candidiase oral;
9. Sifilis;
10. Abcesso dentário.

Otorrinolaringologia e Oftalmologia
1. Obstruções do canal auditivo externo e corpos estranhos;
2. Otite externa ;
3. Eczema e herpes zóster otico (Síndrome de Ramsay Hunt) ;
4. Otite média;
5. Vertigem;
6. Surdez (súbita) de causa desconhecida;
7. Rinite ;
8. Sinusite;
9. Epistaxe;
10. Presença de corpo estranho no nariz;
11. Faringite;
12. Laringite aguda;
13. Neoplasias da boca, faringe e laringe;
14. Inflamações das glândulas salivares;
15. Distúrbios refrativos;
16. Olho vermelho (conjuntivite, glaucoma, hemorragia subconjuntival, );
17. Celulite orbital ;
18. Exoftalmia;
19. Lesões oculares (corpo estranho, queimadura);
20. Edema palpebral;
21. Obstrução do canal lacrimonasal;
22. Baixa visual progressiva;
23. Baixa visual súbita;
24. Distúrbios pupilares (miosis, mydriasis, argyll-robertson);
25. Alterações do campo visual.

Neurologia
1. Convulsões;
2. Cefaleias;
3. Meningite e Encefalite;
4. Malária Cerebral;
5. Neurossífilis;
6. Acidente Vascular Cerebral;
7. Toxidade neurológica do consumo crónico de álcool;
8. Dor;
9. Neuropatias;
10. Doenças relacionadas às lesões dos neurónios motores;
11. Alterações no estado mental e na consciência.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 638


Anexo 1: Lista de Patologias
Saúde Mental
1. Transtornos geralmente diagnosticados pela primeira vez na infância ou na adolescência:
a. Atraso mental;
b. Transtorno de aprendizagem;
c. Transtorno de habilidades motoras;
d. Transtorno de comunicação;
e. Transtornos globais de desenvolvimento;
f. Transtornos de déficit de atenção e comportamento disruptivo.
2. Delirium, demência, transtorno amnésico e outros transtornos cognitivos.
3. Transtornos relacionados a substâncias químicas.
4. Esquizofrenia e outros transtornos psicóticos.
5. Transtornos de humor:
a. Depressivos;
b. Bipolares.
6. Transtornos de ansiedade.
7. Transtornos somatoformes.
8. Transtornos sexuais.
9. Transtornos de alimentação.
10. Transtornos de sono.
11. Outras condições que podem ser foco de atenção clínica:
a. Factores psicológicos que afectam a condição clínica;
b. Transtornos dos movimentos induzidos por medicamentos.

Doenças Infecciosas
1. Malária;
2. Tuberculose;
3. Lepra;
4. Sépsis;
5. Febre tifóide e paratifóide;
6. Brucelose;
7. Peste;
8. Febre recorrente por mordedura de carraça;
9. Filaríase;
10. Schistosomíase;
11. Tripanossomíase;
12. Febres hemorrágicas;

Sistema Endócrino
1. Hipertiroidismo;
2. Hipotiroidismo;
3. Obesidade;
4. Diabetes mellitus;
5. Hipoparatiroidismo;
6. Hiperparatiroidismo;
7. Patologias das glândulas supra-renais: Síndroma de Cushing;
8. Outras condições: ginecomastia e disfunção da erecção.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 639


Anexo 1: Lista de Patologias
Sistema Músculo-Esquelético e dos Tecidos Moles
1. Entorses;
2. Contusões;
3. Luxações;
4. Fracturas;
5. Osteoporose;
6. Gota;
7. Osteo-artrose;
8. LES;
9. Artrite reumatóide;
10. Deformidades dos membros inferiores;
11. Deformidades da coluna;
12. Hérnia do disco;
13. Osteomielite;
14. Artrite Séptica;
15. TB óssea e articular;
16. Piomiosite;
17. Bursite;
18. Fasciite;
19. Tendinite;
20. .Pé diabético;
21. Celulite;
22. Fleimão e gangrena.

Sistema Urinário
1. Renais:
a. Alterações hidroelectrolíticas;
b. Insuficiência renal;
c. Síndroma nefrítico;
d. Glomerulonefrite;
e. Síndroma nefrótico;
f. Pielonefrite;
g. Tuberculose renal e urinária;
h. Nefrotoxicidade;
i. Nefropatias específicas de doenças sistémicas;
j. Massa renal.
2. Urinárias:
a. Uropatia obstrutiva alta;
b. Hidronefrose;
c. Retenção urinária;
d. Hematuria. Schistosomiase vesical;
e. Carcinoma vesical;
f. Litíase urinária;
g. Infecção urinária;
h. Malformações nefrourinárias;
i. Alterações funcionais da micção;
j. Incontinência e fístulas.

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 640


Anexo 1: Lista de Patologias
Geriatria
1. Incontinência urinária;
2. Quedas e instabilidade da postura;
3. Delírio;
4. Demência;
5. Depressão;
6. Imobilidade;
7. Úlceras de pressão;
8. Desnutrição;
9. Abuso de idosos;
10. Extrema debilidade.

Pediatria
1. Patologias do Estado Nutricional
a. Desnutrição aguda grave: kwashiorkor (, marasmo , kwashiorkor merismático ,
desnutrição aguda, leve, moderada, falência de crescimento , desnutrição crónica,
obesidade e excesso de peso , deficiência de micronutrientes
b. RN: dificuldade de amamentar em recém-nascido saudável, de baixo peso e
prematuro
2. Aparelho Oftalmológico
a. Conjuntivite, celulite periorbital e orbital, abrasão corneana, hordéolo e chalázio,
estrabismo, deficiência de vitamina A, tracoma, traumas
b. RN: conjuntivite neonatal, dacrostenose
3. Estomatologia
a. Cavidade oral, higiene oral, cáries dentárias, abcessos e traumatismos, lesões dos
lábios e da mucosa oral , lesões da língua, gengivite, estomatite, úlcera aftosa,
estomatite angular, quielite, candidíase, noma ou cancrum oris
b. RN: candidíase, língua presa, anomalias do palato
4. Otorrinolaringologia
a. Inflamação das glândulas salivares , parotidite , hipoacusia, otites , mastoidite ,
corpos estranhos no canal auditivo , impacto do cerume
b. RN: Anomalias do ouvido (atresia / estenose do conduto)
5. Aparelho Respiratório
a. Pneumonia , tosse convulse , rinite, sinusite, gripe , sinusite, corpos estranhos no
nariz, epistaxes , faringite , tonsilite , abcessos tonsilares, abcessos retrofaríngeos ,
hipertrofia das adenóides, difteria , laringotraqueobronquite e epiglotite , inalação de
corpo estranho, bronquiolite , broncoespasmo reactivo, pieira, asma , estado de mal
asmático , derrame pleural e empiema , tuberculose pulmonar e não pulmonar ,
b. RN: Apneia do recém-nascido, pneumonias no recém-nascido, broncopneumonia
aspirativa, taquipneia do recém-nascido, síndrome de dificuldade do recém-nascido
6. Aparelho Cardiovascular
a. Doença cardíaca congénita cianótica e não cianótica , insuficiência cardíaca
congestiva , doença cardíaca reumática e febre reumática , pericardite, miocardite,
fibrose miocárdica,
b. RN: malformações cardíacas com sinais/sintomas no primeiro mês de vida
7. Aparelho Gastrointestinal

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 641


Anexo 1: Lista de Patologias
a. Gastroenterite aguda e crónica , cólera , diarreia persistente , hemorragia digestiva
baixa , disenteria, shigelose , outras causas de diarreia , intolerância à lactose,
parasitoses intestinais , helmintíases intestinais , esquistosomíase intestinal ,
amebíase, invaginação , vómito incluindo hematémese, , estenose pilórica e refluxo
gastroesofágico, apendicite, hérnia umbilical, hepatite , lesões anais e rectais,
obstipação , encoprese , febre tifóide
b. RN: Obstrução intestinal, infecção do cordão umbilical, cólicas abdominais, icterícia
neonatal, regurgitação, diarreias no recém-nascido, e má-formações congenitas
(onfalocele, ânus imperfurado)
8. Aparelho Geniturinário
a. Glomerulonefrite aguda , esquistosomíase urinária , síndrome nefrítica e nefrítico ,
infecções do aparelho urinário , enurese , insuficiência renal , malformações do rim ,
balanite/fimose/parafimose, hidrocele, hérnia inguinal, varicocele , vaginite, vulvite,
corpo estranho vaginal, hemorragias , carúnculas uretral e vaginal
b. RN: Criptorquidismo, pseudocriptorquidismo, circuncisão masculina, hipospadias,
epispádias, infecções urinárias no recém-nascido
9. Aparelho Musculoesquelético
a. Artrite séptica , artrite causada por febre reumática , tuberculose óssea e articular,
doença de Perthes, sinovite mono articular transitória, artrite reumatóide juvenil,
osteomielite, piomiosite, raquitismo , genu varo, valgo , síndrome mão-pé, pé chato,
escoliose, torcicolo , acondroplasia, osteogénese imperfeita,
b. RN: displasia congénita da articulação coxofemoral, pé boto, polidactilia e sindactilia,
traumas neonatais: (Cephaloematoma, caput succedaneum, cefalohematoma,
hemorragia subgaleal luxação da anca, fracturas, paralisia braquial, lesões da pele e
dos tecidos moles)
10. Sistema Neurológico
a. Alteração da consciência, convulsões, convulsões febris , epilepsia , meningite,
meningoencefalite, meningococcémia , encefalite, malária cerebral , síndroma de
Guillain barrè, poliomielite e outras causas de paralisia , tétano , raiva , deficiências
incluindo atraso psicomotor
b. RN: espasmos e convulsões neonatais, meningite no recém-nascido, síndrome
alcólica fetal, kernicterus, encefalopatia hipóxica isquemica, paralisia facial e outras
má-formações congénitas frequentes (Hidrocefalia, espinha bífida,
mielomeningocelo, microcefalia, e anencefalia)
11. Pele
a. Impetigo e outras infecções bacterianas da pele , síndrome de pele escaldada ,
dermatite atópica /eczema , dermatite de contacto, dermatite seborreica, picadas de
insectos escabiosa e pediculose, alergia, urticária, síndrome de Stevens Johnson,
exantemas virais, micose da pele e do couro cabeludo , larva migrans cutânea , lepra,
acne, alterações de pigmentação da pele: albinismo
b. RN: Marcas de nascimento, hemangioma, mancha mongólica, condições
dermatológicas limitantes e não patológicas do recém-nascido
12. Sistema Hematológico e Linfático
a. Anemias, indicações para transfusão , linfadenopatia,
b. RN: Doença hemorrágica do recém-nascido , anemias no recém-nascido
13. Sistema Endócrino
a. Diabetes , cetoacidose diabética , doenças da tiróide, patologias do crescimento,
hipopituitarismo e hiperpituitarismo, patologias da puberdade,

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 642


Anexo 1: Lista de Patologias
b. RN: hipotiroidismo neonatal e , filho de mãe diabética
14. Doenças Alérgicas
a. Alergias ambientais, anafilaxia
15. Infecções Sistémicas
a. Febre , sépsis , malária , HIV/SIDA ,
b. RN: Infecções neonatais congénitas e adquiridas: bacterianas e virais, toxoplasmose ,
rubéola congénita, Citomegalovírus – CMV, herpes simplex , sífilis congénita , tétano
neonatal
16. Saúde Mental
a. Maus tratos infantis: abuso, negligência, traumas não acidentais , abuso sexual
17. Doenças Congénitas
a. Síndrome de Down

Traumas e Emergências

1. Apresentações clínicas de Emêrgencias:


a. Cefaleia, Dispneia, Dor torácica, Coma, Choque (séptico, hipovulémico, anafiláctico) ,
Anafilaxia, Dor abdominal, Hemoptise, Paragem cardio-respiratória.
2. Emergências do Aparelho Cardiovascular:
a. Médicas:
ii. Enfarto do Miocárdico Agudo (IM) , Angina , Insuficiência cardíaca congestiva
descompensada , Crise hipertensiva;
b. Cirúrgicas:
ii. Tamponamento cardíaco.
3. Emergências do Aparelho Respiratório
a. Médicas:
ii. Obstrução das vias aéreas superiores, Crise Asmática Severa, Exacerbação de Doença
Pulmonar Obstrutiva Crónica (COPD), Pneumonia Grave, Abcesso Pulmonar ,
Tromboembolismo Pulmonar, Edema Agudo do Pulmão
b. Cirúrgicas:
ii. Pneumotorax hipertensivo, Obstrução das vias aéreas superiores, Abcesso
retrofaríngeo e das amígdalas, epiglotite, laringoespasmo agudo (CROUP), Derrame
pleural massivo, Hemoptise massiva.
4. Emergências do Aparelho Gastrointestinal
a. Médicas:
ii. Hemorragia gastrointestinal massiva alta e baixa, Insuficiência hepática aguda, Ascite
massiva com alteração hemodinâmica, Diarreia aguda grave.
b. Cirúrgicas:
iii. Abdómen agudo: Invaginação, vólvolos (e outros causas de oclusão), apendicite
aguda, peritonite, perfuração de úlcera péptica, pancreatite aguda;
iv. Hérnias complicadas.
5. Emergência Hematológicas
b. Médicas:
iii. Coagulação Intravascular Disseminada (CID), Anemia grave;
iv. Doenças citotóxicas: doença hemolítica do recém-nascido, anemia hemolítica,
incompatibilidade transfusional.
6. Emergências do Aparelho Neurológico:

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 643


Anexo 1: Lista de Patologias
b. Médicas:
i. Meningite (bacteriana, criptococose, toxoplasmose, tuberculose) , Meningo-encefalite
(virais nas crianças), Estado epiléptico, convulsões (10), Malária cerebral , Acidente
vascular cerebral (AVC) isquémico, hemorrágico, Ataque Isquémico Transitório
(TIA), Síndroma de compressão medular (TB da coluna) , Sindromas de hipertensão
intracranial, Neuralgias periféricas.
7. Emergências Endocrinológicas/Metabólicas
b. Médicas:
ii. Desequilíbrio hidroelectrolítico grave, acetoacidose diabética, coma hiperosmolar e
hipoglicémico, Crise Hipertiroidea.
8. Emergências do aparelho Genitourinário
c. Médicas:
ii. Cólica renal, insuficiência renal aguda , retenção urinária aguda, hematúria,
orquiepididimite.
d. Cirúrgicas:
iii. Escroto agudo: gangrena do escroto (gangrena de Fournier), torsão do testículo ),
torsão do epidídimo;
iv. Fimose, parafimose.
9. Emergências do Aparelho Músculo-Esquelético
c. Medicas:
ii. Artrite séptica, Luxações: acrómio-clavicular, do cotovelo, mandibular
d. Cirúrgicas:
ii. Infecções dos tecidos moles (Gangrena e Fleimão), Piomiosite profunda,
Osteomielite.
10. Emergências Psiquiátricas
c. Médicas:
ii. Psicose aguda (diagnóstico diferencial com alucinações e delírios (alterações por
substâncias como drogas e doenças "orgânicas" e com a depressão), Crise de
ansiedade e de histeria , depressão grave, tentativas de suicídio.
11. Emergências Obstétricas
ii. Sangramento vaginal (menorragia) cuidados iniciais e transferir, aborto
séptico/choque séptico, ruptura de gravidez extra-uterina (diagnosticar e conduta).
12. Outras Emergências:
a. Médicas:
ii. Intoxicações agudas: alimentos, medicamentos, medicamentos tradicionais, petróleo e
seus derivados, insecticidas, fertilizantes, rodenticidas, produtos de limpeza,
monóxido de carbono, ingestão de plantas, tabaco, álcool, Tétano (348), Raiva,
Mordeduras por animais, cobras, escorpião, Hipotermia, Afogamento (em água doce
e salgada) e soterramento, Electrocussão.
d. Cirúrgicas:
ii. Queimaduras, Ingestão de ácidos e cáusticos.

Lista de Traumas:
8. Cabeça e pescoço
g. Otorragias, rinorragias e licorreia (tratar);
h. Obstrução das vias aéreas superiores (tratar);
i. Lesões oculares/ perioculares, nasais e auriculares (tratar);
j. Corpos estranhos no nariz, ouvido e no olho (tratar e transferir casos complicados);

Currículo de Formação dos Técnicos de Medicina 644


Anexo 1: Lista de Patologias
k. Lesões cervicais dos tecidos moles e do couro cabeludo (tratar) ;
l. Lesões osteonervosas do crânio e da coluna cervical (tratar as superficiais e transferir as
profundas.)
9. Tórax
h. Trauma torácico fechado e aberto (estabilizar e transferir);
i. Contusão torácica (estabilizar e transferir);
j. Hemotórax e pneumotórax (estabilizar e transferir);
k. Pneumotórax e pneumotórax sob tensão (estabilizar e transferir) ;
l. Feridas do tórax e enfisema subcutâneo da parede torácica (estabilizar e transferir) (786);
m. Fractura de costelas e volet costal (estabilizar e transferir);
n. Ferida transfixiva do tórax (estabilizar e transferir).
10. Abdómen
d. Trauma abdominal fechado (estabilizar e referir);
e. Trauma abdominal aberto (estabilizar e referir);
f. Retorragias (Tratar casos simples e referir casos complicados).
11. Pélvis e Genitais
d. Hematúrias pós-trauma (estabilizar e transferir);
e. Fractura da bacia e lesões da bexiga (estabilizar e transferir);
f. Lesões dos genitais externos (tratar).
12. Coluna Vertebral
d. Clínica de lesão vertebral com lesão medular (estabilizar e transferir);
e. Luxação da coluna por segmentos (estabilizar e transferir);
f. Fracturas da coluna cervical, torácica e lombar (estabilizar e transferir).
13. Extremidades
f. Feridas e outras lesões dos tecidos moles (tratar);
g. Lesões articulares, contusões, entorse e luxações (tratar);
h. Luxações (tratar);
i. Fracturas fechadas e expostas (tratar casos simples e transferir as complicadas);
j. Síndrome de compartimento hipertensivo pós-traumático;
14. Pele e tecidos moles
e. Escoriações, equimoses e hematomas (tratar);
f. Feridas incisas e contusas (limpas e sujas) (tratar);
g. Queimaduras do primeiro ao terceiro graus (tratar e em casos complicados transferir);
h. Mordeduras por insectos e animais (venenosos e não venenosos) (tratar casos simples ou
transferir casos complicados).

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Anexo 1: Lista de Patologias

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