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FORMAÇÃO SOBRE A MISSA

1. O QUE É A MISSA?

● A natureza sacrificial da Missa (IGMR 2)

● “O nosso Salvador, na última Ceia, instituiu o sacrifício eucarístico do seu Corpo e Sangue,
com o fim de perpetuar através dos séculos, até à sua vinda, o sacrifício da cruz e, deste
modo, confiar à Igreja, sua amada Esposa, o memorial da sua Morte e Ressurreição”
(IGMR, 2)

● Esta ensina-nos que, exceto o modo de oferecer, que é diverso, existe perfeita
identidade entre o sacrifício da cruz e a sua renovação sacramental na Missa por
Cristo Senhor instituída na última Ceia, ao mandar aos Apóstolos que a
celebrassem em memória d’Ele. Consequentemente, a Missa é ao mesmo tempo
sacrifício de louvor, de ação de graças, de propiciação e de satisfação. (IGMR, 2)

● A doutrina tradicional da Igreja, segundo a qual o sacrifício eucarístico é, antes e


acima de tudo, ação do próprio Cristo e, portanto, a eficácia que lhe é própria não
pode ser afetada pelo modo como nele participam os fiéis.(IGMR, 11)

● (Catecismo da Igreja Católica, 1382) A Missa é, ao mesmo tempo e


inseparavelmente, o memorial sacrificial em que se perpetua o sacrifício da cruz e
o banquete sagrado da comunhão do corpo e sangue do Senhor. Mas a celebração
do sacrifício eucarístico está toda orientada para a união íntima dos fiéis com Cristo
pela comunhão. Comungar é receber o próprio Cristo, que Se ofereceu por nós.

● A primeira Missa; A Celebração Eucarística, popularmente conhecida por Missa,


foi instituída por Cristo na noite de Quinta-feira Santa, antes de morrer. Pegando no
pão e no vinho, deu graças, abençoou-os e distribuiu-os aos discípulos, dizendo:
«Tomai: isto é o meu Corpo. (…) Isto é o meu sangue» (Mc 14, 22.24). No fim,
pediu-lhes que repetissem esse gesto em Sua memória.

2. COMO PARTICIPAR BEM DA MISSA?

● Antecedência;
● Silêncio;
● Não é para arrumar som;
● Se conectar com Deus;
● Sem conversas, Sem celular;
● Ao chegar na igreja fazer genuflexão e fazer o sinal da cruz - Comprimentar Jesus;
● Não é assistir a Missa, é participar;
○ Participação ativa dos fiéis - Aclamações, Ato Penitencial, Profissão de Fé, Oração
Universal e Oração do Senhor
● Roupa;

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FORMAÇÃO SOBRE A MISSA

SACROSANCTUM CONCILIUM - Base do Concílio Vaticano II


A participação dos fiéis

48. É por isso que a Igreja procura, solícita e cuidadosa, que os cristãos não entrem neste
mistério de fé como estranhos ou espectadores mudos, mas participem na ação sagrada,
consciente, ativa e piedosamente, por meio duma boa compreensão dos ritos e orações; sejam
instruídos pela palavra de Deus; alimentem-se à mesa do Corpo do Senhor; deem graças a
Deus; aprendam a oferecer-se a si mesmos, ao oferecer juntamente com o sacerdote, que não
só pelas mãos dele, a hóstia imaculada; que, dia após dia, por Cristo mediador (38), progridam
na unidade com Deus e entre si, para que finalmente Deus seja tudo em todos.

Vc faz imitando, ALemanhã sem saber alemão, Muda, Irene

3. O QUE É NECESSÁRIO PARA REALIZAR A MISSA (IGMR, 117)

● Altar coberto com toalha branca;


● Sobre o altar ou perto dele, dispõem-se, em qualquer celebração, pelo menos dois
castiçais com velas acesas, ou quatro ou seis, sobretudo no caso da Missa dominical ou
festiva de preceito, e até sete, se for o Bispo diocesano a celebrar.
● Igualmente, sobre o altar ou perto dele, haja uma cruz, com a imagem de Cristo
crucificado.
● Flores e velas, porque é vida, tem de ser verdadeiro, natural
● Velas podem ser artificial, de fluído
● Os castiçais e a cruz ornada com a imagem de Cristo crucificado podem ser levados na
procissão de entrada.
● Também se pode colocar sobre o altar o Evangeliário, distinto do livro das outras leituras, a
não ser que ele seja levado na procissão de entrada.

(IGMR, 118)

● Junto à cadeira do sacerdote: o Missal e, porventura, o livro de canto;


● No ambão: o lecionário;
● Na credência:
○ o cálice,
○ o corporal,
○ o sanguinho
○ e, sendo preciso, a pala; a patena e as píxides,
○ se forem necessárias; o pão para a Comunhão do sacerdote que preside, do
diácono, dos ministros e do povo;
○ as galhetas com o vinho e a água, a não ser que todas estas coisas sejam trazidas
pelos fiéis na altura da apresentação dos dons;
○ o vaso da água a benzer, se se fizer a aspersão;
○ a bandeja (ou patena) para a Comunhão dos fiéis;
○ e ainda o que for necessário para lavar as mãos.

(IGMR, 119)

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● Na sacristia preparam-se as vestes sagradas (cf. nn. 337-341) do sacerdote, do diácono, e


dos outros ministros, segundo as diferentes formas de celebração:
● para o sacerdote: alva, estola e casula ou planeta;
● para o diácono: alva, estola e dalmática; esta, por necessidade ou por motivo de menor
solenidade, pode omitir-se;
● para os outros ministros: alva ou outras vestes legitimamente aprovadas[95].
○ Todos os que vão revestidos de alva usam também o cíngulo e o amito, salvo se
não forem exigidos em virtude da forma da própria alva.
● Quando a entrada se faz com procissão, prepara-se também:
○ o Evangeliário;
○ nos domingos e festas o turíbulo e a naveta com incenso, se se usa o incenso;
○ a cruz a levar na procissão
○ e os candelabros com círios acesos.

➔ Padre veste alva ou túnica - todo mundo pode usar, não é clerical
◆ Veste o Amito que é facultativo
◆ Cíngulo é facultativo
◆ Estola
◆ Casula em cima da estola - Obrigatória

➔ Altar e Ambão é do mesmo material, fixo, veio para ficar


➔ Mesa da Palavra e mesa da Eucaristia - mesmo material, fixa (veio para ficar)
➔ Ambão, altar e cadeira (cátedra)
◆ “A cadeira do sacerdote celebrante deve manifestar a função deste de presidir a
assembleia e dirigir a oração” (IGMR, 310)
➔ Padre inicia a missa da cadeira
➔ A Cadeira do padre deveria ser usada apenas pelo padre.
➔ Imagem não pode ficar em cima do altar
➔ O que temos em casa não é altar é “oratório”
➔ no mínimo 2 castiçais
➔ Altar não é mesa, não escrever
➔ Lado do ambão

4. FORMAS QUE CRISTO ESTÁ PRESENTE NA MISSA (IGMR 27)

1. Na assembléia reunida em seu nome;


2. Na pessoa do ministro (Padre)
3. Na sua Palavra;
4. Nas Espécies Eucarísticas;

5. PARTES DA MISSA (IGMR 28)

1. Liturgia da Palavra;
2. Liturgia Eucarística;

(IGMR 46,55, 72 e 90)

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1. Ritos Iniciais;
2. Liturgia da Palavra;
3. Liturgia Eucarística;
4. Ritos de Encerramento;

CELEBRAÇÂO DA PALAVRA

Ritos Iniciais
Liturgia da Palavra e
Distribuição da Eucaristia
Ritos Finais

mesmos canticos para os mesmos ritos

Missa da Luz, Missa de Formatura, Missa de Cura e Libertação, Missa de Aniversário

● MINISTRO DA PALAVRA PODE SENTAR NA CADEIRA PRESIDENCIAL?

Sobre esse assunto, o documento: "Diretório para celebrações dominicais na ausência do


Presbítero", publicado pela Congregação para Culto Divino em 2 de junho de 1988, nos diz o
seguinte para a situação que um diácono preside à celebração:

38. Quando o diácono preside à celebração, comporta-se do modo que é próprio ao seu ministério
nas saudações, nas orações, na leitura do Evangelho e na homilia, na distribuição da comunhão e
na despedida dos participantes com a bênção. Paramenta-se com as vestes próprias do seu
ministério, isto é, a alva com a estola, e, se for oportuno, a dalmática, e utilize a cadeira
presidencial

Para a situação que um leigo orienta a celebração, nos diz:

39. O leigo que orienta a reunião comporta-se como um entre iguais, como sucede na Liturgia das
Horas, quando o ministro é leigo ("O Senhor nos abençoe... ", "Bendigamos ao Senhor... "). Não
deve usar as palavras que pertencem ao presbítero ou ao diácono, e deve omitir aqueles ritos,
que de modo mais direto lembram a Missa, por exemplo: as saudações, sobretudo "O Senhor
esteja convosco" e a forma de despedida, que fariam aparecer o moderador leigo como um
ministro sagrado

40. Deve usar uma veste que não desdiga do ofício que desempenha, ou vestir aquela que o
bispo eventualmente tenha estabelecido. NÃO DEVE UTILIZAR A CADEIRA PRESIDENCIAL,
mas prepare-se antes uma outra cadeira fora do presbitério. .

● FLORES EM CIMA DO ALTAR E DE PLÁSTICO. PODE?

A Instrução Geral do Missal Romano (IGMR) no seu número 305 determina que:

"Na ornamentação do altar observe-se moderação.


(...)
A ornamentação com flores seja sempre moderada e, ao invés de se dispor o ornamento sobre o
altar, de preferência seja colocado junto a ele."

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Ou seja, é orientado que sempre haja moderação e que as flores estejam perto do altar e não em
cima dele.

E mais, ainda no seu número 305 a Instrução Geral do Missal Romano (IGMR), determina que:

"(...) No Tempo do Advento se ornamente o altar com flores com moderação tal que convenha à
índole desse tempo, sem contudo, antecipar aquela plena alegria do Natal do Senhor. No Tempo
da Quaresma é proibido ornamentar com flores o altar. Excetuam-se, porém, o domingo "Laetare"
(IV na Quaresma), solenidades e festas. (...)"

Dessa forma, determina que haja ainda mais moderação com as flores no tempo do Advento e
que é proibido seu uso na quaresma, exceto em dias específicos

E ainda no seu número 292 o IGMR orienta que:

“A ornamentação da igreja deve visar mais a nobre simplicidade do que a pompa. Na escolha
dessa ornamentação, cuide-se da autenticidade dos materiais e procure-se assegurar a educação
dos fieis e a dignidade de todo o local sagrado."
A autenticidade, a verdade das coisas, é uma orientação para que também as flores sejam
autênticas, verdadeiras, naturais.
O que acontece no altar é verdadeiro, não uma imitação e tudo tem que seguir essa autenticidade.

RESUMINDO:

As flores devem ficar perto do altar e não em cima dele;

Haja sempre moderação com as flores;

Que as flores sejam autênticas, naturais.

Antífona de Entrada e de Comunhão, salmos, textos biblicos

Liturgia das horas

IGMR 48. O cântico de entrada é executado alternadamente pela schola e pelo povo, ou por um
cantor alternando com o povo, ou por toda a assembleia em conjunto, ou somente pela schola.
Pode utilizar-se ou a antífona com o respectivo salmo que vem no Gradual Romano ou no Gradual
simples, ou outro cântico apropriado à acção sagrada ou ao carácter do dia ou do tempo, cujo
texto tenha a aprovação da Conferência Episcopal[56].
Se não há cântico de entrada, recita-se a antífona que vem no Missal, ou por todos os fiéis, ou por
alguns deles, ou por um leitor; ou então pelo próprio sacerdote, que também pode adaptá-la à
maneira de admonição inicial (cf. n. 31).

87. Como cântico da Comunhão pode utilizar-se ou a antífona indicada no Gradual Romano, com
ou sem o salmo correspondente, ou a antífona do Gradual simples com o respectivo salmo, ou
outro cântico apropriado aprovado pela Conferência Episcopal. Pode ser cantado ou só pela
schola, ou pela schola ou por um cantor juntamente com o povo.

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Se, porém, não se canta, a antífona que vem no Missal pode ser recitada ou pelos fiéis, ou por
alguns deles, ou por um leitor, ou então pelo próprio sacerdote depois de ter comungado e antes
de dar a Comunhão aos fiéis.

III. Missa com a assistência de um só ministro

198. Se não houver cântico de entrada nem da Comunhão e os fiéis não recitarem as antífonas
que vêm no Missal, pode proferir, no momento próprio, estas antífonas (cf. nn. 48, 87).

1 - RITOS INICIAIS - IGMR 46

Os ritos iniciais da missa são a primeira parte da celebração da fé católica, e têm como objetivo
preparar os fiéis para ouvirem a palavra de Deus e participarem da Eucaristia.

Os ritos iniciais da missa são uma forma dos fiéis se prepararem espiritualmente para a
celebração da palavra e da Eucaristia. Eles incluem elementos como a entrada, o sinal da cruz, a
saudação, o ato penitencial, o hino de louvor e a oração. Esses elementos lembram aos fiéis que
eles estão reunidos em nome de Deus e os convidam a refletir sobre sua fé e sua relação com
Deus.

➔ Entrada, Saudação, Ato Penitencial, Kýrie (Senhor, tende piedade de nós), Glória e
Oração do Dia
➔ Tudo isso é uma preparação, Uma introdução
➔ Têm o caráter de exórdio, introdução e preparação.
➔ É sua finalidade estabelecer a comunhão entre os fiéis reunidos e dispô-los para
ouvirem devidamente a palavra de Deus e celebrarem dignamente a Eucaristia.
➔ Comentário - Optativo e rápido
1 - Entrada
2 - Saudação ao altar e ao povo reunido
3 - Ato Penitencial
4 - Senhor, tende piedade (Kýrie)
5 - Hino de Louvor (Glória a Deus nas Alturas)

6 - Oração do Dia (Coleta)


Liturgia CIC 1071

MUSICAM SACRAM INSTRUÇÃO SOBRE MÚSICA NA LITURGIA

16. Não se pode encontrar nada mais religioso e mais alegre nas celebrações
sagradas do que uma congregação inteira expressando sua fé e devoção no
cântico. Portanto, a participação ativa de todo o povo, demonstrada no canto,
deve ser cuidadosamente promovida da seguinte forma:
(a) Antes de tudo, deve incluir aclamações, respostas às saudações do padre
e ministros e às orações em forma de litania, e também antífonas e salmos,
abstenções ou repetidas respostas, hinos e cânticos. [16]
(b) Por meio de instruções e práticas adequadas, as pessoas devem ser
gradualmente levadas a uma participação mais plena - na verdade, completa -
nas partes do canto que lhes pertencem.

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(c) No entanto, algumas músicas das pessoas, especialmente se os fiéis


ainda não foram suficientemente instruídos ou se são usadas configurações
musicais para várias vozes, podem ser entregues apenas ao coral, desde que
as pessoas não sejam excluídas das pessoas. partes que lhes dizem respeito.
Mas o uso de confiar apenas ao coro todo o canto de todo o Próprio e de todo
o Ordinário, com a exclusão completa da participação das pessoas no canto,
deve ser depreciado.

1.1 - O Silêncio (IGMR, 45)

“(...) Antes da própria celebração é louvável


observar o silêncio na igreja, na sacristia e nos
lugares que lhes ficam mais próximos, para
que todos se preparem para celebrar devota e
dignamente os ritos sagrados.”

1.2 - Entrada (IGMR, 47 e 48)

O padre, os acólitos e os ministros entram na igreja em procissão, enquanto os fiéis se colocam


de pé. O canto de entrada é entoado, acompanhado de instrumentos musicais, como o órgão…

Citação do Missal Romano: "O sacerdote, o diácono e os ministros, devidamente paramentados,


aproximam-se do altar com uma reverência profunda" (MR, 122)

● Comentário (Intenções) - Optativo e rápido


○ “de pé para participarmos com o canto inicial da procissão de entrada”
● Cântico de Entrada (Fiéis participam cantando)
● Aproximação do Sacerdote ao Altar
○ Procissão de Entrada

Turiferário com o turíbulo aceso, tendo a sua esquerda a


pessoa com a naveta (naveteiro);
● Cruciferário com a Cruz Processional, ladeado por
Ceroferários;
● Acólitos dois a dois;
Formação
Evangeliário carregado pelo diácono ou por um leitor;
● Mais leitores em fila dupla, atrás do Evangeliário;
● Sacerdotes concelebrantes;
● Do lado direito do Presidente da Celebração, um pouco
à frente, o Cerimoniário;

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Canto litúrgico: está em função da celebração litúrgica e, por isso, ESTÁ


SUJEITO ÀS NORMAS DA LITURGIA. Nem todo canto religioso é litúrgico.

Os cantos que acompanham o rito, como a própria definição demonstra,


devem terminar quando o rito terminar. Os cantos que são o próprio rito
devem ser cantados por inteiro, pois não se deve interromper o rito pela
metade. São exemplos de cantos que acompanham o rito: o “canto de
abertura” que acompanha o rito da entrada, o “canto de apresentação das
oferendas” que acompanha o rito da procissão das oferendas, o "cordeiro de
Deus" que acompanha a fração do pão e o “canto de comunhão” que
acompanha a procissão de comunhão.

b) Os cantos que são o próprio rito

São exemplos de cantos que são o próprio rito: o “santo” que é um grande
louvor, o Ato Penitencia, o Hino de louvor. Se a música for de fato como
requer a Liturgia, será um sinal que nos leva do visível ao invisível, um
carisma que contribui para a edificação de toda a comunidade e a
manifestação do mistério da Igreja, que é o Corpo Místico de Cristo. Enfim, a
música auxilia nossa prece, fortalecendo a Palavra que ouvimos.

Música não é enfeite, faz parte da celebração

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1.3 - Saudação ao altar e ao povo reunido (IGMR, 49 e 50) (Presidencial)

Citação do Missal Romano: "Chegando ao altar, o sacerdote o beija e,


depois, faz a devida reverência ao altar com uma inclinação profunda; em
seguida, voltando-se para o povo, o saúda" (MR, 124)

● (Genuflexão ao Sacrário) - Saudação ao Altar (Sacerdote faz inclinação e


beija o altar) - Porque os coroinhas fazem reverência e o povo imita?
● (Incensa a Cruz e o Altar) - Jesus 3 ductos - Outros 2 ductos - Cirio Pascal
- 3 ductos;
○ Fim do cântico de entrada
Sinal da Cruz;
● O sacerdote com uma das fórmulas propostas no Missal
acolhe os fiéis e depois com breves palavras os informa
sobre o conteúdo e o significado da Missa.
● Presidente pode introduzir os fiéis a missa do dia;
Presidencial - Em Voz Alta e Distinta

Terminado o cântico de entrada, sacerdote e fiéis, todos de pé, fazem o sinal


da cruz, enquanto o sacerdote, voltado para o povo, diz:
Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
O povo responde: Amém. (pág 390)

O Instrução Geral do Missal Romano, a respeito deste rito, diz o seguinte:

Em seguida [à procissão da entrada], o sacerdote dirige-se à cadeira. Terminado o canto da


entrada, e estando todos de pé, o sacerdote e os fiéis fazem o sinal da cruz. O sacerdote diz: Em
nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. O povo responde: Amém. (n. 124)

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“Aqui, portanto, destacamos algumas coisas a respeito do “Em nome do Pai” na Missa:

● Deve obedecer estritamente ao texto “Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo“.
● Ele deve ser rezado somente pelo sacerdote, e o povo se une respondendo o “Amém“
● Ele deve ser rezado da Cadeira do celebrante (Assim como todos os Ritos Iniciais, Credo e
Oração dos Fiéis e os Ritos Finais)
● Ele deve ser feito apenas uma vez no início da celebração.
● Ele jamais deve ser substituído por alguma música, ainda mais qualquer uma das famosas
músicas de “Em nome do Pai”
● CiC 233
● 233. Os cristãos são baptizados «em nome» do Pai e do Filho e do Espírito Santo, e não
«nos nomes» deles porque não há senão um só Deus – o Pai Onipotente, o Seu Filho
Unigênito e o Espírito Santo: a Santíssima Trindade.
● Ao cantar de forma errada propagamos uma heresia combatida pela Igreja: o TRITEÍSMO.
Afirma, esta heresia, as três pessoas divinas como substâncias independentes e
autônomas; seriam três princípios criadores, eternos e absolutos do universo que teriam
assumido viver em comunhão.”
Texto retirado do livro do Pe. Márcio Fernando França – A música, o canto, na Liturgia Eucarística
ERROS:
1 - Todos cantam juntos;
2 - Se repete o em nome do pai
3 - Tem mais texto

Ao cantar de forma errada propagamos uma heresia combatida pela Igreja: o TRITEÍSMO. Afirma,
esta heresia, as três pessoas divinas como substâncias independentes e autônomas; seriam três
princípios criadores, eternos e absolutos do universo que teriam assumido viver em comunhão.”

TRITEÍSMO:
crença nos três Deuses da Trindade, com que se acusavam os cristãos de admitirem, em Deus, a
existência de três pessoas, de três substâncias.

A Trindade é a crença de que Deus é apenas um, porém, existem três pessoas divinas que
formam esse Deus (Pai, Filho e Espírito Santo). Eles têm o mesmo pensamento, o mesmo
propósito, mas ainda sim conseguimos distinguir três.

O Unicismo crê que há apenas um Deus, e por isso nega veementemente a doutrina da Trindade,
pois acha que essa doutrina não é monoteísta. Mas vamos nos limitar ao Unicismo cristão,
esquecendo por um momento o Judaísmo e o islamismo. Pode-se notar que no meio cristão há
pessoas que acreditam que o Pai é Deus, Jesus é Deus e o Espírito Santo é Deus, porém não há
distinção entre eles, eles são a mesma pessoa. Jesus é o criador, é o consolador, é o cordeiro e
enfim. Para eles não existem três pessoas, mas apenas um. O Pai se fez carne e habitou entre
nós.

Triteísmo significa três deuses. Quem acredita no triteísmo significa que não acredita em um
único Deus (monoteísmo), mas em três Deuses (Politeísmo). Desconheço a existência dessa

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crença no meio cristão, mas foi um termo criado pelos unicistas para acusarem os trinitarianos de
politeístas. Lembra da ilustração do triângulo? Pois o triteísmo são três triângulos.

1.4 - Ato Penitencial (IGMR 51)

● Rezado por toda a assembleia


● Pode ser substituído pela benção e aspersão de água em recordação ao batismo (IGMR 51)
● Não é uma confissão (IGMR 51)
● Tem 3 fórmulas; VARIAÇÕES

O ato penitencial é uma forma dos fiéis confessarem seus pecados e se prepararem para ouvir a palavra de
Deus. O padre faz uma breve reflexão sobre a necessidade de arrependimento e perdão, e os fiéis
respondem com uma oração de arrependimento, como o "Confesso a Deus Todo-Poderoso".

O Ato Penitencial tem como objetivo principal fazer com que os fiéis tomem consciência de seus pecados e
se arrependam deles, para que possam receber a graça de Deus e se tornar mais dignos de participar da
celebração da Eucaristia. Além disso, o Ato Penitencial também tem o propósito de unir a comunidade em
torno da necessidade de conversão e purificação interior, fortalecendo a comunhão entre os fiéis e a Igreja
como um todo.

(IGMR 51) - “Em seguida, o sacerdote convida ao ato penitencial, o qual, após uma breve pausa de
silêncio, é feito por toda a comunidade com uma fórmula de confissão geral e termina com a absolvição
do sacerdote; esta absolvição, porém, carece da eficácia do sacramento da penitência. Ao domingo,
principalmente no tempo pascal, em vez do costumado ato penitencial pode fazer-se, por vezes, a
bênção e a aspersão da água em memória do baptismo”

1.4.1 - Silêncio

“IGMR 45 - Também se deve guardar, nos momentos próprios, o silêncio sagrado, como parte da
celebração [55]. A natureza deste silêncio depende do momento em que ele é observado no
decurso da celebração. Assim, no ato penitencial e a seguir ao
convite à oração, o silêncio destina-se ao recolhimento interior; a seguir às leituras ou à homilia, é
para uma breve meditação sobre o que se ouviu; depois da Comunhão, favorece a oração interior
de louvor e ação de graças.”

1.4.2 - As três fórmulas do Ato Penitencial

O Missal Romano apresenta três maneiras ou formas de realizar o Ato Penitencial:

1.4.2.1 - I Fórmula – Confiteor

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O Confiteor (Confesso a Deus) é uma oração penitencial em que reconhecemos e confessamos ser
pecadores, pedimos perdão a Deus e invocamos a intercessão dos santos e dos homens para que
não voltemos a ofender a Deus. A origem dessa oração é uma das muitas apologias da Liturgia do
primeiro Milênio. Sua fórmula foi se desenvolvendo ao longo dos séculos, mas por volta do século
XIV já possuía quase idêntico o texto que conservou até a Reforma Litúrgica do Concílio Vaticano II,
a qual diminuiu e simplificou a oração.

Após a oração do Confiteor, tem-se a absolvição “Deus todo poderoso tenha compaixão… etc“, que
embora seja uma súplica pelo perdão de Deus não tem o poder de uma absolvição sacramental – ou
seja, não apaga os pecados mortais – e então se canta ou reza o Kyrie.

a) Pres: Irmãos, reconheçamos as nossas culpas para celebrarmos dignamente os santos


mistérios.

Ou:

b) Pres: O Senhor Jesus, que nos convida a mesa da Palavra e da Eucaristia, nos chama à
conversão. Reconheçamos ser pecadores e invoquemos com confiança a misericórdia do
Pai.

Ou:

c) Pres: No dia em que celebramos a vitória de Cristo sobre o pecado e a morte, também nós
somos convidados a morrer para o pecado e ressurgir para uma vida nova.
Reconheçamo-nos necessitados da misericórdia do Pai.

Faz-se um momento de silêncio e depois:


Pres: Confessemos os nossos pecados:

Confesso a Deus todo-poderoso e a vós, irmãos e irmãs, que pequei muitas vezes por pensamentos
e palavras, atos e omissões: por minha culpa, minha culpa, minha tão grande culpa. E peço à
Virgem Maria, aos anjos e santos e a vós, irmãos e irmãs, que rogueis por mim a Deus, Nosso
Senhor.

Deus todo poderoso tenha compaixão de nós


Perdoe os nossos pecados e nos conduza a vida eterna
Amém

● PIEDADE DE MIM?
● MISTURADO?
● ATO PENITENCIAL E KYRIE JUNTO?

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FORMAÇÃO SOBRE A MISSA

1.4.2.2 - II Fórmula – Miserere

Miserere do latim quer dizer “Tem piedade de nós“. É com estas palavras que se inicia a segunda
fórmula do Ato Penitencial, o responsório. O segundo verso é conhecido da Liturgia Romana,
utilizado sobretudo no fim das orações ao pé do altar da Missa Tridentina:

Ostende nobis Domine misericordiam tuam

Et salutare tuum da nobis (Salmo 85,7)

O primeiro verso, no entanto, tem origem obscura. Não vem de nenhum trecho das sagradas
escrituras e não era utilizado anteriormente na Liturgia. 5

Após o Responsório, tem a absolvição e o Kyrie

a) Pres: No início desta celebração eucarística, peçamos a conversão do coração, fonte de


reconciliação e comunhão com Deus e com os irmãos e irmãs.

Ou:

b) Pres: De coração contrito e humilde, aproximemo-nos de Deus justo e santo, para que tenha
piedade de nós pecadores.

Pres: Tende compaixão de nós, Senhor.


T: Porque somos pecadores.

Pres: Manifestai, Senhor, a vossa misericórdia.


T: E dai-nos a vossa salvação.

Pres: Deus Todo-Poderoso tenha compaixão de nós perdoe os nossos pecados e nos conduza a
vida eterna.
T: Amém.

– os versículos responsoriais, conforme o Salmo 84,8: Tende compaixão de nós, Senhor – Porque
somos pecadores. Manifestai, Senhor, a vossa misericórdia – E dai-nos a vossa salvação;

1.4.2.3 - III Fórmula – Kyrie com Tropos

Por volta do século IX, as melodias do Kyrie foram se tornando mais e mais complexas. Sempre
cantadas pela schola cantorum, isto é, pelo coro de músicos altamente treinados, começaram a
surgir pequenas orações recitadas enquanto o coro cantava o Kyrie. Estas orações ganharam o
nome de Troppos. Um exemplo deste uso muito famoso é o Kyrie Fons Bonitatis. No vídeo abaixo,
vemos o cantor inicialmente cantar o Kyrie, tal qual ele é. Depois, por volta dos 2:25, inicia o canto

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do Kyrie com o Troppo Fons Bonitatis. Esta maneira de se cantar o Kyrie se tornou muito comum
durante a Idade Média.

– as aclamações a Cristo, seguidas do: Senhor, tende piedade de nós…; essas aclamações a Cristo
podem variar, seguindo o ritmo do tempo litúrgico[1], como por exemplo, essas propostas para a
Quaresma: (1) Senhor, que nos mandastes perdoar-nos mutuamente antes de nos aproximar do
vosso altar, tende piedade de nós – Senhor, tende piedade de nós; (2) Cristo, que na cruz destes o
perdão aos pecadores, tende piedade de nós – Cristo, tende piedade de nós; (3) Senhor, que
confiastes à vossa Igreja o ministério da reconciliação, tende piedade de nós – Senhor, tende
piedade de nós.

- Terceira fórmula
a)
Pres: Em Jesus Cristo, o justo, que intercede por nós e nos reconcilia com o Pai, abramos
o nosso espírito ao arrependimento para sermos menos indignos de aproximar-nos da
mesa do Senhor.

Ou:
b)
Pres: O Senhor disse: “Quem dentre vós estiver sem pecado, atire a primeira pedra”.
Reconheçamo-nos todos pecadores e perdoemo-nos mutuamente do fundo do coração.
Após um momento de silêncio o sacerdote ou outro ministro propõe as seguintes
invocações ou outras semelhantes com Kyrie eleison (Senhor, tende piedade de nós) ou
faz-se a fórmula comum:

COLOCAR AS FÓRMULAS ALTERNATIVAS

Pres: Senhor, que viestes salvar os corações arrependidos, tende piedade de nós.
T: Senhor, tende piedade de nós.

Pres: Cristo, que viestes chamar os pecadores, tende piedade de nós.


T: Cristo, tende piedade de nós.

Pres: Senhor, que intercedeis p nós junto do Pai, tende piedade de nós.
T: Senhor, tende piedade de nós.

Pres: Deus Todo-Poderoso tenha compaixão de nós perdoe os nossos pecados e nos
conduza a vida eterna.
T: Amém.

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FORMAÇÃO SOBRE A MISSA

1.4.2.4 - Perdão dos Pecados Veniais

● O Ato Penitencial não perdoa pecados, mas Comunhão sim.

● CIC 1416 - “A sagrada Comunhão do corpo e sangue de Cristo aumenta a união do


comungante com o Senhor perdoa-lhe os pecados veniais e preserva-o dos pecados
graves. E uma vez que os laços da caridade entre o comungante e Cristo são reforçados,
a recepção deste sacramento reforça a unidade da Igreja, corpo Místico de Cristo.”

1.5 - Senhor, tende piedade (Kýrie) (IGMR 52)

● Caso já não tenham ocorrido no ato penitencial;


Formação Litúrgica: 1ª e 2ª fórmula.

Presidente: Senhor, tende piedade de nós!


Todos: Senhor, tende piedade de nós!
Presidente: Cristo, tende piedade de nós!
Todos:Cristo, tende piedade de nós!
Presidente: Senhor, tende piedade de nós!
Todos:Senhor, tende piedade de nós!

Kyrie Eleison. Christe Eleison. Kyrie Eleison

1.6 - Hino do Glória - Glória a Deus nas Alturas (IGMR 53)

Após o ato penitencial, é entoado o "Glória a Deus nas alturas". Essa é uma forma de louvar a
Deus e reconhecer sua grandeza.

(IGMR 53) - “O Glória é um antiquíssimo e venerável hino com que a Igreja, congregada no
Espírito Santo, glorifica e suplica a Deus e ao Cordeiro. Não é permitido substituir o texto deste
hino por outro. É começado pelo sacerdote ou, se for oportuno, por um cantor, ou pela schola, e é
cantado ou por todos em conjunto, ou pelo povo alternando com a schola, ou só pela schola, (...)”

● O texto do hino não pode ser substituído por outro (IGMR 53)
● Cantado ou recitado por toda a assembleia (IGMR 53)
● Domingos, exceto no tempo do Advento e da Quaresma, nas solenidades e festas, e em
celebrações especiais mais solenes. (IGMR 53)

Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens por Ele amados. Senhor Deus, Rei dos céus,
Deus Pai todo-poderoso: nós Vos louvamos, nós Vos bendizemos, nós Vos adoramos, nós Vos
glorificamos, nós Vos damos graças, por vossa imensa glória. Senhor Jesus Cristo, Filho
Unigênito, Senhor Deus, Cordeiro de Deus, Filho de Deus Pai: Vós que tirais o pecado do mundo,
tende piedade de nós; Vós que tirais o pecado do mundo, acolhei a nossa súplica; Vós que estais
à direita do Pai, tende piedade de nós. Só Vós sois o Santo; só Vós, o Senhor; só Vós, o
Altíssimo, Jesus Cristo; com o Espírito Santo na glória de Deus Pai. Amém

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FORMAÇÃO SOBRE A MISSA

Não pode repetir

Na glória de Deus Pai. Amém


Na glória de Deus Pai. Amém
Na glória de Deus Pai. Amém

Pode:
Na glória de Deus Pai.
Amém, Amém, Amém.

Varios ritos na pag 393

1.7 - Oração do Dia (Coleta) (IGMR 54)

Citação do Missal Romano: "A Oração Coleta ou Oração do Dia é a primeira oração da Missa, que recolhe
as aspirações dos fiéis e as apresenta a Deus" (MR, 54)

Explicação do que acontece nesse momento: o sacerdote reza uma oração que resume as intenções da
comunidade e pede a Deus que as atenda

(IGMR 54)
Padre diz Oremos e um breve silêncio, para intenções
da missa
● Costuma-se se dirigir a Deus Pai, por Cristo, no Espírito
Santo (IGMR 54)

O povo, unindo-se à súplica, faz sua oração pela


aclamação “Amém” (IGMR 54)
● Na Missa sempre se diz uma única oração do dia (IGMR
54)
● O padre pode introduzir os fiéis as leituras do dia.

● Oração Presidencial (IGMR 30)

● Costuma-se se dirigir a Deus Pai, por Cristo, no Espírito Santo (IGMR 54)

○ quando dirige ao pai: “Por nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito
Santo, Deus, por todos os séculos dos séculos”

○ quando dirige ao pai, mas no fim menciona o Filho: “Que convosco vive e reina, na unidade
do Espírito Santo, Deus, por todos os séculos dos séculos”

○ quando dirige ao Filho: “Vós, que viveis e reinais com Deus Pai, na unidade do Espírito
Santo, Deus, por todos os séculos dos séculos”

● O povo, unindo-se à súplica, faz sua oração pela aclamação Amém (IGMR 54)
● Na Missa sempre se diz uma única oração do dia (IGMR 54)

16
FORMAÇÃO SOBRE A MISSA

● Padre diz Oremos e um breve silêncio, para intenções da missa

(presidente pode introduzir os fiéis as leituras do dia)

2 - LITURGIA DA PALAVRA (IGMR 45)

(IGMR 55)
“A parte principal da liturgia da palavra é constituída pelas leituras da Sagrada
Escritura com os cânticos intercalares. São seu desenvolvimento e conclusão a
homilia, a profissão de fé e a oração universal ou oração dos fiéis. Nas leituras,
comentadas pela homilia, Deus fala ao seu povo, revela-lhe o mistério da
redenção e salvação e oferece-lhe o alimento espiritual. Pela sua palavra, o
próprio Cristo está presente no meio dos fiéis[60]. O povo faz sua esta palavra
divina com o silêncio e com os cânticos e a ela adere com a profissão de fé.
Assim alimentado, eleva a Deus as suas preces na oração universal pelas
necessidades de toda a Igreja e pela salvação do mundo inteiro.”

(IGMR 45)
“Também se deve guardar, nos momentos próprios, o silêncio
sagrado, como parte da celebração [55]. A natureza deste silêncio
depende do momento em que ele é observado no decurso da
celebração. Assim, no ato penitencial e a seguir ao convite à
oração, o silêncio destina-se ao recolhimento interior; a seguir às
leituras ou à homilia, é para uma breve meditação sobre o que se
ouviu; depois da Comunhão, favorece a oração interior de louvor
e ação de graças. (..)”

(IGMR 56)

“(...) Convém que tais momentos de silêncio sejam


observados, por exemplo, antes de iniciar a própria
Liturgia da Palavra, depois da primeira e da segunda
leitura e, por fim, após a homilia.”

Por tradição, as leituras são função ministerial e não presidencial(IGMR 59)


● Não pode alterar leituras e salmo (IGMR 57)
● Palavra do Senhor ou no Evangelho Palavra da Salvação (no singular)
● PROFERIR as leituras
● Deus fala a seu povo

● Ficar até a resposta/refrão do salmo e preces

● DE QUE LADO DEVE FICAR O AMBÃO?

Por ARS março 06, 2014

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FORMAÇÃO SOBRE A MISSA

Pax et bonum!

Amados irmãos, iniciamos, enfim, o tempo favorável da Quaresma.


Após vários dias sem novas postagens, retornamos hoje para uma dúvida comum: "De
que lado deve ficar o Ambão"? Esta dúvida pode estar presente na construção ou reforma
de igrejas e capelas, bem como na organização de celebrações que devam ocorrer em
áreas abertas, fora de uma igreja.
Para sermos objetivos, e estando a falar da Liturgia romana segundo sua Forma
Ordinária, utilizada na imensa maioria das paróquias brasileiras, analisemos os
documentos que possivelmente se referem a isto:
1. Constituição Sacrosanctum Concilium
2. Instrução Inter Oecumenici
3. Instrução Geral sobre o Missal Romano
4. Rito de Bênção do Novo Ambão
5. Respostas da Congregação para o Culto Divino publicadas em Notitiae

1. Sacrosanctum Concilium
A Constituição do Concílio, por mais que fale da importância da Palavra de Deus e peça
que os tesouros da Sagrada Escritura estejam mais abertos para os fiéis (cf. n. 51), nada
fala sobre o lugar físico, geográfico, topográfico, da proclamação da Palavra que, até o
momento, nas Missas não solenes, era feita diretamente do altar ou, nas Missas solenes,
de frente para o altar, o "oriente simbólico" (leitura da Epístola), com o livro segurado pelo
subdiácono, e de frente para o "norte simbólico" (leitura do Evangelho), que correspondia
ao lado esquerdo de quem estava voltado para o altar, com o livro segurado pelo
subdiácono e a leitura sendo feita pelo diácono - é esta a prática que permanece na
Forma Extraordinária do Rito Romano.

2. Inter Oecumenici
A primeira Instrução da Reforma, a partir do Concílio, manda as leituras serem feitas de
frente para os fiéis, da entrada do santuário (=presbitério) ou do ambão, nas missas
solenes; da entrada do santuário, do ambão ou do altar (se as leituras forem feitas pelo
celebrante), nas missas não solenes (cf. n. 49-50). Pelo que se entende, aqui é o primeiro
lugar onde se cita a possibilidade do ambão, do qual já não se fazia uso na igreja latina há
séculos.
Nela se diz que deve haver um ambão ou mais (cf. n. 96), na igreja, disposto de forma
que os fiéis possam ver e ouvir o ministro. Este deve ficar de frente para os fiéis, mas não
se diz, por exemplo, em que lado ele deve ficar ou se deve ser fixo ou móvel.

3. Instrução do Missal Romano


Aqui, já concretamente dentro do contexto da Forma Ordinária, a Instrução diz que, nas
Missas com o povo, as leituras são sempre proferidas do ambão (cf. n. 58). Diz também
que o comentarista não pode desempenhar sua função no ambão (cf. n. 105).
Já na Missa com assistência de um só ministro (chamada antes de Missa sem o povo)
fala-se que as leituras sejam proferidas, na medida do possível, do ambão (ambon, ex
ambone) ou da estante (pluteus, ex pluteo) (cf. n. 260).

18
FORMAÇÃO SOBRE A MISSA

Mais adiante encontramos um número apenas sobre o ambão (cf. n. 309). Nele se diz que
convém que seja uma estrutura estável e não uma simples estante móvel. Daqui,
diferindo da Inter Oecumenici, entendemos que se manda a construção de apenas um
ambão.
Ele deve ser um lugar condigno, pelo seu próprio propósito maior: a proclamação da
Palavra de Deus. Em razão disso, o Missal lembra que é conveniente que ele seja
abençoado antes de ser destinado ao uso litúrgico (cf. n. 309). Todavia, ainda não se fala
de sua localização.

4. Bênção do Ambão
No Rito da bênção do novo ambão (infelizmente pouco conhecida e pouco realizada;
pode ser conferida no Ritual de Bênçãos), recorda-se que o ambão deve ser:
- não uma simples estante móvel;
- estável;
- distinto pela sua dignidade.
Permite-se esta bênção para um ambão móvel, contanto que seja:
- realmente proeminente;
- apropriado à sua função;
- esteticamente elaborado.
Todavia, não se fala sobre sua localização.

Se levarmos em conta estes documentos, podemos afirmar que não há lugar (centro,
esquerda ou direita da igreja, capela, basílica) fixo para o ambão.
Nas antigas basílicas de Roma podemos encontrar dois, sendo um voltado para o outro,
no coro que fica entre o santuário e a nave.
Nas igrejas orientais a posição é central, sendo que se vê também a proclamação sendo
feita sem ambão direto da porta central da iconostase.
Na Capela Redemptoris Mater, no Vaticano, o altar fica numa parede da capela, a cátedra
na parede oposta e o ambão no centro.

Nossa última fonte é que nos traz uma resposta mais clara. Ela data do período de
aplicação da reforma, antes da promulgação dos livros novos (que hoje chamamos de
Forma Ordinária). Vejamos o que ela diz.

5. Respostas em Notitiae
Notitiae é a publicação da Congregação para o Culto Divino onde normalmente aparecem
dúvidas enviadas de todo o mundo e suas respostas, bem como artigos e estudos.
Pois bem, na edição que abrange os meses de janeiro a abril de 1965, há a seguinte
pergunta (n. 48):
"Vi uma Missa simples celebrada 'versus populum' em que a Epístola foi lida à direita do
celebrante e o Evangelho à esquerda. Pergunta-se: tal prática é correta ou deveria ser
feito da forma oposta, como nas antigas basílicas?"
A resposta vaticana é a que segue:
"Se há apenas um ambão, todas as leituras são proclamadas dele. Um único ambão pode
ficar localizado tanto à direita como à esquerda do altar, como parecer mais oportuno de
acordo com a estrutura da igreja e do santuário.

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FORMAÇÃO SOBRE A MISSA

Se a igreja tem dois ambões, construídos de tal forma que um é maior para o Evangelho e
outro é menor para a Epístola, as leituras são proclamadas de cada ambão, segundo o
propósito de cada um.
Se, todavia, os dois ambões são iguais, ou se dois serão construídos, a Epístola deveria
ser lida do ambão que fica à esquerda e o Evangelho do que fica à direita do celebrante
quando este está em sua cadeira na abside da igreja, atrás do altar".
Considerando esta indicação à luz do Missal Romano (Forma Ordinária), pode-se dizer
que a recomendação (sem força alguma de lei) é que o ambão fique no presbitério ou no
limite entre este e a nave, como que do lado esquerdo da nave central, ou seja, à direita
do celebrante (quando este está de frente para o povo), dado que o ambão deve ser
apenas um e que se há de levar em conta o uso para o Evangelho, ponto mais alto da
Liturgia da Palavra, e voltado para a nave central, onde se encontra a maior parte dos
fiéis. Este é exemplo seguido e apresentado na maioria das liturgias papais e nas igrejas
de Roma.
Era comum, nas liturgias papais das últimas décadas na Basílica de São Pedro, ser usada
uma estante que ficava diante dos portões da Confissão (a área central diante e abaixo do
altar-mor, onde ficam os restos mortais de São Pedro, Apóstolo). Em 2011, por ocasião do
60º aniversário de ordenação sacerdotal do Papa Bento XVI, um novo ambão foi instalado
como homenagem. Este, então, passou a ser utilizado conforme dito acima, do lado
esquerdo do povo, direito do celebrante estando "versus populum".
Esta recomendação se vê exemplificada nas imagens a seguir:

Abrir o Lecionário e Entregar o microfone ao leitor


Não diz: “1ª leitura”; “Salmo”; “2ª leitura”
1º Leitura - Sentado
Sempre do 1º testamento, mas na páscoa é de atos do apóstolo
Aclamação - Povo reunido presta honra com a resposta
Receber o microfone do leitor e entregar ao leitor seguinte
Salmo – CANTADO de preferência, ou então recitado
FICAR até o fim do salmo
Povo reunido participa respondendo com o refrão
Receber o microfone do leitor e entregar ao leitor seguinte
(2º Leitura) sempre uma epístola, uma carta
Pode ter uma sequência - sentado
Aclamação - Povo reunido presta honra com a resposta
Receber o microfone do leitor e guardá-lo e pegar o microfone do Presidente

● Sinal persignar-se, pelo sinal…

● Reza em silêncio; Pela palavras do santo evangelho sejam perdoado os nossos


pecados

(IGMR 128)

“Terminada a oração coleta, todos se sentam. O sacerdote pode,


com brevíssimas palavras, introduzir os fiéis na liturgia da
palavra. Entretanto, o leitor vai ao ambão e, a partir do

20
FORMAÇÃO SOBRE A MISSA

lecionário aí colocado antes da Missa, proclama a primeira


leitura, que todos escutam. No fim, o leitor profere a aclamação:
Palavra do Senhor e todos respondem: Graças a Deus. (...)”

(IGMR 66)

“Habitualmente a homilia deve ser feita pelo sacerdote


celebrante ou por um sacerdote concelebrante, por ele
encarregado, ou algumas vezes, se for oportuno, também por um
diácono, mas nunca por um leigo[65]. Em casos especiais e por
justa causa, a homilia também pode ser feita, por um Bispo ou
presbítero que se encontra na celebração mas sem poder
concelebrar.”

(IGMR 196 e 197)

196. Lê no ambão as leituras que precedem o Evangelho. Na


ausência do salmista, pode proferir o salmo responsorial, depois
da primeira leitura.

197. Na ausência do diácono, o leitor pode proferir proferir as


intenções da oração universal, no ambão, depois da introdução
feita pelo sacerdote.

● QUEM PODE FAZER A HOMILIA NA MISSA?

A Redemptionis Sacramentum no seu número 64 determina que:

"A homilia, que se fez no curso da celebração da santa Missa é parte da mesma Liturgia, «será
feita, normalmente, pelo mesmo sacerdote celebrante, ou ele se delegará a um outro sacerdote
concelebrante, ou às vezes, de acordo com as circunstâncias, também ao diácono, mas nunca a
um leigo. Em casos particulares e por justa causa, também pode fazer a homilia um bispo ou um
presbítero que está presente na celebração, mesmo que não esteja concelebrando»."

E continua seu número 65:

"Lembre-se que deve se ter revogada, de acordo com não prescrito no cânon 767 § 1, qualquer
norma precedente que admita, aos fiéis não ordenados, poder fazer a homilia na celebração
eucarística. Reprove-se esta concessão, sem que se possa admitir nenhuma força do costume."

Redemptionis Sacramentum, 65.

E o Código de Direito Canônico no Cânon 767 — § 1, determina que:

"Entre as varias formas de pregação sobressai a homilia, que é parte da própria liturgia e se
reserva ao sacerdote ou diácono; exponham-se nela, no decorrer do ano litúrgico, e a partir do
texto sagrado, os mistérios da fé e as normas da vida cristã."

21
FORMAÇÃO SOBRE A MISSA

E mais, a Comissão Pontifícia para a Interpretação Autêntica do Código de Direito Canônico.


Através da promulgação da Constituição Apostólica “Pastor Bonus”, em 28 de junho de 1988 foi
questionada sobre o Cânon 767: D.

— Se o Bispo diocesano pode dispensar do prescrito no cân. 767, § 1, no qual a homilia se


reserva ao sacerdote ou diácono.

RESPOSTA — Negativamente. AAS 79 (1987) 1249.

RESUMINDO:

É proibido para os leigos fazer a homilia na Missa;

Apenas Ministros Ordenados podem fazer a homilia na Missa, ou seja, Bispos, Sacerdotes ou
Diáconos;

(Silêncio)
Canto do Aleluia exceto na quaresma - Em Pé
Versículo do lecionário ou Gradual (Na quaresma fica apenas ele)
(Procissão com o Evangeliário {Do Altar ao Ambão})
(Sacerdote reza em silêncio)
Proclamação do Evangelho - (Presidencial) - Proclamação e não leitura
Sacerdote faz o sinal da Cruz sobre o livro, sobre a fronte, a boca e o no peito, o povo repete,
silenciosamente, ou pode dizer interiormente: A Palavra do Senhor esteja na minha
“pelo sinal da missa” não é pelo sinal - Não se pronuncia, sem palavras. É para simbolizar cristo
na minha mente, na minha boca e no meu coração

A Palavra do Senhor esteja na minha mente, nos meus lábios e no meu coração”.
mente, nos meus lábios e no meu coração (IGMR 135)
Aclamação - Povo reunido presta honra com a resposta

Homilia - Sentado - altamente Recomendada e em Domingo e festas de preceito é obrigatório

(Silêncio)
Retirar o Lecionário do Ambão e levar a Liturgia ou Jornal e o Microfone para o Leitor

2.1 - Profissão de Fé - (Creio ou Credo)

Credo - Apenas em domingos e solenidades (


Em Pé)

2.2 - Oração Universal (Preces)

Normalmente a ordem das intenções é a seguinte:


a) pelas necessidades da Igreja;
b) pelas autoridades civis e pela salvação do mundo;

22
FORMAÇÃO SOBRE A MISSA

c) por aqueles que sofrem dificuldades;


d) pela comunidade local.
Em celebrações especiais – por exemplo, Confirmação, Matrimônio, Exéquias – a ordem das
intenções pode acomodar-se às circunstâncias.

Levar água para o presidente


Receber o microfone do leitor e Guardar a Liturgia ou Jornal

3 - LITURGIA EUCARISTICA

Preparação das Oferendas - (Sacerdote reza em silêncio) (Procissão dos Fiéis) - Sentado
Colocar o Missal e Átrio do Altar
73 - Oferendas são o pão o vinho que se converteram em Corpo e Sangue de Cristo ( Não é o
dinheiro)

Convite “Orai irmãos…” antes da oração sobre as Oferendas - Em Pé


Oração sobre as oferendas - (Oração Presidencial)

(presidente pode introduzir os fiéis a Oração Eucarística do dia)


Oração Eucarística - (Consagração) (Oração Presidencial) - De Joelhos
- Canto do Hino do Santo
Pegar o sino ou sineta

(Sacerdote reza em silêncio)


Comunhão do Sarcedote)
(Sacerdote reza em silêncio)
Retirar o Missal e Átrio do Altar
Comunhão - Procissão dos Fiéis - (Dizer amém em alto e bom som)
Silêncio Sagrado - Sentado

Oração - (Oração Presidencial) - Em Pé

Levar o microfone para o Leitor


Avisos à Comunidade - Sentado - Optativo e rápido
Receber o microfone do leitor e Guardar

Álcool na comunhão longe da distribuição para os fiéis não pegar a hóstia com a mão molhada

4 - RITOS FINAIS

4.1 - Avisos

4.2 - Benção Final

(Presidencial) - Em Pé

4.3 - Procissão de saída

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FORMAÇÃO SOBRE A MISSA

Cântico Final

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