Você está na página 1de 13

Arquidiocese de Montes Claros

Paróquia São Judas


Pastoral Litúrgica

FORMAÇÃO: PREPARAÇÃO PARA A SEMANA SANTA

O objetivo central dessa formação, é ajudar as equipes de liturgia na preparação


para a Semana Santa e consequentemente, o Tríduo Pascal, centro do ano litúrgico.
Com a missão de levar a todos a correta realização da Sagrada Liturgia, dispomos
desta formação com os devidos esclarecimentos de dúvidas.
Permanecendo fiéis à Igreja e a missão de propagar a Boa-Nova e a verdade,
desejamos a todos uma ótima formação.
Lembrando que é preciso caminhar junto ao nosso pároco, legítimo superior.

02 DE ABRIL- DOMINGO DE RAMOS

O Domingo de Ramos, também chamado de Domingo da Paixão do Senhor, marca o


início e prepara-nos para toda a Semana Santa.

O QUE DEVE SER PREPARADO:

- Igreja ornamentada.
- Ramos com fita vermelha para o padre.
- Ramos com fita vermelha para colocar na cruz processional.
- Turíbulo aceso e naveta.
- Caldeirinha e hissope para a aspersão dos ramos (água benta)
- Livros litúrgicos: Missal, Lecionário ou Evangeliário.
- Mesa onde colocar as alfaias, onde serão abençoados os ramos.
-Duas ou mais velas (tochas) na abertura da procissão.

ORIENTAÇÕES:

- O padre inicia a missa como de costume. Feita a exortação, o padre reza uma das
orações do missal. Em seguida, sem dizer nada, asperge os ramos com água benta.

- No rito da bênção dos ramos, a proclamação do Evangelho é feita do Evangeliário.


Alguns ramos e flores podem ornar o andor do Evangeliário. Onde não houver, do
Lecionário.

- O diácono ou, na falta dele, o sacerdote, proclama, conforme o costume, o Evangelho


deste Ano Litúrgico da entrada de Jesus em Jerusalém. Para a proclamação do
Evangelho se usa velas, incenso, e o beijo sobre o livro feito pelo padre.

-Após o Evangelho, poderá ter breve homilia. Em seguida, o presidente da celebração dá


início à procissão com as palavras designadas no rito da liturgia do dia.

Procissão de Ramos:
Orientações:

- Após a bênção dos ramos, segue-se precedidos pelo sacerdote e ministros a procissão
saindo do lado de fora até o interior da Igreja.
Arquidiocese de Montes Claros
Paróquia São Judas
Pastoral Litúrgica

- À frente, vai o turiferário; em seguida, o cruciferário com a cruz processional


ornamentada com ramos, as velas acesas (lanternas), depois, os demais servidores do
altar (como organizado de costume) o presidente da celebração, seguidos pelo povo com
seus ramos.

Inicia-se a procissão, enquanto se entoam cantos apropriados.

- Na procissão, à frente do celebrante vai o Evangeliário, ou na falta deste, o lecionário


correspondente devidamente marcado.

-Não se reza terço e nem cânticos marianos nesta procissão;

-Com a finalidade de proporcionar uma aclamação mais solene, o livro do


Evangeliário seja o último a entrar.

- Chegando na Igreja, canta-se o responsório, ou outro canto que se refira à entrada do


Senhor em Jerusalém.

- Chegando ao altar, o sacerdote o saúda e, se for oportuno, o incensa. Dirige-se à


cadeira (tira a capa e veste a casula) e, omitindo os ritos iniciais, diz a oração do dia,
prosseguindo como de costume.

- Distribuir a Liturgia da Palavra entre os leitores com antecedência para não haver
improvisação.

- A narrativa da Paixão que será lida na missa pode ser feita por leigos(as), reservando-se
a parte do Cristo para o sacerdote. Final da leitura, se for oportuno, haja uma breve
homilia.

- Na leitura da Paixão não se usa incenso nem velas, saudação ou sinal da cruz sobre o
texto.

- Na procissão do ofertório, podem ser conduzidos três símbolos evocativos dos três
mistérios que a Igreja irá celebrar no Tríduo Pascal: O PÃO E O VINHO (lembrando a
Ceia do Senhor na quinta-feira santa); UMA CRUZ (lembrando a crucificação do Redentor
a ser celebrada na sexta-feira santa); CIRIO PASCAL (lembrando a vitória da luz sobre
as trevas com a Ressurreição de Cristo a ser celebrada na Vigília Pascal e no Domingo
de Páscoa).

03 DE ABRIL – SEGUNDA FEIRA SANTA

- Terço da Misericórdia: Arquivo elaborado (Todos convidados)

- Celebração Penitencial (Manual da CF/2023)- Responsáveis: Equipes de Liturgia Paroquial


Arquidiocese de Montes Claros
Paróquia São Judas
Pastoral Litúrgica

04 DE ABRIL -TERÇA FEIRA SANTA

- Recitação do Terço das Sete Dores de Maria= Arquivo elaborado - (Todos Convidados)

05 DE ABRIL -QUARTA FEIRA SANTA

- Missa e Sermão do Encontro do Senhor dos Passos com N. Sra das Dores -Homilia será o
Sermão

TRÍDUO PASCAL

A Quaresma termina na manhã da Quinta-Feira Santa. Na Quinta-Feira Santa, à


tarde, começa o Tríduo Pascal, com a celebração da Missa da Ceia do Senhor. O
tríduo termina na Vigília Pascal do sábado santo. São os três dias de Páscoa,
unidos entre si, numa festa que vai progredindo de quinta à sábado, quando
acontece o ponto mais alto.

06 DE ABRIL- QUINTA-FEIRA SANTA – CEIA DO SENHOR /LAVA PÉS

Durante a missa da Ceia, chamada Páscoa da Ceia, contemplamos o mistério da


Instituição da Eucaristia. Jesus deixa o sacramento do amor, do pão e do vinho.

Há ainda, na Quinta-Feira Santa, o rito do lava-pés, que faz parte da Ceia. O lava-pés é
o significado da Eucaristia. Eucaristia é também serviço à vida, simbolizada no gesto do
lava-pés que faz memória do Mestre que se ajoelha para lavar os pés dos discípulos,
ensinando a importância do serviço humilde.

O QUE DEVE SER PREPARADO:

- Cruz processional, velas, turíbulo fumegando para iniciar a celebração


- Velas e/ou tochas para a procissão de entrada e para a transladação
- Turíbulo e incenso para procissão de entrada e transladação
- Sineta(s) para o rito do “glória”
- Cibórios para consagrar hóstias em maior quantidade
- Âmbulas com partículas para consagrar para essa missa e para a Sexta-feira
- Assentos para as pessoas designadas (lava-pés)
- Jarra com água e bacia (lava-pés)
- Toalha para enxugar os pés (lava-pés)
- Avental para o padre (lava-pés)
- Sabonete (para o sacerdote lavar as mãos)
- Preparar capela para adoração ao Santíssimo com sacrário para reposição,
luzes, flores e outros ornamentos adequados
- Capa magna (ou pluvial) – padre usar na transladação
- Matracas
Arquidiocese de Montes Claros
Paróquia São Judas
Pastoral Litúrgica

ORIENTAÇÕES:
- É bom optar por uma ambientação bastante simples, uma vez que todos já vem
com a predisposição para celebrar o Mistério da instituição da Eucaristia.

- Pode ser decorado perto do altar e nunca em cima do mesmo, com pão, uva,
vinho, peixes ou seja, a sugestão é montar uma ceia, podendo ser feita em uma
mesa a parte.

- Os símbolos do lava-pés, como jarra com água, bacia e avental... podem ser colocados
aos pés do altar.

- Pode-se entrar na procissão de entrada os santos óleos que foram abençoados na


Missa Crismal (somente na Matriz). Prepara-se no presbitério uma mesa para colocá-los.
Para serem levados ao presbitério os santos óleos, poderiam três jovens vestir túnicas
das respectivas cores dos óleos: ROXO (óleo dos enfermos); ROSA (óleo do Crisma);
BRANCO (óleo do batismo).

- Antes da celebração, o sacrário deve estar vazio. As hóstias para a comunhão dos
fiéis devem ser consagradas na mesma celebração da missa de maneira suficiente
para o dia seguinte também (Sexta-feira santa).

- Reserve-se uma Capela para conservação do Santíssimo Sacramento e seja ela ornada
de modo conveniente, para que possa facilitar a oração e meditação: recomenda-se o
respeito daquela solenidade que convém à liturgia destes dias, evitando ou renovando
qualquer abuso contrário.

- A missa inicia-se como de costume. Nesse dia canta-se o Glória.

- Durante o canto do hino do “Glória” tocam-se os sinos (da torre e do altar). Concluído o
canto eles ficarão silenciosos até o “Glória” da Vigília Pascal.

- Os instrumentos a partir do canto do “Glória”, só serão utilizados para sustentar o


canto. De maneira que não se use nem bateria e nem pandeiros…

- Após a homilia, os homens e mulheres (O santo padre o Papa Francisco através de um


decreto pela Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos autoriza a
participação de mulheres no rito de lava-pés), são levados pelos ministros aos bancos
preparados para o rito ou que já estejam neles durante toda a missa, e como sugestão
podendo ser 12 que significa os 12 apóstolos. Neste momento o celebrante retira a casula
e cinge-se com uma toalha grande que possa ser amarrada à cintura e ao mesmo tempo
enxugar os pés dos discípulos, a casula ficará aberta sobre o altar. Após terminar o lava-
pés e ter lavado as mãos vestirá novamente a casula. Pode ser dado para os
participantes do lava-pés um pão.
Enquanto se realiza o lava-pés, cantam-se cantos apropriados. Terminado o lava-pés,
alguns servidores estejam como lavabo para que o padre possa lavar as mãos.
Sugestão: O grupo Amar e Servir em contato com os Vicentinos escolheram 24
pessoas dentre, agentes dos grupos, colaboradores e beneficiários para
participarem das celebrações das comunidades São Judas e Nossa Senhora da Boa
Viagem. Verificar a realidade das Comunidades rurais.

- Omite-se o Creio, seguindo imediatamente para a oração dos fiéis.


Arquidiocese de Montes Claros
Paróquia São Judas
Pastoral Litúrgica

- Dando início à liturgia eucarística, poder-se-á organizar uma procissão dos fiéis com
donativos para os necessitados, enquanto se canta.

- Na procissão do ofertório tendo sido feita uma conscientização na


comunidade, a comunidade pode fazer doação de alimentos não perecíveis para os
menos favorecidos, como nos sugere o Missal Romano. (O gesto de ofertar torna-
se um gesto de serviço, no atual contexto celebrativo. Por isso, convidar para levar
os dons ao altar aquelas pessoas que se dedicam a serviços simples na
comunidade, como por exemplo, a limpeza da igreja, o cuidado de jardins (onde
tiver)…
Sugestão de Canto: “Onde o amor e a caridade”
- Na consagração, não se toca a campainha e sim as matracas.

- O prefácio é o da Santíssima Eucaristia. Quando se usa a oração eucarística I

- Distribuída a comunhão, a reserva eucarística para a comunhão do dia seguinte é


deixada sobre o altar, e conclui-se a missa com a oração depois da comunhão.

- Após a oração da comunhão, o sacerdote, de pé ante o altar, põe incenso no turíbulo e,


ajoelhando, incensa o Santíssimo Sacramento. Recebendo o véu umeral,(nesse dia não
precisa retirar a casula e revestir do pluvial), toma a âmbula e recobre com o véu. F orme-
se o cortejo, passando por toda a Igreja, que acompanha o Santíssimo Sacramento ao
lugar da reposição, , preparado numa capela devidamente ornada . A procissão é
precedida pelo cruciferário, as velas e incenso (o turíbulo vai à frente do Santíssimo, e
não da cruz como de costume), e as matracas.

- Canta-se durante o translado.

- Usa-se a Umbela para cobrir o Santíssimo.


- Para a Transladação do Santíssimo Sacramento no final da Missa da Ceia do Senhor,
seja reservada uma capela (espaço), nessa noite, para a conservação da Eucaristia e
seja ornada com sobriedade para facilitar a oração e a meditação (cf. PS, n. 49). Nesse
caso, “não se pode fazer a exposição com o ostensório” (PS, n. 55). O Sacramento deve
ser guardado num tabernáculo fechado.
- Convidem-se os fiéis a permanecer, depois da missa da Ceia, por determinado espaço
de tempo na noite, para a Vigília eucarística. Durante este tempo pode-se ler, do
Evangelho de João, os capítulos 13- 17.
- Retiram-se as toalhas do altar e, se possível, as cruzes da igreja. Convém velar as que
não possam ser retiradas, a não ser que tenham sido veladas no sábado, antes do quinto
domingo da Quaresma (26.03). Não se podem acender velas ou lâmpadas diante das
imagens dos santos (cf. PS, n. 57).
- Não tem bênção final

- Não se toca os sinos na consagração e nem no translado do Santíssimo.


Arquidiocese de Montes Claros
Paróquia São Judas
Pastoral Litúrgica

07 DE ABRIL- SEXTA FEIRA SANTA – PAIXÃO DO SENHOR

Entramos no dia do grande silêncio litúrgico para ouvir e contemplar a grandeza do


amor divino por nós, na entrega ofertorial de Jesus pela sua morte de cruz. Não
custa lembrar que na Sexta-Feira Santa não se celebra missa e nenhum outro
sacramento, apenas a Liturgia da Palavra que faz memória da Paixão e Morte do
Senhor. Neste dia não se celebra a Eucaristia. Guarda-se o jejum e a abstinência.
O QUE DEVE SER PREPARADO:
- Tapete e almofadas para os sacerdotes (presidente e concelebrantes).
- Missal.
- Lecionário.
- Toalhas e velas que serão usadas no momento da comunhão.
- Corporais com sanguíneos
- Purificatório
- Velas para o altar.
-Âmbulas.
- Prepara-se uma cruz que deve ser coberta com um véu vermelho (para prender o
véu, usa-se alfinete), e dois castiçais com velas (na credência no fundo Igreja).

ORIENTAÇÕES:
- No início da celebração, o altar ficará completamente despido de qualquer objeto ou
toalhas ou velas, exceto o Evangeliário, que permanecerá sobre o altar até o momento da
leitura da Paixão.

- O que foi dito para o altar vale também para o ambão. Não se coloca nele nenhum
tipo de enfeite, ornamento, toalhas ou véus.

- Os ritos iniciais realizam-se no mais completo silêncio e têm a função de chamar


atenção dos celebrantes para que se assumam a atitude de respeito profundo
diante do mistério celebrativo, da Paixão e morte de Jesus. (O padre e os ministros
fazem a procissão em silêncio até o presbitério. O presidente da celebração, ao
chegar ao presbitério, prostra-se ou ajoelha-se. Os ministros, coroinhas e demais
celebrantes ajoelham-se para rezar, por alguns minutos, em silêncio).

- Feito o breve momento de oração, o padre se levanta junto com os demais servidores,
dirige-se para a sua cadeira. Voltado para o povo e de mãos unidas, diz uma das orações
do missal da página 254. SEM DIZER O OREMOS.

- Estando todos sentados, faz-se as leituras. Para a leitura da história da Paixão se faz
sem velas, incenso, saudação ou sinal da cruz sobre o texto. Pode ser lida por leigos,
reservando-se a parte do Cristo para o sacerdote. O Evangelho será cantado.

- No momento da leitura da Paixão em que o leitor anunciar a morte de Jesus, todos


se ajoelhem e permaneçam em silêncio por um tempo oportuno.

- A Oração Universal (feita após a homilia), poderá ser cantada ou rezada. O leitor
de pé junto ao ambão, faz a primeira parte, propõe a intenção especial, e a parte da
Arquidiocese de Montes Claros
Paróquia São Judas
Pastoral Litúrgica

oração coleta que acompanha cada uma das orações, é sempre do presidente da
celebração (Haja sempre uma pequena pausa de silêncio entre o anúncio da
intenção e a prece).

- Os fiéis podem permanecer de joelhos ou em pé.

(Terminada a oração universal, faz-se a solene adoração da santa Cruz)

- Entrada da cruz:

A Cruz está coberta com um véu VERMELHO.


O padre apresenta a Cruz aos celebrantes em três momentos diferentes, durante uma
procissão, que percorre o corredor central da igreja até o presbitério.
Faz três paradas, no início, no centro da igreja e no presbitério para cantar: “eis o lenho
da cruz” (Cf. Missal Romano, p. 260, n. 17).
- O sacerdote coloca a cruz num lugar conveniente ou entrega aos servidores, que a
sustentam, depondo os castiçais à direita e à esquerda. Faz-se então a adoração da cruz.
Para a adoração aproxima-se, como em procissão o sacerdote, e os fiéis, exprimindo
reverência pela genuflexão simples ou outro sinal apropriado. (o beijo por questões da
pandemia deve ser evitado).
- Durante a adoração, cantam-se hinos apropriados e salmos. (Quanto ao modo de
realizar a adoração, segue-se o que é costume na comunidade)

Dinâmica : O sacerdote irá conduzir a cruz pela igreja enquanto os fiéis poderão
fazer uma genuflexão simples ou outro gesto apropriado, a partir dos seus lugares,
sendo omitido o beijo na cruz por parte destes ou qualquer outro contato físico

Como proceder para o rito da Comunhão

- Sem solenidade, sobre o altar estende-se a toalha e colocam-se o corporal e o livro.

- Pelo caminho mais curto, o sacerdote traz o Santíssimo Sacramento do local da


reposição e coloca-o sobre o altar, estando todos de pé e em silêncio. Dois servidores
com velas acesas acompanham o Santíssimo Sacramento e colocam os castiçais perto
do altar ou sobre ele.

- Reza-se apenas o “Pai nosso” e o embolismo (“livrai-nos de todos os males…”)

- Não se faz o rito da paz e nem se proclama o “Cordeiro de Deus”

- Tendo dada a comunhão aos fiéis a âmbula é transportada por um ministro para o lugar
da reposição. O sacerdote prossegue com a oração depois da comunhão.

- Depois da comunhão proceda-se à desnudação do altar. deixando a mesma cruz no


centro do altar, com quatro castiçais.

- O rito final consta da “oração depois da comunhão” e da “oração sobre o povo”.


Nesta celebração, o padre não dá a bênção final e não faz nenhuma despedida.
Apenas proclama a “oração sobre o povo” e os celebrantes retiram-se em silêncio,
sem envio do padre e sem nenhum canto. Deixam a Igreja silenciosamente (Cf.
Missal Romano, p. 269).
Arquidiocese de Montes Claros
Paróquia São Judas
Pastoral Litúrgica

- Tendo a procissão do Senhor Morto, pode-se deixar o esquife a veneração pública,


juntamente com a imagem de Nossa Senhora das Dores.

- Na procissão recomenda-se silêncio e orações e também o uso das matracas, bem


como um carro de som com cantos penitenciais.

08 DE ABRIL - SÁBADO SANTO – VIGÍLIA PASCAL

Chegamos à preparação da celebração mais importante da nossa Liturgia: a Vigília


Pascal. É a Páscoa da Ressurreição. O ponto mais alto da Vigília é a Celebração da
Ceia.

Estrutura da Vigília (Missal Romano, n.2, p. 270)

1a parte: Celebração da luz (lucernário) - acontece fora da Igreja.


2a parte: Liturgia da Palavra - composta de 7 leituras (possibilidade de opção de redução).
3a parte: Liturgia do Batismo - bênção da água e rito do batismo (opcional o Batismo).
4a parte: Liturgia Eucarística - a partir da preparação das ofertas

O QUE DEVE SER PREPARADO:

1º CELEBRAÇÃO DA LUZ

- A Igreja fica vazia e com as luzes apagadas.


- Uma pequena fogueira fora da Igreja.
-Se necessário, prever uma lanterna para acompanhar as leituras.
-Preparar um microfone e um bom som, para o celebrante e o comentarista, onde
começara cerimônia, com a bênção do fogo novo.
- Levar o Círio Pascal (que seja novo, nunca se deve reaproveitar o Círio do ano que
passou) para ser preparado, com o seguinte:
- Cinco cravos com grãos de incenso colocados nos mesmos;
- Um estilete, para fazer a incisão no círio;
- Uma vela grande para o celebrante acender o círio com o fogo novo.
- Pegador de macarrão, ou pinça grande para o turiferário tirar as brasas acesas do fogo
novo e colocá-las no turíbulo.
- Prever velas para todos na assembleia.
- Preparar, próximo ao ambão, o candelabro onde ficará o Círio Pascal.

Orientações para a Bênção do Fogo e Preparação do Círio:

a) Não se leva a cruz processional nem velas acesas.


b) O turiferário leva o turíbulo sem brasas com a naveta.
Terminada a bênção do fogo novo, o servidor traz o círio pascal ao sacerdote, que grava
no mesmo uma cruz com um estilete. Em seguida, traça no alto da cruz a letra grega Alfa,
embaixo a letra Ômega, e, entre os braços da cruz, os quatro algarismos que designam o
ano em curso, enquanto se diz o seguinte:
Arquidiocese de Montes Claros
Paróquia São Judas
Pastoral Litúrgica

1.Cristo ontem e hoje (faz a incisão da haste vertical);


2.Princípio e Fim (faz a incisão da haste horizontal);
3.Alfa (faz a incisão da letra Alfa no alto da haste vertical);
4.e ômega (faz a incisão da letra Ômega embaixo da haste vertical);
5.A ele o tempo (faz a incisão do primeiro algarismo do ano em curso sobre o ângulo
esquerdo superior da cruz);
6.e a eternidade (faz a incisão do segundo algarismo do ano em curso sobre o ângulo
direito superior);
7.a glória e o poder (faz a incisão do terceiro algarismo do ano em curso no ângulo
esquerdo inferior);
8.pelos séculos sem fim. Amém (faz a incisão do quarto algarismo do ano em curso no
ângulo direito inferior.)
Feita a incisão da cruz e dos outros sinais, o sacerdote pode aplicar no círio cinco grãos
de incenso, formando a cruz dizendo:
1.Por suas chagas,
2.suas chagas gloriosas
3.o Cristo Senhor
4.nos proteja
5.e nos guarde. Amém
O sacerdote tendo feito a preparação do círio, acende a vela com o fogo novo, dizendo o
que está no missal. Pág. 272.
Neste momento o turiferário pega carvão aceso do fogo novo e coloca no turíbulo.
Depois de acender o círio, o padre deita incenso no turíbulo e recebe da mão do
servidor o círio pascal.

Procissão:

a) Depois de acender o Círio, o presidente da celebração deita o incenso no turíbulo, se


houver diácono ou padre concelebrante este levará o Círio Pascal, na falta destes o
Celebrante principal o levará.

b) Organiza-se a procissão que entra na Igreja. À frente de quem leva o Círio (Padre ou
Diácono), vai o turíbulo fumegando. Seguem-se outros ministros, coroinhas e todo o povo
com as velas apagadas na mão.

c) À porta da Igreja, o celebrante erguendo o Círio canta: “Eis a luz de Cristo!” e todos
respondem: Graças a Deus!

d) Depois, o presidente da celebração avança até ao meio da Igreja, e, erguendo o Círio,


canta a Segunda vez: “Eis a luz de Cristo!” e todos respondem: Graças a Deus! Todos
acendem as suas velas. Passando o lume de uns aos outros.

e) Ao chegar diante do altar, o presidente da celebração para, e, voltado para o povo,


canta pela terceira vez: “Eis a luz de Cristo!” e todos respondem: Graças a Deus! Em
seguida coloca o Círio no candelabro preparado junto do ambão.

f) Acendem-se todas as luzes da Igreja.


Procissão. Pág. 273

Precônio Pascal:
Arquidiocese de Montes Claros
Paróquia São Judas
Pastoral Litúrgica

a) O celebrante deita incenso do turíbulo e benze-o como para o Evangelho na Missa.


b) Havendo diácono ou padre concelebrante este fará a proclamação da Páscoa.
c) Enquanto isso da cadeira o presidente da celebração segura uma vela acesa na mão,
de pé, para ouvir o precônio pascal.
d) Todos se conservam igualmente de pé com as velas acesas na mão.
e) Terminado o precônio pascal, todos apagam as velas e sentam-se.

Se a proclamação da Páscoa for feita por um cantor que não seja, diácono e nem
padre, omitirá as palavras E VÓS, QUE ESTAIS AQUI até o fim do convite, como
também a saudação O SENHOR ESTEJA CONVOSCO.

2º – LITURGIA DA PALAVRA

- Lecionário de onde serão lidas as leituras e os salmos responsoriais


- Oito leitores para as leituras (7 leituras + epístola)
- Oito salmistas para cantar os salmos (cânticos) responsoriais
- Depois da última leitura, todos se levantam e cantam o Glória a Deus nas alturas.
- Encarregados para tocar sinos e sinetas durante o canto do Glória (opcional).
- Evangeliário para a proclamação do Evangelho
- Não se usam velas na procissão do Evangeliário, apenas o incenso (se usar).

ORIENTAÇÕES:

- O altar já esteja devidamente preparado, ao menos com uma toalha de cor branca,
que combine, por seu formato, tamanho e decoração, com a forma do mesmo altar
(IGMR, n. 304).

- Apagando as velas, sentam-se todos. E antes de começarem as leituras, o sacerdote


dirige-se ao povo com as palavras do missal (Pág. 219) ou outras semelhantes.
Seguem-se as leituras

- Nesta vigília, mãe de todas as vigílias, propõem-se nove leituras: sete do antigo
testamento e duas do novo (Epístola e Evangelho). Se for necessário, por razões
pastorais, pode-se diminuir o número de leituras do Antigo Testamento. Leiam-se pelo
menos três leituras do Antigo Testamento. A leitura do êxodo, NUNCA PODE SER
OMITIDA.

LEITURAS: 1ª Leitura Gn 1,1-2,2 / SL.103


2ª Leitura Gn 22, 1-2.9a.10-13.15-18 / Sl.15
3º Leitura Ex 14, 15 – 15,1 / Sl Ex 15, 1-6.17-18
8º Leitura Rm 6, 3-11
Evangelho Mt 28,1-10
Arquidiocese de Montes Claros
Paróquia São Judas
Pastoral Litúrgica

- Após a oração e responsório da última leitura (Ez 36,16-28) do antigo testamento,


ACENDEM-SE AS VELAS DO ALTAR E O SACERDOTE ENTOA O HINO GLÓRIA A
DEUS NAS ALTURAS, que todos cantam, enquanto se tocam os sinos.

- Terminada o hino, o sacerdote diz a oração do dia como de costume. Pág. 283.O leitor
lê a epístola. Terminada a epístola, todos se levantam e O SACERDOTE ENTOA
SOLENEMENTE O ALELUIA, que todos repetem. Em seguida o salmista ou cantor diz o
salmo, ao qual o povo responde com o ALELUIA. Se for necessário, o próprio salmista
entoa o aleluia.

- Ao evangelho não se levam velas, mas só incenso. Após o evangelho, faz a homilia e
procede a liturgia batismal.
- Pedir com antecedência que os fiéis tragam velas ou a paróquia oferecer.
- Evite-se com todo o cuidado que os salmos da vigília sejam substituídos por canções
populares.
- No canto do “Glória”, tocam-se os sinos.
- O tempo pascal vai até o dia de Pentecostes, nesse dia sairá solenemente do
presbitério o Círio Pascal. A partir desse dia só será usado, nas cerimônias do batismo e
Crisma.

- Após a última leitura do Antigo Testamento, com o seu responsório e respectiva oração,
acendem-se as velas do altar e é entoado solenemente o hino: “Glória a Deus nas alturas”
neste momento tocam-se os sinos, e os demais instrumentos que até então estavam
silenciosos.

- Neste momento, também o presbitério é decorado com arranjos de flores, que deverão
estar preparados na sacristia.

- Na proclamação do Evangelho, não levam as velas, somente o turíbulo fumegando.

- Após o Evangelho, faz-se a homilia; proceda-se a liturgia batismal, se houver.

3º – LITURGIA BATISMAL

Quando se administram os sacramentos da iniciação cristã: óleo dos


catecúmenos, santo crisma, vela batismal, ritual romano

1 - Recipiente para água (e com água).


2- Havendo batismo, sua liturgia efetua-se junto a pia batismal ou mesmo no presbitério.
3 - Bancos reservados para os catecúmenos (se tiver batismo de adultos)
4 - Bancos reservados para pais e padrinhos (se tiver batismo de criança)
5 - Dois (ou um) cantores para cantar a ladainha de todos os santos. ( A liturgia batismal
acontecendo no presbitério, após a monição do celebrante principal, segue-se a ladainha
cantada, à qual o povo responde, de pé, por ser tempo pascal).
6 - Pode-se acrescentar outros nomes de santos padroeiros da comunidade na ladainha.
7 - Um ministro tenha o Círio Pascal próxima da pia batismal para inseri-lo na água.
8 - Tudo que for necessário para o Batismo
Arquidiocese de Montes Claros
Paróquia São Judas
Pastoral Litúrgica

9 - Tudo que for necessário para a Crisma (se houver batismo de adulto).
10 - No momento da profissão de fé, os celebrantes acendem as velas.
11 - Vasilhame para levar água no momento de aspergir a assembleia com água.
12 - Asperge grande, feito com folhas de algum arbusto.
14 – Preparar cantos para acompanhar o rito da aspersão.

ORIENTAÇÕES:

(Se houver Batismo) O sacerdote dirige-se ao batistério, se este pode ser visto pelo
povo. Caso contrário, coloca-se o recipiente com água no próprio presbitério. O sacerdote
exorta o povo com as palavras do missal Pág. 283. Dois cantores entoam a ladainha, à
qual todos respondem de pé (por ser tempo pascal). Se o batistério é distante, canta-se a
ladainha durante a procissão.
- Primeiro faz-se a chamada dos catecúmenos, que são apresentados pelos padrinhos ou
se forem crianças, levados pelos pais e padrinhos.
- Terminada a ladainha, o Celebrante principal, de pé, junto da fonte batismal, com as
mãos estendidas, benze a água. Pode-se introduzir na mesma água o círio pascal, uma
ou três vezes, como vem indicado no missal.
- Terminada a benção da água e dita a aclamação pelo povo, o celebrante principal,
interroga os “eleitos” adultos, para que façam à renúncia, segundo o Rito da Iniciação
Cristã dos adultos, e os pais ou padrinhos das crianças, segundo o Rito para o batismo de
criança.
- Faz-se agora a unção com o óleo dos catecúmenos.
- O celebrante interroga os eleitos a cerca de sua fé. Tratando-se de crianças, pede-se a
profissão de fé dos pais e padrinhos ao mesmo tempo.
- Após o interrogatório, o celebrante batiza os eleitos.
- Terminado o batismo, acontece a unção com o óleo da crisma.
- Após a unção o celebrante, acende a vela no Círio Pascal.
-Terminada a ablação batismal e os atos complementares e efetua-se, o regresso aos
bancos, em procissão e com as velas acessas. Durante o retorno, canta-se um canto
batismal.

SE NÃO HOUVER BATISMO NEM BENÇÃO DA ÁGUA BATISMAL, OMITE-SE A


LADAINHA E PROCEDE-SE LOGO À BENÇÃO DA ÁGUA.

- Se não houver batismo nem benção da água batismal, o sacerdote benze a água para a
aspersão do povo com a oração que está na página. 287.

- Após o rito do batismo, (e confirmação), ou se não houve batismo, após a bênção da


água, todos, de pé e com as velas acesas, renovam as promessas do batismo. Pág. 288-
290

- Depois de renovado as promessas, ajudado pelos auxiliares o sacerdote asperge o povo


com água benta, enquanto isso se canta um canto de sentido batismal.

- Terminada a aspersão, o sacerdote volta à cadeira, onde, omitido o creio, preside a


oração dos fiéis e a missa decorre como de costume.
Arquidiocese de Montes Claros
Paróquia São Judas
Pastoral Litúrgica

O modo de criar o espaço celebrativo da Liturgia Batismal poderá ser feito


com um grande jarro com água, em forma de fonte ou, simplesmente, uma mesa
ornada com flores e, sobre a mesma, uma grande vasilha transparente com água,
grande o suficiente para mergulhar o Círio Pascal na água, no momento da bênção
da água.

De acordo com as rubricas do Missal Romano (cf. p. 290, n. 49), depois da


aspersão omite-se o Credo, já realizado nas promessas batismais, e faz-se a oração
dos fiéis.

4º – LITURGIA EUCARÍSTICA

1 - Tudo o que for necessário para a missa (pão, vinho, água)


2 – Preparar no Missal a Oração Eucarística que será proclamada.
3 – Cálice e âmbulas.
4 – Ministros suficientes para ajudar na distribuição da comunhão.

09 DE ABRIL – DOMINGO DE PÁSCOA

Chegamos ao ápice de nossa fé, ao fundamento inabalável de nossa redenção: a


Ressurreição de Cristo. É Páscoa! É o dia que o Senhor fez para nós. Vencemos a
morte com Cristo e ressuscitamos.

. Ao contrário da sobriedade quaresmal, o tempo pascal é de exultação e de alegria.


Ressuscitados com Cristo, cantamos sua glória, sua vitória sobre a morte. O “aleluia”
volta a ressoar em nossos lábios, invadindo todo o nosso ser com ardor sempre
crescente, pois “as coisas antigas já se passaram, somos nascidos de novo!”

Neste domingo e em todos os domingos da Páscoa, prepara-se o ambiente destacando o


círio pascal e a pia batismal, usando muitas flores e a cor branca ou dourada nas vestes
dos presbíteros e diáconos e nas toalhas.

A sequência seja cantada de forma expressiva por dois cantores – um homem e uma
mulher –, do ambão, realçando a força do texto e da cena.

Ademais, celebre-se conforme as rubricas do Missal Romano (p. 295-296) e indicações


do Diretório da Liturgia e da Organização da Igreja no Brasil (p. 91).

RITOS FINAIS
Após os ritos finais, sugestão de procissão luminosa, procissão do Senhor
Ressuscitado.

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

- Marcar uma reunião com as equipes de liturgia para acertar todos os detalhes;
- Dividir as leituras com antecedência;
- Deve-se montar “Equipes de Celebração da Semana Santa”
- Se necessário, organizar uma formação sobre as celebrações da Semana Santa com todos
envolvidos na Pastoral Litúrgica.

Você também pode gostar