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Cartão de vacina foi


emitido duas horas
antes de Bolsonaro
deixar o Brasil rumo
aos EUA, afirma PF
Informações sobre vacinação foram
inseridas em 21 de dezembro de
2021 pelo secretário de governo de
Duque de Caxias (RJ)

BRASÍLIA | Plínio Aguiar e Gabriela Coelho,


do R7 em Brasília
03/05/2023 - 17H05
(ATUALIZADO EM 03/05/2023 - 19H31)

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Ex-presidente Jair Bolsonaro durante


ação da PF
ADRIANO MACHADO/REUTERS

Um relatório produzido pela Polícia


Federal (PF) mostra que a equipe
presidencial emitiu o último certi!cado
de vacinação do ex-presidente Jair
Bolsonaro (PL) cerca de duas horas
antes de ele deixar o Brasil rumo aos
Estados Unidos, no !m do ano passado.

"No dia 30 de dezembro de 2022, às


12h02, o usuário associado ex-
presidente da República, utilizando o
endereço de IP vinculado ao terminal
telefônico cadastrado em nome de
Mauro Cesar Barbosa Cid, acessou o
aplicativo ConecteSUS e emitiu um novo
certi!cado de vacinação contra a Covid-
19", diz um trecho do relatório.

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O documento, segundo a corporação,


continha apenas o registro da vacina da
Janssen, pois as demais, da P!zer, já
haviam sido excluídas. "Cerca de duas
horas depois da emissão do último
certi!cado, Mauro Cesar Cid e o ex-
presidente da República Jair Bolsonaro
viajaram de Brasília para a cidade de
Orlando, nos Estados Unidos", completa.
O voo decolou por volta de 14h.

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O ex-presidente viajou para os Estados


Unidos com a ex-primeira dama e atual
presidente do PL Mulher, Michelle
Bolsonaro, e a !lha, Laura, de 12 anos,
um dia antes de terminar o mandato,
em 30 de dezembro de 2022. Bolsonaro
optou por sair do país e não participar
da cerimônia de posse do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que
ocorreu em 1º de janeiro.

Para a PF, Bolsonaro e sua equipe


tinham plena ciência da inserção
fraudulenta dos dados de vacinação.
De acordo com a corporação, "os
elementos informativos colhidos
demonstraram coerência lógica e
temporal desde a inserção dos dados
falsos no sistema SI-PNI até a geração
dos certi!cados de vacinação contra a
Covid-19, o que indica que Jair
Bolsonaro, Mauro Cesar Cid e,
possivelmente, Marcelo Costa Camara
tinham plena ciência da inserção
fraudulenta dos dados de vacinação, se
quedando inertes em relação a tais fatos
até o presente momento".

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• Presidente da Anvisa diz que PF

vai esclarecer dúvidas sobre


cartão de vacina de Bolsonaro

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passaporte diplomático, que não


exige comprovante de vacina

• Ministério da Saúde participa

de investigação sobre suposta


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Entenda o roteiro

A PF informou que o secretário de


governo de Duque de Caxias (RJ), João
Carlos de Souza Brecha, inseriu dados
falsos de vacinação em nome de
Bolsonaro em 21 de dezembro de 2021,
às 18h59 e às 19h. Um dia depois, um
usuário entrou no aplicativo
ConecteSUS, de um endereço do Palácio
do Planalto, e baixou os comprovantes
de vacinação com as três doses de
vacina, que teriam sido tomadas no
município "uminense.

Em seguida, também no dia 22 de


dezembro, às 8h20, ocorreu uma
mudança cadastral no aplicativo de
Bolsonaro, com o acréscimo do email de
Marcelo Costa Camara, que viria a ser
nomeado assessor da Presidência. Em
27 de dezembro de 2022, às 14h19, um
usuário que utilizava a conta do ex-
presidente baixou o certi!cado de
vacinação mais uma vez.

Após a geração desse segundo


certi!cado, os registros das vacinas que
Bolsonaro teria tomado foram excluídos
do sistema, às 20h59 do dia 27. A ação
foi realizada pela operadora Claudia
Helena Acosta Rodrigues da Silva, sob a
justi!cativa de "erro".

Já em 30 de dezembro de 2022, às
12h02, o usuário associado à conta de
Bolsonaro, usando um endereço
eletrônico cadastrado em nome de
Mauro Cid, acessou o aplicativo e emitiu
um novo certi!cado de vacinação, agora
apenas com o registro da vacina da
Janssen, pois as demais, da P!zer, já
tinham sido excluídas.

Veja mais: Em operação, PF apreende


US$ 35 mil e R$ 16 mil na casa do ex-
ajudante de ordens de Bolsonaro

Leia também: Bolsonaro nega fraude:


'Não existe adulteração da minha
parte'

! "

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PF cumpre mandado de busca e apreensão


na casa de Bolsonaro
Adriano Machado/Reuters

Cerca de duras horas depois da emissão


do último certi!cado, Bolsonaro e
Mauro Cid viajaram para Orlando, nos
Estados Unidos. O voo da Força Aérea
Brasileira (FAB) decolou por volta de
14h, no dia 30, antes de o ex-presidente
!nalizar seu mandato.

"Portanto, os elementos informativos


colhidos trazem indícios de que João
Carlos de Souza Brecha, Claudia Helena
Acosta Rodrigues da Silva, Jair Messias
Bolsonaro, Mauro Cesar Cid e Marcelo
Costa Camara se uniram, em unidade de
desígnios, e, de forma exitosa, inseriram
dados falsos de vacinação contra a
Covid-19 em benefício de Jair Messias
Bolsonaro nos sistemas SI-PNI e RNDS
do Ministério da Saúde", diz outro
trecho do documento da PF.

A reportagem busca contato com os


citados. O espaço está aberto para
manifestação.

Entenda a Operação Venire

A Polícia Federal cumpriu nesta quarta-


feira (3) 16 mandados de busca e
apreensão e seis mandados de prisão
preventiva na Operação Venire, que
investiga a inserção de dados falsos de
vacinação contra a Covid-19 no sistema
ConecteSUS, do Ministério da Saúde.
Entre os bene!ciados estariam o ex-
presidente Jair Bolsonaro (PL) e a !lha
dele, Laura Bolsonaro.

Os policiais cumpriram mandados de


busca e apreensão inclusive na casa de
Bolsonaro e de Michelle Bolsonaro. O
celular do ex-presidente foi apreendido.

Foram presos Mauro Cid e Luis Marcos


dos Reis, ex-ajudantes de ordens de
Bolsonaro; Max Guilherme de Moura e
Sergio Cordeiro, seguranças do ex-
presidente; Ailton Moraes Barros,
candidato a deputado estadual pelo PL
no Rio de Janeiro em 2022; e João Carlos
de Souza Brecha, secretário da
prefeitura de Duque de Caxias (RJ).

O QUE JÁ SE SABE SOBRE A OPERAÇÃO


CONTRA FRAUDES EM DADOS DE VACINAÇÃO
A operação investiga a atuação de uma associação criminosa que inseria dados falsos
de vacinação sobre a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde.

O que foram apreendidos?

Documentos e celulares de Jair Bolsonaro e Michelle

Quantos mandados de busca As ações configuram quais


e apreensão? crimes?

16 Em tese, os fatos
investigados caracterizam os
crimes de infração de medida
Quantos mandados de prisão sanitária preventiva,
preventiva? associação criminosa,
6 inserção de dados falsos em
sistemas de informação e
corrupção de menores
Quando as supostas fraudes
ocorreram?
Segundo a PF, as inserções Onde ocorre a operação?
falsas teriam ocorrido entre
novembro de 2021 e Em Brasília e no Rio de
dezembro de 2022 Janeiro

Veja algumas das pessoas próximas a Bolsonaro presas na operação

MAURO CID BARBOSA SÉRGIO CORDEIRO MAX GUILHERME


TENENTE-CORONEL EX-ASSESSOR ESPECIAL EX-ASSESSOR ESPECIAL

De acordo com a Polícia Federal, as


inserções falsas foram feitas entre
novembro de 2021 e dezembro de 2022.
O crime teria sido praticado para burlar
restrições sanitárias e viajar para países
que exigiam vacinação à época para
entrar no país, como os Estados Unidos.
As informações foram excluídas
posteriormente.

"A apuração indica que o objetivo do


grupo seria manter coeso o elemento
identitário em relação a suas pautas
ideológicas, no caso, sustentar o
discurso voltado aos ataques à
vacinação contra a Covid-19", a!rma a
corporação.

Os envolvidos são investigados por


crimes de infração de medida sanitária
preventiva, associação criminosa,
inserção de dados falsos em sistemas de
informação e corrupção de menores. As
ações ocorrem dentro do inquérito
policial que investiga as chamadas
“milícias digitais”, supostas organizações
de difusão de informações falsas na
internet com o objetivo de in"uenciar
resultados eleitorais e atentar contra a
democracia.

O nome da operação deriva do princípio


jurídico venire contra factum proprium,
que signi!ca “ninguém pode comportar-
se contra seus próprios atos”. De acordo
com a nota da Polícia Federal, “é um
princípio base do direito civil e do direito
internacional, que veda
comportamentos contraditórios de uma
pessoa”.

Bolsonaro disse que não existe


adulteração por parte dele no
documento de vacinação e rea!rmou
não ter tomado o imunizante por
"decisão pessoal". "Fico surpreso com a
busca e apreensão com esse motivo",
completou.

JAIR BOLSONARO DADOS FALSOS

CARTEIRA DE VACINAÇÃO POLÍCIA FEDERAL

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